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Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 147 / ANO 6 / SÉRIE 3 TERÇA-FEIRA, 12.ABR.11

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FICHA TÉCNICA

SEGUNDA PÁGINA

FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // Terça-feira, 12 Abril 2011 / N145 / Ano 6 / Série 3 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // REDACÇÃO: Ana Lopes, Ângela Coelho, Bruno Fernandes, Carlos Rebelo, Cátia Alves, Cláudia Fernandes, Cláudia Rêgo, Daniela Mendes, Diana Sousa, Diana Teixeira, Diogo Araújo, Eduarda Fernandes, Eduardo Rodrigues, Fabiana Oliveira, Filipa Barros, Filipa Sousa, Franscisco Vieira, Goreti Faria, Goreti Pêra, Inês Mata, Iolanda Lima, Joana Neves, José Lopes, Lucilene Ribeiro, Maria João Quintas, Mariana Flor, Neuza Alpuim, Patrícia Painço, Rita Vilaça, Sara Pestana, Sofia Borges, Sónia Ribeiro, Sónia Silva, Tânia Ramôa e Vânia Barros // COLABORADORES: Cátia Castro, Elsa Moura e José Reis, // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva e Luís Costa // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: jornalacademico@rum.pt // TIRAGEM: 2000 exemplares

12.ABR.11 // ACADÉMICO

NO PONTO

EM BAIXO

Cartaz do Enterro da Gata De verde pouco tem, a não ser o tema. Este cartaz mostra maturação em termos de cultura musical. Sem entrar em loucuras e sem o recurso a orçamentos absurdos como Porto e Coimbra, o Enterro da Gata 2011 tem tudo para voltar a ser a melhor semana do ano. Eu vou. E vocês?

S.C.Braga/AAUM Duas vitórias. São apenas duas vitórias que separam os minhotos da subida. Com uma combinação favorável de resultados, até nem pode ser necessário estes 6 pontos. Nunca a 1ª divisão esteve tão perto e o sonho está já ali ao virar da esquina. Um projecto de sucesso, digo eu!

Críticas ao cartaz do Enterro Geralmente uma crítica deve ter algum fundamento. O que é certo é que um profundo desconhecimento da realidade (de alguns que se dizem “entendidos”) dá num vociferar absurdo e incoerente. Pensar e analisar realidades era necessário antes de falar.

DANIEL VIEIRA DA SILVA // daniel.silva@rum.pt

Está apresentado o tão ansiado cartaz do Enterro da Gata 2011. Com Marcelo D2, 2 Many D’js e Natiruts como nomes internacionais, é nos portugueses que debruço o meu ponto de vista. Não vou falar, claro está, em nomes como Rui Veloso e Pedro Abrunhosa (esses dispensam apresentações). Deolinda, Diabo na Cruz, Expensive Soul e Sean Riley são exemplos do que de melhor se faz no nosso país em termos musicais. São bandas em perfeito crescimento e, algumas delas, já com uma carreira considerável. Nos últimos dias diversas foram as críticas apontadas a este cartaz. A comparação fácil com Porto e Coimbra foi, uma vez mais, feita. Esqueceram-se os “críticos” que as bandas têm cachets. E que os cachets de alguns nomes de Porto e Coimbra são claramente incomportáveis no Minho. A atenção com os gastos foi, como era de prever, uma das preocupações da direcção da AAUM. A gata verde (mas já madura) a gastar dinheiro para agradar a minorias e nichos seria, como era de esperar, desajustado. Aqui, como deveria ser, esta será uma semana onde a folia e o espírito académico estarão no seu nível mais alto. É disso que temos (aqui no Minho) que nos orgulhar. Apesar do cartaz estar bem idealizado, o espírito, o convívio e a tradição académica são os aspectos de salutar nesta semana do Enterro da Gata. Mas como não só de convívio vive esta Universidade, deixem-me sublinhar aqui um importante debate que ocorreu no campus de Gualtar na passada semana. A AAUM convocou o reitor da academia, o provedor do estudante e dois ex-presidentes da AAUM para uma sessão de esclarecimentos e troca de impressões com os estudantes acerca da possível passagem da Universidade do Minho para fundação pública de regime privado. Assim sendo, e deixando de parte algumas ideias (ou será que ideais), parece-me que o resulto foi proveitoso. Muitas dúvidas foram tiradas e quem se deslocou ao debate saiu, com toda a certeza, mais esclarecido nesta matéria. A decisão está marcada para 3 de Maio e, apesar de quererem inquiná-la com amostragens minúsculas, a direcção desta proposta poderá estar na eminência de ser desvendada. Até lá, resta-nos esperar pelo bom senso de alguns actores. O ACADÉMICO volta daqui a duas semanas. Até lá passem pela nossa página nas redes sociais e fiquem a

BARÓMETRO EDITORIAL

EM ALTA

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LOCAL

semana de direito comunicação em aproxima-se dos cidadãos linha Filipa Barros pipasgoth11@live.com.pt Ana Clarisse anaclarisse@portugalmail.com

Começou esta semana a “Semana de Direito”, organizada pela Associação de Estudantes de Direito da Universidade do Minho (AEDUM), em estreita cooperação com a Escola de Direito da Universidade do Minho (EDUM). Esta semana encontra-se já na sua 15ª edição, sendo que “a referida iniciativa é, indubitavelmente, um momento muito importante para todos os alunos de Direito, contribuindo profundamente para o enriquecimento da sua formação pessoal e académica”, refere João Alcaide, presidente da AEDUM. Na segunda-feira realizou-se uma aula aberta no auditório nobre da Escola de Direito (ED), intitulada “The use of precedent and the style of judgments”, com a presença do juiz Sir Konrad Schiemann, juiz no Tribunal de Justiça da União Europeia. Hoje, terça-feira, será a vez da sala de audiências da ED dar lugar a um julgamento simulado com a participação dos alunos do 3.º ano da licenciatura, e com a presença do juiz desembargador José Lameira, presidente do Tribunal da Relação do Porto.

“Acreditamos que nós, estudantes de Direito, pela nossa formação e pela nossa vocação, podemos e devemos ser os principais protagonistas da mudança, rumo a um país mais sustentado e sustentável, mais justo e mais desenvolvido”, argumenta o presidente da AEDUM para introduzir mais duas iniciativas, com um carácter mais interventivo. Assim, será gravado na ED o programa “Ideias com Jota”, da rádio “Antena Minho”, onde serão discutidos temas relativos ao ensino superior, em geral, e ao Direito, em particular, com a presença da professora Clara Calheiros, presidente do Conselho Pedagógico da Escola de Direito. Igualmente, na quarta-feira (à mesma hora), realizar-se-á a Conferência “Portugal: Que Futuro? – Uma análise político-financeira do actual estado do país”, com as presenças de Joaquim Freitas da Rocha e de Carlos de Abreu Amorim. Mas, neste ano, pela primeira vez, a “Semana de Direito” de-

correrá simultaneamente no interior e no exterior do espaço da academia, “naquela que é uma lógica de serviço público e de aproximação à população em geral”, informa o presidente da AEDUM. Sendo “o nosso desejo de aproximar os cidadãos da Justiça, dando-lhes a conhecer aqueles que são efectivamente os seus direitos”, terá lugar no “Braga Parque”, entre os dias 11 a 15 de Abril, das 10 às 23 horas, uma iniciativa de esclarecimento aos cidadãos relativamente a questões e problemáticas que mais suscitam o seu interesse, no âmbito dos mais variados ramos do Direito, como é o caso do direito do consumo, do trabalho e da família. “Estamos profundamente convictos de que este é o rumo que deve ser seguido pelos estudantes de Direito de hoje, juristas do amanhã, contribuindo de uma forma decisiva para a construção de uma sociedade mais formada e informada e, assim, mais justa e desenvolvida”, finaliza João Alcaide.

