Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 136 / ANO 5 / SÉRIE 3 TERÇA-FEIRA, 16.NOV.10 www.academico.rum.pt www.facebook.com/jornalacademico www.twitter.com/jornalacademico
Luís Rodrigues candidato a novo mandato na presidência da AAUM Luís Rodrigues volta a candidatar-se à direcção da Associação Académica da Universidade do Minho. Até ao momento, o estudante de Ciências da Comunicação é o único candidato assumido para as eleições que irão decorrer no dia 7 de Dezembro. Página 5
entrevista Ao fim de quatro mandatos à frente da Associação dos Antigos Estudantes da Universidade do Minho, Jorge Louro vai abandonar o cargo. O ACADÉMICO esteve à conversa com ele...
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campus Estudantes manifestam-se, esta semana, em Lisboa Página 4
SEGUNDA PÁGINA 26.OUT.10 // ACADÉMICO
BARÓMETRO
EM ALTA
NO PONTO
EM BAIXO
Inauguração do Liftoff Um momento marcante na vida da AAUM. Esta abertura do gabinete do empreendedor ganhou ainda mais mediatismo com a presença do secretário de estado do ensino superior, Manuel Heitor que, apesar de andar a “castigar” os estudantes nos últimos tempos, fez questão de estar ao lado de um grande projecto.
A voz dos estudantes Estar atento, ser interventivo e defender, acima de tudo, os estudantes parece que dá resultado. O Ministério prepara-se para baixar o preço das refeições sociais nas cantinas e do alojamento nas residências universitárias. Os meus parabéns aos intervenientes no diálogo e todos que por ele “lutaram”.
Clima de violência no desporto Pneus a arder, insultos brejeiros, bolas de golfe, cadeiras, moedas e... Telemóveis. Foi este o balanço de um dérbi minhoto de, imagine-se, futebol. A nível europeu seremos capitais da cultura e juventude, mas pergunto, onde está a CULTURA e bons modos destes JOVENS arruaceiros que fazem de um estádio campo de batalha?
DANIEL VIEIRA DA SILVA // daniel.silva@rum.pt
EDITORIAL
A criação do gabinete do empreendedor da AAUM - Liftoff, durante a passada semana, constituiu, a meu ver, uma alavanca essencial para os alunos que se pretendem lançar no mercado do trabalho. Tenho a convicção de que este espaço pode/vai ser de uma utilidade exemplar na vida dos estudantes. Na apresentação do gabinete, a presença do secretário de estado da ciência, tecnologia e ensino superior Manuel Heitor deu ainda mais mediatismo a um evento que, por si só, já justificava os holofotes públicos. Ainda assim, a presença de Manuel Heitor e o rol de rasgados elogios que fez à AAUM deve encher de orgulho os estudantes minhotos. Não é por acaso que foi, precisamente na semana que veio a Braga que fez questão de divulgar para a imprensa a, quase certa, descida dos preços das refeições nas cantinas universitárias e o alojamento nas residências. Houve, finalmente, consciência de quem “manda” e percebeu-se que não eram os estudantes, nem a formação dos jovens que deveria ser sacrificada. Ainda para mais, não foram certamente estes jovens que deixaram o país no estado em que está agora... Não de tanga, mas com as calças na mão. Nesta edição do ACADÉMICO, para além do Liftoff, fala-se, também, de moda. O University Fashion é um evento que, de ano para ano, tem ganho pontos na academia. Este ano, a realização da final no Paço dos Duques de Bragança em Guimarães faz crer que este evento já extravazou os “muros” dos campi. E ainda bem. Esta semana há ainda cultura. Dias culturais, uma iniciativa da AAUM com colaboração directa da RUM, é uma aposta que vai precisar de ser entranhada na agenda do estudante minhoto. Não vai ser fácil, mas a ideia é boa e as formas de aplicar a mesma também. Ainda nesta edição do ACADÉMICO destaca-se uma entrevista a Jorge Louro, actual presidente da Associação de Antigos Estudantes da Universidade do Minho. Há 8 anos à frente da associação, Louro diz sair com o sentimento de dever cumprido. Acho que o tempo o dirá e, apesar de parabenizar os anos em que liderou a AAEUM, penso que novos ares a uma casa, que tem muito para dar, são sempre bem-vindos. Até para a semana!
FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // Terça-feira, 16 Novembro 2010 / N136 / Ano 5 / Série 3 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // REDACÇÃO: Ana Sofia Dias, Ana Sofia Machado, Ângela Coelho, Bruno Fernandes, Carlos Rebelo, Cátia Alves, Cláudia Fernandes, Cláudia Rêgo, Cristina Silva, Diana Sousa, Diana Teixeira, Diogo Araújo, Eduarda Fernandes, Eduardo Rodrigues, Filipa Barros, Filipa Sousa, Franscisco Vieira, Goreti Faria, Goreti Pêra, Iolanda Lima, Joana Gramoso, José Lopes, Lucilene Ribeiro, Maria João Quintas, Neuza Alpuim, Patrícia Painço, Rita Vilaça, Sara Pestana, Sofia Borges, Sónia Ribeiro, Sónia Silva, Tânia Ramôa e Vânia Barros // COLABORADORES: Cátia Castro, José Reis, Elsa Moura // GRAFISMO: Daniel Vieira da Silva e Luís Costa // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: jornalacademico@rum.pt // TIRAGEM: 2000 exemplares
CALENDÁRIO PARA A ELEIÇÃO DOS ÓRGÃOS DE GOVERNO DA ASSOCIAÇÃO ACADÉMICA DA UNIVERSIDADE DO MINHO (Aprovado na RGA de 10 de Novembro de 2010)
MANDATO 2011 Eleição da Comissão Eleitoral:
10 de Novembro de 2010
Afixação dos cadernos eleitorais:
16 de Novembro de 2010
Reclamações sobre os cadernos eleitorais:
até 19 de Novembro de 2010
Apresentação das listas de candidatos:
até 20 de Novembro de 2010
Verificação das listas de candidatos: Regularização das listas de candidatos:
21 de Novembro de 2010 até 28 de Novembro de 2010
Verificação das listas de candidatos: Período de campanha eleitoral:
29 de Novembro de 2010 30 de Novembro a 5 de Dezembro de 2010
Eleições (1ª volta):
7 de Dezembro de 2010
Período de campanha eleitoral (2ª volta):
9 a 12 de Dezembro de 2010
Eleições (2ª volta):
14 de Dezembro de 2010
Para mais informações: comissaoeleitoral@aaum.pt
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LOCAL
Empreendedorismo na Universidade do Minho e na região Elsa Moura elsa.moura@rum.pt
No decorrer da cerimónia de inauguração do Gabinete do Empreendedor – Liftoff da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) foi realizada uma tertúlia subordinada ao tema “Empreendedorismo na Universidade do Minho e na região”, com a pró-reitora da comunicação e imagem da Universidade do Minho (UM), Felisbela Lopes, a moderar a iniciativa. Como convidados para de-
bater o empreendedorismo, marcaram presença José Mendes, vice-reitor na área da Infra-estrutura, inovação e projectos especiais, Augusto Ferreira, coordenador da TecMinho, António Marques, Presidente da Associação Industrial do Minho, e Sérgio Costa, director executivo da Simbiente. O coordenador da TecMinho, Augusto Ferreira iniciou o debate, apresentando vários projectos de empreendedorismo que a TecMinho tem em mãos, onde salientou o laboratório de
ideias de negócio Idealab, e o gabinete Start up, considerado o principal consurso de empreendedorismo a nível nacional. Sérgio Costa, da empresa Simbiente, com base tecnológica vocacionada para actividades de desenvolvimento, investigação e inovação, afirmou que se está “num mundo complexo, em que cada um tem as suas próprias ideias”. Sobre o crescimento de uma empresa que aposta no desenvolvimento, apresentou dados que revelam que esta
só começa a ter lucros a partir do ano sete, sublinhando que, para sobreviver, é preciso “conseguir diversificar e apostar em várias coisas ao mesmo tempo”, através da “inovação, conhecimento específico, capacidade de desenvolvimento e da procura de garantia na base financeira”. António Marques, da Associação Industrial do Minho congratulou a AAUM pelo facto dos estudantes se preocuparem cada vez mais com coisas que considera serem “realmente impor-
tantes”, acrescentando que o empreendedorismo “tem de estar presente não nas empresas, mas em cada um de nós” e que “o financiamento não é problema”, o necessário é “falar, nunca desistir e correr o risco”. Por seu lado, José Mendes, vice reitor da UM afirma que “tem de haver um modelo no empreendedorismo a partir dos laboratórios que passe a ideia para o plano de negócio”. Numa noite “empreendedora”, a AAUM e a Universidade do Minho comemoraram a inauguração do Liftoff.
Companhia de Teatro de Braga pode ser forçada a despedir Daniela Azevedo daniela_mends@hotmail.com
No passado dia 8 de Novembro, Gabriela Canavilhas, ministra da Cultura, reuniu-se com as companhias de teatro, dança e música para discutir os cortes previstos no orçamento da cultura para os apoios às artes. A reunião decorreu na Cinemateca Portuguesa, em Lisboa, e a possibilidade de um entendimento entre a ministra com a comunidade artística parece estar longe do fim. Gabriela Canavilhas, apesar do insucesso deste encontro, mostrou-se confiante, afirmando que “foi um grande momento de debate,
de colocação de problemas e esclarecimento”. Neste encontro, os 19,8 milhões de euros – que representam a fatia que cabe à Direcção Geral das Artes, no orçamento da Cultura para 2011 – e os cortes previstos nos apoios a quarto anos, cerca de 23 por cento, foram debatidos. Esta redução de verbas por parte do Ministério da Cultura, tem como objectivo a possibilidade de abertura do concurso para as companhias de dois anos e anuais (estes projectos pontuais só deverão abrir no primeiro trimestre do próximo ano, com valores ainda por confirmar, e que dependem essencialmente da conjuntura económicofinanceira nacional e pelo
contexto determinado pelas normas de execução orçamental para 2011). João Aidos, director geral das artes, considera que esta foi a única forma viável tendo em conta a redução do orçamento. “Estes cortes que existem são a única forma de abranger todos os projectos”. O corte de 23 por cento reduz, assim, para 12,7 milhões de euros a verba disponível para projectos quadrienais, duplicando, com efeito, os apoios para os projectos a dois anos e um ano (4,5 milhões de euros e 1,2 milhões de euros, respectivamente). Segundo Aidos, “ninguém fica contente com estes cortes mas, neste momento, só
existe este meio, é um mal ao qual não podemos fugir”. O Ministério da Cultura também reagiu e afirma que esta medida “evita excluir, à partida, agentes culturais que não beneficiariam do apoio se o montante total a atribuir fosse apenas de 3 milhões”. Um dos intervenientes neste debate cultural foi Rui Madeira, director artístico da Companhia de Teatro de Braga e que, após a reunião com Gabriela Ganavilhas e João Aidos, mostrou o seu desagrado perante as decisões tomadas: “Já se sabia há muito tempo que esta crise ia acontecer e o Ministério nada fez”. Afirma, igualmente, que “este corte cego vai levar a que mais de
25 por cento dos trabalhadores da cultura nas artes do palco vejam a sua função e o seu emprego em perigo” e que “a senhora ministra juntou as pessoas e pediu que com este dinheiro resolvessem elas o problema”. Esta crise cultural também se deve, segundo Rui Madeira, a um “problema de desestructuração” e ao panorama “caótico” vivido pelo país. O momento de “apertar o cinto” parece ter chegado ao mundo das artes, reforçando, cada vez mais, a falta de investimento numa das áreas mais importantes no nosso país. Estas medidas contribuem, efectivamente, para uma cultura cada vez mais desprotegida.
