Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 142 / ANO 6 / SÉRIE 3 TERÇA-FEIRA, 08.MAR.11
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entrevista Ricardo Capote, presidente da AAEUM
“Vamos promover a excelência da Universidade do Minho e a excelência dos seus profissionais” Página 08 e 09
campus Roboparty de volta à UMinho! A universidade do Minho vai abrigar a 5ª edição da RoboParty entre os dias 10 e 12 de Março. Durante estes dias cerca 400 participantes irão ficar alojados no complexo desportivo da Universidade do Minho, em Guimarães. Página 03
cultura O bando revisita “Pedro e Inês” Embora a estreia só esteja marcada para 11 de Março nas Caldas da Rainha, o público vimaranense teve direito a assistir, em primeira mão, à nova criação do Teatro O Bando. A antestreia, com sessão dupla, de “Pedro e Inês” aconteceu a 4 e 5 de Março, no Centro Cultural Vila Flor. Página 07
local
desporto
Realizar filmes de três minutos em 24 horas. És capaz?
scbraga/AAUM “desliza” em casa
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FICHA TÉCNICA
SEGUNDA PÁGINA
FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // Terça-feira, 08 Março 2011 / N142 / Ano 6 / Série 3 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // REDACÇÃO: Ana Sofia Machado, Ângela Coelho, Bruno Fernandes, Carlos Rebelo, Cátia Alves, Cláudia Fernandes, Cláudia Rêgo, Diana Sousa, Diana Teixeira, Diogo Araújo, Eduarda Fernandes, Eduardo Rodrigues, Filipa Barros, Filipa Sousa, Franscisco Vieira, Goreti Faria, Goreti Pêra, Inês Mata, Iolanda Lima, Joana Neves, José Lopes, Lucilene Ribeiro, Maria João Quintas, Mariana Flor, Neuza Alpuim, Rita Vilaça, Sara Pestana, Sofia Borges, Sónia Ribeiro, Sónia Silva, Tânia Ramôa e Vânia Barros // COLABORADORES: Cátia Castro, José Reis // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva e Luís Costa // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: jornalacademico@rum.pt // TIRAGEM: 2000 exemplares
EM BAIXO
AAEUM Novo presidente, nova equipa, logo novas ideias e objectivos. Não entrando por julgamentos de valor do trabalho dos anteriores mandatos, penso que este é um momento importante para a AAEUM dar o salto que necessita. A comunicação é um vector essencial para esse mesmo crescimento. Eles vão apostar. E bem!
Formação de delegados Cada vez mais importante. As noções que estes delegados e sub-delegados levam para casa depois desta formação podem e devem contribuir para o fortelecimento da massa crítica da comunidade estudantil sobre assuntos de verdadeira importância para o futuro da sua vida como estudantes.
Estágios profissionais Pois é. Eles são mais. É um facto. Mas a remuneração dos mesmos caiu. Previsível também. O que é certo é que os estágios profissionais foram atrasando e atrasando no seu percurso normal de avaliação de candidatura para serem abrangidos pelas novas disposições legais. Enfim. Mais do mesmo.
Há palhaços. Há cowboys, bandidos e ladrões. É um país invadido por estas personagens. De cara tapada (como sempre gostaram de andar) manifestam-se alegremente pela desgraça alheia. Tão pobres. De espírito, leia-se. É um país ultrajado e travestido por alguns que por cá andam e que, a pouco e pouco, nos tiram o que resta. Descansem. Estamos no Carnaval. Todas estas personagens não existem durante o resto do ano. Foi tudo pura ficção espontânea. Descansem. (Paremos para pensar) Ou será que estas personagens existem mesmo? Apenas não encarnam nos outros dias com as vestimentas e maquilhagens? Pois. Talvez isso aconteça de facto. No meio da classe política, da classe trabalhadora, do mundo da cultura, do desporto e da ciência há tantos “senhores” que gostam de extravasar estes limites da decência e que nos apertam com uma pressão cada vez mais sufocante. Mas voltemos ao Carnaval, até porque há tolerância de ponto (sim, porque os portugueses são trabalhadores incansáveis e precisam de descanso) e deixemo-nos de lamentações, porque para isso há outro feriado, outra ponte, numa outra altura do ano. Exalte-se a capacidade de abstracção de milhões só no nosso país que, por uma noite apenas, resolvem ser aquilo que nunca ousaram ser. Escondem lá no fundo um desejo de ser como a personagem que encaram. É uma alucinação subtil que dá luz aos olhos de quem vê. Haja alegria! Pese embora os milhões que se gastam nesta festa “pseudo-popularucha”, haja alegria, pelo menos por um dia. Porque lá no fundo todos sabemos que… Há palhaços. Há cowboys, bandidos e ladrões espalhados por esse país fora… Até para a semana!
DANIEL VIEIRA DA SILVA // daniel.silva@rum.pt
NO PONTO
EDITORIAL
08.MAR.11 // ACADÉMICO
BARÓMETRO
EM ALTA
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LOCAL
roboparty de volta à uminho! Mariana Flor mar1ana.f@hotmail.com
A universidade do Minho vai abrigar a 5ª edição da RoboParty entre os dias 10 e 12 de Março. Durante estes dias, cerca de 400 participantes irão ficar alojados no complexo desportivo da Universidade do Minho, em Guimarães. A RoboParty tem como objectivo ensinar a construir robôs móveis autónomos, de forma simplificada, com o acompanhamento de pessoas qualificadas. Este evento é comparável a uma LanParty pois funciona 24 sobre 24 horas, durante 3 dias e duas noites, no entanto, com funções pedagó-
gicas e educacionais. Neste evento irão participar 100 equipas de 4 pessoas, dos 12 aos 18 anos, pois é maioritariamente destinado a jovens do ensino básico e secundário. Por esta razão, as equipas têm que ser acompanhadas por um adulto, seja este professor ou familiar. Fernando Ribeiro, um dos organizadores da RoboParty, deposita grandes expectativas nesta edição, afirmando até que deve superar as anteriores. Segundo este, as 100 vagas disponíveis foram preenchidas nas duas primeiras semanas. Nesta edição, os participantes vão contar com uma curta formação sobre programação de
robôs e, posteriormente, terão como tarefa a montagem de um kit robótico. Em paralelo decorrerão outras actividades lúdicas, como desporto, música, jogos e festas. Este evento contará também com duas palestras, apresentadas por dois professores da área, um da Universidade do Minho e outro da Universidade de Coimbra. Provas para testar o kit, demonstração de robôs móveis da universidade, concursos de futsal, torneios de xadrez, de golfe e pólo aquático, são algumas das actividades extra que marcam a programação destes três dias. A organização deste evento conta com 10 organizadores e
quase 100 voluntários. A sessão de abertura da RoboParty terá lugar na próxima quinta-feira, na parte da manhã, e contará com a presença
do reitor da Universidade do Minho. Será também apresentado o novo kit, a ser desenvolvido pelos participantes no evento.
bracarenses na preparação do evento, bem como dar a conhecer a capacidade e criatividade dos mesmos”. Os trabalhos apresentados pe-
los candidatos estarão sujeitos à avaliação de quem “percebe da coisa”. Haverá um júri constituído por quatro elementos que, de momento, ainda não está definido, mas que contará com a presença de um representante do Pelouro da Juventude da Câmara Municipal de Braga, dois representantes dos parceiros do projecto ligados à cultura e à arte e ainda um designer convidado. “Follow youth”, para além de querer despertar nos jovens o seu sentido mais criativo, de acordo com o vereador Hugo Pires, é, também, uma forma de “reforçar a imagem internacional de Braga”.
follow your criativity… FABIANA OLIVEIRA fab.i@hotmail.com
“Braga, Capital Europeia da Juventude 2012” começa, desde já, a lançar desafios. Se tens entre 14 e 35 anos e queres mostrar a tua criatividade, o Pelouro da Juventude da Câmara Municipal de Braga lançou o concurso “Follow Youth” a pensar em ti. Este concurso tem como objectivo a criação do logótipo oficial para o evento por que todos os bracarenses anseiam. Os concorrentes, individualmente ou em grupo, terão de entregar as suas propostas juntamente com um formulário,
por e-mail ou correio postal, de 1 a 31 de Março. Aguça os teus sentidos e põe mãos à obra, vais querer perder um “Apple iPad Wi-Fi – 16Gb” ? O título de “Capital Europeia da Cultura 2012” atribuído pelo Fórum Europeu da Juventude, em Abril do ano passado, deixou para trás as duas cidades gregas finalistas: Buron e Heraklion. Conhecer a juventude local, promover novas ideias e criar projectos inovadores são os três propósitos presentes na mira da “nossa” Capital Europeia da Juventude. Através do contacto com a or-
ganização foi possível verificar, uma vez mais, que a principal aposta desta iniciativa são, claro está, os jovens: “Esta iniciativa pretende envolver os jovens
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CAMPUS está aí a AIESEC Joana Neves joana_neves15@hotmail.com
A maior organização do Mundo gerida somente por estudantes chegou, finalmente, ao Minho… Mas a questão é: O que é que sabes dizer sobre a AIESEC? A AIESEC assume-se como uma plataforma internacional, presente em 110 países, feita por e a pensar nos jovens e no desenvolvimento do seu potencial. O grande desafio da organização é estimular os seus membros a ter uma visão global compreendendo as diferenças entre pessoas, culturas, países e organizações. Os interessados podem, então, escolher entre dois caminhos: integrar uma área funcional,
seleccionando, entre Finanças, Marketing, Relações Internacionais, Relações Empresariais ou Recursos Humanos, a área de maior interesse, ou partir à aventura num estágio internacional, conforme clarifica ao ACADÉMICO, Rui Duarte, presidente da AIESEC em Portugal. Para os que optem por ficar como colaboradores, neste caso, do comité do Minho, existirão semanas de formação com o objectivo de promover o contacto e partilha de experiências com as demais comités nacionais. Já os estágios internacionais, cuja duração varia entre mês e meio e ano e meio, dividem-se entre estágios profissionais remunerados e estágios voluntários não remunerados, acrescenta Cristiana
Lopes, membro do comité nacional AIESEC. A selecção do local de destino levará, obviamente, em conta as preferências do próprio, mas também as características percebidas durante a pré-entrevista. A propósito dos estágios voluntários, a AIESEC lança o desafio “Summer Abroad” já para o Verão de 2011. A proposta passa por contribuir directamente para o desenvolvimento de uma comunidade, pertencente a um país subdesenvolvido como a Índia ou Moçambique. Durante mês e meio ou dois meses os voluntários realizarão trabalho comunitário nas escolas primárias locais, sensibilizando as crianças para questões como a prevenção da SIDA ou os cuidados higiéni-
cos base. De forma a esclarecer todas as dúvidas dos estudantes do Minho e clarificar a importância de organizações como esta na vida pessoal e profissional futura, a AIESEC promoverá uma conferência no próximo dia 14 de Março. Esta primeira fase de recrutamento encerrará dia 16 do corrente mês, só voltando a abrir
as portas do futuro dos jovens minhotos no mês de Setembro. Responsável pela iniciativa de expansão da AIESEC para o Minho e estudante do 3º ano do curso de Negócios Internacionais, Paulo Sousa acrescenta que fazer parte desta equipa o ajudou, acima de tudo, a “encarar os desafios como isso mesmo, como algo que, com trabalho e empenho, é superável”.