Iolanda Lima iolandaisabellima@hotmail.com

Nos próximos dias 14 e 15 de Abril irão realizar-se as XIV Jornadas de Ciências da Comunicação, organizadas pelo Grupo de Alunos de Ciências da Comunicação (GACCUM). O tema será a Comunicação em linha, dando assim especial em enfoque às áreas de comunicação no contexto online. Com cerca de oito paíneis de diferentes temas, desde os videojogos ao futuro do jornalismo, o GACCUM pretende trazer aos alunos diferentes pontos de vista de especialistas nas diferentes áreas do curso. João Gonçalves, presidente do GACCUM afirma que “as jornadas de comunicação permitem um contacto com outras realidades, quer venham elas do mercado de trabalho, quer de outras universidades. O importante é que os alunos contactem com outros pontos de vista que não são propriamente os que são dadas aqui na universidade”, sublinhou. Quanto ao facto do online ser o tema central destas jornadas, o presidente do núcleo diz que esta foi uma “necessidade” que surgiu. “Chegou a altura de repensar a comunicação na internet e nos meios online”, destaca o presidente do núcleos. Ainda na opinião do próprio

núcleo, cada vez mais o online é uma presença constante nas várias vertentes do curso e é necessário informar e capacitar os alunos para trabalhar com estas novas ferramentas e com a nova realidade que se avizinha. O aluno de Ciências da Comunicação escusa-se a destacar apenas um painel, pois considera que todos são importantes para a formação e enriquecimento curricular dos alunos. “Não destaco nenhum painel. Estou convencido que todos os paíneis destas jornadas têm muita qualidade, quer pelos convidados, quer pelos temas que são abordados em cada um deles”, assegura João Gonçalves. Quanto às expectativas em relação à adesão dos alunos, o presidente do núcleo está optimista. O estudante espera conseguir reunir, em cada painel, cerca de 250 alunos. “As jornadas são o evento mais importante do curso e, normalmente, os alunos respondem bastante bem”, afirma João Gonçalves. A abertura das jornadas será no dia 13 de Abril, às 18 horas na Velha a Branca e contará com uma pequena cerimónia de abertura e ainda com a presença de Salvador Martinha, que dará um espectáculo de stand-up comedy. A entrada nas jornadas é livre para todos os estudantes.

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CAMPUS

“gata na praia” soma e segue

Joana Neves joana_neves15@hotmail.com

Após um sofrido ano à espera que Abril chegasse “rapidinho”, os alunos da Universidade do Minho (UM) estão, finalmente, de malas feitas. A “Gata na Praia “ está aí e, de 16 a 21 de Abril, vai levar os resistentes até à Praia da Batata, em Lagos. O sucesso do evento tem, de tal forma, aumentado que a Associação Académica da UM (AAUM) disponibilizou, este

ano, um maior número de inscrições. “O ano passado, alterámos a data da Gata na Praia para a semana da Páscoa [nas edições anteriores, decorreu na semana seguinte à interrupção pascal]. Isso originou uma “loucura” no número de participantes”, esclarece ao ACADÉMICO André Pinheiro, vice-presidente do departamento desportivo da AAUM. Assim, contabilizam-se um total de, aproximadamente, 480 pessoas inscritas, distribuídas por 60 equipas. As va-

gas foram repartidas por Braga e Guimarães, de acordo com “estimativas feitas a partir do número de estudantes de cada pólo”, acrescenta o mesmo. Embora as inscrições só terminassem, oficialmente, dia 8, muitos foram os que quiseram garantir previamente a passagem até ao Algarve, pernoitando de dia 4 para dia 5 (data de abertura das inscrições) no campus de Gualtar. Sendo este o ano de comemoração de uma década de “Gata na Praia”, a fasquia está ainda

mais elevada. Para se juntarem aos festejos dos 10 anos, a Associação Académica convidou os dj’s Miguel Rendeiro, André Alves, United Soul Brothers e Sérgio Moura a deslocar-se até Lagos.

Quanto às expectativas para esta edição, André Pinheiro garante serem “as melhores”. “Tentámos organizar tudo de forma a proporcionar aos participantes uma óptima semana”, finaliza.

Actividade cumpre 10ª edição

horizontes da bioquímica Sónia Silva sonia.silva.8@hotmail.com

No dia 15 de Abril realizar-seão as II Jornadas de Bioquímica na Universidade do Minho. Nesta segunda edição o tema é “Horizontes da Bioquímica”. Céline Gonçalves, presidente da comissão organizadora das jornadas afirma que por detrás desta temática se pretende mostrar a importância da bioquímica como ciência, bem como as suas repercussões no dia-a-dia, evidenciando a sua

ligação com o mundo da biotecnologia, da farmacologia e da saúde. A responsabilidade da preparação deste evento cabe a uma comissão composta por estudantes de Bioquímica, assim como docentes da área. “Tratase de uma organização conjunta, o envolvimento de ambas as partes, em proporções idênticas é fundamental”, refere a presidente da Comissão Organizadora. Segunda a mesma, esta preparação tem contado igualmente com o apoio institucional da Escola de Ciências

da Universidade do Minho e da Reitoria. Nesta edição das Jornadas, os participantes podem contar com a participação de trinta e um investigadores de várias escolas da Universidade do Minho. Estarão também presentes bioquímicos de sucesso que trabalham em Portugal, após terem desenvolvido actividades de investigação no exterior. De entre os convidados pode-se destacar a presença de Daniela Vaz da ANBIOQ, de Maria João Bonifácio da Bial, de Carlos Faro da Biocant, de

10 anos de inglês Filipa Sousa ivanilda_25@hotmail.com

Na passada segunda-feira, dia 11 de Abril, realizou-se no campus de Gualtar, da Universidade do Minho mais uma edição das Jornadas de Inglês. A organização do evento coube ao Departamento de Estudos Ingleses e Norte-Americanos (DEINA) do Instituto de Letras e Ciências Humanas (ILCH), tendo lugar no Auditório deste mesmo instituto. Com a denominação de “Cyber English”, as X Jornadas de In-

glês incidiram sobretudo nas diferentes formas de olhar o papel, as funções e as mutações que a língua inglesa - por sinal a mais falada a nível mundial, sofreu no mundo globalizado em que vivemos. Tanto o corpo docente como os alunos debateram essencialmente as formas e os conteúdos do inglês usado na internet. Isto numa época em que a comunicação e circulação de informação ultrapassa fronteiras geográficas, políticas, religiosas e culturais, reunindo pessoas de vários pontos do globo, a uma velocidade cada

vez mais arrebatadora. Esta iniciativa da DEINA abriu com uma introdução feita pela responsável do Departamento, Isabel Ermida. Seguindose a apresentação e debate de alguns temas da actualidade, como é o caso por exemplo do cyberbullying (fenómeno este cada vez mais frequente). Apesar do evento ter sido aberto a qualquer pessoa que quisesse participar, a presença nos workshops exigia uma prévia inscrição, esta a ser feita na secretaria do ILCH, dentro do prazo que se estendeu desde o dia 1 ao dia 8 de Abril.

Verónica Romão do International Iberian Nanotechnology Laboratory (INL), de Joaquim Cunha da Health Cluster, de Ana Pombo do Medical Research Council (MRC), Clinical Sciences Centre (CSC) no Imperial College London, que lidera ma equipa de investigação do estrangeiro, mas também de Vasco Teixeira, pró-reitor (investigação) da Universidade do Minho. Abrir os horizontes é o objectivo principal desta segunda

edição das Jornadas de Bioquímica, assim como “revelar alguns aspectos mais aplicados da bioquímica como ciência, enfatizando os diferentes percursos profissionais de vários bioquímicos”como identifica Céline Gonçalves. Desvendar a importância desta ciência na sociedade e a importância da profissão de bioquímico, é uma meta que a organização das II Jornadas de Bioquímica da Universidade do Minho, anseia atingir. PUB


CAMPUS PÁGINA 05 // 12.ABR.11 // ACADÉMICO

marcelo d2 actua no enterro da gata Brasileiro é o grande nome de cartaz que conta com Pedro Abrunhosa, Rui Veloso, Natiruts, Xutos e Pontapés e Quim Barreiros, entre outros Cláudia Fernandes alaufernandes@hotmail.com

O brasileiro Marcelo D2 é o grande nome do cartaz do Enterro da Gata de 2012, apresentado pela AAUM, em conferência de imprensa, no sábado passado, no Café Vianna, em pleno centro histórico da cidade de Braga. O rapper brasileiro subirá ao palco da festa da academia minhota no dia 8 de Maio, sendo antecedido pelos portugueses Expensive Soul. Neste dia irá ainda haver espaço para outro grande nome no cartaz: 2 Many DJ’s. A edição deste ano do Enterro da Gata é subordinada ao tema “A gata está verde”, como simbolismo de uma geração que se preocupa com as causas sociais e que, ao mesmo tempo, está a braços com uma si-

tuação de crise. Como referiu Luís Rodrigues, presidente da AAUM, “esta é uma geração em que existe espírito crítico e de intervenção, ou seja, uma ‘geração verde’”. “Hoje em dia existe muita precariedade de emprego e condições socioeconómicas complicadas, agravadas pela crise que o país atravessa”, acrescentou o líder dos estudantes. No entanto, este verde é, segundo Luís Rodrigues, sinal de “esperança”, de um estudante que não se resigna e tem “força para lutar pelo seu futuro”. Assim, passarão pelo palco na alameda do Estádio AXA, no sábado dia 7 de Maio, Azeitonas e Rui Veloso, naquele que é o dia dedicado à cidade e ao antigo estudante. Os Diabo na Cruz e Deolinda actuarão na segunda-feira, 9 de Maio. O dia 10 reserva mais uma surpresa internacional: do outro lado do Atlântico vêm os brasileiros Natiruts, num dia onde actuam também os Mercado Negro. Para quarta-feira está reservada a tradicional noite “pimba”, com Zezé Fernandes e o habitual Quim Barreiros. No dia seguinte, Sean Riley and The Slowriders são os primeiros a actuar, numa noite que será encerrada com a presença do portuense Pedro

