Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 171 / ANO 6 / SÉRIE 3 QUARTA-FEIRA, 23.MAI.12
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EDIÇÃO ESPECIAL: ENTERRO DA GATA ‘12
FICHA TÉCNICA 23.MAI.12 // ACADÉMICO
EM ALTA
NO PONTO
EM BAIXO
Enterro da Gata ‘12 Terminou aquela que será a semana memorável para grande parte dos estudantes minhotos. Muitas foram as horas de diversão, muitas foram as conversas com amigos, muitos foram, também, os delírios partilhados. O Enterro da Gata marca um ano e a edição deste ano não fugiu à regra. Os pormenores cabe ao tempo julgá-los e colocá-los na balança para decidir se foi, ou não, o melhor de sempre! Mas o esforço esteve lá, certamente.
Atropelamento de alunas Não era este o final de noite esperado. Duas estudantes, certamente divertidas, acabavam de chegar do recinto. Até aqui, tudo normal. O que aconteceu de seguida é que merece ser lamentado. Um carro desgovernado atropela as duas colegas e deixa-as num estado muito crítico. Bêbedo ou não, a alta velocidade ou devagar, não interessa. Duas estudantes estão mal e o seu futuro pode ficar hipotecado. Isso sim é para recordar, infelizmente.
Reitor ausente do cortejo Estar ausente do cortejo é, por si só, um ato de lamentar por parte do reitor. Como tal aconteceu ficará para análise dos que sabem o que se passou no Nogueira da Silva. Agora virem jornais, em jeito de encomenda, justificar a ausência de António Cunha, sublinhando uma hipotética visita ao estrangeiro durante aqueles dias é que me parece demasiado escusado. A não ser que o mesmo seja omnipresente, mas dúvido.
SEGUNDA BARÓMETRO PÁGINA
FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // Quartafeira, 23 Maio 2012 / N171 / Ano 7 / Série 3 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // REDACÇÃO: Adriana Couto, Alexandre Rocha, Ana Lopes, ana Pinheiro, Ângela Coelho, Bruno Fernandes, Carlos Rebelo, Cátia Alves, Cátia Silva, Daniel mota, Daniela Mendes, Eduarda Fernandes, Fabiana Oliveira, Filipa Barros, Filipa Sousa, Joana Neves, José Miguel Lopes, José mateus pinheiro, Mariana Flor, Maura Teixeira, Miguel Araújo, Neuza Alpuim, Sara Pestana, Sónia Silva e Vânia Barros // COLABORADORES: Elsa Moura e José Reis // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: jornalacademico@rum.pt //TIRAGEM: 2000 exemplares // IMPRESSÃO: GráficaAmares // Depósito legal nº 341802/12
PÁGINA 03 // 23.MAI.12// ACADÉMICO
ESPECIAL ENTERRO DA GATA
reitoria de porta traçada ao arranque do enterro da gata fabiana oliveira fab.i@hotmail.com
“A Gata morreu” e, como manda a tradição, a noite de 11 de maio ficou marcada pelo Velório da Gata e as Serenatas, que deram início à semana mais esperada de sempre pelos estudantes da Universidade do Minho (UM), as monumentais festas do Enterro da Gata. Como acontece todos os anos, centenas de trajados esperaram pela chegada do caixão da gata à Estação de Comboios de Braga, trazido de “parte incerta” pelos Gorkas e a Opum Dei. O corpo da “bichana” foi velado pelas ruas da cidade, desde a estação até ao Largo do Paço, num percurso assinalado pela animação e vivacidade características dos grupos condutores. Contudo, ao contrário do sucedido nos dois anos anteriores, “a principal diferença é falta de comparência dos membros da reitoria”, numa tradição que “é uma das mais antigas tradições que mantém a diferença entre esta e as restantes academias do país”, comentou Benâncio,
da Opum Dei. A chegada à reitoria foi aplaudida por todos os presentes, que esperavam ansiosamente por este momento, e que no ponto de vista do membro da Opum Dei “são cada vez mais aqueles que comparecem e sentem que esta é uma noite especial”. Hélder Castro, Presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) abriu uma “tradição com mais de 100 anos”, incentivando os estudantes da academia a enterrar o insucesso escolar, primeiramente, com respeito e, de seguida, com divertimento. Apesar das portas da reitoria se encontrarem fechadas, o Presidente da AAUM destacou a presença do reitor entre a multidão, como convidado, já que considera que “este deve ser um ato apenas de estudantes”. Como representante de todos os alunos da UM, e conhecedor da importância deste momento nas vidas daqueles que iniciam e dos que vêm o seu percurso chegar ao fim, Hélder Castro assegurou que a AAUM preparou com o devido respeito
e sentido estas festividades, acrescentando que “como já tem sido hábito, este será o melhor Enterro de sempre”. A emoção foi notória em todos os rostos presentes: os caloiros que traçavam as capas pela primeira vez; os do segundo ano a um ano do final do curso e os finalistas, que vêm com orgulho a sua missão terminar e, ao mesmo tempo, sentem a melancolia das memórias Velório mistura humor, boa disposição e rituais fúnebres satíricos
passadas. No meio da multidão, Inês Rocha, estudante do 3º ano de Ciências da Comunicação, demonstrou que o valor das serenatas está também nos restantes acontecimentos, como é o caso da Imposição de Insígnias ou da semana de Enterro, acrescentando ainda que “o reitor devia aparecer, porque assim só se geram boatos. Aliás, esta não é uma atividade praxista, e sim
uma tradição minhota”. Abençoado pelo calor, e não pela habitual chuva, foi assim dado o arranque a mais uma monumental semana do Enterro da Gata. Catarina Navio, ex-aluna da Universidade do Minho, aferiu que, apesar de não se registar nada de diferente dos anos anteriores, foi importante a crítica feita à actual situação política e económica do país. WAPA
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PÁGINA 04 // 23.MAI..12 // ACADÉMICO
ESPECIAL ENTERRO DA GATA
“como o macaco gosta de bananas, eu gosto de braga” RITA MAGALHÃES ritasmaga@hotmail.com
José Cid, cabeça de cartaz do primeiro dia do Enterro da Gata’12, subiu ao palco já passavam das 2h da manhã. Bem-disposto e conversador, falou com o ACADÉMICO sobre a sua primeira vez no palco do Gatódromo e a importância de um público mais jovem nos seus espetáculos. No final do espetáculo, cantou para ao plateia “como o macaco gosta de bananas eu gosto de Braga” e fechou o concerto com a música “adios, adieu, auf wiedersehen, goodbye”. Como definiria a sua música? A música que eu faço não passa muito por baladas, mas sim por um estilo mais pop-rock, basicamente é um concerto com muita dinâmica. Quer dizer, eu nem quero fazer um concerto, porque os acho demasiado aborrecidos, mas quero fazer uma festa, quero que o público se divirta, até porque o pessoal do norte é todo muito alegre. É também muito importante referir que por trás de mim, há uma grande banda, uma super banda mesmo que me ajuda a fazer boa música. Qual é a sensação de ser cabeça de cartaz deste dia? Ai eu sou figura de cartaz? (risos). A sensação não é nenhuma em especial, porque eu já cantei em grande sítios como o New York Symphony Hall ou o Budokan no Japão…. O que me interessa a mim e à minha banda é que as novas gerações percebam que eu tenho
canções que as canto bem, que estou ali para eles, que não estou para dar “secas”. É muito importante para mim aos setenta anos ter um público transversal e que saiba que eu me entrego completamente em palco. Como é que se sente a atuar para um público tão jovem? Sinto-me sempre muito bem, porque as novas gerações participam muito nos meus espetáculos, porque AAUM
as novas gerações são muito inteligentes a ouvir música, aliás são muito inteligentes em tudo. Estive há pouco tempo também em Faro, onde fui extremamente bem recebido por cerca de 15 mil “miudagem”, todos a cantar as músicas comigo do princípio ao fim, aos saltos. Estive também numa latada em Coimbra num espetáculo extraordinário, quase inesquecível. E agora estou aqui
em Braga! Estou muito contente por estar cá, por ser, finalmente, a minha primeira nesta cidade. Requer uma preparação diferente o fato de tocar para jovens? Claro que sim, apesar de que a minha música sempre foi um pouco à frente da sua época e agora acaba por ficar atual. Eu não sei se hoje vou fazer rock progressivo ou rock sinfónico, só na al-
tura é que eu sei que tipo de música é que o público me vai “pedir”. Como devem saber, eu tenho um álbum chamado “Dez mil anos entre Vénus e Marte” que foi nomeado pela Q e pela Billboard para os cem melhores álbuns do Mundo em número cinquenta e sete, por isso toco um pouco de tudo dependendo da plateia que tenho à minha frente. Uma coisa é certa, eu tenho sempre uma forma diferente de interpretar a música, em relação ao disco. E quem assistir ao meu espetáculo vai ter que concordar comigo: mesmo que não gostem, vão puder confirmar que não há mentiras em palco, nem loops, nem vozes dobradas, nem coisas gravadas. O que se está a passar em palco, é o que o público está a ouvir, não há nada para enganar as pessoas como agora há muitas bandas a fazer. O som pode não sair completamente perfeito, mas é a verdade que está ali e isso é muito importante para nós. Ao pintar o quadro, sugerido pela Associação Académica da Universidade do Minho, também se associa a uma causa. Podemos esperar, mais vezes, este lado solidário de José Cid? Claro que sim. Eu faço o possível para ser solidário. Entre outubro e abril faço sempre muitos concertos solidários, que, por sinal, cansam tanto ou mais que um concerto grande, porque eu vou com um piano de baixo do braço para não trazer gastos acrescidos às organizações. Vou fazendo aquilo que posso e aquilo que me vão sugerindo também.
