Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 135 / ANO 5 / SÉRIE 3 TERÇA-FEIRA, 09.NOV.10 www.academico.rum.pt www.facebook.com/jornalacademico www.twitter.com/jornalacademico
“Pretendemos que os estudantes vejam o empreendedorismo como uma forma de estar na vida” campus Provedor abre as portas aos estudantes
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Reportagem
“As Encalhadas” Uma solteirona convicta, uma mal casada e uma amante de longa data. Eis a fórmula secreta para o sucesso da comédia músical “Encalhadas” Página 10
SEGUNDA PÁGINA 02.NOV.10 // ACADÉMICO
BARÓMETRO
EM ALTA
NO PONTO
EM BAIXO
Gabinete do Empreendedor Um projecto ímpar com uma visão estratégica muito forte. A Associação Académica da Universidade do Minho lança esta semana o Gabinete do Empreendedor - Liftoff - e nele os empreendedores da UM poderão entrar num “foguetão” que os irá levar à realização prática das ideias em mente. Parabéns e boa sorte!
Provedor do Estudante na UM Um espaço junto dos estudantes. Prof. António Paisana, Provedor do Estudante já se encontra instalado nos campi para receber os alunos, cumprindo a sua tarefa de ser uma ponte essencial para o aconselhamento e resolução de alguns problemas dos estudantes. Ainda assim, a sua actividade já tinha começado há muito.
Álcool entre os portugueses Já são mais de meio milhão os portugueses que estão dependentes de álcool. Uma situação que preocupa algumas entidades de saúde que consideram a bebida a “cocaína da Europa”. Este número [que pessoalmente considero preocupante] tem de ser tido em conta e as medidas preventivas postas em prática.
DANIEL VIEIRA DA SILVA // daniel.silva@rum.pt
EDITORIAL
Inaugura hoje, dia 9 de Novembro, o Gabinete do Empreendedor da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM). Com o nome de Liftoff, este gabinete promete ser um espaço essencial para um futuro que se pretende empreendedor dos estudantes da Universidade do Minho. Espera-se realmente que este “foguetão” leve os alunos minhotos à viabilização de algumas das suas ideias. Este era um projecto há muito aguardado. As parcerias existentes com o Liftoff, nomeadamente a Universidade do Minho, Câmara Municipal de Braga, TecMinho, SpinPark, AvePark e EditValue são, sem sombra para qualquer dúvida, sinónimo da importância e profissionalismo de um projecto inovador, cativante e, por si só, empreendedor. Tenho a certeza que esta semana se estará a escrever uma página de ouro na história da AAUM com a abertura deste gabinete do qual, o ACADÉMICO se sente honrado em ser um dos “media partners”, desde a sua génese. Ainda esta semana damos conta da presença do Provedor do Estudante ainda mais próxima dos alunos. Um gabinete no CP II está agora aberto dentro do horário previsto [ver notícia página 6] para atendimento, para dar informações e resolver alguns problemas que afectam o percurso académico dos estudantes minhotos. Ainda esta semana, a cultura volta a “marcar pontos” na edição do ACADÉMICO. Festival Cidade Berço, Guimarães Jazz, BragaCine, “Encalhadas” e a crónica de “Social Network”, o filme do momento, pretendem abrir os horizontes e dar a conhecer a todos vós o que a cultura pode significar nas nossas vidas. Crónicas e notícias a não perder. A passada semana ficou ainda marcada por reuniões importantes e decisivas no que à situação económica dos estudantes do Ensino Superior diz respeito. Da reunião com o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor e o presidente da Associação Académica da Universidade do Minho, Luís Rodrigues, destaca-se alguma abertura por parte do Ministério no sentido de reavaliar a situação injusta que resulta do aumento de preços no alojamento e alimentação. Luís Rodrigues sublinha ainda que houve indicações para que se procedesse a uma rectificação destes aumentos. A confirmar-se, esta situação constitui uma “vitória”, numa batalha, a Acção Social, com que o movimento estudantil nacional se tem deparado e à qual tem estado particularmente interventivo neste último ano. Que os próximos tempos sejam sinónimo de mais vitórias, maior justiça e da contínua luta em defesa dos interesses dos estudantes. Até para a semana.
FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // Terça-feira, 09 Novembro 2010 / N135 / Ano 5 / Série 3 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // REDACÇÃO: Ana Sofia Dias, Ana Sofia Machado, Ângela Coelho, Bruno Fernandes, Carlos Rebelo, Cátia Alves, Cláudia Fernandes, Cláudia Rêgo, Cristina Silva, Diana Sousa, Diana Teixeira, Diogo Araújo, Eduarda Fernandes, Eduardo Rodrigues, Filipa Barros, Filipa Sousa, Franscisco Vieira, Goreti Faria, Goreti Pêra, Inês Mata, Iolanda Lima, Joana Gramoso, Joana Neves, José Lopes, Lucilene Ribeiro, Maria João Quintas, Mariana Flor, Neuza Alpuim, Patrícia Painço, Rita Vilaça, Sara Pestana, Sofia Borges, Sónia Ribeiro, Sónia Silva, Tânia Ramôa e Vânia Barros // COLABORADORES: Cátia Castro, José Reis, Elsa Moura // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva e Luís Costa // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: jornalacademico@rum.pt // TIRAGEM: 2000 exemplares
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LOCAL Jazz a quanto obrigas (e ainda bem!) José Reis josé.reis@rum.pt
Os amantes do jazz podem esfregar as mãos de contentes: a partir de quinta-feira, há dia e hora marcados para se encontrarem com o que, no entender da organização, é o que de mais estimulante se faz neste domínio a nível mundial. Arranca esta quinta-feira a 19ª edição do Guimarães Jazz. Muitos ainda se lembram (ou melhor, alguns ainda se lembram!) do tributo que marcou o início do Guimarães Jazz na edição do ano passado – Miles Davis era
a figura em destaque. Este ano, a equipa de programação apostou também num concerto comemorativo de outro nome forte do panorama jazzístico para abrir o festival: Lionel Hampton. “Ele foi um importante vibrafonista, tendo colaborado com grandes nomes do jazz mundial e, por isso, fazia todo o sentido convidarmos este projecto para a abertura”, salienta Ivo Martins, programador e director do festival, acrescentando que a edição deste ano tem “uma certa continuidade” com a edição do ano anterior, tendo em conta as
linhas programáticas e os nomes convidados. O tributo a Lionel Hampton, a que fazíamos alusão, será feito pela M.F. Production’s Celebration of Lionel Hampton, “uma orquestra muito interessante e com grande nomes do jazz mundial, como Red Holloway no saxofone ou Jason Marsalis no vibrafone”, enumera Ivo Martins, na apresentação deste primeiro grande concerto do Guimarães Jazz (noite de quinta-feira, 11). Pessoas no centro da programação Esta edição (tal como as
anteriores) é dividida “em duas grandes partes”, uma do dia 11 a dia 14, outra de 17 a 20. Mas sempre tendo como foco da atenção da programação... as pessoas. “O público que aqui vem, as pessoas que gostam do festival são a nossa maior preocupação”, destaca Ivo Martins, programador e director do festival há já largos anos. “Nós trabalhamos para o público de Guimarães e, apesar de termos muitas pessoas que vêm de Lisboa ou mesma da Galiza ou Madrid, a nossa preocupação é sempre o público de Guimarães”, esclarece Ivo Martins.
Foi, por isso, a pensar nele (foi a pensar em todos os que gostam de boa música!) que surgem na edição deste ano Kenny Garret, “saxofonista de excelência”, a 12; ou ainda um trio composto por Joe Lovano, Dave Liebman e Ravi Coltrane, “uma “miniorquestra” de saxofones”, a 13; ou ainda a fina-flor do jazz nacional reunida no Projecto Toap/Guimarães Jazz, com André Fernandes, Nelson Cascais, Marcos Cavaleiro e Mário Laginha com Julian Arguelles, a 14. Todos os concertos têm lugar no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães.
A 8ª edição do Bragacine regressa a casa Cátia Alves catia_gomes_alves@hotmail.com
De 8 a 11 de Novembro realizar-se-á a 8ª edição do Bragacine, na Universidade do Minho, e contará com a presença de Colin Artur. Esta edição é marcada pelo regresso a casa. Com efeito, o Bragacine é organizado pelo Cineclube da UM (cine:UM) cuja comissão executiva é designada “7.ª arte”. Algumas homenagens se-
rão feitas, nomeadamente a realizadores e actores. Porém, o objectivo central será baseado nas antestreias de curtas-metragens. Os filmes são independentes mas possuem uma vertente mais comercial a fim de cativar um público cinematográfico. O Festival Internacional de Cinema Independente de Braga terá como palco o complexo pedagógico 2 no campus de Gualtar, na Universidade do Minho. O grande homenageado será Colin Artur, director de
efeitos visuais do conhecido “2001 – Odisseia no Espaço”, cuja cerimónia decorrerá logo no primeiro dia das festividades. Na sessão de abertura serão homenageados Colin Arthur, Jorge Netor - o protagonista de “Balas e bolinhos” - e outros grandes nomes como Joaquim de Almeida e Nicolau Breyner. No dia 11, será a vez de Paul Naschy ver o seu mérito reconhecido neste Festival, bem como Sofia Póvoas, Cláudia Vieira, José Wallestein e Maria João Bastos.
Também no dia de encerramento irão ser entregues os prémios Augusta das obras a concurso. Ainda nessa noite, a partir das 00.15h, será exibido o filmes vencedor do Grande Prémio Augusta/Bragacine 2010 e ainda a curta e longa-metragem vencedoras. A edição deste ano irá ainda contar com a apresentação do livro “Janela da alma” de Renata Pereira Correia e com a exposição de quadros de Marilyn Monroe e poster alusivos à história do cinema.
Por fim, realizar-se-á a Feira de Literatura Cinematográfica e DVD. Artur Barros, responsável pela organização do Bragacine, em entrevista à comunicação social, confidenciou que a organização do certame não é tarefa fácil e que a questão monetária é um dos maiores entraves. Como em qualquer outro Festival, no final de cada dia realizar-se-ão festas no Carpe Noctem e no Café Del Mar, de 8 a 11, e, no dia 10, a noite irá prolongar-se no Sardinha Biba.
