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Uma reportagem ACADÉMICO

UMA UNIVERSIDADE PAREDES MEIAS COM AS ARTES academico.rum.pt facebook.com/jornal.academico twitter.com/jornalacademico

Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 162 / ANO 6 / SÉRIE 3 TERÇA-FEIRA, 06.MAR.12

entrevista

local

campus

“Serenatas ao berço” volta a animar gentes e cidade de Guimarães Página 03

Euforia com “balanço extremamente satisfatório”

campus

cultura

Connecting the dots com “atitude empreendedora”

“Cosmos” ou o incrível mundo das dobragens...

Página 06

Renato Henriques, diretor curso Geologia

“Geologia da UM quase sem desempregados” Página 08

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Página 16


06.MAR.12 // ACADÉMICO

BARÓMETRO

EM ALTA

NO PONTO

EM BAIXO

A arte nos estudantes As carreiras paralelas no universo artístico parecem continuar a fazer-se sentir no universo académico. São muitos os “artistas” que partilham um palco com um bom livro de preparação para um exame. São estas vivências e competências extra-sala de aula que devemos saber aproveitar... Para saber viver.

Roboparty Há um Sp. Braga candidato. Por muito que o seu treinador [Leonardo Jardim] não o admita, em Braga mora um putativo campeão nacional. Para além do plano desportivo, já se pensou na importância que tal teria para a população, para a cidade e para a região. Muitos devem ficar contentes com esta hipótese.

Desemprego nos jovens Estão a castrar o país. Os jovens, aqueles que irão garantir o futuro do país estão, neste momento, presos à ideia - vendida como bandeira - de abandonar Portugal. Não são “estágios” que vão levantar esta camada da população. É investimento real, são soluções, mas, sobretudo, é futuro aquilo de que os jovens precisam.

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FICHA TÉCNICA

SEGUNDA PÁGINA

FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // Terça-feira, 06 MARÇO 2012 / N162 / Ano 7 / Série 3 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // REDACÇÃO: Adriana Couto, Alexandre Rocha, Ana Lopes, Ângela Coelho, Bruno Fernandes, Carlos Rebelo, Cátia Alves, Cátia SilvaDaniela Mendes, Diana Sousa, Eduarda Fernandes, Fabiana Oliveira, fábio alves, Filipa Barros, Filipa Sousa, Joana Neves, José Lopes, José mateus pinheiro, Mariana Flor, Maura TeixeiraNeuza Alpuim, Sara Pestana, Sónia Silva e Vânia Barros // COLABORADORES: Elsa Moura, José Reis e Maria joão Pinto // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: jornalacademico@rum.pt //TIRAGEM: 2000 exemplares // IMPRESSÃO: GráficaAmares


PÁGINA 03 // 06.MAR.12// ACADÉMICO

LOCAL

“serenatas ao berço” volta a animar gentes e cidade de guimarães Porque a capital Europeia da Cultura também se faz ao som das tunas académicas, no próximo dia 17, a cidade Vimaranense vai acolher mais uma edição do “Serenatas ao Berço”, um festival de Tunas Femininas. ticipação especial da Afonsina - Tuna de Engenharia da Universidade do Minho.

ADRIANA COUTO drianascouto@gmail.com

As serenatas estudantis vão marcar a noite de quem passar, no dia 17 de março, pelo Auditório Nobre da Universidade do Minho em Guimarães. Pela sexta vez irá realizar-se o “Serenatas ao Berço”, festival de tunas femininas, organizado pela Tuna Feminina de Engenharia da Universidade do Minho, Tun’Obebes. Na 6ª edição do festival, que este ano vai ter como tema Guimarães 2012, Capital

Europeia da Cultura, vão a concurso cinco tunas, dos mais variados pontos do pais. São elas a Tuna Feminina da Associação Académica da Universidade de Aveiro, a Tuna Feminina do Instituto Politécnico da Guarda, a Tuna Feminina do Instituto Superior Técnico de Lisboa e a Tuna Feminina Universitária de Beja. A apresentação do espetáculo ficará a cargo do grupo de Fados - À Meia Noite nas Eólicas, do Instituto Politécnico da Guarda e terá a par-

O tema e a inserção do festival na agenda da Capital Europeia da Cultura fazem

Evento está integrado na programação de Guimarães 2012: Capital Europeia da Cultura

elevar as expetativas de Adelina Pereira, presidente da Tun’Obebes. “Esperamos no nosso espetáculo todo o tipo de público, desde a comunidade académica e respetivos amigos e familiares, à população vimaranense”, afirmou. O “Serenatas ao Berço” conta este ano com a parceria da Capital Europeia da Juventude, pois faz parte de um dos projetos selecionados pelo programa “Constelações”, programa com vista ao movimento associativo, que faz parte de Tempos Cruzados, o programa associativo de Guimarães 2012. O projeto Guimarães académica apresentado pela Tun’Obebes, em parceria com a tuna Afonsina, conta, para além do festival de tunas femininas, com um festival de tunas masculinas e com outras atividades culturais ao longo do ano. Para este projeto, que conta com os diversos eventos organizados pelas duas tunas, a fundação cidade de Guimarães forneceu 6.778 euros. PUB.


LOCAL PÁGINA 04 // 06.MAR.12 // ACADÉMICO

CAMPUS

uminho e governo unem-se num projeto contra a violência doméstica EDUARDA FERNANDES duda71@live.com.pt

Pela primeira vez em Portugal, a Universidade do Minho, em parceria com a Comissão para a Cidadania e Igualdade do Género (CIG), lançou um projeto-piloto que visa criar grupos de apoio, totalmente gratuitos, a vítimas de violência doméstica. Ao longo de dois anos, foram criados e orientados três GAM – Grupos de Ajuda Mútua - no norte do país e, devido ao seu enorme sucesso, pretende-se expandir o projeto para outras regiões. Marlene Matos, professora na Escola de Psicologia na

Universidade do Minho e coordenadora deste programa inovador, considera que as participantes revelaram grandes melhorias na redução significativa da vitimação sofrida e passaram a demonstrar uma menor tolerância por qualquer ato de violência doméstica. Para além destes fatores, as mulheres acompanhadas pelos GAM demonstraram um aumento significativo de autoestima, de disponibilidade de beneficiar de apoio social e, ainda, uma redução notória no que diz respeito a sintomas depressivos e suicidas. Cada sessão de 90 minutos tem como principais objetivos fazer com que as mulheres participantes tomem

DR

Universidade do Minho na linha da frente no apoio a mulheres vítimas de violência doméstica consciência da realidade, identificando o problema e reduzindo o seu isolamento social. Segundo a presidente da CIG, Elza Pais, é necessário “capacitar as ví-

timas a pôr fim à violência a que têm sido sujeitas e da qual tem sido difícil sair”. Os grupos de ajuda beneficiaram, também, do apoio de uma clínica de bem-

-estar e de dois cabeleireiros que colaboraram na oferta de cuidados pessoais para que estas mulheres melhorassem a sua autoestima e aumentassem o seu bem-estar. O próximo passo deste projeto-piloto será o lançamento de um manual sobre esta temática, para que o programa GAM seja divulgado de uma forma mais eficiente. Esta publicação deverá ser utilizada como instrumento prático de trabalho por profissionais na área que lidam todos os dias com problemas de violência doméstica, de forma a facilitar o planeamento e a orientação dos grupos e a constituição de equipas qualificadas para esse efeito.

richard stallman na uminho: “é melhor não fazer software nenhum do que criar software proprietário” JOSÉ MATEUS PINHEIRO jose_pinheiropr@hotmail.com

O último dia de fevereiro foi palco de uma palestra no campus de Gualtar da Universidade do Minho (UM) sobre “Copyright vs Community”, abordando as leis e consequentes projetos-lei que põem em causa a liberdade dos cidadãos, como o SOPA (Lei de Combate à Pirataria Online), o ACTA (Acordo de Comércio Anti contrafação) e o PIPA (Programa de Atitudes e Procedimentos Internacionais). Assim sendo, a conferência foi encabeçada por uma figura máxima da pirataria

mundial, Richard Stallman, estando a organização a cargo do Centro de Estudantes de Engenharia Informática da UMinho (CeSIUM), com o apoio do Departamento de Informática. Richard Stallman, nova-iorquino de 58 anos, destaca-se enquanto uma personalidade da área da computação, iniciando o movimento de software livre em 1983, levando a uma posterior revolução da indústria com o sistema operativo GNU, no qual qualquer pessoa pode copiar e redistribuir o software com ou sem mudanças, pelo que o sistema operativo GNU/Linux tem milhões de utilizadores nos

DR

Richard Stallman, um nome importante no universo da pirataria, esteve na UM dias de hoje. Pouco passava das 14h quando o evento se iniciou com uma exposição do presidente da Fundação para o Sof-

tware Livre sobre os direitos de autor e consequentes perspetivas que imperam no panorama socioeconómico atual, estando todo o

seu discurso dotado de uma invulgaridade e consequente excentricidade. Metaforicamente, descreveu-se enquanto um individuo que não se importa que lhe segurem a mala, detestando, porém, que a transportem, dado que pretendia apenas que a segurassem. “De que vale ter software tecnicamente melhor, se não respeita a liberdade? A conclusão a que cheguei é que não quero nenhum desse software. Não interessa o quão bom é tecnicamente... Ele muda e eu não quero essas mudanças em mim”, afirmou a lenda da Pirataria Mundial ao longo de 2 horas.