“2011: odisseia da biologia “ dá o mote para as XII jornadas de biologia aplicada Tânia Ramôa tania_ramoa@hotmail.com
Durante três dias a Universidade do Minho volta a ser palco das XII Jornadas de Biologia Aplicada. Nos dias 9, 10 e 11 de Março serão discutidas temáticas acerca de biotecnologia, saúde e ambiente e que vão marcar o evento deste ano, intitulado de “2011: Odisseia da Biologia”. A edição pretende ser diferenciadora e, para além das habituais palestras com oradores de alto nível nacional e internacional, conta também com a realização de dez workshops, o maior em 12 anos de história das jornadas. Deste modo, os alunos poderão estabelecer um contacto informal com os oradores e, assim, alargar os horizontes do conhecimento e
ficar a par do caminho da investigação em Portugal e além fronteiras. Em entrevista ao ACADÉMICO, a presidente da comissão organizadora das XII jornadas de Biologia Aplicada, Tânia Fernandes, revelou detalhes sobre o evento que pretende ser um marco no percurso dos alunos. No programa destaca-se ainda um jantar comemorativo no restaurante panorâmico da Universidade do Minho, uma tertúlia subordinada ao tema “O Impacto Ambiental das Energias Renováveis”, apresentação de 22 posters científicos e, ainda, exposição por parte de várias empresas relacionadas com as ciências biológicas de material laboratorial. Para além destas palestras de índole especializada, o lado cultural do evento não foi dei-
xado de lado. Assim, o Coro Académico da Universidade do Minho anima a sessão de abertura no dia 9 de Março e os Bomboémia são presença confirmada no jantar comemorativo. Tânia Fernandes convida os “amantes do Ambiente” a assistirem à apresentação oficial do projecto, “Campus do Mar”, desenvolvido pela Universidade do Minho, em parceria com a Universidade de Vigo. Acrescenta ainda que esta sessão poderá constituir uma oportunidade para os alunos conheceram as condições de trabalho e possibilidade de parcerias, alargando horizontes, que poderão ser valiosos no futuro. Segundo dados oficiais da Comissão Organizadora, até ao fecho desta edição do ACADÉMICO, estavam 170 alunos inscritos das licenciaturas de
Biologia Aplicada, Biologia e Geologia, Bioquímica, Engenharia Biológica e Ciências do Ambiente. São esperados, igualmente alunos vindos da Universidade de Trás-os-Montes (UTAD), Universidade do Porto, Coimbra, entre outras. Tânia Fernandes espera, assim, uma boa adesão às jornadas que foram pensadas com
muita dedicação por parte da organização para que reunisse um quadro informativo actual e inovador e para proporcionar momentos de aprendizagem determinantes. Os interessados poderão aceder ao site www.jornadasdebiologia.com para aceder a mais pormenores das XII Jornadas de Biologia Aplicada.
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prémio nacional de jornalismo universitário está de volta Ana Lopes ana_lopes91@hotmail.com
O Prémio Nacional de Jornalismo Universitário (PNJU), organizado por estudantes do Curso de Ciências da Comunicação da Universidade Nova de Lisboa, conta agora com a terceira edição, subordinada ao tema “O Poder”. O objectivo deste concurso é dar a conhecer novos talentos do jornalismo português, incrementando a criatividade dos jovens universitários, divulgando os seus trabalhos. Os estudantes da Universidade do Minho podem também
participar, basta que enviem o seu trabalho até 31 de Março. Há cinco categorias à escolha: imprensa, fotografia, rádio, televisão e multimédia. Os vencedores das duas edições anteriores estagiaram em órgãos de comunicação nacionais como a SIC ou a Rádio Renascença e tiveram a oportunidade de complementar a sua formação no Centro Protocolar de Formação Profissional para Jornalistas (Cenjor). O mais importante deste prémio é que, segundo Bárbara França Silva, “é mais do que uma competição, é uma ferramenta para o futuro. É uma
forma do aluno se colocar no mapa profissional e, ao mesmo tempo, de estimular os seus conhecimentos e instintos jornalísticos”, sendo este um impulso à divulgação dos talentos dos estudantes. Este ano, o PNJU terá como júri Carlos Vaz Marques, entre outros. Nesta edição do prémio, a responsável do projecto espera que os alunos “sejam arrojados, pensem ‘outside of the box’ pois é na diferença que reside a unicidade. Queremos que os alunos se distingam pelo seu bom trabalho e não apenas pela faculdade onde estudaram”, pois “Um bom
jornalista, entre outras coisas, é aquele que vê para além do óbvio e é esse o desafio d’O Poder, o novo tema do PNJU”. A ideia surgiu de dois alunos da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (Sofia Simões de Almeida e Renato Duarte) que queriam fazer algo mais pelo jornalismo pois “consideravam haver uma grande lacuna em termos de competição e discussão saudável entre futuros jornalistas. Ambas são ferramentas muito fortes para a evolução de qualquer ser humano, pois obrigam-nos a sair da nossa zona de conforto e,
no processo, ficamos a conhecer ainda mais quem somos e o que podemos trazer de diferente à sociedade.” Este é um projecto para continuar pois é uma boa oportunidade de discussão do jornalismo e da sociedade actual. O PNJU procura que os estudantes tentem ultrapassar o óbvio, abrindo-se ao “Poder”. É possível encontrar mais informações sobre o prémio em www.pnju.org, onde podem também consultar o regulamento, os requisitos necessários para a execução da reportagem, bem como a ficha de inscrição.
140 delegados na formação pedagógica promovida pela AAUM ELSA MOURA elsa.moura@rum.pt
Decorreu no passado fim-desemana mais uma Formação Pedagógica para Delegados, no pólo de Gualtar da Universidade do Minho, em Braga. Esta é uma actividade realizada pelo Departamento Pedagógico da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), sendo que os objectivos se prendem, como adiantou ao ACADÉMCIO, Hélder Castro, o vice-presidente do departamento, “com a responsabilidade de transmitir, informar e auscultar os delegados
e sub-delegados da UM de modo a potenciar, tanto a sua função, como a intervenção do Departamento Pedagógico no meio académico”. O responsável rematou que, desta forma, a AAUM propulsionará “uma aproximação muito mais eficaz e abrangente”. Na formação, que teve dois dias de duração, estiveram presentes 140 delegados da Universidade do Minho. No primeiro dia realizaramse três workshops, nos quais foram debatidos “O RJIES e o Regime Fundacional”, o “Estatuto de Dirigente Associativo Estudantil, Estatuto de Delega-
do e Subdelegado”, e ainda “O RIAPA”, sendo estes intercalados por uma conferência da Dra. Isabel Santos, que expôs como se processa a análise da qualidade do ensino na Universidade do Minho. No segundo dia marcou presença o Reitor da academia minhota, António Cunha, numa conferência com o tema “Regime Fundacional: O que muda?”, seguindo-se a apresentação do Provedor do Estudante, António Paisana, que apresentou a figura que desempenha a todos os delegados. O segundo e último dia da
formação contou ainda com a presença da pró-reitora para o Ensino, Paula Martins, que mostrou “O papel dos protagonistas do Ensino Superior no quadro da Universidade pósBolonha”. O responsável do departamento pedagógico da AAUM, salientou a preocupação dos estudantes “que foram interagindo durante os workshops e conferências, existindo sempre uma enorme preocupação por parte dos facilitadores no que diz respeito ao contributo dos participantes, tornando as apresentações cada vez mais interessantes e completas.” Por
essa razão disse “que os contributos dos delegados tornam mais fácil o acesso às dificuldades e dúvidas de todos os estudantes”. Questionado sobre as falhas detectadas ao longo da formação, Hélder Castro nomeou a “periodicidade deste tipo de formações, bem como o não cumprimento de alguns pontos do regulamento instaurado, “ e apontou também “a desactualização de alguns documentos que ainda se encontram em vigor”. A formação pedagógica para delegados terminou com a apresentação das conclusões dos workshops em plenário. PUB.