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CAMPUS
Universidade do Minho Vs. Sedentarismo e Obesidade Goreti Faria goreti.fcs@gmail.com
Provavelmente dita diariamente por milhares de pessoas em todo o mundo, a frase “Acho que hoje não vou ao ginásio” é o reflexo de uma sociedade cada vez mais sedentária e de uma vontade cada vez mais pequena de combater um estilo de vida que sabemos não ser aconselhável. A agravar este cenário está o facto de o sedentarismo não gostar de andar sozinho: é acompanhado por uma alimentação deficiente, por um consumo de álcool reiterado e, em quantidades excessivas,
por uma dependência surpreendentemente generalizada de tabaco e por vários outros hábitos relativamente aos quais a nossa saúde se mostra céptica. É ainda um dos factores que está na origem da obesidade, que, apesar de ser um fenómeno que se encontra associado a factores de ordem genética, é também influenciado por factores comportamentais, ambientais, culturais e socioeconómicos. Numa tentativa de combater esta tendência, o Departamento de Desporto e Cultura dos Serviços de Acção Social da Universidade do Minho, no âmbito do está-
gio de seis estudantes de Educação Física do Instituo Superior de Fafe, trouxe até à comunidade académica, através do Programa de Combate ao Sedentarismo e Obesidade, um primeiro passo simples, eficiente e gratuito: entre os dias 1 e 10 de Novembro têm lugar no Complexo Desportivo do Campus de Azurém, consoante inscrição prévia, consultas dadas por especialistas na área do desporto e da saúde alimentar. Nestas consultas, em troca da descrição de hábitos alimentares, desportivos e outros com estes relacionados, é feita uma avaliação cuidada
do estilo de vida do consultado e elaborado um plano de correcção que deverá ser cumprido e os resultados do qual serão analisados numa próxima consulta agendada para três meses depois da primeira. Fernando Parente, director do departamento, explica que o objectivo essencial do programa é “a alteração de hábitos e comportamentos que potenciem o sedentarismo e a obesidade” e, como tal, procura-se “proporcionar um aconselhamento e orientação técnica às pessoas que pretendam alterar esse padrão”, motivando-as através do estabelecimento
de “metas susceptíveis de serem alcançadas”, educando-as relativamente a “conceitos de aptidão física” e tornando-as conscientes de riscos que eventualmente possam estar a correr. A afluência ao programa tem sido bastante forte, contando-se entre a procura alunos, professores e funcionários – um cenário que contrasta agradavelmente com a opção de negligenciar a perda de qualidade de vida que resulta inevitavelmente de um quotidiano caracterizado por comida empacotada e muitas horas em frente ao computador. E desse lado? Ainda sentado?
Tunas festejam à volta do Berço Sara Pestana sarapestana@hotmail.com
Gostam de cantorias? Querem festa? Preparem-se porque a VII edição do Festival de Tunas Académicas está mesmo aí à porta! Desde 2007 que este evento tem seguindo um percurso normal de crescimento. A tuna de Engenharia da Universidade do Minho – Afonsina, recomeçou em força com uma consolidação da sua estrutura organizacional, bem como com a mudança dos ensaios no
Auditório Nobre, para outra sala com maior espaço. A Cidade Berço será o palco das actuações que se realizarão nos dias 12 e 13 de Novembro. Procura-se que o festival seja uma referência da cultura em Guimarães, pois como afirma o presidente da Afonsina, Bartolomeu Fernandes, “temos o nosso público, temos o nosso espaço” e, independentemente, do que possa acontecer nesses dias, ter casa cheia é “garantido”. O encontro promete dois dias recheados de animação aca-
démica. Na sexta-feira, as tunas serão recebidas no pólo de Azurém e, pelas 22h horas, actuarão no centro histórico da cidade, onde interpretarão as tradicionais serenatas. No dia seguinte, será o momento do festival propriamente dito que se realizará no Centro de Artes e Espectáculos São Mamede, pelas 21h. Ainda haverá tempo para outras animações, jantares e momentos de convívio. A Estudantina Universitária de Coimbra, Tuna da Universidade Católica Portuguesa do Porto,
Tuna Universitária de Aveiro e Desertuna – Tuna Académica da Universidade da Beira Interior, serão as tunas participantes nesta VII edição. O festival será apresentado pelo cómico Grupo de Jograis Universitários do Minho – os Jogralhos e terá a Tun’Obebes como tuna extra-concurso. Espera-se uma boa adesão do público para que, mais uma vez, a “casa encha”, sublinha a Afonsina. Assim na sexta, como é um dia aberto ao público em geral, espera-se que o Lar-
go da Oliveira fique completamente preenchido. Já no sábado, é óbvio que o público nunca poderá exceder a lotação do S. Mamede, mas a ocupação de todos os lugares é o objectivo. O bilhete será aplicado apenas ao segundo dia de festival e terá um preço simbólico de 5 euros para a plateia e para o segundo balcão, enquanto no primeiro balcão será apenas de mais dois euros. Os bilhetes estão à venda no GAA de Guimarães, no S. Mamede CAE, Café Óscar e no Café da Universidade.
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14 Velas para a Escola de Arquitectura Ana Sofia Dias anita.n4@hotmail.com
O pólo de Azurém esteve, entre 27 de Outubro e 3 de Novembro, em comemorações. Por ocasião dos 14 anos da Escola de Arquitectura da Universidade do Minho (EAUM), várias foram as actividades promovidas e que, pela sua relevância, alcançaram destaque e divulgação em diversos órgãos, entre eles a Ordem dos Arquitectos. O reconhecido arquitecto José Forjaz, da Universidade Eduardo Mondlane, em Moçambique, começou a iniciativa com a conferência “A essência do projecto”, aula inaugural do presente ano lectivo.
Já a sessão solene de comemoração aconteceu no passado dia 3 de Novembro, na EAUM, com a presença e intervenção do Reitor da Universidade do Minho, António Cunha, do Presidente da Escola de Arquitectura, Paulo Cruz e da arquitecta Alexandra Gesta, em representação do presidente da Câmara de Guimarães. Foram também entregues cartas de curso e prémios escolares aos futuros arquitectos licenciados pela UM. Em discurso, o Reitor anunciou a aposta em projectos ligados às artes visuais e performativas e ao design na Escola de Arquitectura, pois “permitirão alargar o seu espectro, mas também serão muito interessantes para a afirmação e alar-
gamento da actividade da Universidade do Minho em Guimarães”. Acrescentou ainda que não ignorando o empenho da Escola, existe um grande percurso a percorrer nas dimensões da “afirmação internacional da investigação e da internacionalização que se quer aumentada, como se passa em todos os domínios do conhecimento”. No mesmo dia decorreu a conferência “Três Obras”, com o arquitecto António Belém Lima, e a “Festa da Castanha”, organizada pelos alunos do 5º ano. Os simpatizantes da arquitectura ainda podem participar nas comemorações, uma vez que no Museu da Escola de Arquitectura da UM estará patente, até dia
17 de Dezembro, a exposição colectiva de arquitectos/ antigos alunos EAUM, “14 Arquitectos, 14 obras, 14 anos”. Término a 26 de No-
vembro terá a mostra “Obsessão” do arquitecto formado na Escola aniversariante, Vasco Mourão, nos Estúdios UM.
A sessão solene contou com a partcipação do Reitor da UM, do Presidente da Escola de Arquitectura e de uma representante da Câmara Municipal de Guimarães
XIII Jornadas de Engenharia Biológica Sónia Ribeiro sonia_cc@live.com.pt
O Núcleo de Estudos de Engenharia Biológica (NEEB) promove as XIII Jornadas de Engenharia Biológica nos dias 8, 9 e 10 de Novembro, no campus de Gualtar, em Braga. Durante três dias, professores, docentes e investigadores discutem assuntos actuais da área. “A mais-valia deste programa é o de incluir, num único evento, intervenções em áreas tão diversas e interessantes como a Bioenergia, Engenharia de Células e Tecidos, Biologia de Sistemas, Biotecnologia na Indústria Farmacêutica entre outras”, refere a Direcção do NEEB. Porque “em
qualquer destas áreas há intervenção do engenheiro biológico”, acrescenta. De acordo com os responsáveis, “o objectivo destas jornadas é dar conhecimento aos alunos desta academia e ao público em geral que tem interesse pelas áreas de actuação da Engenharia Biológica, do mercado de trabalho e do tipo de iniciativas que tem vindo a ser desenvolvidas nos últimos tempos”. Possibilidade de visitar empresas da área A grande novidade das Jornadas deste ano é a possibilidade dos participantes visitarem algumas empresas da área, nomeadamente a Braval, Portucel, Adega Coope-
rativa de Felgueiras e Torrié. Com esta nova componente, o objectivo é “contribuir para que os participantes conheçam melhor o funcionamento de uma indústria e o seu panorama”. “Estas visitas permitem observar na prática o que se aprende teoricamente ao longo do nosso curso, daí ter surgido esta inovação”, acrescenta a comissão organizadora. Cada painel conta ainda com a presença de pessoas com experiência profissional nas respectivas áreas, tanto a nível empresarial, como a nível académico, visto que este “poderá ser o primeiro contacto com individualidades do tecido empresarial para alguns dos
nossos colegas”, explicou o NEEB. A preparação desta edição das Jornadas tem exigido muita cooperação e comunicação entre todos os colaboradores. “A organização do programa é uma tarefa complexa, que nos obrigou a contínuas alterações e/ou adaptações. Também ao nível de patrocínios tem sido muito complicado, sendo poucos os que colaboram com a nossa iniciativa, aos quais desde já agradecemos todo o apoio”, conta a direcção do NEEB. Uma mais valia para os alunos Na opinião do NEEB, as Jornadas contribuem “para abrir as mentes à realidade
actual e aos novos desenvolvimentos”, ajudando a “perceber melhor quais as futuras áreas de interesse para os vários alunos do curso e o futuro que gostariam de seguir”. Mas as expectativas quanto à adesão não são as melhores: “Pensamos que não será tanta quanto a que gostaríamos infelizmente, pois os alunos encontram-se bastante ocupados. E alguns ainda não se aperceberam de que participar em actividades extra curriculares, representa uma mais valia para os mesmos a nível profissional, já que se pretendem pessoas dinâmicas e interessadas que possuam um vasto leque de actividades fora da sala de aulas”.