CAMPUS PÁGINA 05 // 06.MAR.12 // ACADÉMICO

connecting the dots com “atitude empreendedora” EDUARDA FERNANDES duda71@live.com.pt

Foram cerca de 100 os participantes

NEUZA ALPUIM neuzalpuim@sapo.pt

Aconteceu no passado dia 29 de fevereiro, sob o mote “Atitude Empreendedora”, a terceira iniciativa do projeto Connecting the Dots no Campus de Gualtar – Braga. O workshop, contou na apresentação com o incentivo de Hugo Pires, vereador da juventude da Câmara Municipal de Braga e Presidente da Fundação Bracara Augusta, e foi dinamizado por José Lucas, da empresa Oficina de Competências (OC). Esta iniciativa reuniu cerca de 100 participantes. De acordo com Ana Rita Ribeiro, técnica do Liftoff gabinete do empreendedor da Associação Académica da Universidade do Minho - em declarações ao ACADÉMICO, o workshop “Atitude Empreendedora” “funcionou como uma forma de consciencializar as pessoas para a atitude que têm perante a vida não só pessoal como profissional”. “O que foi abordado [nesta atividade] foi a parte do empreendedorismo, não só como a criação do próprio emprego, mas muito como uma atitude: Poderemos ser empreendedores a trabalhar por conta de outrem. Serão estas competências e esta nossa atitude que nos pode

WAPA

diferenciar aquando a inserção no mercado de trabalho e quando comparativamente com os nossos colegas da nossa área de formação. Como isto está tão difícil podem ser essas características que nos irão ajudar a ser diferenciadores nessa fase de recrutamento” afirmou ainda a responsável. A Connecting the Dots é um projeto que surgiu no âmbito da Capital Europeia da Juventude (CEJ), em coordenação com a Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), e que pretende dotar os participantes de ferramentas e competências que potenciem um ajustamento entre eventuais oportunidades de emprego/criação do próprio emprego e as suas capacidades e expetativas profissionais.

Ao longo do ano, entre fevereiro e novembro decorrerão vários workshops, tertúlias e seminários, abordando diversas temáticas impor-

tantes para o sucesso profissional, desde a empregabilidade, inovação, gestão ao desenvolvimento pessoal. “Para isso, pensou-se em

organizar várias atividades de forma contínua, desde workshops mais práticos onde terão a participação no máximo de 15 a 20 pessoas, dada a sua vertente prática, onde haverão workshops mais alargados dado o seu carácter mais teórico onde poderão estar desde 50 a 100 participantes, tertúlias e seminários onde têm temas como ‘atitude empreendedora’, a motivação, workshops mais práticos sobre planos de negócio, sobre fiscalidade, vários temas como o franchising, entre outros”, acrescenta Ana Ribeiro. A participação nestas atividades é totalmente gratuita, mediante inscrição, e aberta à comunidade em geral.

WAPA

Lançados os dados para uma “Atitude empreendedora” PUB.


CAMPUS PÁGINA 06 // 06.MAR.12 // ACADÉMICO

euforia fecha com “balanço extremamente satisfatório” ANA CLARISSE ABREU anaclarisseabreu@gmail.com

Decorreu na semana passada, de 28 de fevereiro a 2 de março, a Semana da Euforia, marcada por inúmeras atividades. De acordo com André Pinheiro, vice-presidente do

Departamento Recreativo da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), os bares académicos (BA) de Braga e Guimarães receberam imensos estudantes, apresentando um “resultado bastante satisfatório”. Na terça-feira, o Rally das Tascas pode contar com “mais de 50 equipas, nos dois pólos universitários,

transformando-se numa alegria e satisfação dos concorrentes mais do que evidente”. A noite marcada pela “maior adesão” por parte dos estudantes, foi a quarta-feira académica, em que ocorreu a parceria do BA de Guimarães, em conjunto com o Café Universitário, sendo que a discoteca Sardinha Biba, onde atuou o cantor

popular Toy e do DJ Moulinex, também encheu. Por último, é de relevar a última noite, quinta-feira, que encerrou a badalada semana com a primeira edição da “Noite Solidária”, onde se verificou uma “adesão fantástica”, sublinhou André Pinheiro. Com esta atividade, a UM doou alimentos em troca de finos, contando com a par-

ticipação dos BA de Braga e Guimarães, do Insólito, do Café Universidade e Stephane Bar, demonstrando uma “essência comunitária louvável”, sendo que, estes alimentos serão encaminhados para o Banco Alimentar Contra a Fome. Assim, de acordo com o vice-presidente, a semana da euforia “registou um balanço extremamente positivo”.

dádiva de roupas confirma espírito de solidariedade JOSÉ miguel lopes jose.sepol@hotmail.com

O administrador dos Serviços de Ação Social da Universidade do Minho (SASUM), Carlos Silva, fez um balanço “muito positivo” SASUM

da campanha de Recolha e Oferta de Roupa, organizada por aquela entidade, em parceria com a Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) e a Associação de Antigos Estudantes da UM (AAEUM). De acordo com o responsável, a

comunidade académica respondeu de forma bastante solidária à iniciativa, realizada nos meses de janeiro e fevereiro, confirmando-se o grau de adesão que já se registara nos últimos anos. Em 2012, o total de peças de roupa, calçado e acessórios

recolhidos foi de 2.132 artigos, número que, na ótica de Carlos Silva, terá “tendência a estabilizar”, tal como é hábito ocorrer com as iniciativas de solidariedade, depois do forte crescimento verificado nos primeiros anos. Entre as peças mais doadas destacam-se as calças, camisolas, camisas e casacos, acentuando-se assim outra tendência verificada noutras edições. Quando questionado sobre se a conjuntura de crise poderá ter incentivado uma atitude solidária por parte da comunidade académica, Carlos Silva afirmou ser “provável que agora se esteja mais sensível”, embora tenha também acrescentado que as iniciativas passadas comprovem que o espírito de entreajuda tem sido constante. As peças de roupa que não foram recolhidas por elementos da comunidade

académica serão agora direcionadas para a Delegação de Braga da Cruz Vermelha e para a Rede Social de Guimarães, entidades que se encarregarão de fazer chegar os artigos a populações carenciadas ou organizações que trabalham para esse efeito. A Campanha de Oferta e Recolha de Roupa é uma iniciativa que se tem vindo a realizar anualmente desde 2008, tendo registado, na sua primeira edição, um total de 825 peças oferecidas. Na segunda edição, porém, o número de peças doadas foi de 1.778. Desde 2010 que a soma de doações tem estado acima das duas mil peças. Outras iniciativas de caráter solidário, também aplicadas este ano letivo, incluem a Recolha de Brinquedos, ou as várias campanhas de Recolha de Sangue, nomeadamente para a análise de medula. PUB.