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UNIVERSITÁRIO como ganhar
dinheiro? diz lá se não dá vontade de ler Goreti Faria goreti.fcs@gmail.com
Como ganhar dinheiro? Milhares de resultados no Google para esta pergunta, um número assustador de anúncios publicitários com estas três palavras, questão tantas vezes encontrada naqueles fantásticos livros de auto-ajuda que rapidamente se espraiam pelas montras das livrarias e, hoje, estas três palavras fazem parte do título de um artigo de jornal. Todos queremos ganhar dinheiro e é exactamente por isso que esta expressão continua a aparecer: desperta sempre a curiosidade do leitor. Foi certamente assim que pensaram as pessoas por trás do projecto diverte-te.com, um sítio da internet que permite aos seus utilizadores anunciar o que estão dispostos a fazer em
troca de dinheiro. Biscates. Assim se chamam os serviços que podem ser oferecidos (e adquiridos) através do diverte-te.com. Desde maquilhagem para eventos de dia e de noite a edição e montagem de todo o tipo de ficheiro áudio, passando por babysitting, visitas guiadas e explicações, o preço dos biscates varia entre 5 e 150 euros. Para colocar um serviço à venda, basta fazer o registo – que é gratuito – e publicar um anúncio. Contudo, não sem antes serem lidos com atenção os termos e condições da iniciativa: por exemplo, é importante saber que 20% de cada transacção cabe ao diverte-te.com – o que já não é tão divertido. No entanto, divertido ou não, a verdade é que este é o primeiro portal português que permite a freelancers transaccionarem os seus serviços.
Colunching: procura de emprego “à francesa” Goreti Pera goretipera@hotmail.com
Trata-se de uma nova tendência de recrutamento e procura de emprego que surgiu em Paris, por iniciativa de Sonia Zanna: “Depois de me tornar freelancer passei a trabalhar muito tempo sozinha a partir de casa e percebi a forma como isso afectava as minhas rotinas. Passava a maioria do meu dia numa actividade solitária, pouco enriquecedora e sem ninguém para partilhar o que quer que fosse”. O novo conceito teve como base a rede social Facebook, aliada às alterações que as novas tecnologias proporcionaram na procura de emprego. O poder agregador desta plataforma permitiu juntar profissionais que, fruto das novas formas de organização do mundo do trabalho, desenvolvem a
sua actividade a partir de casa, quer sejam freelancers, desempregados, teletrabalhadores, recrutadores ou estudantes. Os encontros virtuais tornados “de carne e osso” realizam-se nas horas de almoço em inúmeros cafés, restaurantes e bares franceses. À mesa, em grupos de 10 a 15 pessoas, fomenta-se a partilha de conhecimentos, oportunidades e experiências. Actualmente, o colunching conta com mais de 5 mil participantes, dos quais 12% já con-
seguiram contrato de trabalho. O sucesso da iniciativa levou Sonia Zannad a unir-se a Frédéric de Bourguet. Da parceria resultou o lançamento da página colunching. fr, na qual é possível realizar inscrições para os almoços, numa ementa que une desconhecidos, networking profissional e uma boa dose de marketing pessoal. O conceito já difundido em países como os EUA ainda não entrou em Portugal, mas chegará em breve a Espanha e Itália.
coimbra tem novo reitor RITA MAGALHÃES ritasmaga@gmail.com
No passado dia 3 de Março decorreu a cerimónia de tomada de posse do novo reitor da Universidade de Coimbra, João Gabriel Silva, professor catedrático e director da Facul-
dade de Ciências e Tecnologia. O novo reitor sucede no cargo a Fernando Seabra. Nas eleições, João Gabriel Silva obteve 18 votos do Conselho Geral da Universidade, vencendo, assim, Cristina Robalo Cordeiro, ex-vice-reitora de Seabra Santos, que obteve menos dois
votos. Na sua intervenção, João Gabriel Silva usou palavras optimistas para caracterizar o futuro da instituição, apesar da crise financeira que afecta o país e, por consequência, as universidades. No entanto, João Gabriel Silva sublinhou que irá concentrar-se na escas-
sez de recursos, na necessidade de os gerir com maior rigor e nos problemas com que se depara o apoio social aos estudantes, pretendendo “atingir a igualdade de oportunidades no acesso ao ensino superior”. O novo reitor da Universidade de Coimbra salientou a vonta-
de responder a novos desafios, nomeadamente a internacionalização da universidade, destacando “a qualidade e o dinamismo dos seus professores e investigadores, a energia e trabalho dos seus estudantes e a dedicação dos seus funcionários”. PUB.
EMPRESA DE CONSTRUÇÃO VENDE-SE Valor 450.000,00 EUROS (Total ou Parcial) Fundada 1971, alvará Classe 3 – Distrito Braga Em actividade (construção 10 moradias) Telm.916081717
E-mail moreira44@sapo.pt
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CULTURA
o bando revisita “pedro e inês”
Luís Miguel Costa
LUÍS MIGUEL COSTA lmiguelmcosta@gmail.com
Embora a estreia só esteja marcada para 11 de Março nas Caldas da Rainha, o público vimaranense teve direito a assistir, em primeira mão, à nova criação do Teatro O Bando. A antestreia, com sessão dupla, de “Pedro e Inês” aconteceu a 4 e 5 de Março, no Centro Cultural Vila Flor. Integrando as comemorações dos 650 anos da trasladação de D. Inês de Castro de Coimbra
para Alcobaça, esta peça contou com a encenação do russo Anatoly Praudin, director do Experimental Stage of Baltic House de São Petersburgo. Como explicou Miguel Jesus, autor do texto inédito “Inês Morre” que esteve na base da representação: “o ponto inicial foi convidar o Anatoly para poder encenar um espectáculo connosco. Depois procurouse algo muito português, mas que ao mesmo tempo desafiasse, que colocasse as questões com as quais ele se identifica – as tensões dramáticas entre Luís Miguel Costa
Depois do CCVF, “Pedro e Inês” estará presente em várias salas de espectáculos do país
personagens e as suas problemáticas internas.” Num registo dramático e realista, este texto (o primeiro publicado por Miguel Jesus) explora sobretudo as relações de culpa e de vingança que se estabelecem entre os vários personagens envolvidos no assassinato de Inês. “Quando hoje se decide escrever sobre Pedro e Inês, temos que tomar uma posição, porque já há bibliotecas e bibliotecas inteiras só sobre isso – poesia, romances, peças. Há tudo e é preciso escolher”, justificou o poeta e dramaturgo em entrevista exclusiva ao ACADÉMICO. Por isso, a construção deste texto dividiu-se em três partes: “primeiro é muita pesquisa, depois é muito esquecimento e depois então começar a tomar opções claras”. Para revisitar esta lenda, o Teatro O Bando convidou ainda a dramaturga alemã Odette Bereska, de modo a que se pudessem criar ligações e cruzamentos com outras lendas e contos europeus semelhantes. Em palco estiveram Estêvão
O cenário é marcado por uma arena desmontável, que vai assumindo diversas formas e utilizações
Antunes, Helena Afonso, Horácio Manuel, Ivo Alexandre, Miguel Borges, Sara de Castro e Susana Blazer, usando figurinos da autoria de Clara Bento inspirados em vários animais. Abordando a força destruidora do amor, conferindo-lhe um cariz intemporal, a peça tem uma forte componente física, com cenas de nus e seminus, de forma a acentuar a tensão existente . “O Anatoly trabalha sobre os esboços que os actores vão fazendo de improviso, apurando-os até ao espectáculo.” Porém, “é uma nudez que
se torna plástica – é a plasticidade dos corpos que acaba por se gravar na nossa memória”, acrescentou Miguel. Fundada em Outubro de 1974, esta companhia teatral parte de um projecto dedicado a um público infantil e juvenil, contando já com mais de 60 criações e eventos no portefólio. Uma das particulares características d’O bando é o gosto por espaços não convencionais, actuando em comboios, florestas, fachadas de edifícios, lagos ou no interior de construções com memória.
realizar filmes de três minutos em 24 horas. és capaz? José Reis jose.reis@rum.pt
O desafio, parecendo simples, não é, afinal, uma prova de “favas contadas”: Fazer uma curta metragem de cerca de três minutos – não muito mais – em apenas 24 horas. Ou, para se perceber melhor, as equipas concorrentes recebem um tema às 17h da próxima sexta-feira, dia 11, e têm até às 16h59 de sábado, dia 12, para entregar o trabalho finalizado. “Não toleramos atrasos”, acrescenta Rui Macedo, em jeito de
brincadeira, ele que é um dos organizadores do Fast Forward Portugal, que entra este ano na sua 5ª edição, num evento dinamizado pela cooperativa cultural Velha-a-Branca. No final as curtas-metragens serão exibidas no Theatro Circo, no sábado, a partir das 22h, e avaliadas por um jurí de profissionais da área (entre eles destaque para Miguel Gonçalves Mendes, realizador do filme “José e Pilar”). A meio, um concerto dos Smix Smox Smux, antes do veredicto final. Os vencedores ganham prémios “muito interessantes”,
revela Macedo.
Braga cinematográfica Fazer uma curta metragem em 24 horas não é tarefa fácil, mas fazer uma boa curta metragem pode ser uma tarefa hercúlea. “No fundo, o que se pede às equipas é forte agilidade, criatividade e que aguentem o provável stress que advém deste desafio”, enumera. O Fast Forward tem o mérito de, todos os anos, colocar a cidade de Braga no centro das atenções cinematográficas. “É curioso ver que as pessoas saem à rua munidas de câmaras de filmar
e ver a cidade a ser filmada durante horas”. E tudo é passível de ser filmado. “Tudo é um possível objecto para uma curta-metragem nesta cidade”, revela.