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Provedor abre as portas aos estudantes Bruno Fernandes micanandes@gmail.com
“Estar 100% à disposição dos alunos”: este é o lema do Provedor do Estudante, Prof. António Paisana. Em “plenas funções” desde o passado dia 28 de Setembro, o Provedor já ajudou a resolver alguns casos, tendo, neste momento, “dois pendentes”. A figura do Provedor, criada com o novo jurídico das instituições do ensino superior obriga a que cada instituição tenha um provedor e que este articule a sua acção “com as associações de estudantes e com os órgãos e serviços da instituição, designadamente com os conselhos pedagógicos, bem
como com as suas unidades orgânicas”, deixando ao critério de cada instituição a regulação da sua intervenção dentro dos estatutos da universidade. Segundo os estatutos da UMinho, o Provedor do Estudante deve “promover os direitos dos estudantes, recolhendo e tratando as reclamações apresentadas, arbitrando situações de conflito, produzindo recomendações internas e contribuindo para a qualidade do ambiente académico”, sendo que deverá ser uma personalidade ligada ao meio académico e ter total independência e autonomia dos órgãos da universidade. No entanto, o professor refere que “o Provedor só poderá cumprir esta missão quando se tiverem percorrido todos os canais e prazos existentes
nesta relação estudante/estrutura da UM.” O próprio diz que esta figura “é nova nas universidades portuguesas e por conseguinte o Provedor da UM está também a passar por uma fase de adaptação às funções estabelecidas no regulamento relativo a este posto.” Eleito no passado dia 8 de Março, foi empossado no passado dia 7 de Junho, praticamente no final do segundo semestre. “Ficou, na altura da minha eleição,
decidido que iria exercer o posto a tempo inteiro, o que obrigaria a deixar de ocupar cargos de gestão que exercia nesse tempo.” Todas as infra-estruturas no Campus de Gualtar estão funcionais desde o passado mês de Setembro, não tendo impedido o provedor de resolver alguns casos que lhe foram chegando. Estes resultados serão divulgados num “relatório a entregar ao Conselho Geral via Sr. Reitor na devida altura”. O Provedor do estudante já
se encontra com gabinete próprio sediado nos campi. No campus de Gualtar, o provedor estará disponível para ouvir os estudantes no 2º piso do CP II. Entretanto, os alunos poderão também comunicar com o Provedor através do email gabinete@provedorestudante.uminho.pt, através dos telefones 253 601 710 (Gualtar) e 253 510 351 (Azurém) ou na sua sala (com marcação prévia). No Campus de Gualtar, os horários de atendimento são às segundas-feiras, das 11:00 às 14:00 e terças-feiras, das 11:00 às 14:00 e das 17:30 às 20:30, sendo o atendimento feito na sala 323 (2º piso do CPII); por sua vez, no Campus de Azurém é feito às quintas, das 11:00 às 14:00 e das 17:30 às 20:30 no gabinete EE 2.42.
Universidade do Minho recebe II Escola de Desenvolvimento Juvenil redacção informacao@rum.pt
Entre os dias 6 a 14 de Novembro, a Universidade do Minho vai receber e apoiar a II Escola de Desenvolvimento Juvenil, organizada pelo Conselho Nacional de Juventude (CNJ), em parceria com a Associação Académica da Universidade do Minho e apoio do Conselho da Europa. A II Escola de Desenvolvi-
mento Juvenil irá procurar criar um espaço alargado de aprendizagem, diálogo e cooperação entre jovens e respectivas organizações juvenis, activos/as no desenvolvimento de actividades educativas sobre temáticas de interesse para a juventude. A 2ª edição da Escola contemplará, simultaneamente, os dois cursos de formação desenvolvidos pelo CNJ desde 2006: Educação Não
Formal e Educação para os Direitos Humanos, juntando vários participantes oriundos de todo o país, e das mais variadas associações juvenis, bem como professores e técnicos do Instituto Português da Juventude. A Escola procura concentrar as actividades formativas do CNJ num mesmo espaço físico e temporal, no sentido de criar sinergias entre os participantes e dessa for-
ma potenciar os impactos que têm sido criados pelas actividades formativas anteriormente realizadas, no reconhecimento, valorização e potenciação da Educação Não Formal em Portugal. A II Escola de Desenvolvimento Juvenil é também um elemento relevante para a Bolsa de Formadores/as do CNJ pois a sua composição é um reflexo da participação nestes cursos. Estes cursos procuram ser
uma resposta às necessidades de diversas pessoas e organizações ao desenvolverem competências na concepção, implementação e avaliação de actividades educativas com jovens. Os convites que o CNJ e a sua Bolsa de Formadores têm recebido para parcerias de implementação de Formações de Formadores em vários países, demonstram bem o reconhecimento internacional desta formação”.
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UNIVERSITÁRIO
Faculdades de Lisboa juntas em Campolide Ângela Coelho angelacoelho72@hotmail.com
Foi no passado dia 2 de Novembro que a Universidade Nova de Lisboa (UNL) comemorou o seu 37º aniversário e foi nesse âmbito que o reitor António Rendas anunciou que a instituição vai mudar de nome e a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH), desde sempre residente na Aveni-
da Berna, iria mudar-se para Campolide. As negociações deverão estar acabadas no final deste ano e a mudança concluída em 2013. A NOVA, assim se vai chamar, pretende agregar as faculdades de Lisboa no Campus de Campolide, de forma a maximizar os instrumentos existentes para que todos os estabelecimentos possam colaborar entre eles com mais eficiência. O reitor afirma que actualmente já existe colaboração entre as faculdades, mas
que esta proximidade vai dinamizar ainda mais as actividades. Segundo António Rendas, este é um projecto já antigo, mas que só agora está a ganhar forma. “Algumas instalações estavam planeadas já há algum tempo. A possibilidade de colocar no campus de Campolide a faculdade de ciências humanas é um desafio que já vinha desde já bastante tempo”, afirmou, em entrevista à agência Lusa. Em relação às negociações
com a Câmara Municipal de Lisboa para a permuta dos terrenos, o reitor adiantou que estão a ser “bem sucedidas” e há condições a custo zero para instalar a FCSH. Em Campolide, já se encontram Direito, Economia, Gestão e Estatística e Gestão da Informação, aos quais se juntam História, Geografia, Sociologia, Ciência Política e Ciências da Comunicação. A construção prevista para instalar em Campolide as faculdades vindas da Avenida de Berna não é lenta, pois
consiste apenas em erigir gabinetes, salas de aulas e auditórios e não estruturas mais complexas como, por exemplo, laboratórios. António Rendas garante que se as negociações com a Câmara correrem bem, até final do ano o negócio estará fechado, até porque o Plano Director Municipal já está em fase de concretização. Dentro de dois anos, a FCSH deverá estar a funcionar no campus de Campolide: “A nossa pontaria é para 2013”, reforçou o reitor.
UBI com 135 vagas na Bolsa Virtual de Emprego e Empreendedorismo Universia Patrícia Painço tica_11_@hotmail.com
A Universidade da Beira Interior, localizada na Covilhã, destaca-se mais uma vez pela disponibilização de 135 vagas de emprego na 2ª ediçao da Bolsa Virtual de Emprego e Empreendorismo Universia (BVEE). Considerada umas das Instituições do Ensino Superior que mais auxilia os estudantes
na procura de emprego, a UBI coloca à disposição destes um Gabinete de Saídas Profissionais que proporciona estas hipóteeses de trabalho na BVEE. Com a 1ª edição decorrida nos dias 4 a 17 de Maio de 2009, a BVEE promove a ligação entre o mundo empresarial e os individuos que procuram emprego, contando nesta 2ª edição com 550 vagas. Com 15 ofertas em áreas di-
versas, entre as quais moda e estilismo, navegação aérea, gestão desportiva ou investigação e informática, qualquer aluno, ou ex-aluno, da UBI poderá candidatar-se às mesmas, desde que esteja inscrito na Bolsa Virtual Universia. Os alunos podem optar por estágios, empregos a curto ou longo prazo, dentro ou fora de Portugal, em grandes multinacionais e empresas por-
tuguesas com forte consolidação no mercado tais como Accenture, Vodafone, Santander Totta ou Century 21. Esta bolsa estará disponível online até 16 de Novembro e, depois da escolha da ofer-
ta que mais se adequa ao perfil do concorrente, este deve enviar o seu Curriculum Vitae que será sujeito a um processo de selecção baseado nas suas qualificações e projectos para o futuro.
UNIVERSITÁRIO PÁGINA 08 // 09.NOV.10 // ACADÉMICO
Vais apostar ou é bluff ? Cláudia Fernandes claudia7745@hotmail.com
A segunda edição do Campeonato Universitário de Poker decorre de 1 a 27 de Novembro. Trata-se de um torneio de poker online para estudantes universitários de todo o país. O prémio tem um total de 20 000 euros, sendo que 5 000 são para o vencedor. A Grande Final será disputada pelos nove finalistas ao vivo no Casino de Espinho, a 5 de Dezembro. Os estudantes vão competir em torneios diários para passar à fase das finais semanais e mais tarde jogar na grande final. O campeonato universitário de poker é patrocinado pela PokerStars e os estudantes tem a oportunidade de jogar gratuitamente neste que é
considerado o maior site de poker do mundo. O poker é um jogo que mistura sorte, concentração, estratégia e muita emoção. Nuno Fonseca, aluno do terceiro ano de Ciências da Comunicação, participou na edição anterior e chegou às finais semanais. O aluno, actualmente em Erasmus, garante que vai participar nesta edição também, e tentar vencer o freerolls, pois para ele no jogo on-line a sorte é mais importante que muita sabedoria de jogo. Nuno Fonseca considera que este campeonato deveria mudar de formato, uma vez que o on-line “não permite ver as verdadeiras capacidades dos jogadores, pois na internet não há bluffs, não há estratégia, as pessoas jogam de forma desorganizada”. Sobre este evento, Ana Paula Magalhães, aluna do
terceiro ano de Ciências da Comunicação, afirma que se trata de “uma maneira de permitir aos estudantes jogar legalmente e ganhar algum dinheiro”. A universitária garante que sempre jogou por gozo e nunca por dinheiro.
