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José Mendes, vice-reitor da UM, em exclusivo ao ACADÉMICO

“Admito que não haja capacidade para acomodar mais cortes na UM”

Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 154 / ANO 6 / SÉRIE 3 TERÇA-FEIRA, 25.OUT.11

academico.rum.pt facebook.com/jornalacademico twitter.com/jornalacademico

reportagem

campus

Theatro Circo, em Braga, recebeu novo disco dos Dead Combo

Nuno Crato entrega na Universidade do Minho prémio IBM

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campus

desporto

Cinema independente invade campus de Gualtar

Apresentado oficialmente Mundial Universitário de Futsal Minho 2012

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FICHA TÉCNICA 25.OUT.11 // ACADÉMICO

SEGUNDA BARÓMETRO PÁGINA

FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // Terça-feira, 25 Outubro 2011 / N154 / Ano 6 / Série 3 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // REDACÇÃO: Adriana Couto, Alexandre Rocha, Ana Lopes, Ângela Coelho, Bruno Fernandes, Carlos Rebelo, Cátia Alves, Cláudia Fernandes, Daniela Mendes, Diana Sousa, Diana Teixeira, Diogo Araújo, Eduarda Fernandes, Fabiana Oliveira, fábio alves, Filipa Barros, Filipa Sousa, Goreti Pêra, Inês Mata, Joana Neves, José Lopes, José mateus pinheiro, Mariana Flor, Neuza Alpuim, Sara Pestana, Sónia Ribeiro, Sónia Silva e Vânia Barros // COLABORADORES: Elsa Moura, José Reis e Maria joão Pinto // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva e Luís Costa // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: jornalacademico@rum.pt // TIRAGEM: 2000 exemplares

EM ALTA

NO PONTO

EM BAIXO

Mundial de Futsal A envolvência de toda a comunidade académica no Mundial Universitário de Futsal que se irá realizar em Braga, no próximo ano, só pode ser uma excelente notícia. Este evento não está a ser visto meramente pela vertente desportiva e há aqui espaço para projectos nas várias temáticas de investigação que funcionam na UM.

Miguel Macedo cede à pressão Muitos foram os portugueses que, após terem conhecimento do caso, fizeram proliferar a notícias nas redes sociais associadas a palavras de protesto face à posição do Ministro, natural de Braga. O que é certo, é que Miguel Macedo renunciou ao famoso subsídio de alojamento depois de toda esta polémica. A pressão popular serviu para alguma coisa.

Barack Obama No plano internacional, esta semana foi marcada pela morte de Muamar Khadafi. Há semanas que a população líbia procurava aquele que liderou o país nos últimos 42 anos. A morte surgiu como uma notícia feliz para aquele povo. O estranho é que o Nobel da Paz (isso mesmo) fica também ele feliz pelo fim da vida de uma pessoa? Estranho, não?

DANIEL VIEIRA DA SILVA // daniel.silva@rum.pt

EDITORIAL

Esta semana tivemos um convidado especial no ACADÉMICO. O formato “grande entrevista” regressou e, desta vez, foi José Mendes, vice-reitor da UM, o nosso convidado. Muitos foram os temas abordados nesta entrevista a uma figura que está na berra para se assumir como uma pessoa cada vez mais influente na vida da cidade de Braga. Ainda assim, grande parte da conversa, mantida nos estúdios da RUM, centrou-se na sua posição como vice-reitor de onde abordou temas como o ordenamento dos campi e onde o tema nova sede da AAUM foi novamente falado. Nesta fase “quente” das negociações... Pouco foi avançado nesta questão. Ainda assim, esta semana é fortemente marcada pela morte de Khadafi. O ex-líder líbio foi capturado por alguns rebeldes e foi, ainda que não existam provas concretas, torturado até à morte. Um final esperado para aquele que já havia assumido que queria morrer como um mártir. Portanto, é de lamentar todo um regozijo mundial em torno desta morte, como se de um nascimento se tratasse. Por cá, tivemos o Presidente da República, Cavaco Silva a criticar o governo de Pedro Passos Coelho por algumas das medidas tomadas que penalizam, sobretudo, os funcionários públicos. “É a violação de um princípio básico de equidade fiscal”, disse o nosso PR. Esta é também uma das poucas vezes que concordo com ele. O problema que aqui existe, quanto a mim, é uma “ultrajante fantochada” de Cavaco, ao descolar-se de Pedro Passo Coelho, fazendo crer aos portugueses que existe uma crise política no nosso país entre Governo e Presidência da República. Totalmente errado, penso eu. Principalmente porque estas palavras e estratégias vêm do “pai do monstro da crise” no nosso país. Enfim. Permitam-me ainda abordar um tema ao qual não posso passar, sem fazer o meu comentário. Neste fim-de-semana jogou-se, em Braga, mais uma jornada da 1ª divisão de futsal. Até aqui nada de novo. Certo é que poucas vezes o Pavilhão Universitário viveu um ambiente tão intenso. Bancadas repletas (de adeptos de ambos os clubes) e em campo a equipa da casa e o campeão nacional. Tudo perfeito para um excelente espectáculo. E foi. O problema surgiu a escassos minutos do final. Um bando de “terroristas” resolve - porque o resultado não era o conveniente - sair do pavilhão à pressa para atacar adeptos leoninos que entretanto saíam calmamente. Certamente que as direcções dos clubes em causa não pactuam com este tipo de comportamentos dos adeptos e lamentam o sucedido. Tudo isto só foi acalmado com tiros de borracha para o ar e algumas “cacetetadas” em alguns que fazem com que o desporto seja cada vez menos apetecido em Portugal. Lamentável. Termino com um convite a toda a comunidade académica com gosto pelo jornalismo, entretenimento e fotografia. A Rádio Universitária do Minho, o ACADÉMICO, a AAUM TV estão a recrutar novos colaboradores. Se tens gosto por alguma destas áreas não hesites em nos contactares para o mail jornalacademico@rum. pt e aaumtv@rum.pt. Contamos convosco! Até para a semana!


PÁGINA 03 // 25.OUT.11 // ACADÉMICO

CAMPUS nuno crato entrega prémio IBM na uminho FILIPA CARDOSO filipa_sininhu16@hotmail.com

No passado dia 18 de Outubro Nuno Crato, ministro da Educação e da Ciência, marcou presença na Universidade do Minho para a entrega do prémio científico IBM Portugal a Alexandra Silva, investigadora e antiga aluna desta instituição. É a primeira vez que este prémio é atribuido a um investigador da academia minhota e é, também, a primeira vez que, em 21 anos de existência, se distingue uma mulher. Confrontada com esta distinção, a vencedora refere que “é uma honra receber o prémio. O facto de ser a primeira mulher não é muito relevante,

já houve em anos anteriores trabalhos de mulheres que podiam ter sido destinguidos”. Alexandra Silva foi premiada pelo trabalho realizado na sua tese de douturamento intitulada “Coalgebra de Kleene”, um importante trabalho de investigação que abre novos caminhos numa abordagem científica e rigorosa da informática. Os modelos teóricos da investigadora permitem melhorias nas metodologias que elevam o nível de confiabilidade do software, estabelecendo provas formais da sua correcção. A par da galardoada, também Mariana Leite de Almeida, do Instituto Superior Técnico recebeu uma menção honrosa pelo trabalho realizado na sua tese de dou-

toramento intitulado “Blind Separation and Blind Deblurring of natural images”. Esta investigadora aborda o sinal/imagem como as suas áreas de intervenção. Na sessão, presidida pelo reitor da UM, António Cunha, que se realizou no Salão Nobre da Reitoria, houve ainda lugar às intervenções

do presidente do júri do prémio, Carlos Salema, do director do Departamento de Informática da UMinho, Luís Soares Barbosa; da vencedora do Prémio IBM, Alexandra Silva; da vencedora da menção honrosa, Mariana Leite de Almeida (Instituto Superior Técnico); do presidente da IBM

Prémio chega, pela primeira vez, ao Minho Nuno Gonçalves/Dicas

Portugal, José Joaquim de Oliveira e do ministro Nuno Crato, que juntamente com o presidente da IBM Portugal entregaram o prémio no valor de 15 mil euros. O prémio científico IBM Portugal foi instituido em 1990 e desde então foram entregues 23 prémios às universidades portuguesas distribuidos da seguinte forma: 10 ao Instituto Superior Técnico, 4 à Universidade Nova de Lisboa (FCT- UNL), 3 à Universidade de Aveiro; 2 à Universidade do Porto, 3 à Universidade de Lisboa (FCUL), 1 à Universidade do Minho. Este prémio visa destacar os trabalhos de elevado mérito no campo das Ciências da Computação.

escola de enfermagem a um ano do século eduarda fernandes duda71@live.com.pt

No próximo dia 28 de Outubro, a Escola Superior de Enfermagem da Universidade do Minho comemora os seus 99 anos, numa cerimónia que se realizará no Edifício dos Congregados, na Avenida Central, em Braga. O evento com início mar-

cado para as 10h, no Salão Nobre do edifício, contará com a presença do Reitor, António Cunha. Para abrir a cerimónia, um momento musical, seguido das intervenções de docentes da Escola e um um convidado, Abel Paiva. Haverá ainda espaço para uma Cerimónia de Entrega das cartas de curso, uma novidade, e prémios escolares aos alunos, como o Prémio Almedina, o Prémio Formasau e uma Bolsa de estudo por mérito.

Apesar destes 99 anos, a Escola de Enfermagem é a mais recente da universidade uma vez que apenas em 2005 foi integrada na instituição. João Cainé, professor adjunto da Escola Superior de Enfermagem da Universidade do Minho, em declarações prestadas à Rádio Universitária do Minho e ACADÉMICO refere, a este propósito, que tem sido extremamente positivo e benéfico quer ao nível de formação dos alunos como do corpo de docentes.