CAMPUS PÁGINA 07 // 06.MAR.12 // ACADÉMICO

“a vida em revolução” dá o mote para as jornadas de biologia aplicada CÁTIA SILVA catiaff_11@hotmail.com

É já nos dias 8, 9 e 10 de março que se realizam as XIII Jornadas de Biologia Aplicada, na Universidade do Minho, em Braga. Caracterizada por um conjunto de plenários, palestras e workshops, esta atividade tem obtido sucesso em edições anteriores, elevando-se as expetativas para este ano. O tema eleito para esta edição foi “A Vida em Revolução”, que pretende refletir a dinâmica natural da bio-

diversidade na Terra e proporcionar aos participantes o debate de trabalhos científicos sobre a manipulação das formas de vida. As jornadas são organizadas

por uma comissão de estudantes finalistas do curso de licenciatura em Biologia Aplicada e têm contado com participantes de todo o país e oradores de áreas tão DR

Três dias de muita discussão em torno de temas importantes na Biologia

distintas quanto a biologia molecular, a ecologia, a medicina, a agricultura, o ambiente, a energia e sustentabilidade. Assim, tornou-se numa tradição de grande valor para toda a comunidade académica, tais como alunos e investigadores. O programa para este ano apresenta-nos diversas palestras, workshops, tertúlias e ainda uma saída de campo no último dia. Conta ainda com oradores distintos como Jorg Becker, doutorado em biologia na Universidade de Bielefeld, na Alemanha, Margarida Oliveira, doutorada em biotecnologia

de plantas, entre outros. As línguas de trabalho serão o inglês e o português. Bruno Silva, um dos organizadores, sublinha: “Estamos à espera de uma grande adesão por parte de toda a comunidade académica, pois preparamos este programa de forma a corresponder às preferências de todos”. As inscrições podem ser realizadas na bancada localizada no Complexo Pedagógico II ou online na página oficial do evento www.xiiijornadasbiologiaaplicada. com, onde poderão também consultar o preçário e o programa oficial.

engenharia de comunicações prepara segunda edição das jornadas SÓNIA SILVA sonia.silva.8@hotmail.com

É nos dias sete, oito e nove de março que decorre a segunda edição das Jornadas do Núcleo de Estudantes de Engenharia de Comunicações da Universidade do Minho (NEECUM). Esta edição, afeta ao tema “Comunica+” alicerça-se no slogan “vem conhecer o teu futuro”. Pedro Queirós, Presidente do Núcleo afirma que “com

estas jornadas o NEECUM pretende dar a conhecer as novidades nalgumas áreas mais atuais das tecnologias de informação e comunicação, bem como aproximar o tecido empresarial e a comunidade académica, mostrando o potencial dos alunos do mestrado integrado em Engenharia de Comunicações”. Reforça ainda que se espera que uma forte adesão por parte dos estudantes de Engenharia de Comunicações num evento em que toda a comunidade

académica é bem-vinda. No programa da 2ª edição das jornadas estão incluídas sessões científicas e tecnológicas, jobshops da PT Inovação, Sonaecom e Inova – Ria, destacando-se, no dia 9 de março, um debate acerca de propostas de lei que ame-

açam a liberdade na utilização da internet. Os painéis temáticos contam com um conjunto de oradores, entre eles, Miguel Pereira da PT Inovação, Sérgio Gonçalves da Optimus, Francisco Andrade, Diretor do Mestrado em Direito e Informática

da Universidade do Minho, Graça Carvalho da Cisco, entre outros. Nos principais temas de discussão encontram-se os painéis “empreende +”e “conhece o teu futuro” e as sessões “a rede no corpo”, “cidade dinâmica” e “televisão do futuro agora”. Pedro Queirós acredita que “será um evento com algumas surpresas reservadas que proporcionará oportunidades tanto aos estudantes como às empresas presentes.

universidades criam um fundo para apoiar estudantes carenciados ELSA MOURA elsa.moura@rum.pt

As universidades vão criar um fundo para apoiar os estudantes que não conseguem pagar as propinas. O presidente do Conselho de Reitores das Universida-

des Portuguesas, António Rendas, revelou ao Diário Económico que a ideia foi aprovada na última reunião do órgão. Na explicação de como irá funcionar este fundo no ano letivo 2012/2013, António Rendas afirma que o “valor vai ser reservado por cada

uma das universidades para atender a situações complicadas, com dificuldades agudas e mesmo crónicas, de estudantes mais carenciados e que tenham um aproveitamento escolar de qualidade”. António Rendas admite que “a crise já se sente” mas con-

sidera e teme que “este fenómeno ainda não está a vir à superfície”, afirmando que

“os números podem agravar de uma forma significativa ainda este ano”.


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cursos ao raio-x Renato henriques geologia

geologia da UM quase sem desempregados lénia rego leniarego@hotmail.com

Qual é o plano de estudos deste curso? A Licenciatura em Geologia é constituída por 6 semestres letivos, ou seja, 3 anos de formação. No primeiro ano predominam unidades curriculares de formação mais geral em ciências. Nos anos seguintes as unidades curriculares predominantes são de áreas fortemente relacionadas com a geologia. Tem alguma componente prática associada? A componente prática está presente em todo o plano de estudos do curso. Existem também unidades curriculares exclusivamente práticas, tais como Geologia de Campo e a unidade curricular de Projeto/Estágio. A Geologia de Campo é integralmente lecionada no terreno. A unidade curricular de projeto/estágio é integralmente

desenvolvida numa empresa ou instituição pública, em regime de coorientação. Para além de constituir uma excelente vantagem curricular, tem-se também verificado que muitos destes alunos acabam por conseguir emprego na entidade que os acolheu. Qual é a média de entrada? A média de entrada no presente ano letivo foi de 11.82 valores, sendo a nota do último candidato a entrar de 10 valores. Quais as saídas profissionais que este curso possibilita? A Licenciatura tem em vista a formação de graduados que, além das aptidões convencionais na área da geologia, tenham também uma formação dirigida à gestão sustentável dos recursos geológicos, num quadro de ordenamento do território, que considere o fomento da qualidade ambiental.

O geólogo tem um papel determinante na descoberta de matérias-primas, na pesquisa de recursos hídricos e, ainda, em questões relacionadas com os riscos naturais. Qual o índice de empregabilidade? No último estudo relativo à empregabilidade dos diplomados da Universidade do Minho, os dados eram os seguintes: relativamente a desemprego total, era de 4.6 por cento, enquanto que a curta duração rondava os 4,3 por cento. Não temos nenhum aluno no desemprego de longa duração. Relativamente aos números totais, tinhamos três desempregados na UMinho, num total de 65 licenciados. É possível saber quais são as principais empresas recrutadoras dos licenciados nesta área? São organismos de certificação, empresas de produção

mineira, cerâmica e de produtos geológicos industriais e laboratórios de investigação em áreas relacionadas com a Geologia. Os geólogos são também recrutados por gabinetes de consultoria, gabinetes de apoio a projetos e gabinetes de gestão, tanto do setor público como do setor privado. Se o desempenho durante a licenciatura for muito bom, os geólogos podem também aspirar a obter emprego em carreiras de investigação científica, em laboratórios ou universidades. Com o desemprego a aumentar, este curso continua a ser uma boa aposta para os jovens portugueses? Relativamente à Geologia, os dados relativos à empregabilidade demonstram que a licenciatura continua a ser uma boa aposta de formação, com elevada probabilidade de obtenção de emprego, quer em Portugal quer no Estrangeiro.

João Cerejeira vê um carácter diferenciador no curso de Negócios Internacionais Deverão continuar a apostar no nosso país ou procurar emprego no estrangeiro? Os números da empregabilidade relativos aos licenciados em Geologia, mostram claramente que ainda há uma boa margem para apostar na obtenção de emprego no nosso país. Contudo, há países onde a oferta de emprego para jovens licenciados em geologia é claramente superior à oferta em Portugal. Em que é que este curso é diferente dos outros existentes a nível nacional? Para além de ter uma forte componente prática, facilitada por um número de vagas de entrada relativamente baixo, e instalações laboratoriais e de apoio logístico de elevada qualidade, a Licenciatura em Geologia é lecionada em regime pós-laboral. Este facto poderá ser uma mais valia para alunos trabalhadores-estudantes. PUB.


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INQUÉRITO

vais à gata na praia? Aléxia Teixeira, aluna do Curso de Administração Pública afirma que, este ano, vai novamente. “A Gata na Praia é uma experiência única que não se compara ao Enterro, Semana de Euforia ou Receção ao Caloiro, pois decorre num ambiente diferente! No ano passado gostei imenso das atividades, convivemos com vários grupos, divertimo-nos imenso e os jogos eram diversificados”, sustenta a aluna. Diz ainda que “a viagem é o que mais custa, mas compensa quando lá chegamos”. Já em relação ao preço desta viagem “acho que acaba por ser bastante acessível, pois temos boas condições, nomeadamente no hotel e na segurança”. Quanto à organização, a aluna diz que é bastante boa, “preocupa-se muito com todos os aspetos e faz face a todas as necessidades que surgem”. Deixa ainda um conselho a quem quiser ir: “Recomendo esta atividade a todos os alunos que pensam participar porque é uma experiência única, muito divertida e não há nada que se compare a ela”. aléxia teixeira 2ºAno // administração pública

sara lemos EX-ALUNA // DESIGN E MARKETING MODA

Sara Lemos, ex-aluna do curso de Design e Marketing de Moda, afirma que não pensa em faltar desde que foi à primeira Gata na Praia. “Adorei a do ano passado, andava a contar os dias. Na Gata não dá para faltar a nada, dormir é tempo perdido, as atividades são ótimas para nos mantermos ativos e o som das pessoas faz-nos saltar da cama com a maior energia! Temos música a toda a hora, é um ambiente mágico”, destaca. A aluna recomenda a atividade e diz ainda que “a primeira Gata na Praia é uma experiência única que marca muito pela positiva! Acaba por ser uma família unida porque se criam relações de amizade e muitas delas vão perdurar! Este ano vou, com certeza, reencontrar muitos amigos”. Já em relação ao preço “Acho que se adequa, pois as condições que nos apresentam são ótimas, podemos contar com as pessoas da Associação para qualquer problema! Até temos autocarros disponibilizados para nos levarem a hipermercados.”, conclui.