O número de apaixonados por este jogo tem aumentado substancialmente chegando mesmo a haver pessoas que fazem deste jogo a sua actividade profissional. Nuno Fonseca esclarece que para ele o poker é só um passatempo, mas que “se ti-
vesse dinheiro, talvez levasse este tipo de card-gaming mais a serio”. Tiago Azevedo é o actual campeão. O aluno de Arquitectura da Universidade Lusíada de Famalicão venceu o Campeonato Universitário de Poker de 2009.
Académica de Coimbra de parabéns FILIPA SOUSA ivanilda_25@hotmail.com
Foi na passada quarta-feira, que a Associação Académica de Coimbra celebrou o seu 123º anivesário. A comemoração deu-se no espaço da sala de espectáculos
do Instituto Português da Juventude (IPJ) e aliou a cultura à solidariedade. A fundação da AAC remota a 3 de Novembro de 1887 tendo como primeiro presidente, o estudante de Direito, António Luís Gomes.
Com mais de um século de história, o seu aparecimento encontra-se alicerçado na instituição da Academia Dramática (1837), em pleno reinado de D.Maria II. A Associação Académica de Coimbra é assim a mais an-
tiga associação de estudantes de Portugal. Na trilha deste facto, entende-se que o presidente da Direcção Geral da AAC (DG/AAC), Miguel Portugal, olhe para os 123 anos desta associação como sendo o “recordar de toda a história da universidade e dos seus estudantes”. Para ele a AAC é uma “casa de renovação onde pensamos no passado para nos projectarmos no futuro”, afirmou em declarações feitas ao Diário de Coimbra. O evento de celebração do 123º aniversário da organização estudantil de Coimbra teve uma face solidária, uma vez que foram leiloados os quadros pintados pelos artistas que actuaram na Festa das Latas de 2009 e 2010, tal como explicou Miguel Portugal. Este avançou ainda que o valor angariado será oferecido à Associação
de Defesa e Apoio à Vida. Uma iniciativa que, de certa forma, “copia” o que já vem sendo feito no Minho há uns anos. O dirigente estudantil, Miguel Portugal garantiu ainda que o trabalho desenvolvido pela Associação Académica de Coimbra não pode apenas ficar encostado aos seus 123 anos de história. Para isso explicou, “continuamos a fazer muito, em áreas como por exemplo a defesa dos Direitos Humanos.” Durante os festejos, o público presente na cerimónia pode ainda assistir a algumas actuações tais como da Estudantina Universitária de Coimbra, da Orquestra Típica e Rancho, do Teatro de Estudantes da Universidade de Coimbra e ainda dos Rags da Tuna Académica da UC (TAUC).
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NACIONAL
“O álcool é a cocaína da Europa” Rita Vilaça riiita_@hotmail.com
Ocupando a primeira posição no ranking das drogas mais perigosas, o álcool é considerado mais mortal do que heroína, mais mortífero do que o crack e bas-
tante mais prejudicial do que a cannabis. Segundo um estudo realizado pelo Comité Científico Independente para as Drogas do Reino Unido, publicado na passada semana na revista médica “Lancet”, o álcool é classificado pelos danos individuais e pelos danos que pode provocar às outras pes-
soas. Despedido em 2009 do seu cargo de Conselheiro do Governo Britânico para as Políticas da Droga por defender o estudo que será publicado agora, David Nutt, actual investigador do Imperial College London, elaborou o ranking comparando, para cada droga, critérios como
a mortalidade directa ou relacionada, dependência, efeitos na saúde mental, criminalidade e custo económico. Foi assim concluído que o álcool lidera a tabela sobretudo pelo impacto que possui na sociedade, e que fumar canábis é três vezes menos perigoso. Partilhando os últimos lugares encontram-se as drogas proibidas como o ecstasy, LSD e os “cogumelos mágicos”. Segundo o ex-conselheiro: “andar a cavalo é mais perigoso do que consumir ecstasy”. Relativamente ao panorama nacional, é com uma idade muito tenra que os jovens começam a consumir álcool. “Há imensas forças a favor do consumo dos jovens”, clarifica o ex-director do Centro de Alcoologia de Lisboa, Domingos Neto. Segundo Neto, o alcoolismo não é um problema exclu-
sivamente português: “O álcool é a cocaína da Europa”. Segundo um estudo realizado pela Deco, mais de metade dos jovens com idade inferior a 16 anos compram bebidas alcoólicas, apesar de ser proibido legalmente. De acordo com o psiquiatra Cabral Fernandes, os menores não deveriam ter qualquer contacto com estas bebidas pois existe “uma imaturidade do sistema nervoso que, em contacto com o álcool, vai ser perturbado, alterando as redes nervosas”, explica o médico. A Organização Mundial de Saúde aconselha que o homem não beba mais de dois copos de vinho ou cerveja por dia, enquanto a mulher deveria apenas beber um copo e meio. Torna-se assim imperativo aprender a beber num país com cerca de 500 mil alcoólicos.
Casais portugueses procuram ajuda Maria João Quintas miaquintas@hotmail.com
Passaram já cem anos desde a primeira lei do divórcio em Portugal e, desde aí, o número de pessoas a ver o seu estado civil alterado para divorciado não pára de aumentar. Há 50 anos, o nosso país tinha uma média de dois divórcios por dia. No ano passado essa média subiu para 72, e a tendência é para que a situação continue a agravar-se. Por isso, são cada vez mais os casais que procuram ajuda profissional para resolver os seus problemas, aderindo à terapia de casal. Não existe um estereótipo do casal que recorre a este tipo de aconselhamento,
desde jovens recém-casados que não conseguem gerir a sua nova situação até casais que já passaram por muito juntos e vêem agora a sua relação enfrentar o desgaste. Inclusive, são muitos os casais de namorados que, sem sequer viverem juntos, começam também a procurar este tipo de ajuda para superarem as crises que vão surgindo na relação. Como consequência deste aumento da procura deu-se, também, um aumento na oferta, sendo que o número de terapeutas familiares em Portugal se multiplicou por cinco nos últimos 12 anos. Os casais dirigem-se aos terapeutas quando sentem que precisam de ajuda externa para resolver os impasses em que se encontram, e se
o mais comum era se tratarem de casamentos de longa data, essa tendência começa a inverter-se e são cada vez mais os jovens a sentir necessidade de reavaliar as suas relações. Existe, no entanto, uma situação particular que tende a gerar conflito entre os casais com mais idade, e é um dos motivos mais frequentes para a decisão de fazer terapia, que é aquilo que os terapeutas chamam a fase do “ninho vazio”. Depois de uma vida dedicada aos filhos, não é fácil para os pais vê-los sair de casa e serem obrigados a adaptarse a uma nova rotina onde se têm apenas um ao outro. Tanto as mulheres como os homens recorrem à terapia conjugal na esperança de,
assim, poderem evitar o fim do casamento. Mas quando isso não é possível, pode fazer-se, também, a terapia
de divórcio, cujo objectivo é reduzir ao máximo o sofrimento causado pela separação.
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REPORTAGEM
Encalhadas, mas felizes! Uma solteirona convicta, uma mal casada e uma amante de longa data. Eis a fórmula secreta para o sucesso da comédia músical “Encalhadas” luís miguel costa lmiguelmcosta@gmail.com
Mal as portas do Parque de Exposições de Braga se abriram, na passada sextafeira, dia 5, a sala encheu. Apagaram-se as luzes e o público aguardou em silêncio. Segundos depois, Rita Salema, Maria João Abreu e Helena Isabel entraram em palco. Falsa partida: pro-
blemas técnicos ao nível do som fizeram com que o início tivesse que ser repetido. No entanto, isso em nada abalou a prestação destas senhoras dos palcos (verdade seja dita, de muito valeu a compreensão dos espectadores para tornar a situação menos constrangedora). Com adaptação de Ana Bola e encenação de Heitor Lourenço, esta peça da autoria de Miriam Palma e Isabel Scisci satiriza as angústias e prazeres de mulheres de diferentes classes sociais que em determinada altura das suas vidas se encontram sós, privadas de amor, carinho e sexo. Aparentemente, convivem bem com o problema, mas os seus monólogos nocturnos mostram que não será bem assim. Em quadros bem-humorados, que vão desde a academia de ginástica, ao cabeleireiro, as três encalhadas descobrem que têm em comum o mesmo homem, Ernesto (interpretado por Nicolau Breyner através de uma participação previamente gravada), marido de Cristina, amante de Graça e reprodutor do filho de Ce-
Sexo, amor, solidão e traição. Estes foram os temas abordados, num espectáculo com cerca de duas horas
O espectáculo foi marcado por alguma crítica social e política, bem como pelo improviso e interacção com o público.
cília. Pelas risadas que acompanharam todo o espectáculo, e pela ovação feita de pé, pode-se deduzir que quem escolheu esta forma de passar o serão não se arrependeu. Cristina Ferreira foi acompanhada por algumas amigas. Foram pelo cartaz, pelas actrizes e pela história, mas sobretudo “porque
não estamos encalhadas”, afirmou entre gargalhadas. “As expectativas não foram defraudadas, muito pelo contrário”. Já Conceição Santos só comprou o bilhete por causa da neta. “As avós não saem de casa a esta hora. A minha neta é que está a estudar Artes do Espectáculo e que me convenceu. Foi, sem dúvida, uma noite bem-disposta”. Contudo, os elogios não se ficaram só para os actores – também o público foi louvado. Rita Salema, a quem cabia o papel de Graça, não se fartou de gabar a assistência: “O público do norte é muito generoso e para nós é sempre um privilégio vir cá.”. “O povo do norte gosta de teatro”, acrescentou. O segredo para o sucesso (que já conta com várias encenações em diversos pontos do país) parece ser um só: “brincamos e divertimonos imenso. Cerca de 80% do texto que são brincadeiras nossas”, como afirmou Rita Salema.