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CAMPUS
Estudantes da UM podem ter bolsas reais pagas até final de Novembro Os alunos da Universidade do Minho (UM) podem vir a ter as bolsas de estudo pagas até final de Novembro. A possibilidade foi adiantada por Luís Rodrigues, presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), na última RGA, que decorreu no passado dia 10 de Novembro, em Gualtar. A garantia surgiu dos Serviços de Acção Social (SAS) da UM, que acreditam que a instituição minhota vai ser a primeira a pagar as bolsas reais aos estudantes. Dentro da postura de diálogo, Luís Rodrigues acredita que é “possível recuperar o tempo perdido”. As negociações com o Ministério para alteração do regulamento ainda continuam. “Nunca deixaremos de mostrar a nossa indignação e de nos opor a manifestar”, assegurou o ainda presidente da AAUM.
rio para aprovação. Uma das questões em análise é o caso dos finalistas que tenham menos de 30 ECTS para fazer, que ficavam excluídos da bolsa. A proposta é haver possibilidade de fazerem inscrição como estudantes a nível parcial, diminuindo o limite para, pelo menos, 15 ECTS, assim como ver reajustadas as situações de estudantes inscritos em mais unidades curriculares. Pretende-se ainda ver clarificados os casos da obrigatoriedade, ou não, da devolução de prestações de bolsa mal atribuídas, assim como tentar averiguar o que é entendido por rendimento não proveniente do trabalho. A alteração da obrigatoriedade de alunos obterem aproveitamento em 50% dos créditos, aos anteriores 40%, é também posta em causa. Segundo Luís Rodrigues, o secretário de estado assegurou que “nenhum estudante perderá a bolsa por este motivo”.
Normas técnicas à espera de aprovação
Preços das cantinas e alojamento podem descer
Um conjunto de normas técnicas com vista a pequenas alterações que possam implicar o aumento de bolseiros de Acção Social, foram já enviadas ao Ministé-
Do Encontro Nacional de Académicas, promovido pela AAUM, foram aprovados dois documentos que propunham o congelamento dos preços das cantinas e
Sónia Ribeiro sonia_cc@live.com.pt
alojamento. Após a reunião com o secretário de estado, ficou o compromisso da reposição dos valores. “Acreditamos que veremos o preço das cantinas a serem repostos de 2,40€ para 2,15€, ou para um valor muito próximo”, referiu Luís Rodrigues, acreditando também na diferença de 7 ou 8 euros no valor do alojamento. A solução poderá vir a estar resolvida até à próxima semana. Proposta de adesão à Greve Geral rejeitada Eduardo Velosa, do Movimento Agir, descontente com a “desmarcação da vigília que foi aprovado na última RGA”, propôs o agendamento de uma nova vigília e a adesão à Greve Geral, no próximo dia 24 de Novembro. Na sua opinião, “se o Governo cedeu e deu algumas migalhas é porque neste mês de Novembro há uma contestação no país, não só de estudantes”. E por isso, só aceita duas hipóteses, ou “ceder e ficar contente com migalhas ou avançar com revogação do decreto”. Mas, para Luís Rodrigues, os alunos já mostraram bem o descontentamento para com o decreto e não concorda com adesão à greve. “Aceitei que na moção
fosse acrescentado o ponto que exigisse a revogação do decreto”, mas agora a melhor solução é negociar e não falar em “utopias”. Também os alunos da UM não concordaram com proposta de adesão à greve de 24 de Novembro, a qual foi votada com 42 votos contra. De acordo com Francisca Goullart, do Elo Estudantil, “o papel dos estudantes deve ser de solidariedade activa e de apelo à Greve Geral. O nosso dia de luta é dia 17 de Novembro”. Manifestação em Lisboa Francisca Goullart considerou ainda necessário acertar os pormenores da manifestação dos estudantes a 17 de Novembro, como percurso e organização dos autocarros. O presidente da AAUM defendeu que a “forma mais eficaz e exequível é colocar à disposição inscrições nos GAA’s, para não haver autocarros em falta ou excesso”, propondo a criação de um pack de alimentação para a viagem, que teria uma valor simbólico de 2€. Quando questionado se a AAUM não poderia suportar este custo, Luís Rodrigues explicou que pode “parecer chocante a inscrição de 2€”, mas um pack para muitos estudantes pode ficar eleva-
do para o orçamento da associação. Mas garantiu que nenhum aluno deixará de ir à manifestação por falta de dinheiro para alimentação. Eleições marcadas para dia 7 de Dezembro Um outro assunto debatido foi a definição do calendário eleitoral. As listas candidatas aos vários órgãos da AAUM podem ser apresentadas até dia 20 de Novembro. A campanha decorrerá entre 30 de Novembro a 5 de Dezembro, ficando as eleições marcadas para o dia 7 de Dezembro. Eduardo Velosa propôs que a campanha decorresse entre os dias 2 e 7 de Dezembro e as eleições no dia 9 de Dezembro, para que não houvesse só três dias de campanha e os estudantes reflectissem no feriado. Mas a proposta foi rejeitada. O adiantamento das datas foi também sugerido, como alternativa, por Luís Rodrigues, mas como explicou a Mesa, o adiantamento das eleições exige o adiantamento de todas as datas anteriores, o que era impossível. Uma nova Comissão Eleitoral, liderada por Pedro Almeida foi apresentada à Mesa e aprovada, com 57 votos a favor.
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Luís Rodrigues candidato a novo mandato Daniel Vieira da Silva daniel.silva@rum.pt
Luís Rodrigues volta a candidatar-se à direcção da Associação Académica da Universidade do Minho. Até ao momento, o estudante de Ciências da Comunicação é o único candidato assumido para as eleições que irão decorrer no dia 7 de Dezembro. Até 20 de Novembro ainda decorre o prazo de entrega de candidaturas aos vários órgãos da AAUM, nomeadamente, direcção, mesa da reunião geral de alunos e conselho fiscal e jurisdicional. A vontade de se candidatar novamente a presidente da AAUM foi comunicada por Luís Rodrigues na passada quarta-feira, em declarações exclusivas à Rádio Universitária do Minho (RUM) e ACADÉMICO, logo após a reunião geral de alunos. Luís Rodrigues afirma que este ano a equipa irá ter uma renovação ainda maior
do que no ano passado. “Desta forma conseguimos assegurar alguma continuidade ao nosso projecto, mas conseguimos também integrar outros estudantes com alguma experiência acumulada no associativismo, sendo em núcleos, grupos culturais ou nos diversos órgãos de governo da universidade”, sublinha o actual presidente da AAUM e agora candidato a novo mandato. Candidato porquê? “Candidato porque nunca escondi a vontade e motivação desta direcção. Encontrei motivação e uma equipa com vontade e força para assumir mais um ano neste projecto na liderança da AAUM e acredito, também, estar rodeado de pessoas com capacidade de inovar e criatividade para acrescentar valor muito importante para os estudantes de forma a representá-los condignamente”, esclarece Luís Rodrigues. No dia seguinte à RGA (quinta-feira, 11 de Novembro) o movimento AGIR
da Universidade do Minho convocou uma conferência de imprensa onde fez um claro apelo à participação dos estudantes numa reunião que se realizou no dia de ontem (15 de Novembro). Esse apelo tinha, nas palavras de Eduardo Velosa, um destinatário: Elo Estudantil. Velosa considerou que AGIR e Elo Estudantil tinham “mais coisas a uni-los do que a separá-los”. “Nós vemos que nos últimos dois anos os nossos programas eram semelhantes. Juntos seremos muito mais fortes do que a soma das partes” referiu Velosa à RUM e ACADÉMICO. Eduardo Velosa já confirmou o AGIR nas próximas eleições e lembrou que o candidato irá ser escolhido “democraticamente” na reunião de segunda-feira (dia 15 de Novembro). Do lado do Elo Estudantil, Francisca Goullart assume que souberam deste interesse na “coligação” pela imprensa. “Estamos tão surpreendidos que o assun-
to ainda não foi discutido entre as pessoas do Elo Estudantil”, declara Francisca Goullart. “A atitude do AGIR não respeita o Elo como movimento”, atira Goullart que ainda não confirma se irá ser a pessoa que irá encabeçar uma candidatura que, entende, deverá ser “coerente e na tentativa de envolver o máximo de estudantes”. Até agora, apenas um candidato formalizado, Luís Rodrigues, actual presidente da AAUM. Até dia 20, AGIR e Elo Estudantil irão
apresentar um candidato cada, ou, dependendo do entendimento entre as forças, poderá apenas sair um candidato conjunto destes dois movimentos de oposição na Universidade do Minho. Uma coisa é certa, o espírito crítico dos estudantes é, para já, e irá sê-lo ao longo da campanha, uma das lutas de todas as listas candidatas. Para já, Luís Rodrigues assumiu que um grande desafio da sua equipa é “aumentar o número de participantes informados no acto eleitoral”. Luís Miguel Costa
A par desta recandidatura, o movimento AGIR lançou a proposta de coligação com o Elo Estudantil
E se existissem legumes nos terrenos da UM? Joana Neves joana_neves15@hotmail.com
Preocupados com os desafios impostos à humanidade devido ao esgotamento das reservas de combustíveis fósseis, um grupo de pessoas ligadas à Universidade do Minho (UM) cria a “UMin transition”. A iniciativa tem como primeira preocupação a criação de “hortas pedagó-
gicas”, quer no pólo de Braga, quer no de Guimarães, com o propósito imediato de “facultar às pessoas a possibilidade de cultivar uma pequena parcela de terreno, e utilizar os resultados da colheita para si ou para partilhar”, como explica Luís Botelho, professor do Departamento de Electrónica Industrial da UM. Ajudar a comunidade académica a suprimir alguns
défices alimentares, qualitativos e quantitativos, é também uma forma de sensibilizar a sociedade para as vantagens que poderiam advir de uma maior aposta numa economia local, tendo em conta o cenário de crise actual. As possibilidades de actuação são inúmeras, como clarifica o professor, utilizando Inglaterra como um exemplo clássico da aplicação
do conceito, em que “para além das hortas” existe já um ”sistema de transporte movido a combustíveis renováveis” e, inclusivamente, uma “moeda local”. Às potencialidades, acrescentase o facto de a UM possuir não só infra-estruturas, mas também um vasto grupo de investigadores em áreas como a Física, a Engenharia, a Economia, o Ambiente ou a Agronomia, aptos
a “produzir conhecimento novo”. Embora ainda considere haver alguns detalhes a acertar, o reitor da UM, António Cunha reconhece esta iniciativa como “genericamente positiva”, e sublinha que, se devidamente “enquadrada” e “apoiada” torna-se extremamente “generosa”, sustentando que a mesma é resultado da pro-actividade da comunidade académica.