Abrunhosa, que já esteve na mais recente Recepção ao Caloiro. Por fim, para o último dia, estão reservadas as actuações dos Pitt Broken, ainda a banda vencedora do UMplugged [Basic Black] e caberá aos Xutos e Pontapés o derradeiro concerto da festa dos estudantes. No que toca às actividades Extra-Gatódromo, dia 6 de Maio realizam-se os tradicionais Velório da Gata e Serenata, dando-se assim o pontapé de saída da semana festiva. No sábado, terá lugar a Imposição das Insígnias e Benção de Finalistas e, por fim, na quarta-feira, dia 7 de Maio, as ruas da cidade irão receber o tradicional cortejo.

Vermelha, que é a instituição a nível mundial com mais voluntários”, salientou Luís Rodrigues, apontando para o Ano Europeu do Voluntariado. O presidente da AAUM agradeceu, ainda, aos apoios que a organização do evento terá, nomeadamente, o pelouro para a Juventude da Câmara Municipal de Braga, representada pelo vereador Hugo Pires, a Cruz Vermelha, cuja vice-presidente também esteve presente, SC Braga, TUB, Bombeiros Voluntários, PSP, Governo Civil

e Escola de Ciências da Saúde. Por sua vez, Hugo Pires elogiou o facto de o Enterro se realizar num “palco que valeu, há pouco mais de duas semanas, um Pritzker ao arquitecto Souto Moura”, salientando “gostar de trabalhar com a AAUM, que é uma das parceiras do pelouro da Juventude da Câmara Municipal de Braga em alguns projectos”. “O enterro de 2011 ajudará, com toda a certeza, a promover a capital europeia da juventude”, finalizou o vereador.

e, uma vez que o formato tem obtido sucesso, tudo indica que estará de volta no próximo ano. Por isso, se tens uma banda ou és dj, prepara a tua candidatura

para o próximo ano. Até lá, podes ver os vencedores da edição deste ano no palco e tendas do tão aguardado Enterro da Gata.

Festa com preocupação Social A preocupação com os problemas sociais não é deixada de parte, à semelhança do que aconteceu em anos anteriores. Este ano, volta a realizar-se a actividade “Pintar um Mundo melhor”, na qual todos os artistas vão pintar uma tela que, posteriormente será leiloada, revertendo o montante adquirido a favor de uma instituição. No entanto, a componente social não fica por aqui. “Uma percentagem de cada bilhete vendido reverte para a Cruz

e o vencedor é… Goreti Faria goreti.fcs@gmail.com

Foi na passada semana que tiveram lugar as finais dos concursos UMplugged e DJ@ UM que, como já foi dito em edições anteriores deste jornal, são dois concursos promovidos pelo Departamento Cultural e Tradições Académicas da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM). As cinco bandas e os cinco DJ’s finalistas confrontaram-se no Bar Académico de Guimarães e no Insólito Bar, terça e quinta-feira, respectivamente. O resultado? É ler e ficar a saber. As Bandas – Um Filipe, Um Francisco e Dois Tiagos Dialectos, Phama, Purple

Weed, Stolen Tunes e Basic Black foram as cinco bandas finalistas que deram música ao Bar Académico de Guimarães ao longo da noite de terça-feira. Com um calor de Verão e um público muito participativo, os júris avaliaram o desempenho das cinco bandas e, depois da actuação extra-concurso da banda “Monstro Mau”, foi anunciada a grande vencedora: chama-se Basic Black e vem de Vila Real. Filipe Mourão, Francisco Violante, Tiago Fernandes e Tiago Mourão – os elementos da banda vencedora – tiveram direito a um vale de desconto na loja Workshop e a uma actuação no Enterro da Gata 2011. Os DJ’s – Um Soemo e nada

mais Na final de quinta-feira, foi no Insólito Bar que os dj’s Soemo, SparaBrother, Vítor Pinheiro, Giftz e Carlos Guerreiro competiram por uma actuação no Enterro da Gata. Depois de trinta minutos de música posta por cada um destes dj’s, eram já quase 4h da manhã quando o júri anunciou o vencedor: DJ Soemo. Este dj tem vindo a fazer várias actuações em bares e afins. Para quem ainda não teve oportunidade de o ouvir, o seu dj set de 12 de Fevereiro de 2011 pode ser encontrado em soundcloud.com/soemo. Para o ano há mais Esta foi a 5ª edição dos concursos UMplugged e DJ@UM

Vencedor do UMplugged actua no palco do Enterro da Gata


CAMPUS PÁGINA 06 // 12.ABR.11 // ACADÉMICO

debate sobre passagem da uminho a regime fundacional marcado por forte adesão Sónia Ribeiro sonia_cc@live.com.pt

O debate sobre a transformação da Universidade do Minho (UM) em fundação pública de regime de direito privado contou com a presença de um elevado número de estudantes da academia, no passado dia 6 de Abril no auditório B2 do CP II, no campus de Gualtar. É já no dia 3 de Maio que o Conselho Geral da Universidade do Minho toma a decisão. Como referiu Luís Rodrigues, presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), a adesão pode ser explicada pela “importância que o tema tem para a academia e consequências que provocará no futuro para os estudantes”. A seu entender, estes devem “participar na construção da academia”. Como explicou Luís Rodrigues, a Universidade do Porto, a Universidade de Aveiro e o Instituto Universitário de Lisboa são as três universidades portuguesas que já optaram pelo regime fundacional. Esta passagem prevê a criação do Conselho de Curadores e figura de um fiscal único e não implicará a alteração dos estatutos da UM. O presidente da AAUM aclarou ainda que não haverá mudança no modo de ingresso dos estudantes na universidade, assim como nas políticas de acção social (alojamento e alimentação) e propinas. Luís Rodrigues lançou o desafio de debate sobre o melhor caminho a seguir pela

universidade. Pensar nos interesses dos estudantes O Provedor do Estudante da UM, António Paisana, considerou este debate como um “debate dos estudantes e para os estudantes”, em virtude da necessidade de se pensar nas consequências desta alteração, bem como nos interesses dos alunos. Na sua opinião, a preocupação passa pela incógnita quanto aos efeitos futuros que esta mudança pode implicar. Para António Paisana, os estudantes estão inquietados com o bom desempenho da Uminho e, por isso, questionou “o que vai trazer de melhor” a passagem a regime fundacional. Segundo o Provedor do Estudante, os estudantes querem um ambiente de qualidade e cursos com aceitação no mercado. Vasco Leão, ex-presidente da AAUM, questionou o papel e intervenção do Conselho dos Curadores no modelo da UM. Já Jorge Cristino, também expresidente da AAUM, levantou um conjunto de dúvidas em torno do modo de funcionamento da academia (acção social, contratação de pessoal docente e não-docente, propinas, ensino e investigação). O ex-aluno salientou ainda a importância da relação da instituição com a sociedade. Prestar um melhor serviço para os estudantes O reitor da Universidade do Minho, António Cunha, garantiu que propôs esta passagem, “por estar convicto das vanta-

gens para a UM” e começou por esclarecer o que se mantém em relação aos estudantes. O regime de propinas é o mesmo que o das universidades públicas, havendo apenas liberdade na definição de valores nos 2º e 3º ciclos. Não há alteração no quadro de acção social, assim como no recrutamento de novos estudantes. Outras das preocupações dos estudantes também foi respondida, com a garantia de que permanece a composição das unidades orgânicas e a representação dos estudantes nos órgãos. Perante um “quadro difícil e complicado para o ensino superior”, António Cunha defendeu que a maior vantagem é “ter uma UM mais eficiente e com melhores serviços”. O reitor da UM explicou que não quer dizer que “tudo se tornará mais fácil se passarmos a outro regime”, mas a adopção poderá trazer “mais capacidade de acção e flexibilidade para fortalecer o projecto e ter mais competência para competir”. Contratar mais pessoal Outro dos aspectos apontado por António Cunha foi a possibilidade de pedir financiamento para contratar mais pessoal, situação que não é permitida às instituições públicas. Perante a existência de cursos pós-laborais e do alargamento do horário da biblioteca, esta é uma das vantagens deste processo. Como referiu o reitor da UM, “o que vai trazer de melhor é a flexibilidade na gestão dos recursos humanos, que se traduz num melhor serviço”.