Reformular 1º ciclo em mente

João Cainé diz ainda que “o ensino, tradicionalmente, tem uma marca muito própria, que tem haver com a proximidade”, destaca ainda a componente iminentemente prática associada ao curso, que exige um corpo de docentes alargado e com uma carga horária elevada para poder fazer face aos grupos de alunos. O docente manifesta o receio pela manutenção deste en-

sino de proximidade, assim como de alguns aspectos caracterizadores do ensino, tento em conta as medidas económico-financeiras que se avizinham. Neste sentido, João Cainé, refere já uma preocupação em reformular o plano curricular do 1º ciclo e o objectivo de criar estratégias que contornem os constrangimentos financeiros e que assegurem a “qualidade de ensino que sempre tivemos, que podemos manter e se possível melhorar”.


CAMPUS PÁGINA 04 // 25.OUT.11 // ACADÉMICO

cinema independente invade o campus de gualtar alexandre rocha alexandremvrocha19@live.com.pt

O Cine.UM – Cineclube da Universidade do Minho - organiza a nona edição do Bragacine, Festival de Cinema Independente de Braga – o primeiro festival de cinema independente de Portugal - que irá decorrer entre os dias 7 e 10 de Novembro, no Auditório B1 do Campus de Gualtar da Universidade do Minho. Tal como no ano passado, as instalações da Universidade irão acolher o evento. Artur Moreira, director do festival, explica que a escolha do local deve-se ao “apoio institucional fornecido pela Universidade do Minho” e visa “promover o festival no meio académico”. Afirma também que “foi uma boa

aposta” e que “o número de participantes deverá duplicar em relação ao ano passado”.

Nomes de peso no Bragacine Um dos pontos que ajudou a consolidar o festival foi a presença de figuras ilustres do cinema nacional. A edição deste ano não é excepção, na qual já se conta com a presença de nomes como o actor Nicolau Breyner, as actrizes Maria João Bastos e Sofia Reis, o realizador José Carlos de Oliveira e o produtor Paulo Trancoso. Nem só de nomes nacionais vive o Bragacine, estando também confirmada a presença de nomes internacionais, alguns dos quais membros do júri internacional.

O júri desta edição irá ser presidido por Uxia Blanco Iglesias. Fazem ainda parte Anxo Santomil, da Axencia Audiovisual Galega, o reali-

zador Julian Grant, António Reis, director-geral do Fantasporto, e Nuno Santos, editor da edição portuguesa da Empire. DR

Cabe a este mesmo júri decidir a quem a atribuir os prémios dos concorrentes desta edição. Os vencedores da nona edição do Bragacine serão anunciados no último dia, na cerimónia de entrega dos “Prémios Augusta”. À noite serão exibidos os filmes vencedores da competição. O festival terá uma larga cobertura por parte da comunicação social. Foram estabelecidas parcerias com o Porto Canal, o Jornal de Notícias, a Empire e a RTP. Os preços por sessão vão desde 1 euro para sócios do Cine.UM, até 2 e 3 euros para estudantes e público geral, respectivamente. Mais informações sobre o festival e sobre o cartaz no site oficial: www.bragacineindependente.com

olá facturas eletrónicas, adeus facturas em papel INÊS MATA inesnfmata@hotmail.com

O antigo aluno da Licenciatura em Ciências da Computação da Universidade do Minho, Eugénio Veiga, pretende terminar com as facturas em papel nas micro, pequenas e médias empresas. Para isso, pretende que a facturação eletrónica entre no dia-a-dia dos empresários, a fim de reduzir os enormes custos prove-

nientes dos gastos de papel e a fim de aumentar a produtividade. Eugénio Veiga é o director da YET – Your Electronic Transations, empresa que se dedica à facturação eletrónica. A YET oferece um variado leque de serviços, desde arquivo digital, digitalização de dados, certificação digital, entre outros. A integração de ferramentas de gestão (ERP’s) com diferentes sistemas de informação e o acesso a redes nacionais e

internacionais de empresas do sector da grande distribuição fazem parte dos projectos da empresa. O ex-aluno da Universidade do Minho começou a sua carreira em 1996 e criou a YET em 2009. Eugénio Veiga transformou a empresa num dos maiores sucessos a nível da facturação eletrónica em Portugal. Agora é esperar que o mundo empresarial substitua a era do papel pela era da eletrónica.

UM

Eugénio Veiga, director da YET, quer acabar com as facturas em papel PUB.


CAMPUS PÁGINA 05 // 25.OUT.11 // ACADÉMICO

solidariedade sem barbas brancas JOANA NEVES joana_neves15@hotmail.com

Que os actos solidários triplicam em épocas festivas como o Natal, já todos sabemos, mas será que os mais carenciados só necessitam de uma mãozinha nessas alturas? Ciente da conjuntura conturbada que se faz sentir, e com especial atenção para as carências da população nesta região, o Centro de Estudos do Curso de Relações Internacionais (CECRI) levará a cabo a Campanha “CECRI Solidário”, de dia 17 a 28 de Outubro. Aos que tiverem possibilidade de contribuir, pede-se que disponibilizem vestuário, géneros e brinquedos, que serão posteriormente entregues à “Cáritas Arquidioce-

sana de Braga”. Procurando dar novo enquadramento à iniciativa já realizada em anos anteriores, e sob o pretexto do Dia Mundial da Alimentação (16 de Outubro) e do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza (17 de Outubro), o CECRI decidiu antecipar a habitual recolha natalícia. Embora a ideia seja estender a iniciativa a toda a população, o director do CECRI, Carlos Videira, reconhece que é mais fácil começar por sensibilizar a população estudantil, e que seja esta a “espalhar a mensagem”, posteriormente. Acrescenta ainda que a duração da iniciativa não foi deixada ao acaso, permitindo, na primeira semana, um contacto e inteiração

da mesma, e na segunda, já após um fim-de-semana em casa, a entrega do material possível. Fazendo um balanço da primeira metade de campanha, Carlos Videira mostra-se extremamente satisfeito, uma vez que “todos os dias da semana tivemos, pelo menos, uma pessoa a contribuir”, esperando, contudo, que a segunda traga ainda mais gente e contribuições à sede do CECRI. Os interessados em colaborar para o sucesso desta iniciativa, de grande importância para dezenas de famílias em dificuldade, deverão deslocar-se à sede do CECRI (Gabinete 0.22 da Escola de Economia e Gestão), no período que decorre das 18h00 às 20h00.

crónica erasmus: hola salamanca!!! SARA PESTANA sarapestana.g@gmail.com Estudante Erasmus da Universidade do Minho em Salamanca (Espanha)

Aqui estou eu para partilhar convosco esta coisa do Erasmus. Salamanca? Oh! Dizem que tem um bom ambiente para estudar e que a Universidade Pontifícia de Salamanca é uma referência no ensino. Toca a arrumar a “tralha” e vamos lá. Quando cá cheguei, das primeiras coisas que disse foi: “Parece que estamos numa cidade da idade média, mas

moderna.” E realmente sentimo-nos numa pequena Roma, em que cada ruela vai de encontro a algo inesperado. Uma catedral, uma universidade, um parque, um restaurante, enfim... Vive-se bem aqui! Salamanca é uma cidade alegre e ao mesmo tempo “tradicional” e jovem. As ruas estão sempre cheias de gente, à excepção do horário de “la siesta.” Quanto à gastronomia, que bom que são os “pinchos” ou petiscos (vamos “pinchar”?) e as tapas. O presunto e os enchidos são dos mais variados

possíveis, perfumando as ruas da cidade. O que gosto mais aqui em Salamanca, é que é impos-

sível sair da universidade e não parar para olhar para alguma coisa. Apetece sentar no chão da Plaza Mayor,

sem aparente motivo, ou fazer outra coisa qualquer igualmente sem motivo, apenas apreciar. Conclusão? Estou a gostar muito e não trocava Salamanca por Barcelona (que era uma das minhas hipóteses) para estudar. Se fosse para viajar, lógico que escolhia a segunda. Mas Salamanca é, sem dúvida, excelente no envolvimento dos estudantes com a universidade e com a cultura da cidade. Por isso, futuro estudante Salamantino - Hasta la vista!!! PUB.


CAMPUS PÁGINA 06 // 25.OUT.11 // ACADÉMICO

gualtar e azurém prontos para serem “fashionizados” josé mateus pinheiro jose_pinheiropr@hotmail.com

A 10ª Edição do University Fashion´11 da AAUM iniciou-se esta semana com o processo de pré-seleção, que teve lugar dia 18 e dia 19 no Campus de Gualtar e Azurém, respectivamente. Em Braga os concorrentes foram recebidos no Pavilhão Desportivo, enquanto que em Guimarães o local escolhido foi a sede da AAUM. Ao longo dos dois dias, dezenas de estudantes compareceram para darem os primeiros passos neste longa jornada que só encerrará dia 16 de Novembro, aquando do desfile final, no Paço dos Duques, em Guimarães. Tanto numa cidade como na outra verificou-se uma maior afluência no período da tarde, o que poderá ser explicado com o facto de uma grande percentagem dos aspirantes a manequins ou apresentadores (a componente repórter não requeria a presença dos concorrentes nesta fase) terem aulas no período da manhã, o que só permitia a sua comparência a seguir à hora de almoço. Como vem sendo hábito nos últimos anos, era maior o número de candidatos a manequim em relação aos candidatos a apresentador, pelo que três quartos dos concorrentes pretendiam ser futuros modelos. Estes

tiveram que tirar uma foto de corpo nesta pré-selecção, enquanto que os apresentadores gravaram um vídeo com uma duração de mais ou menos um minuto para

Afluência positiva e de qualidade Segundo Catarina Oliveira, vice-presidente do Departamento de Saídas Profissionais e Empreendorismo da

mais estudantes. No próximo dia 26 irá realizar-se no BA de Braga o 1º casting, sendo que quem não teve a oportunidade ou disponibilidade de participar na

demonstrarem as suas capacidades de comunicação e a sua interactividade com o público.

