desporto Universidade do Minho vai receber mundial universitário de futsal em 2012 No passado dia 19 de Novembro ocorreu a reunião do Comité Executivo da Federação Internacional do Desporto Universitário (FISU), onde foram apresentadas três candidaturas ao mundial de futsal universitário entre as quais se encontrava a candidatura portuguesa, nomeadamente da Associação Académica da Universidade do Minho/ Univ. Minho. Após deliberação foi atribuído à candidatura portuguesa, e respectivamente à AAUM/UM, a responsabilidade de organizar este evento, juntando também a organização do Mundial de Xadrez que ocorrerá, no mesmo ano 2012 -, na cidade de Guimarães, inserindo-se no programa da Capital Europeia de Cultura.
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ESTUDANTES SAÍRAM À RUA PARA QUEM OS QUIS OUVIR
campus Eleições AAUM: conheça os candidatos à direcção Com o fim do período destinado à apresentação de listas de candidatos à direcção da AAUM contabilizam-se três candidatos. Assim, no próximo dia 7 de Dezembro, Luís Rodrigues, Pedro Castro e Francisca Goullart vão a votos para o cargo de presidente da AAUM.
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entrevista Nuno Pinto: presidente da ARCUM
Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 137 / ANO 5 / SÉRIE 3 TERÇA-FEIRA, 23.NOV.10
Aos 29 anos, Nuno Pinto inicia o seu segundo mandato consecutivo como presidente da Associação Recreativa e Cultural Universitária do Minho (ARCUM), que completa este ano o seu 20º aniversário. Integrante da Tuna Universitária do Minho, o bracarense faz parte da ARCUM há já dez anos. Licenciado em Gestão, ocupou já vários cargos administrativos na associação e mostrase bastante satisfeito com o seu primeiro mandato como presidente da direcção. As expectativas para este segundo ano são muitas e promete trazer novidades. www.academico.rum.pt www.facebook.com/jornalacademico www.twitter.com/jornalacademico
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SEGUNDA PÁGINA 23.NOV.10 // ACADÉMICO
BARÓMETRO
EM ALTA
NO PONTO
EM BAIXO
Mundial de Futsal na UM Uma notícia brilhante a fechar a semana. Foi na sexta-feira que, em Bruxelas, o nome do Minho, AAUM, Braga e Portugal foi anunciado pela FISU. Quer isto dizer que iremos receber o Mundial Universitário de Futsal em 2012. Antes do Natal, uma prenda para uma instituição que se “portou bem” durante o ano.
Manifestação Nacional Estudantes manifestaram-se em Lisboa. Um pouco tarde, digo eu, uma vez que já havia sido comunicado um “volte-face” do ministério em relação a alguns temas. Ainda assim, há muito que os estudantes são prejudicados e não quiseram deixar de marcar esta luta com vozes de protesto na Assembleia da República.
Uso do preservativo O Papa Bento XVI admitiu, pela primeira vez, o uso do preservativo. Ainda assim, o contraceptivo ainda é visto como um “demónio” no seio da igreja e já granjeou algumas críticas dos seus pares católicos. Para quando uma mudança, a sério, de mentalidades na Igreja? Será preferível a infecção ou a “não-reprodução”?
DANIEL VIEIRA DA SILVA // daniel.silva@rum.pt
EDITORIAL
O mundial universitário de futsal, atribuído à candidatura da AAUM/UM, assume-se como um marco no ano desportivo da academia. Antes do Natal, esta é mais uma prenda para uma universidade que, ao longo do ano, se vai, constantemente, “portando bem”, no que ao desporto diz respeito. Agora, veio a recompensa em forma de mundial universitário. Depois de europeus de voleibol (2004), basquetebol (2006) e taekwondo (2009) e ainda mundial de futsal (1998) e badminton (2008) é a vez do futsal - 2012. A iniciativa insere-se ainda no ano europeu da juventude que Braga acolhe nesse ano e que, a meu ver, teve especial preponderância na hora de decisão. Mas ainda esta semana, outro assunto dominou as hostes dos estudantes do Minho. Cerca de uma centena rumou a Lisboa para se juntar à manifestação nacional, no passado dia 17. Quanto a mim, uma manifestação que peca por tardia. Os estudantes já conseguiram vencer algumas batalhas junto do Ministério e perderam, em Setembro, o “timing” ideal para irem para a rua exigir normas técnicas onde não fossem tão prejudicados. Agora, a luta foi outra e, em Lisboa, foram aos milhares a gritarem palavras de ordem contra, quase sempre, o mesmo destinatário: Mariano Gago. Pediu-se, uma vez mais, “a cabeça” do ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Ora, e é precisamente sobre a acção social no ensino superior que, este ano, as três listas candidatas à direcção da AAUM falam na sua primeira abordagem às eleições do próximo dia 7 de Dezembro. Luís Rodrigues, Pedro Castro e Francisca Goullart são os candidatos à direcção da AAUM e antevê-se uma acesa troca de ideias nos próximos dias. O ACADÉMICO irá seguir atentamente este processo eleitoral e, uma vez mais, de forma totalmente isenta, tentar fazer chegar a informação de todos os candidatos aos estudantes da Universidade do Minho. Até para a semana!
(Entregues à Comissão Eleitoral conforme os prazos definidos no Calendário Eleitoral aprovado na RGA de 10 de Novembro de 2010)
DIRECÇÃO Lista A
Encabeçada por LUÍS RODRIGUES
Lista B
Encabeçada por PEDRO CASTRO
Lista C
Encabeçada por FRANCISCA GOULART
MESA DA REUNIÃO GERAL DE ALUNOS Lista D
Encabeçada por SÉRGIO MOURA
Lista E
Encabeçada por SARA LOURENÇO
Lista F
Encabeçada por LUÍS PINHEIRO
CONSELHO FISCAL E JURISDICIONAL Lista G
Encabeçada por MARIA CANELAS
Lista H
Encabeçada por NELSON CERQUEIRA
Lista I
Encabeçada por NUNO GERALDES
Lista J
Encabeçada por NUNO RODRIGUES
Período de campanha eleitoral:
30 de Novembro a 5 de Dezembro de 2010
Eleições (1ª volta):
7 de Dezembro de 2010
Para mais informações: comissaoeleitoral@aaum.pt
ERRATA Na passada semana a reportagem sobre o concerto de Rui Veloso no aniversário do pavilhão Multiusos veio assinada por cláudia fernandes, quando o mesmo foi escrito por Rita Vilaça. As nossas sinceras desculpas às visadas pelo erro de edição.
FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // Terçafeira, 23 Novembro 2010 / N137 / Ano 5 / Série 3 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // REDACÇÃO: Ana Sofia Dias, Ana Sofia Machado, Ângela Coelho, Bruno Fernandes, Carlos Rebelo, Cátia Alves, Cláudia Fernandes, Cláudia Rêgo, Cristina Silva, Diana Sousa, Diana Teixeira, Diogo Araújo, Eduarda Fernandes, Eduardo Rodrigues, Filipa Barros, Filipa Sousa, Franscisco Vieira, Goreti Faria, Goreti Pêra, Inês Mata, Iolanda Lima, Joana Gramoso, Joana Neves, José Lopes, Lucilene Ribeiro, Maria João Quintas, Mariana Flor, Neuza Alpuim, Patrícia Painço, Rita Vilaça, Sara Pestana, Sofia Borges, Sónia Ribeiro, Sónia Silva, Tânia Ramôa e Vânia Barros // COLABORADORES: Cátia Castro, José Reis, Elsa Moura // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva e Luís Costa // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: jornalacademico@rum.pt // TIRAGEM: 2000 exemplares
LISTAS CANDIDATAS AOS ÓRGÃOS DE GOVERNO DA ASSOCIAÇÃO ACADÉMICA DA UNIVERSIDADE DO MINHO
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LOCAL
braga e guimarães abraçam cultura Sara Pestana sarapestana@hotmail.com
Fotografia, dança, teatro… Que tal um cheirinho de tudo isto? Se “cultura é o que fica depois de se esquecer tudo o que foi aprendido” (Maurois), o Departamento Cultural da Associação Académica da Universidade do Minho com o apoio da Rádio Universitária do Minho está a organizar dias dedicados à cultura. Pois, como refere Carlos Santos, editor do www.cultura.rum. pt, a cultura é essencial no âmbito de uma frequência
universitária e na construção individual. Com um cartaz cultural diversificado, tendo como base a pintura de Abílio Mattos e Silva, que descreve “as conversas à janela” na Vila de Óbidos, procura-se apelar ao interesse da aprendizagem e à experiência nas diversas vertentes culturais. Assim sendo, no dia 24, a comunidade académica poderá participar em dois workshops de dança e teatro e ainda fazer visitas a museus nas cidades de Braga e Guimarães. O primeiro workshop, que se realizará por volta das 21h no Bar Académico da cidade berço,
consiste numa demonstração de diversos estilos de dança e terá uma interacção com todos os participantes através do ensino de passos básicos em cada um dos estilos e montagem de coreografia de dança. O workshop de teatro será no mesmo dia e terá um limite de inscrições. Relativamente à visita de estudo aos museus, a entrada será gratuita em quase todos. O Museu Nogueira da Silva, Museu Regional de Arqueologia D. Diogo de Sousa, entre outros, foram os escolhidos para receber os alunos da UM. Para quem estiver
interessado/a e quiser usufruir de possíveis vantagens na entrada dos museus, é necessária a apresentação do cartão de estudante da UM. As inscrições poderão ser efectuadas nos GAA’s e o transporte entre o campus de Azurém e Gualtar estará assegurado para que todos os alunos da Academia possam participar. E já que cultura sem intercâmbio não seria cultura, a inovação desta actividade resulta de um programa especial adaptado aos alunos estrangeiros da UM – uma exposição de fotografia realizada por alunos de ERASMUS de PALOP (Países
Africanos de Língua Oficial Portuguesa). As exposições estão patentes de 15 a 26 de Novembro no hall do CP2 no pólo de Gualtar e na Nave Central no pólo de Azurém. “Este tipo de iniciativas culturais revestem-se de especial importância num enquadramento de partilha e descoberta cultural e a promoção da cultura e da partilha cultural é um direito e um dever. Numa construção europeia e num mundo global esta é uma característica principal, diferenciadora e fundamental no cidadão de Século XXI : a cultura de criar cultura”, conclui Carlos Santos.
antiga fábrica vimaranense transformada em instituto do design da uminho Diana Teixeira diana_adelaide_teixeira@hotmail.com
O centro histórico da cidade de Guimarães vai albergar, na antiga fábrica de Curtumes da Ramada, o novo Instituto do Design da Universidade do Minho. A construção está a cargo da CARI construtores, em-
presa bracarense do grupo DST. Está previsto a recuperação integral da antiga fábrica da Ramada: das naves, das varandas e das letras identificadoras da fábrica mencionada. Este projecto passa pela reabilitação de dois edifícios dos quais faz parte uma praça semi-pública e pela construção de um terceiro edifício, composto por cinco
pisos. Grande parte do edifício será composto por estúdios e ateliers. No rés-do-chão situar-se-á a recepção, a cafetaria e várias lojas. Para além disso, irá ser recuperada a antiga rua de Soalhães uma vez que o novo Instituo terá uma abertura para esta rua, incentivando, desta forma, a passagem a pé pela rua vi-
manarense. A CARI Construtores assume uma posição de referência nacional no sector da construção civil e obras públicas. O seu reconhecimento e experiência passam, sobretudo, por obras de edificação, conservação, restauro e reconstituição. A empresa do grupo DST conta, no seu portefólio, com várias obras premiadas em
áreas de importância primordial para a sociedade. Uma das suas grandes apostas é a gestão e tecnologia de vanguarda. Este projecto passa por um investimento de, aproximadamente, três milhões de euros, para a empresa DST. A conclusão do novo Instituto do Design está prevista para o início do próximo ano lectivo, Setembro de 2011.
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CAMPUS eleições aaum 2010 Com o fim do período destinado à apresentação de listas de candidatos à direcção da AAUM, contabilizam-se três candidatos. Assim, no próximo dia 7 de Dezembro, Luís Rodrigues, Pedro Castro e Francisca Goullart vão a votos para o cargo de presidente da AAUM
Francisca Goullart
Pedro Castro
Luís Rodrigues
Cláudia Fernandes alaufernandes@hotmail.com
Lista A
Lista B
Lista C
Luís Rodrigues
Pedro Castro
Francisca Goullart
O actual presidente da AAUM frequenta o mestrado em Ciências da Comunicação, na especialidade de Informação e Jornalismo. Luís Rodrigues entrou para a AAUM há quatro anos, tendo sido director do departamento de Comunicação e Imagem, tesoureiroadjunto e tesoureiro. No ano passado, chegou, então, à liderança da associação. O “gosto pelo associativismo” e o “desafio em representar todos os estudantes” pesaram, segundo o candidato, na decisão de se voltar a recandidatar e, desta forma, tentar dar continuidade ao trabalho feito ao longo do último ano. De acordo com o próprio, foi um ano em que se “superaram as melhores expectativas”. Segundo Luís Rodrigues, os resultados do trabalho motivaram-no para “tentar fazer ainda mais”, agradecendo o esforço e dedicação dos 34 dirigentes associativos que consigo trabalharam e ainda a todos os que colaboraram e participaram nas actividades realizadas. Luís Rodrigues revela preocupação especial em tentar fomentar uma maior participação dos estudantes nos actos eleitorais, mostrando interesse em “sensibilizar os alunos e fazer uma campanha eleitoral participativa”. Segundo o candidato “seria uma vitória para todas as listas se a participação fosse 10% ou 15% superior à do ano passado”.
Pedro Castro foi eleito democraticamente pelo AGIR para representação do grupo nas eleições do próximo dia 7 de Dezembro. Assim, o próprio candidato diz que é um “porta-voz” das ideias da colectividade. Actualmente no 4º ano de Engenharia Civil, Pedro Castro está no AGIR há cerca de dois anos. A sua candidatura, que destaca ser colectiva, surge com o intuito de tentar fazer oposição à actual AAUM, uma vez que, na opinião do candidato, esta não tem sido “tão proactiva na luta pela Acção Social e interesses dos alunos” como deveria. Tendo noção de que se afigura “complicado derrotar a actual AAUM, que já está no cargo há alguns anos”, Pedro Castro enuncia que o objectivo do AGIR para este acto eleitoral é o de “chegar ao maior número de alunos possível”. O candidato espera que, neste ano, haja uma maior “afluência às urnas” do que nos anos anteriores, uma vez que acredita que os alunos se mostrem mais interessados, em parte motivados por todos os problemas de Acção Social e, nomeadamente, de atribuição de bolsas. No entanto, Pedro Castro não esquece que esse facto também não deixa de ser “responsabilidade” de quem concorre, que deve, sem excepção, “representar todos os estudantes”.
Francisca Goullart apresentou a sua candidatura vinculada à discussão colectiva do grupo Elo Estudantil, do qual faz parte desde o primeiro ano de curso. A frequentar o 2º ano do curso de Psicologia, a candidata recorda que foi escolhida devido ao seu empenho e “dedicação”. Em termos de motivação, a candidata garante ter como base as ideias defendidas pelo Elo, nomeadamente “a defesa de um ensino público e gratuito”. Segundo Francisca Goullart é necessário “dar voz aos problemas da Universidade”, o que, na sua opinião, “não tem sido feito” pelas anteriores direcções da associação académica. Numa época particularmente difícil, com todas as discussões a nível da Acção Social, a candidata pela lista C considera que “é necessário que a AAUM e os movimentos de estudantes esclareçam os alunos” no sentido de os ajudar a “relacionar os problemas com as medidas que podem tomar”. Assim sendo, alunos esclarecidos iriam significar uma “maior afluência ao acto eleitoral e, consequentemente, uma maior democracia”. Segundo Francisca Goullart, se houvesse mais meios para as campanhas eleitorais, estas podiam chegar mais aos alunos e levar mais a exercerem o seu direito ao voto.