CAMPUS PÁGINA 05 // 23.MAI.12 // ACADÉMICO
ESPECIAL ENTERRO DA GATA xutos & pontapés retornam a braga com zé pedro aos comandos da guitarra FILIPA BARROS pipasgoth11@live.com.pt
mais recentes. Ainda assim,
não descoraram alguns dos
Mais uma vez, o gatódromo estava repleto de pessoas para mais um concerto de Xutos e Pontapés nas monumentais festas do Enterro da Gata. Este ano, contrariamente ao que tem mandado a tradição, a banda não actuou no último dia das festividades académicas, mas sim no segundo dia. Todavia, não foi, por isso, menos aplaudida pelo público, que contava com elementos de todas as idades, entre estudantes, pais e filhos. Novamente com Zé Pedro à guitarra, o grupo optou por dar mais enfoque aos temas
grandes e antigos êxitos que tornaram os Xutos e Pontapés uma referência para a música no panorama nacional. Estes novos trabalhos da banda demonstram uma marcada preocupação desta relativamente a realidades sociais no nosso país, como é o caso da corrupção, da depreciação de valores educacionais, e da crise em geral. Esta vertente mais interventiva e contrária à submissão social tem cativado os jovens estudantes, aos quais Zé Pedro pediu que não se deixassem acomodar com a actual situação do país, fazendo ainda uma breve referência ao movimento “Primavera Global”. Ainda,
este fez questão de agradecer aos fãs da banda pelo apoio incondicional pela sua recuperação. No ano anterior, Zé Pedro viu-se impossibilitado de subir ao palco com os colegas de mais de trinta anos de carreira, por problemas de saúde, tendo sido substituído por Tó Zé, ex-guitarrista do RAMP. Antes do fim, o guitarrista não pôde deixar de dedicar o concerto a um amigo desaparecido do Clube Fábrica, Bino Gomes. Parafraseando Zé Pedro, “Braga sempre nos apoiou imenso e ele acreditou em nós quando andávamos há anos a cantar ‘Contentores’ sem que ninguém nos desse uma oportunidade”.
são abariados, mas com neurónios Quem são os Neurónios Abariados afinal? Estivemos à conversa com eles depois do concerto que se realizou no sábado, 12 de Maio, no Enterro da Gata e tentamos descobrir um pouco mais sobre esta banda Minhota que completa este ano uma década de carreira. Este grupo é composto por seis elementos, todos eles antigos estudantes da Universidade do Minho, e de-
ram os seus primeiros passos na Azeituna. Em 2002 resolveram criar uma banda e tinham como grande objetivo tocar no Enterro da Gata (o que veio a acontecer em 2003). Quando compararm o concerto de hoje para o de 2003 disseram sem hesitar que antigamente o “pessoal era mais “abariado” e curtia mais (...) hoje em dia não se libertam tanto”, no entanto, consideram que o Minho é sempre muito festivo e que o espírito da banda permanece igual e deixam votos para voltarem a tocar no Enterro da Gata daqui a mais
dez anos. São uma banda que apoiam a 100% a música portuguesa e têm como grande referência musical António Variações, ao que em 2006 partiram para o projeto de fazer um Tributo a esse mesmo Senhor da música portuguesa, culminando num álbum de covers e originais, o “Abariações”. Por último, despediram-se com uma mensagem para todos os estudantes da Universidade do Minho para que estes “curtam os melhores anos da vossa vida porque isto não volta atrás e
os rapazes que se juntem à Azeituna e as raparigas que nos peçam serenatas que
nós cantaremos com muito gosto. Nós Amavo-mos!”.
Adriana Couto
RITA PETIZ ritapetiz@hotmail.com
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CAMPUS PÁGINA 06 // 23.MAI..12 // ACADÉMICO
ESPECIAL ENTERRO DA GATA the hives em entrevista
O que esperam do concerto? Esperamos que os miúdos fiquem malucos, como eles sempre ficam. Eles parecem gostar de fazer isso quando
Quais são as principais diferenças entre o novo álbum, Lex Hives , e o anterior? Existem grandes diferenças. O álbum anterior (the black and white album) tentava ser moderno, e penso que este tenta ser mais primitivo. O álbum anterior tinha uma performance de banda rock, era trabalhado por sintetizadores e computadores. Este utiliza mais saxofones, chocalhos e palmas. Sabem dizer algo na nossa língua? Sim. “Obrigado”, “some álcool”, é com isso que tens que ter cuidado lá fora.
Adriana Couto
Os The Hives subiram, no domingo, ao palco do Enterro da Gata. Antes do concerto, o ACADÉMICO entrevistou a banda sueca, que nos falou sobre o que era esperado do concerto e sobre o novo álbum. Howlin’ Pelle Almqvist, vocalista da banda, mostrou ainda que sabia algumas palavras em português.
nós tocamos.
Adriana Couto
MARIANA FLOR marianacostaf lor@gmail.com
crónica do concerto alexandre vale alexmvrocha@gmail.com
The Hives dispensam apresentações. O grande sentido de espetáculo da banda de rock sueca e a postura irreverentemente divertida do vocalista “Howlin” Pelle Almqvist conquistou públicos por todo o globo (tendo a banda marcado presença em Paredes de Coura, em 2009). Quando confirmados no Enterro da Gata, deu-se a euforia geral
e não demorou a se tornar o concerto mais esperado da edição deste ano. Passava pouco da uma da manhã quando a banda de garage rock entrou no palco. As expetativas do público estavam altas, muito altas. E foram todas cumpridas. Logo na primeira música, o público saltava freneticamente e a gritar como se não houvesse amanhã, ao som de rock acelerado, feroz e eletrizante. Deu para dançar, ir para a mosh e
para fazer crowdsurfing. A banda interagia bastante com a audiência, sobretudo através do seu carismático vocalista. Os momentos altos deram-se nos maiores sucessos da banda, “Walk, Idiot, Walk”, “Hate to Say I Tould You So” e “Tick Tick Boom”. A última música, cantada já no encore, envolveu Pelle Almqvist a pedir à malta presente para se sentar a seu pedido, para depois saltar efusivamente. Carlos Silva, um dos mem-
bros do público gostou imenso do concerto, destacando “a energia em palco” e “a interação com o público por parte do vocalista” como pontos positivos. “Espero que a Associação organize mais concertos deste nível”, concluiu. Já Vera Miguel, estudante de Direito, lamentou “o pouco tempo que durou” e que este “poderia ter sido mais longo”. No final do espetáculo, entoavam-se ainda os refrões das músicas, havia pessoas
que tinham as sapatilhas estragadas de tanto saltar e malta que ainda aguardava à beira do palco, com o fim de conseguirem alguns objetos da banda, desde palhetas a baquetas. A banda sueca elevou a fasquia para os concertos do Enterro e de certeza que vai deixar saudades aos estudantes universitários que puderam assistir. Pode-se dizer que The Hives não deram só um concerto. Deixaram uma marca.
we trust abrem caminho para the hives filipa sousa santos filipasantos_sousa@hotmail.com
Na noite de domingo, os We Trust foram a primeira banda a pisar o palco do Gatódromo. O grupo nacional teve a responsabilidade acrescida de abrir para um grande nome internacional, os suecos The Hives. Mas, nem por isso ficaram aquém das expetativas.