AAUM, “a afluência à pré-selecção foi positiva, contudo, o objectivo é contar ainda com a participação de

pré-selecção, poderá comparecer no BA na próxima quarta-feira e participar neste evento.”

Já Dany Oliveira, aluno do segundo ano de Ciências da Comunicação, afirma que “existe muito potencial a nível de candidatos na UM, à semelhança dos anos anteriores, pelo que existe um grande leque de escolhas, uma grande diversidade, e é sempre uma porta que se pode abrir às pessoas que querem entrar no mundo da moda. Para além disso, ainda conjuga as potencialidades de cada curso, uma vez que os alunos de Ciências da Comunicação podem explorar as suas capacidades enquanto repórteres ou apresentadores, assim como os estudantes de Design e Marketing de Moda podem contribuir com as suas criações para o desfile final. Deste modo, é um projecto que motiva um vasto número de cursos, envolvendo toda a comunidade académica”. O University Fashion´11 prosseguirá com três castings, sendo que o primeiro terá lugar no Bar Académico de Braga. Já o segundo dar-se-á na semana seguinte, a 2 de Novembro, no BA de Guimarães, realizando-se a última selcecção na discoteca Sardinha Biba, dia 9 de Novembro. O desfile final, como já foi referido, tem data marcada para 16 de Novembro em Guimarães, contando com a apresentação de um estudante e de uma figura pública ainda a anunciar. PUB.


PÁGINA 07 // 25.OUT.11 // ACADÉMICO

investigadores da universidade do minho criam rede mundial de comunicação infantil getyy images

Jovens poderão experimentar a sua capacidade criativa CARLA SERRA carla_serra_3cdpovoa@hotmail.com

Programas de rádio, formações, oficinas e intercâmbios são algumas das funcionalidades da rede mundial de comunicação infantil que os investigadores do Instituto de Educação da Universidade do Minho desenvolveram. A Soy Ninõ estabeleceu a sua ligação no nosso país em 2007, com o apoio incondicional do Centro Cultural de Belém e da coreógrafa Madalena Vitorino, através das oficinas “Rádio Chiquita”, que dão a possibilidade a crianças venezuelanas de estarem na rádio, com o objectivo de

depois seguirem o trabalho realizado em Lisboa. A Associação Civil Soy Niño tem como fim último dar a conhecer e promover a sua compreensão dos direitos da infância e a valorização da cidadania, ambiente e dos espaços públicos. A associação não-governamental em causa iniciou a sua actividade na Venezuela, participando em inúmeros projectos e conferências em países como o Canadá, Brasil, Grécia, Espanha, Itália, França, Holanda, Alemanha e em Portugal. De acordo com a fundadora Grécia Rodríguez, um dos objectivos da associação passa por formar as crianças e adolescentes

como comunicadores activos para que compreendam o valor e a força da palavra, da interacção social e da participação responsável. A mesma salientou que dão aos jovens a “oportunidade de experimentarem a sua capacidade criativa, a sensibilidade cidadã, a consciência ecológica e a destreza comunicativa, co-criando materiais educativos úteis a si mesmos, aos seus pares, à escola e à comunidade”. Grécia Rodríguez encontra-se, no momento, a realizar o doutoramento em Estudos da Criança na Universidade do Minho, em Braga, com o intuito de reforçar o trabalho desenvolvido na área da Educomunicação, na perspectiva da Sociologia da Infância. Este mesmo curso

é frequentado por Leonardo de Albuquerque, coordenador de Temas Urbanos e Ambientais da Soy Niño, que se centra no estudo da filosofia eco-urbana para as crianças. Nos dois meses que se seguem estes dois investigadores procurarão dinamizar formações em Ponte de Lima e Vila Verde, em Braga. Leonardo de Albuquerque salienta o forte desejo de sensibilizar o máximo de crianças possível para não perderem a ligação da cidade com o campo, bem como o pensamento sobre as suas origens, a fonte dos recursos que têm ao seu dispor e o facto de as cidades poderem ser cada dia mais sustentáveis. getyy images

Objectivo é formar crianças como comunicadores activos

Colaborações com a UNICEF e UNESCO A Soy Niño (www.soynino.com) venceu o Prémio Nacional de Jornalismo da Venezuela, acolheu formações da UNESCO, Rádio Mundial de Holanda, Rádio França Internacional e Deutsche Welle e estabeleceu parcerias com entidades como a UNICEF, American Field Service e MultiRio. A Emissora Cultural de Caracas, em Julho de 1993, foi o local do primeiro programa de rádio. Já a nível de televisão, a primeira emissão realizou-se em 1997, na Shaw Cable, no Canadá. Um projecto a médio prazo será criar a Soy Niñ@ Digital, uma rádio virtual com a finalidade de levar as crianças de todo o mundo a participar. A fundadora, Grécia Rodriguez, é da opinião de que os principais órgãos de informação transmitem violência excessiva e uma ideia completamente errada de que tudo está a acabar. Daí que a solução pode passar pela abertura de espaços de diálogo junto dos mais pequenos, para criar uma ideia de esperança. PUB.


PÁGINA 08 // 25.OUT.11 // ACADÉMICO

UNIVERSITÁRIO

como superar a crise em workshop rafaela pereira rafaelalrpereira@hotmail.com

Em Braga, Porto, Aveiro, Coimbra e Lisboa, a Universidade do Minho, através da TecMinho, dedica aos jovens licenciados e aos licenciados desempregados cinco workshops de superação da crise, no âmbito no projecto “Estratégia Europa 2020”. A iniciativa surge em resposta aos novos problemas e exigências da União Europeia, propõe “acima de tudo, promover nova empregabilidade junto dos licenciados e criar uma maior informação junto dos cidadãos europeus”, explica a coordenadora do Departamento de Comunicação do TecMinho, Fátima Correia em declara-

ções à Rádio Universitária do Minho e ACADÉMICO. Neste contexto, a TecMinho, em colaboração com a Escola de Economia e Gestão, o Centro de Computação Gráfica e o Gabinete de Apoio ao Ensino da Universidade do Minho, promove um papel mais activo na estratégia da Europa, utilizando as novas tecnologias de aprendizagem Web 2.0, uma iniciativa da Comissão Europeia, através do Centro de Informação Europeia Jacques Delors. Os jovens podem participar gratuitamente nos workshops que decorrem até Fevereiro do próximo ano. É possível, também, participar no “Concurso Nacional

Europa 2020”, que propõe a produção de um vídeo sobre as temáticas abordadas nos workshops: “Fundamentos da Estratégia Europa 2020”, “Estudar e Trabalhar no Estrangeiro - Novas Competências para Novos Empregos”, “Crescimento Sustentável e Energia”, “Empreendedorismo e Criação do Próprio Emprego” e “ A Crise Económica e a Posição da União Europeia na Economia Mundial”. As três melhores produções são recompensadas com um Macbook Air, um iPad e um iPod Touch, respectivamente. O projecto estará em Braga a partir do dia 2 de Novembro e termina a 6 de Dezembro, na Universidade do Minho.

getty images

O projecto estará em Braga até dia 2 de Novembro Para os licenciados interessados o projecto tem uma forte presença no Facebook, no YouTube e em Webcasts.

A inscrição é feita no site da TecMinho, em http://www. tecminho.uminho.pt/europa2020.

portugueses na silicon valley DANIELA MENDES daniela_mends@hotmail.com

A Leadership Business Consulting está a dar a oportunidade a dois empreendedores ou duas empresas portuguesas de desenvolverem ideias de negócio em Silicon Valley. Através de um concurso, os vencedores têm oportunidade de conhecer o programa GSI Accelerators durante um período de três meses, juntamente com uma aju-

da financeira para cobrir as despesas locais. As candidaturas estiveram abertas até ao passado dia 18 de outubro e, no final do concurso, os vencedores serão premiados pelas suas ideias de negócio que melhor se adequam e contribuem para o crescimento do mercado global. Esta oportunidade tem o alto patrocinio do Presidente da Républica, da Fundação Luso - Americana e do BES. Desde Abril, o programa

GSI Accelerators é conduzido pela Leadership e conta com o apoio da AICEP, que pretende a expansão e desenvolvimento de ideias de negócio das empresas no pavilhão português Innovative Portugal, situado no Plug and Play Tech Center, um centro de incubação de empresas em Silicon Valley. As empresas que decidam participar vão adquirir ferramentas e metdologias para reconhecer os desafios de inovação, conceber soluções e executar projectos

apoiadas por um business manager do Plug and Play

Tech Center e um consultor da Leadership. getty images

Dois projectos estão a caminho de um pólo tecnológico de excelência PUB.