Criar hábitos de cinema Ao longo das últimas edições foram muitas as equipas concorrentes – por norma, o concurso “está aberto a um máximo de 45 equipas”, sem, contudo, ter um número máximo de elementos cada equipa. “Já tivemos filmes feitos por uma pessoa e filmes feitos por quase 20 pessoas”, revela
o responsável. Mas, geralmente, “e na sua maioria, as equipas conseguem acabar a sua curta metragem nas 24 horas pretendidas”. Rui Macedo diz que este evento, “pioneiro no país”, serve para criar “o hábito ou o bichinho do cinema”. É dirigido a um público que já tenha experiência de cinema ou um amador que, destaca, “através dos workshops dinamizados pela Velha-a-Branca, pode aprender truques para conseguir participar”. Estamos a poucos dias do Fast Forward. São 24 horas em que a cidade pouco dorme.
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ENTREVISTA Ricardo Capote “Se as pessoas compreendessem qual a missão da AAEUM não teríamos 10% de sócios, mas sim 50% ” ALEXANDRE PRAÇA alexandre.praca@rum.pt daniel vieira da silva daniel.silva@rum.pt *com colaboração de Iolanda Lima
Depois de quatro mandatos consecutivos de Jorge Louro, a Associação de Antigos Estudantes da Universidade do Minho (AAEUM) vê agora em Ricardo Capote um novo líder. O ACADÉMICO foi falar com o recém-eleito presidente naquela que foi a sua primeira grande entrevista depois de assumir o cargo. Numa instituição com 22 anos de história, cerca de 4 mil associados, ainda que apenas cerca de metade activos, a AAEUM quer dar o salto. Salto na comunicação, projecção e aproximação com parceiros estratégicos na região. Promover a Universidade do Minho é uma missão. Ricardo Capote assume algumas metas para o mandato… Mas falou-nos também um pouco do seu passado… Chega agora à presidência da AAEUM, ainda assim, no seu percurso académico não consta uma presença na AAUM. Chegou a estar ligado de alguma forma? Como sempre fui uma pessoa interessada tive a minha oportunidade de fazer a minha incursão para um mandato na Associação Académica. No entanto, perdemos por apenas seis votos, naquele que penso ter sido um dos mais renhidos na história da academia. Por isso não cheguei a ter nenhum cargo em nenhuma direcção da Associação Académica. Penso que deve ter sido 95/96, uma vez que esse foi um ano onde tinha um papel no núcleo de estudantes que era o CESIUM, que acabava sempre
por ser um embrião de ideias e foi de onde surgiu ideia de pela primeira vez pôr em prática um road show. No ano seguinte tínhamos a reitoria a telefonarnos para levar a própria universidade num processo similar.
Falou–nos da AAUM, do CESIUM. Teve sempre uma participação muito activa no que actividades académicas diz respeito? Até na própria praxe sempre foi um elemento activo? Sim. A praxe, no primeiro mês que vim para a universidade serviu pelo menos para perder dez quilos. Aquele stress, o andar para a frente e para trás, o limpar a casa de um e limpar a casa de outro... Aliás a primeira noite que eu cheguei a Braga passado meia hora tinha pessoas a entrarem pelo apartamento para me praxarem. A partir daí durante mês e meio foi uma constante. E como eu gostava de ir a todas, era mesmo praxado a sério... Ainda por cima num curso muito característico pelas suas praxes… Exactamente. Mas eu espero que toda a gente veja a praxe como eu a via e como, ainda hoje, gosto de a ver. Um ritual não de iniciação mas de integração. E isso é essencial. Depois mais tarde quando no 4º ano fazia “trupes de morte” com a bula papal e fazíamos praxes a doutores e engenheiros era sempre com esse intuito de não deixar criar abusos, tentar transmitir as melhores práticas. Aliás o traje académico parte do princípio de que somos todos iguais. Temos que fazer sempre uma discriminação positiva, se temos uma pessoa ao nosso lado é para a ajudar, é para cami-
Ricardo Capote sucede a quatro mandatos consecutivos de Jorge Louro
nharmos em conjunto e termos sucesso, vejo sempre isso nessa perspectiva. Era um líder por natureza? Não! Nunca. Não me sinto um líder no aspecto em que as pessoas sentem um carisma e seguem. Eu sou uma pessoa que gosto mais de praticar pelo exemplo, ou seja, se alguém quiser olhar para mim pode tentar ver-me como um exemplo. Não tenho intenções de querer ser líder. Mas agora está mesmo como um líder, neste caso na AAEUM. Falamos há pouco da sua “não passagem” pela AAUM… Agora que está a iniciar o mandato que ideias é que tem para haver um relacionamento entre estas duas entidades? Antes de mais acho importante contextualizar o porquê de eu
estar aqui. O que eu vejo é precisamente isto que falamos… A integração. Fazer a comunicação, ou seja, viver no mundo em que vivemos hoje, onde quem tem a informação, o conhecimento é quem tem o poder é essencial. Agora no aspecto da AAUM, assim como a AAEUM, a Tecminho, as spin-offs… Temos que participar esta nossa excelência para a sociedade em geral, ou seja, temos que promover a nossa universidade. Gostavam de se mudar também para a nova sede que poderá ser criada daqui a uns anos? Esse vai ser também um dos motivos da conversa na reunião com o Excelentíssimo Reitor. Irá ser um dos tópicos quer com o Sr. Reitor quer com o Luís Rodrigues da AAUM para perspectivar o espaço. Não temos que estar a coabitar como fize-
mos até agora, não é essencial, acima de tudo temos que ter uma visão estratégica comum, isso sim, mas claro um novo espaço era uma maneira óptima de darmos uma continuidade ao projecto. Acha que a AAEUM não tem a visibilidade suficiente nos dias de hoje? Acho que não tem. Temos 50 mil alunos e tenho 5 mil sócios. São 10%. Se as pessoas compreendessem qual a missão da AAEUM não iria ter 10% de sócios, iria ter 50%. Isto significa que de alguma maneira a mensagem não está a chegar ou pode não estar a chegar da forma mais correcta e isto é a minha prioridade e a prioridade desta direcção… Perceber o que tem de comunicar e como tem de comunicar. Nós sabemos onde queremos chegar, nós
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sabemos o que queremos para a associação, e a associação tem uma missão que é promover o antigo estudante e a Universidade do Minho. Por isso, para essa missão ser cumprida, temos que saber comunicar em formatos diferentes, se calhar com outra frequência e, acima de tudo, cada vez menos de costas voltadas para as outras instituições, nomeadamente a AAUM. Temos que passar esta transmissão de pensamento para os alunos que é: quando acabarem a sua licenciatura, quando acabarem a sua pós-graduação têm que estar cientes que existe uma associação ou uma instituição que os vai acompanhar no resto do seu percurso profissional e pessoal. A questão da comunicação foi uma lacuna do último mandato? Sim. É um problema que vai atravessando todos os mandatos e em todos as associações isso vai acontecendo e vamos sempre melhorando o processo e a maneira de o fazer. Eu, aliás só fui convidado para integrar a equipa do mandato passado do Jorge Louro, porque era o único sócio que ia às Assembleias Gerais e reivindicava a dizer que a Associação não estava a fazer o seu papel, que não era representativa do antigo estudante, que não era representativa na sociedade em geral, não comunicava aquilo que eu achava que deveria comunicar. Como fui tendo uma voz activa, resolveram integrar-me.
Qual o orçamento que a AAEUM pode contar este ano? Eu diria que nós temos um orçamento diminuto, anda abaixo dos 20 mil euros o que, mesmo tendo quadros permanentes, significa que as receitas têm que vir a aumentar. Neste momento os nossos fundos estão limitados à acção das quotas. Temos que, cada vez mais, entender e perceber que há também alguns projectos que significam verbas, tal como a AAUM tem feito com o Democracia Viva e Europa Viva onde consegue também fazer um serviço público. E quais as perspectivas em termos de orçamento? No quadro actual, se ignorarmos o facto de estarmos em crise e de cada vez ser mais difícil alguém despender dinheiro, não tenho grandes perspectivas, por isso a principal vantagem é fazer este pensamento: “Como é que vamos sair do buraco?” Penso que isso parte muito daquilo que vamos conseguir com a representatividade que vamos ganhar. Vai ser uma espécie de uma nova vida para a Associação, é isso que pretende? Espero que sim. Que ganhe, acima de tudo, essa representatividade que acho que devemos ter, quer seja na Universidade do Minho, quer seja na Universidade de Aveiro ou de Coimbra. Eu penso que o antigo estudante é
“Vamos promover, comunicando para outras associações a excelência da Universidade do Minho e a excelência dos seus profissionais
alguém que está interessado em ter um vinculo de aprendizagem com a Universidade e, sendo um profissional, tem que fazer uma actualização constante de conhecimentos. Essa pessoa tem que saber que a Universidade, a nossa neste caso, é um aliado. E, para conseguir passar essa mensagem para o seu percurso profissional, temos que perceber no que somos bons e especializarmo-nos nisso. Aquilo que eu tenho de fazer na AAEUM é aquilo que cada um de nós tem de fazer com o seu curriculum, é aquilo que cada um de nós tem de fazer com o seu percurso profissional… Fazer-se valer pelas suas qualidades e que consiga marcar essa
A aposta na comunicação é um dos caminhos a seguir no mandato que agora começa
“No dia 21 de Maio no Bom Jesus vamos ter a Gala de atribuição dos prémios AluminUM” posição. Em linhas gerais já tem alguma missão pensada e objectivos pensados para fazer passar esta missão da AAEUM? Sim. Eu diria que estas sinergias são acima de tudo para perspectivar o que podemos fazer, mas sem recursos próprios. A AAUM faz um excelente trabalho na área da inserção profissional e nós temos que conseguir fazer essa promoção. Quando falamos de actividades, não têm que ser actividades que gerem receitas, não têm que ser grandes actividades mas, acima de tudo, tem que ser a promoção daquilo que as outras entidades e organismos fazem de melhor, porque se cada um fizer no seu âmbito a sua melhor adequação das suas tarefas então acho que ai nós conseguimos promover o bem geral, e é esse o objectivo. Para mim a AAEUM é um meio para chegar a um fim, mas não é a própria associação, é a região onde se insere e são os profissionais, e são os antigos estudantes que eu quero promover. A par disso é importante a criatividade e a inovação para se conseguir uma iniciativa que são os prémios AlumniUM. Vamos conseguir promover os antigos estudantes da UM pelo mérito. Vamos promover, mais uma vez, pelo exemplo a nível nacional e comunicando tam-
bém para outras associações a excelência da Universidade do Minho e a excelência dos seus profissionais. Com isso conseguirmos estar à frente, inovar na maneira de querer chegar mais além e aí os prémios são uma iniciativa fantástica que a AAEUM conseguiu ter a sorte e o mérito de, em conjunto com a Caixa Geral de Depósitos, criar um projecto a cinco anos. Aproveito para adiantar que a data desta iniciativa está já marcada. No dia 21 de Maio, no Bom Jesus, vamos ter a Gala de atribuição dos prémios onde teremos seis classes de prémios para atribuir, cujo intuito, para além da fazer a promoção e o mérito dos antigos estudantes é também ter uma área de criar receita para responsabilidade social. Assim, a AAEUM vai poder criar uma conta onde todas estas receitas recolhidas vão poder ser utilizadas para atribuição de bolsas de estudo para ciclos de pós graduação. É uma nova entrada dos antigos estudantes neste mundo? Sim, sim. Mesmo a nível nacional não há exemplo de celebração de “óscares académicos”. Colocamos bem alto a fasquia da Universidade do Minho e de todas as pessoas que tiveram a vantagem de terminar ou acabar uma licenciatura ou um ciclo de pós-graduação.