O facto de ser uma peça onde se conjuga a representação com a música parece não trazer grande nervosismo. “É fabuloso cantar e dançar. Ajuda a libertar todas as más energias”, afirmou Maria João Abreu, habituada aos musicais, onde inclusivamente se estreou a nível profissional. Já Helena Isabel, que conta com algumas participações no Festival RTP da Canção, teve ainda a oportunidade de trabalhar com o filho Bernardo, mais conhecido como Agir, responsável pelas músicas originais – mas sem direito a tratamento especial: “não há mãe nem filho; há um director musical e há uma actriz”. Se em tempos de crise, vinte euros por bilhete pode parecer, aos olhos de muitos, um exagero, isso em nada afectou a adesão do público. “Se formos a ver os estádios de futebol também estão cheios e o bilhete é muito mais caro”, constatou Helena Isabel.
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INQUÉRITO
És empreendedor ? A estudante de Ciências da Comunicação admite não ter muitas ideias inovadoras mas acha que é empreendedora q.b.. Ainda há pouco tempo na universidade, não conhece muito bem os apoios que são dados aos alunos para fazer das suas ideias projectos reais, mas diz que se eles existem são sem sombra de dúvida uma mais valia para os estudantes. Desta forma a aluna confessa não conhecer as spin-offs mas diz saber que a AAUM vai inaugurar para breve o LIFTOFF. A aluna pensa que estas actividades da AAUM são essenciais porque acredita que os alunos devem sempre ser apoiados. “Se andamos a estudar com o objectivo de sermos alguém e se há alguém com ideias maravilhosas para fazer o país andar para a frente acho que os alunos devem ser apoiados nesse aspecto.”, remata a estudante. Carla Pinho diz ainda que esta pode ser uma maneira de evitar a crise que se instalou no mundo do trabalho: “Estas são as melhores maneiras de evitar a crise e sairmos daqui e termos trabalho”. Carla Pinho 1ºanO // Ciências da Comunicação
Filipa Rocha 1º ano // Biologia e Geologia
A estudante de Biologia e Geologia não se considera uma empreendedora por excelência e afirma ainda que não é hábito ter ideias de negócio relacionadas com a sua área. Filipa Rocha não conhece as spinoffs e confessa ainda não ter conhecimento que irá ser inaugurado esta semana o gabinete do empreendedor pela AAUM. Apesar de não ter conhecimento sobre as actividades relacionadas com o empreendedorismo que acontecem na Universidade do Minho, a estudante diz que acredita nos projectos que nascem destas actividades e afirma serem sempre uma mais valia. Quando lhe perguntamos se achava que este seria um bom método para entrar no mercado de trabalho contornando a crise que este vive a aluna respondeu que sim.
Diogo é um dos casos de pessoas que não se consideram empreendedoras, contudo diz que costuma ter algumas ideias empreendedoras mais relacionadas com a sua área de licenciatura que é a tradução. Afirma que já pensou em alguns projectos que pode executar mas só para o final do mestrado ou do doutoramento. O aluno diz ainda que conhece algumas empresas que nasceram dentro da academia minhota. “Sei que a empresa Primavera começou aqui”, revela o estudante de mestrado. Diogo conta ainda que está informado sobre a criação do Gabinete do Empreendedor e acha que qualquer coisa que aconteça neste tipo de área é sempre uma mais valia. Sobre as futuras ideias dos estudantes minhotos que ainda estão para abrir, o estudante afirma serem sempre boas ideias e que partem sempre dos alunos. “As ideias vêm sempre dos alunos e não de fora.”, afirma Diogo Cunha, estudante do mestrado em Ciências da Comunicação.
Diogo Cunha MESTRADO // Ciências da Comunicação
Catarina Novo 3º ANO // Ciências da Comunicação
Catarina afirma ser uma pessoa empreendedora. Frequenta a área de Publicidade e Relações Públicas e diz que o seu desejo é abrir uma agência de comunicação no norte do país. “Gostava muito de abrir uma agência de comunicação no norte do país, uma vez que todas as agências da área se localizam em Lisboa.”, afirma a estudante minhota. Sentiu-se bastante interessada no projecto LIFTOFF, considerou ainda que é importante ter os apoios por parte da universidade: “É bom ter os apoios da universidade para abrir o nosso próprio negócio.” A aluna de Ciências da Comunicação acha que é importante acima de tudo despertar o sentido empreendedor nos estudantes para que nenhuma ideia não deixe de ser aproveitada e para que nenhum elemento da comunidade académica deixe que a sua ideia caía por terra. “É importante pensarmos que existe uma oportunidade de abrirmos um negócio com o apoio da Academia que nos ajudou na formação”, remata a estudante.
Iolanda Lima iolandaisabellima@hotmail.com
Durante o curso ou depois de o mesmo terminado, passa muitas vezes pela cabeça dos estudantes a questão: o que vou fazer a seguir? Por isso, na Universidade do Minho já existiam algumas empresas que partiram com génese na academia e deram o salto para o mercado exterior. Falamos das spinoff, que, de certa forma, incentivam a criação de ideias empreendedoras no âmbito da investigação científica e tecnológica. De forma a completar o apoio a mais alunos a Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) inaugura hoje (dia 9 de Novembro) o Gabinete do Empreendedor - LIFTOFF -, de forma a ajudar toda a comunidade académica a transformar o conhecimento em ideias de negócio. Assim, o ACADÉMICO foi ao campus medir o “nível” de empreendedorismo.
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ENTREVISTA LUÍS RODRIGUES
Luís Costa
A inauguração do Liftoff - Gabinete do Empreendedor da AAUM, o dia 9 de Novembro, constitui um ponto-chave do mandato da actual direcção da AAUM, no que respeita ao incentivo dado aos estudantes para criarem o seu próprio emprego e proporcionarem à sociedade projectos que assegurem o seu desenvolvimento. O ACADÉMICO foi saber mais sobre este novo “voo” da AAUM, pela voz de Luís Rodrigues, presidente da Associação Académica da UM TÂNIA RAMÔA tania_ramoa@hotmail.com
Liftoff é o novo projecto da AAUM. Quais as principais linhas orientadoras desta iniciativa? Podemos encarar o Liftoff na perspectiva de um gabinete que surge para dar apoio ao empreendedorismo qualifi-
cado e, de certa forma, universalizar a sua prática. Pretende desenvolver o espírito de iniciativa dentro da comunidade académica. O Liftoff pretende ser uma referência para os alunos. Nesse sentido, como podemos definir a sua missão e objectivos basilares do projecto?
A missão é, principalmente, fomentar e apoiar o espírito empreendedor dos alunos procurando posicionar-se como um ponto de referência de apoio ao empreendedorismo qualificado dos estudantes da UM. Quanto a objectivos, pretende facilitar o acesso a conteúdos e entidades regionais, estabe-
lecendo pontes importantes com as mesmas. De facto, essa acção não constitui novidade no campo da Universidade do Minho, são exemplos as participações muito fortes da UM na TecMinho, no AvePark, entre outras. No entanto, enquanto associação académica, sentimos que esta prática não chega a
todos os estudantes, estando muito centrada nas licenciaturas de Engenharia, Gestão ou Economia, onde já existem unidades curriculares opcionais ligadas ao empreendedorismo. A UM é muito mais transversal que estas licenciaturas. Existem outras áreas como as Ciências Sociais e outros segmentos que
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Sobre o gabinete do empreendedor Luís Rodrigues atira: “não é pescar o peixe mas dar a cana para pescarem” podem gerar oportunidades de negócio sem que ainda exista essa consciência por parte dos alunos. Além disso, as entidades que já existem servem essencialmente para dar um apoio numa fase mais avançada onde os alunos ou recém-licenciados já têm uma ideia amadurecida e apenas precisam de uma sustentação mais técnica e qualificada para avançarem e concretizarem o projecto, estando na fase da “ideia ao negócio”. “Da ideia ao negócio” delimita o percurso que um estudante poderá traçar com a ajuda do gabinete? Esta fase tem de ser antecipada e trabalhada pela base. Não queremos que dos 17 mil estudantes, num espaço de um ano, sejam todos empreendedores, queremos sim, universalizar essa prática e familiarizar os estudantes com este espírito, que não tem de passar obrigatoriamente pela perspectiva empresarial. Pretendemos, acima de tudo que os alunos vejam o empreendedorismo como uma forma de estar na vida. Para tal, numa fase inicial, o Liftoff está voltado para uma etapa de informação e de contacto com as temáticas do empreendedorismo, liderança e áreas relacionadas. É estratégica a localização do gabinete no Campus de Gualtar para servir de interface com os estudantes, promovendo workshops, tertúlias, colóquios, formações que poderão ou não culminar em planos de negócio. Gostaríamos que existissem entre 30 a 50 planos de negócio por ano, que de facto têm de começar pela base. O Gabinete do Empreendedor será um alicerce da AAUM e um complemento interessante para a aprendizagem dos alunos. Poderá fazer a ponte entre
o mundo académico e o mercado de trabalho? O Liftoff quer divulgar ideias empreendedoras e projectos empresariais provenientes do empreendedorismo qualificado e promovendo a consolidação de uma cultura científica, não só na Universidade do Minho, mas também na região e é fundamental destacar a ponte que se pretende fazer entre o mundo académico e empresarial. É igualmente crucial produzir conteúdos científicos no âmbito do empreendedorismo e destacar a importância de uma formação académica e da sua continuidade além do 1º ciclo de estudos. O gabinete pretende contribuir para o aumento do número de estudantes que dão continuidade aos seus estudos dando resposta à nova tipificação do ensino superior. O Liftoff pretende ser um ponto de referência na fomentação do empreendedorismo qualificado na UM. Quais são as estratégias delineadas para atingir esse patamar de excelência? Nesta fase de dois meses até ao fim do ano vamos apostar essencialmente na sensibilização, nomeadamente na organização de noites de tertúlias. A inauguração, a 9 de Novembro, vai já ter uma tertúlia sobre o “empreendedorismo na comunidade e região” procurando estabelecer laços com a região. Contará com a presença do vice-reitor para a inovação, José Mendes, e também de empresários que colocarão o seu know-how à disposição dos estudantes. É interessante ouvir a experiência na primeira pessoa. É importante para mostrar que é possível. Exactamente. E de algum modo, antecipar obstáculos que se poderão atravessar no caminho dos potenciais em-
preendedores e mostrando a importância de verificarem se a sua ideia é sustentável. O gabinete do empreendedor pretende ter uma presença estratégia nos media e nas redes sociais, de que forma será levada a cabo este objectivo? O gabinete já tem e continuará a ter uma presença estratégia nos Media. Desde o início do ano, temos tido uma coluna semanal no ACADÉMICO, onde até agora divulgamos o enquadramento do projecto e daqui para a frente, divulgará as iniciativas ligadas ao gabinete. Na AAUM TV, que os alunos têm ao seu dispor através do site da associação, será feita uma cobertura exaustiva dos eventos relacionados de forma apelativa e atractiva aos estudantes. Existirá igualmente um programa semanal na Rádio Universitária do Minho.