CAMPUS PÁGINA 05 // 23.NOV.10 // ACADÉMICO
champimóvel na escola de ciências Filipa Barros pipasgoth11@live.com.pt
Entre os dias 22 a 26 de Novembro, a escola de Ciências da Universidade do Minho (UM) vai receber, no campus de Gualtar, o Champimóvel. Trata-se de um show tridimensional que levará os seus visitantes numa expedição até aos cantos mais ínfimos do corpo humano, prometendo fazer as delícias dos amantes da ciência. Este camião interactivo conta com um guia, o Champi,
um boneco animado que conduzirá os seus exploradores numa viagem virtual pelo corpo humano abordando, durante cerca de 20 minutos, aspectos desde a célula – unidade básica da vida, passando pelo funcionamento dos diversos órgãos, até aos progressos no tratamento de doenças e evolução da medicina genética. Esta iniciativa, patrocinada pela fundação Champalimoud, tem como intuito estimular as camadas mais jovens para a investigação
científica e ainda desenvolver um gosto especial pela ciência. O Champi e o Champimovél têm percorrido as escolas, ATL’s e Centros de Ciência Viva por todo o país desde Abril, sendo que a Escola de Ciências da UM será paragem essencial. Esta iniciativa pretende chegar e motivar, particularmente, aos alunos dos 2.º e 3.º ciclo de escolaridade (entre os 9 e os 14 anos de idade). As sessões são gratuitas e abertas desde as 9 horas e 30 minutos até às 17 horas.
Esta iniciativa tem como intuito desenvolver um gosto especial pela ciência nos mais novos Para as escolas que querem participar nesta iniciativa, as mesmas deverão efectuar
a inscrição prévia através do e-mail sec@ecum.uminho. pt.
neste natal, a universidade do minho oferece sorrisos Vânia Barros vaniastefa@hotmail.com
Decorre, de 15 de Novembro a 20 de Dezembro, uma campanha de recolha de brinquedos na Universidade do Minho, onde se espera que o espírito natalício e a generosidade da comunidade contribuam para o sorriso de muitas crianças da região. Esta é uma iniciativa promovida pelos Serviços de Acção Social da Universidade do Minho (SASUM) em cooperação com a Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) e a Associação de Antigos Estudantes da Universidade do Minho (AAEUM) e, tal
como em anos anteriores, chega ao público sob o lema “Neste Natal oferece um sorriso”. Segundo Carlos Silva, administrador dos Serviços de Acção Social, “é fundamental envolver os actuais e antigos estudantes através das suas estruturas associativas para o sucesso destas campanhas (...), fomenta-se o hábito da solidariedade junto dos actuais estudantes e mantém-se e aumenta-se a prática dos antigos estudantes já integrados de forma activa na sociedade”. Esta campanha acontece desde 2006, na época natalícia, e cada vez com maior sucesso, a iniciativa “Oferece um Sorriso” está já a decorrer e espera deixar mais um ano
muitas crianças felizes. Os brinquedos recolhidos nesta acção serão oferecidos a crianças carenciadas da região, nomeadamente a instituições do concelho de Braga e Guimarães, que os receberão durante a quadra de Natal. Como afirma Carlos Silva “o objectivo é fazer chegar o maior número de brinquedos ao maior número de instituições que trabalham com crianças carenciadas”. Nas edições anteriores houve grande adesão por parte do corpo universitário, tendo este mostrado o seu espírito solidário e ultrapassando assim as expectativas da organização. “Em 2008 foram recolhidos 1115 brinquedos e julgava-mos
nós que os números seriam para manter em 2009, mas na realidade recebemos 2185 brinquedos, muito acima das expectativas”, refere a fonte, fazendo um balanço desta campanha nos últimos anos. “A nossa academia é extremamente solidária e responde sempre de forma excepcional a estas iniciativas”, referiu ainda Carlos Silva.
Os brinquedos devem ser colocados num carrinho que se encontra à entrada dos complexos desportivos universitários de Azurém e Gualtar. Com esta campanha não se vão resolver os problemas sociais e económicos, mas contribui-se de certo, com um pequeno gesto, para a felicidade de algumas crianças.
CAMPUS PÁGINA 06 // 23.NOV.10 // ACADÉMICO
rocha peixoto homenageado na UM Cláudia Rêgo claudiarego-cs@hotmail.com
Está a decorrer desde a sexta-feira, dia 12 de Novembro, e prolonga-se até dia 30 uma exposição sobre o arqueólogo, etnógrafo, e bibliotecário Rocha Peixoto. Este evento decorre no âmbito das comemorações do primeiro centenário da morte do arqueólogo, e realiza-se na Galeria do Salão Medieval da Reitoria, no Largo do Paço. António Augusto da Rocha
Peixoto nasceu em 1866 e morreu em 1909. Estudou na Academia Politécnica do Porto e, com os seus diversos trabalhos, destacou-se de forma positiva, sendo um homem notável em tudo o que fez. Foi, também, responsável pela constituição do gabinete de Mineralogia, Geologia e Paleontologia da Universidade do Porto, na altura, chamada de Academia Politécnica do Porto e foi redactor da revista “Portugália”. Promovido pelo Conselho Cultural da Universidade do Minho e pela Câmara da Pó-
voa de Varzim, cidade berço do etnólogo, este evento pretende honrar e homenagear a actividade do prestigiado senhor. E, segundo Ana Gabriela Macedo, presidente do Conselho Cultural da Universidade do Minho, trata-se de “uma exposição importante que vale a pena visitar pois é uma figura importante que dá muito a ver do que se passou em Portugal ao nível da Arqueologia e da História”. A exposição realizada, com vista a glorificar Rocha Peixoto, trata-se de uma exibição documental, cons-
tituída por 20 painéis, que mostra as principais facetas de Rocha Peixoto durante todo o seu percurso profissional que vai desde as suas origens e sua ligação com a sua terra mãe, passando pela sua dedicação como naturalista na Academia Politécnica do Porto e pelas suas funções desempenhadas como bibliotecário e conservador da Biblioteca Pública e Museu Municipal do Porto. Para além de todos estes afazeres Rocha Peixoto dedicou-se ainda à tarefa de redactor da revista “Portugália”, tarefa esta que lhe
viria a dar o título de investigador e etnógrafo no âmbito nacional, tendo merecido o reconhecimento dos meios culturais e científicos da época. Para além de toda esta mostra acerca da vida de Rocha Peixoto, a exposição é enriquecida com a apresentação de documentação original do episódio de Manuel Monteiro, primo do homenageado, que, segundo ainda palavras da presidente do Conselho cultural da Universidade do Minho “foi um importante homem da cultura”.
gaccum tem nova direcção Iolanda Lima iolandaisabellima@hotmail.com
Terça-feira, 16 de Novembro, foi dia o escolhido para a tomada de posse dos novos membros dos órgãos sociais do Grupo dos Alunos de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho (GACCUM). O Instituto de Ciências Sociais (ICS) foi o local destinado para este evento que contou com uma adesão satisfatória. João Gonçalves, aluno do segundo ano, assumiu o cargo de presidente e afirmou ter noção do trabalho e da responsabilidade que o esperam. O Presidente do ICS, Miguel Bandeira abriu as intervenções. Desejou um bom trabalho à direcção que inicia agora trabalhos e salientou a importância que estes núcleos têm no seio
estudantil. Referiu ainda que, no ICS, existem mais núcleos de alunos de outros cursos e que o facto de partilharem todos a mesma sala pode ser um entrave para o trabalho que executam, sendo que esta situação deve ser resolvida. João Gonçalves, presidente empossado, iniciou a sua intervenção com a certeza de que esta “é uma oportunidade única para poder fazer mais pelos alunos do curso e mostrar que um grupo de estudantes capazes e motivados consegue fazer a diferença”. Referiu-se à direcção que “passou a pasta” como “um grupo de pessoas que conseguiram passar do papel à prática e que tornaram o GACCUM uma das associações juvenis que mais e melhor trabalha dentro da
Nova direcção tomou posse na passada semana
Universidade do Minho”. No seu discurso, o aluno fez ainda referência ao trabalho que todos os núcleos desta universidade desenvolvem em conjunto e salientou o apoio da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM). “O apoio da AAUM é essencial para atingirmos os nossos objectivos, compreender como os alunos do curso se integram num contexto universitário
e ajuda a dar uma outra dimensão a toda a experiência académica”, frisou o aluno de Ciências da Comunicação. No final, o estudante deixou a promessa da continuidade do trabalho que já foi desenvolvido. “O caminho está traçado, vamos percorrê-lo todos juntos, só assim atingimos os nossos objectivos e conseguimos o melhor para os alunos”, disse João Gon-
çalves. Entre os outros cargos assumidos nesta tomada de posse, destaca-se como vicepresidente Maria João Quintas, aluna do terceiro ano, Catarina Carvalho como presidente da Mesa da Assembleia Geral e Stephanie Fidalgo como presidente do Conselho Fiscal. No evento estiveram também presentes outros núcleos de alunos: Núcleo de Alunos de Economia da Universidade do Minho (NAECUM), Centro de Estudantes de Engenharia de Sistemas e Informática da Universidade do Minho (CESIUM), Núcleo de Estudantes de Biologia Aplicada da Universidade do Minho (NEBAUM) e Núcleo de Estudantes de Sociologia da Universidade do Minho (NECSUM).