Ricardo Costa, aluno do curso de Ciências da Comunicação, declara que não tem a certeza se irá. “Pelo feedback que tenho recebido de outros alunos, é uma atividade que permite fortalecer bastante as relações de grupo, onde existem muitos jogos e também uma vertente desportiva. Permite-nos passar uma semana totalmente diferente, cheia de diversão, alegria e com o nosso característico espírito académico”, sublinha. O estudante salienta que a AAUM tem feito um ótimo trabalho no que toca a todas estas atividades e na divulgação das mesmas. O aluno relata ainda que pelas ótimas e inesquecíveis experiências já vividas na Universidade do Minho, organizadas pela Associação Académica – salientando o Caloiro de Molho – a Gata na Praia não deverá, de certeza, desiludir as suas altas e esperadas expectativas. Já em relação ao preço o aluno afirma. “Penso que é um pouco caro, mas tendo em conta as condições disponibilizadas, vai valer muito a pena”. RICARDO COSTA 1º ANO // CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO

ÂNGELA BATISTA 1º ANO - MESTRADO //

ana pinheiro phyiee@hotmail.com

ECON.INDUSTRIAL E DA EMPRESA

Ângela Batista afirma que não vai faltar a esta atividade e que desde a Gata na Praia do ano passado prometeu voltar. Conta ainda que “depois do fantástico cartaz que foi apresentado no BA, é impossível resistir. Este ano será sem dúvida, a melhor Gata na Praia de sempre!” Faz ainda uma reflexão sobre a sua ida o ano passado e declara que “é uma semana de pura diversão, desde as atividades desportivas organizadas, até à diversão noturna! Existe convívio com as demais equipas e por, apenas numa semana, tornamo-nos realmente uma família. Foi pena o tempo não ter ajudado para algumas atividades, mas mesmo assim, não se podendo fazer as atividades na praia, a organização conseguiu que a diversão continuasse na piscina do hotel”. Concluindo, diz que “foi uma experiência para repetir” e que “o preço é bastante acessível”, dado que esta inclui viagem, o brunch, que é bastante completo e muito bem servido, a estadia e o seguro”.

Com a primavera aí à porta, entramos em contagem decrescente para uma das melhores atividades do ano, organizada pela Associação Académica da Universidade do Minho: A Gata na Praia. Este ano, a comitiva minhota irá deslocar-se até Albufeira, à Praia de Santa Eulália, para seis dias de muita emoção e diversão! Ficará instalada no Grande Real Santa Eulália Resort & Hotel Spa. As inscrições serão já no próximo dia 13 de março. O ACADÉMICO esteve à conversa com alguns alunos, tentando desvendar quais as expectativas, o feedback da atividade, quem pretende marcar presença no evento e entrar nesta “viagem” com aquele espírito que só a melhor academia do país sabe ter!



reportagem DR

DR

Francisco Carvalho, dos Stolen Tunes

DR

Sara Ferreira, atriz

António Costa, dos Ermo

A UNIVERSIDADE PAREDES MEIAS COM AS ARTES

ana lopes aisabel.lopes@gmail.com helena alves hrcma@hotmail.com

O mundo das artes não passa ao lado do percurso académico dos jovens da Universidade do Minho. Francisco Quintas, agente

da Popanolica, sabe que a música é algo bem presente na vida dos universitários. Num mundo onde o começo é sempre precário, a intervenção do agente ajuda à concretização dos sonhos de quem tem uma enorme vontade de fazer música. Prova disto são as sete bandas que agencia, entre

elas Ermo e Stolen Tunes às quais se juntam talentos como o de Sara Ferreira, que se estreou nestas artes aos quatro anos. O mundo paralelo Francisco Quintas faz parte deste mundo desde os 17 anos e diz já ter vivido “mui-

tas experiências positivas e algumas menos bem-sucedidas”. O agente dedica-se à música há seis anos e criou a Popanolica pois sentia falta de criar um espaço no qual “pudesse materializar” as suas ideias e onde, acima de tudo, não estivesse dependente de ninguém para as fazer acontecer.” Este é

um projeto que tem vindo a crescer e que traz novas oportunidades às bandas da região. Segundo Francisco Quintas, “a Popanolica era apenas uma agência”. Neste momento atua “em três campos, agenciamento e management de bandas, promoção de espetáculos e edição de trabalhos”.


ENTREVISTA PÁGINA 11 // 06.MAR.12 // ACADÉMICO

reportagem

A UNIVERSIDADE PAREDES MEIAS COM AS ARTES

Ermo é o mais recente projeto de António Costa, aluno do primeiro ano de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho, criado em agosto de 2011. Esta banda de pós-folk, de estilo muito peculiar, tem vindo a ter um grande sucesso. “Já fomos duas vezes ao Porto, tocámos cá em Braga, vamos agora tocar em Paredes de Coura, Porto, Coimbra e Lisboa”, refere António. Para o artista, a vontade de fazer um projeto musical existe “há bastante tempo”. “Desde pequeno que estou envolvido em derivados da música”, explica. No entanto, o aparecimento da banda deu-se por meio da boa relação com Bernardo, o outro elemento do duo. Francisco Carvalho é o vocalista dos Stolen Tunes, banda que existe desde o ano passado e que participou no UMplugged, organizado pela Associação Académica da Universidade do Minho. Para ele a banda terá sucesso. “Confio no crescimento da banda porque acreditamos muito nisto. Sabemos que não nos vai dar dinheiro mas fazemos isto por gosto e com dedicação”, afirma o estudante de mestrado em

Ecologia na Universidade do Minho quando questionado acerca do futuro do seu projecto. “Há uma imagem degradante associada as pessoas da música e não é bem assim. Passo a passo vamos conseguir o nosso espaço e mostrar que isto não é assim”, confessa Francisco. Para Sara Ferreira, o mundo das artes tem uma dimensão diferente e origem na mesma paixão pela música. “Não sei dizer quando é que apareceu nem onde nem porquê”, declara a jovem bracarense que já participou em vários musicais, sendo que este era um sonho de infância. Para Sara, filmes como Música no Coração, Chicago ou Moulin Rouge davam-lhe vontade de “levantar da cadeira e subir para o palco”. A estudante de Medicina não se dedica apenas aos livros, tendo estudado violino, ballet, coro e formação musical durante quatro anos no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian. Questionada sobre a sua escolha, Sara Ferreira afirma que “o teatro musical não é só música, é uma combinação de canto, dança e interpretação. Por isso é que muita gente lhe chama

“Acho que pouca gente em Portugal consegue [um futuro na música]”

“Cantar e dançar, nem que seja só no chuveiro”, afirma a estudante de Medicina

culdade. “Desde que entrei na universidade, a minha disponibilidade para continuar a participar nestes projectos diminuiu muito”, afirma a futura médica. Já, António Costa e Francisco Carvalho consideram que as aulas e os trabalhos não tiram tempo para a banda, sendo tudo uma questão de disponibilidade. António Costa diz que “quem quer ter tempo faz o seu próprio tempo”, mostrando assim que a motivação é suficiente para ultrapassar este problema. Também Francisco Carvalho declara que até hoje sempre foi possível conciliar tudo. “Normalmente as coisas funcionam por picos de movimento e dificilmente acontecem ao mesmo tempo. Não era feliz se tivesse que escolher apenas uma das coisas”, assegura. E depois da universidade?

uma ‘arte completa’, porque articula várias vertentes das artes performativas num só”. Uma vida que não é só academia A Universidade é algo que os três jovens têm em comum. Quando falam sobre a influência da vida académica nos seus projectos artísticos, mostram opiniões distintas. Sendo este um mundo paralelo ao mundo das aulas, dos exames e dos trabalhos, pode haver condicionamentos na participação noutro tipo de actividades. Contudo, os colegas são também os maiores fãs, uma parte importante do crescimento e motivação dos entrevistados, como refere o estudante de mestrado em Ecologia, Francisco Carvalho. “Os meus colegas são os primeiros a apoiar-me, a ir aos concertos. É a banda do amigo”, assegura.