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INQUÉRITO
o que esperas de braga capital europeia da juventude? Para Fátima Tavares faz todo o sentido que Braga seja a Capital Europeia da Juventude em 2012, visto que foi considerada recentemente a cidade mais jovem de Portugal. Com este evento, a estudante gostaria que a cidade tivesse um maior movimento e dinamismo nocturno. Quanto à promoção de Braga na Europa, a aluna do mestrado de Ensino História e Geografia vê a possibilidade da cidade deixar de ser vista apenas pelos seus monumentos, relegando-se importância para outros pontos, como os seus espaços lúdicos. Na sua opinião, “permitirá um maior enriquecimento em termos pessoais, quer de quem recebe como de quem vem, acabando por provocar um intercâmbio de culturas e uma relação entre identidades diferentes.” Fátima Tavares Mestrado // Ens. História e Geografia
Rosa Carvalho 2º ANO // Sociologia
Quando questionada quanto às suas expectativas, Rosa Carvalho confessa que espera que haja um conjunto de actividades para os jovens que tragam dinamismo à cidade e contribuam para a sua própria promoção a nível europeu. Para a estudante de Sociologia, faz todo o sentido que Braga tenha sido a escolhida, uma vez que é uma cidade com uma população muito jovem, em que a maioria dos casais tem mais de dois filhos, para além de ter um pólo da universidade. Rosa Carvalho considera que o programa integra actividades que interessam aos jovens, apesar de não o considerar muito inovador. Na sua opinião, este tipo de eventos acabam por ser “mais do mesmo”, embora com maior projecção.
Marco Couto vê em Braga como Capital Europeia da Juventude uma oportunidade para os habitantes da cidade e estudantes da Universidade do Minho contactarem com outros jovens de diferentes países. Na sua opinião, faz todo o sentido este “título”, em virtude do número crescente de estudantes da universidade, que vivem em Braga. Para o aluno da Licenciatura em Engenharia Informática, as actividades propostas no programa podem contribuir para o turismo da cidade ao promoverem e estimularem o intercâmbio e convívio entre culturas. No entanto, confessou que uma organização deste tipo deveria propor um programa mais diversificado e inovador.
Marco Couto 3º ANO // Engenharia Informática
Sílvia Gomes MESTRADO // Ciências da Comunicação
Sílvia Gomes confessa que tem dúvidas de que Braga esteja realmente preparada para a organização de uma iniciativa como esta. No entanto, espera que tenha um impacto positivo ao nível nacional e contribua para a promoção da cidade além fronteiras. Para a estudante este evento poderá constituir uma excelente oportunidade para a promoção do diálogo e da partilha de experiências entre os jovens portugueses e de outras nacionalidades. Na sua opinião, em 2012, as atenções estarão voltadas para este evento e com isso ressaltará o que de melhor tem a região minhota. Quando questionada sobre o programa, considera interessante a iniciativa ‘yWorld’ que visa dar a conhecer a vida dos jovens nos cinco continentes.
Sónia Ribeiro sonia_cc@live.com.pt
Braga foi escolhida pelo Fórum Europeu da Juventude como Capital Europeia da Juventude, em 2012. Considerada uma das cidades mais jovens do país, reunirá população vinda dos cinco continentes naquele que será um dos maiores acontecimentos nacionais do ano. O ACADÉMICO falou com os estudantes da academia minhota para conhecer as suas expectativas. Para além da oportunidade de contacto com culturas e experiências diferentes, a possibilidade de projecção da cidade a nível europeu e o seu maior dinamismo foram apontadas como as mais valias do evento. Alguns alunos consideraram o programa pouco inovador, defendendo que a iniciativa deveria proporcionar actividades mais atractivas.
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Erasmus Page talk dirty with cultur@rum! Andrea Moserini andrea.cultura.rum@gmail.com
Let me first introduce myself: my name is Andrea, I’m from Italy, and I’m here doing an European Voluntary Service at cultur@rum. During the next months the volunteers will organize cultural activities aimed at the foreign students of the Universidade do Minho. One of these activities will be the second edition of the Erasmus Language Café. The Language Café will take place once a week in different bars and cafés of Braga and Guimarães, and basically it is intended to provide a space for foreign students to practice Portuguese language with the aid of native speakers, meet new people and … being insulted for the sake of knowledge! This in fact is the novelty for this year’s edition of ELC: I
want the participants to compile together a multilingual glossary of a particular category of false friends: those affecting the sense of decency. When talking about languages, everybody knows what a false friend is: for instance, the very same word ‘burro’ means ‘butter’ in Italian, and ‘donkey’ in Portuguese and Spanish. But there can be some false friends way more insidious… False friends that can make something click in the mind of the listener, that can evoke an unwanted shade which could distract him/her from the speech...
The examples could be countless: the Italian ‘sciare’ (‘to ski’), although having a very similar pronunciation, is totally unrelated to the French ‘chier’ (‘to shit’). A very popular beer here in Portugal is Super Bock, popular even among Turkish students, despite the fact that in their mother language the word ‘bok’ means ‘shit’. Lots of false friends still need to be pointed out, and for this we need volunteers willing to get insulted, and to insult back on their turn. So my proposal is to have some insulting sessions, as an icebreaking warm-up before each
urban art workshops Kasia Alichniewicz kasia.cultura.rum.gimail.com
Olá Erasmus students! I shall start by introducing myself. My name is Kasia (the Portuguese counterpart is Catarina...much easier, right?) and I come from Poland. I’ve been in Portugal for two months already doing a European Voluntary Service at Cultur@RUM. Last year I graduated in the field of cultural studies, majoring in audio-visual and media culture. For my personal project I want to organize Urban Art Workshops. The thing about street and urban art is that it doesn’t require having a remarkable talent in drawing or painting. The most important
thing is having an original idea and something interesting to say. That’s why I think it’s a perfect activity which combines art, entertainment (doesn’t it bring out child-like desires to scribble on walls?) and maybe also being thoughtprovoking or simply humorous and funny. One of the most famous graffiti artists nowadays Banksy, said that: ”Bus stops are far more interesting and useful places to have art than in museums. Graffiti has been used to start revolutions, stop wars, and generally is the voice of people who aren’t listened to. And even if you don’t come up with a picture to cure world poverty you can make somebody smile while they’re having a piss.” On my Urban Art Workshops I would love introduce Minho
University students to different approaches and different techniques used in this particular area of art. Because it’s not just about graffiti!! It is stencil art, sticker art, installations, wheatpaste or even something crazy called yarn bombing (which is allocating knitted, funny objects around the city). I would also like to introduce some activites from ‘recycle art’. It is a cool activity, which, besides from producing something out of nothing (a.k.a. used stuff, garbage), has a great bonus attachted to it: it is enviromentaly friendly. More details will be published on the ERASMUS VOICE facebook site. So please keep on checking our profile, as we also post information about interesting activities happening in Braga and in Guimaraes.
regular Language Café meeting. In rotation there will be formed couples composed by two persons of different nationalities that in turn will tell to each other in his/her mother language every kind of profanity, obscenity, taboo-word or everything else could be perceived as offensive or inappropriate in his/her society and culture. The person having the passive role should then take care to note down those words which resemble normal ones in his/her language, and propose a neutral alternative without any sexual or scatological connotation.