Conselho Geral da UM toma decisão a 3 de Maio

Em termos de verbas, “tudo se tornará mais fácil se a UM sair da esfera da administração pública”, acrescentou. Na sua opinião, o Conselho de Curadores é “uma entidade amiga da universidade” e permitirá uma melhor interacção do que com o “software do Estado”. Para além de ter como funções garantir que a UM não entre em desequilíbrio financeiro, decidir a venda de património para fins estratégicos e a contracção de créditos, acrescentou. António Cunha garantiu ainda que a UM “continua a ser uma entidade pública, quer em termos de candidatura a verbas públicas quer a candidaturas a projectos nacionais”. Possibilidade de utilizar receitas próprias A questão da investigação e das receitas próprias é uma das principais vantagens apontadas. Com a passagem a regime fundacional, a UM tem a possi-

bilidade de utilizar as receitas próprias, as quais representam um valor elevado do orçamento, e que enquanto instituição pública vê essas receitas consideradas do Estado. No final, António Cunha explicou que a universidade fundacional continua a ser financiada como as universidades públicas, podendo ainda obter um programa adicional ao financiamento. Rejeitou, também, a lógica de comparação da UM com iniciativas público-privadas de hospitais, referindo que a universidade fundacional não visa um grupo, continua a pertencer ao Estado. O reitor da UM assegurou ainda que não há qualquer lógica de privatização. “Acredito nas potencialidades da administração pública, mas a grande questão é de que as universidades são entidades muito próprias e diversas e que têm dificuldade de actuar nesse quadro”, concluiu.


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NACIONAL

o acordo ortográfico veio para ficar Dez anos é o tempo que os portugueses têm para se habituar ao Acordo Ortográfico que entrou em vigor em Junho de 2010. Comecemos então desde logo a praticar... Cátia Alves catia_gomes_alves@hotmail.com

O Acordo Ortográfico (AO) veio mesmo para ficar. Depois dos acordos de 1911, 1931 e também alguns ajustes em 1973, mais uma vez houve a necessidade de efectuar algumas alterações. Desenganemse os que pensam que a língua portuguesa é estanque - na verdade, qualquer língua é um “organismo vivo” que se desenvolve, evolui e se transforma. A ortografia portuguesa não é assim desde que a língua surgiu.

Muitos são, aliás, os vocábulos que se transformam - ortographia é curiosamente um deles. Contudo, as alterações da língua devem acompanhar directamente a evolução desta. Devem outrossim ser um mecanismo, diria, quase natural e não uma imposição. Se aqueles que a vão falar, os lusófonos, não se sentirem identificados com as alterações que se vão efectuar a adaptação será tão mais longa quanto mais difícil. Estas são razões mais do que suficientes para que as opiniões dos portugueses se diversifiquem, porém, a grande maioria opõe-se solenemente

transportes públicos voltam a subir Vânia barros vaniastefa@hotmail.com

Após um aumento dos preços dos combustíveis já no decorrer do ano 2011, o Governo volta a anunciar que ainda este ano, se fará sentir uma nova subida das tarifas dos transportes públicos, o que irá afectar, claro está, os estudantes. Desta forma, depois de uma subida de 3,5% nos passes sociais e de 4,5% em todas as tarifas em geral, o país prepara-se

para enfrentar um novo aumento. E, este aumento devese, segundo um comunicado do Ministério das Finanças, às medidas do PEC IV, “que estão a ser implementadas pelo Governo actualmente em gestão”, pois houve uma necessidade de “actualização extraordinária das tarifas dos transportes públicos e uma intensificação do controlo dos custos no sector empresarial do Estado”, pois acredita-se que estas medidas conduzirão a uma poupança equivalente a 0,1% do PIB.

a muitas das alterações deste novo AO. Uma das alterações de menor destaque, em parte por já integrar alguns curricula escolares, desde há mais de uma década, é a introdução no abecedário do K (entre o J e o L), do W (entre o V e o X) e do Y (entre o X e o Z). Deste modo, o alfabeto passará a ter 26 letras. Um pouco mais estranho ao comum português será a utilização da letra minúscula em algumas situações como nos nomes dos dias da semana, dos meses do ano, dos pontos cardeais e colaterais. Por outro lado, desaparecem as

consoantes mudas integrantes de cc, cç, ct, pç, pc, pt. Exemplificando, “coleccionador”, “direccional”; mantendo-se, porém, faccioso, ficcional; “acção”, “colecção”, mantendo-se convicção; “ator” e “ato”, mantendo-se “bactéria”; “excecional”, mantendo-se “egípcio”; “adopção”, mantendo-se “corrupção”; “batismo”, mantendose “adepto”. Também nos verbos da 2.ª conjugação, 3ª pessoa do plural do presente do indicativo ou do conjuntivo se irão verificar modificações, a exemplo disso, “creem”, “leem”. Também nas palavras graves com ditongo

“oi”, como “asteroide”, “heroico” e demais. Igualmente cairá o hífen em “minissaia”, “fotorreportagem”, etc. Assim também na ligação da preposição de com formas monossilábicas do presente do indicativo do verbo haver: “hei de”, “hás de”, entre outros. Estas são apenas algumas das alterações linguísticas que o AO veio introduzir. Muitas irão ser as dificuldades a enfrentar até que todos nos habituemos, porém, certamente que o contributo da comunicação social será precioso – primeiro estranha-se e depois entranha-se.

união ibérica. será? Cláudia Rêgo claudiarego-cs@hotmail.com

Um estudo luso-espanhol prova que quase metade dos portugueses inquiridos e 40% dos espanhóis querem uma união ibérica, sendo que o número de cidadãos que defendem a união federativa aumentou em 2010. Quanto ao modelo de integração, a maioria dos inquiridos pensa que a melhor opção são os estreitos laços com acordos ou alianças estáveis, apesar da hipótese de um estado confederado, ter também um parecer

favorável por parte de portugueses e espanhóis. No caso de uma união, impõese uma questão: qual seria a língua adoptada? Este estudo também obteve uma resposta a tal pergunta, ambas as partes inquiridas pensam que as línguas dos respectivos países deveriam ser opcionais no ensino primário e secundário, no entanto uma maioria dos por-

tugueses (51,4%) contra uma minoria dos espanhóis (19,7%) considera que deveria ser obrigatório. Outro tema abordado no estudo, foi a mudança de país, que tanto portugueses como espanhóis consideram, por questões laborais ou na reforma, ainda que em ambas as hipóteses os portugueses são mais receptivos.


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ENTREVISTA NUNO LIMA “A expectativa é de aproximar a academia minhota e a Tuna Universitária do Minho da cidade de Braga” Diogo Araújo diogorafael@msn.com

Nos dias 14,15 e 16 de Abril ocorrerá a XXI edição do FITU Bracara Augusta. As festividades terão lugar no Theatro Circo da cidade de Braga. Em entrevista com Nuno Lima, o ACADÉMICO foi em busca dos pormenores deste festival. 21 anos de FITU. Que grandes momentos guardam e recordam? No FITU Bracara Augusta sempre se procurou aliar um bom espectáculo musical a uma espécie de romantismo que se vive com a presença das tunas pela cidade a tocar e a alegrar as ruas. Daí que os melhores momentos compreendam não só actuações de algumas das melhores tunas que por cá passaram, mas também essa alegria vivida nos dias de festival. Neste sentido, as amizades e os conhecimentos que se travam com elementos de outras tunas são das coisas que mais nos marcam, principalmente quando se trata de um festival internacional como o nosso. Quais as tunas a concurso este ano? Este ano, o FITU conta com a presença da Tuna Universitária de Aveiro, a anTUNiA – Tuna

de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, a Tuna da Universidade Católica Portuguesa – Porto, a Transmontuna – Tuna Universitária de Trás-os-Montes e Alto Douro, a Copituna d’Oppidana – Tuna Académica da Guarda, a Tuna de Derecho de Oviedo (Espanha), a Tuna de la Universidad Rey Juan Carlos (Madrid, Espanha) e a Tuna de Derecho de la Universidad de la Laguna (Tenerife, Espanha). Teremos ainda a participação da Azeituna e a participação especial da Camerata Bracarense. O espectáculo será apresentado pelos Jogralhos. O porquê da escolha destas tunas ? Todas as tunas participantes ostentam uma elevada qualidade musical, bem como uma alegria e irreverência bem vincadas. É precisamente isto que queremos trazer ao festival e este leque de tunas está sem dúvida à altura do que procuramos. O que marca a diferença deste FITU para os de anos anteriores? Nesta edição pode-se destacar a participação da Camerata Bracarense, que executará algumas músicas em conjunto com a Tuna Universitária do Minho, no Sábado, 16 de Abril. Além disso, o que o FITU traz de novo de ano para ano passa fortemente pelas surpresas com que cada tuna participante brinda o público a cada edição. Quais as expectativas para este FITU? As expectativas para esta edição são, à semelhança de anos anteriores, aproximar a academia minhota e a Tuna Universitária do Minho da cidade de Braga,