Os apoios institucionais resumem-se, contudo, às iniciativas da AAUM, como o UMplugged, no qual participaram os Stolen Tunes que, inclusive, actuaram na Recepção ao Caloiro 2011. Sobre isto Francisco Carvalho conta que “é pena não haver mais momentos como este”. O vocalista da banda refere ainda que “a própria universidade devia proporcionar mais situações onde se pudesse evidenciar o outro lado dos seus alunos, dando valor aquilo que fazem fora dos trabalhos académicos”. Apesar de partilhar desta opinião, o aluno de Ciências da Comunicação diz que estes apoios não são basilares para a consolidação dos projectos pois “no Porto existem tantos apoios ou mais e a evolução também não é assim tão diferente”. Na verdade, o tempo é escasso e tem de ser bem aproveitado. Sara Ferreira encontra na falta de tempo uma difi-

Contudo, a presença destes jovens é algo efémero. Depois da licenciatura ou do mestrado, todos acabam por ter de entrar no mercado de trabalho e tomar decisões sérias quanto ao seu futuro. Apesar disto, os artistas entrevistados mostram vontade em continuar a investir na música. Sara Ferreira tenciona manter alguma ligação à música o máximo de tempo possível, “Se isso vai ser possível e em que condições, só com o tempo é que vou descobrir. Mas cantar e dançar, nem que seja só no chuveiro, espero poder fazer sempre!”, declara. Já António Costa acha difícil fazer futuro da música. “Acho que pouca gente em Portugal consegue. Aqueles que conseguem, provavelmente vendem-se um bocado e não é isso que eu pretendo”, confessa o vocalista dos Ermo, que ainda assim tem vontade de continuar a abraçar a música no futuro, “conciliando tudo com o trabalho”.


ANDRÉ TENTUGAL André Tentugal trabalha com imagem há cerca de oito anos, sendo que o seu primeiro videoclip foi para Old Jerusalem. Na opinião do músico, foi um primeiro passo de forma a experimentar linguagem e maneiras de filmar. Atualmente pretende afastar-se desse universo, nomeadamente através daquele que é um dos seus objetivos no futuro: o cinema. O projeto We Trust nasceu da vontade de criar uma experiência sonora coletiva, com muitos dos amigos com quem André se tem cruzado ao longo dos anos, entre Rui Maia, Fernando Sousa e Nuno Sarrafa dos X-Wife, Gil Amado dos Long Way to Alaska e Sérgio Freitas dos Zany Dyslexic Band. Nas suas palavras, a sua ideia era mesmo criar uma espécie de coletivo de amigos, à imagem dos Crosby, Stills, Nash and Young na década de 60. O disco de André Tentugal enquanto We Trust, de título These New Countries, vai ser lançado em outubro deste ano. Até lá, ficam as apresentações ao vivo nos Festivais Milhões de Festa e Paredes de Coura. André acredita que o disco será bem recebido ao vivo pois, na sua opinião, é um disco fácil de ouvir, ainda que seja eclético. É, acima de tudo, um disco que reflete a paixão de André pela pop. O músico já tem novos temas gizados para um futuro novo disco de We Trust, mas que tem igualmente na calha a sua futura longa metragem, que se encontra em fase de préprodução. O cinema é o seu grande objetivo mas, se tivermos em conta a amostra que foi “Time, Better Not Stop”, esperamos que André não coloque a música em stand-by.

Segunda: The Smiths - This Night has Opened My Eyes (Hatful of Hollow, 1984) “Esta música para além de ser, melodica e emocionalmente, uma bomba, reflete aquela que eu acho ser a característica que eu mais gosto nos Smiths: a capacidade de falar de coisas tristes de uma forma bonita. Esta música, por exemplo, fala de uma rapariga que vai fazer um aborto e a melodia leva-te tão perto daquilo que imaginas que ela possa estar a sentir... E esta foi das primeiras músicas que ouvi dos Smiths - eu que reneguei a banda durante imenso tempo!” Terça: John Lennon - Oh My Love (Imagine, 1971) “Tenho, acerca desta canção, uma história engraçada: eu estava em Viena a assistir um festival de teatro de rua. A performance era lindíssima e, entretanto, começou a tocar uma música, que, combinada com a peça, comoveu-me imenso. No fim, perguntei a alguém da organização de quem era aquela música e, ao dizerem que era do John Lennon, tudo passou a fazer sentido - nomeadamente a forma como os Beatles compunham canções!” Quarta: Serge Gainsbourg - Ballade de Melody Nelson (Histoire de Melody Nelson, 1971) “O Gainsbourg é um ícone para mim, principalmente por ter feito tanta coisa diferente... eu aprecio os artistas que, mais do que um trabalho coerente, tenham um percurso diversificado. Ele era quase uma bomba criativa! Tinha o seu próprio jeito, a sua maneira de fazer as coisas e não se deixava influenciar por aquilo que os outros pensavam. Tinha uma personalidade

forte e, naturalmente, para um teenager como eu quando o ouvi pela primeira vez, era bastante apelativo e excitante!” Quinta: Louis Armstrong - What a Wonderful World (What a Wonderful World, 1968) “Eu adoro este tema. Não imagino esta música cantada de outra forma! A voz do Louis Armstrong dá um calor à música, transmite-lhe um lado fraterno, uma atmosfera amigável...” Sexta: David Mccullum (c/ David Axelrod) The Edge (Music: A Bit More of Me, 1967) “Esta acabou por ser outra grande influência no meu disco. O início desta música poderá ser reconhecível para muitos, pois já foi samplado inúmeras vezes... Acaba por ser a minha costela mais soul, que também está presente no disco, bem como a orquestração, os arranjos de sopros... É uma música que considero extremamente cinematográfica, o que também tem um papel na minha vida!”


TECNOLOGIA E INOV onde poderemos criar conteúdos científicos, onde se mostra todo o processo da cirurgia, poderá ser narrado pelo cirurgião e que tem todas as vantagens por ser em 3D (profundidada, detalhe, qualidade) e permite dar ao aluno exactamente a noção que o cirurgião tem durante a cirurgia.

DANIEL VIEIRA DA SILVA daniel.silva@rum.pt

Quando perceberam que o vosso produto poderia tonrar-se numa oportunidade de negócio em Portugal. Já havia muita gente a produzir filmes, mas nós queríamos fazê-lo de uma forma diferente. Queriamos destacarmo-nos. E a forma de nos destacarmos era utilizar uma tecnologia

completamente diferente onde as outras empresas dificilmente se conseguiriam adaptar. Tivemos (pelo menos eu) dois anos a investigar a fundo e a perceber como tudo funcionava, mas depois de dominar toda a tecnologia surgiu a oportunidade de criar a empresa com foco na estereoscopia, exactamente para nos destacarmos da concorrência que não iria conseguir acompanhar os nossos serviços.