One last note: I think that the resulting glossary could be a quite useful tool for people employed in a diversified range of professions: from interpreters to diplomats, or anybody working in an intercultural environment. That’s why I would like the glossary to meet at least some basic scientific standards (a phonetic transcription of the words, an introduction, etc.) – but that goes far beyond my abilities. To do that, I will need the help of some students with a preparation in linguistics. And, why not, even psychology. The calendar of the Language Café meetings will be published on http://cultura.rum. pt/ and on the Facebook group “Erasmus Voice 2010 – 2011”. I encourage anybody interested in the project to write me comments, suggestions, even insults (I will need lots of them!) at this e-mail address: andrea. cultura.rum@gmail.com.
study, fun, and famous in one way REZA JPraditya Yudha e3525
The first days of Erasmus students in Portugal would be fun. Friends, environment, and a million new activities are ready to be challenged. But the main obligation is to study. Is there an alternative that can bridge it all? May Babelium Language Center be the answer. By “Courses of Portuguese as A Foreign Language” they have evening classes so it will not interfere in our activities in the afternoon or night. We still can go to college in the morning and party or rest at night. In addition, course’s participants are not only students from the university, but also public can take it. Of course this makes our friends list longer by knowing more new people. Currently, around 70 students diligently follow the cour-
se which is held two times a week. “We have multimedia rooms and traditional rooms to work different aspects of the language and to let students improve all of their language skills,” added Sara Costa, one of the teachers. There are many fun things that can be obtained by Erasmus with following this twohour course. Even Sara as a teacher is enjoying it. “They study during the time they have. The students are very excited about the classes so I think this people are really motivated and want to learn portuguese. I like my job! Go to the Babelium’s website or secretary of Babelium in the first floor of the ILCH institute,” said Sara at the end of the conversation. Learning a foreign language is like doing art. Learn the culture while knowing a new friend. Erasmus must try it!
TECNOLOGIA E INOVA uso de telemóvel influencia actividade cerebral Cláudia Rêgo claudiarego-cs@hotmail.com
Um estudo feito por investigadores americanos do National Instituts of Health conclui que o uso de telemóvel durante 50 minutos provoca um pico no metabolismo da glicose cerebral, pico esse que é causado precisamente na zona do cérebro que está mais próxima das antenas. 50 Minutos ao telemóvel são o bastante para a alteração da actividade biológica cerebral. Contudo, este estudo, apesar de detectar estas inconveniências face ao uso do telemóvel, não conclui uma relação directa entre o uso do telemóvel e o cancro. No entanto, informa e assegura que, quando encostamos um aparelho ao ouvido estamos a influenciar a activi-
dade das células do nosso cérebro. Relativamente ao resultado que este efeito traz para a saúde a longo prazo, ainda não se podem avançar com conclusões. Apesar de há bastante tempo se discutir que as radiações emitidas pelos telemóveis podem provocar efeitos cancerígenos, ainda não ficou nada provado com esta investigação. E, os próprios investigadores esclarecem que este estudo não apresenta resultados definitivos, “os resultados deste estudo provam que uma exposição prolongada ao telemóvel afecta a actividade metabólica do cérebro. Porém, estes resultados não fornecem qualquer informação acerca dos efeitos potencialmente cancerígenos oriundos de uma utilização crónica do telemóvel”.
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sapo lança concurso “API SAPO mapas”
Patrícia Painço tica_11_@hotmail.com
A Sapo apresentou o passatempo “API SAPO Mapas” destinado a jovens universitários. O Sapo Mapas API é uma biblioteca que permite incluir os mapas do Sapo, utilizando Javascript. Desta forma, o “API SAPO Mapas” surge numa altura em que a SAPO pretende fornecer a API aos programadores que queiram integrá-la nas suas aplicações. A iniciativa vai distinguir os
cinco melhores projectos de aplicações que incluam a API do SAPO Mapas. A proposta, de tema livre, tem como objectivo proporcionar aos participantes um maior contacto com o mundo do trabalho na área multimédia. O trabalho final, realizado individualmente ou em grupos até três elementos, terá de ser entregue até dia 30 de Abril. Como condições, os concorrentes têm que ser estudantes universitários de uma faculdade portuguesa, ter mais de 18 anos e não ter qualquer víncu-
lo de trabalho ou estágio com empresas. Os primeiros classificados ganham um computador portátil Sony VAIO EB3L1E-WI e estágios remunerados no SAPO; os segundos recebem Vouchers Galileu no valor de 250 euros para Percursos de Formação e Certificação; telemóveis TMN Soft Stone com sistema Android são o prémio do terceiro lugar; os quartos distinguidos ganham GPS NDrive; e por último, o quinto lugar merece pacotes Odisseia (be cool/be happy).
nalização de armas e equipamento marca também presença em Crysis 2. Graficamente o jogo está quase perfeito. Por incrível que pareça, os produtores afirmaram que Crysis 2 requere menos do computador (na versão Windows) do que o seu antecessor, sendo, no entanto, melhor. A atmosfera do jogo roça a realidade, tendo cenários enormes e efeitos de luz muito bem conseguidos. Mas o mais divertido e que torna este FPS diferente de qualquer outro é o fato da personagem, o chamado Nanosuit 2, cujas habilidades ainda não foram
completamente desvendadas, mas que se sabe ser completamente personalizável. É também em torno do fato que o jogo se desenrola, sendo o jogador confundido com outra pessoa devido à famosa vestimenta. Crysis 2 certamente figurará como um dos melhores jogos de 2011 e, provavelmente, como o melhor conseguido a nível gráfico nos prémios do final do ano. Para um FPS é, sem qualquer dúvida, fenomenal.
crysis 2 “Be the weapon” Francisco Vieira dmvieira04@hotmail.com
Crysis 2 é um FPS desenvolvido pela Electronic Arts que nos chega no final do mês de Março e é, literalmente, uma obra de arte. Os eventos de Crysis 2 passam-se em Nova Iorque, no futuro ano de 2023 (3 anos após os eventos do seu antecessor), que tem estado a ser evacuada devido à ameaça alienígena. Contrariamente ao primeiro título da saga, a acção do jogo passa-se numa área urbana. O jogador controla Alcatraz, o sucessor de Nomad do primeiro Crysis. Toda a perso-
Site Oficial: http://www.ea.com/crysis-2
VAÇÃO
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twittadas Rita Petiz ritapetiz@hotmail.com.
Empresa portuguesa desenvolve ‘mala inteligente’ Quatro empresas portuguesas e duas entidades do sistema científico e tecnológico desenvolveram uma “mala inteligente” que dispõe de um sistema de localização completamente inovador, acabando assim com as bagagens perdidas nos aeroportos. O projecto tem o nome de Mala
Segura e recorre às tecnologias RFID (radio frequency identificator), WSN (wireless sensor network) e GPS/GSM (global positioning system) para garantir a localização e rastreamento de malas tanto em locais fechados como abertos.
mação pessoal de cerca de 150 mil utilizadores. Por agora ainda não se sabe o que aconteceu ao serviço de e-mail da Google, este apenas informa os seus utilizadores que está a resolver o problema e tentar recuperar as informações perdidas.
Falha no Gmail afecta cerca de 150 mil utilizadores
Identificado falso YouTube utilizado para espalhar vírus
Downloader.Java.C”. para os utilizadores. A principal diferença deste site falso, quando comparado com o verdadeiro, reside no facto de pedir ao utilizador para instalar um complemento Java, alegadamente obrigatório para poderem ser visualizados os vídeos. No entanto a aplicação apenas permite descarregar um vírus.
Devido a uma falha no Gmail houve uma perda de mensagens, contactos e alguma infor-
Foi identificada uma versão falsa do YouTube através da qual está a espalhar o vírus “Trojan.
Microsoft adapta corrector ao acordo ortográfico Foi disponibilizado pela Mi-
Apresentação do projecto, que irá reunir mais de 100 jovens empreendedores com diferentes backgrounds, que durante 54 horas vão desenvolver ideias de negócio com a ajuda de mentores e apresentá-las a potenciais investidores.
Entrepreneurship day@AAUMinho 14h00 – Opening by the Rector of UMinho (tbc), UTEN, MCTES 14h30 - Session I – “Encouraging Entrepreneurial Thinking” Key-note speakers (Carnegie Mellon University and University of Texas at Austin) 15h30 – Round Table Discus-
LIFTOFF AAUM www.liftoff.aaum.pt Liftoff apoia: Sessões “Saídas Profissionais e Empreendedorismo”
Inserido na semana de LEI irão decorrer no próximo dia 16 de Março, no Auditório B1, Cp2, em Gualtar, quatro Sessões sobre “Saídas Profissionais e Empreendedorismo”. Estas sessões têm como objectivo abordar temos e apresentar projectos que fomentem o empreendedorismo. Esta é uma actividade conjunta do Liftoff e do Cesium (Centro de Estudantes de Engenharia Informática da Universidade do Minho) e estará aberta a toda a comunidade. Participação gratuita, mediante inscrições em www.liftoff.aaum. pt Sessões: 14h30 - Lançamento do projecto de Empreendedorismo do DI Orador: Professor João Miguel Fernandes, professor doutorado do Departamento de Informática da Universidade do Minho. Vem apresentar pela primeira vez a toda a comunidade académica um novo projecto de empreendedorismo lançado do departamento de informática, que visa fomentar esta temática por todos os alunos do departamento. 15h00 - InovContacto: Programa de estágios internacionais Orador: André Chaves, jovem formado na UM em Relações Internacionais, volta a casa para nos falar do programa Inov Contacto. Este é uma iniciativa promovida pelo Ministério da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento, apoiado pela União Europeia e pelo QREN/POPH e gerida pela aicep Portugal Global. Falará da sua experiência como participante no programa e sobre as portas que este abriu para o seu futuro profissional. 16h45 - Microsoft BizSpark Orador: Representante da Microsoft Apresentação do Microsoft BizSpark™ - programa global concebido para ajudar a acelerar o êxito das “Startups” em fase de arranque, fornecendo-lhes os seguintes recursos: Software; Suporte; Visibilidade. 17h00 - Startup Weekend Porto Orador: Inês Silva
Liftoff Promove: Entrepreneurship is Cool : 21st March 2011
crosoft um corrector de escrita adaptado ao novo acordo ortográfico. A funcionalidade é compatível com as versões 2007 e 2010 e pode ser descarregado gratuitamente no site da empresa. Segundo a Microsoft o lançamento deste recurso serve “para responder às necessidades dos muitos utilizadores do Office que, por razões profissionais ou por escolha pessoal, escrevem de acordo com as novas regras ortográficas”.
sion 16h45 - Session II – “Entrepreneurship is Cool” Stories / Testimonies from students/entrepreneurs Mais informações: Através do email liftoff@ aaum.pt Ou visita-nos no Liftoff , localizado nas Pirâmides, no Campus de Gualtar em Braga.