A Tuna Universitária em acção através do contacto com tudo aquilo que as tunas têm para oferecer. Como tal, desde já lanço o convite a toda a comunidade académica para que venha assistir às diversas actividades do festival, nos dias 14, 15 e 16. Voltar ao Theatro Circo foi o salto qualitativo que vocês esperavam aquando do regresso a esta sala? Sim, sem dúvida! O Theatro Circo é, indubitavelmente, uma das melhores salas do país a todos os níveis. Uma sala de espectáculos como esta fazia falta não só às tunas, mas também à cidade e à comunidade artística. A ligação à cidade é uma das vertentes onde focam bastante a linha de acção?

Com o FITU procuramos isso mesmo: aproximar o trabalho da ARCUM e da TUM das pessoas de Braga, ou seja, dar a conhecer o valor daquilo que fazemos, não só ao nível de presentear o público com um bom espectáculo, mas também dar a conhecer a música e a cultura dos estudantes. O que marca a diferença da TUM para outras tunas? No dia-a-dia, e enquanto grupo musical, procuramos cumprir com este tipo de expectativas. Contudo, enquanto jovens e estudantes acabamos por revelar uma irreverência que nos é muito característica e que nos distingue entre as melhores tunas do país.

A TUM em digressão (Alicante, Espanha)

A amizade e o companheirismo que existe no grupo são sem dúvida um dos nossos pontos mais fortes. Quem se quiser juntar à TUM o que tem de fazer? Quem se quiser juntar a nós apenas tem de aparecer num dos nossos ensaios, que têm lugar todas as terças e quintasfeiras, no Bar Académico (BA). Quantas actuações tem a TUM por ano? Todos os anos temos um elevado número de actuações, que compreendem a participação em festivais de tunas por todo o país e no estrangeiro. Além disso, há actuações nas mais diversas actividades relacionadas com a Universidade do Minho, e ainda a participação em eventos exteriores ao mundo académico. É difícil avançar um número, portanto digamos que são muitas! Como se pode adjectivar a Tuna Universitária do Minho? Penso que o nosso melhor (e maior) adjectivo é bem visível em todas as actividades envolvidas no FITU Bracara Augusta, por isso a melhor forma de nos conhecerem é aparecerem por lá!





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INQUÉRITO

fazes parte de algum grupo cultural da UM? Inês não faz parte de nenhum grupo cultural da UM, porque apesar de achar interessante, já está inserida em alguns projectos e não tem muito tempo. A estudante acha que “como em muitos outros campos, a universidade também pode ser reconhecida através da cultura”, sublinhando a sua importância para o desenvolvimento da UM. Pensa que o FITU é um evento importante para combater essa falta de propagação, no entanto, “nunca tive a oportunidade de assistir a nenhum”. E se fosses convidada para te juntares a um grupo cultural? “Teria de ver a minha disponibilidade e se tenho, efectivamente, jeito para o grupo em questão. Não me vejo inserida num grupo musical, mas gostava imenso do de teatro”.

Inês da Mata 2º ano // Ciências da Comunicação

Pedro Rocha 2º ANO // Engenharia Biológica

“Não faço parte de nenhum grupo cultural e nunca pensei nessa possibilidade” afirma. Explica a falta de motivação para se juntar a algum dos grupos com o facto de não ter nenhum amigo que esteja inserido em algum. Pensando, por exemplo, na possibilidade de se juntar a uma tuna, o excesso de trabalho deste ano lectivo, ao contrário de anos anteriores, corta qualquer possibilidade. Relativamente ao FITU, conhece, mas nunca assistiu a nenhuma edição porque “não me desperta grande interesse e, para além disso, é ao fim de semana e, como não sou de Braga, não fico cá”. Pedro não tem conhecimento suficiente em música para integrar uma tuna, mas seria o grupo que escolheria porque “é com o que mais me identifico”.

De momento não faz parte de nenhum grupo, mas já foi membro da Azeituna. A “falta de tempo” e a dificuldade de conciliar a Presidência do Núcleo de Educação com as responsabilidades universitárias e a tuna levaram-no a desistir. “Gosto de música tradicional, gosto do ambiente e das oportunidades que as tunas oferecem”. Estes foram os principais motivos que o levaram a juntarse à Azeituna. Na sua opinião, é necessário desmistificar o medo que as pessoas têm sobre as praxes das tunas, já que existe a ideia que “as praxes são demasiado duras”. Aconselha os jovens a integrarem uma tuna, pois considera que é um ponto a favor “numa altura em que as competências sociais são tão importantes para o currículo”.

António Cunha 3º ANO // Educação

António Trincão 1º ANO // Ciência Política

António é porta-estandarte há 7 meses na Azeituna. A sua entrada na tuna é bastante peculiar, pois o objectivo era encaminhar um amigo e após assistir a um ensaio acabou “por gostar bastante daquilo”. No seu ponto de vista, as praxes são bastante rigorosas e, ao mesmo tempo, “uma escola para a vida”. Ao contrário do que acontece com as praxes da Academia em que “és praxado para praxar, nas tunas és praxado para um dia mais tarde chegares à presidência e apoiares o resto do grupo”. São muitas as digressões que fazem pelo país e pelo estrangeiro, (veja-se as futuras digressões por Holanda, Suíça e Inglaterra, por exemplo). Para António, todas as pessoas deveriam experimentar porque “uma vez membro, podes passar por grandes experiências”.

Fabiana Oliveira fab.i@hotmail.com

De 14 a 17 de Abril, a vigésima primeira edição do FITU (Festival Internacional de Tunas Universitárias) terá lugar no Theatro do Circo e conta com a presença de algumas tunas do resto do país. O preço dos bilhetes para este FITU situa-se nos 7 e 10€ para um dia e os 12 e 17€ para os dois dias de festival. Os bilhetes podem ser reservados no site do Theatro do Circo e adquiridos nas bilheteiras do local do espectáculo. Neste contexto, o ACADÉMICO falou com alguns alunos da Universidade do Minho para saber se fazem parte de algum grupo cultural da UM. Vamos conhecer as respostas… PUB.


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Erasmus Page


TECNOLOGIA E INOVA egobook: facebook reproduzido em livro José Miguel Lopes jose.sepol@hotmail.com

O Facebook lançou uma nova funcionalidade que permite a qualquer membro desta rede social criar um livro personalizado – o Egobook – a partir dos dados acumulados no seu próprio perfil de utilizador. O livro em questão, único para cada membro do Facebook, compila todas as mensagens, imagens e comentários, entre outras informações, que marcam presença na página da pessoa em questão. Possui ainda, como capa do livro, a foto de

perfil seleccionada pelo utilizador da altura em que o livro é requerido. O processo de passagem de toda a informação de uma pessoa para o papel exige apenas um pedido de autorização para o acesso, por parte do serviço, aos dados pessoais necessários. A encomenda do Egobook tem um preço a rondar os 30 euros - os custos oscilam em função da quantidade de conteúdo impresso. Este serviço também permite a qualquer utilizador encomendar um livro sobre outra pessoa, que lhe é entregue como presente.

magalhães pode chegar à suécia cátia alves catia_gomes_alves@hotmail.com

Uma comitiva composta por responsáveis do sector da educação de várias regiões da Suécia esteve recentemente em Portugal para visitar as instalações da JP Sá Couto, com o objectivo de conhecer melhor o projecto do computador Magalhães. A empresa nortenha referiu, em comunicado à imprensa, que “a Suécia é um dos países mais desenvolvidos na área da educação. O interesse demonstrado pelo projecto Magalhães e pela sua implementação é mais uma prova do reconhecimento internacional desta iniciativa”. Segundo a JP Sá Couto, a comitiva sueca assistiu a uma apresentação sobre a perspectiva industrial dos projectos

educacionais e fez uma visita completa à fábrica onde se produzem os portáteis. Terminada a visita, o grupo foi, ainda, convidado a conhecer umas das escolas da região, onde os computadores portá-