PÁGINA 09 // 25.OUT.11 //ACADÉMICO

INQUÉRITO como achas que os cortes impostos pela troika te vão afectar? Se para o estudante de Engenharia Mecânica já era difícil os seus pais conseguirem proporcionar-lhe a continuação dos estudos, agora “muita coisa se vai dificultar tendo em conta todas as medidas anunciadas”. Confessa que, sendo filho de um funcionário público, há coisas que o fazem temer pelo seu percurso universitário. “A carteira vai ficar mais apertada e vou ter que fazer cortes em algumas despesas que se venham a revelar desnecessárias”, confessa. No entanto, defende que “com organização dá-se a volta à situação”. Quando questionado se concorda com as medidas recentemente impostas, o estudante defende que “em casos de crise como este são necessárias tais medidas, pois apesar de serem radicais podem solucionar esta situação”. Apesar de ser uma situação difícil, Ricardo mantém a esperança, acreditando que depois “todo o esforço será compensado, mas também espero que na hora da verdade não se esqueçam de quem se sacrificou no momento de maior dificuldade para o país”. RICARDO FERREIRA 2ºAno // ENG. MECÂNICA

ana machado 1º ANO // DIREITO

Sendo estudante universitária e não tendo rendimentos, Ana Machado, confessa que vai ser necessário “gerir a situação económica em casa, porque estudando fora os pais têm despesas a dobrar”. Para a estudante de Direito, estas medidas trarão consequências muito negativas, nomeadamente a “nível emocional e psicológico”, prejudicando em parte as relações familiares, uma vez que “ir aos fins-de-semana a casa, para quem é de longe, fica bastante dispendioso”. Para enfrentar estas dificuldades é necessário “gerir bastante bem o dinheiro”, as refeições fora de casa, as férias e as compras no supermercado são “algumas das coisas que mudam devido à poupança”. Ana está descontente com algumas medidas, principalmente os cortes nos subsídios de férias e de Natal. “Não sou contra adoptarem medidas pelo País, mas acho que o Estado devia dar o exemplo, porque isso sim, significava a união da população portuguesa”, sublinha. Estas medidas só vão contribuir para sermos “cidadãos cada vez mais desiguais, e com desigualdades cada vez mais desnecessárias e mais profundas”.

Para o aluno de Ciências da Comunicação, enfrentar esta crise económica vai ser uma batalha difícil. Muitas coisas vão mudar na sua vida, “com as medidas de austeridade vou deixar de ter vida cultural, praticamente. Já não era nada barato ir ao cinema, viajar com amigos ou mesmo outras actividades. Gosto muito de ir a concertos e espectáculos mas, agora, com os anúncios de corte e aumento do IVA, não me vejo a realizá-las. O medo de abdicar de muitas das minhas vontades é algo que me assiste”. Tudo isto sem contar com as bolsas de estudo que, à partida, serão bastante menores. Francisco ainda espera que, “se possível, a lei do Orçamento de Estado não seja aprovada”.

francisco filho 3º ANO // ciências da comunicação

Tânia Rodrigues mestrado integrado // eng. biomédica

“Os cortes previstos para o novo Orçamento de Estado terão impacto em todas as vertentes, não só económicas como também sociais. Serão poucos os ‘sortudos’ que não sentirão no dia-a-dia o impacto desta fase negra”. No entanto, reconhece que apesar de este processo ser “assustador e implacável”, é mesmo necessário. Tânia sente-se indignada com os aumentos nos bens de primeira necessidade, pelo que, “será um dogma de equidade, um imposto ser aplicado na mesma percentagem para o trabalhador e para a entidade patronal”. Para a aluna, a estratégia que agora se aplica não será sustentável pois, a curto prazo, poderá tornar-se num estagnar ou mesmo retrocesso da economia nacional. “Todos os que até agora, escondidos muitas vezes pela vergonha, recorriam à solidariedade alheia para fazer, em quase todos os casos, uma única refeição diária, irão ver a solidariedade reduzida às medidas da Troika. Se a situação é difícil para quem pouco tem, como será para quem já nada tem?”.

neuza alpuim neuzalpuim@sapo.pt

Segundo o Fundo Monetário Internacional, Portugal será a única das economias europeias que continuará em recessão, com um desvio orçamental de 3 mil milhões de euros e apresentará os défices mais elevados no próximo ano. As recentes medidas impostas têm causado impacto nos portugueses. Aumento do número de funcionários públicos a serem dispensados, cortes nos salários, redução do número de feriados, são algumas das reformas que serão levadas a cabo pelo actual governo. Perante uma conjuntura de recessão económica, o ACADÉMICO quis saber o que se vai alterar na tua vida devido aos cortes impostos pela troika.


JORGE VAZ NANDE

Pode dizer-se que tudo começou num concurso literário de nome suspeito proposto por um Núcleo de Estudantes da Universidade de Coimbra. O júri desse concurso premiou um estudante de direito de nome Jorge Vaz Nande. O que se pode afirmar é que esse júri não se enganou no talento deste jovem guionista e produtor de conteúdos. Os talentos de Jorge Vaz Nande para a escrita e produção de conteúdos repartem-se por diversas áreas. Pode dizer-se que iniciou-se no domínio da imprensa, como colunista e crítico cinematográfico no Jornal A Cabra. Todavia é através de um género particular de poesia que se tem destacado nos media nacionais nos últimos tempos. O Poetry Slam é um conceito de poesia performativa em que a palavra alia-se ao corpo e à música. Jorge faz assim parte de um projecto de spoken word chamado Social Smokers em que participam, entre outros, Alexandre Cortez dos Radio Macau. Actualmente, Jorge Vaz Nande vive em São Paulo, onde trabalha como guionista. O que começou com um prémio literário num concurso universitário atingiu a dimensão de uma aventura que toca os dois lados do atlântico, por entre a escrita para televisão, teatro, cinema ou literatura. Podemos dizer que vai de Portugal ao Brasil o talento de Jorge Vaz Nande. Segunda: Dj Lobsterdust – It’s Fun to Smoke Dust (Queen vs. Pastor Gary Greenwald vs. Midfield General)(Mash-up, 2009) “Ouvi este mash-up num copo de água nos Açores... quando isto começou a passar a minha cabeça deu uma volta! Este DJ Lobsterdust pegou no Another One Bites the Dust dos Queen e num discurso de um pastor evangélico chamado

Gary Greenwald que, em 1982, fez um sermão contra esta música dizendo que ela continha uma mensagem de louvor a Satã e passou o disco ao contrário. Então este DJ faz uma mistura incrível em que, ao mesmo tempo que ouvimos a música ficamos a conhecer a história da censura à própria música!” Terça: James Blake - I Never Learnt to Share (James Blake, 2011) “Gosto desta canção, em primeiro lugar, por causa do autêntico travestismo sónico que contém, pois a dada altura muda completamente o tom e começa um ruído electrónico muito profundo, que entra pela cabeça adentro, sobretudo se estiveres a ouvir com auriculares. Esta é uma canção de dor, sendo quase dramática na sua construção, um aspecto que aprecio tendo em conta a minha profissão.” Quarta: John Grant - Sigourney Weaver (Queen of Denmark, 2010) “Conheci este álbum porque ele foi eleito o álbum de 2010 para a revista Mojo. Achei-o um disco muito pessoal, encantador, bastante simples mas em que todos os elementos fazem sentido. Está num equilíbrio muito curioso, entre o pessoal e o kitsch. Ele é um escritor de letras fabuloso e este tema espanta logo por ter como título o nome de uma actriz famosa. E este equilíbrio trágico/ cómico que ele faz é muito engraçado, buscando estas referências da cultura popular para o seu trabalho.” Quinta: Sufjan Stevens - You Are The Blood (V/A Dark was the Night, 2009) “Este tema prenuncia muito o caminho que ele

acabou por seguir no álbum The Age of Adz e que é um estilo muito cheio, entrecortado e com muita coisa a acontecer ao mesmo tempo. Tens sons orquestrais, electrónicos e esta música prenuncia isso mesmo. Para mim o White Album dos Beatles é a referência em termos musicais para quase tudo o que se fez depois. Contudo, este You Are the Blood acho que também faz isso, em menos minutos e em apenas um tema.” Sexta: Tom Zé - Augusta, Angélica e Consolação (Todos os Olhos, 1973) “Este é um dos meus artistas brasileiros favoritos mas cuja obra, curiosamente, não é muito conhecida no Brasil. É uma canção eminentemente ligada à cidade de São Paulo. O Tom Zé é baiano, tal como Caetano e Gilberto Gil e foi viver para São Paulo, local de poiso da maioria da população do nordeste brasileiro. Esta canção tem dois versos que são dos mais brilhantes alguma vez escritos na língua portuguesa. Os versos são: Augusta/Graças a Deus/Entre você e a Angélica/Eu encontrei a Consolação, o que é uma verdade geográfica e, quero eu acreditar, uma verdade afectiva...”


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ENTREVISTA

josé mendes “Admito que não haja capacidade para acomodar mais cortes na UM” alexandre praça alexandre.praca@rum.pt DANIEL VIEIRA DA SILVA daniel.silva@rum.pt

José Fernando Gomes Mendes nasceu em Braga, há 49 anos, mas foi viver para Lisboa ainda muito novo. Mais tarde, acabaria por regressar à terra natal onde se licenciou e doutorou em Engenharia Civil na Universidade do Minho, tendo obtido, ainda, o grau de agregado, na especialidade de Planeamento e Arquitectura. A nível institucional, foi pró... e também vice-reitor da Universidade do Minho (UM), no tempo de António Guimarães Rodrigues, tendo regressado à reitoria, integrado na actual equipa liderada por António Cunha. É vice-reitor da inovação, empreendedorismo e projectos especiais, sendo também responsável por áreas como as relações internacionais não-académicas. Fora da universidade, destaca-se como presidente da mesa da Assembleia Geral do Sporting Clube de Braga. Gosta de praticar desporto... e até já foi atleta do Braga. Começamos exactamente por aí, pelo desporto. Como vê a aproximação da cidade à Academia resultante da sinergia entre um clube da AAUM e um clube da cidade? Acho que, nestas situações, este tipo de parcerias entre clubes que tenham um know how desportivo e entidades

que podem ser fonte de praticantes é muito interessante. No caso desta equipa entre AAUM e Sporting Clube de Braga, vejo com todo o interesse e acho que é o modelo que poderia ser seguido em muitas outras modalidades, porque de facto a Academia é um espaço privilegiado para a prática do desporto. Acho que o Sporting de Braga e a AAUM tomaram o caminho correcto e interessante.