A vossa investida na área médica de que forma pode ajudar as pessoas? Fomos contactados pelo Centro Cirurgico de Coimbra no sentido de gravar a cirurgia oftalmológica em 3D. Percebemos, após análise, que seria possível captar em 3D acopulando cãmeras 3D ao microscópio. Os resultados foram acima do esperado. Começamos a dicutir ideias e detectamos ali uma oportunidade de negócio

ao conceito de “do it yourself” (faça você mesmo). De início, é dada ao utilizador a possibilidade de adicionar alguns assuntos sobre o qual tem interesse. Daí, este passa a seguir automaticamente alguns “pinboards” sobre os temas e a receber as actualizações dos mesmos. O resultado é uma vasta paleta de “pinboards” sobre assuntos diversos, que podem servir de inspiração a outros utilizadores e incentivar quem está a aprender algo novo a partilhar os resultados, mesmo que o objetivo

principal da rede não seja o da auto-promoção.

twittadas tiago dias alliendias@live.com.pt

Pinterest é a mais recente sensação online. Mas, afinal... o que é o Pinterest? Os mais atentos já repararam que existe uma nova rede social da “moda”. Literalmente. O Pinterest, que já conta com mais de dez milhões de fãs em todo o Mundo, é uma espécie de “quadro de cortiça” (“pinboard”) virtual, utilizado maioritariamente por pessoas interessadas em design e/ou

29% das fotografias digitais tem origem num telemóvel Esta é a previsão da Sandisk, empresa de armazenamento digital, que apresentou as conclusões de um relatório sobre a produção de arquivos multimédia. No mesmo período é estimado que sejam tiradas, em todo o mundo, cerca de 700.000 milhões de fotografias digitais. Segundo o mesmo relatório

são colocados, a cada minuto, no YouTube o equivalente a 48 horas de vídeo, o que, de acordo com a empresa, representa num mês o equivalente ao produzido pelas três principais cadeias de televisão dos EUA em 60 anos. Carros que falam já a partir de Setembro! Carros que falam há muito que aparecem em filmes. Mas a partir de Setembro chega à Europa um modelo para a vida real Foi apresentado no Mobile

World Congress, que decorre em Barcelona, o Ford B-MAX que está equipado com várias tecnologias, entre as quais o sistema SYNC, que em caso de acidente liga automaticamente para o número de emergência na língua de cada país e comunica a posição do automóvel a partir das coordenadas GPS. Na apresentação do Ford BMAX, Bill Ford, presidente da Ford, referiu que o objectivo é incorporar cada vez mais tecnologia nos veículos tornando os mesmos mais seguros e facilitando a vida dos condutores.

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OVAÇÃO

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liftoff, gabinete do empreendedor da AAUM,

noticia... > 13 MARÇO 12 Workshop “Motivação”

> 21 MARÇO 11 Seminário “O Capital da Juventude” Braga

> 28 MARÇO 12 Workshop “Transição para o Mercado de Trabalho”

> 18 ABRIL 12 Workshop “Marketing Pessoal”

> 23 ABRIL 12 Workshop “Networking”

TecMinho Workshop “Motivação - Cortar VII Edição IdeaLab Laboratório de Ideias de Negócio a Meta” A TecMinho, em parceria com o Departamento de Produção e Sistemas, vai organizar a VII edição do IdeaLab – Laboratório de Ideias de Negócio. Esta edição decorrerá entre março e julho de 2012 e terá como público preferencial os alunos dos 2º e 3º Ciclos e finalistas do 1º Ciclo, assim como recém diplomados, provenientes de qualquer área de estudos da Universidade do Minho. Localizado no Campus de Azurém, o IdeaLab apoia os participantes no desenvol-

vimento das suas ideias de negócio através de formação e consultoria personalizada, incentivando-os a elaborar um plano de negócios e a preparar o lançamento da sua empresa. Os interessados em participar nesta nova edição podem concorrer individualmente ou em grupo até cinco elementos. As candidaturas podem ser apresentadas até ao dia 15 de março de 2012 através do preenchimento on-line do formulário de inscrição. A

participação no Laboratório é gratuita. Informação detalhada sobre o IdeaLab, assim como o regulamento e o formulário de inscrição estão disponíveis no endereço: www.tecminho.uminho.pt/ empreender/idealab . Para mais informações, os interessados podem contactar a TecMinho através do e-mail start@tecminho. uminho.pt ou telefone 253 510 763.

Connecting the Dots Hoje em dia estabelecer objectivos é uma condição essencial, quer em termos de gestão empresarial, quer para aumentar a eficiência pessoal. Colocar a nossa energia ao serviço duma meta torna mais provável a sua consecução. Ao mesmo tempo, permite que a avaliação de desempenho seja mais esclarecida e justa. Porém, não basta dizer “queremos aumentar o volume de vendas” ou “vou ganhar mais dinheiro”, para que esses anseios se concretizem. Uma correcta formulação de objectivos obedece a uma série de princípios que é essencial dominar. É sobre eles que este workshop se

irá debruçar, para que ao sonho seja mais fácil chegar. Este será mais um workshop inserido no projeto Connecting the Dots, projeto oficial da Capital Europeia da Juventude. Dinamizado pelo Prof. Jorge Sequeira (TEAMBUILDING ( http://www.teambuilding.pt/) decorrerá no próximo dia 13 de Fevereiro entre as 18h00 e as 20h00 no Campus de Azúrem, Universidade do Minho, em Guimarães. A participação é gratuita, mediante inscrição no site www.liftoff.aaum.pt. Mais informações em www. liftoff.aaum.pt

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CULTURA “cosmos” ou o incrível mundo das dobragens... Estreia na próxima sexta-feira a nova peça do Teatro Oficina. “Cosmos” tem encenação de Lautaro Vilo e é apresentada como uma peça de “teatro radiofónico”. São oito actores, outros tantos personagens, oito microfones e várias vozes numa peça de teatro para todos. Oito espetáculos

JOSÉ REIS jose.reis@rum.pt

Crescer a admirar as vozes que nos entram em casa, sem rosto, sem corpo, sem permissão, sempre foi um dos fenónemos mais admiráveis. Quantos de nós não cresceram a pensar que aquele desenho animado era, afinal, um ser humano. Quantos de nós não cresceram a pensar que, por muito estranho que fosse o ser que estivesse plasmado no ecrã, ele afinal conseguia falar a mesma língua que nós. De admirável a bizarro, o que era realmente importante é que, afinal, ele falava a mesma língua que nós. Em “Cosmos”, o fenómeno ganha rosto. Ganha corpo. Deixa de ser voz para passar a ser (também) imagem. Deixa de ser ilusão

para passar a ser realidade. Em “Cosmos” as vozes têm finalmente um corpo, um rosto, cabelos e trejeitos humanos. O sonho desvanece-se, a ilusão deixa de fazer sentido. Teatro radiofónico Apresentada como uma peça de “teatro radiofónico”, “Cosmos” é um texto do dramaturgo argentino Lautaro Vilo que, pelo carácter multifacetado do seu traba-

lho, assina a encenação da peça. “Esta é a terceira vez que trabalhamos com o Lautaro Vilo”, começa por revela Diana Sá, uma dos atrizes do Teatro Oficina. “Começamos com a “Fábrica” e depois foi ainda apresentado o “Auto de Comunhão”, um monólogo interpretado pelo Marcos [Barbosa, encenador e diretor do Teatro Oficina”, enumera. Agora, surge o terceiro exercício partilhado com Lautaro Vilo. “Este ‘Cosmos’ é uma peça que

SALA DE CINEMA

“a mulher de negro” ALEXANDRE ROCHA alexandremvrocha19@live.com.pt

Com o fim da saga de Harry Potter, Daniel Radcliffe tem que desapegar-se do jovem feiticeiro, ao qual deu vida por vários anos. Depois de passar pelos palcos da Broadway, Radcliffe volta ao grande ecrã com “A Mulher de Negro”, um thriller com toques de terror, ambientado nos finais do século XIX. O filme em si, é extremamente aborrecido, sedentário e só será lembrado como “o filme que Radcliffe fez depois do Harry Potter”. Sejamos francos: o filme deve a sua notoriedade pelo protagonista (não foi por acaso que o primeiro trailer foi exibido na estreia dos Talismãs da Morte). E aqui reside um dos problemas da película. Enquanto

o casting de Radcliffe foi uma boa jogada comercial, o mesmo não se pode dizer a nível cinematográfico. Apesar de ser um ator muito espontâneo e, nas cenas mais tensas, ser capaz de reagir às situações de forma credível, Radcliffe transmite demasiada jovialidade e ingenuidade. Não tem o perfil e a presença necessários para interpretar Arthur Kipps, um jovem advogado, pai solteiro e viúvo amargurado, que tem de resolver um mistério para a sua firma. Os atores secundários acabam por lhe roubar o protagonismo todo. Outro dos pontos que não joga a favor do filme, por incrível que pareça, está nas cenas de maior tensão. Há que dar valor a James Watkins (que realizou o intenso Eden Lake) por investir no suspense e na ansiedade,

em vez de apostar no gore gratuito e sem nexo dos filmes de terror de hoje. Mas é no mínimo ridículo investir em cenários genuinamente sinistros, numa cinematografia sombria e numa edição de som arrepiante, quando a atmosfera criada é sabotada pela ação do filme, que é ruminante, desinteressante e incapaz de provocar sustos. Sente-se que a montanha pariu um rato. Já vi filmes de terror com recursos quase inexistentes que conseguem ser muito mais eficazes. “A Mulher de Negro” é um filme sensaborão, que podia ter dado muito mais, com os valores de produção de que dispunha. Não aquece nem arrefece e é um desperdício de tempo que podia ser melhor aproveitado para ver filmes realmente marcantes e com impacto.

ele [Lautaro Vilo] classifica como ‘teatro radiofónico’. As personagens são projetadas em desenho e de vários planos. Nós, os atores, sentados a uma mesa, com microfones à nossa frente, damos vida a esses desenhos que são projetados”, revela Diana Sá. Ou seja, aquilo que não se vê no cinema ou na televisão é revelado aqui, sem pudores. “É como um storyboard”, sintetiza Emílio Gomes, outro dos atores da companhia.