CAMPUS PÁGINA 07 // 23.NOV.10 // ACADÉMICO
docentes e investigadores discutem estratégias para obter mais receitas Sónia Ribeiro sonia_cc@live.com.pt
Docentes e investigadores doutorados discutiram com o Reitor da Universidade do Minho (UM) estratégias para obter mais receitas no 4º Fórum UMinho, que se realizou na passada quartafeira, dia 17. Na opinião do reitor da UM, António Cunha, a universidade tem “espaço para conseguir receitas”, mas para isso é necessário “ter imaginação”. A obtenção de receitas próprias é uma “área que deve ser acarinhada e desenvolvida de modo efectivo”, defendeu. Na sua opinião, é possível que a UM tenha sustentabilidade financeira daqui a dois ou três anos, talvez cinco. Não consegue, contudo, fazer uma previsão para os próximos 10 anos. Balanço das receitas Relativamente ao financiamento que a Universidade do Minho recebe do Estado, António Cunha não prevê um aumento significativo nos próximos anos. “Independentemente das dificuldades que Portugal atravessa, o nível de financiamento cresceu nas últimas décadas. Mas não é expectável um aumento muito significativo”, disse. Para o reitor só há duas maneiras de aumentar as receitas das propinas: ou pelo aumento do seu valor ou pelo aumento do número de estudantes. Na sua opinião, “o aumento das propinas no 1º ciclo ou mestrado integrado não será razoável”, assim como no 2º ou 3º ciclos. “Temos um nicho de mestrados como Economia, Gestão ou Saúde em que pode haver propina mais elevada, mas o número de alunos é baixo”, esclareceu. Aumentar o número de alunos da academia é um objectivo: “Gostaríamos de chegar, em 2013, aos 20 mil alunos”, referiu António Cunha. Mas este aumento
não significa que haja um aumento das receitas. “Ter mais alunos é bom se for com os mesmos recursos, agora mais alunos com mais recursos implica perda de dinheiro”, explicou. Foi ainda apontada a possibilidade de obter mais receitas através de projectos científicos, o que implicaria mais trabalho e empenho por parte dos docentes. O estabelecimento de contratos directos com empresas foi também sugerido pelo reitor, mas aqui “o caminho tem limites”. “Os docentes são avaliados pela carreira científica e, se as actividade não forem suportadas por um quadro científico, não servirão para avaliação da carreira”, esclareceu. Fatia maior das despesas: os docentes A maior fatia das despesas da Universidade do Minho corresponde aos vencimentos dos docentes. Cerca de 90% do orçamento vai para a despesa com o pessoal e desses cerca de 80% são para o pessoal docente. As expectativas dos professores evoluírem na carreira é uma das situações que faz pressão sobre o orçamento”, explicou o reitor. A manutenção da academia exige cerca de 5 milhões de euros por ano, sendo 2 milhões encaminhados para a segurança, 2 milhões para a electricidade e 1 milhão
para a limpeza. Novas instalações e alargamento do horário de funcionamento de certos serviços implicam o aumento destes custos, alertou António Cunha. Na sua opinião, torna-se importante o lançamento de um programa de energia para fazer reduções significativas, o que poderia possibilitar a contratação de “mais três docentes”. António Cunha defendeu que é necessário ser optimista e acreditar que não vão haver cortes significativos do lado do Orçamento de Estado. “A universidade é uma área em que tem que haver discriminação positiva”, sustentou.
gação. Para António Cunha, “não faz sentido trazer exemplos das universidades do outro lado do Atlântico”, porque estas têm um orçamento muito diferente, indo buscar muito do seu financiamento a doações, situação que não acontece com universidades portuguesas. De acordo com o reitor, é importante que a UM ganhe concursos, mas alerta que “o financiamento que se consegue é diminuto”. “Sempre que um investigador consegue um projecto confronta a universidade com necessidades estruturais e recursos. Tudo tem limitações”, acrescentou.
Projectos de investigação não são solução sustentável Alberto Proença, docente do Departamento de Informática da Universidade do Minho, defendeu a necessidade de encontrar soluções para que os “docentes possam continuar a exercer as suas funções”, propondo captar financiamento através de projectos de investigação. “Os milhões estão nos grandes projectos de investigação”, disse. Na sua opinião, as famílias não podem suportar mais custos e, por isso, não devem aumentar as propinas. O docente chamou atenção para as universidades americanas, que têm apoio de grandes equipas de investi-
Intenção de abrir concursos para lugares de quadro Quando questionado sobre a abertura de lugares de quadro, o Reitor da Universidade do Minho esclareceu que a intenção era “convergir para um quadro em que para cada professor catedrático existam dois professores associados e quatro professores convidados”. Estão já regulados concursos universitários e politécnicos, que podem abrir já em Dezembro. “É possível a contratação de pessoal docente, mas é preciso ter cautela”, esclareceu António Cunha. Na sua opinião, há que ter em conta as áreas mais carenciadas. Graciete Dias, Vice-Reitora
FórUM decorreu na passada semana na Universidade do Minho
Qualidade, Avaliação e Ética Académica, explicou que a questão dos concursos está associada a muita burocracia, salientando o exemplo da convocação de júris para reuniões como uma tarefa muito complicada. Mas agora, com a possibilidade das reuniões serem feitas por teleconferência, e não se realizarem reuniões preparatórias caso os júris entendam, pode ser tudo mais fácil. “É um passo significativo no encurtar do processo”, defendeu Graciete Dias. Sistema de avaliação deverá ser implementado no próximo ano O processo de avaliação do desempenho dos docentes está quase a ser implementado, garantiu o reitor da Universidade do Minho. Cada ano haverá um despacho que definirá um montante máximo a atribuir aos docentes. “Este ano, iniciámos uma prática remuneratória no pessoal não docente. A universidade gastou mais de 70 mil euros, mas alterou a posição de cem funcionários”, esclareceu. A avaliação de 2004-2007 é feita por pontos, mas há a possibilidade de haver ponderação curricular, assim como acontece com a avaliação de 2008-2010. Serão os regulamentos das unidades orgânicas que definirão os elementos de ponderação curricular, cuja aprovação será submetida a audição de estruturas sindicais, sustentou Graciete Dias. A avaliação de investigadores é uma possibilidade, mas o Reitor alertou para a necessidade de se aguardar pelo Estatuto do Investigador, que discriminará as disposições legais para essa avaliação. Contudo, defendeu que a avaliação dos investigadores é “mais simples” do que a dos docentes, porque “o que é difícil é avaliar a componente pedagógica” e não os resultados das investigações.