Vice-reitor da UM abordou temas relacionados com a academia, Sp. Braga e a própria cidade

Daniel Vieira da Silva

Acredita que a equipa se vai manter na 1ª divisão na próxima época? Acredito. Sou um optimista. Até ao último segundo, do último jogo, da última jornada... Acredita-se sempre. Isto de facto, quem andou no desporto tem esta mentalidade. Vamos ter um ano muito importante a nível de organizações, nomeadamente do Campeonato mundial de futsal, em Braga, e também o Xadrez, em Guimarães. A Capital Europeia da Juventude (CEJ) e Capital Europeia da Cultura são também um impulso para a organização destes campeonatos? São um impulso. Este caminho de organizações de, eventualmente, boa projecção, mas menores custos, é um caminho que Portugal pode seguir. Há uns anos dizia-se que Portugal, neste caso Lisboa, poderia tentar organizar uns Jogos Olímpicos. Não sei se as pessoas têm a noção do nível de investimento por trás de uma organização desta dimensão, é uma coisa que não faz sentido para um país como Por-

tugal. Mas não vejo as pessoas a pensarem organizar umas Universíadas, que têm uma projecção semelhante ou paralela aos Jogos Olímpicos, mas que, de facto, é uma organização muito menos custosa, com custos muito mais controlados, mas que também serve para aquilo que é o objectivo principal que é criar, em determinado momento, uma centralidade num país, ou num conjunto de cidades portuguesas, para atrair pessoas, dar visibilidade e, naturalmente, contribuir para aquilo que é a competitividade do país.

É também presidente da Assembleia Geral do Sp. Braga. Acredita que o clube poderá vir a ser campeão durante o seu mandato, como é o desejo do presidente António Salvador? Ser campeão é sempre uma conjugação do nosso valor e do menor valor das outras equipas. Esse objectivo [do título] existe e, evidentemente, sendo realistas, as pessoas não podem definir isso como objectivo que define o sucesso ou não da equipa. Voltemo-nos para a Universidade do Minho (UM). A gestão menos boa que tem sido

feita por algumas entidades vai ter reflexos em relação à Universidade. É já sabido que a UM vai ter uma redução do financiamento estatal. Como é que pensam resolver este problema? A universidade, como todas as outras organizações da esfera do estado, teve cortes orçamentais e, portanto, tem que fazer um ajuste, que é um ajuste estrutural ao seu modelo de funcionamento de forma a acomodar esses cortes orçamentais. Por outro lado, a UM tem já na sua tradição e no seu orçamento uma prática de captação de receitas próprias. Portanto


ENTREVISTA PÁGINA 12 // 25.OUT.11 // ACADÉMICO

José Mendes, em entrevista exclusiva à RUM/ACADÉMICO

Daniel Vieira da Silva

casando essas duas realidades, os cortes por um lado e por outro, esta lógica e esta necessidade e obrigatoriedade que faz já parte da nossa prática de captar receitas próprias, a universidade tem que encontrar um ponto de equilíbrio de forma a poder viver. De momento conseguiu acomodar os corte que se perspectivam para 2012. Admito que, tal como estão as coisas actualmente, não haja capacidade para mais cortes, ou seja, para acomodar mais cortes. Mas de facto a Universidade vai ter que viver desta forma, como todas as outras Universidades e as outras organizações públicas do país e também como as pessoas. Temos que ajustar a nossa forma de funcionamento a essa nova realidade financeira, não esquecendo no entanto que um corte substancial nos investimentos pode significar uma perda de competitividade, uma perda de actividade e, de facto, esse é o ponto de equilíbrio que é preciso procurar. Se houver mais algum corte poderá ter que haver aumento de propinas, por exemplo? Não. Os aumentos de propinas são definidos por lei. O Conselho geral da UM poderá tomar uma decisão, mas dentro de determinadas balizas e neste momento as Universidades praticam todas a propina mais alta que a lei

prevê. Portanto, não se trata de uma decisão da universidade para responder a cortes orçamentais. Em todo o caso, ainda que isso fosse possível, e essa é uma palavra do Sr. Reitor, não é minha necessariamente, mas como opinião pessoal parece-me que, no contexto em que vivemos actualmente, fazer reflectir cortes orçamentais em novo aumento de propinas não seria muito aceitável. Disse há tempos que “o empreendedorismo feito na UM é um dos melhores no país”. Como justifica esta afirmação? Esta afirmação não é um um exercício de vaidade da UM, mas sim um exercício factual. Na UM e nas Universidades de um modo geral, empreendedorismo e inovação estão de mãos dadas. Na verdade, aquilo que são os resultados da inovação da UM ao longo dos últimos anos, avaliados por entidades terceiras, são excelentes, ao nível do melhor que se faz em Portugal. A Universidade mantém um programa de empreendedorismo interessante do nosso ponto de vista. Para esse programa de empreendedorismo a universidade disponibiliza um conjunto de veículos. Disponilibiza um gabinete de transferência, tecnologia e empreendedorismo, que designamos por Tecminho, de-

pois disponibiliza uma incubadora - SpinPark - e depois integra, também, um parque de ciência e tecnologia que é o AvePark. Ao longo destes três veículos é possível criar um pipe line de empreendedorismo. A UM tem aquilo a que nós chamamos ecossistema de empreendedorismo e inovação. Este ecossistema inclui um grande número de entidades, de empresas. O primeiro grupo são as spinoff’s, as empresas criadas dentro da Universidade, um segundo grupo são as empresas que não seguiram o pipe line formal da criação de spinoff’s, mas que foram criadas por alunos, docentes, funcionários, investigadores da universidade e depois temos outro grupo de empresas que são as empresas participadas, aquelas em que a própria universidade participa. Esse bolo completo, ao longo dos últimos anos, é algo como cerca de 120 empresas a facturar anualmente cerca de 260 milhões de euros. Isso é o que a universidade está a dar de volta à sociedade e é para isso que cá estamos. A universidade tem por missão, obrigação inquestionável, dar de volta à sociedade... E dar de volta através de valor, formando pessoas que vão para o mercado de trabalho e também promovendo o empreendedorismo. O empreendedorismo é, então, a principal imagem de marca da Universidade do Minho? Não sei se é a principal imagem. O empreendedorismo é uma consequência, sempre. A nossa imagem de marca é sermos uma universidade de investigação. Nós produzimos conhecimento que se formos capazes de converter em valor, então, temos empresas, temos inovação, temos excelentes profissionais que são capazes de entrar no

Fazer só obra pode começar a “desacrescentar” algo à cidade

mercado de trabalho. Nós somos uma universidade de investigação. Mesmo os nossos estudantes que seguem carreiras profissionais incorporam, ao longo do seu período de estudo, conceitos de investigação, onde o conhecimento mais avançado está permanentemente presente. Uma das áreas pela qual é responsável enquanto vice-reitor é precisamente a das relações internacionais não-académicas. O reitor António Cunha sempre referiu a importância que dá à internacionalização da própria Universidade. Tem havido um aprofundamento dessa questão? O conhecimento não tem fronteiras. A física, a matemática, as engenharia ou multimédia não têm regras especiais. Portanto, se não têm fronteiras, a única forma de avançarmos no conhecimento é internacionalizarmo-nos. Outra razão para a internacionalização é o nosso mercado de trabalho que é muito curto. Portugal é muito pequeno, de facto, e é absolutamente seguro que um jovem licenciado, na sua carreira profissional, vai ter que ter algum período de trabalho no estrangeiro. Quem não acreditar nisto vai ter problemas no futuro. Portanto, é preciso prepará-los para realidades multiculturais, multiconhecimento, multilinguística, etc. É por isso que o Sr. Reitor diz que temos que ter internacionalização. A UM é extremamente internacionalizada, para além daquilo que é o intercâmbio, a mobilidade de estudantes, aquilo que designamos por Erasmus. A UM tem muitos projectos de colaboração, quer na prestação de serviços, quer na oferta de formação avançada, quer na investigação numa série de países bastante vasta, desde logo, com a Europa, e depois com os EUA, aliás, a UM é um parceiro bastante activo no programa MIT Portugal. Temos, também, uma presença nas economias emergentes. A UM está a avançar com novas parcerias com Brasil, também Angola e Moçambique, também tem contactos com a China – atra-

“Neste momento, não estão ainda garantidas condições para avançar para este investimento [nova sede da AAUM]” vés do Instituto Confúcio – e a UM está atenta a essas novas realidades. A minha participação nesta matéria é aquilo que designamos como internacionalização não-académica, que significa parcerias com empresas, com fundações ou mesmo com universidades estrangeiras, numa perspectiva de negócio. Vemos, diariamente, uma Universidade em mutação. Há muito que se fala da nova sede da AAUM. O reitor da UM disse que o projecto iria avançar até ao final do último ano, o que ainda não aconteceu. Como está todo este processo? Este é um período de muita incerteza quanto a investimentos. De facto, a UM tem ideias para o reordenamento e envolvente dos campi. Nessas ideias está previsto o edificio para albergar a AAUM e também os grupos culturais e outras entidades, ou seja, um conjunto de actividades e estruturas que giram em torno da AAUM. Existe o projecto que terá uma componente privada e, neste momento, não estão ainda garantidas condições para avançar para este investimento. Mas não quer dizer que não vai avançar. Estamos numa fase muito quente das negociações e, por isso, não quero avançar muito mais. Há algum local específico? Dentro ou fora do campus, mas imediatamente adjacente ao campus de Gualtar. Mas alguma localização exacta... Faz tudo parte da negociação. Não há aqui nenhum