o primeiro conselho estratégico constituído individualidades de referência do meio académico, científico e empresarial. Qual a importância destes encontros?
um papel importante na UM e na sociedade. Conta com a presença do Professor Doutor José Mendes, Vice-Reitor da Universidade do Minho,
Quais as ideias gerais retiradas deste primeiro conselho? O conselho estratégico é constituído por individualidades que desempenham
pelo arquitecto Hugo Pires, vereador da Câmara Municipal de Braga, pelo Professor Doutor António Paisana, provedor do estudante da
E quanto às redes sociais? Estamos sensíveis à proliferação das redes sociais e esse contacto também será explorado como meio de feedback. Aí, a título informal iremos auscultar os estudantes, indo de encontro dos mesmos e facilitar o posicionamento do gabinete, facilitando a sua adaptação às necessidades e expectativas dos estudantes. O Liftoff pretende, também, ser um parceiro das unidades curriculares ligadas ao empreendedorismo. De que forma isso será concretizado? Numa fase posterior pretende-se proporcionar visitas a parques tecnológicos, como o AvePark, que também estão ao dispor dos estudantes em geral. Outro objectivo passa por convidar algumas empresas para assistirem aos trabalhos dos estudantes. Aquilo que não passaria de ideias experimentais e de um projecto da disciplina, ganhará outra roupagem. Dará uma oportunidade aos estudantes, em jeito de “Elevator Picth”, apresentarem essas ideias em público, tendo uma primeira experiência do contacto semelhante ao mercado de trabalho. No passado dia 21 de Outubro, teve lugar na sede da AAUM,
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Universidade do Minho e o Dr. Augusto Ferreira, coordenador da TecMinho. Estes encontros, que reforçam o papel das parcerias
já traçadas pelo gabinete, fomentam a ligação com a sociedade que a longo prazo passa pela criação de mini estágios que contribuirão para
a dinamização e modernização do meio empresarial da região. Queremos colocar o conhecimento da UM ao serviço das empresas.
Por questões de agenda não é possível reunir com a frequência desejada. Nesta primeira reunião, definiu-se o plano de acção para os pró-
ximos tempos, e a seguinte pretende avaliar o efeito das primeiras intervenções do gabinete. A AAUM, no seu site, revela que estão abertas as inscrições para a bolsa do empreendedor. Quais são os principais destinatários desta iniciativa? Em que consiste efectivamente a mesma? Esta bolsa cria uma linha de contacto mais directa entre o potencial empreendedor e o gabinete. Funciona, nesta primeira fase, como uma base de dados mediadora das expectativas do próprio aluno quando à nossa acção. Isto é, se está mais receptivo aos cursos, plano de negócios. Será uma forma de o gabinete trabalhar em prol desses inscritos elaborando uma rede de contacto para o levantamento das áreas de interesse. Numa fase mais avançada a bolsa poderá reunir grupos de estudantes agrupados por área de interesse e integrá-los com a ajuda de um tutor da UM que poderá inseri-los em mini estágios na rede empresarial da região para contribuir para a sua modernização. Seria uma vitória conseguir colocar este objectivo em prática já este ano ou no próximo ano lectivo. Existirá um feedback quanto à viabilidade das ideias dos potenciais interessados? Claro, é essencial fazê-lo. Verificar até que ponto o mercado já não oferece esse conceito, aferir o seu grau de inovação em relação à região e outros pontos do país e globo. O gabinete será um apoio ao desenvolvimento de planos de negócio e um meio de contacto com entidades que estão mais vocacionadas para determinadas áreas. Naturalmente, o Liftoff não poderá dar resposta a projectos de todas as áreas do conhecimento porque podem surgir alguns muito específicos ou numa fase muito avançada. Nestes casos, será feito um encaminhamento para entidades mais vocacionadas para os mesmos. Em suma, queremos ser “um motor de arranque dos projectos” e a localização estratégica do Gabinete no campus irá facilitar esse processo.
No dia 9 de Novembro será a abertura oficial do Liftoff. Em termos gerais, como decorrerá esse evento? Entendemos que é um marco importante – um dia vital para fazer a diferença no seio da UM. Durante esses dias fez-se uma campanha, na rádio, nas redes sociais, no website. Concretamente, durante todo o dia 9, teremos uma divulgação que não passará despercebida à comunidade académica. Teremos um grupo de teatro, a fazer promoção e distribuição de flyers. O conceito de “Liftoff” tem que ver com a descolagem para um outro mundo (patamar) e, simbolicamente, irão descolar balões. Será distribuído o ACADEMICO, mostrando o seu papel enquanto jornal da Associação Académica e parceiro desta iniciativa. A abertura oficial será às 18h no auditório B1 do CPII. Estão confirmadas a presença o reitor da UM, o vereador da câmara de Braga, arquitecto Hugo Pires, estamos a trabalhar no sentido de confirmar a presença do secretário de Estado para a Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, entre outras individualidades. É um evento inserido no Ano Internacional da Juventude. Numa primeira fase, será apresentado o ponto de partida para este projecto - um estudo sobre o empreendedorismo na comunidade académica, o qual detectou esta necessidade para a criação do gabinete. Quisemos verificar a sua pertinência na UM e fazer o levantamento de informações que sustentaram a sua localização no campus e de que forma deveria ser implementado o gabinete. O estudo será debatido de uma forma mais formal entre os convidados e participantes. De seguida, os presentes serão levados até ao local onde se situa o gabinete. Após um jantar institucional terá início uma primeira tertúlia com oradores que contribuirão com o seu conhecimento teórico e as suas experiências. O Liftoff proporcionará aos alunos vários colóquios e tertúlias sobre o empreendedorismo e temas relacionados. Existem
já formações marcadas para os próximos meses? Para Novembro está marcada uma Job Party, um road show em parceria com CMB, no centro da cidade em que estão outras entidades como o IPJ. Será um ponto de apresentação do gabinete à comunidade e à cidade de Braga. No dia 17 decorrerá o Workshop “ Empreendedorismo, Financiamento que alternativas?” No dia 23 e 24 de Novembro marca-se o início do curso de gestão de projectos e liderança, respectivamente. Estes cursos terão a duração de 20 horas, durante 3 semanas em horário pós-laboral. No dia 3 de Novembro será feita uma visita ao Avepark. A cada mês haverá sempre actividades diversas que serão divulgadas no email institucional, no ACADEMICO, RUM , AAUM TV e redes sociais. Existirá algum custo por parte dos alunos para ter acesso aos cursos realizados? Serão simbólicos para sustentar os custos do curso e também para que se inscrevam os verdadeiros interessados e não as pessoas que vão apenas por ser grátis. “Um pequeno passo para ti… Um grande passo para o teu negócio”é o mote dado aos alunos. Considera que despertará a vontade de inovar numa época de pessimismo e recessão económica às camadas mais jovens da sociedade? Traduz a ideia de proximidade do gabinete que está ao serviço de todos e para todos. Queremos dar as ferramentas, “não é pescar o peixe mas dar a cana para pescarem “. Existe na sociedade portuguesa uma certa aversão ao risco, uma questão cultural e é importante contrariar a tendência e a formatação que a maioria tem apenas para procurar o seu lugar numa empresa já existente e não arriscar na pro-actividade. Contudo, a conjuntura actual não permite uma atitude passiva e é preciso fazer algo para vencer no mercado. Esperamos que a participação seja a mais alargada e transversal possível, permitindo o intercâmbio entre as várias áreas .
TECNOLOGIA E INOV Portugal em 18º lugar em gastos Online Filipa Barros pipasgoth11@live.com.pt
Segundo um estudo executado pela Boston Consulting Group a pedido da Google, Portugal encontra-se na 18ª posição dos países europeus que mais gasta em compras, serviços e publicidade na Internet. O ranking conta ao todo com 22 países e analisa os gastos per capita com o consumo electrónico, não envolvendo apenas as transacções comerciais entre particulares, mas também inúmeras empresas. Abaixo de Portugal encontram-se países como a Suíça, Eslováquia, Itália e Grécia, sendo que, e tal como seria de esperar, a lista é
liderada pelo Reino Unido (o mesmo sobre qual o estudo de centra), Dinamarca e Alemanha. Ainda, os EUA, um dos poucos países não europeus da contagem, encontra-se no terceiro lugar deste ranking. Manuel Paula, da direcção da Associação do Comércio Electrónico e Publicidade Interactiva, aclara que um dos entraves ao crescimento das vendas através da Internet é o medo que os consumidores portugueses têm em transmitir os seus dados pessoais e de utilizar o cartão de crédito em nessas aquisições. “Há normalmente um sentimento negativo em torno do que acontece nos pagamentos online”, refere Manuel Palma.
Já no campo do investimento publicitário, Manuel Paula recorda que “o segmento online é o que mais cresce no mercado publicitário e está a crescer a dois dígitos”. Mas “é um nível de investimento que não está no patamar dos ingleses e dos nórdicos”. Segundo este mesmo estudo, que também tinha por objectivo analisar o impacto da Internet na economia do Reino Unido, esta contribui para 7,2% do PIB inglês, o que equivale a cerca de 114 mil milhões de euros. Deste modo, “a contribuição da Internet para a economia britânica é mais importante do que a indústria da construção ou o sector dos transportes”, conclui Manuel Paula.