Nesta peça, que fica em cena de 9 a 11 de março no Espaço Oficina, os oito atores dão voz a várias personagens, “desde miúdos de seis anos a pessoas com pouco mais de 30”, num enredo que dura pouco mais de uma hora. “A ideia é fazer circular esta peça, apesar de, neste ano, o Teatro Oficina estar muito focado nas oito estreias para 2012”, revela Diana Sá. Ao abrigo de Guimarães 2012: Capital da Cultura, o Teatro Oficina terá assim oito novos espetáculos com participações de encenadores e dramaturgos da “nova geração”, desde João Pedro Vaz a Jacinto Lucas Pires, passando pelo próprio Marcos Barbosa, diretor do Teatro Oficina.


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RUM BOX

AGENDA CULTURAL

TOP RUM - 09 / 2012

13 PATRICK WOLF - Together

BRAGA

14 TIGUANA BIBLES Surrender

TEATRO 8 de março Deixemos o sexo em paz – Teatro para escolas – Companhia de teatro ,ária paulos Theatro Circo

02 MARÇO

1 1 BLACK KEYS, THE Lonely boy 2 A JIGSAW The strangest friend 3 LAMBCHOP If not i’ll just die

15 HORRORS, THE Changing the rain 16 SCHOOL OF SEVEN BELLS The night 17 WE TRUST - Again

4 KILLS, THE - Baby says 5 SHINS, THE - Simple song 6 ADULTS, THE Nothing to lose

18 BIG PINK, THE Hit the ground (superman) 19 DEUS - Constant now 20 DRUMS, THE - Money

7 JP SIMÕES E AFONSO PAIS A marcha dos implacáveis 8 TOM WAITS Back in the crowd

POST-IT

10 de março The Kransky Sisters – musa – ciclo no feminino Theatro Circo

Rostos na Multidão de Valeria Luiselli - Bertrand Editora. É um dos grandes livros de 2012, uma obra prima.

11 OSSO VAIDOSO Elogio da pobreza

THE MAGNETIC FIELDS Andrew In Drag

12 LITTLE DRAGON Ritual union

CHAIRLIFT Amanaemonesia

11 de março Thurston Moore CCVF

dos Livros. Um ensaio para se “perceber” como foi possível chegarmos a este estado. Às vezes o mar não chega de Sofia Marrecas Ferreira Porto Editora. Uma tragédia amorosa vivida no Alentejo, escrita por um dos nomes mais interessantes da Lit.Portuguesa actual.

05 março > 09 março

10 BEST YOUTH - Hang out

GUIMARÃES

MÚSICA 7 de Março Win Mertens CCVF

TEATRO 9,10 e 11 de março Cosmos – De Lautaro Vilo/ Teatro Oficina CCVF

FAMALICÃO TEATRO 10 de março Mineiro Casa das Artes

LEITURA EM DIA

9 WILCO - I might MIÚDA Na Cidade

MÚSICA 11 março Braga RUM’o ao JAZZ Quinteto de Ben Van Gelder Auditório Calouste Gulbenkian

Editora. A Patagónia, mais uma vez, como um dos últimos lugares míticos onde o sonho é possível. Lágrimas na chuva de Rosa Montero - Porto Editora. O futuro que nos espera e um grande romance de leitura obrigatória. Para ouvir de segunda a sexta (9h30/14h30/17h45) na RUM ou em

A Troika e os 40 Ladrões de Santiago Camacho - Esfera

Últimas Notícias do Sul de Luis Sepúlveda, imagens de Daniel Mordzinski - Porto

CD RUM

podcast: podcast.rum.pt Um espaço de António Ferreira e Sérgio Xavier.

DR

osso vaidoso - animal

PAULO SOUSA paulo.sousa@rum.pt

Ana Deus e Alexandre Soares partilharam o palco e o estúdio nos extintos Três Tristes Tigres. Ela vinha dos Ban, e ele fazia parte da primeira formação dos GNR, onde deu a voz a “Portugal na CEE”. Juntaram-se, espontaneamente e sem

nada planeado, e criaram o Osso Vaidoso, que de presunçoso tem pouco, uma vez que os temas são crus e simples embora fortes, mordazes e incisivos. E foi mesmo isso que Henrique Amaro percebeu quando os ouviu pela primeira vez em concerto, convidando-os desde logo a

gravar um álbum pela Optimus Discos. Osso Vaidoso partiu do palco para o estúdio e não do disco para os concertos. Como afirmou Ana Deus à RUM, eles querem “é curtir”. As músicas parecem ter como génese os poemas cujas palavras, elas próprias através da voz quente de Ana Deus, esgrimam com a guitarra uma acesa e fér-

til discussão. O resultado é um ambiente minimalista, de guitarra determinada e acertiva, onde somos confrontados com um frontalidade tal que por vezes nos incomoda, no bom sentido, claro está. Alguns dos poemas foram escritos por Regina Guimarães, que já tinha colaborado com os Três Tristes Tigres. Mas

também encontramos textos de valter hugo mãe e Alberto Pimenta. O disco conta ainda com depoimentos que partiram de conversas tidas com internos do Centro Educativo de Santo António, com jovens na Qualificar Para Incluir, no Porto, e com emigrantes portugueses na Picardia. “Animal” é por si só um bicho difícil de domar mas que depois de domesticado se revela como um companheiro de aventuras inseparável. Preparem-se! Os Osso Vaidoso acabaram de sair de jaula.


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DESPORTO balanço desportivo da jornada: sorte diferente para as equipas minhotas MAURA TEIXEIRA maura.cvt@gmail.com

Nesta jornada, sortes distintas para as equipas minhotas. No futebol, o Sporting Clube de Braga defrontou o Nacional. A equipa liderada por Leonardo Jardim derrotou a equipa madeirense por 3-1, atingindo o mesmo número de pontos que o Benfica no 2º lugar. O Vitória de Guimarães também saiu triunfante ao vencer o Marítimo por 1-0, com um golo de Edgar. Por sua vez, o Gil Vicente não teve um resultado tão favorável, perdendo por uma bola a zero contra o Paços de Ferreira. Numa partida a contar para a 18ª jornada da Liga Portuguesa de Basquetebol, disputada pelas duas equipas do Minho, o Vitória saiu vitorioso com um resultado bastante expressivo frente ao Basquete de Barcelos (6950), numa disputa para os

playoff’s. A jornada 18 do Campeonato Nacional da 1ª Divisão de Hóquei em Patins foi de dissabores para duas das três equipas minhotas. O HC Braga foi derrotado pelo FC Porto por 9-4, apesar de ter sido a primeira equipa a chegar ao golo. A Juventude de Viana jogou no sábado contra a Académica de Espinho. Apesar de apenas ter reagido quando já estava a perder por 4-0, a equipa de Pedro Sampaio conseguiu chegar estabelecer o resultado num empate a seis golos. Por último, no Andebol, o ABC e o Xico Andebol encontraram-se para o último jogo da fase regular. Apesar de o Xico ter entrado mais forte, foi o ABC quem saiu vitorioso (30-27). Com este resultado, o ABC viu confirmada a sua presença na fase final, juntamente com o FC Porto, Benfica, Sporting, Águas Santas e Madeira SAD.

brilharete da aaum nos cnu’s de badminton, ténis de mesa e ténis CARLOS REBELO c.covasr@gmail.com

Decorreram nos passados dias 28 e 29 de fevereiro, no complexo desportivo Estádio Universitário, em Lisboa, e com organização da Federação Académica de Desporto universitário, os campeonatos nacionais universitários (CNU’s) das modalidades de badminton, ténis de mesa e Ténis. Todas as modalidades foram disputadas na vertente de pares (dois elementos por equipa). A Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) fez-se representar por diversos atletas com objetivos de chegar às medalhas, tentando arrecadar o maior