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A febre da moda tornou-se Fashion no Minho Inês Mata inesnfmata@hotmail.com
No dia 10 de Novembro, a discoteca Sardinha Biba transformou-se numa passerelle com as luzes focadas nos concorrentes da 4ª eliminatória da 9ª edição do concurso University Fashion’10. Foi numa “quarta-feira académica” e, por este motivo, a plateia de curiosos estava
repleta para observar com atenção a “performance” dos participantes. Numa mistura de luz, música e moda, o desfile teve bastante sucesso e os concorrentes deram, mais uma vez, o seu melhor. A fasquia está muito alta, revelando a elevada qualidade dos concorrentes. No final, foram decididos os 14 finalistas que irão desfilar dia 17 de Novembro no Paço dos Duques de Bragan-
ça, em Guimarães, pelas 22 horas. Entre eles, está Luís Silvestre que considera a sua presença na final como uma “Sensação agradável, muito boa! Estou a gostar muito. Há bons concorrentes mas uma pessoa mantém sempre um espírito positivo. Penso que a partir de agora, tendo chegado onde cheguei, tenho a possibilidade de ganhar o concurso”. Os 14 finalistas seleccio-
nados terão formação específica de passerelle e fotografia na residência universitária de Azurém, para estarem devidamente preparados para o desfile final. Os prémios destinamse à promoção da carreira de manequim feminino e masculino. Para além dos prémios relacionados com a moda, o University Fashion, evento criado pela Associação Académica da Univer-
sidade do Minho, pretende premiar repórteres de evento, designers e apresentadores para o desfile final. Na etapa final, os manequins irão estar à prova, juntamente com os designers que terão a oportunidade de exibir as suas criações. Os apresentadores do evento serão os seleccionados através dos castings e os repórteres terão oportunidade de revelar o seu trabalho final.
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“É fugir um pouco da teoria e passar à acção” ÂNGELA COELHO angelacoelho72@hotmail.com
O Centro de Estudos do Curso de Relações Internacionais (CECRI) da Universidade do Minho (UM) realiza de 15 a 17 de Novembro uma simulação da Organização das Nações Unidas (ONU). O “SIMONU” pretende familiarizar os estudantes de Relações Internacionais (RI) e a restante comunidade académica com as orgânicas da organização de uma forma mais prática e incitar a pesquisa e discussão sobre os mais recentes temas internacionais. Cada participante representará um país, tendo que defender os interesses do mesmo em cada um deles, reproduzindo, o mais fielmente possível, as posições oficiais dos estados repre-
sentados. César Gonçalves, presidente do CECRI, acredita que esta iniciativa “é fugir um pouco da teoria e passar à acção, utilizando todos os conhecimentos adquiridos ao longo do percurso académico de cada um”. O aluno de RI garante que, no CECRI, todos consideram “esta actividade fundamental para aprendizagem e enriquecimento pessoal de cada participante, fornecendo-lhes novos conhecimentos e pontos de vista, adquiridos através do debate e da discussão”. “É, sem dúvida alguma, uma forma muito interessante de materialização e consolidação de conhecimentos”, afirma o estudante. Sendo esta a terceira iniciativa do género que é promovida pelo CECRI, César Gonçalves explica que têm vindo a ter algum “feedback”por parte da comunidade aca-
démica, destacando o facto de já não serem só os alunos de RI a querer participar. Este interesse pode explicarse, acredita o presidente do CECRI, pela universalidade dos temas e pelo crescente interesse dos alunos em conhecer a ONU, no sentido de compreender melhor as dinâmicas das relações internacionais. Para César Gonçalves, “a participação nesta simulação dota os seus participantes de um nível mais aprofundado de conhecimento não só acerca do funcionamento da ONU, mas também dos países que representam e, sobretudo, das temáticas em discussão”. Assim, “quem participa deixa de ter uma visão de outsider e, por momentos, passa a fazer parte de todos os processos de decisão”, conclui o estudante. Não é a primeira vez que
Silvana Cardoso, aluna de Relações Internacionais (RI) participa no “SIMONU”, contudo, não deixa de ser com entusiasmo que a estudante revela que “a relação que esta simulação cria entre cada participante e o país que representa é simplesmente única”. A estudante acredita que se estabelece uma relação com o país de forma a que cada participante expresse correctamente as posições oficiais do mesmo. “Tenho a certeza que um
evento deste carácter só pode ser algo de muito bom, não só para os alunos do curso envolvente na organização, como também para toda a comunidade académica”, confessa Silvana Cardoso. A estudante de RI explica que, com a simulação, sente que está dentro da organização, que é uma diplomata de um certo país. Esta iniciativa “é um verdadeiro impulso ao interesse pelas relações internacionais”, conclui a aluna.
ICS sopra 33 velas com internacionalização em vista RITA MAGALHÃES ritasmaga@gmail.com
Na passada segunda-feira, dia 8 de Novembro, o Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade do Minho comemorou 33 anos de existência. As intervenções do vice-reitor da Universidade do Minho para o Ensino, Rui Vieira de Castro, do Presidente do Conselho Pedagógico do ICS, Carlos Veiga, e do presidente do ICS, Miguel Bandeira, deram início à cerimónia de graduação. No seu discurso, o Presidente do ICS deu relevo às diversas áreas das Ciências Sociais: Arqueologia, Geografia, Sociologia, Ciências da Comunicação, Antropologia e História que, se-
gundo ele, “têm contribuído para desenvolver as valências ao nível do ensino e da investigação da Universidade do Minho”. Chamou à atenção, também, para a importância da internacionalização do departamento através da criação de contacto a vários níveis, com as universidades de todo o Mundo, referindo que no ICS “já estão consolidados laços com todos os continentes” desenvolvendo as suas relações primeiramente com a Europa, no que toca ao intercâmbio de estudantes e ao estabelecimento de protocolos relativos ao ensino e à investigação. De seguida, procedeu-se à entrega das cartas de curso e dos prémios escolares. Na parte da tarde a ceri-
mónia comemorativa prosseguiu com a intervenção do Reitor da Universidade do Minho, na qual António Cunha deu destaque ao trabalho de investigação desenvolvido pelo ICS e frisou, ainda, que apesar dos sucessos conseguidos pelo Instituto, este projecto universitário ainda não está acabado e, por isso, é necessário “continuar a desenvolvê-lo, seja com o aprofundamento das lógicas da pós-graduação, seja com o aprofundamento da internacionalização destes grupos e do aumento da capacidade de visibilidade ao nível internacional”. Pelas 15 horas realizou-se uma mesa redonda sob o tema “Ciências Sociais, 33 anos em perspectiva”,
na qual participaram Álvaro Domingues da Universidade do Porto, José d’Encarnação da Universidade de Coimbra e José Luís Garcia da Universidade de Lisboa, sob a moderação de Manuela Martins, do ICS. A Cerimónia Comemorativa foi encerrada com o lança-
mento do livro “Caminhos nas Ciências Sociais – memória, mudança social e razão. Estudos em homenagem a Manuel da Silva Costa” de autoria de Aníbal Alves e com um momento musical com ‘Tramadix’ & Porto de Honra, na sala de Actos do ICS.
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UNIVERSITÁRIO Energy 2B… Uma ideia brilhante Cláudia Rêgo claudiarego-cs@hotmail.com
O Energy2B consiste num projecto interactivo na Universidade de Coimbra, cuja finalidade é desenvolver ideias dentro da área das energias renováveis, da eficiência energética e da sustentabilidade em geral. O objectivo passa por se apresentar uma ideia relacionada com energia e que possa ser benéfica e vantajosa para a actualidade e para o futuro. Desta forma, aqueles que tiverem as melhores ideias serão escolhidos para participarem em campos
de treino e para receberem serviços de aconselhamento dados por profissionais da área da energia, do planeamento de negócios e de investimentos. Posteriormente, os melhores estudantes serão convidados a juntarem-se à Competição Europeia da EnergyB2 e, se a ideia continuar a ser aprovada, poderá haver a oportunidade de começar um negócio próprio, recebendo apoio profissional e financeiro para poder passar da ideia para a realidade. Ao participar-se neste evento, para além de se ter a oportunidade de fazer par-
te de uma entusiasmante e exclusiva experiência europeia, haverá a possibilidade de conhecer e partilhar ideias com estudantes e especialistas, podendo assim alargar os conhecimentos e horizontes. O EnergyB2 é, portanto, a oportunidade para os estudantes exporem as suas ideias e participarem numa competição online, que terá lugar a nível local e europeu. No EnergyB2 vão participar estudantes de outras quatro universidades europeias e podem participar todos os alunos universitários independentemente do curso.
O EnergyB2 é a oportunidade para os estudantes exporem as suas ideias e competirem online
Para participar basta entrar na Fábrica de Ideias do EnergyB2 e responder com as ideias a desafios energé-
do outro lado da fronteira Ana Isabel Lopes (em Salamanca) Estudante de Ciências da Comunicação na Universidade do Minho
É um pouquito estranho mas eu posso explicar: logo que cheguei apercebi-me de que os espanhóis dificilmente entendem os portugueses a não ser que lhes queiram vender algo. Quando a vontade é muita, não há espanhol que não entenda português. Fora disso, só há compreensão se o bom do português se esforçar no seu portuñol. Caso contrário, é brindado com um no te entiendo. Se não for assim, só nas fiestas é que há um perfeito entendimento entre o português e o espanhol (e também com o italiano, japonês,
francês…)! Resumindo, da noite, de saídas, e de bebida é que se interessam os jovens espanhóis. Se é defeito, não o sei, mas sei que este espírito faz, de uma cidade tranquila durante o dia, um lugar de excessos pela noite. Contudo, quando o que se procura é divertimento e esquecer as coisas menos boas que se vão passando, a escolha mais acertada é sair com um bom grupo de amigos e procurar um lugar divertido para se estar. E quanto ao ser português, não é um problema quando esse grupo é composto por pessoas de todo o mundo, que têm as mesmas dificuldades e objectivos e que só pensam numa coisa: tirar o máximo proveito destes escassos meses.
ticos da vida real. Pode-se participar e submeter a ideia até ao dia 26 de Novembro.