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UNIVERSITÁRIO
concurso universitário renault já está na estrada José Miguel Lopes jose.sepol@hotmail.com
A marca de automóveis Renault já começou a promover mais uma edição do seu concurso universitário anual. Veiculada pelo lema “Building the wheels of the future”, a actividade versará, pela primeira vez, no campo da mobilidade eléctrica. A iniciativa tem, este ano, por objectivo estimular o desenvolvimento de estratégias de marketing e de comunicação que promovam, de uma forma dinâmica e
inovadora, o conceito de automóvel eléctrico. Como tal, o tema do projecto, a realizar pelos participantes, deverá estar relacionado com a marca Renault, enquanto empresa pioneira no universo deste tipo de transporte. De acordo com o website português da empresa (http://www.renault.pt/), esta actividade, que pode ser realizada no contexto de uma unidade curricular ou extra-curricularmente, destina-se a grupos de estudantes (entre os dois e os cinco elementos) que se
encontrem nos níveis de formação de Licenciatura, Pós-graduação ou Mestrado de qualquer curso do país. O concurso em questão encontra-se dividido em duas temporadas que coincidem com ambos os semestres do ano lectivo no Ensino Superior. Assim sendo, o prazo limite para a entrega da candidatura durante o primeiro semestre termina a 30 de Novembro, podendo os trabalhos ser entregues até 1 de Março de 2011. Quem, por outro lado, preferir participar na iniciativa durante
do outro lado da fronteira Ana Isabel Lopes
Salamanca, uma cidade monumento Não há nada em Salamanca que não se deva visitar. Ao contrário do que é habitual, esta cidade não tem ruas duvidosas nem lugares estranhos. Tudo aqui é história, tudo transparece feitos passados. Obedecendo a padrões rígidos de construção, a cidade vai mantendo,
ao longo do tempo, as suas características históricas. E é por isto que, esta semana, dedico a crónica à beleza de Salamanca. É uma cidade que se pode ver em dois dias ou em dois meses, dependendo dos momentos que tardamos a saborear cada detalhe. A verdade é que cada dia descubro um novo lugar, um sítio que nunca havia imaginado, um edifício estupendamente impensável.
E cada dia fico mais impressionada. O que lhe falta de cidade grande compensa com uma beleza enorme. Por tudo isto não poderia haver melhor lugar para uma jovem portuguesa estudar. Longe da confusão das grandes capitais, Salamanca surge como um destino fácil de alcançar e muito agradável, especialmente para quem fica para uma estadia mais prolongada, tal como decidi fazer.
o segundo semestre, terá de apresentar a sua candidatura até 15 de Março do próximo ano, com o dia 14 de Junho a corresponder à deadline da segunda temporada do concurso. Quanto à natureza, o trabalho poderá assumir a forma de um Estudo de Mercado, um Plano de Comunicação (que permita divulgar tanto a noção de automóvel eléctrico, como a posição da Renault Portugal nesse mercado), de um Business Plan (que crie uma campanha alusiva ao tema), ou de um
Plano Estratégico (que permita lançar novos conceitos ou serviços em relação à mobilidade eléctrica), entre outras alternativas. Os vencedores do concurso receberão uma bolsa de estudo no valor de 6 mil euros, para além de ganharem direito a um estágio não-remunerado, com uma duração de um a três meses, nesta empresa de automóveis. O docente que acompanhar o projecto premiado também será recompensado, estando-lhe reservada uma bolsa de investigação de 3 mil euros.
UNIVERSITÁRIO PÁGINA 09 // 23.NOV.10 //ACADÉMICO
simONU, uma iniciativa do cecri, com balanço positivo fILIPA SOUSA ivanilda_25@hotmail.com
O Centro de Estudos do Curso de Relações Internacionais (CECRI) foi responsável pela organização da simulação da Organização das Nações Unidas (SIMONU). O evento decorreu na passada semana, entre os dias 15 e 17, nas salas da Escola de Economia e Gestão, da Universidade do Minho. A SIMONU que se realiza desde 2008, tem como principal objectivo familiarizar os participantes com a burocracia da ONU e, especialmente, tende a incentivá-los a informar-se acerca dos mais proeminentes temas
da actualidade internacional. Um dos aspectos mais relevantes deste evento reside na possibilidade dos intervenientes tomarem conhecimento, sobre o modo como se desenvolve todo o processo de defesa, e discussão das políticas externas. A edição deste ano veio distinguir-se das anteriores, na medida em que foi introduzida uma inovação, ou seja, a abertura da iniciativa a toda a comunidade académica e, não somente aos alunos que frequentam a licenciatura do curso de Relações Internacionais. Carlos Alberto Videira, estudante do 2º ano de RI e secretário da direcção do
CECRI, disse ao ACADÉMICO que esta foi “uma inovação que se revelou bastante enriquecedora”, acrescentando ainda que “o contributo de alunos de pós-graduação e de mestrado aumentou a qualidade do debate e permitiu uma abordagem diferente a muitas das temáticas”. O balanço feito é extremamente positivo, e a adesão acabou por corresponder às expectativas. Nesse sentido, Carlos Alberto Videira considera “que a aposta foi ganha e no próximo ano esperamos poder vir a contar com ainda mais alunos de outras áreas, depois do bom augúrio que foi a experiência desta edição”.
Evento voltou a envolver muitos estudantes durante os três dias
universidade de coimbra candidata a património mundial Emanuel Boavista emanuelboavista@gmail.com
A Universidade de Coimbra, um espaço que já foi fortificação Árabe, residência real e que, nos últimos séculos, é local de saber, entregou a sua candidatura, no passado dia 15, à Comissão Nacional da UNESCO. O documento, que contabiliza cerca de duas mil páginas, enaltece a gran-
diosidade dos edifícios que constituem o seu espaço físico, mas também faz “referência a uma realidade imaterial, de vivências estudantis, de ciência e de influência no mundo”, como afirma Raimundo Mendes da Silva, responsável pelo processo. A candidatura não está apenas concentrada na zona “Alta da Universidade” mas também abrange “a zona inicial na rua D. Sofia”, na Baixa da cidade, que foi
edificada para ser um espaço universitário mas que neste momento quase não tem institutos académicos. Assim, constacta Raimundo Silva, que “toda a cidade acaba por estar envolvida no processo, que é um processo de regeneração, e de compromisso para com este novo objectivo de ser património mundial”. Este espaço académico que conta com mais de sete séculos de história, tem estado “aos poucos, e na medida
das disponibilidades, a fazer a requalificação e as obras de raiz necessárias” para poder conservar e projectar o seu património no futuro, como relata o Reitor da instituição, Fernando Seabra Santos. Na Alta Universitária, estão em curso algumas requalificações, nomeadamente, no Pátio das Escolas e no Colégio da Trindade,em que neste último será instalado, “o Tribunal Universitário, que permitirá dar no futu-
ro próximo uma preparação prática relacionada com as actividades do tribunal, e que fará parte da rede judiciária portuguesa”, como explicou o reitor. Está ainda previsto, inserido no Plano de Recuperação da Alta Universitária de Coimbra, o regresso à Baixa, que consiste na adaptação do Colégio da Graça para instalação da sede do Centro de Estudos Sociais e do Centro de Documentação 25 de Abril.