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número possível de lugares no pódio. Começando pela modalidade de badminton, a AAUM conseguiu quatro medalhas em nove possíveis. Nos pares masculinos, Nuno Sá (Mestrado em Finanças) e Jorge Carvalho (Eng. Eletrónica) obtiveram o ouro, enquanto que Rui Almeida (Eng.Mecânica) e Ana Ferreira (Eng. Biológica) nos pares mistos e Inês Bastos (Eng. Gestão Industriall) e Ana Ferreira nos pares femininos conseguiram a prata. Nuno Sá e Inês Bastos conseguiram ainda um 3º lugar nos pares mistos. Em declarações aos órgãos de comunicação social, Carla Guimarães, responsável pela

espaço

scbraga/aaum by DVS

O Sp.Braga/AAUM foi a surpresa da 19ª jornada ao empatar a quatro bolas, em Sandim, com o Modicus. Amílcar e Miguel Almeida conferiram uma vantagem inicial de dois golos para os minhotos, atenuada pelo tento de Luís Miguel aos 13’. Quatro minutos depois, André Machado voltou

AAUM nesta modalidade de badminton, afirmou: “melhor era impossível, ainda porque nos apresentámos sem três dos nossos melhores atletas.” Quanto à modalidade de ténis-de-mesa, a AAUM obteve três medalhas neste CNU. A dupla Joni Sousa (Psicologia) e Tiago Abreu (Gestão) nos pares masculinos e Joni Sousa e Cristina Leal (Línguas e Literaturas Europeias) nos pares mistos conseguiram a medalha de prata, enquanto que nos pares femininos, Cristina Leal e Ana Teixeira (Eng. Mecânica) obtiveram o 3º lugar do pódio. Já no Ténis, apesar do nível elevadíssimo deste CNU, a dupla feminina Maria Matos (Medicina) e Francisca Silva (Gestão) conseguiram o 2º lugar do pódio, apenas perdendo na final para a dupla da Universidade Nova de Lisboa, Margarida Fernandes e Olga Serbyn. No total foram conquistadas pela AAUM oito medalhas: uma medalha de ouro, cinco de prata e duas de bronze. a colocar a diferença em dois golos, mas Freddy respondeu de imediato e fixou o resultado em 2-3 antes do intervalo. O Sp. Braga/AAUM parecia disposto em levar os três pontos de Sandim e voltou a cavar a diferença no marcador, aos 23’, por intermédio de Pedrinho. A resposta dos sandinenses surgiu no minuto seguinte através do melhor marcador do Campeonato, Nandinho. Aos 33’, Freddy bisou e estabeleceu o resultado final. Com este resultado o Sp.Braga/ AAUM vê confirmado o bom arranque em 2012, manteve a 11ª posição e não perdeu pontos para Belenenses e Académica que também perderam nesta jornada. Os estudantes recebem os Leões de Porto Salvo na próxima jornada.


Agenda CEJ 2012 PT-POLIS LISBOA E CENTRO 6, 7, 8 e 9 de Março

O PT-Polis faz parte do programa educativo de Braga 2012: Capital Europeia da Juventude. Enquadra-se também na estratégia Braga 2024, que tem como objetivo a promoção da participação dos jovens num espírito de cidadania ativa, abordando as temáticas da participação, cidadania, empreendedorismo e empregabilidade como contributo para novas políticas de juventude. Depois de correr o Norte e Centro, chega agora a vez de Lisboa. WORKSHOP “ENTRA EM CENA” 9 de Março – 15h - Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva

Braga 2012 destaca-se pela inovação na BTL A presença de Braga 2012: Capital Europeia da Juventude na BTL – Feira Internacional de Turismo foi considerada “altamente positiva” por Nuno Barreto, do conselho de administração da Fundação Bracara Augusta, uma vez que permitiu dar a conhecer aos profissionais de turismo e aos visitantes o projeto preparado para 2012, bem como estabelecer “inúmeros contactos com promotores de turismo nacionais e internacionais para a divulgação de Braga 2012”. Nuno Barreto dirigiu uma palavra de agradecimento ao presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal, Melchior Moreira, pela “ótima localização do stand de Braga 2012, que permitiu uma enorme visibilidade, a consulta de programação e a interação com a plataforma eletrónica do projeto, na maior feira e mostra de turismo de Portugal”. A grande atração do stand foi a mesa ‘multitoque’ - Displax Multitouch Technology - criada pela empresa de Braga Edigma: the touch company, que conta com a tecnologia mais avançada da Europa. Esta mesa interativa dispõe de quatro aplicações que permitem a consulta de fotografias, vídeos, os eventos agendados no âmbito da programação de Braga 2012 e a visualização dos últimos posts publicados na página de Facebook. O stand foi visitado pelo Ministro da Economia, na abertura da BTL, que elogiou a “inovação, empenho e valores demonstrados pela Capital Europeia da Juventude”, aquando sua visita ao stand do Turismo do Porto e Norte de Portugal, acompanhado da Secretária de Estado do Turismo, Cecília Meireles, experimentou a mesa ‘multitoque’ uma ferramenta interactiva que promete transformar qualquer superfície não condutora, plana ou curva, opaca ou transparente, num verdadeiro campo de emoções experiências. O stand de Braga contou ainda com a apresentação de espetáculos de animação de rua alusivos às tradições de Braga, nomeadamente, a atuação de personagens clownescas, farricocos, gaita-de-foles e percussão tradicional.

Estes workshops sobre “Teatro & Comunicação” focam-se nos jovens que pretendam dar os primeiros passos no mundo do teatro ou simplesmente pretendem apreender uma forma diferente de se expressarem. Como estímulo à criatividade e à participação dos jovens no movimento associativo, serão desenvolvidas duas peças teatrais originais em parceria com associações locais que serão apresentadas pelo concelho, de forma itinerante. EM CAIXOTE 9 de Março – 22h / 00h – Vários Locais

Poesia : Poesia na Varanda – 22h – Bananeiro Dança : Tango interativo – 22.30h – Cruzamento Rua do Souto Música : Sebenta – 23h – Rossio da Sé

Música : Bulota – 23h – Rossio da Sé 10 de Março – 11h / 00h – Vários Locais Interacção : Mural de Azulejos – 11h – Praça da República Teatro : As Facécias (2 histórias) – 11.30h e 12.45h – Theatro Circo e Cruz. Rua do Souto Dança : Dança Contemporânea – 11.30h – Campo da Vinha Dança : Hip-Hop e Break Dance – 12.30h – Campo da Vinha Teatro : As Facécias (3 histórias) – 16h / 17h / 18h – Jardim S. Barbara, Largo D. João Souto e Praça República Música : EpicRoad – 17.30h – Campo da Vinha Música : Fado – 22h – Cruz. Rua do Souto Música : My Cubic Emotion – 22.30h – Praça S. Tiago (Gov. Civil Braga) Música : Wild Tigger Affair – 23.30h – Praça S. Tiago (Gov. Civil Braga) 11 de Março – 16h / 18h – Praça da República Música : Grupo de Cavaquinhos – 16h Música : Geovani Goulart Trio – 17h FIM DE SEMANA ODM’S 10 e 11 de Março – Braga

Nestes encontros, 60 voluntários internacionais de mais de 10 nacionalidades diferentes estarão em Portugal, motivados pela vontade de tornar os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio uma realidade, onde irão desenvolver inúmeras ações em escolas, Universidades e nas ruas. Neste fim-de-semana irão realizar-se atividades de sensibilização dos objectivos do milénio (ODM). PELOS TRILHOS MEDIEVAIS DE BRAGA E PERCURSOS BARROCOS

10 de Março – 9.30H – Praça da República Dar a conhecer, de forma interpretada, o património barroco de Braga através de visitas explicativas aos locais de referência, com acesso a espólio tipicamente do barroco de Braga. THE KRANSKY SISTERS 10 de Março – 21.30h – Theatro Circo

As The Kransky Sisters são uma família de três solteironas, muito estranhas, naturais de Esk, uma localidade rural australiana. Mourne, Eve e Dawn Kransky criam um ensemble musical estranho e encantador. Um espectáculo que tem sido aclamado e premiado por onde tem passado, em estreia absoluta em Portugal. Braga RUMo ao Jazz - Quinteto de Ben Van Gelder 11 de Março – 21.30h - Escola de Música Calouste Gulbenkian

Este Ciclo é um contributo para o desenvolvimento cultural dos jovens, que ao permitir assistir a espectáculos de elevada qualidade e a participação em workshops com os músicos, garante uma grande proximidade e intercâmbio de conhecimentos associados ao fenómeno do jazz. O objectivo é também dar a conhecer alguns dos melhores músicos de Jazz, nacionais e internacionais, da actualidade, com destaque para os novos valores. Entrada livre.


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