“épico, literalmente” the sims medieval Francisco Vieira dmvieira04@hotmail.com

The Sims Medieval é a mais recente aposta da Electronic Arts na saga The Sims. É um exclusivo para Windows e Mac e foi lançado para o mercado no fim de Março. O motor de Sims Medieval é o mesmo de Sims 3. No entanto, Sims Medieval

é um pouco diferente dos seus congéneres pois pressupõe uma jogabilidade mais profunda, sendo que o jogo desenvolve-se através de quests, sendo o objectivo do jogador construir o seu reino na era medieval. Tudo isto torna Sims Medieval mais um jogo RPG do que propriamente uma simulação da vida real (medieval). Acrescentando à componente RPG do jogo existem também uma espécie de classes, ou melhor, profissões. Destas “classes” destacam-se Monarca, Bruxo, Espião, Padre, Ferreiro, Físi-

cos, Mercadores, Cavaleiros e Bardos, cada um com as suas diferentes tarefas e habilidades. Sendo o principal objectivo do jogo desenvolver o reino, o jogador terá de fazer algumas escolhas, ao estilo Dragon Age / Mass Effect, como por exemplo, se o reino aspira a popularidade ou riqueza. Esta escolha afectará as missões do jogador, existindo diversos blocos de quests conforme as nossas escolhas. No fundo Sims Medieval é um novo Sims, apesar de diferente, com uma faceta de RPG mas

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teis são utilizados em ambiente de sala de aula. São já muitos os países que se têm mostrado interessados no computador Magalhães, como a Argentina, a Venezuela, o Uruguai e a Hungria.

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Regresso divertido da saga Sims como todos os seus predecessores, muito divertido.

Site Oficial: http://www. ea.com/the-sims-medieval PUB


VAÇÃO

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twittadas ana lopes ana_lopes91@hotmail.com

Mentira da Google torna-se realidade Como mentira do 1 de Abril a Google decidiu lançar um vídeo que mostrava que o seu serviço de correio electrónico Gmail Motion poderia ser comandado por meio de gestos simples. Recorrendo a um vídeo onde mostravam o testemunho de alguns “especialistas” no assunto, inspiraram a equipa MxR Lab da Universidade da Califórnia que pôs em prática este sistema de controlo de email. Tendo sido desenvolvida pelo Institute for

Creative combina a solução primeiramente criada de Flexible Action and Articulated Skeleton Toolkit (FAAST) e o sensor desenvolvido pela Microsoft para os jogos da Xbox. Português tem um dos mais interessantes Twitter do mundo A revista “Time” publicou uma lista das 140 pessoas mais interessantes do Twitter e, entre elas, surge José Afonso Furtado, director da Biblioteca de Arte da Gulbenkian, na categoria de notícia. A revista considera que o bibliotecário “transporta a sua paixão não adulterada pelos livros para a twitteresfera”. José

LIFTOFF AAUM www.liftoff.aaum.pt

Liftoff informa: FINICIA Financiamento

Afonso Furtado surge na 50ª posição, depois de Justin Bieber, numa lista onde estão presentes nomes ilustres como Lady Gaga, Homer Simpson, Conan O’Brien e Sarah Palin. O nome do professor da Universidade de Lisboa aparece lado a lado com grandes twitters informativos como a CNN.

Sites infectados atraem vítimas com vídeos Os vídeos e a multimédia são os principais conteúdos usados para atrair os astronautas para sites infectados com malware, segundo um estudo da Panda Labs.

Tipologias de projecto Eixo “Zero” Destinado a resultados de investigação ou projectos em fase de prova de conceito de alta e média tecnologia para passar ao mercado por via da criação de empresa ou de li-

Os dados revelados pela empresa referem-se aos sites bloqueados, sendo que 25 por cento destas páginas usavam este tipo de conteúdo. Os sites tentavam persuadir as pessoas a fazer actualizações nos seus computadores, de modo a cometer cibercrime. O relatório revela ainda que os três sites mais bloqueados tinham origem no Brasil e usavam vídeos alusivos ao sismo no Japão e ao despedimento de um polícia para chamar os cibernautas. Portáteis com sistema operativo da Google lançados no Verão Os primeiros computadores

cenciamento industrial. Acesso a participação de capital de risco até 300mil euros e máximo de 3 anos de desenvolvimento do projecto. Eixo I Destinado à criação de empre-

portáteis com o sistema operativo da Google, o Chrome OS, poderão chegar ao mercado no próximo Verão, segundo o portal Pocket-lint. O portal notícia que a Google lançará os primeiros portáteis com Chrome OS no segundo trimestre deste ano. A empresa estará em negociações com alguns fabricantes como a Samsung e a Acer, bem como com alguns revendedores de modo a preparar a chegada ao mercado do sistema operativo. Segundo o site Digitimes a Acer, a Asus, a Sony e a Samsung serão as primeiras marcas a lançar este sistema operativo.

sas ou a PME existentes com actividade iniciada, que apresentem projectos com uma elevada componente inovadora e potencial de crescimento. Acesso a participação de capital de risco até 1 milhão de euros ou, combinado de capital de risco e de crédito suportado em garantia mútua.

O FINICIA é um programa que facilita o acesso a soluções de financiamento e assistência técnica na criação de empresas, ou em empresas na fase inicial do seu ciclo de vida, com diferenciadores, próximos do mercado ou com potencial de valorização económica.

Objectivos - Facilitar o financiamento de negócios emergentes e empresas de pequena dimensão; - Desenvolver o sector informal de capital de risco, incentivando as redes de agentes de empreendedorismo; - Favorecer dinâmicas de empreendedorismo e inovação; - Contribuir para a fluidez na transferência de conhecimento dos centros de saber para as PME; - Participar em acções de consolidação da estrutura empresarial de base local;

Beneficiários O FINICIA Jovem, resultante de uma parceria com o Instituto Português da Juventude, apresenta condições especiais para jovens até aos 35 anos e destina-se a empreendedores e a PME em fase de arranque;

>21 MARÇO ‘11 Entrepreneurship Day@AAUMinho

>09 de ABRIL ‘11 > 12 de ABRIL ‘11 “Conferência Vocacio- Início Curso “Inteligência nal2011” Emocional” Braga

> 23 a 26 de MAIO ‘11 Feira de Saídas profissionais e Empreendedorismo

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CULTURA GINÁSIO’UM no ginásio’um apenas se exige exercício mental DR

À entrada da Escola de Arquitectura, logo após transpor a entrada, do lado direito, há uma galeria de arquitectura, chamada Ginásio’um. Pode não parecer, mas ela está lá. Um sonho concretizado de dois arquitectos e professores da escola, para ajudar os alunos de arquitectura a entenderem melhor a arquitectura. Fomos espreitar. José Reis jose.reis@rum.pt

As ideias feitas que os arquitectos são pessoas “cinzentas e demasiado formais” e que a arquitectura, enquanto disciplina, “é uma coisa chata e pesada” podem cair por terra dentro de poucas horas (ou pouco minutos, depende dos sítio onde lê o jornal a esta hora). Pelo menos, para aqueles que quiserem combater estas ideias pré-concebidas e formuladas sem fundamento real, há um local ideial para se perceber que, afinal, a arquitectura pode – e é – tudo aquilo que nos rodeia e que se deve ter uma “opinião sobre o desenvolvimento e sua definição”, diz-nos Bruno Figueire-

do. O ginásio’um é uma nova galeria da Universidade do Minho, em Guimarães, dedicada, em exclusivo, à exposição e explicação do processo de se fazer arquitectura – e uma não surge indissociada da outra. Um local pouco maior que uma sala de estar de um qualquer apartamento T1, onde 20 pessoas (não muito mais) chegam para encher a sala. Nas paredes, rascunhos e projectos de mobiliário, visões e perspectivas de uma casa, linhas e cruzamentos de pensamentos. Os dois arquitectos responsáveis dizem-me que é “o projecto da Casa Paulo Pires, da autoria do arquitecto Manuel Botelho”, situada em Lamego. Tudo, afinal, pode ser simples de perceber. Basta paciência e vontade.