Entrepreneurship is cool??? Dia 21 de Março na Universidade do Minho Fiquem atentos!!! >9 NOVEMBRO ‘10 Abertura Liftoff
>22 de FEVEREIRO ‘11 > 16 de MARÇO ‘11 Workshop “Empreende- Sessões “Saídas Profisdorismo e Franchising” sionais e Empreendedorismo”
> 21 de MARÇO ‘11
Entrepreneurship Day@AAUMinho
CULTURA BAAL BABILÓNIA arrabal, o deus vivo da resistência cultural Estreou na passada semana “Baal Babilónia” no Mosteiro de Tibães. Uma peça com assinatura da Cão Danado e que procura dar a conhecer a vida do espanhol Fernando Arrabal. Uma peça para três actores, em cena até 13 de Março.
José Reis jose.reis@rum.pt
À chegada, dizem-nos que devemos descer umas escadas, como se estivessemos a caminho das cavalariças do mosteiro. Entramos. Dos cavalos nem sinal, no chão um enorme rectângulo cheio de terra e um espaço apenas iluminado pelos candeeiros espalhados pela sala. Arcadas. Uma mesa. Duas cadeiras. Olhámos. Sentamos. Uns minutos de espera. Luzes desligadas a pouco e pouco. Uma voz, como que a contar uma história, surge do lado esquerdo. Aparece um homem. De calças cinzentas e casaco vermelho. Que tira brinquedos das gavetas da mesa e parece brincar com
eles. A pouco e pouco enuncia os mandamentos da lei de Deus. Um a um. Os brinquedos continuam em cima da mesa. “Não matarás” ecoa na sala. Dez mandamentos. Baal e Arrabal Esta é a cena inicial de “Baal Babilónia”, a peça que celebra dez anos de vida do Teatro Cão Danado. “Baal é um deus negro, um deus de destruição. Baal era ainda o deus da Babilónia, um deus que foi castigado, segundo as Escrituras”, diz-nos Pedro J. Ribeiro, um dos actores desta peça. Mas esta peça não trata de Baal, mas sim da vida de Fernando Arrabal. “É a história do escritor que perdeu o pai muito novo. Ele foi uma
das primeiras vítimas da Guerra Civil Espanhola. O pai dele era militar e, tal como muitos cidadãos, teve que decidir de que lado ficar. Optou por ficar do lado dos republicanos, contra o regime de Franco. Acabou por ser assassinado. Arrabal tinha três anos quando isto se passou, viveu sem o pai e esta problemática sempre o acompanhou”, conta o actor que dá vida nesta peça a Fernando Arrabal. Esta peça, com cerca de uma hora de duração, parte do livro autobiográfico de Arrabal, “Baal Babilónia”, onde se pode acompanhar toda a vivência do autor. “Podemos acompanhar o Arrabal menino, as suas memórias, a sua mãe [interpretada pela actriz/encenadora Sara Barbosa], com os seus familiares”, revela o actor. Voz “dissimulada e interesseira” Mas para além destas figuras de carne e osso há ainda uma figura que palmilha a peça.
Palavra ao actor Janela Magalhães: “Eu represento o inconsciente colectivo com uma série de elementos simbólicos da nossa memória”. Em poucas palavras, “sou uma espécie de fantasma”. Um fantasma que surge vestido de militar – “confronto com a guerra, com as fronteiras” -, que surge vestido de toureiro – “símbolo do machismo e poder, poder do homem sobre a mulher, o ego” – que surge vestido de Ramiro – “um cinquentão interesseiro, vira-casaca, que tem negócios escondidos debaixo da mesa”.
Janela Magalhães estudou em Barcelona e percebeu que, ainda hoje, este autor é desconhecido no país vizinho. “Porque não interessa falar dele. Ele vive em França há muitos anos, foi a partir desse país que se revelou ao mundo nos anos 60 e 70. Tem uma crítica mordaz mas cómica. Ri-se da sua desgraça e da desgraça cultural”, revela. E isso fez com que, ainda hoje, seja persona non grata no país de nuestros hermanos. Mas muito bem-vinda ali para os lados do Mosteiro de Tibães.
CD RUM “Wonded Rhymes” – a menina que se tornou mulher ELISABETE APRESENTAÇÃO elisabete.apresentacao@rum.pt
Três anos depois da edição de “Youth Novels”, Lykke Li está de volta com o disco “Wonded Rhymes” lançado no último dia do mês de Fevereiro. Pelo caminho colaborou com vários nomes da música internacional como Röyksopp, passando por N.A.S.A., Charles Hamilton e Drake. Lykke Li é o seu nome artístico, sendo o de nascença Li Lykke Timotej Zachrisson. Nasceu na Suécia a 18 de Março de 1986, na cidade de Ystad, e é filha de pais artistas: a mãe
era pintora e o pai músico. Quando tinha cinco anos chegou a morar em Portugal por mais cinco anos. Depois de ter passado parte da sua vida em Nova Iorque, regressa à Suécia com 21 anos e lança o seu álbum de estreia “Youth novels”, estávamos no ano de 2008. O disco apresentava temas de sucesso como “I’m Good, I’m Gone” ou “Breaking It Up”, sendo considerado pela revista “Q” como um dos 50 melhores álbuns do ano, ocupando o lugar 37. Lykke Li regressa agora com o seu sucessor, “Wonded Rhymes”, um disco que nos apresenta a cantora mais
madura e mais adulta que no anterior. Quase se pode dizer que a menina se transformou em mulher. O disco conta com a produção de Bjorn Yttling, membro do grupo Peter Bjorn and John, que Lykke Li descreve como sendo a sua “alma gémea”. Aliás, Bjorn Yttling já tinha colaborado com a cantora no disco anterior. Este trabalho contém dez temas, dois dos quais já são singles: “Get Some” e mais recentemente “I Follow Rivers”. De 07 a 11 de Março vamos descobrir mais cinco temas deste álbum, em mais uma edição do CD RUM.
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RUM BOX
AGENDA CULTURAL
TOP RUM - 9 / 2011
BRAGA
4 MARÇO
12 NOISERV - The sad story of a little town
1 ANNA CALVI Suzanne & I
13 MADAME GODARD Atlas 1977
2 SLIMMY Be someone else
14 SOAKED LAMB, THE Singing black coffee
3 PEIXE AVIÃO Um acordo qualquer
15 RADIOHEAD Lotus flower
4 STROKES, THE Under cover of darkness
16 BELLE & SEBASTIAN I want the world to stop
12 de Março Smix Smox Smux Velha-a-Branca – Estaleiro Cultural
5 PORTUGALS, THE Les aventures des boniface
17 ARCADE FIRE The suburbs
CINEMA 12 de Março
6 WANDA JACKSON Shakin’ all over
18 LINDA MARTINI Mulher-a-dias
LEITURA EM DIA
7 MANUEL FRIA Lugar da cuca
19 PJ HARVEY Written on the forehead
8 FEROMONA Alfama
20 BLACK KEYS, THE Everlasting light
9 B FACHADA Questões de moral 10 BUNNYRANCH No crime scene 11 MAZGANI Beggar’s hands
MÚSICA 9 de Março António Maria Cartaxo Theatro Circo 11 de Março Bossa Nova Theatro Circo
8/2 - Havana, Ano Zero de Karla Suárez, ed.Quetzal - 1993, a crise de regime cubano, a invenção do telefone e quatro personagens à deriva.
POST-IT
Fast Forward Portugal – Film Festival Theatro Circo 14 de Março “O amor às três da tarde”, Eric Rohmer Theatro Circo
GUIMARÃES
PZ - For Sure MUNK - Keep My Secret AKRON FAMILY - So It Goes
DANÇA 10 a 19 de Março GUI DANCE – Festival Internacional de Dança Contemporânea Centro Cultural Vila Flor
FAMALICÃO
MÚSICA 11 de Março Glass Candy CCVF
TEATRO 12 de Março VIP Manicur – A Crise Casa das Artes
12 de Março
9/2 - A Majestade do Xingú de Moacyr Scliar, ed.Caminho. A homenagem do Leitura em Dia a um dos grandes escritores brasileiros, agora falecido; Romance fascinante.
10/2 - Pele de Mo Hayder ed.Pub. Europa-América. Mais um caso para o inspector Jack Caffery. Leitura compulsiva;
07 Março > 11 Março
Manuel de Oliveira – Trio São Mamede
11/2 - Arcanum de Thomas Wheeler - ed. Saída de Emergência. O puro romance de aventuras com protagonistas de eleição. É um vintage;
Para ouvir de segunda a sexta (9h30/14h30/17h45) na RUM ou em podcast: podcast.rum.pt Um espaço de António Ferreira e Sérgio Xavier
CINE RUM
poesia e contemplação CÁTIA CASTRO catia.castro@rum.pt
A morte há muito anunciada da poesia e do próprio cinema faz-nos olhar para a Coreia do Sul. É de lá que chega o filme dirigido por Lee Chang- Don, um perfeito desconhecido a contar pelas vezes que passou nas salas de cinema portuguesas. «Poesia» é uma história de descoberta interior, que por acaso aconteceu aos 66 anos. Mi-Ja é uma reformada que vive numa cidade da província com o neto adolescente, que é pouco ou nada comunicativo. Ganha a vida a tomar conta de um idoso
paralisado, cujo último desejo é ter relações sexuais. Um dia decide frequentar aulas de poesia, onde espera vir a escrever o seu primeiro poema. Ensinam-lhe que para
conhecer uma maçã é preciso conhecê-la bem. Mas quando finalmente começa a entender a beleza do mundo, descobre que sofre de Alzheimer. Doença que não tardará a roubar-lhe
as palavras e o significado das coisas. Mas mais do que a demência, que é secundarizada, esta velha senhora enfrenta uma situação monstruosa. O neto perDR
A actriz coreana soma agora 331 filmes no CV
tence a um gang acusado de violar uma rapariga, que entretanto cometeu suicídio. Duas mortes. Uma consumada e outra em progresso percorrem simbolicamente o filme. Melhor argumento no último Festival de Cannes, «Poesia» é um retrato cruel e ao mesmo tempo extremamente humano, em que a dor se transforma em algo poético. Mas tal só se deve ao trabalho de uma actriz admirável, Yun Jung-hee, que regressa ao activo 12 anos depois. Numa sociedade em que o dinheiro pode comprar quase tudo, é dada ao espectador a oportunidade de descobrir como acabou a história.