UNIVERSITÁRIO PÁGINA 09 // 16.NOV.10 //ACADÉMICO
Guimarães o “berço” do Encontro Nacional de Académicas TÂNIA RAMÔA tania_ramoa@hotmail.com
No dia 7 de Novembro realizou-se em Guimarães um Encontro Nacional de Associações Académicas (ENA) convocado pela Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) para possibilitar a discussão e procura de soluções para os recentes problemas do ensino superior. Contou com a presença das associações académicas e de estudantes de Coimbra, Aveiro, Instituto Superior Técnico e as Federações Académicas do Porto e Universidade Nova
de Lisboa. Na agenda estiveram as normas técnicas que regulamentam a atribuição de bolsas no Ensino Superior e também o aumento de preço das refeições nas cantinas e alojamento em residências, que entraram em vigor este ano lectivo. Foi aprovado um documento com um conjunto de questões dirigidas ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior com o objectivo de esclarecer as directivas que estão a ser consideradas na atribuição das bolsas aos estudantes que necessitem do apoio da Acção social. Luís Rodrigues da AAUM,
em declarações ao ACADÉMICO, realçou a vontade e a importância de esclarecer todas as dúvidas que se encontram neste processo, que se revela essencial na vida de um estudante. Pretende-se esclarecer se terá de existir a devolução do montante das prestações de bolsa que já foram dadas aos estudantes que beneficiaram desta ajuda no ano lectivo transacto, independentemente das mudanças a nível de capital que o seu agregado familiar possa ter sofrido. Além disso, as associações académicas querem ver clarificada a fórmula de cálculo dos rendimentos do
agregado familiar quando há uma diferença entre os rendimentos provenientes do trabalho e outros não provenientes do mesmo (estes são contabilizados a 100 %) e também assegurar que as pensões e rendimentos de um trabalhador por conta própria sejam tidas como rendimentos que resultam do trabalho. A definição de aproveitamento escolar que é considerada para a possibilidade de atribuição de bolsa consta, igualmente, neste documento. No que respeita aos aumentos que se fizeram sentir este ano lectivo, de 25 cên-
timos no preço da senha de cantina e sete euros no valor do alojamento em residência, no ENA foram reunidos esforços para o pedido às entidades competentes de congelar estes acréscimos que penalizam o orçamento dos estudantes. Pretende-se que os valores praticados no ano transacto continuem a fazer parte do dia-a-dia dos alunos. Luís Rodrigues faz um balanço positivo do encontro que provou a união que se faz sentir nos movimentos estudantis em períodos que se têm mostrado especialmente difíceis para os alunos do ensino superior.
O incentivar de um Portugal positivo FILIPA SOUSA ivanilda_25@hotmail.com
Entre os dias 18 e 20 do corrente mês o Centro de Congressos da Alfândega do Porto irá acolher a 13ª Feira do Empreendedor, desta vez subordinada ao tema “Portugal +”. A organização do evento compete à Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), através da marca Academia dos Empreendedores tendo como suporte o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). Na edição deste ano, a Feira do Empreendedor reunirá no mesmo espaço físico a
mais diferenciada e bemestruturada rede de negócios, bem como um vasto número de empreendedores de elevado potencial. Às empresas presentes a sua participação nesta feira deve ser encarada como um abrir de portas para um mais amplo campo de oportunidades, pois, ser-lhes-á dada a possibilidade de apresentarem a inúmeros profissionais as suas mais recentes novidades e lançamentos fomentando, assim, eventuais conjunturas negociais e angariando novos parceiros num ambiente profissional extremamente dinâmico. Entre os destinatários da feira destacam-se os empreen-
dedores por conta própria; os empreendedores por conta de outrem; as PME (pequenas e médias empresas); as autarquias (que pretendam divulgar soluções ao nível do apoio profissional); os centros empresariais e de incubação; os estudantes do ensino superior e profissional (que ambicionem alcançar oportunidades de negócio, de formatação e sobretudo de emprego); as universidades e os politécnicos; e os consumidores em geral. José Fontes, coordenador da Feira do Empreendedor, em declarações à “Fórum Estudante” falou acerca das muitas novidades, “que co-
meçam, desde logo, pela existência de duas exposições empresariais complementares: uma Mostra Tecnológica e uma outra de negócios sustentáveis, a Mostra Greenbiz”. Fontes destacou ainda “as seis sessões práticas sobre ‘como criar um negócio específico’ (que terão por base seis novos guias práticos editados no âmbito do projecto “Portugal Empreendedor), assim como o lançamento do livro “Como sair da crise”, da autoria do consultor internacional Jack Soifer”. As várias novidades desta 13ª edição fazem com que se esperem cerca de vinte mil visitantes na feira.
É de conhecimento geral que o país atravessa uma das mais graves crises de que há memória, daí se entende o tema “Portugal Mais”, a que a feira deste ano se encontra subordinada. José Fontes disse a este respeito, que “a Feira do Empreendedor assume a missão de mostrar, e também incentivar, um Portugal positivo”. Paralelamente irão decorrer diversos eventos âncora (conferências práticas; workshops; sessões de investidores; eventos de networking e ainda eventos mediáticos) que servirão, essencialmente, para multiplicar a captação de participantes qualificados.
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NACIONAL
O primeiro fígado humano criado em laboratório é português Diana Isabel Sousa diana_sous@hotmail.com
O jovem português, Pedro Baptista, criou o primeiro fígado humano em laboratório. Pedro tem 33 anos, está a trabalhar nos EUA e lidera a equipa de investigadores do Instituto de Medicina Regenerativa da Universidade de Wake Forest (Carolina do Norte), que pretende produzir órgãos para transplante humano. Os hepatologistas portugueses frisam que a possibilidade de se criar fígado humano que possa ser transplantado é bastante ambiciosa. Até hoje, outros investigadores tinham conseguido fazer fígados, mas só com células animais. O português Pedro Baptista mudou esta ideia ao criar, pela primeira vez num laboratório, um fígado que tem funções de um fígado humano. Criado nos laboratórios da
Universidade de Wake Forest, o primeiro fígado humano tem 2,5 centímetros e pesa cerca de cinco gramas. Segundo Pedro Baptista, o desafio agora é descobrir uma fórmula que faça o tecido crescer. Em declarações ao jornal norte-americano, Hepatology, Pedro dá conta que o próximo passo da equipa de investigadores é fazer transplantes em ratos de laboratório. Se essas experiências tiverem sucesso, então os esforços concentrar-se-ão em aumentar o tamanho do órgão e em tentar o transplante numa espécie maior. O objectivo maior de toda esta investigação é criar um fígado que reúna todas as condições para ser transplantado num humano. Contudo, Pedro Baptista adverte que nem sempre se consegue o que se quer e afirma que “em ciência é complicado fazer previ-
Esta descoberta é muito relevante e renova esperanças para os que sofrem de problemas hepáticos sões, especialmente quando podem lançar algumas esperanças em doentes terminais”. Os hepatologistas portugueses, Manuel Guilherme Macedo e Rui Tato Marinho, em declarações ao Diário de Notícias, salientam precisamente que já existiram projectos em que houve grande entusiasmo, mas que depois não se concretizaram. Porém, frisam
que, com este avanço, passa a existir uma forma mais eficaz de se testar novos fármacos no fígado e sublinham que este é um passo importante para ajudar os doentes a ganharem mais tempo enquanto esperam pelo transplante de um órgão verdadeiro. Tendo em conta que a falta de órgãos para transplante humano tem vindo a au-
mentar, com incidência no fígado, esta descoberta é muito relevante e renova esperanças para os que sofrem de problemas hepáticos. E o certo é que o investigador português garantiu que, enquanto não tentar o transplante do fígado, não arreda pé do Instituto de Medicina Regenerativa da Universidade de Wake Forest, na Carolina do Norte.
Nova rede social arranja boleia para quem quer “beber uns copos” Diana Teixeira diana_adelaide_teixeira@hotmail.com
Desde a passada sexta-feira ficou disponível, na nova rede social “Drive me”, um amigo com 0% de álcool no sangue para transportar todos aqueles que, para além de terem dezoito anos ou mais, gostem de saídas nocturnas e, consequentemente, consumir bebidas alcoólicas. Esta é a grande novidade da oitava fase da
campanha de prevenção rodoviária “100% cool” da Associação Nacional de Empresas de Bebidas Espirituosas (ANEBE). Segundo as estatísticas da Autoridade Nacional de Segurança Rodovária, em 2009, setecentas e trinta e sete pessoas morreram em acidentes de viação nas estradas portuguesas. Para prevenir a sinistralidade rodoviária, sobretudo dos mais jovens, associada ao consumo do álcool, esta iniciativa passa por um acesso
ao site “100% cool”, o registo gratuito do seu username, e-mail, local de residência e o percurso nas saídas nocturnas. A partir destes dados efectuam-se pedidos ou ofertas de boleia para determinadas saídas ou percursos. Esta aposta conta, também, com um sistema de avaliação que serve de incentivo para que os condutores permaneçam sóbrios. Esta avaliação será feita não só pelos agentes que controlam as fiscalizações de segurança rodoviária, mas
também por jovens que, em locais de diversão nocturna, incentivam outros a um consumo regrado de álcool (as Brigadas de voluntários “100% Cool”) e pelas pessoas que fazem o transporte. Para todos aqueles que se sabem controlar numa saída à noite e acabam por ser apanhados sem uma gota de álcool no sangue, as notícias são ainda mais animadoras. Essas pessoas têm como recompensa um dos seguintes prémios: vales de combustível na BP, des-
contos de um mês na rede de ginásios Holmes Places, descontos nas lojas de material de escritório Staples e na mensalidade do “Automóvel Clube de Portugal”. Segundo a campanha de promoção “Drive me”, nos dias de hoje “mais não será preciso para curtir a noite sem tocar em álcool”. Pensando nas pessoas que têm algum receio em pedir boleia a um desconhecido que esteja registado na rede, o site apresenta um leque de recomendações.
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INQUÉRITO Vais à final do University Fashion? Elisabete Silva garante que não vai assistir ao desfile final do University Fashion, em Guimarães. Sobre o evento, destaca que se trata “de uma actividade interessante para quem gosta”, mas assegura que não se interessa por esse tipo de concursos. A aluna de psicologia afirma que, o ano passado, ouviu falar sobre o evento aquando da sua matrícula, mas que não sabia que se realizava novamente este ano lectivo, sublinhando a existência de uma falha na comunicação do evento. Elisabete garante que não sabia, ainda da existência de outras funções, para além da de manequim, a concorrer. A aluna que nunca assistiu a nenhuma eliminatória desta nona edição do University Fashion concorda, no entanto com a promoção deste tipo de eventos por parte da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) que pretendem incentivar os estudantes a mostrar o que valem na passerelle.