Exercícios expositivos O primeiro passo na dinamização da sala foi da responsabilidade do núcleo de Desenho da universidade – “esteve para ser a papelaria [e a placa identificativa ainda está à porta], mas acabou por se transformar em espaço de exposição”. Há cerca de dois/três meses Bruno Baldaia e Bruno Figueiredo, arquitectos e professores da escola da disciplina na UM pensaram em expor, de igual forma, mas com enfoque na arquitectura. “Queríamos potenciar a exposição de exercícios de arquitectura, sentiamos a dificuldade que era, para os alunos, algumas matérias e algumas disciplinas”, explica-nos Baldaia. E assim decidiram prover a escola de um espaço expositivo. Mas, mais do que isso, um espaço de partilha de experiências. Assim nasceu o ginásio’um, convenientemente apelidada de “Galeria e Arquivo Digital de Exercícios de Arquitectu-

Ginásio’um serve de local de exposição e discussão de projectos de arquitectura

ra da UM”. “Queremos dar a conhecer o que se faz através de encontros com as obras e o artista”, revela Figueiredo. E o nome da galeria tem uma explicação lógica: “chamamos ‘ginásio’ porque reparamos que a escola não tinha um ginásio. Tinha cantina, mas não tinha um ginásio”, ri Baldaia, logo seguido pelo outro responsável: “até porque o ginásio, antigamente, era onde se

aprendiam as diferentes matérias. Por isso faz sentido”. Com porta aberta a todos os interessados, a galeria expõe o projecto de Manuel Botelho até ao final desta semana. Depois... Bem, depois é uma incógnita. “Este carácter surpresa é fundamental para nós. Não dar a ver o que se está à espera”, conclui Baldaia. Uma galeria de arquitectura que é tudo menos “cinzenta” e “chata”.

CD RUM

sangue, suor e revolta!

PEDRO PORTELA info@dominiodeuses.org

Depois de se terem apresentado em 2009 com «A Fish Hook An Open Eye» e criado uma reputação de não-alinhados, estão agora de regresso com o álbum Shilpa Ray and Her Happy Hookers «Teenage and Torture», marcando este arranque de ano com um disco excitante e corrosivo. Feito de inspiração e suor, este é um disco que se diverte a lançar estrondosos meteoritos rock contra cenários nocturnos

de blues de garagem, deixando que as guitarras uivem excitadamente por cima de hammonds esgazeados e ritmos desenfreados. E depois há Shilpa Ray, que tem uma voz que parece possuída pelos mais tempestuosos demónios e trata de desancar em tudo o que mexe em redor, numa atitude de confronto directo que tudo deve à desesperança punk. O tipo de rapariga que poucos se orgulhariam de ter como nora, mas que tem tudo para criar uma reputação de culto no circuito alternativo. Fervilhante do princípio ao fim, «Teenge and Torture» é

um detonador de longo alcance que não pode deixar ninguém indiferente, entre gritos de revolta descontrolada e a mágoa de uma vida despedaçada que, transformados em música, ganham um poder agitador irresistível.

Shilpa Ray And Her Happy Hookers Teenage and Torture CD 2011 Knitting Factory

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RUM BOX

AGENDA CULTURAL

TOP RUM - 14 / 2011

BRAGA

08 ABRIL

12 ANNA CALVI Suzanne & I

1 GUTA NAKI Novo mundo

13 BLACK KEYS, THE Everlasting light

2 ARCADE FIRE The suburbs

14 NOISERV The sad story of a little town

3 PJ HARVEY The words that maketh murder

15 JOAN AS POLICE WOMAN The magic

4 RADIOHEAD Lotus flower

16 LONG WAY TO ALASKA United colors of patapon

5 KILLS, THE Satellite

17 LUÍSA SOBRAL Not there yet

6 B FACHADA Questões de moral

18 PATRICK WOLF The city

7 PEIXE AVIÃO Um acordo qualquer

19 BUNNYRANCH No crime scene

8 PZ For sure

20 MÃO MORTA Estância balnear

9 MÁRCIA Cabra-cega

POST-IT

MÚSICA 15 e 16 de Abril XXI Fitu – Bracara Augusta Theatro Circo CINEMA 14 de Abril Radiation – Teatro Polaco de Toronto Theatro Circo De 12 a 16 de Abril Olhar Ver Filmar – Oficina de Realização Theatro Circo

11 MAZGANI Beggar’s hands

MÚSICA 17 de Abril Lauda Sion – Felix Mendelssohn – Música Coral Sinfónico Casa das Artes

MÚSICA 16 de Abril Pedro Abrunhosa CCVF 16 de Abril Tributo a Michael Buble São Mamede

BARCELOS

FAMALICÃO

MÚSICA 15 de Abril Foge Foge Bandido Subscuta

TEATRO 16 de abril OTELO, de W. Shakespeare, pela ACE/Teatro do Bolhão Casa das Artes

LEITURA EM DIA 12/4 - Conspiração 365 de Gabrielle Lord, Ed. Contraponto. Um romance por mês, adrenalina pura garantida, um entusiasmo literário para jovens, e para todos que adoram a leitura

11 Abril > 15 Abril 10 ONE MAN HAND Red lighthouse

GUIMARÃES

SMIX SMOX SMUX - Quantas Vezes Já THE SHOES - Wastin’ Time GOMEZ - Options

13/4 - O Meu Amigo de Marisa Pott, Ed.Babel. Novos autores portugueses, a literatura infantil portuguesa no seu melhor e os jovens leitores encontram uma grande “estória”. Obrigatório.

15/4 - E o Burro viu o Anjo de Nick Cave, Ed. Alfaguara. A estrela pop dos Bad Seeds e Grinderman e as suas aventuras literárias - grandes aventuras, diga-se. De leitura compulsiva.

14/4 - A Rapariga dos Lábios Azuis de Francisco Duarte Mangas; Ed. Quetzal. Um romance depurado, poético, de um romancista português.

Para ouvir de segunda a sexta (9h30/14h30/17h45) na RUM ou em podcast: podcast.rum.pt Um espaço de António Ferreira e Sérgio Xavier

pelas “queimas” do país RAFAELA PEREIRA rafaelalrpereira@hotmail.com

As queimas das fitas, a grande festa dos estudantes, ocorre entre o mês de Abril e o mês de Maio de 2011. Pelas várias universidades do país celebrase o fim do percurso académico, sempre com muita música e boa disposição. O cartaz do Enterro da Gata já foi oficialmente divulgado, mas tal como tem acontecido nos últimos anos, a Queima das Fitas de Coimbra, Lisboa e Porto também prometem. Para além dos cortejos, serenatas e eventos desportivos, as associações académicas, apostam na música para alegrar as longas noites da Queima. Quim Barreiros e Xutos e Pontapés conti-

nuam a ser presenças assíduas nas semanas académicas. A Queima das Fitas de Coimbra 2011 decorre entre 6 a 13 de Maio, no Parque da Canção. O primeiro dia, sexta-feira dia 6, conta com a presença em palco de Editors, Deolinda e Black Bombaim. No dia 8, estão confirmadas as presenças de Plapla Pinky, Coisas Lindas & Cheirinhos, Hi-Fi e Quim Barreiros. Diabo na Cruz e David Fonseca actuam no dia 11, mas não são as únicas bandas portuguesas confirmadas para animar as noites da Queima das Fitas de Coimbra, já que The Gift e Mind da Gap actuam no dia 12 de Maio. No último dia, sexta-feira 13, ainda só está confirmada a presença dos James.

O cartaz da Queima das Fitas de Lisboa tem, ainda, poucos nomes confirmados. A semana académica começa no dia 9

e termina no dia 15 de Maio, no Parque das Nações. Até ao momento, Edward Maya é o nome destacado no dia 12. Emir KusDR

Por todo o país estas festas são momento alto de um ano lectivo

turica & The No Smoking Orchestra e Booka Shade são as bandas confirmadas para alegrarem a noite académica no 14 de Maio de 2011. A Federação Académica do Porto (FAP) ainda não divulgou oficialmente o cartaz da Queima das Fitas de 2011. Contudo, sabe-se que decore entre 1 e 8 de Maio no Queimódromo do Porto e que estão confirmados oficialmente o Dj Overule, a banda Xutos & Pontapés, MGMT e Suede. O cartaz será divulgado pela FAP, no dia 13 de Abril. Ainda assim, entre 6 e 14 de Maio a festa é em Braga, mas pode-se sempre tirar partido da boa música e disposição, que as várias queimas das fitas têm para oferecer.