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INTERNACIONAL
cimeira da NATO foi um sucesso Cátia Alves catia_gomes_alves@hotmail.com
A Cimeira da Nato realizouse em Lisboa nos passados dias 19 e 20 de Novembro e contou com a presença dos líderes de 28 estados-membros da Aliança Atlântica. Este encontro levou à maior operação policial de sempre, em Portugal. A OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) ou NATO nasceu em 1949 do Tratado do Atlântico Norte, na sequência da Guerra Fria, e com o objectivo de constituir uma frente oposta ao bloco socialista. Os países signatários comprometeram-se a uma cooperação estratégica e obrigaram-se a um apoio mútuo em caso de qualquer um dos países membros ser atacado. Portugal foi um dos membros fundadores. Esta Organização visou sempre a paz mundial. Com o fim da Guerra Fria, em 1989, surgiu a necessidade de adaptar a NATO, redefinindo-a e adaptando-a à nova ordem internacional. Desde então, a organização foi-se adaptando e moldando às diversas necessidades
que foram surgindo. Para tal, reúnem-se periodicamente os líderes dos estados-membros, naquelas que são as Cimeiras da NATO. A Cimeira anterior realizou-se em Estrasburgo e Kehl, em 2009. Na 21ª Cimeira da NATO discutiram-se temas diversos Os temas centrais deste encontro foram o debate da proliferação de armas de destruição maciça e o terrorismo, tendo como objectivo o reforço da aliança atlântica. Também se debateram tanto a aprovação do conceito estratégico da NATO como a redefinição das relações com a Rússia e ainda a localização geográfica das novas estruturas de comando da organização. Manter-se-ão as armas nucleares da NATO Contrariamente às pretensões de cinco dos aliados europeus, Alemanha, Bélgica, Luxemburgo, Noruega e Holanda, não irão ser retiradas as cerca de 240 bombas atómicas norte-americanas instaladas, já desde o período da Guerra Fria, em terri-
tório europeu (em diversos países como Alemanha, Bélgica, Itália e Turquia). James Aooathurai afirmou que “enquanto houver armas nucleares no Mundo, a NATO precisa delas”. Porém, estas não estarão mais apontadas para a Rússia, pelo contrário, a Rússia foi até convidada a cooperar no desenvolvimento da SDA no âmbito do conselho NATO-Rússia. Angela Merkel afirma que a cooperação com a Rússia mostra o fim da Guerra Fria Relativamente ao armamento de destruição maciça e ao terrorismo, as declarações da chanceler alemã foram determinantes. Para Angela Merkel, o escudo antimíssil significa uma resposta às novas ameaças e em nada contradiz a ideia do desarmamento, que deve ser baseado na reciprocidade. A seu ver, “o facto de estarmos a dialogar com a Rússia sobre a avaliação de risco e também sobre a possibilidade de vir a trabalhar em conjunto no sistema antimíssil é um passo essencial que vem demonstrar que a guer-
ra fria de facto já acabou”. “Nova fase” da NATO A reforma estrutural da NATO irá implicar cortes substantivos nos comandos, no pessoal e no orçamento. Outra das grandes resoluções desta Cimeira prendese com o lançamento de uma nova fase na missão no Afeganistão. Com efeito, a Aliança Atlântica espera que as forças afegãs assumam a responsabilidade pelo controlo de todo o território do Afeganistão já no fim de 2014. Novo conceito estratégico da NATO O novo conceito estratégico da NATO para os próximos dez anos foi aprovado no primeiro dia do encontro pelos 28 países-membros. O documento actualiza a resposta da aliança atlântica a ameaças novas como o ciberterrorismo e a pirataria, dando também importância ao reforço de parcerias com outras organizações internacionais. Encontro marcado por manifestações O Governo Civil de Lisboa
autorizou cinco manifestações contra a cimeira da NATO. A primeira manifestação decorreu na quinta-feira, no Largo Camões e as restantes quatro decorreram no sábado, último dia da Cimeira. Note-se que a Polícia de Segurança Pública treinava desde o início do ano para poder responder a qualquer tipo de cenário que pudesse ocorrer durante a realização da Cimeira. Em vista tinham, fundamentalmente, dois grupos de manifestantes – os violentos e os não violentos. No total, foram presos 42 activistas que já foram postos em liberdade. A Cimeira foi considerada um sucesso e um marco histórico O Secretário-geral da NATO anunciou, no último dia da Cimeira, que a próxima Cimeira da Nato se realizará em 2012, nos Estados Unidos da América. Anders Fogh Rasmussen classificou este encontro como “um sucesso” e das mais importantes Cimeiras da história da Aliança do Atlântico Norte.
tabaco não encurta só o dinheiro na carteira Joana Neves joana_neves15@hotmail.com
O que mudarias se soubesses que morrem, em todo o mundo, cerca de 5 milhões de pessoas por ano, devido ao tabaco? E se te disséssemos que, só em Portugal, o fumo do tabaco está directamente implicado em 11,7% dos óbitos? Pondo a situação em termos práticos, um fumador perde, aproximadamente, 10 anos de vida! Não só a saúde dos consumidores activos está em causa, uma vez que as pessoas
expostas ao fumo do tabaco, conhecidas como “fumadores passivos”, correm igual risco de contrair doenças cardiovasculares, cancros do pulmão ou patologias respiratórias crónicas. Contudo, os portugueses parecem estar mais cientes dos malefícios do tabaco, tendo a entrada do mesmo no mercado português diminuído 11% entre 2007 e 2009, situação que pode ser vista como “indicador indirecto” da diminuição do consumo, como referiu à Lusa Mário Carreira, da Direcção Geral
da Saúde (DGS). Embora assuma que “a entrada de cigarros no mercado não é igual ao consumo”, o coordenador da DGS considera que este é um indício positivo. Também o núme-
ro de consultas de apoio ao controlo do vício verifica um aumento de 58,7%, quando comparados os valores de 2007 e 2009. Comparativamente, existem diferenças quanto à suscep-
tibilidade de adquirir doenças devido ao fumo, entre os sexos. No caso do cancro, os hábitos tabagistas representam maior risco para os homens; Já as mulheres vêem a possibilidade de neoplasias (tumores benignos ou malignos) aumentar. O aumento do número de consumidoras feminina é uma situação preocupante, tendo em conta, por exemplo, que conciliar tabaco e a pílula, aumenta dez vezes os riscos de sofrer ataques cardíacos ou embolias pulmonares.
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NACIONAL
quarenta maravilhas de portugal em versão “tasca” GORETI FARIA goreti.fcs@gmail.com
Portugal, sendo um país que não é prolífero em muitos domínios, é-o, certamente, no que diz respeito a tascas. Quando a conversa versa sobre restaurantes típicos, onde se come e bebe
em quantidade e – rezam os entendidos – com qualidade, onde têm lugar acalorados jogos de cartas e onde as características de higiene são duvidosas, Portugal tem fama e encontra-se nos lugares cimeiros de qualquer tabela. É nas tascas que a cozinha
típica portuguesa conhece o seu expoente máximo e é lá que o português se sente bom (português, entendase) e que o estrangeiro se sente português. Ciente desta realidade, a Smartbox criou um novo produto que permite a exploração desta vertente tí-
Smartbox criou um novo produto que permite a exploração desta vertente típica portuguesa
pica portuguesa: por 49,9 euros fica à disposição de quem adquirir o produto uma refeição para duas pessoas numa das quarenta tascas portuguesas disponíveis para escolha. A empresa internacional Smartbox introduziu o turismo de experiências em Portugal: produz e vende caixas de presentes, possibilitando a quem adquire a caixa uma forma fácil, rápida e acessível de parar de dizer “qualquer dia vou experimentar” e começar a dizer “experimentei”. Segundo Filipa Guimarães, directora-geral da Smartbox Portugal, o conceito é “inovador, sobretudo no mercado português, direccionado para gente nova com espírito aberto que quer experimentar novas coisas, novos sítios, novas actividades”. Os preços vão desde 25,9 a 199,9 euros e as experiências contemplam três universos: aventura, hotelaria e bem-estar. Uma boa oportunidade para fugir da rotina, descansar e mudar de ati-
tude. Uma vez comprada a experiência, basta telefonar para o parceiro a agendar o(s) dia(s) em que a actividade terá lugar e voilà, já pode ser assinalada na agenda. Quanto à nova experiência disponível, é importante notar que o conceito de tasca tem vindo a ser redefinido e, apesar de continuar associado a um bom vinho, está cada vez mais associado a refeições generosas e de digestão difícil, comida típica e saborosa, cenários tradicionais e singulares e, muitas vezes, preços bastante elevados – o que torna o novo produto bastante apelativo, até porque procura reunir as quarenta melhores tascas de Portugal. Parece-lhe bem? Poderá fazer a compra da experiência online através do site www. smartbox.com/pt, nos locais oficiais ou num dos mais de mil pontos de venda espalhados pelo país. Braga conta com dezassete pontos de venda – Fnac, Media Market e Bertrand são alguns deles.