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Será possível algum avanço até ao final do ano cívil? Não consigo fazer promessas. Apenas refiro que estamos a trabalhar arduamente. Estas negociações envolvem a Quinta dos Peões? É uma possibilidade. Envolve, como parceiro, a Câmara Municipal de Braga (CMB). Face a esta incerteza, há um conjunto de cenários possivel. Mas já há muito se fala na Quinta dos Peões como sendo um possível “tampão” da universidade em relação ao meio envolvente... Os terrenos não são da UM, são de uma empresa privada. E nada avançou até agora porque a empresa em causa não quis investir. E o diálogo que temos mantido visa encontrar um ponto de equilíbrio entre interesses do privado, as regras estabelecidas pela CMB e os desejos da UM para ter uma boa vizinhança e para ter algo que, não sendo parte da Universidade, (não fosse investimento público) fosse uma boa complementariedade para a UM. Tem a ver com o Plano de Pormenor da CMB? A CMB está, e esteve desde o início, interessada em que as vontades e os desejos da UM estejam, também, salvaguardados. E temos mantido esse diálogo tranquilo e frutuoso e acreditamos que existe um espaço de oportunidade para as três entidades. Entendemos também que a Sul é a entrada principal do campus. Achamos interessante encontrar um ponto de equilíbrio [entre as três entidades] nesse local. José Teixeira da DST, defendeu um projecto de cidade a 15 anos apostando no centro histórico, com algumas âncoras universitárias em locais no centro. Afirmou que era importante que a Universidade se virasse mais para a cida-

“Sou independente. Se calhar, um dia destes, terei de pensar, muito seriamente nisso [candidatura à CMB]” de e a influenciasse mais. Referiu que era importante que a sede da AAUM e a própria RUM fossem para o centro. Como vê este desejo? Vejo com bons olhos. Partilho de muitas dessas ideias. A cidade de Braga, não sendo uma cidade muito grande, criou algumas âncoras que, consideradas isoladamente, são interessantes (estádio, campus, shoppings). Cada uma dessas âncoras tem uma missão e vai cumprindo. O problema da cidade é como se articulam essas âncoras. A UM tem de se virar para cidade, mas a cidade também tem de se virar para a Universidade. Algo que vai ter de acontecer na cidade de Braga, se a cidade se quiser tornar-se mais competitiva, é perceber que, se continuarmos a estabelecer âncoras que estão longe do centro, matamos o centro da cidade. Achamos que o centro devia ter mais vida. Por isso achamos que o futuro da cidade deverá estar no intangível. A cidade de Braga é, ao contrário do que se diz, um bom exemplo do ponto de vista do tangível (a cidade incorpora um conjunto de boas práticas que algumas cidades do Mundo procuram atingir a nível da sua área pedonal, o centro equilibrado, consegue-se circular bem na cidade de Braga). Esse foi o programa infraestrutural que a cidade cumpriu. Acho é que há outro programa a cumprir... Aquele que define a competitividade das cidades e isso está no intangível. Acho que a cidade de Braga deve apostar em cinco dimensões, as dimensões do sucesso: tem de ser uma cidade mais Intelectual; Inovadora; Conectada - Braga tem de explorar a relação com aeroporto, por exemplo -; Sustentável; Autêntica, ou seja, incorporar, no quadro de competitividade, marcos da sua autentici-

dade, à semelhança do que se faz, por exemplo, na Semana Santa. Estas cinco dimensões podem definir a competitividade da cidade daqui para a frente. Eu não vejo praticamente ninguém, e muito menos os pretendentes à CMB, a terem um diálogo nessa linha, a perceberem que temos de fazer a obra, mas o valor dessa dimensão do investimento já é muito pouco contributiva para valorizar a cidade. Fazer só obra pode começar a “desacrescentar” algo à cidade. Note-se que o excessivo investimento feito no país já retira competitividade ao país. Já é mais do que tempo para projectarmos a competitividade e relevância de Braga como um nó de desenvolvimento no país, num paradigma diferente. Esses cinco pontos que enuncia podiam constar num programa eleitoral de um candidato à CMB em 2013... Podiam ser de um qualquer candidato. Foi público que nas últimas duas eleições recebi convites e fui contactado para ter um papel mais ou menos relevante nos projectos da CMB. Entendi que não era o momento, tinha outros projecto na reitoria e na minha vida profissional. Nunca tive essa pretensão, mas, ultimamente, essa questão tem sido colocada novamente. As eleições autárquicas ocorrem daqui a dois anos e, embora existam alguns candidatos pré-anunciados ou auto-anunciados, acho que ainda não é tempo para falar disso. É importante, isso sim, fazer algo para a CMB e para a cidade de Braga. Afasta a possibilidade de assumir uma candidatura à CMB ou de integrar alguma lista? Não afasto a possibilidade de praticamente nada, desde que seja um contributo ou algo sério. Mas isso não está na minha cabeça de forma aguda. Não faz sentido neste momento pensar, com seriedade, na possibilidade de se incorporar uma candidatura porque faltam dois anos. A situação do país não está

Daniel Vieira da Silva

segredo especial. Recordo apenas que este é um período muito difícil para investimentos. Estamos a trabalhar arduamente nesta altura sobre esta matéria e desejamos um bom resultado.

Planeamento e pensamento sobre a cidade de Braga foi um dos temas abordados na entrevista fácil, os próprios partidos ainda não definiram os seus candidatos. Como observador exetrno, a nível local, parece-me que, no caso do PS, é sabido que vai haver eleições para a concelhia. Parece-me que o partido está a fazer o seu percurso de eleição do candidato. Do lado da coligação “Juntos por Braga”, não percebo como é que, havendo ainda eleições para a concelhia do PSD, como se pode definir o candidato. É claro que uma nova concelhia poderia definir outro candidato para Braga. Mas acha que António Braga ou Ricardo Rio estão a agir mal ao darem este passo? Quem sou eu para julgar? Acho que, se são candidatos pelo partido, deve ser o partido a apresentar o candidato. Poderá assim integrar uma candidatura independente? Não sei. Nem sequer sei se algum dia integrarei alguma candidatura. A minha área de especialidade são as cidades, sou um planeador de cidades. Isto significa que, em determinado momento, se a sociedade pensar que posso dar alguma coloboração, como o fez no passado quando endereçou convites, terei de considerar a hipótese de dar à sociedade aquilo que ela investiu em mim. Naturalmente não vou excluir nenhuma possibilidade. Sou independente. Não sou

filiado em nenhum partido político. Todos os cenários são possíveis e nenhum cenário é possível. Se calhar, um dia destes, terei de pensar nisso, muito seriamente. O ano de 2013 pode ser um ano de mudança, tanto na Reitoria, como na cidade de Braga. Está mais inclinado para assumir um projecto em qual dos palcos? Neste momento, o meu compromisso assumido com a academia e com o reitor é aquilo que desempenho actualmente. Daí para a frente não tenho nada pensado. Em termos de reitoria, não penso nada. A reitoria tem um líder, um Reitor no qual eu acredito, tem uma equipa na qual me integro e estou muito feliz e portanto não penso além disso. Acho que a UM tem um excelente Reitor e o que eu desejaria é que ele lá continuasse.

“É absolutamente seguro que um jovem licenciado vai ter que ter algum período de trabalho no estrangeiro”


TECNOLOGIA E INOV twittadas ANA CLARISSE ABREU anaclarisse@portugalmail.com

Criar uma aplicação em 5 minutos Já é possível criar aplicações nos smartphones da Nokia, em não mais de 5 minutos. Este desenvolvimento que permite divulgar conteúdos Web é recente e pode ser levado a cabo pelo próprio, através do site da

Ovi App Wizard. A Nokia informou que se encontra disponível para ajudar no processo, ou mesmo substituirse por quem tenha menos facilidade com a ferramenta, criando a própria aplicação, e remetendo-a depois de concluída. Youtube vai vender downloads de música, bilhetes de concertos e merchandising Foi anunciado pela Google que,

durante as próximas semanas, a empresa vai permitir aos seus parceiros que vendam música em formato digital, bilhetes para concertos e merchandise das bandas, através do youtube. Esta nova funcionalidade, chamada Merch Store, irá permitir uma interacção entre parceiros da Google e o crescente número de utilizadores do site. Entre os parceiros já confirmados encontram-se nomes como iTunes e a Amazon, no que res-

peita à venda de downloads de música, e Topspin e Songkick, no que concerne à venda de concertos e experiências.