Apesar do recinto estar ainda um pouco vazio, os We Trust fizeram o público presente saltar ao som da sua música. O ponto alto do concerto foi quando tocaram o single que os lançou para as luzes da ribalta: “Better not stop”. A banda portuguesa tocou alguns temas do seu álbum de estreia “These New Countries” e animou os estudantes. “Entre o público e a banda era evidente uma grande
empatia. Por acaso, não tinha noção das suas capacidades, mas fiquei até um pouco surpreendida com a sua performance”, afirmou uma das espetadoras, Andreia Mandim. O vocalista do grupo português revelou em entrevista dada no fim do concerto que estava ansioso por tocar em Braga: “pois é uma cidade com uma ligação à música alternativa”. André Tentugal fez ainda um balanço
positivo da sua atuação, demonstrando vontade em regressar à capital minhota mais vezes. ‘’As bandas portuguesas não levam pessoas aos festivais. As associações académicas têm tido um papel importante em divulgar a música portuguesa”, salientou André Tentugal. No entanto, o vocalista acredita que “estamos na melhor fase de sempre da música portuguesa”.
Como já foi referido, os We Trust deram o primeiro concerto da noite precedendo os cabeças de cartaz, The Hives. A este respeito, o homem que dá voz a We Trust confessou ser uma tarefa “um bocado ingrata, pois trata-se de uma banda muito forte ao vivo e com muitos anos de experiência”. Ainda assim, André Tentugal considerou ter tido sorte e ser “um privilégio abrir para os The Hives”.
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INQUÉRITO que balanço fazes do enterro da gata? JOÃO PINHEIRO // SUB-COMISSÁRIO PSP
Para a Polícia de Segurança Pública esta edição do Enterro da Gata “foi calma e não teve incidentes que se possam considerar graves”, assegura o Sub-Comissário. O número de agentes no espaço era “sensivelmente o mesmo do ano passado”, salienta, dependendo dos dias da semana. Aos fins-de-semana, com maior afluência de pessoas de fora da universidade, aumentam também os números da segurança.
HELENA ALVES // CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO
Sendo a primeira vez que esteve no Enterro da Gata, Helena Alves considera que a semana foi “muito positiva” e que “são os amigos e a convivência” que a fazem deslocar-se até ao gatódromo. Quanto aos concertos considera que o melhor foi o dos The Hives. “Apesar de não ter sido o dia que mais me diverti, esse foi o melhor concerto”, diz a aluna de Ciências da Comunicação. Em termos estéticos, o cartaz estava “um pouco mais fraco que nos outros anos” diz Helena Alves, referindo que estava “muito confuso” e que “a AAUM devia investir num cartaz com uma leitura mais fácil”.
ANDRÉ PINHEIRO // vp RECREATIVO DA aaum
“O balanço é positivo e a AAUM está satisfeita com a afluência do público”, diz André Pinheiro. O responsável pelo evento considera que esta edição “correspondeu às espectativas”, tendo o tempo ajudado e nem na última noite, com a ameaça de chuva, a afluência desanimou a organização. André Pinheiro diz que “as pessoas ficaram satisfeitas com o cartaz”, apesar de terem ouvido “algumas críticas”. Os artistas mostraram o que valiam e alguns “surpreenderam, afirma. Em termos de segurança, o responsável pelo evento diz que este foi um ano “calmo”, sem incidentes de maior, graças a equipas de segurança “empenhadas”.
ÁGATA COSTA // GESTÃO
Na barraca de gestão as coisas estão “mais fracas que em anos anteriores”, diz Ágata Costa de Gestão, afirmando sentir a crise no negócio. “Apesar de o ambiente ser o dos outros anos, as pessoas têm menos dinheiro e por isso consomem menos”, diz a responsável pela barraca de curso. Das poucas vezes que não está a trabalhar, ágata assistiu aos concertos que ficaram aquém das espectativas, tendo sido “fraquinhos”.
maria joão / ENFERMAGEM
Esta foi a quarta vez que Maria João esteve no Enterro da Gata. A estudante de Enfermagem lamenta as escolhas para o cartaz. “Com tanto dinheiro em jogo podiam ter escolhido melhor”, afirma. Apesar disto a aluna do segundo ano diz que está a gostar do evento e do ambiente. Habituada a beber nas barracas, Maria João considera que os “seguranças” se limitam a “meter medo às pessoas”, não cumprindo a sua função. A estudante da UM diz já ter assistido a algumas situações de violência. “Um amigo meu foi assaltado”, conta.
ANA PATRÍCIA OLIVEIRA // ENSINO SECUNDÁRIO
“Teve um bom cartaz mas muito pouca gente”, diz esta aluna do Ensino Secundário quando questionada sobre a sua impressão acerca do Enterro da Gata. Ana Patrícia esteve dois dias no Enterro da Gata, para ver Xutos e Pontapés e os Booka Shade. Dos concertos que assistiu diz que os melhores foram “os Xutos, com certeza”. Agradada com o ambiente, entrar na UM é uma opção para esta jovem de 18 anos.
Juliana Leite / BIOLOGIA APLICADA
“Gostei muito do Enterro”, salienta a estudante de Biologia Aplicada. Juliana afirma ter vindo ao Enterro “sobretudo pelos amigos e pela convivência” uma vez que o cartaz não a agradou. Apesar de tudo, o dia que mais agradou a esta jovem foi o Domingo, com o concerto dos We Trust e dos The Hives. Voltar no próximo ano está nos planos da aluna da UM
TIAGO ALVES // ENSINO SECUNDÁRIO
Este não é o primeiro ano que o estudante da Escola Sá de Miranda vem ao Enterro da Gata. Na sua opinião “o cartaz podia estar um bocado melhor”. Tiago Alves afirma ainda vir ao enterro por causa dos amigos e que o ambiente depende dos dias. Quanto à segurança o jovem salienta que esta tem funcionado bem. O jovem de 18 anos costuma beber nas “barracas dos curso” e pondera ingressar na UM num futuro próximo.