Elisabete Silva 2ºanO // Psicologia
Susana Santos MESTRADO // Micro e Nano Tecnologia
A aluna de mestrado da Universidade do Minho não participa no concurso por não se interessar pela área da moda e dos desfiles. “Acho importante para as pessoas que realmente gostam de moda e desse mundo, para as restantes pessoas não tem muito interesse” afirma. Susana Santos não vai assistir ao desfile final, nem assistiu às eliminatórias que o antecederam, mas garante que estava informada sobre as datas e as funções a concurso. “Tinha conhecimento de toda a informação sobre o evento”garante. A estudante assume ainda que o incentivo a estas actividades é importante.
Hugo Gomes considera o University Fashion “uma actividade lúdico recreativa engraçada para juntar estudantes interessados pela moda e por esse mundo”. Apesar de concordar com a realização deste tipo de eventos e com os incentivos dados pela AAUM a esta área, garante que não vai assistir ao final do concurso em Azurém. Questionado sobre o que leva os estudantes a participar nestas actividades defende que “há pessoas que vão só para a brincadeira, mas que há outras que sonham fazer parte do mundo da moda e estes eventos são uma forma de os tornar realidade”. O aluno de Engenharia Biomédica afirma que nunca assistiu a nenhum desfile do University Fashion porque manequins e passerelles não são a sua praia, mas garante que a função de repórter e a promoção do evento são áreas que lhe interessam, pelo que gostaria de ter participado no que toca a estas possibilidades.
Hugo Gomes 2º ANO // Engenharia Biomédica
Diana Rodrigues 3º ANO // Educação Básica
A aluna assume que gostaria de assistir à final do University Fashion. “Vi o desfile realizado no BA de Braga e gostei ”, confessa. No entanto, Diana Rodrigues não vai assistir ao desfile final por se realizar em Guimarães, o que implica deslocar-se para um local que não conhece muito bem. A estudante garante que estes eventos “devem ser incentivados pois abrem muitas portas no mundo da moda, que sem eles não se abririam de todo aos estudantes”. Atribui à AAUM todo o mérito pelo sucesso destas actividades. “Os eventos realizados pela AAUM são pautados de uma qualidade elevada e este não é excepção”, garante. Afirma que “a profissão de manequim ou modelo não é apenas para aquelas miúdas com uma cara bonita que não tiveram sucesso na escola” adiantando que há muitos modelos com profissões de sucesso. “O mundo da moda pode ser um hobby e não uma solução para a falta de competência noutras áreas ”, afirma. Sobre o evento, garante que “há alunos com muitas apetências para o mundo da moda a participar”.
Cláudia Fernandes claudia7745@hotmail.com
Depois da fase de eliminatórias, estão escolhidos os 14 finalistas do University Fashion. O desfile final realiza-se no dia 17 de Novembro, no Paço dos Duques em Guimarães. O University Fashion é um evento de moda que engloba um concurso de manequim masculino e feminino, mas também, a oportunidade dos estudantes da Universidade do Minho desempenharem funções de repórter do evento, apresentador do desfile final e designer de moda. Os vencedores serão premiados com incentivos à carreira de manequim. O ACADÉMICO foi saber as perspectivas de adesão ao desfile mais “fashion” da academia minhota.
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REPORTAGEM
“O limite? Quando o Alzheimer não me deixar cantar mais!”
Luís Miguel Costa
Rui Veloso sopra 30 velas de carreira Cláudia Fernandes alaufernandes@hotmail.com
Luís Miguel Costa
Foi no passado Sábado que o Multiusos de Guimarães se encheu para comemorar os 30 anos de carreira do cantor de música portuguesa Rui Veloso. Nessa mesma noite, o pavilhão vimaranense celebrou ainda nove anos da sua existência. Animando o público durante cerca de duas horas, o artista confessou encontrarse um pouco fatigado: “Foi um concerto um pouco difícil. Estava muito cansado. Tenho tido dificuldades em dormir e muito trabalho nestas duas semanas. E,
no geral, o público foi fantástico comigo. Aceitou-me assim como eu estou, cansado. E divertiu-se e participou. Acabou por ser bom o concerto. Houve momentos que me deram prazer, outros em que tive muita dificuldade em me concentrar”. Rui Veloso atravessa gerações desde “malta de cabelo branco e malta dos vinte e tal a cantar”, como afirmou o cantor. Todo o público aguardava com grandes expectativas o ‘pai do rock português’ que deu vida à noite de Guimarães. Depois de nomes como Madredeus e Jorge Palma, foi a vez de o artista dar os parabéns ao pavilhão vimaranense e receber o calor do público do Minho: “Adorei! Superou as minhas expectativas”, confessa Magda Camões, fã do artista. Já Paulo Silva argumenta que a acústica não era a melhor: “Foi muito bonito. Devia ter sido mais tempo e o espaço também não tinha a acústica apropriada”, conclui o especta-
Trinta anos de carreira e nove anos do Multiusos de Guimarães, mais que motivos para comemorar
dor. Rui cantou sucessos intemporais como ‘Chico Fininho’, ‘Não há estrelas no Céu’ e ‘Anel de Rubi’. Considerado como a banda sonora de muitas vidas portuguesas, o cantor demonstrou o seu encanto e natureza poética durante os temas interpretados: “As baladas são músicas com menos instrumentos, menos confusão e chegam mais rápido ao coração das pessoas. Quem sente mais as baladas é o público feminino. E eu não me importo nada. Acho o público feminino muito interessante”, corrobora Veloso. Mostrando-se um homem “da malta” e bastante acessível, o quinquagenário teceu elogios ao “excepcional” público de Guimarães, realçando as diferenças positivas entre esse e o portuense: “Achei um público muito gentil, muito bom. Muito diferente do Porto. Em Guimarães a atitude é diferente. Quando chegamos comentamos mesmo isso: o pessoal daqui é tão boa gente, tão simpáticos. Até o meu amigo Tod que é inglês notou isso”. Sempre bem-disposto, o cantor afirmou não ter necessidade de cantar em inglês: “Para que eu vou para América? Basta-me vir aqui a Guimarães para ver que eu estou bem é aqui. E a trabalheira que aquilo me ia dar? Eu cantava para eles e eles não iam perceber nada do que eu ia cantar”, brin-
O Multiusos de Guimarães ficou lotado para ouvir Rui Veloso, considerado o ‘pai do rock’ nacional cou o cantor. Sem propensão de alargar o seu sucesso além fronteiras lusófonas, Rui Veloso acredita que o “nosso cantinho” tem evoluído positivamente no que refere à arte: “Isto não é só Porto e Lisboa. Por exemplo Famalicão e Braga têm uma programação cultural muito interessante e ninguém esperaria há 20 ou 30 anos que fosse assim. Isso quer dizer que as coisas andaram de uma maneira positiva. No Porto não foi tanto assim, não evoluiu como eu estava à espera”, afirmou o cantor, continuando: “Há já uma dinamização muito interessante aqui em Guimarães que, em muitos aspectos, já anda à frente do Porto!”. Apesar da idade e das complicações a nível de saúde, Veloso expôs a sua vontade de começar uma banda Blues. Impedido pelas intervenções cirúrgicas nos
últimos anos, o artista confessa ser um projecto que já está delineado, ficando talvez para os 35 anos de carreira: “Ter uma banda de Blues é o que me falta fazer. Estava programado o ano passado se eu não tivesse os problemas todos que tive: abriram-me a barriga, cortaram-me umas coisas e acabei por não conseguir fazê-lo”. Considerando não ter limites à vista, Rui Veloso assegurou não ter intenções de abandonar o mundo musical tão cedo: “O limite? Quando o Alzheimer não me deixar cantar mais! Eu sou músico, vivo do palco! É o que me alimenta a mim e aos meus filhos. Até conseguir, lá vou indo. Só espero que quando já não der mais os meus amigos me digam: dedica-te a pastorícia. Até lá, tenho que agradecer às pessoas por virem aos meus concertos!”.