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DESPORTO

bracarenses vencem e aproximam-se da subida EDUARDO RODRIGUES e_du_rodrigues@yahoo.com.br

A formação do SCBraga/ AAUM recebeu, no passado sábado, a complicada equipa do Boavista, numa partida referente à 21ª jornada do Campeonato Nacional. Apesar das dificuldades, o conjunto do Minho triunfou pela margem mínima (1-0) e deu um grande passo para alcançar a subida de divisão. De uma maneira geral, ao longo do encontro, ambas as equipas tiveram diversas oportunidades para marcar. O SCBraga/ AAUM assumiu, claramente, o comando do jogo e dispôs de uma elevada percentagem de posse de bola. Por outro lado, os visitantes criaram perigo através das iniciativas indivi-

duais dos seus jogadores. O golo bracarense ocorreu no minuto 17´, na sequência de uma excelente acção individual de André Machado. Mas, antes disso, o guarda-redes Pli já havia dado o seu contributo, com defesas de elevado grau de dificuldade. Na segunda metade, os visitantes voltaram mais determinados e dispostos a dar a volta ao resultado adverso. No entanto, os minhotos estiveram muito coesos no capítulo defensivo e conseguiram manter a vantagem até ao final. É de realçar o apoio, mais uma vez incansável, dos adeptos bracarenses, que encheram o pavilhão universitário e apoiaram a equipa do primeiro ao último minuto. Os minhotos permanecem isolados na 1ª po-

antevisão cnu’s CARLOS REBELO c.covasr@gmail.com

A cidade universitária de Coimbra recebe de 11 a 15 de Abril, os playoffs e as fases finais dos Campeonatos Nacionais Universitários (CNU’s), no momento mais aguardado do calendário desportivo e competitivo universitário. Nestes CNU’s foi apresentado um cartaz cultural na passada quarta-feira, dia 6 Abril na cidade dos estudantes. Trata-se de uma iniciativa que “pretende dar a conhecer aos atletas, vindos de várias partes do país, a cultura coimbrã, bem como o espírito académico da cidade dos estudantes”, informa

um comunicado da Associação Académica de Coimbra (AAC). O programa conta com actuações de várias tunas e fado ao longo dos dias, assim como uma exposição de pintura, juntando, desta forma, a cultura ao desporto. No plano desportivo as equipas da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) têm vindo a preparar-se para o evento, e das várias modalidades colectivas presentes nos CNU’s da AAUM, destacam-se, ainda sem derrotas nos torneios universitários desta época desportiva, o andebol masculino e voleibol feminino, ambos grandes favoritos à vitória dos CNU’s das suas respectivas

DR

Bracarenses vencem e cimentam a liderança sição, com 48 pontos ganhos. A 2ª colocada, a Académica de Coimbra, perdeu nesta jornada frente ao Chaves Futsal e encontra-se agora a 5 pontos do SCBraga/AAUM.

Na próxima jornada, os bracarenses visitam a formação do Póvoa Futsal, que está no 5ª posto, com 35 pontos. A partida realiza-se no domingo, dia 17 de Abril, às 17h30.

Faltam apenas 5 jogos para o término da época e duas vitórias garantem, matematicamente, a presença da equipa em 2011/2012, na I Divisão Nacional.

modalidades. Enquanto o andebol masculino procura o seu quarto título consecutivo, no voleibol feminino o objectivo é serem penta-campeãs, ou seja, domínio da AAUM nestas duas modalidades nos últimos anos no panorama do desporto nacional universitário. Na modalidade de futsal, a equipa masculina tem o objectivo de revalidar o título conquistado em 2010, mas a concorrência é forte, tendo várias equipas ao mesmo nível e todas com uma certa legitimidade para lutar pelas medalhas. Já no feminino a situação é idêntica, com a AAUM a aparecer “rejuvenescida” e com vontade de conquistar novamente o título que conseguiu no ano de 2006. Esta modalidade, tan-

to no feminino como no masculino, é a que apresenta um grande grupo de equipas capaz de lutar pelas medalhas e onde o nível entre várias equipas é equilibradíssimo, esperandose, portanto, jogos de grande intensidade e equilíbrio onde a vitória poderá “cair” para qualquer lado. No hóquei em patins e basquetebol masculino, estas duas equipas conseguiram trazer em 2010 a medalha de bronze e perfilam-se para puder repetir ou fazer ainda melhor que no ano transacto. O basquetebol ainda terá de participar na fase playoff, onde se espera que os minhotos consigam ultrapassar as equipas do ISMAI e AAUMadeira. Outra modalidade que também terá que par-

ticipar nos playoffs é o voleibol masculino. Também decididos a passar esta fase, os minhotos irão fazer tudo ao seu alcance para chegarem à fase de grupos e depois continuarem a dar o seu melhor na tentativa de obter uma medalha. Já na modalidade de futebol de 11, após alguns anos sem a presença nos três primeiros lugares, a equipa minhota aparece com vontade de acabar com esse “jejum” e retomar a conquista das medalhas. Por fim, na modalidade de rugby de sevens feminino, estreante nestas andanças, espera-se que as atletas minhotas dêem o seu melhor e conseguiam algumas surpresas durante o CNU desta modalidade.


TIAGO SOUSA Vera Marmelo

Vera Marmelo

Vera Marmelo

Esta semana o convidado da Burning List é o músico Tiago Sousa. Por entre a criação de uma das pioneiras netlabels portuguesas, a participação em diversas bandas independentes e o seu trabalho a solo, é alguém que vem construindo, ainda que de forma quase despercebida, um dos mais sólidos corpos de trabalho em termos musicais, estéticos e conceptuais. Dono de uma cultura musical assinalável, revela um gosto pelo piano e a música clássica, pela literatura norte-americana e pelo orientalismo. Vamos ficar a conhecer um pouco melhor o talento e os gostos deste jovem compositor português. Segunda: Lou Harrison - Threnody for Carlos Chavez, for Viola & Sudanese Gamelan (1978) Este compositor faz uma síntese interessante entre aquilo que é a música tradicional vinda da zona asiática com a música europeia… normalmente a música de tradição europeia é escrita e a música de tradição oriental é mais improvisada, mais espontânea. Ele “casa” estes dois universos, aproveitando aspectos da música oriental como os quartos de tom e as desconstruções rítmicas, e isso sempre me fascinou. Terça: Fernando Lopes-Graça - Acordai! (Marchas, Danças e Canções – próprias para grupos vocais ou instrumentos populares, 1946) ÉEu discordo um pouco do Lopes-Graça, que acreditava que a cultura era uma forma da emancipação do povo - eu acredito mais que a cultura é um espelho da sociedade, uma forma

de nós podermos auscultar qual era o pensamento de um determinado povo, de um determinado contexto social, numa determinada época, sendo que isso é completamente transversal ao longo dos séculos. Assim, não vejo a cultura tanto como uma forma de educação mas sim como uma forma de nos expressarmos. Quarta: Sergei Rachmaninov - Sonate para Violoncelo e Piano em Sol Menor, Op. 19. 3º movimento - Andante (1901) O romantismo enquanto movimento é uma influência no meu trabalho, mas não no seu lado saudosista, do “homem sofredor” que arca nos ombros com o peso do mundo. Aprecio mais a dimensão da evocação da beleza e o encontro de um certo “existencialismo nessa beleza.Estas são duas questões que me tocam emocionalmente, estão muito próximas e fazem-me “vibrar”. É, no fundo, a grande magia da música. E o romantismo acaba por estar sempre evocado [na sua música], embora não me enquadre em qualquer espectro da música erudita. Quinta: Claude Debussy - La Plus Que Lente, Valsa para Piano ou Orquestra (1910) Esta escolha tem, mais uma vez, a ver com a questão da referência. O Debussy será sempre um dos “mestres” na sua “arte”. Primeiro porque ele trouxe inovações bastante importantes, como a atonalidade, que viria a ser um dos paradigmas musicais do séc. XX. Depois porque con-

sidero que ele tinha uma capacidade incomum de colocar a harmonia sempre “um passo à frente”, descontraindo-a o mais possível e tornando-a uma coisa não palpável, não previsível, e isso influencia-me muito. Sexta: George Ivanovich Gurdjieff / Thomas De Hartmann - Assyrian Women Mourners É um tema bastante recorrente, embora não transpareça muito na música que faço. O Gurdjieff, para além de fazer a síntese entre a música oriental e a música ocidental, é também filósofo e ensaísta. Está ligado a um certo misticismo e espiritualismo contemporâneos, e no caso dele, está muito focado na questão da consciência do próprio. Para conseguirmos ter uma sociedade mais igualitária e saudável temos primeiro de investir no indivíduo e voltarmo-nos para nós próprios, para nos compreendermos como seres humanos.



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