PÁGINA 18 // 08.MAR.11 // ACADÉMICO
DESPORTO
scbraga/AAUM “desliza” em casa EDUARDO RODRIGUES e_du_rodrigues@yahoo.com.br
O pavilhão universitário foi palco, no passado sábado, de mais uma partida do campeonato nacional de futsal. O SCBraga/AAUM, actual líder da competição, recebeu a equipa do Covão Lobo e não conseguiu mais do que um empate a 3 bolas. Os “lobitos”, como são conhecidos, apesar de recém-promovidos a este escalão, têm realizado um campeonato muito positivo. Na primeira volta surpreenderam os bracarenses e impuseram uma das duas derrotas que estes têm até ao mo-
mento. Além disso, partiram para o encontro do transacto fim-de-semana na 5ª posição da tabela classificativa. Apesar das dificuldades previstas os minhotos entraram no duelo dispostos a conquistar a oitava vitória consecutiva. Nos minutos iniciais ficou patente a superioridade técnico/táctica do SCBraga/AAUM, sendo que esta foi premiada, aos 7 minutos, com o golo de Zé Rui, numa jogada de puro oportunismo. O adversário só chegou com perigo à baliza de Pli no minuto 13´ e, aproveitando alguma desatenção dos bracarenses, alcançou o empate. Apesar das
inúmeras ocasiões de golo criadas pelos da casa, a igualdade permaneceu até à recolha aos balneários. O SCBraga/AAUM retornou para a segunda metade disposto a colocar-se em vantagem, o que acabou por acontecer, aos 22 minutos, numa óptima iniciativa individual de André Machado. No entanto, dois minutos mais tarde, uma bola perdida pelos bracarenses permitiu que os visitantes empatassem novamente a contenda (2-2). Os pupilos de Pedro Palas e Luís Silva procuraram, insistentemente, um golo que os colocasse em vantagem. Final-
mente, aos 34 minutos, Zé Rui bisou e fixou o 3-2. Contudo, no minuto 37´, o conjunto do Covão Lobo aproveitou uma rápida transição ofensiva e não esbanjou a oportunidade de empatar a partida. Na sequência, o SCBraga/ AAUM enviou uma bola ao poste do adversário e ainda pôde jogar o último minuto com um jogador a mais, fruto da expulsão de um opositor. No entanto, as finalizações dos minhotos não foram as melhores e o resultado não sofreu mais alterações. Apesar deste “amargo” empate em casa, os bracarenses alcançaram os 41 pontos e per-
manecem isolados no topo da classificação. A Académica de Coimbra segue no segundo posto, com 35 pontos, enquanto Chaves Futsal e Póvoa Futsal dividem a 3ª posição com 34 pontos amealhados. Na próxima semana os campeonatos nacionais farão uma pausa, dando lugar aos quartos-de-final da Taça de Portugal, competição em que os bracarenses já não participam. A jornada 18 reserva ao SCBraga/AAUM uma deslocação ao reduto do Bom Pastor, actual último classificado, com apenas 10 pontos. O encontro realizar-se-á no sábado, dia 19 de Março, às 18h30.
futsal da AAUM entrou em acção Em continuação do artigo da edição passada, continuaram, na última semana, os Torneios de Apuramento (TA’s) com as várias modalidades da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) a participarem nos mesmos ao tentarem garantir a participação nos Campeonatos Nacionais Universitários (CNU’s). A AAUM na modalidade de futsal feminino teve uma boa prestação ficando em 2º lugar no TA desta modalidade. No torneio realizado no Pavilhão da Universidade do Minho de Azurém as minhotas venceram
todos os encontros do grupo. Primeiro frente à Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) por 5-1, depois o Instituto Politécnico Leiria por 3-0 e por fim a actual campeã nacional e vice campeã – europeia, a Associação Académica de Coimbra(AAC), onde o resultado foi 2-1 favorável às atletas do Minho, que marcaram o golo da vitória nos últimos segundos, garantindo assim o 1º lugar do grupo. Após a grande vitória frente à AAC, a AAUM defrontou nas meias-finais a Associação Académica Universidade Trás-os-Montes e Alto Douro (AAUTAD), num jogo em que venceram por 2-1 garantindo
um lugar na final. Chegado o grande momento, as minhotas tinham do outro lado a Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI). Num jogo bastante disputado as atletas do Minho começaram a perder por 1-0, empataram e o jogo teve de ir a prolongamento. No tempo extra a AAUBI conseguiu marcar o golo da vitória e venceu o torneio por 2-1. Apesar disso o objectivo da AAUM estava garantido, um lugar nos Campeonatos Nacionais Universitários (CNU’s) da modalidade. Este torneio demonstrou que o querer e a capacidade das atletas de futsal feminino da AAUM foi um factor determi-
Nuno Gonçalves/Dicas
CARLOS REBELO c.covasr@gmail.com
nante para a obtenção deste 2º lugar, aliado a um bom futsal táctico e técnico apresentado pela AAUM. Já no Futsal masculino a AAUM disputou o 3º TA da modalidade em Aveiro. Nas três partidas que os minhotos efectuaram os resultados foram uma derrota por 4-3 frente à AAUBI, uma vitória por uns claros 10-2 contra a AEESEnfC (Coimbra) e um empate 3-3
frente à AAC. Com estes resultados a AAUM vai na 2ª posição para o apuramento para o CNU com 13 pontos, só o IPLeiria está na frente com 15 pontos. Nada está decidido, mas os minhotos estão numa boa posição para conseguir o seu objectivo , um lugar no CNU de futsal masculino. O ultimo torneio realiza-se nos dias 15 e 16 de Março, na Covilhã.
A Burning List desta semana vai apresentar as escolhas de Vera Marmelo, alguem que pod em os considerar uma “agente dupla”: durante 0 dia dedica-se a engenharia civil, a noite da largas a sua grande paixao: A Fotografia? Nao, a Musica. Vera Marmelo tern vindo, desde 2004, a retratar muita da nova musica que se vai fazendo em Portugal. Ao vivo e no estudio, tern retratado movimentos musicais como a netlabel Merzbau e, mais recentemente, todo 0 universe da FlorCaveira. Nao se considera propriamente uma fot6grafa, mais alguem que retrata a vida das pessoas que the sac pr6ximas. Contudo, ja expos no Museu da Musica em Lisboa e confessa que a Internet abriu-Ihe as portas para muito do trabalho que tern hoje.
Blake no Facebook durante semanas, falando sempre muito bem e eu não carregava no “play” do YouTube. Até que chegou uma altura em que decidi “dar uma oportunidade ao rapaz”. Não sou nada esquisita, ouço muita música - actual, antiga e de “gente morta” - e gosto da forma como o James Blake canta. É verdadeira e para mim isso é suficiente.
ção. Acho fantástico o modo como os projectos musicais formam-se e a partilha que acontece entre músicos. Há uma energia que existe por aí e a vontade das pessoas de diferentes grupos se ligarem e cruzarem.
“Sun Ra - UFO (On Jupiter, 1979)”
A Alice Coltrane mais parece que anda a perseguir-me nos últimos tempos. Neste momento tenho estado mais ligada ao universo do jazz e comecei a ter contacto com essa realidade e com as músicas a ele associadas. Comecei a ouvi-la, a ler coisas sobre ela em revistas e a ver o seu nome referido em conversas com as pessoas. É muito notória esta transição entre grupos de pessoas e géneros musicais, não de uma forma premeditada mas sempre natural.
“Linda Martini - Elevador (Casa Ocupada, 2010)”
“Orelha Negra - Tanto Tempo (Orelha Negra, 2010)”
Por vezes perco a noção do tamanho do movimento da nova música portuguesa, pois muitas das relações que tenho com estes grupos começaram de uma forma natural, através de amigos e conhecidos. As pessoas descomplicaram no que diz respeito à forma como se faz música, já não é preciso termos um estúdio e uma editora, pode produzir-se em casa e lançar pela Internet, que veio simplificar muito as coisas.
Eu passei a minha adolescência a ouvir HipHop e R n’B, na altura em que este era mais do que “miúdas nuas encostadas”... :) enfim, os meus discos de eleição eram os da Lauryn Hill ou o “Voodoo” do D’Angelo... sim se olharmos por aí há definitivamente uma liga-
“James Blake - Wilhelm Scream (James Blake, 2011)” Comecei a ver toda a gente a “postar” o James
Ele é incrível, as coisas que ele sabia e que nunca haveremos de saber... e tem a capacidade de transformar a música numa festa. Vi um documentário sobre ele e pensei: “como é que eu não prestei atenção a este tipo antes?”. Dá-me uma alegria do caraças ouvir algo que, após tantos anos, continua a ser tão importante. E a música é isto: uma transmissão de emoções.
“Alice Coltrane - Journey in Satchidinanda (Journey in Satchidananda, 1970)