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Daniel Vieira da Silva
ENTREVISTA jorge louro
“Posicionámo-nos como uma associação parceira dos antigos estudantes ao longo das suas vidas” Cláudia Fernandes alaufernandes@hotmail.com
Ao fim de quatro mandatos à frente da Associação dos Antigos Estudantes da Universidade do Minho (AAEUM), Jorge Louro vai abandonar o cargo, não se tendo recandidatado às eleições do próximo dia 24 de Novembro. O ACADÉMICO esteve à conversa com o ainda presidente da Associação, que fez um balanço dos oito anos da sua direcção. Dirige a AAEUM desde 2002. Porquê sair agora? Tudo tem um fim, há ciclos que se fecham, esta decisão já estava tomada há algum
tempo e era do conhecimento das pessoas que se candidataram comigo há dois anos. É uma situação que decorre com naturalidade. Que balanço faz do seu desempenho enquanto líder da AAEUM? Olhar para trás é sempre uma situação que é um misto de satisfação e alguma nostalgia por alguns projectos. De qualquer das formas julgo que, no geral, são anos que muito me satisfazem e que no futuro vou recordar com alguma saudade. Foram anos em que pude assistir a desenvolvimentos interessantes dentro da associação e ficam pistas interessantes para o futuro. Acho que mais
à frente será possível ter uma avaliação mais correcta sobre alguns projectos. Saímos todos contentes. Olhando para trás, acha que se verificaram as expectativas que tinha quando assumiu o cargo? Isso tem a ver com a ambição com que partimos para os projectos e as perspectivas também foram mudando ao longo do tempo. Fomos sempre reavaliando o que nos propúnhamos a atingir e nunca marcámos objectivos que tivessem resultados a curto-prazo. Por isto, nunca poderia dizer que saio com os projectos concluídos. Isso seria, na minha perspectiva, errado, pois há muitas pistas que ficam por cumprir. Eu
saio com mais consciência da importância das associações deste género do que a que tinha quando entrei e estou cada vez mais convicto do papel que elas virão a ter no futuro. Por isso, as expectativas, nesse aspecto, confirmaram-se. O que foi mais difícil ao longo dos 4 mandatos? O mais difícil, numa associação como a AAEUM, é sempre conciliar a vontade de fazer com os meios à disposição. Muitas vezes é complicado saber que temos as ideias mas não temos os meios para as concretizar. Quais as actividades realizadas que destaca consigo ao leme da
AAEUM? Se tivesse que escolher aquilo que, de facto, mais importante fizemos ao longo destes mandados diria a reflexão que fomos fazendo ao nível da missão da AAEUM, que permitiu que chegássemos a estratégias e projectos. Podia individualizar mas acho que, mais importante do que qualquer projecto, foi essa reflexão que permitiu, depois, a criação de projectos como os Prémios AlumniUM, que será algo que vai marcar a associação no futuro. Existiam dois modelos na forma de encarar uma associação que eram, uma associação que vivia em função de reunir o passado, e outro, uma associação que assumia o papel
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Sai com o sentimento de dever cumprido? Ou acha que ficou algo por concretizar? Fica sempre muita coisa por concretizar e seria difícil que assim não fosse. Relativamente ao sentimento de missão concluída também é impossível tê-la. De qualquer das formas, saímos satisfeitos com o trabalho realizado nos mandatos em que tivemos na associação. Quais os desafios que o seu substituto tem para enfrentar? Mais que ninguém, será ele que deve assumir quais são os seus objectivos. O Ricardo Capote, que é o único candidato, por isso será já um vencedor deste acto eleitoral, é vice-presidente desta direcção. Com certeza de que vai haver projectos em que inovará e outros aos quais dará continuidade. Agora, dizer quais os maiores desafios para uma direcção em que não estou é complicado. Deduzo, ainda assim, que se revê na linha de candidatura dele para as eleições de 24 Novembro? Sim. Uma associação como esta é sempre feita por passagem de testemunho e foi assim que eu encarei sempre o meu relacionamento com os antigos presidentes da AAEUM, até porque, muitas vezes, foi junto deles que procurei algum aconselhamento sobre opções. É natural que haja identificação, mais ainda porque [o Ricardo Capote] é uma pessoa com a qual colaborei. Perspectivas para o futuro? Sei que a sua licenciatura é na área da Engenharia Mecânica… Enquanto associado da AAEUM é continuar a co-
laborar naquilo que me for solicitado. Há alguns compromissos que já assumi que os farei, se a nova direcção achar que os deve enquadrar e continuarei sempre próximo porque só deixarei de ser antigo aluno da UM quando deixar de existir, por isso, esta será sempre a minha associação. Uma das missões da AAEUM é projectar a UM como centro de excelência de ensino, formação e investigação. O que foi feito no seu mandato neste âmbito? Tivemos sempre uma preocupação bastante vincada na projecção da imagem da universidade. Relativamente a esse vector tivemos diversos projectos. De uma forma mais marcada, vamos fazer isso com os Prémios AlumniUM, com os antigos alunos que se notabilizaram nas suas actividades. Ao longo do tempo, assumimos que tínhamos, dentro do marco institucional da UM o dever de fazer publicidade pelo produto, de procurar realçar o produto da UM, sabendo que isso seria sempre realçar a UM. Temos consciência de que somos parte de uma estratégia institucional de marketing da UM, porque ninguém melhor que a AAEUM pode fazer o marketing pelo produto. Um dos parceiros da AAEUM é a própria UM. Como foi a relação, ao longo dos seus mandatos, com as diferentes reitorias? Foi sempre uma relação institucionalmente muito agradável e de colaboração. No desenvolvimento da AAEUM, a UM é a sua parceira natural e grande parte dos nossos projectos necessitam do apoio da UM. Foi sempre nessa perspectiva que nos relacionámos. Do ponto de vista das diferentes reitorias, senti sempre que havia igual perspectiva no interesse do desenvolvimento da AAEUM. Obviamente que, depois, há constrangimentos económicos que fazem com que as coisas assumam uns ou outros contornos. Mas, olhando para trás, sinto que sempre houve uma colaboração de lealdade entre a AAEUM e a UM.
Em termos de número de sócios. Houve grande variação desde que entrou até agora? Um dos primeiros objectivos do primeiro mandato foi duplicar o número de sócios, o que atingimos no segundo mandato. Há uma grande diferença entre os sócios actuais e os sócios de quando entramos. Mas eu encaro isso como algo normal, acho que isso não deve ser algo que distinga a minha geração das anteriores. Tivemos estágios de desenvolvimento diferentes, em que foi possível atingirem-se determinados patamares. Hoje somos talvez a maior associação de antigos estudantes do ensino superior nacional e não tenho dúvidas de que seremos uma das maiores da Península Ibérica, ainda que comparados com Espanha, as realidades são diferentes. Há dois anos, num encontro em Espanha, percebi que tínhamos duas vezes mais sócios que uma universidade centenária e culturalmente muito próxima de nós. Devido à conjuntura actual, os alunos que saem da Universidade deparam-se com o desemprego. Acha que a AAEUM pode, de certa maneira, ajudar a ultrapassar esse fosso? Essa é uma das nossas preocupações. Temos uma bolsa de emprego em que divulgamos as ofertas que nos enviam. Procuramos ter ofertas de formação de pequena duração, digamos “reciclagens rápidas” e a preços acessíveis,
que permitam melhorar os currículos e melhorar as condições de empregabilidade não só dos associados, uma vez que elas também são frequentadas por alunos da UM. Claro que a questão do emprego não se resolve por actos isolados, tem de ser com uma estratégia mais global e não pode ser, sequer, a universidade a resolver. Pode-se é potenciar as condições de empregabilidade, na perspectiva de ser mais fácil de arranjar emprego. Como é que um antigo aluno vê toda esta polémica em torno das bolsas? A questão das bolsas não a isolo das questões relativamente ao Ensino Superior, mas propriamente a questão do financiamento. Vejo com alguma preocupação, mas sei também que, hoje, as condições do país não são fáceis. De qualquer das formas, é preocupante pensar que poderão haver alunos que não finalizam o Ensino Superior por falta de condições económicas e devem ser procuradas soluções para que isso não aconteça. Nós, nos Prémios AlumniUM, temos como objectivo criar um fundo de bolsas para actuais alunos, que penso, poderá ser possível ser criado nos próximos dois anos. Será um pequeno contributo, mas é necessário que todos estes pequenos contributos permitam encontrar soluções mais globais.
“Saímos satisfeitos com o trabalho realizado nos mandatos em que tivemos na associação. Mais importante do que qualquer projecto, foi a reflexão que permitiu a sua criação” Daniel Vieira da Silva
do desenvolvimento pessoal e humano dos antigos alunos, ou seja, uma associação virada para o futuro, e essa foi a que fizemos. Este posicionamento levou-nos a opções diferentes, ou seja, posicionámo-nos como uma associação que queria ser parceira dos antigos estudantes ao longo das suas vidas, o que nos levou a apostar em áreas que transferissem o valor para os antigos estudantes: formação e informação de diversas formas.
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Gabinete do Empreendedor António Cunha, Manuel Heitor e Luís Rodrigues no gabinete do Liftoff nas “pirâmides” no campus de Gualtar
Maria João Quintas miaquintas@hotmail.com Iolanda Lima iolandaisabellima@hotmail.com
Luís Rodrigues considera uma mais-valia para este gabinete o facto de se localizar no meio de um centro de excelência de produção e difusão do conhecimento. “Este projecto procura contribuir significativamente para facilitar a transformação de conhecimentos em ideias de negócio, promovendo, informando e ensi-
nando pessoas com ideias que se apresentem potencialmente exequíveis, com elevadas possibilidades de comercialização, tornandose, assim, geradoras de riqueza; Queremos ajudar à concretização de projectos de valor acrescentado, beneficiando, deste modo, o desenvolvimento da região; Sensibilizando para a im-
portância da ciência e da tecnologia, auxiliando nas ligações entre produtores, empresas e Universidade; Apoiando a capacidade de iniciativa e criação dos jovens, em geral, e dos estudantes, em particular”, afirmou o presidente da Associação Académica. Luís Rodrigues realçou, ainda, que: “o gabinete possui
Manuel Heitor teceu rasgados elogios ao Liftoff, um projecto da AAUM
Nuno Gonçalves/Dicas
Foi no passado dia nove de Novembro que o Gabinete do Empreendedor abriu as portas pela primeira vez à comunidade académica minhota. Numa cerimónia organizada pela Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), Luís Rodrigues apresentou o novo projecto, que considerou uma prova da proactividade e da capacidade da associação académica na persecução de desígnios que identifica como importantes para os interesses dos estudantes. O presidente da AAUM fez, ainda, questão de agradecer à Universidade do Minho, um dos parceiros institucionais deste projecto, as ajudas imprescindíveis à concretização do mesmo. O LIFTOFF tem como objectivo ser um ponto de referência da Universidade do Minho no apoio ao empreendedorismo qualificado e fomentar e apoiar o espírito empreendedor da comunidade académica. A funcionar no campus de Gualtar,
Nuno Cerqueira
Liftoff - Um grande pass
um acesso privilegiado a um universo de cerca de 17 mil estudantes, com competências diversas e susceptíveis de agregar em projectos conjuntos claro valor sinergético”. O Reitor da Universidade do Minho, António Cunha, não deixou de marcar presença nesta sessão, que reuniu no mesmo auditório várias personalidades de destaque no panorama académico minhoto. António Cunha fez questão de reforçar o apoio dado pela reitoria a este projecto
Secretário de Estado da ciência, tecnologia e ensino Superior, Reitor da UM e presidente da AAUM inauguraram espaço no campus
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da AAUM
Nuno Gonçalves/Dicas
so para o teu negócio
Momento da inaugração do espaço da UM e do presidente da AAUM, assim como a capacidade enquanto dirigente associativo deste último. “Penso que esta iniciativa marca um sinal importante de uma agenda renovada para o movimento associativo”, referiu Manuel Heitor. O Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior acrescentou, ainda, que: “esta capacidade dos próprios estudantes perceberem a necessidade de combinar as oportunida-
des que lhes são oferecidas com as necessidades cada vez maiores de estimular o emprego e usar o conhecimento de uma forma produtiva, parece-me que são, hoje, bandeiras importantes que de uma forma muito actual a AAUM e o Luís Rodrigues, em particular, acompanharam de uma forma particularmente inovadora”. Esta sessão teve ainda como convidado o director regional do INSTITUTO Por-
Luís Rodrigues faz apresentação do espaço
Nuno Gonçalves/Dicas
da AAUM e enfatizou a importância da criatividade no meio académico. Realçou, ainda, a qualidade dos projectos desenvolvidos na Universidade do Minho, que foram já merecedores de diversos prémios. Também fez questão de estar presente na cerimónia de inauguração do LIFTOFF o Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, que destacou o espírito empreendedor do Reitor
tuguês da Juventude (IPJ), Vítor Dias, que, num discurso breve, teceu diversos elogios à AAUM e a esta sua recente iniciativa. “É um privilégio ter na região uma associação académica com esta capacidade e com esta qualidade de trabalho”, afirmou o director regional do IPJ. A AAUM aproveitou, ainda, o acontecimento para lançar o estudo Empreendedorismo na Comunidade Académica da Universidade do Minho, desenvolvido pela empresa Edit Value, um spinoff da Universidade do Minho, e apresentado pelo seu administrador, Nuno Pinto Bastos. Este estudo mostra que a Universidade do Minho é a que possui maior número de patentes e spinoffs académicos. O principal objectivo da sua realização foi avaliar o potencial empreendedor da comunidade académica, mas também analisar o papel da Universidade do Minho na promoção do empreendedorismo. Os resultados revelam que a maioria dos inquiridos possui um vincado perfil empreendedor,
Rasgados elogios sobre o Liftoff marcaram as intervenções de Manuel Heitor e António Cunha na passada semana embora, no geral, receiem arriscar a criação do próprio negócio, principalmente por terem dúvidas em relação às burocracias necessárias e aos apoios financeiros existentes. Encerrada a sessão, todos os participantes foram convidados pelo presidente da AAUM a assistir à inauguração oficial pelo Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e pelo Reitor da Universidade do Minho das instalações do Gabinete do Empreendedor. Após o jantar no restaurante panorâmico, teve lugar a primeira tertúlia organizada por este gabinete e subordinada ao tema Empreendedorismo na Comunidade Académica da Universidade do Minho.