Twitter triplica número de novos subscritores com ajuda do iOS 5 O Twitter conta presentemente com uma média de 250 milhões de tweets publicados por dia, verificando-se um crescimento de 177%, segundo as contas do

CEO da empresa. Também a percentagem de utilizadores que todos os dias fazem login no serviço subiu significativamente, passando dos 30%, em Janeiro deste ano, para um valor que ultrapassa os 50%. Segundo o responsável, este aumento ficará a dever-se, principalmente, à integração com a mais recente versão do sistema operativo móvel da Apple, o iOS 5.

edp (não) gosta disto! Adriana couto drianascouto@gmail.com

A página do Facebook da Energias de Portugal (EDP) tem sido inundada por centenas de comentários negativos feitos por utilizadores da famosa rede social, depois de a empresa ter eliminado do seu mural um comentário negativo de um cliente. Tudo começou com um simples comentário de Joana Couve Vieira, ao promover, na página do facebook da EDP, um grupo contra o projecto de expansão das barragens. O comentário, insignificante para muitas pessoas que tantas vezes vêem acções do género, gerou uma onda de indignação por parte dos utilizadores daquela rede social quando a EDP decidiu utilizar o seu Código de Conduta, disponível na página da empre-

sa, e pedir à utilizadora que participasse na comunidade com críticas construtivas. Catorze minutos depois, o antigo comentário de Joana Vieira foi removido da página. O Código de Conduta da EDP permite à empresa “eliminar, sem qualquer pré-aviso, conteúdos considerados ilícitos e denunciar tais situações à entidade Facebook”. O mesmo explicita ainda que nesses conteúdos estão incluídos “difamação, injúrias, ameaças e/ou abuso do nome e/ou imagem dos utilizadores da página e/ou da notoriedade e prestigio da marca” e “conteúdos que procuram o recrutamento para outras iniciativas que não as promovidas pela EDP”. Indignados com o sucedido, os utilizadores da página de uma das maiores empresas portuguesas começaram a

DR

fazer centenas de comentários negativos sobre o sucedido e a comentar as remunerações dos administradores da empresa, a política ambiental adoptada e o preço da electricidade em Portugal. EDP reage A EDP viu-se obrigada a colocar uma mensagem no seu Facebook em que se podia ler que estavam a seguir “com atenção os posts publicados no mural da nossa página e estamos empenhados em continuar a dialogar com a nossa comunidade, de forma a criar um ambiente construtivo onde todos podem participar”. A onda de comentários negativos continuou ao longo dos dias seguintes, levando a que a empresa decidisse retirar da sua página a opção que permitia aos utiliza-

EDP viu-se envolvida em polémica nas redes sociais dores comentar livremente no seu mural, esclarecendo, através de uma mensagem, que pretendem ter, sempre, “o canal activo, credível e aberto onde poderá ainda

comentar e discutir os nossos posts”. Desta forma, os seguidores da página apenas poderão fazer comentários nos posts da EDP.

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OVAÇÃO

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liftoff, gabinete do empreendedor da AAUM, apresenta...

“Desafio “Talento com Fibra 2011/212” Cria um novo produto PT Âmbito: Desafio Talento com Fibra é uma iniciativa da Portugal Telecom que pretende, através de uma plataforma online, obter propostas para um novo produto PT, a criar por alunos universitários. Na plataforma online, os alunos podem submeter, editar, votar e comentar propostas de outros participantes. Estas propostas deverão estar enquadradas com a área de negócio da PT e actuação das respetivas marcas.

A quem se destina: Estudantes universitários residentes em Portugal Continental e Ilhas;

> 26 OUTUBRO 11 Workshop “Gestão de Carreira” Sede AAUM Braga

> 30 OUTUBRO 11 Data limite para divulgação das 8 melhores ideias candidatas ao concurso “Empreendedorismo está na Moda”

Objetivo: Aproximar os alunos ao mundo empresarial e premiar os autores das melhores “Propostas de Inovação” após análise por um júri interno; Prémios: Vencedor: Possibilidade de integração no Programa Trainees PT 2012/13

Prémios para os autores das 50 melhores propostas: Placas de Banda Larga Móvel TMN; Telemóveis SAPO A5; Serviço SAPO ADSL / MEO; anuidades gratuitas.

Inscreve-te em: www.talentocomfibra.telecom.pt/ Sabe mais sobre o programa trainees PT em: www. telecom.pt/traineespt/candidaturas > 9 NOVEMBRO 11 Dia do Empreendedor Aniversário LiftOff

> 14 NOVEMBRO 11 Workshop “Comunicação com o Mercado de Trabalho” Sede da AAUM Braga

> 22 NOVEMBRO 11 Workshop “Networking” Sede AAUM Braga

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CULTURA revolta, emoção e amor: este é o mais complexo disco de shara worden My Brightest Diamond - All Things Will Unwind (2011) Shara Worden é das melhores, mais emotivas e arrepiantes vozes que alguma vez ouviremos

DR

PAULO SOUSA paulo.sousa@rum.pt

Os My Brightest Diamond misturam elementos que vão desde a ópera ao cabaret, da música de câmara ao pop rock. Mas o ponto de partida são sempre as histórias de sonhos idílicos, o ambiente de contos de fada, as críticas políticas e sociais e a voz deliciosa de Shara Worden. Filha de um reconhecido músico clássico e de uma organista de igreja, Worden cresceu no Michigan rodeada de jazz, gospel e música clássica. Estudou ópera na University of North Texas e depois de se graduar foi para Nova Iorque, onde continuou a estudar canto. Começou a envolver-se no meio underground da Grande Maça e inspirou-se nos espectáculos intimistas de Nina Nastasia e de Antony and the Johnsons. Em 2003 começou a escrever e

a compor inspirando-se em todo o seu historial clássico, misturando-o harmoniosamente com a música de vanguarda da costa atlântica. Em 2005 colaborou com Sufjan Stevens e em 2006 estreou-se com “Bring Me The Workhorse”, já com a denominação de My Brightest Diamond. Em 2008 lançou o segundo trabalho, composto para um quarteto de cordas. Apesar disso, “A Thousand Shark’s Teeth” contou com o trabalho adicional de uma orquestra composta por 20 diferentes músicos e claro, com a voz arrepiante de Shara Worden. Recentemente saiu o terceiro trabalho, o mais complexo e bem conseguido da norte-americana. Mantendo o ambiente campestre mas urbano e as emoções fortes facilmente perceptíveis pela poderosa capacidade vocal de Worden, esta também

aproveita para desabafar algumas revoltas interiores. Não deixa de criticar a actual crise económica e de intervir com ideias políticas bem vincadas em diversos temas do álbum. Mas assim como a política está presente neste disco, está também a vida pessoal de Shara Worden. No Verão de 2010 deu à luz o seu primeiro filho e podemos encontrar temas alusivos a esta grande mudança na sua vida. Exemplo máximo disso mesmo é o tema “I Have Never Loved Someone The Way I Love You”. “All Things Will Unwind” é mais um disco obrigatório para qualquer melómano e é a confirmação de que Shara Worden é das melhores, mais emotivas e arrepiantes vozes que alguma vez ouviremos. É também a certeza de que vale a pena ter sempre debaixo de olho os My Brightest Diamond.

theatro circo recebeu novo álbum dos FÁBIO ALVES fabiioalves@gmail.com

O Theatro Circo recebeu no fim-de-semana, a banda portuguesa Dead Combo, acompanhada pela Royal Orquestra das Caveiras. Tendo lançado o álbum “Lisboa Mulata” neste mês de Outubro, como relatou o ACADÉMICO há duas semanas, trouxeram até Braga, e aos ouvidos dos espectadores que preencheram quase na totalidade a plateia, o fado, o “western” e o rock alternativo. O palco inicial, apenas pisado por Tó Trips e Pedro Gonçalves (os Dead Combo, diga-se), foi posteriormente ocupado por Alexandre Frazão (bate-

ria), Jorge Ribeiro (trombone), João Marques (trompete), João Cabrita (saxofone) e Ana Araújo (piano), integrantes da orquestra acompanhante. No final do espectáculo, para além dos aplausos eufóricos e da ovação em pé, o ACADÉMICO teve oportunidade de conhecer pessoalmente o duo, numa breve entrevista: Que tipo de inspiração procuraram para este novo trabalho, incluindo não só sonoridades ou influências musicais, mas também outro tipo de artes? Tó: Ouvimos um pouco de tudo, desde rock, música africana, jazz, música im-

provisada, metal... O que procurámos fazer neste disco foi o mesmo que fizemos nos restantes. Por outro lado, incluímos as sonoridades africanas que era uma coisa que ainda não tínhamos explorado. Já tínhamos umas “malhas”, essencialmente no segundo álbum, pois fizemos questão e pensámos um pouco no assunto. Apesar de não sermos uns gajos de pensar muito, chega a uma altura em que tens de pensar senão começas-te a repetir. [A influência africana presente no álbum] é a ideia que fazemos disso. Como interpretaram as pri-

Lisboa Mulata chegou, desta vez, ao Theatro Circo em Braga


PÁGINA 17 // 25.OUT.11 // ACADÉMICO

RUM BOX

AGENDA CULTURAL

TOP RUM - 42 / 2011 21 OUTUBRO

13 CHARLOTTE GAINSBOURG Terrible angels

BRAGA

1 TIGUANA BIBLES Surrender

14 DOISMILEOITO Quinta feira

2 WE TRUST Time (better not stop)

15 HORRORS, THE Changing the rain

3 BEIRUT - Santa Fé

16 JOAN AS POLICE WOMAN The magic

4 DEUS - Constant now 5 FEIST How come you never go there 6 PZ - For sure 7 M83 Midnight city

17 NEW DIVISION, THE Starfield 18 STROKES, THE Under cover of darkness 19 WASHED OUT - Amor fati 20 LUÍSA SOBRAL - Xico

8 JP SIMÕES E AFONSO PAIS A marcha dos implacáveis 9 FOSTER THE PEOPLE Pumped up kicks

POST-IT

24 > 28 Outubro 10 LONG WAY TO ALASKA United colors of patapon 11 LOUSY GURU - Ampola 12 SMIX SMOX SMUX Quantas vezes já

MESA Cedo O Meu Lugar TOM WAITS Back In The Crowd REAL ESTATE It’s Real

dead combo Maria João de Sousa

MÚSICA 27 de Outubro Rodrigo Leão & Cinema Ensemble Theatro Circo 29 de Outubro XVI Trovas – Festival Internacional de tunas femininas Theatro Circo FOTOGRAFIA Até 31 de Outubro Encontros da Imagem 2011 – 21º Edição

Mosteiro de Tibães, BragaParque, Museu Nogueira da Silva, Galeria Show Me, Pedro Remy, Casa dos Crivos, Museu D. Diogo de Sousa, Museu da Imagem

GUIMARÃES

CINEMA 29 de Outubro Festival de Curtas-Metragens “Fast Forward Film Festival” CCVF MÚSICA

31 de Outubro Halloween São Mamede

BARCELOS TEATRO 28 de Outubro Coração Pulsátil Subscuta

FAMALICÃO

MÚSICA 29 de Outubro Mão Morta – Pelux in Motion Csaa das Artes

LEITURA EM DIA 1 - Canções de Amor em Lolita’s Club de Juan Marsé, Ed.Campo das Letras. A recuperação de um romance do escritor espanhol, vivo, mais importante; simplesmente genial. 2 - A Bruxa Mimi vai à Praia de Valerie Thomas e Korky Paul, Ed.Gradiva. A incontornável Mimi e o gato Rogério em mais uma festa de criatividade;

de Sérgio Luís de Carvalho, Ed.Oficina do Livro. A memória e o respeito pelo Outro na escrita de um bom escritor português - de leitura obrigatória.