Carro eléctrico bate recorde mundial Daniela Azevedo daniela_mends@hotmail.com
O Lekker Mobil, que é nada mais nada menos do que um Audi A2 eléctrico, conseguiu a proeza de percorrer, com uma única carga, 600km entre as cidades de Munique e Berlim, na Alemanha. Miko Hannemann, piloto deste veículo “especial” e empresário no ramo de novas baterias para carros eléctricos, reconhece que estas serão mais baratas e eficazes relativamente às baterias actuais. Designadas Kolibri AlphaPolymer e desenvolvidas pela Dbm Energy, estas baterias, com uma eficácia de 97%, tornaram possível o
feito percorrido em sete horas. Quem festejou a viagem recordista mundial foi Rainer Brüderle, ministro alemão da Economia, ao afirmar que é necessário transformar essa “proeza made in Berlin” num sucesso mundial. Segundo Hannemann, a sua empresa pretende produzir em massa estas novas baterias, facilitando, assim, o objectivo do governo da chanceler alemã Angela Markel, ao colocar até 2020 um milhão de veículos eléctricos nas estradas. Os principais factores desta iniciativa governamental incidem sobretudo nas questões climáticas, assim como no encarecimento do petróleo.
Assassin’s Creed: Brotherhood “Gather your Brotherhood” FRANCISCO VIEIRA dmvieira04@hotmail.com
A Ubisoft vai lançar Assassin’s Creed: Brotherhood já a meio do corrente mês. Estará disponível para Playstation 3, Xbox 360 e Windows. Brotherhood surge no seguimento do anterior título, Assassin’s Creed II, regressando também Ezio Auditore da Firenze como personagem principal. No entanto, apesar do jogo se concentrar nas aventuras renascentistas de Ezio, haverá situações em que o jogador controlará Desmond Miles, o descendente histórico de Ezio e dos segredos dos Assassinos. Sendo agora o Mestre Assassino, Ezio terá de organizar a Brotherhood, fazendo face a Cesare Borgia e aos seus templários. O jogo leva-nos a recrutar membros para a nossa
organização e evolui-los, personalizando-os, desde a aparência, habilidades e armas, gastando deste modo os pontos que tais súbditos obtém nas suas missões. Os recrutas podem ser enviados em missões pela Europa ou funcionar como apoio nas batalhas de Ezio, podendo, obviamente, morrer, não voltando mais. Um dos objectivos é a reconstrução de Roma, podendo o jogador evolui-la a seu bem entender, muito como a vila de Monteiriggioni de Assassin’s Creed II. Não deixa de ser conveniente dizer que Roma é três vezes maior que Florença, a maior cidade do título anterior, razão pela qual o jogador terá muito quilómetros a percorrer, seja a pé ou a cavalo. Outros locais que marcam presença em Brotherhood são Nápoles, Espanha e a vila que servia de base no jogo
Foram implementadas novas armas como a besta, a possibilidade de utilizar napalm e até de controlar helicópteros anterior, Monteiriggioni. O sistema de batalha foi refinado, sendo mais dinâmico e desafiador. Desta vez, existem mesmo missões em que o jogador terá de assassinar o seu alvo a cavalo, por exemplo. Uma das novi-
dades mais sonantes é a implementação de um modo multiplayer, sobre o qual pouco foi revelado até à data. Concluindo, Assassin’s Creed: Brotherhood é sem duvida um jogo excelente, repleto de mistério, subtileza e,
obviamente, sangue. Vivamente recomendado a todos os que gostam de um bom jogo de acção. Site Oficial: http://assassinscreed.uk.ubi.com/brotherhood/
OVAÇÃO
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LIFTOFF AAUM É hoje o grande dia!!! A Associação Académica da Universidade do Minho inaugura hoje, dia 9, o Liftoff – Gabinete do Empreendedor da AAUM. Muito se tem falado deste novo projecto, mas esta semana este abre finalmente portas ao atendimento e lança, desde já, um conjunto de actividades agendadas até ao final do ano que esperamos que venha a sensibilizar a comunidade académica para o empreendedorismo. De forma a atingir este objectivo, serão proporcionados cursos, workshops e tertúlias fomentando a aprendizagem e o debate. Pretendemos construir este projecto com todos os futuros empreendedores. Visitem-nos no novo espaço que se encontra localizado numa das Pirâmides no campus de Gualtar, torna-te empreendedor! Actividades agendadas até ao final do ano de 2010: Dia 9 de Novembro: - Inauguração Liftoff; - Lançamento do estudo “Empreendedorismo na Comunidade Académica da Universidade do Minho” - 1ª Tertúlia “Empreendedorismo na Universidade do Minho e na Região” Dia 15 a 20 de Novembro: - “Road- show” – Empreende Já (IPJ) - Curso Get IT – Formação para o empreendedor Dia 17 de Novembro – Workshop “Empreendedorismo : Financiamento – Que alternativas?” Dia 23 de Novembro – Inicio do Curso de “Gestão de Projectos” Dia 24 de Novembro - Inicio do Curso de “Liderança” Dia 26 de Novembro - Fim de entregas candidaturas “SpinUM” Dia 29 de Novembro - Inicio da entrega candidaturas “Atreve-te 2010” Dia 30 de Novembro - 1ª visita ao AvePark – Parque de Ciência e Tecnologia Dia 3 de Dezembro - Fim da entrega de candidaturas “Atreve-te 2010” Dia 6 de Dezembro - Workshop “Criatividade e Inovação” Dia 7 de Dezembro - 2ª Tertúlia “Empreendedorismo nas TIC”
As inscrições para a Bolsa do Empreendedor já se encontram abertas. Mais informações em www.aaum.pt
> 21 de OUTUBRO ‘10 1ª Reunião do Conselho Estratégico do Liftoff
>15 a 20 NOVEMBRO ‘10 “Road-show”- Empreende Já (IPJ) Guimarães;
> 29 de NOVEMBRO ‘10 Inicio de apresentação de candidaturas do Concurso de Ideias “Atreve-te 2010”
> 3 de DEZEMBRO ‘10 Limite de entrega de Candidaturas “Atreve-te 2010”
9 de NOVEMBRO ‘10 Abertura oficial do Gabinete do Empreendedor AAUM - LIFTOFF
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CULTURA
DIANA TEIXEIRA diana_adelaide_teixeira@hotmail. com
Sofia Saldanha: Ex-aluna da Universidade do Minho é “artista revelação” nos EUA George, who are you? JOSÉ REIS jose.reis@rum.pt
Estamos em Brooklyn, em pleno Outono do ano de 2010. Brooklyn que é, tão só, a incubadora criativa do século XXI, o berço da melhor música feita nos dias que correm. Entramos assim no mundo de Twin Shadow, cheio de estilo, com cabelos cortados de forma assimétrica e roupas compradas a metade do preço - se possível, em segunda mão (não é por acaso que a Time Out de Nova Iorque disse que ele é um dos artistas com mais pinta e estilo do momento). George Lewis Jr. é o músico que dá vida a Twin Shadow, “um David Bowie” dos tempos modernos - calma, Bowie, ainda esperamos muito de ti! -, com bigode e cabelo desorganizadamente aparado. Acabou de lançar um dos álbuns mais estimulan-
tes da temporada Outuno/ Inverno 2010/2011 (até ao momento...), alicerçado em ambiências quer obscuras quer cintilantes, tonitruantes ou simplesmente planantes (e aqui o movimento shoegaze tem, sem dúvida, uma palavra a dizer!). Com apenas 26 anos, George Lewis Jr. cresceu como todos nós: a ouvir Morrisey, a ouvir Echo and the Bunnymen, a ouvir Depeche Mode, a ouvir David Bowie. Cresceu a querer copiá-los. Conseguiu editar um disco - e ir além de simplesmente os copiar. O primeiro single, “Slow”, mostrou a vitalidade e autenticidade do novo álbum, que se desvenda em temas como “Castles in the Snow”, “For Now” ou mesmo em “Yellow Ballon”. A imprensa compara-o a projectos como os The Pains of Being Pure at Heart ou os Class Actress, elevandoos ainda a uma plataforma em que parece estar, em certa medida, o fenómeno 2009/2010 The XX. Achamos que vai ainda mais longe. O novo álbum devolve-o (devolve-nos?) aos anos 80 - mas com os olhos postos em 2020. E ainda bem!
A bracarense e ex-aluna do curso de Sociologia da Universidade do Minho, Sofia Saldanha, venceu recentemente, no festival anual de media e artes, “Third Coast International Audio”, nos Estados Unidos da América, o prémio de “artista revelação” atravês de um documentário áudio. Inserida numa categoria à qual se candidataram mais de duzentos documentários, a produtora de rádio, atravês do seu entitulado “The sleeping fool”, realizado no âmbito do seu mestrado em rádio, foi desmistificando o dia-a-dia de um grupo de funcionários de um museu de arte londrino.