ANA isabel lopes ana_lopes91@hotmail.com
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ESPECIAL ENTERRO DA GATA
mónica ferraz mostra o seu “lado mais selvagem” neuza alpuim neuzalpuim@sapo.pt
Segunda-feira, 14 de Maio, a sonoridade no Gatódromo oscilou entre o rock, a pop e o soul com Mónica Ferraz. A artista, em digressão desde Março, estreou-se no placo do Enterro da Gata na apresentação do seu recente álbum. “Golden Days” e “Go Go Go”, os dois singles que atingiram máxima rotação em duas das maiores
rádios nacionais, levaram o público estudantil ao rubro. Este foi um concerto que “superou todas as minhas expectativas”, confessou a artista, acrescentando que o público de Braga é “incrível, muito bom”. “Start Stop” foi o nome escolhido para o seu primeiro projecto a solo, onde Mónica se apresenta num registo completamente diferente, permitindo que o público conheça o seu “lado mais selvagem”, um lado nunca
explorado enquanto vocalista dos Mesa. O seu objectivo, há muito desejado, foi superado: “as pessoas estão a começar a ver o outro lado da Mónica que eu não conseguia explorar com os Mesa, mas aqui, felizmente, consigo mostrar aquilo que eu sou”, tendo mais liberdade para mostrar o seu próprio eu. O álbum, todo ele escrito e composto por Mónica Ferraz, é cantado apenas em inglês. A escolha das letras em inglês foi in-
tencional, “foi para não confundir”, uma vez que a cantora inicialmente fazia parte do grupo Mesa, pretendia libertar a associação do seu nome ao grupo do qual fez parte durante dez anos, “assim distanciamos completamente os dois projectos”. Os elementos da banda por detrás de Mónica Ferraz são, na sua opinião, muito importantes, “são meus amigos há muitos anos e é uma festa sempre quando estamos juntos a tocar”. No
futuro, a ex-vocalista dos Mesa, pretende continuar com o seu projecto a solo e em jeito de brincadeira confessou “Start, mas nada de Stop”. Divertida, a cantora, deixou um conselho aos estudantes da Universidade do Minho: “sigam para todo o lado”. Considerada uma das melhores vozes nacionais, Mónica Ferraz, prepara-se agora para cantar no Concerto Mais Pequeno do Mundo, no próximo dia 19.
ac para os amigos no palco do gatódromo Boss AC, cabeça de cartaz do Enterro da Gata, subiu ao palco na noite de segunda para mais um concerto no “Gatódromo”, na Alameda do Estádio Municipal de Braga. No final da atuação, o artista confessou ao ACADÉMICO que atuar no contexto do Enterro da Gata tinha sido “uma maravilha”. “AC para os amigos” é o nome do mais recente algum do rapper português. Um álbum que conta com a participação de Rui Veloso, Gabriel o Pensador, Raúl Reyes, Deborah Gonçalves e o grupo de gospel Shout. “Chamei ao álbum “AC para os amigos” porque logo aí dá uma certa proximidade com as pessoas”, acrescenta. Deste trabalho faz parte o sucesso “Sexta-feira (Emprego Bom Já)”. Lançado numa “data engraçada que não acontece todos os dias: 11/11/2011, às 11:11” refere AC, desmentindo qualquer tipo de superstição. AC diz-nos que a música Sexta-feira “fala de um momento difícil do país, mas de uma forma bem disposta, de uma forma positiva. E eu acho que a alegria que está no ar acaba por ser qualquer coisa de esperança”. O ACADÉMICO quis saber
se AC sentia que este tema o aproximou mais “daqueles que passaram tantos anos a estudar para acabar desempregados”. O artista respondeu e disse-nos que “obviamente que eu não excluo ninguém, mas acredito que as pessoas que se encontram nessa situação se identificaquem. Se calhar muito do sucesso da música tem haver certamente com essa identificação”. Acrescenta que “acredito que a identificação é uma das primeiras razões do sucesso da música”. Questionado acerca do balanço que faz dos anos de carreira, diz-nos que “o balanço tem sido obviamente positivo tem sido ascendente”. Mas alerta-nos para o facto de ainda ser cedo para responder a essa questão, “porque estar a fazer balanços agora parece que estou a arrumar as botas e não é obviamente o caso.” Boss Ac é, também, reconhecido pelas letras das suas músicas, ou pela polémica que geram. Porém, confessa-nos que o que pretende, acima de tudo, é dar a sua visão das coisas com consciência plena que não é dono da verdade, “não faço música para ser polémico, de forma alguma. Mas, digo as minhas verdades e às vezes há verdades que in-
comodam”. Diz-nos, ainda, que já se sentiu censurado, mas não crê que “seja uma censura assumida”. Garantiu-nos que “inclusive com o Sexta-feira já tive alguns dissabores”. AC considera-se um “gajo normal”, explicando-nos que a sua “única diferença para outra qualquer profissão é que eu tenho um lado mediático. Estou na televisão e faço concertos para milhares de pessoas. Mas, de resto acho que todos nós temos o nosso papel na sociedade.”
“Por ser uma pessoa normal sinto a crise como outra pessoa qualquer” declara o ícone do hip hop português. “Em crise, ou não, nós temos duas hipótese: ou baixamos os braços e resignamo-nos ou subimos as mangas e vamos à luta. E eu não tenho a mínima dúvida que a minha atitude é exactamente essa: a de ir à luta” responde-nos quando questionado sobre se é possível viver a vida neste teor de crise. Neste contexto, aconselha “tenho a certeza que se todos tivermos uma
atitude proativa (e quando digo todos, digo todos os portugueses) vamos dar realmente a volta à crise”. “Às vezes o Ângelo César tem raiva do Boss AC. Porque, o Boss AC é bem maior que o Ângelo César e às vezes o Ângelo César gosta de estar quietinho no seu lugar, mas o Boss AC não deixa” confidencia o Ângelo (verdadeiro nome do artista). AC conclui declarando que “é um orgulho, é uma honra poder ser reconhecido pelo meu trabalho”! Adriana Couto
neuza alpuim neuzalpuim@sapo.pt
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ESPECIAL ENTERRO DA GATA armandinho chamou os estudantes para a festa Armandinho, cabeça de cartaz, e um dos concertos mais esperados do Enterro da Gata deste ano, encheu o recinto do ‘Gatódromo’ e deu música durante mais de 1h30. Os estudantes minhotos cantaram e dançaram ao som de “Semente”, “Eu juro” e “Desenho de Deus”, os maiores sucessos do artista. Um concerto animado, onde não faltou alegria e muita proximidade com o público. Antes do espetáculo, falou ao ACADÉMICO e confessou “estar aqui na capital dos jovens, na capital da juventude, em Braga, é como se eu estivesse na capital da minha faixa etária”. O surf e o desporto estão muito presentes na sua vida, daí advêm a sua boa onda e, consequentemente, a sua onda jovem, que foram capazes de contagiar toda a academia. “Dentro daquelas quatro linhas (o palco) eu me transformo”, diz, o seu objetivo é divertir o público
e fazer a pessoas ficarem felizes. Na semana passada esteve também na Casa da Música, no Porto, e quando questionado sobre o tipo de preparação que faz para os seus concertos, Armandinho responde: “eu nunca tenho nada preparado, porque eu acho que tudo funciona junto com público (…), o público faz parte do espetáculo”. Não segue nenhum tipo de guião e acaba por deixar-se levar. Durante o concerto, convidou todos os presentes para não faltarem hoje à noite. Conhecido principalmente pelas suas baladas, o artista diz que todas elas fazem parte de algum momento da sua vida - “Todas as músicas são autorais, (…) as músicas do Armandinho são as músicas da minha vida e dos meus amigos” -, conta. Falou-nos ainda da sua experiência como músico e como é que o facto de ter feito parte de uma banda o ajudou a comandar o seu colectivo. Um concerto memorável, caracterizado pela mensa-
gem deixada pelo artista,
uma mensagem de muito
amor, paz e felicidade.