TECNOLOGIA E INOV Boa tarde, queria encomendar uma surpresa Goreti Faria goreti.fcs@gmail.com
Grande, média ou pequena? Será a resposta dada por José Maia, Pedro Cortez ou Tiago Barroso ao pedido de uma surpresa. Três amigos, uma ideia, uma colher generosa de iniciativa e um quilo bem pesado de trabalho: assim nasceu “Brain Surprise”, uma empresa que produz e vende surpresas. De vários tamanhos e feitios, pensadas para qualquer pessoa – da namorada ao avô e do amigo ao patrão, como é dito na apresentação do projecto – e para os mais diversos tipos de situações, as surpresas oferecidas prometem maxilares descaídos e olhos arregalados. Postas em prática pela própria empresa, com a eventual ajuda do cliente se este assim o desejar, as surpresas oferecidas vão desde “entrega original de presen-
tes a qualquer hora” a “chefe de cozinha ao domicílio”, passando por “massagens em qualquer local” e “amigo por um dia”. Surpresas que poderão ser feitas em qualquer zona do país, sendo que os preços aumentam com a distância a Lisboa, local a partir do qual a empresa é dirigida. Numa sociedade marcada por um quotidiano frenético e por muita falta de tempo, estas surpresas embrulhadas de forma nada convencional são uma boa maneira de combater o desgaste da capacidade de nos surpreendermos, capacidade que torna a vida mais colorida. Assim, agarre na carteira e vá à compra de surpresas, consulte o menu no endereço www.wix.com/brainsurprise/site, faça a sua encomenda para os contactos indicados no site e preparese para um dia com uma tonalidade convidativa.
Portugueses estão mais tecnológicos Sónia Silva sonia.silva.8@hotmail.com
“Em 2010, 60% dos agregados domésticos dispõem de acesso a computador em casa, 54% têm acesso à Internet e cerca de metade dispõem de Internet em banda larga”. Estes foram os dados recentemente divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), após a realização de um inquérito à utilização de tecnologias da informação e da comunicação pelas famílias 2010, que contou com a colaboração da Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC). De acordo com o INE, a utilização de banda larga tem registado um crescimento médio anual de 21% desde 2006, visto que no referido ano, apenas 24% dos agregados familiares possuíam internet banda larga em
casa. Esta evolução acompanha o aumento do uso do computador e, obviamente, da internet, que se apresenta em 55% e 51%, respectivamente. Mas, ainda assim, as taxas de crescimento anuais para acesso a computador e internet apenas se encontram na ordem dos sete e doze por cento, segundo adianta a mesma fonte. No que respeita à distribuição territorial destes factores, o INE, adianta que Lisboa, Algarve, e as regiões autónomas dos Açores e Madeira registam agregados domésticos com acesso às tecnologias de informa-
ção e comunicação, acima da média do país. No interior dos lares familiares, o manuseamento deste tipo de tecnologias é liderado pelo sexo masculino, sendo os indivíduos com idades compreendidas entre os dezasseis e os vinte e quatro anos que recorrem com mais frequência aos respectivos equipamentos. Os portugueses têm vindo a demonstrar uma abertura para os equipamentos tecnológicos, principalmente para o acesso à internet e para as potencialidades que o mundo online pode representar na sua vida.
“O melhor simulador de condução está de volta” FRANCISCO VIEIRA dmvieira04@hotmail.com
Está de regresso o melhor e mais aclamado simulador de automobilismo, Gran Turismo, tendo a sua data de lançamento prevista para 24 de Novembro. Desenvolvido pela Polyphony Digital e Sony Computer Entertainment, Gran Turismo 5 será um exclusivo para a Playstation 3. Pela primeira vez em toda a série Gran Turismo existirá um modo online, até 16 jogadores por competição. Como novidades temos também aprimorados efeitos climatéricos, como chuva ou neve, novos efeitos visuais, terra e erva, a implementação de karts e a possibilidade de os carros se danificarem, além do regresso da condução nocturna. Até agora, nunca um
Gran Turismo anterior proporcionou danos visuais nos carros, apenas danos mecânicos. Os carros estão divididos em duas categorias, “Standard” e “Premium”, as quais representam os danos possíveis nos carros. Assim sendo, os carros standard apenas mostrarão danos básicos e os Premium danos muito próximos da realidade, pois são carros que foram muito mais “trabalhados” pela produtora, tanto a nível exterior como interior. É de referir também que GT5 conta com mais de um milhar de carros na sua “garagem” e mais de 70 pistas (com a possibilidade de criar novos circuitos com um editor). A Lamborghini, Bugatti e McLaren fazem a sua estreia na saga, com carros como o Murcielago e McLaren F1. A nível visual, Gran Tu-
Gran Turismo 5 é absolutamente essencial para quem gosta de carros, corridas ou simplesmente de jogos com um visual estonteante
rismo 5 faz jus à saga, demonstrando um grafismo completamente “do outro mundo”, ou seja, a roçar a realidade. É sem dúvida o simulador de automobilismo
com melhor visual feito até à data. Gran Turismo 5 é absolutamente essencial para quem gosta de carros, corridas ou simplesmente de jogos com
um visual estonteante. O único senão é facto de ser exclusivo Sony Playstation. Site Oficial: http://www. gran-turismo.com/
OVAÇÃO
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twittadas luís miguel costa lmiguelmcosta@gmail.com
Hoje a aula é sobre Lady Gaga, e amanhã, e depois e depois... Muitos se perguntam de onde terá surgido Lady Gaga para, de um momento para o outro, ser notícia de todas as vezes que respira. É exactamente para dar resposta a isso que surgiu um curso, no mínimo, invulgar: “Lady Gaga and the Sociology of the Fame”. O curso só está acessível a estudantes da University of South Carolina e com o pré-requisito de serem alunos de cursos de sociologia. No entanto, Mathieu Deflem, o pro-
fessor responsável, afirma que este tem um grau de dificuldade relativamente difícil. Mas isso já seria de imaginar - uma artista como Gaga é mesmo difícil de compreender... Rainha Isabel II gosta disto O Facebook mais parece o comboio fantástico da feira popular em que todos querem entrar. Todos os dias, milhões juntamse a esta rede social. Isto só é notícia porque, desta vez, foi a Rainha Isabel II que se deixou levar pela febre criada por Mark Zuckerberg. A partir de agora, os utilizadores da rede social poderão assim aceder à página,
que promete publicar periodicamente imagens, vídeos e notícias sobre a família real, além da agenda dos compromissos oficiais da Casa Real britânica. Por isso, se um dia destes receberes um comentário às tuas fotos ou um pedido de amizade em nome da Rainha Isabel II, não estranhes. O céu é o limite... mas para os robôs humanóides. Segundo consta, o Homem já lá esteve. No entanto, parece que agora serão os robôs humanóides a dominarem o Espaço. Isto porque a Nasa está a trabalhar na possibilidade de
enviar para a Estação Espacial Internacional robôs para substituir os astronatas nas tarefas de limpeza da estação. Não pelas limitadas capacidades dos homens para as limpezas, mas por questões orçamentais. Stephen J. Altemus, engenheiro responsável pelo projecto, adianta que, com uma quantia bastante mais pequena, se pode desenvolver este robô, que poderá assumir esse papel. Além disso, poupa-se na alimentação e no bilhete de regresso. Nova aplicação da Vodafone O casamento entre tecnologias
parece ser uma tendência que veio para ficar. Desta feita é a Vodafone que junta, numa nova aplicação, as aplicações de chat do Facebook e o Messenger do Windows. Vantagens? Através do Vodafone Messenger Plus os clientes da operadora vão poder aceder, em simultâneo, ao Facebook Chat e ao Windows Live Messenger e trocar mensagens com os seus contactos. Para os unhas-de-fome, a boa notícia é que a aplicação é gratuita durante os primeiros trinta dias. Depois não se queixem é que a vossa visão já nao é o que era...
Já abriu: Gabinete do empreendedor AAUM - LIFTOFF Na passada segunda-feira, dia 15, iniciou-se o Road Show – Empreende Já, actividade inserida no Ano Internacional da Juventude, que decorrerá até ao próximo dia 20 de Novembro. Para além do posto de informação sobre apoios ao empreendedorismo, onde estão presentes o IPJ, IEFP, FDTI e Câmara Municipal de Braga (com o Liftoff) que se encontra num camião no Largo do Populum, iniciou-se também a Formação para Empreendedores, denominado GET-IT.
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> 15 a 20 NOVEMBRO “Road-show”- Empreende Já (IPJ)
Já na próxima semana decorrerão as seguintes actividades: Dia 22 de Novembro – Formação Gratuita “Empreendedorismo Transfronteiriço Norte de Portugal/Galiza”, decorrerá na sede da AAUM, na Rua D. Pedro V. Inicio às 10h00, com a seguinte ordem de trabalhos: • Noções de Empreendedorismo, especificidades da Euro Região Norte de Portugal/Galiza; • Determinantes do Empreendedorismo. • Perfil do Empreendedor; • Etapas para um Plano de Negócios. • A base de uma estratégia empresarial; • Análise SWOT; • Marketing-Mix; • Caso Prático; • Orientações para a formação à distância.