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Muitos, Amigos ne cÁTIA CASTRO catia.castro@rum.pt
Tudo é diferente quando é David Fincher. Ainda para mais quando é ele a realizar um filme sobre a mais rentável rede social da geração 2000 ou melhor sobre o criador do Facebook. No papel de Mark Zuckerberg, o realizador de “Clube de Combate” idealizou Jesse Eisenberg. Cá para nós num desempenho irrepreensível. O patrão do Facebook é um estudante de Harvard que, com apenas 19 anos, ganhou milhões, mas perdeu o que é mais importante na vida, a amizade. Esta história de poder, traição e vingança começa com o fim de uma relação. Irritado com a ex-namorada, Mark recolhe-se na residência universitária e inventa acidentalmente o Facebook. O Facemash consistia na escolha da estudante universitária mais boazona. A
brincadeira do nosso geek entupiu o sistema informático de Harvard. A partir daí Zuckerberg ganha a atenção dos clubes universitários, nomeadamente de três prestigiados alunos que o convidam a criar uma rede social. É o nascimento do Facebook que irá trazer ao jovem problemas na justiça e até pes-
soais, com o melhor a amigo a processá-lo em tribunal. David Fincher quer com tudo isto dar uma lição de moral sobretudo à geração que passa horas no Facebook, mas que mal consegue comunicar com o mundo. É o que acontece a Zuckerberg na cena final. Sozinho em frente a um portátil, apesar dos tais 500
Um do
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sede em Chicago, val premeia os metrabalhos áudio em apoiando artistas e ores de rádio que prodocumentários inode áudio. revista à Rádio Uniia do Minho (RUM) ACADÉMICO, Sofia ha afirma que, para a ção do seu documenroduzido em 2009, versidade londrina de miths College, inspinos sonhos e receios s colegas de trabalho o exerceu a profissão stente de vendas em s e galerias de arte s. sinceramaente, estapera de receber uma o honrosa porque é cumentário um pounso e alternativo. não estava mesmo
nada à espera de receber este prémio. Estou muito contente por isso: foi uma grande honra e uma agradável surpresa” – afirma Sofia Saldanha. O prémio foi entregue no passado dia 30 de Outubro. A bracarense de trinta e cinco anos faz rádio há dezoito. Em Junho de 1992, quando ainda frequentava a escola secundária, o destino levoua a bater à porta da RUM onde permaneceu durante nove anos. Para além disso, esta apaixonda pelos estudos radiofónicos foi ainda assistente de direcção de programas, entre 1992 e 2001 e entre 2005 e 2006, altura em que também desempenhou funções de realização, sonoplastia, locução e actividades jornalísticas de apoio a programas radiofónicos.
enhum milhões de amigos. Permanecem dúvidas no argumento assinado por Aaron Sirkin e baseado no livro “Accidental Billionaires“. Ficção ou documentário? Herói ou anti-herói? Who cares quando há David Fincher do outro lado? E mais elegante do que nunca. «Rede Social» já em exibição em Portugal.
os filmes mais esperados do ano chega às salas de cinema portuguesas
Até 2007, Sofia Saldanha produziu um programa semanal dedicado a temas de actualidade cultural, social e política, que dava pelo nomde de “Dicionário” e uma rubrica diária, entitulada “Agora Aconteceu”. Em 2008, Sofia rumou a Londres, onde reside actualmente. A produtora de rádio, Loftus Audio, deu as boas-vindas à ex-aluna da Universidade do Minho, dando-lhe a possibilidade de fazer um estágio. Sofia Saldanha faz parte do Sindicato de Poesia e do colectivo de Sonopoesia. Há doze anos que participa em vários recitais. Trabalhou também como operadora de som e foi responsável da banda sonora de inúmeros espectáculos. Com frequência realiza locução de documentários.
rum box
TOP RUM - 44 / 2010 5 NOVEMBRO 1 BUNNYRANCH - Where am I? Where are you? 2 PEIXE AVIÃO - Um acordo
agenda cultural BRAGA Teatro 10 e 11 de Novembro AY Carmela! – Teatro das beiras Theatro Circo
Sofia Saldanha também já pertenceu à equipa da Rádio Universitária do Minho (RUM)
qualquer 3 MÃO MORTA - Novelos da paixão 4 OS GOLPES - Vá lá senhora 5 CLÃ - Golden skans 6 GORILLAZ - Stylo 7 BALLA - Montra 8 BEST COAST - Boyfriend 9 ARCADE FIRE - The suburbs 10 MADAME GODARD - Atlas 1977 11 MÁRCIA - Cabra-cega 12 BELLE & SEBASTIAN - I want the world to stop 13 TWO DOOR CINEMA CLUB Something good can work 14 NUNO PRATA - Mais um belo dia 15 OS VELHOS - Foi assim que as coisas ficaram
16 B FACHADA - Os discos do sérgio godinho 17 HOT CHIP - One life stand 18 PELTZER - A story to tell me 19 LEGENDARY TIGERMAN, THE - Light me up twice 20 NORBERTO LOBO - Ayrton senna
GUIMARÃES Música 11 de Novembro M.F. Production`s celebration of Lionel Hampton CCVF – Guimarães Jazz
FAMALICÃO
POST-IT 8 > 12 Novembro OS GOLPES - Campo de Santa Clara STARS - The Passenger GENERATIONALS - Trust
Música 13 de Novembro Jorge Palma (acústico) Casa das Artes
12 de Novembro Kenny Garrett Presents CCVF – Guimarães Jazz
Música 12 de Novembro Young - Choon Park – Recital de Piano Theatro Circo
13 de Novembro Saxophone SummiJoe LOvano, Dave Liebman & Ravi Coltrane CCVF – Guimarães Jazz
13 de Novembro At Freddy`s House + Mazgani Theatro Circo
14 de Novembro Projecto Toad CCVF – Guimarães Jazz
BARCELOS Música 12 de Novembro Samuel Úria Auditório da Biblioteca Municipal de Barcelos - Subscuta
leitura em dia
1 - Não Há Bela Sem Senão de Rebecca James (Objectiva) - uma óptima leitura light; o ritual de passagem, com dor e violência, à idade adulta ; 2 - Para que Serve a Literatura? de Antoine Compagnon (Deriva) - uma reflexão/ensaio sobre o valor da Literatura; a leitura como essência da Vida; 3 - A Tragédia da Rua do Arsenal de Jean Pailler (Planeta) - os amores ilícitos do herdeiro ao trono português; 4 - O Burro Eleutério e o Lobo Selvagem de Pedro Bessa (Educação Nacional) - a recriação do Capuchinho Vermelho ; o companheiro improvável que leva à terra dos sonhos ; 5 - A Arte de Produzir Efeito Sem Causa de Lourenço Mutarelli (Quetzal) - a Moderna Literatura Brasileira continua a surpreender; Para
ouvir
de
segunda
a
sexta
(9h30/14h30/17h45) na RUM ou em podcast: podcast.rum.pt Um espaço de António Ferreira e Sérgio Xavier
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DESPORTO
Minhotos Artes marciais sofrem a conquistam primeira derrota Universidade do Minho DIOGO ARAÚJO diogorafael@msn.com sónia silva sonia.silva.8@hotmail.com
A Universidade do Minho dispõe de novas práticas desportivas. Kendo e Iado, são as duas actuais propostas de artes marciais que os Serviços de Acção Social da academia minhota oferecem à comunidade estudantil, através do Departamento Desportivo e Cultural. As actividades podem ser realizadas no complexo desportivo universitário, campus de Gualtar. De origem japonesa, as duas modalidades apresentam conceitos distintos. O Iado, é uma especialização no manejo do sabre Japonês relacionada com as acções envolvidas no desembainhar do sabre. Esta arte é praticada sem parceiro, sendo o confronto real realizado consigo próprio e com as dificuldades físicas e mentais da
prática. O Kendo é originado nas técnicas de combate dos antigos guerreiros japoneses, é uma adaptação das técnicas de luta com espada, que pode ser considerada como a esgrima japonesa. Para além de proporcionar um treino físico muito completo, esta modalidade é muito versátil podendo ser executada por crianças desde os 5 ou 6 anos, e até por pessoas de idade mais avançada, como é o caso dos grandes mestres. De acordo com as informações de Luís Laranjo, funcio-
Kendo e Iado são mais duas modalidades que podem ser praticadas no complexo desportivo de Gualtar da Universidade do Minho
O Kendo é originado nas técnicas de combate dos antigos guerreiros japoneses
nário do complexo desportivo de Gualtar, estas novas artes marciais ao dispor da comunidade estudantil tenho sido alvo de “ alguma adesão” e afirma que os praticantes parecem estar a gostar, pois têm comparecido pontualmente às aulas. A inscrição para ambas as modalidades pode ser feita na secretaria do complexo desportivo universitário de Gualtar, e está aberta tanto a alunos, funcionários docentes e elementos externos. Quanto à prática das mesmas, os treinos do iado, que tiveram início no passado dia 4 de Novembro, decorrem todas as quintas-feiras das 17h00 às 18h00. Os interessados em frequentar as aulas de kendo puderão fazê-lo aos sábados das 18 às 20 horas. Mais informações para os possíveis interessados podem ser encontradas junto dos funcionários, e responsáveis pela actividade, no complexo desportivo de Gualtar.
Eduardo Rodrigues e_du_rodrigues@yahoo.com.br
A formação do SCBraga/AAUM não conseguiu dar sequência ao seu ciclo vitorioso na presente época. Na viagem até Aveiro, os bracarenses sofreram a primeira derrota em jogos oficiais, por 5-2, perante a equipa do Covão do Lobo. Para esta deslocação, o guarda-redes Hélder, Rui Coroas e Peixoto foram os preteridos por Pedro Palas. Em sentido oposto, o guardião Pli, André Machado, Fabrício, Faria e Pedrinho foram os elementos escolhidos para iniciar o encontro. Os minutos iniciais foram de total domínio do SCBraga/ AAUM. Com uma marcação bastante impetuosa e uma gestão exímia da posse de bola, os bracarenses foram, pouco a pouco, criando inúmeras ocasiões de abrir o activo. Aos 8 minutos, Pedrinho e André Machado entenderam-se na perfeição e este
Apesar da derrota, a equipa bracarense continua na frente da tabela classificativa com nove pontos conquistados último finalizou para o fundo da baliza adversária. No entanto, aos 11 minutos, na sequência de um lançamento lateral, os da casa apanharam os arsenalistas desatentos e fixaram o empate. Contudo, no minuto 17´, Coroas rematou cruzado ao segundo poste onde estava Zé Rui. Este só teve o trabalho de dar o corpo à bola para colocar, novamente, a sua equipa em vantagem. Na segunda metade, o SCBraga/AAUM esteve completamente transfigurado. Exibiu um fio de jogo longe daquele apresentado até então, com pouca mobilidade ofensiva e um fraco fulgor defensivo. A consequência disto foi a abrupta alteração que se verificou no marcador. Em apenas três minutos, os minhotos sofreram três golos e viram-se claramente em desvantagem (4-2). A partir dos 31 minutos, André Machado passou a jogar como guarda-redes avançado, contudo, a táctica não surtiu efeito e foi o Covão do Lobo que marcou por mais uma vez. Apesar desta derrota, o SCBraga/AAUM manteve-se na primeira posição da tabela de classificação, porém, já não se encontra só. Agora, quatro equipas o acompanham, nomeadamente, a Académica de Coimbra, a Farlab, o Chaves Futsal e o Covão do Lobo. Na próxima jornada, os bracarenses recebem a formação do Bom Pastor, que está na penúltima posição, com apenas 3 pontos.