Adriana Couto
catarina hilário katarina-kosta@hotmail.com
cantando (com) soul, em língua portuguesa Adriana Couto
JOANA NEVES joana_neves15@hotmail.com
Com o gatódromo ainda a meio gás, mas cheios de vontade de mostrar o seu soul, os HMB subiram esta terça-feira ao palco do Enterro da Gata 2012. Nem o facto de o álbum de estreia da banda ser recente foi factor
inibidor para os estudantes minhotos, que vibraram ao som de músicas como “Talvez” ou do single mais conhecido “Dia D”. “ O balanço é muito positivo, o público aderiu apesar de não conhecer a maioria das músicas, fomos super bem recebidos, valeu muito a pena, estamos super satisfeitos, o
pessoal do norte está lá”, desabafa Joel Silva. Juntos desde 2007, só agora sentiram estar prontos para mostrar ao público os temas que têm vindo a compor. “O Héber é um músico de longa data do circuito evangélico e gospel, mas tinha uma série de reportório que não cabia naquele âmbito, portanto resolveu formar uma banda (…) O motivo para só agora sair é que só agora as canções estão prontas. Agora estamos prontos”, esclarece Frederico Martinho. Lançado em Março do corrente ano, o CD homónimo tem recebido óptimas críticas, fazendo já parte do top 20 de vendas nacionais. Após uma fase de indecisão na escolha do nome,
e da invenção à pressa da sigla HMB (Héber Marques Band), os artistas consideram que a designação até acabou por pegar, tendo-lhes valido algumas alcunhas peculiares como “Homens Muito Bonitos” ou “Homens Musicalmente Benditos”. “Já não vai a lado nenhum HMB. Vai ser como GNR ou UHF, ficou, vai para a história”, afirma Frederico. Agora que têm visto a sua notoriedade crescer, e percorrido o país para apresentar o seu reportório, a banda preparou uma surpresa para os fãs que queiram aparecer nos concertos “kitados”. Os acessórios com que os HMB têm subido ao palco estarão brevemente disponíveis a partir da sua
página oficial do facebook. Os artistas consideram que a sua estreia no Enterro da Gata fez de terça-feira um “dia D”. “Estamos num festival em Braga, com milhares de pessoas que, se calhar, nunca tiveram oportunidade de nos ouvir e nós, ainda mais, tivemos a oportunidade de mostrar a nossa música a essas pessoas. Os HMB mostraram-se igualmente sensibilizados com a iniciativa “Pintar um Mundo Melhor”, promovida pela Associação Académica da Universidade do Minho. “Nós temos muito esse sentimento de poder ajudar e, sabendo que vai servir para ajudar outras pessoas, estamos mais do que disponíveis”, esclarece Joel Xavier.
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ESPECIAL ENTERRO DA GATA medicina vence o cortejo académico carla serra carla_serra_3cdpovoa@hotmail.com
Este ano o cortejo teve como tema a “Gata Borralheira”. A escolha do vencedor teve como um dos critérios fundamentais a mensagem transmitida relacionada com a Política Educativa Nacional. A organização do cortejo apenas permite um carro por curso e a sua ordem fora previamente fixada. Neste dia de muito calor, às 14h iniciou-se este imenso des-
file de alunos a vangloriar o seu curso. Coube ao carro da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) iniciar este trajeto que se iniciou perto do cemitério de braga, terminando no centro da cidade de Braga. Com a participação de mais de cinquenta carros coloridos e enfeitados, era notório a grande imaginação e empenho dos alunos em demonstrar a grandeza do seu curso. Cada carro parou perante a tribuna onde se encontravam os júris do cortejo e enalteceu o seu
curso com o cântico que o representa. Caloiros e finalistas festejaram a olhos vistos dos seus familiares que se encontravam ao logo do trajeto. De acordo com alguns caloiros presentes este foi o seu primeiro cortejo e prometem repetir todos os anos pois o gosto pelo curso e o facto de pretenderem arrecadar o primeiro lugar e com ele um prémio monetário de 300 euros. Por outro lado os finalistas aproveitaram ao máximo este último marco importante das suas carrei-
ras académicas. Relembram os momentos que festejaram durante o seu percurso académico que deixaram saudades mas sentem-se preparados para o que a vida lhes espera. Pais presentes demonstram o orgulho pelos seus filhos que terminam mais uma etapa da sua vida e consequentemente “terão de enfrentar a dura e por vezes desanimadora procura de emprego”. Porém este tema è “temporariamente esquecido” e absorve-se a energia e os festejos do momento.
Coube ao cantor Emanuel anunciar, ao final da sua atuação no Enterro da Gata, o vencedor do Cortejo Académico 2012. Após algum suspense os vencedores foram revelados. Em terceiro lugar ficou o curso de Gestão, o segundo lugar foi atribuído ao curso de Enfermagem e o grande vencedor da noite foi o curso de Medicina. Apesar de não se sagrarem todos vencedores, isso não impediu os estudantes minhotos de festejarem a noite inteira.
REPORTAGEM PÁGINA 11 // 23.MAI.12 // ACADÉMICO
ESPECIAL ENTERRO DA GATA gatódromo dançou ao ‘ritmo do amor’ maura teixeira maura.cvt@gmail.com
Numa noite onde a música portuguesa foi rainha, milhares de pessoas encheram o Gatódromo, na Alameda do Estádio Municipal de Braga, para ver actuar Emanuel. O cantor de sucessos como “Pimba Pimba”, “Rapaziada, vamos dançar” e “O ritmo do amor” animou a noite de quarta-feira. “O balanço que faço do con-
certo é o melhor possível! É disto que eu gosto, e eu faço música para divertir. E todos os que estiveram aqui divertiram-se imenso. Foram um verdadeiro espectáculo. Portanto, saio daqui muito feliz”, confessou o cantor ao ACADÉMICO no final do concerto. Numa entrevista pautada pela boa disposição, o ‘Rei do Pimba’ conta que foi também um pouco a pensar nos estudantes que decidiu compor músicas com um estilo diferente da habitual
música popular: “Com estes novos ritmos consegui abranger um estado emocional com o qual os jovens se identificam.” Caracterizado por ser um homem humilde e ao mesmo tempo muito alegre, Emanuel compõe todas as suas canções com o objectivo de divertir e “fazer o corpo mexer para o prazer de dançar”. O cantor referiu ainda que há muita gente que menospreza o seu trabalho por ser uma onda mais ‘pimba’, mas também salienta que
sente que há cada vez mais pessoas que o valoriza. “Eu sou muito minucioso nas músicas, ao contrário do que se pensa. Ao longo dos meus 30 anos de carreira aprendi que a música que tem qualidade é aquela que usa as notas certas para comunicar emoções. E para conseguir passa-las através da música é necessário ter talento.” Relativamente à iniciativa ‘Pintar um mundo melhor’, o cantor mostrou o seu lado mais solidário e referiu que,
apesar de nunca ter pintado um quadro, ia dar o seu melhor pois esta era uma acção de grande valor. Quando questionado sobre os seus projectos para o futuro, Emanuel referiu que “O meu objectivo é continuar a trabalhar. Eu sou músico, esta é a minha vida. Vamos continuar nesta onda enquanto as pessoas se divertirem com isso. É para isso que eu trabalho. Eu sou um operário que faz a música que me agrada e agrada aos outros.”
kalhambeke actuaram pela primeira vez no enterro cátia silva catiaff_11@hotmail.com
O grupo Kalhambeke subiu, pela primeira vez, ao palco do enterro da gata, na noite que sucedeu o tão afamado cortejo. A banda de Paredes de Coura viu o público crescer à medida que tocavam. Eles que apenas tocam covers, puseram o público minhoto a saltar com a mú-
sica “O Pai da Criança” dos Chave D’Ouro e “Balada Boa” do Gusttavo Lima. Em entrevista ao ACADÉMICO confessaram já ter tido originais. A opção de tocarem apenas covers adveio da adesão das pessoas às músicas conhecidas, que eles próprios notaram. “É a melhor coisa do mundo tocar com e para os estudantes”, disse Nuno Pacheco, vocalista da banda. Envergando as insígnias que mostram o final de
mais um ciclo, os estudantes cantaram, saltaram e dançaram. A banda mostrou-se agradada com o público minhoto, e agradecida por estes se terem deslocado ao recinto mais cedo para os ouvir. Note-se que este foi o grupo que antecedeu a actuação do Emanuel. Andreia Moreiras, aluna da Universidade do Minho, confessou ser a primeira vez que vê a banda. “Gostei bastante da actuação deles. São muito divertidos, e num
dia como o de hoje, em que estamos todos cansados do cortejo, é bom ter bandas assim”. Eles que também foram convidados a pintar a tela do projecto “Pintar um mundo melhor”, que será posteriormente leiloada, disseram: “Devemos aproveitar estes momentos para chamar a atenção das pessoas para outras causas. É bom estarmos aqui a divertir-nos, mas temos que ter noção que há outras pessoas a passar ne-
cessidades.” Questionados sobre os projectos para o futuro, disseram que actuam, principalmente, nos bailes de verão em julho, agosto e setembro. Na restante “época baixa” fazem várias deslocações. No ar deixaram a vontade de poder voltar um dia e de sentir novamente o carinho das pessoas. Na sua opinião, eventos como o enterro da gata “criam condições” para bandas como a deles “poderem crescer mais”.