3 - O Segredo de Barcarrota

4 - Os Prémios Literários

meiras reacções ao álbum? Tó: Não queremos estar a ser modestos, mas recebem-nos sempre bem. Estivemos em Praga e em Bucareste, onde nunca tínhamos estado, e as pessoas que foram ver o concerto vieram-nos dizer que nos adoraram e compraram todo o merchandising que levámos. Mas é pessoal que não nos conhece de lado nenhum e como é que gostam disto? [risos]

nham em mente? Pedro: Temos agora a peça de teatro “A Voz Humana”, em Lisboa, e um filme realizado pelo Bruno de Almeida, acerca da morte de Humberto Delgado, para os quais iremos fazer a banda sonora. Também temos um projecto com grupos folclóricos, para Guimarães 2012. Tó: Temos sempre algo para fazer, mesmo que não seja de fora, há sempre “malhas” e outras coisas a fazer: é tocar.

Leya e Man Booker Prize de Julian Barnes viu ser-lhe feita justiça e para ler, ou reler, Nada a Temer, Ed.Quetzal. 5 - Os Mistérios de Jerusalém de Marek Halter,ed. Bizâncio. As estórias da História e a procura da “verdade”. Uma leitura sofisticada e límpida. Para ouvir de segunda a sexta (9h30/14h30/17h45) na RUM ou em podcast: podcast.rum.pt Um espaço de António Ferreira e Sérgio Xavier.

Acham então que o público internacional é receptivo quanto à vossa música? Pedro: Sim, tanto em Praga como em Bucareste. Não houve nenhum sítio em que tenha corrido mal. Mesmo tendo “Lisboa Mulata” apenas poucas semanas de vida, já existe algum tipo de projecto futuro que te-

As colaborações deste disco resumem-se a quatro, acabando por torná-lo mais intimista e pessoal. Era esse o objectivo? Pedro: Decidimos que queríamos voltar às origens, voltarmos a ser os dois a tocar, voltar ao primeiro disco. Novidades, pronto, há o Marc

Ribot, que era alguém que sempre quisemos ter, pois também é responsável pelos Dead Combo existirem e um dos maiores músicos à face da terra, na nossa opinião. O Camané e o Sérgio Godinho não necessitam de grandes apresentações. Depois, o Alexandre Frazão, que é o nosso companheiro de estúdio e de estrada. Tó: Queríamos voltar a ser mais simples. O último, “Lusitânia Playboys”, tinha muitos convidados e arranjos. Também é uma forma de nos distanciarmos desse último trabalho.

Ficam aqui, então, as memórias de um concerto simples, mas refinado; melancólico, mas intemporal; e, acima de tudo, emocionalmente denso.


PÁGINA 18 // 25.OUT.11 // ACADÉMICO

DESPORTO

mundial de futsal - minho 2012 apresentado oficialmente CARLOS REBELO c.covasr@gmail.com

Decorreu na passada sexta-feira a apresentação oficial do 13º Campeonato Mundial Universitário (CMU) de Futsal que irá ter lugar no Complexo Desportivo Universi-

Nuno Gonçalves/Dicas

tário de Gualtar, Braga. Este evento irá decorrer de 18 a 25 de Agosto de 2012 e contará com a presença de atletas de cerca de 30 países. A apresentação iniciou-se com uma conferência de imprensa, a qual contou com a presença de várias figuras co-

Evento promete envolver toda a universidade nhecidas no futsal nacional, entre elas, Jorge Braz – selecionador nacional de futsal , Orlando Duarte – treinador do Sporting Clube Portugal e campeão mundial universitário em 2008, Pedro Palas – treinador do SCB/AAUM, assim como dos atletas André Machado (SCBraga/AAUM) e Pedro Cary (Sporting). A cerimónia contou ainda com a presença de Luís Rodrigues, presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) e também Presidente do Comité Organizador do CMU 2012, Carlos Silva, administrador dos SASUM, José Mendes, vice-reitor da Universidade do Minho (UM) e Vitor Sousa, vice-presidente da Câmara Municipal de Braga. Em entrevista a Luís Rodrigues e falando da importância do CMU 2012 , o presidente da AAUM referiu que “é um evento da maior importância no desenvolvimento da modalidade, não só ao nível universitário, mas

também ao nível federado”. Estes dois níveis podem-se completar e entreajudar-se para um maior desenvolvimento da modalidade. “Temos exemplos de atletas que praticam desporto universitário e que são atletas de selecção nacional universitária e também de selecção nacional , tal como Pedro Cary do Sporting e André Sousa da Associação Académica de Coimbra (AAC).” Mundial vai para além do futsal Quanto à organização do CMU 2012, Luís Rodrigues diz que “ este campeonato vai além da componente desportiva, onda a AAUM e a UM querem aproveitar a componente de investigação da Universidade e tecnologia que a própria dispõe para o desenvolvimento de vestuário desportivo e desenvolvimento de técnicas de validação do golo nesta modalidade” ou seja, incluindo também os cursos e várias áreas de investigação

para que toda a comunidade académica esteja incluída e participe neste mundial universitário, beneficiando todas as entidades envolvidas. Concluindo, Luís Rodrigues diz que espera que este evento “ não seja só marcante para a AAUM e UM, mas também para o desporto universitário e para a própria modalidade de futsal da qual esperamos que, num futuro próximo, haja um maior reconhecimento e apoios ao nível da Federação Portuguesa de Futebol para o desporto universitário da modalidade.” Já José Mendes, o vice-reitor da Universidade do Minho referiu ainda que “a Universidade do Minho tem já tradição em organizar competições internacionais à escala europeia e mundial, desde há alguns anos, tendo já organizado um campeonato do mundo de futsal universitário. Este campeonato surge na sequência desses eventos e no entendimento firme e convicto que a Universidade do Minho tem, que a prática do desporto faz parte do quadro das competências necessárias ao estudante universitário”, reiterou. Conjugando estes dois objectivos, o vice-reitor da UM espera um campeonato de sucesso na Universidade do Minho no próximo ano de 2012. PUB.


Capital Europeia da Juventude marca presença no jogo do S.C. Braga na Eslovénia com Maribor 2013: Capital Europeia da Juventude Em 2012, Braga é Capital Europeia da Juventude e Maribor herda o mesmo título - Capital Europeia da Juventude - em 2013. Na quinta-feira, dia 20 de Outubro, o NK Maribor e o Sporting Clube de Braga defrontaram-se na terceira jornada da Liga Europa. As duas capitais aproveitaram assim a coincidência desportiva para uma acção de divulgação das Capitais Europeias da Juventude, sob o tema Youth for FairPlay em antecipação do jogo. Na acção de promoção, na quinta-feira ao final da manhã, um grupo de 30 jovens - 15 com camisolas do SC Braga e 15 com camisolas do NK Maribor - a distribuíram abraços no principal centro comercial da cidade eslovena. As duas organizações pretendem assim promover o fairplay, ou seja o bom relacionamento entre os adeptos das duas equipas, bem como os princípios de responsabilidade social e cidadania activa, áreas de acção de ambas as Capitais. A acção serve também para a organização de Braga 2012 retribuir a visita de Maribor a Portugal, em Julho deste ano, e dar continuidade ao

trabalho desenvolvido entre as Capitais, bem como ênfase ao trabalho em rede desenvolvido com outras Capitais Europeias da Juventude, nomeadamente Antuérpia 2011. Braga 2012 reuniu então também com Maribor 2013, dando continuidade ao trabalho iniciado aquando da visita de Maribor ao Minho em Julho. As reuniões serviram para partilha de boas práticas, estrutura e modo de funcionamento, além da cooperação integrada em todos áreas de acção conjunta, nomeadamente os programas de voluntariado europeu e Erasmus. Braga 2012 também é a primeira Capital Europeia da Juventude a ter como objectivo de cooperação internacional o trabalho em rede de todas as capitais da juventude, pelo que a reunião complementou e reforça trabalho nesse sentido. A organização reuniu ainda com o Presidente de Câmara de Maribor em que estiveram a discutir maior cooperação e mais integrada, a possível geminação das cidades, os programas e o trabalho em rede, que já está a ser desenvolvido com as par-

cerias na área do Programa de Formação Juventude em Acção, com o possível intercâmbio entre associações de voluntários. Hugo Pires, o vereador da Câmara Municipal de Braga e Presidente Conselho de Administração da Fundação Bracara Augusta disse:

“Foi um prazer visitar a Câmara Municipal de Maribor, no âmbito dos trabalhos da Capital Europeia da Juventude. Esta é a segunda reunião com Maribor, após a reunião em Braga em Julho, o que nos permite estreitar laços entre as organizações e cumprir o objectivo de ter

todas as Capitais Europeias da Juventude a trabalhar em rede. Falamos também sobre a passagem de testemunho no final de 2012, aproveitamos ainda para promover o FairPlay entre as duas equipas e claro para promover Braga por essa Europa fora.”



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