> 22 de NOVEMBRO Formação gratuita “Empreendedorismo transfronteiriço Norte de Portugal/Galiza”
>23 de NOVEMBRO ‘10 Início do Curso de “Gestão de Projectos com o Project 2007”
Dia 23 de Novembro – Curso “Curso Gestão de Projectos com o Project 2007” Carga horária de 24 horas em horário laboral. Conteúdo Programático: • Introdução à gestão de projectos; • Introdução ao Microsoft Office Project Standard 2007; • Modos de visualização; • Criação de um plano para um projecto; • Criação de relações de dependência; • Gerir recursos; • Gerir custos; • Resolver conflitos; • Partilhar informação; • Acompanhar projectos; • Trabalhar com vários projectos em simultâneo. Inscreve-te em www.aaum.pt Mais informações através do email: liftoff@aaum.pt Ou visita-nos no Liftoff , localizado nas pirâmides no Campus de Gualtar em Braga. As inscrições para a Bolsa do Empreendedor já se encontram abertas. Inscreve-te em www.aaum.pt
> 29 de NOVEMBRO ‘10 Início de apresentação de candidaturas do Concurso de Ideias “Atreve-te 2010”
> 3 de DEZEMBRO ‘10 Limite de entrega de Candidaturas “Atreve-te 2010”
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CULTURA
“Dias culturais” invadem Universidade do Minho joana neves joana_neves15@hotmail.com
De 15 a 26 de Novembro, a Universidade do Minho será o palco dos “Dias culturais”, uma semana dedicada à cultura, promovida pela Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) em estreita colaboração com a Rádio Universitária do Minho (RUM). Esta iniciativa realizada com o intuito de incutir a cultura no quotidiano dos estudantes da Universidade do Minho, conta com um programa repleto de actividades culturais como workshops de fotografia, dança e teatro, visitas a museus e exposições. Dia 17 é a data do primeiro workshop, este dedicado à fotografia. O workshop de fotografia é dividido em duas partes, uma destinada à captação da imagem e outra à introdução à fotografia. As inscrições estão limita-
das a 20 pessoas e na participação no workshop de fotografia - introdução à fotografia será dada prioridade aos alunos que estiverem inscritos no workshop de fotografia - captação de imagem. Seguir-se-á o workshop de dança a realizar no Bar Académico de Braga, no dia 24 de Novembro a partir das 21h. Este vai consistir numa demonstração de diversos estilos de dança, desde danças de salão a danças latinoamericanas e africanas e contará com uma interacção de todos os participantes através do ensino de passos básicos de cada um dos estilos e de uma montagem de coreografia. No dia 24 será também realizado o workshop dedicado ao teatro, num local ainda a definir. A participação nos workshops será feita mediante inscrição nos GAA’s e está limitada a um número determinado de participantes. O transporte dos alunos do campus de Azurém será as-
segurado pela AAUM. Visita a museus faz parte do programa O “dia de visita a museus”, a realizar a 24 de Novembro permitirá a entrada gratuita em grande parte dos museus das cidades de Braga e Guimarães. O Museu Nogueira da Silva, Museu Regional de Arqueologia de Guimarães, Museu D. Diogo de Sousa, Museu da Imagem, Termas Romanas do Alto da Cividade, entre outros, poderão ser apreciados pelos alunos da Universidade do Minho. De 15 a 26 de Novembro estarão no hall do CP2 do pólo de Gualtar e na nave central do pólo de Azurém, exposições realizadas por alunos de Erasmus e de PALOP. Os “Dias Culturais” apresentam este ano uma inovação, com a inclusão de actividades para os alunos estrangeiros da Universidade do Minho. Esta iniciativa conta também com a colaboração da RUM e do cultur@rum.
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cd rum: Wyatt/Atzmon/Stephen - For The Ghosts Within
All that jazz with Robert Wyatt ABEL DUARTE abel.duarte@rum.pt
Não sendo músico de jazz, Robert Wyatt reconhece a
rum box TOP RUM - 45 / 2010 12 NOVEMBRO 1 BUNNYRANCH - Where am I? Where are you? 2 PEIXE AVIÃO - Um acordo qualquer 3 TAME IMPALA - Solitude is bliss 4 OS GOLPES - Vá lá senhora 5 BALLA - Montra 6 BELLE & SEBASTIAN - I want the world to stop 7 BLACK KEYS, THE - Everlasting light 8 BAND OF HORSES - Compliments 9 MÁRCIA - Cabra-cega 10 EELS - Looking up 11 MÃO MORTA - Novelos da paixão 12 PELTZER - A story to tell me 13 MADAME GODARD - Atlas 1977 14 GORILLAZ - Stylo 15 XX, THE - Islands 16 POP DELL’ARTE - Ritual transdisco 17 ARCADE FIRE - The suburbs 18 B FACHADA - Os discos do sérgio godinho 19 LEGENDARY TIGERMAN, THE - Light me up twice 20 BEST COAST - Boyfriend
influência do género na sua criação musical. Assim, não é nenhuma grande surpresa encontrá-lo a fazer um álbum que é essencialmente uma colecção de clássicos e revisitas mais free-jazz às suas próprias canções. Para tal, surge acompanhado do saxofonista Gilad Atzmon e da violinista Ros Stephens, de quem partiu a ideia de desafiar Wyatt para a gravação de “For The Ghosts Within”. Segundo o prório Wyatt, todo o disco foi registado de forma natural. Ape-
sar dos diferentes métodos de trabalho de cada um, todos se adaptaram sem qualquer problema. Mais uma vez, como em quase todos os seus trabalhos, Wyatt manifesta uma capacidade de surpreender o ouvinte com a sua criativa sonoridade e de não repetir fórmulas. A completar a obra, referência obrigatória para a extraordinária, transparente e penetrante voz de Wyatt que transforma cada canção num momento de intensidade emocional.
rádio universitária do minho 97.5
POST-IT 15 > 19 Novembro
agenda cultural
CCVF 18 de Novembro Charles Lloyd New Quartet CCVF
Até 30 de Novembro Exposição fotografia Guimarães Jazz CCVF
BRAGA Teatro 16 de Novembro Mistérios de Lisboa Theatro Circo
19 de Novembro Gonzalo Rubalcaba Quintet CCVF
FAMALICÃO Teatro 19 de 20 de Novembro “Sonho de Uma Noite de Verão” de Shakespeare Casa das Artes
19 e 20 de Novembro As pontes de Madison Theatro Circo GUIMARÃES Música 17 de Novembro The Story
leitura em dia
GUTA NAKI - Novo Mundo GORILLAZ - Doncamatic (All Played Out) PATRICK WOLF - Time Of My Life (a passar com insitência durante a semana na antena da RUM)
19 de Novembro Moonspell São Mamede 20 de Novembro The New York Composers Orchestra Exposições
BARCELOS Música 29 de Outubro peixe:aviãoAuditório da Biblioteca Municipal de Barcelos - Subscuta
1 - A Noite do Tamarindo de António Gómez Rufo (Saída de Emergência) - o romance da manipulação genética-o convite à reflexão sobre os limites e poderes da ciência; 2 - Ciência a Brincar N.º 10. Ciência no tempo dos nossos Avós - Margarida Afonso, Helena Margarida Tomás, Dolores Alveirinho (Bizâncio) 3 - Renovar a Ligação Social. Liberdade, Igualdade, Associação de Roger Sue (Campo das Letras) 4 - A Grande Separação. Religião, Política e o Ocidente Moderno de Mark Lilla (Gradiva) 5 - Pedras Ensanguentadas de Donna Leon (Planeta) Um grande romance sobre a emigração ilegal
Para ouvir de segunda a sexta (9h30/14h30/17h45) na RUM ou em podcast (www. rum.pt) Um espaço de António Ferreira e Sérgio Xavier
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DESPORTO
Troféu AAUM... Uma SCBraga/AAUM (de regresso forma de integração às vitórias) CARLOS REBELO c.covas@gmail.com
Iniciou-se no passado dia 8 de Novembro o I Troféu AAUM. Este troféu ocorreu entre os dias 8 a 12 de Novembro no Complexo Desportivo da UMinho em Braga (Gualtar) e Guimarães (Azurém), tendo o objectivo de integrar no seio académico os recentes alunos da Universidade do Minho e motivar todos os alunos a praticar desporto na universidade, em qualquer tipo de modalidade. Organizado pela Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) em conjunto com o Departamento Desporto e Cultura (DDC) dos Serviços de Acção Social da Universidade do Minho (SASUM), neste ano de es-
treia do troféu as modalidades a competir foram três: basquetebol misto, voleibol misto e futsal misto. O troféu teve a participação de vários cursos, onde cada um formou a sua equipa para jogar nas três modalidades em competição, num sistema de cada curso jogava contra outro. Para a integração dos novos alunos, a equipa tinha de ter um mínimo de seis novos alunos, quatro masculinos e dois femininos, os restantes seis elementos poderiam ser de qualquer idade, sexo e ano de curso, perfazendo no total equipa do curso de doze elementos. O torneio iniciou-se com a modalidade de basquetebol, onde os resultados foram os seguintes:
AAUM 24 - DDC 28; LEI 8 - AAUM 1; DDC 26 - LEI 15; Biomédica 35 - AAUM 20; Biomédica 41 - DDC 30. Na modalidade de futsal praticada no segundo dia do torneio houve cinco partidas: Direito 5 – AAUM 2 ; LEI 1 – Biomédica 3 ; AAUM 8 – Biomédica 8 ; LEI 5 – Direito 1 ; AAUM 0 – LEI 2 ; Biomédica 5 – Direito 0 . O primeiro lugar neste modalidade pertenceu á equipa de Biomédica. Na modalidade de voleibol misto praticada no terceiro dia do troféu a classificação foi a seguinte: 1º Ensino Básico, 2º LEI e 3º AAUM. Este troféu encerrou de forma animada e com uma melhor integração dos novos alunos na academia minhota.
mantém liderança
EDUARDO RODRIGUES e_du_rodrigues@yahoo.com.br
No passado sábado, o Pavilhão Universitário de Gualtar foi palco de mais uma partida do Campeonato Nacional da II Divisão. Desta feita, o adversário do SCBraga/AAUM foi a formação do Bom Pastor, recém-promovida a este escalão. O guarda-redes Hélder, Ricardinho e Peixoto foram os excluídos da convocatória desta semana. Em sentido contrário, os atletas escolhidos para iniciar o encontro foram Pli na baliza, Fabrício, Pedrinho, Faria e André Machado. Os primeiros minutos pareciam revelar que a fragilidade
Equipa minhota voltou a entrar a perder na partida, apesar de se mostrar sempre superior à formação do Bom Pastor. Vitória justa da turma bracarense do adversário não iria trazer grandes dificuldades aos comandados de Pedro Palas. No entanto, aos 5 minutos, o Bom Pastor aproveitou uma falha na defensiva minhota e abriu o marcador. A partir daí, o SCBraga/AAUM subiu as suas linhas defensivas e, com isso, as possibilidades de igualar o placar surgiram em demasia. Finalmente, aos 14 minutos, na sequência de um canto estudado, Ferrugem fez o empate. Contudo, a eficácia não prevaleceu e o intervalo chegou sem mais alterações. A segunda metade reservou um verdadeiro massacre dos arsenalistas, com os visitantes a chegarem escassas vezes à baliza de Pli. A vantagem do SCBraga/AAUM chegou aos 29 minutos, por intermédio de Coroas e, três minutos mais tarde, através de um livre directo, o mesmo fixou o 3-1. André Machado ainda teve tempo de deixar a sua marca (4-1), resultado que se manteve até ao final. Com este triunfo, a equipa do SCBraga/AAUM superou o desaire da última jornada e demonstrou, claramente, que continua incisiva e competente na luta pela subida de divisão. Na próxima ronda, os bracarenses visitam o reduto do Junqueira, conjunto que ocupa uma das últimas posições da tabela classificativa. A partida é no sábado, às 16 horas.