ESPECIAL ENTERRO DA GATA wonder, marley e gentleman nos sonhos de campbell DANIEL MOTA danielmotap@gmail.com
O maior artista de reggae music do momento em Portugal actuou pela primeira vez na Capital Europeia da Juventude e consequentemente no Enterro na passada quinta-feira, noite em que o “gatódromo” voltou a encher. Repleto de movimento e proximidade com o público o jovem artista português cantou algumas das suas faixas principais, Blame it on me, Missing You, entre outras.
Em declarações ao ACADÉMICO, após o concerto, Richie confessou, “não estava nada a espera, não tenho muita experiência nesta zona por ser diferente do que estamos habituados a tocar mas foi brutal, melhor que muitos sítios!” O jovem português falou da actuação em Outubro passado com o artista Italiano e um grande nome do reggae, Alborosie como um “grande marco na carreira”. Após questionado de qual a principal mensagem que transmite nas suas músicas, Richie esclarece
que “independentemente de onde vens, das hipóteses que tens, da sorte ou do azar que tens, somos todos pessoas e é importante nos divertirmos e falar das coisas por isso é que agora escolhi fazer um single mais interventivo do que fazer uma música sobre amor”. “Stevie Wonder, Bob Marley, Gentleman” entre outros são grandes inspirações do jovem cantor portugês com enorme potencial que admite “aproveitar mais do que uma pessoa que está aqui (a actuar) há 10 anos e espero que a sensação de
novidade nunca passe”. Em final de entrevista, deixa uma mensagem aos estudantes que considera importante, “trabalhem, estudem e venham para aqui e esqueçam-e dessas coisas
porque é deprimente aperceberes-te que passaste toda a tua juventude a pensar no que é que vai acontecer amanhã, está tudo a correr mal no mundo todo eu sei, mas divirtam-se, divirtam-se!”
souls of fire trazem o reggae ao enterro da gata Ana pinheiro anafilipapinheiro1@hotmail.com
Foi na noite de quinta- feira, 17 de Maio, que o reggae chegou e animou o Enterro da Gata, começando com a banda Souls of Fire. O grupo estava animado e com ótimas expectativas, contando que “temos ótimas expectativas para o concerto, costumam ser bons os concertos aqui”, “é a segunda vez que vimos cá. Já participamos na Queima do Porto e Coimbra, mas Braga é realmente especial”. Num ambiente descontraído e de “boa onda”, os Souls of Fire consideram
esta passagem pela semana académica bracarense um momento especial, sendo Braga a Capital Europeia da Juventude. “Os jovens têm muita energia, por isso queremos contribuir com essa mesma energia e com uma entrega total. Os concertos em ambiente académico são “mais enérgicos e existe um reflexo maior por parte das pessoas que estão a ouvir”. Já em relação à iniciativa “Pintar uma tela por um mundo melhor” a banda considera-a positiva: “é sempre bom haver iniciativas que juntam e que unem as pessoas e os conceitos universais”. Concluem dizendo, “façam isso uma tradição e que dure muitos
anos!” Os “Souls of Fire” formaram-se a partir de um grupo de amigos e já contam com dez anos de história. “Acima de tudo gostamos muito uns dos outros e formamos realmente uma família”. A banda acredita que agora se está a conseguir afirmar com estilo musical mais maduro e espera ter um ótimo feedback do público nesta nova versão dos Souls of Fire. Depois do primeiro álbum – “Comunicar” – lançado em 2006, veio o segundo “Subentender”– em 2009. O ano de 2012 marca não apenas os 10 anos da banda como também a saída do 3º disco – “Pontas Soltas”.
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ESPECIAL ENTERRO DA GATA aurea cativa plateia bracarense no encerramento do enterro E eis que chegou o último dia das Monumentais Festas do Enterro da Gata’12. Após 7 dias de muita folia e diversão, com eventos épicos que ficaram para sempre na memória dos estudantes como o Cortejo Académico no centro de Bracara Augusta, coube à sensação musical do ano Aurea e a Booka Shade, popular Dj de fama internacional, encerrar o evento da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM). Já passava pouco das 23:00 quando Aurea subiu ao palco do Enterro, pondo todos os presentes em êxtase com melodias sonantes como Busy (For me) ou o mais do que badalado “Okay Alright”. É importante relem-
brar que o seu albúm de estreia, Aurea, superou todas as expectativas, chegando até mesmo a destronar o cd da mítica banda Pearl Jam no Top de Vendas Nacionais Natural de Santiago do Cacém, a vencedora do Globo de Ouro na Categoria de Melhor Intérprete Individual confessou-nos que desde sempre se encontra “envolvida no espírito académico”, uma vez que aquando da sua entrada no curso de teatro na Universidade de Évora que “vivia com muita intensidade todas estas actividades, e actuar pela primeira vez em Braga traz muitas dessas memórias de volta”, releva a jovem cantora. Por outro lado, a jovem artista também realçou a necessidade de os jovens hoje em dia lutarem pelos seus sonhos, mesmo quando o nosso país “atravessa uma fase tão complicada”.
Quando confrontada com a iniciativa “Pintar por um Mundo Melhor”, Aurea fi-
cou entusiasmada com o facto de as receitas reverterem para Instituições de
Solidariedade, resumindo toda essa euforia com um “Altamente”.
Adriana Couto
JOSÉ MATEUS PINHEIRO jose_pinheiropr@hotmail.com
booka shade encerram semana de festa em braga Adriana Couto
Adriana couto drianascouto@gmail.com
Os alemães Booka Shade vieram a Braga encerrar o último dia do Enterro da Gata transformando a área junto ao palco numa gigante pista de dança. Walter Merziger e Arno Kammermeier formado no início dos anos 90 os Booka Shade com os quais lançaram quatro álbuns de originais. Actualmente a actuarem em formato DJ SET,
Booka Shade, em entrevista à Visions Mag, explicam que “É algo totalmente novo e excitante para nós. Tem que se fazer esse tipo de coisas de tempos em tempos para se manter a ouvir música com uma nova e fresca perspectiva.” Os autores de “In White Rooms” ou de “Night Falls” trouxeram a Braga o melhor da música electrónica transformando a zona envolvente do palco principal, numa verdadeira pista de dança. Presente no espectáculo, estava o DJ português Miguel
Rendeiro que na sua página pessoal de Facebook escreveu que “Braga apostou na qualidade”. Já João Goulão, fã de Booka Shade, concordou com Miguel Rendeiro e congratulou a AAUM dizendo que “Felizmente ainda há associações estudantis que acreditam e apostam!” Um último dia de Enterro da Gata que encerrou com qualidade e toda a animação que se pede numa festa académica, não desiludindo os presentes nem os próprios Booka Shade recebidos com casa cheia.
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ESPECIAL ENTERRO DA GATA recinto do enterro da gata é um espaço seguro Filipa barros jose_pinheiropr@hotmail.com
No Enterro da Gata, segurança é, sem dúvida, um elemento que se juntou à festa dos estudantes Minhotos. Logo à entrada dos autocarros que levam os estudantes até à zona exterior do estádio AXA, um elemento do grupo de segurança GIRPE revista os estudantes, proibindo desde logo o transporte de álcool. Já na entrada do recinto, depois de verificadas as pulseiras de acesso, todas as pessoas são novamente revistadas, criando-se uma fila para as mulheres e outra para os homens. De entre os objectos proibidos, lê-se num cartaz à direita, estão guarda-chuvas, bebidas, comida ou perfumes. Quando questionados, os agentes policiais e os elementos do grupo de segurança GIRPE,
garantem que não foram encontradas armas brancas. Quanto aos estupefacientes, a polícia afirma que é muito difícil efectuar esse controlo mas tudo se tem feito nesse sentido. Por todo o espaço onde decorrem as actividades, encontramos facilmente grupos de agentes em pontos estratégicos ou outros que se vão movimentando pelo recinto, sempre alerta e prontos a intervir. Também dentro das tendas de maior dimensão, como a tenda do Bar Académico, estão destacados elementos do GIRPE, bem como na zona onde decorrem os concertos. Aqui, quando a afluência de público é maior, como aconteceu na segunda-feira quando subiu ao palco Boss AC, os elementos chegam mesmo a misturar-se na multidão para prevenir mais de perto comporta-
mentos ilícitos. Ao longe, em cima do muro que delimita o lado esquerdo do gatódromo, podemos ver um elemento do grupo de segurança que faz assim um controlo estratégico daquela zona do recinto. Ao todo, o número de agentes da PSP destacados para o local ronda os 25, confor-
me o dia, e o número de elementos do GIRPE pode mesmo chegar aos 75. A coordenação entre as duas entidades é feita entre os comissários e tem funcionado em pleno. Os estudantes sentem-se seguros no recinto e encontram nas forças policias e de segurança não uma figura
de intimidação mas, pelo contrário, um elemento de apoio para qualquer eventualidade. No entender de um agente policial, o facto de não se terem verificado incidentes é prova de que a vigilância surte efeito e, o balanço feito pelas duas forças, é francamente positivo.