um “livrão” para todas as crianças Inês Mata inesnfmata@hotmail.com
E se, em vez de alimentos, o Banco Alimentar doasse livros? Através da compra de um livro na livraria “Bertrand”, qualquer cliente estará, indirectamente, a fazer doações ao Banco de Livros. “Livrão” é o nome atribuído a esta iniciativa que está a decorrer desde 15 de Novembro, e se prolongará até dia 5 de Dezembro. Este projecto recente já foi
inaugurado e consiste na doação de livros a crianças e idosos pertencentes a instituições solidárias. É a primeira vez que esta iniciativa decorre em Portugal e junta a fundação “Pro Dignitate” e a livraria “Bertrand”. Uma cooperação que pretende alertar o comprador para os benefícios do simples acto de comprar um livro. O “Livrão” já se expandiu para a comunicação social e tem como representantes os escritores Margarida Rebelo Pinto e José Luís Peixoto. O custo dos livros é de 4 a 6
euros e está ainda disponível a aquisição de “chequeslivrão” no valor de 2 euros para comprar mais livros infantis. A selecção dos livros é realizada através de uma lista que se adapta às diferentes faixas etárias disponível nas lojas “Bertrand”. Com uma pequena ajuda do espírito natalício, tanto os jovens como os idosos terão a oportunidade de usufruir de livros de forma gratuita e, consequentemente, aproveitarem a generosidade e solidariedade dos compradores.
Doar livros a crianças e idosos pertencentes a instituições solidárias é o objectivo desta iniciativa
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ENTREVISTA NUNO PINTO “o balanço que faço do meu primeiro mandato é extremamente positivo” Maria João Quintas miaquintas@hotmail.com
Aos 29 anos, Nuno Pinto inicia o seu segundo mandato consecutivo como presidente da Associação Recreativa e Cultural Universitária do Minho (ARCUM), que completa este ano o seu 20º aniversário. Integrante da Tuna Universitária do Minho, o bracarense faz parte da ARCUM há já dez anos. Licenciado em Gestão, ocupou já vários cargos administrativos na associação e mostra-se bastante satisfeito com o seu primeiro mandato como presidente da direcção.
As expectativas para este segundo ano são muitas e promete trazer novidades. Dirige a AAEUM desde 2002. Porquê sair agora? Tudo tem um fim, há ciclos que se fecham, esta decisão já estava tomada há algum tempo e era do conhecimento das pessoas que se candidataram comigo há dois anos. É uma situação que decorre com naturalidade. Como define a ARCUM? A ARCUM, em 20 anos ininterruptos de actividade,
foi pautando a sua identidade como uma associação que, através dos seus grupos, gera cultura dentro da Universidade do Minho e também fora dela, nomeadamente em toda a cidade de Braga. Além disso, leva o nome da Universidade do Minho para outras cidades de Portugal e, até, do estrangeiro. Portanto, posso dizer que a ARCUM é um conjunto de valências e uma reunião de grupos culturais que procuram representar sempre a Universidade do Minho da melhor maneira e promover a cultura da academia.
Que grupos culturais fazem parte da ARCUM? Ao longo dos anos foi variando, embora não muito, a constituição da ARCUM. Neste momento fazem parte da associação a Tuna Universitária do Minho, o Grupo de Música Popular, o Grupo Folclórico, os Bomboémia, o Grupo de Poesia e o Grupo de Fados. Quais são as vantagens de integrar esta associação? São, sobretudo, as sinergias que se criam e as competências directivas que daí surgem. Trata-se de uma orga-
nização formal e, ao mesmo tempo, informal que tenta dirigir administrativamente os diferentes grupos culturais e também auxiliar as relações entre esses mesmos grupos e diversas entidades, sendo uma organização reconhecida como capaz e válida na cidade de Braga que dá a cara por eles. Portanto, a principal vantagem é precisamente a força e a imagem que a ARCUM tem. A nível de organização, recolhemos experiências das várias actividades que organizamos e aplicamos a todos os nossos grupos. Além disso, entre os
ENTREVISTA PÁGINA 14 // 23.NOV.10 // ACADÉMICO
ro mandato? O balanço que faço do meu primeiro mandato é extremamente positivo. Consegui cumprir os meus objectivos, dentro das possibilidades que tínhamos. Acima de tudo, a ARCUM conseguiu ultrapassar os problemas financeiros que tinha, e isso, só por si, já foi uma grande vitória. E, mesmo apesar desses problemas que tivemos que enfrentar, conseguimos realizar com êxito todas as actividades a que nos propusemos.
diversos grupos que constituem a ARCUM, dão-se movimentações de pessoas que passam de um grupo para outro ou até participam em mais do que um ao mesmo tempo, o que dinamiza a associação e os seus membros.
te remuneradas.E, também, todos os espectáculos que organizamos, apesar de a ARCUM ser uma organização sem fins lucrativos, acabam por render algum dinheiro que é, depois, aplicado em outros projectos.
De que forma é que a ARCUM cativa os estudantes e os incentiva a aderir aos grupos culturais? Fazemo-lo, ao longo de todo o ano, com as várias actuações dos nossos grupos culturais. É aí que a ARCUM vai mostrando aos estudantes aquilo que é. No início deste ano lectivo organizamos a festa ARCUM da Belha, exactamente com o intuito de nos apresentarmos aos novos alunos e de dar a conhecer o nosso espírito.
No seu entender quais são as principais actividades que a ARCUM organiza? Os dois maiores marcos da ARCUM são grandes festivais, bem conhecidos da comunidade académica e da cidade de Braga, que são o Festival Internacional de Tunas Universitárias (FITU) e o Festival Universitário de Música Popular (FUMP), que organizamos regularmente há já 20 anos. Mas damos ainda o mesmo valor às várias actividades e actuações dos nossos grupos culturais ao longo de todo o ano.
A nível financeiro, qual a situação actual da ARCUM? A nível cultural, somos uma das imagens da Universidade do Minho, portanto, representamos a Academia e, consequentemente a Associação Académica. Portanto recebemos financiamento da AAUM e dos Serviços de Acção Social, da parte do orçamento destinada à cultura. A nível financeiro relacionamo-nos, ainda, com instituições como o IPJ e a Câmara Municipal de Braga. Além disso, fazemos os nossos grupos valer por si, ou seja, ao longo do ano todos os grupos culturais que integram a ARCUM realizam várias actuações que são devidamen-
Voltando à sua posição na ARCUM. O que o motivou a candidatar-se a presidente pela primeira vez? Eu já fazia parte da ARCUM há muitos anos e, por isso, sentia que conhecia muito bem a “casa” (até porque já tinha ocupado outros cargos directivos na associação). Então achei que a minha experiência poderia ser útil, principalmente tendo em conta que atravessávamos, na altura, uma situação financeira complicada. Queria contribuir com tudo o que tinha aprendido ao longo dos anos e, além disso, eu tinha bastante disponibilidade, o
que me motivou ainda mais a avançar. E que balanço faz desse primei-
E agora, porquê a recandidatura? Porque achei que, enquanto presidente da ARCUM, ainda não tinha feito tudo o que queria fazer. Foram as circunstâncias financeiras que ditaram que eu não pudesse fazer mais durante o meu primeiro mandato, no entanto, eu ainda tinha em mente
um conjunto de projectos que espero vir a concretizar este ano. Penso que está na altura de lançar alguns desafios aos que me rodeiam e de fazer coisas novas. Nesse caso, quais são as expectativas e os projectos para este segundo mandato? São vários os projectos que tenho vindo a idealizar, talvez não os consiga concretizar todos. Mas há dois, em particular, que penso que serão muito possíveis. São projectos discográficos que queria lançar um novo álbum da Tuna Universitária do Minho e o primeiro dos Bomboémia. Para além disso, pretendo levar a cabo todas as actividades normais da ARCUM e, ainda, tentar dinamizar um pouco mais a associação a nível de novas actividades e, possivelmente, novos grupos.