AAUM
azeituna pronta para entrar no guiness depois da beer race Ana clarisse abreu anaclarisseabreu@gmail.com
A Azeituna – Tuna de Ciências da Universidade do Minho realizou na passada noite de Sábado, dia 12 de Maio, no âmbito do Enterro da Gata, uma atividade cujo objetivo “era servir finos Super Bock gratuitamente, a troco de uma pintura azul na cara, ou nas mãos”, segundo um dos membros da
organização. Deste modo, a tuna pretendeu atingir um “novo record do Guiness para a Universidade do Minho”, tentando atingir “um máximo de 2000 finos”. A meio da noite, podia-se observar uma grande fila de estudantes junto da barraquinha da tuna, pelo que o total de finos servidos era de 796, constituindo um “número razoável”, mas, ficando a esperança de chegar ao número pretendido.
De acordo com o que foi hoje publicado na página do Facebook desta tuna, o record previsto foi atingido, ainda que com apenas 1422 finos. Filipe Silva, aluno de LTSI, foi um dos muitos estudantes que acedeu a esta iniciativa, considerando-a “divertida e original”. Desejou que a tuna conseguisse alcançar o seu objetivo, e que esta atividade “se repita por mais noites no Enterro”.
liftoff,
gabinete do empreendedor da AAUM
noticia...
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> 29 MAIO 12 Workshop “Cartas de apresentação / Motivação” - Guimarães
> 15 a 30 de JUNHO 12 “Liftoff Working Ideas”
Job Party 2012 na Universidade do Minho
ENCAIXA-TE
A Universidade do Minho recebe a 30 de maio a Job Party 2012. A iniciativa promovida pela Fórum Estudante está a percorrer 20 instituições nacionais de ensino superior. Trata-se de uma ação de formação de 1 dia onde são abordadas as temáticas da inserção profissional e a integração no mercado de trabalho dos jovens diplomados. Os temas a abordar passam pela criação de diferentes situações orientadas para ajudar os candidatos a melhorar as suas competências de comunicação e o seu desempenho perante uma
entidade recrutadora. O workshop é completamente gratuito para os estudantes que nele participem. O evento insere-se na Missão 1º Emprego da Fórum Estudante e inclui a distribuição gratuita do Guia do 1º Emprego. Participa! Data: 30 de maio de 2012 Local: Anfiteatro A5 - Complexo Pedagógico I em Gualtar Horário: 9h00 - 18h00 Participação gratuita
O Encaixa-te é mais um projeto da Capital Europeia da Juventude – Braga 2012 em parceria com o Liftoff – Gabinete do Empreendedor da AAUM. Este programa pretende transformar as lojas do centro do centro histórico de Braga num laboratório criativo, com a criação de uma bolsa de arrendamento, para instalar empresas criadas por jovens, que apresentem negócios inovadores, da área comercial, mas também, de serviços e indústrias criativas. Candidata-te ao programa até 8 de Junho. O concurso dirige-se a jovens naturais de Braga com idades compreendidas entre os 18 e os 35 anos.
> 20 JUNHO Workshop “Liderança”
imóvel durante seis meses, assim como, isentos do pagamento das taxas referentes à licença de construção, nas operações urbanísticas de reabilitação urbana. A análise dos projetos a concurso terá em conta critérios que visam beneficiar a originalidade, criatividade e inovação; a viabilidade técnica e económica assim como o perfil dos promotores e o potencial de mercado. O júri é composto pelo Hugo Pires (Vereador da C.M. Braga e Presidente do Conselho de Administra-
ção da FBA); José Mendes (Vice-Reitor da Universidade do Minho); Hélder Castro (Presidente da AAUM); Rui Marques (Associação Comercial de Braga); João Carvalho (responsável da reabilitação do Liberdade Street Fashion). O Liftoff encontra-se disponível para apoiar todos os interessados na elaboração das candidaturas. A divulgação dos vencedores será feita até ao dia 9 de julho.
Os vencedores ficam isentos de pagar o arrendamento do
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RUM BOX
AGENDA CULTURAL
TOP RUM - 20 / 2012
13 JORGE CRUZ - Entre iguais
BRAGA
14 WRAYGUNN Don’t you wanna dance
MÚSICA 24 de Maio Chrystel Wautier + Rope (Richard okkerse Proessive ensemble) Theatro Cirso
18 MAIO
1 BLACK KEYS, THE Lonely boy
15 DRUMS, THE - Money 2 ALABAMA SHAKES - Hold on 3 RODRIGO LEÃO O fio da vida 4 A JIGSAW The strangest friend 5 DJANGO DJANGO - Hail bop 6 WHO MADE WHO Inside world 7 A NAIFA - Gosto da cidade 8 RAPARIGA ELÉCTRICA Tens de sair 9 QUEENS OF THE STONE AGE Outlaw blues 10 WE TRUST - Again 11 DEUS - Constant now 12 JACK WHITE Sixteen saltines
16 SUPERNADA Arte quis ser vida
A ideia surgiu nos idos de 1987 nas cabeças de Berto Borges (dos Rrongwrong) e de Adolfo Luxúria Canibal (dos Mão Morta) : criar um disco que servisse de memória futura sobre o momento criativo que a cidade de Braga atravessava na altura. Um plano que foi bem acolhido e apoiado pela autarquia local e o disco acabou por ser gravado em Lisboa devido à inexistência de um estúdio de gravação profissional em Braga. O facto é ilustrativo: à falta de estruturas opunha-se a
GUIMARÃES MÚSICA 25 de Maio a 17 de Junho “Câmara escura” – Projecto Buh CCVF
17 TOM WAITS Back in the crowd
25 e 26 de Maio XXII Fitu Bracara Avgvsta Theatro Circo
18 BLASTED MECHANISM Bringing Light
RECRIAÇÃO HISTÓRICA 23 a 27 de Maio
19 KILLS, THE - Baby says
LEITURA EM DIA
20 KOOKS, THE Junk of the heart (happy)
POST-IT 21 maiol > 25 maio TORA TORA BIG BAND Odd Dogg SCHOOL OF SEVEN BELLS Kiss Them For Me
Alma Rebelde de Carla M. Soares - Porto Editora. Um primeiro romance que enriquece a moderna literatura portuguesa; muito bem elaborado e escrito.
25 de Maio Pedro Carneiro – Coiotes e Vagabundos CCVF
O imaginário cultural e colectivo ao dispor dos mais pequenos leitoras; uma das grandes estórias dos últimos tempos, delicada e genial.
Eu Sou Deus de Pedro Chagas Freitas - Chiado Editora. Um conjunto de textos provocatórios, para abanar o conformismo.
26 de Maio Alexandre Desplat em Concerto CCVF
FAMALICÃO
MÚSICA Quadrilátero Cultural 26 de Maio Norberto Lobo Café concerto 26 de Maio Tesouros da ópera Barroca e Clássica Casa das Artes
Joel Neto - Porto Editora. A vida urbana, o futebol e os amores errantes; uma surpresa. O Homem Corvo de David Soares - Quebra Nozes. O Fantástico, para os mais novos, na escrita de um dos mais importantes escritores portugueses actuais. Para ouvir de segunda a sexta (9h30/14h30/17h45) na RUM ou em
SPAIN – Because Your Love
Os Cavalos de Santiago de Rui Vieira - Trinta por uma linha.
CD RUM À sombra de deus SÉRGIO XAVIER sergio.xavier@rum.pt
Braga Romana Centro Histórico
criatividade e a vontade em fazer coisas. Com incursões premiadas pelo mítico Rock Rendez-Vous, os já referidos Rrongwrong e Mão Morta eram a face mais vísivel da pulsão criativa que assolava a cidade, mas outros nomes desta era merecem ser destacados, caso dos Baile de Baden-Baden, Bateau Lavoir ou Rua do Gin. E assim surgiu, em 1989, o primeiro volume da colectânea “À Sombra de Deus”, que teve continuidade e capítulos posteriores nas décadas seguintes. A iniciativa, pioneira e replicada noutras cidades, ganhou uma nova dimensão ao actualizar os protagonistas e actores se-
cundários da história da música moderna portuguesa que se vem fazendo em Braga. 1994 e 2004 viram nascer novos volumes d’ “À Sombra de Deus”, novos registos que ajudam a reconstruir a narrativa musical da cidade. Neste quarto volume e com o aumento de bandas e de projectos envolvidos, surge naturalmente uma maior diversidade sonora. Onde antes imperavam as influências da cena urbano-depressiva britânica e dos cenários industriais berlinenses, surgem agora propostas díspares como The Astroboy, Mundo Cão, Peixe:Avião, Long Way To
podcast: podcast.rum.pt Um espaço
Os sítios sem resposta de
de António Ferreira e Sérgio Xavier.
Alasca, Ermo, Cavalheiro, At Freddy’s House, Smix Smox Smux, Egg Box, Tatsumaki ou Nyx. O espec-
tro sonoro e estético é bem mais alargado e faz jus ao momento feliz que a música em Braga vive.
DR
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cursos ao raio-x CLARA CALHEIROS diretora do Curso de DIREITO “Direito continua a ser uma opção viável” lénia rego leniarego@hotmail.com
Qual é o plano de estudos deste curso? É um plano de estudos que se divide ao longo de quatro anos e tem matérias que cobrem os vários ramos do Direito, para além de terem outras componentes como é o caso da História do Direito, da Filosofia Crítica e também algumas matérias de outras áreas científicas, como Economia Política ou Finanças. É um plano de estudos estabilizado, que segue um padrão existente nas universidades portuguesas. E há alguma componente prática? Não. Habitualmente os cursos de Direito não têm um período de estágio, porque
não são entendidos como cursos profissionalizantes. É uma formação jurídica de base, que habilita os alunos a seguirem as profissões forenses. A prática profissional está sempre prevista para um momento posterior, ou seja, já depois de o profissional estar inscrito na Ordem. Podem fazer estágios, mas só depois do início da profissão.
desenvolvida e muito provavelmente poderá resultar em algumas modificações, aquando de uma futura restruturação da licenciatura. Mas será muito difícil pensar que este curso poderá alguma vez ter essa componente mais profissionalizante, de contato com a realidade prática, devido às especificidades das profissões jurídicas.
Considera que é uma componente que faz falta ao curso? Julgo que nos próximos anos poderemos tirar um maior partido de algumas estruturas que temos na escola, como a sala de audiências, onde já tem sido possível fazer algumas audiências simuladas, no contexto da disciplina de Processo Civil. Creio que essa é uma experiência que deve ser
Quais são as saídas profissionais? Há a advocacia, as profissões relacionadas com a magistratura como os juizes e procuradores e depois podem optar pelas conservatórias de registo, notariado e gabinetes ou departamentos jurídicos das empresas. Nos últimos anos, os nossos alunos têm conseguido emprego no estrangeiro em organismos da União Euro-
peia e até mesmo como juristas. E a nível de índice de empregabilidade? No estudo que foi feito aqui na Universidade, o curso de Direito aparece a meio da tabela, mas eu considero que está por fazer um verdadeiro estudo. Digo isto porque estes estudos normalmente trabalham com dados do Instituto Nacional de Estatística e dos Centros de Emprego. Acontece que temos a situação do falso emprego, ou seja, as pessoas aparecem como trabalhadores liberais, mas depois não têm
clientes suficientes que lhes permitam a subsistência. Direito continua a ser uma opção viável? Continua a ser uma opção viável. Normalmente os advogados têm muito que fazer em duas situações: em alturas em que a Economia está bem e se criam muitas empresas, mas também quando há crise e há mais pessoas despedidas, mais conflitos. Continuamos a ter muita procura na UMinho, tanto de alunos nacionais, como estrangeiros.
adiada decisão sobre aumento de propinas REDAÇÃO informacao@rum.pt
A decisão sobre o aumento em 30 euros do valor das propinas para o próxima ano ficou adiada para um novo Conselho Geral (CG), marcado para Julho. Esta foi a principal novidade saída da reunião do Conselho Geral que foi inconclusiva relativamente a esta questão, revelou Hélder Castro, o presidente da Associação Académica da Universidade do Minho. “Esta reprovação desta sugestão ficou adiada para o próximo Conselho Geral em Julho. Não estavam reunidas informações suficientes que justificassem este aumento, então
foi opção dos conselheiros adiar esta sugestão. Por parte dos estudantes não há aumento nem agora nem em Julho. O voto contra este aumento de propinas será igual hoje, como daqui a dois meses quando se realizar o próximo Conselho Geral”, afirmou Hélder Castro, um dos representantes dos estudantes do CG. Entrentanto, hoje, os alunos são convocados para uma nova Reunião Geral de Alunos a fim de falarem sobre estas questões. Hélder Castro diz que os estudantes vão manter a sua posição sobre esta matéria. Apesar destas questões, outros pontos vão estar em cima da mesa para serem discutidos
pelos alunos. “O que está em causa não são apenas as propinas. São vários os pontos que é preciso tocar. O Ensino Superior carece de alguma alteração e de algum investimento não só financeiro mas também ideológico”, defendeu ainda o Castro, em declarações ao ACADÉMICO. Apesar das questões, o presidente da AAUM sabe que a posição quanto ao aumento das propinas será a mesmo que aquela que foi assumida na reunião desta semana. A decisão sobre o aumentos das propinas em 30 euros no próximo ano lectivo fica assim adiada para Julho, para uma nova reunião do Conselho Geral.
www.guimaraes2012.pt www.facebook.com/guimaraes2012 info@guimaraes2012.pt 300 40 2012 (10/22, 7/7)
maio em guimarães 2012 sexta 25
sexta 25 a domingo 27
pedro carneiro
ciclo alexandre desplat
M/6 | 5€
VáRIAS IDADES
sexta 25 a domingo 27
segunda 28 a 2 de junho
canil
ciclo castelos de cineMa
16h · música CENTRO CULTURAL VILA FLOR
22h · teatro CAAA CENTRO pARA OS ASSUNTOS DA ARTE E ARqUITECTURA M/16 | 5€
música, cinema SÃO MAMEDE, CENTRO CULTURAL VILA FLOR
22h · cinema pAçO DOS DUqUES VáRIAS IDADES
terça 29 a quinta 31
quinta 31
deBoUt de Bois
MicHael Gira
15h (TER) · 10h (qUA, qUI) novo circo, espetáculo CENTRO CULTURAL VILA FLOR
22h · música CENTRO CULTURAL VILA FLOR M/12 | 10€
M/5 | 2€
dezenas de outras propostas em guimaraes2012.pt e FB/guimaraes2012 OS BILHETES ENCONTRAM-SE À VENDA NOS LOCAIS DO EVENTO, NO pONTO INFORMATIVO GUIMARÃES 2012, NAS LOJAS FNAC E EM WWW.GUIMARAES2012.BILHETEIRAONLINE.pT