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REPORTAGEM
cinco mil universitários manifestam-se em lisboa Às dez da manhã de quartafeira os estudantes do Minho começaram a reunir-se no Prometeu, em Gualtar, para juntos rumarem a mais uma luta contra o processo de atribuição de bolsas, que tantas dores de cabeça continuam a dar aos alunos e às suas famílias. Do Minho, dois autocarros cheios seguiram em direcção à capital para se juntarem a estudantes de outras academias que não deixaram de seguir o apelo feito pela Académica de Coimbra. Cartazes e palavras de ordem são preparados na viagem para nada falhar na manifestação que começou no Marquês de Pombal e terminou em frente à Assembleia da República. Antes disso, a única paragem prevista foi em Santarém, mas a movimentação
de estudantes de Coimbra foi tal, que a polícia não deixou sequer nenhum dos autocarros entrar na área de serviço, onde cerca de 50 camionetas de Coimbra se encontravam à espera do Minho. E o Minho prosseguiu, adiando a paragem para trinta minutos depois, já muito perto de Lisboa, na área de serviço de Aveiras. Uma pausa para relaxar um pouco da viagem cansativa, recarregar baterias e partir juntamente com os estudantes de Coimbra. Cerca de 60 autocarros invadem a capital, vindos de Braga e Coimbra, e que se juntam a muitos outros que já estão no Marquês a gritar palavras de ordem e a alinhar para seguir em escolta policial pelas ruas de Lisboa que vão de encontro à Assembleia da República. Antes do arranque, Manuel Alegre, candidato à presidência da república faz questão de dirigir palavras
A manifestação começou no Marquês de Pombal e terminou junto à Assembleia da República, com lugar a reuniões com os diferentes partidos de força a alguns representes dos estudantes. Quase cinco mil universitários de Braga, Coimbra, Lisboa, Beja e Évora exigem “Acção Social para todos” e “Mais financiamento”. Afirmando que a “poupança não pode ser feita através dos carenciados”, Miguel Portugal, Presidente da Académica de Coimbra diz que é
Cerca de 60 autocarros invadiram a capital oriundos de Braga e Coimbra
Mário Portocarrero
Elsa Moura elsa.moura@rum.pt
Mário Portocarrero
Estudantes do Minho juntam-se a Coimbra e manifestam-se contra o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, exigindo a revogação da lei que redefine o acesso aos apoios
Quase cinco mil universitários de Braga, Coimbra, Lisboa, Beja e Évora exigem “Acção Social para todos” necessária “a revogação do Decreto-Lei 70/2010”. Uma lei que redefine as condições de acesso aos apoios sociais e conduzirá, no caso da Universidade do Minho, “à perda de 500 estudantes bolseiros”, o que significa que cerca de “50% dos alunos estão em risco de sair do sistema de apoio social”, afirma Luís Rodrigues, Presidente da AAUM. Durante uma hora, os estudantes caminharam desde o Marquês de Pombal até à Assembleia da República. As ruas cortadas deixaram muitos curiosos a assistir ao desfile dos universitários que exigiam os seus direitos sociais. Às 17 horas, os estudantes chegam à Assembleia da República, entoando gritos
reivindicativos. Já preparada para a manifestação, a polícia cercou com grades e agentes todo o edifício da AR, mas não conseguiu travar as exigências dos 5000 estudantes que, uma hora depois, se fizeram representar pelos presidentes das académicas em reunião no interior da AR. Ao contrário do que os alunos pretendiam, a reunião não se realizou com Jaime Gama, Presidente da AR, mas com os diferentes partidos com assento no Parlamento, tendo a Academia do Minho reunido com o PS, partido do Governo. Quase às 20h00, os representantes saíram do interior da AR e dirigiram-se aos restantes colegas para alertar que “a luta continua”.
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INQUÉRITO
tens conhecimento das eleições na aaum? Luzia Carmo, aluna pós – laboral da licenciatura Línguas e literaturas europeias reconhece não ter conhecimento dos candidatos à direcção da Associação Académica da Universidade do Minho. A aluna do primeiro ano, revela que todo o tempo que passa na universidade destina-se às aulas e a falta de tempo não lhe permite acompanhar os acontecimentos. Contudo, acrescenta que a AAUM acaba por se “esquecer” dos alunos que estão em regime pós-laboral, uma questão de considera crucial para a associação trabalhar e pensar no futuro.
Luzia carmo // pós-laboral línguas e literaturas europeias
gabriela machado 2º ano // medicina
Gabriela Fernandes, aluna do segundo ano de Medicina, não conhece os candidatos à próxima direcção da Associação Académica da Universidade do Minho. A futura médica justifica este desconhecimento com a elevada exigência do curso que torna muito difícil acompanhar estas eleições. No entanto, Gabriela fez questão de acrescentar que, caso o actual presidente da AAUM, Luís Rodrigues, se voltar a candiatar (como é o caso), terá o seu voto.
Pedro Vieira, aluno do 3º ano do curso de Engenharia Biomédica, sabe que Luís Rodrigues se vai recandidatar e conhece a candidatura do movimento AGIR e o Elo Estudantil, sem conhecer o nome das cabeças de lista. Considera que estes dois movimentos, nas candidaturas anteriores tinham ideias muito utópicas, e por essa mesma razão, nunca tiveram muita expressão nas urnas. Este aluno, acrescenta que os estudantes necessitam de uma mudança real que possa ser concretizada, e não ideias que além de não serem nada próximo da realidade, acabam por afastar da discussão os verdadeiros problemas dos estudantes. Lamenta , ainda que não haja nenhum candidato fora destes movimentos, que tente mudar a linha da liderança da AAUM. Apesar de não estar descontente com a actual, pensa que faria bem à academia mais discussão e alternativas à representação dos estudantes.” Pedro vieira 3º ANO // engenharia biomédica
João Alves 3º ANO // Engenharia informática
João Alves, aluno do terceiro ano de Engenharia Informática, ainda não tem informações sobre os candidatos à nova direcção da Associação Académica da Universidade do Minho. Ainda assim, o informático espera tomar conhecimento dos mesmos nos próximos dias, porque, considera essencial estar a par do que se passa na academia. O estudante faz ainda questão de acrescentar que desde o primeiro ano do curso, tem votado todos anos para a eleição dos representantes dos estudantes para os órgãos da AAUM.
TÂNIA RAMÔA
tania_ramoa@hotmail.com
No próximo dia 7 de Dezembro realizam-se as eleições para eleger a nova direcção da Associação Académica do Minho (AAUM). Os estudantes vão a votos e este ano têm três opções. Luís Rodrigues, actual presidente, já manifestou a sua vontade de continuar o seu trabalho ao serviço da AAUM. Contudo, conta com mais dois candidatos, representantes do Elo estudantil e movimento AGIR. Este último tem como cabeça de lista, Pedro Castro, estudante de Engenharia do pólo de Azurém. Por parte do Elo Estudantil, Francisca Goullart também já confirmou a sua candidatura. O ACADÉMICO foi saber se os alunos da UM têm conhecimento da existência das eleições para a direcção da AAUM.
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REPORTAGEM
“mistérios de lisboa”: o cinema português volta a ser internacional Ângela Coelho angelacoelho@hotmail.com
Depois de Torino, Londres, Viena, Nova Iorque, Toronto, São Paulo, San Sebastián, foi a vez do Theatro Circo receber o, tão aclamado pela crítica cinematográfica, “Mistérios de Lisboa”, de Raúl Ruiz. O filme, baseado na obra homónima de Camilo Castelo Branco, estreou em Braga no passado dia 16 de Novembro. Produzido por Paulo Branco, com argumento adaptado da autoria de Carlos Saboga, “Mistérios de Lisboa” apresenta-se em dois formatos: numa longa-metragem para cinema de quatro horas e 26 minutos e numa série televisiva, composta por seis episódios com cerca de uma hora cada, que vai ser transmitida pela RTP no próximo ano. O realizador chileno, Raúl Ruiz, foi distinguido com a
Concha de Prata no Festival Internacional de Cinema de San Sebastián, em Espanha, pela realização deste filme, que é uma co-produção luso-francesa. “Mistérios de Lisboa” já é considerado um fresco da sociedade portuguesa de finais do século XIX, com a nobreza e alta burguesia a deixarem-se arrebatar pelos nobres sentimentos, no registo do ultra-romantismo de Camilo. O filme retrata o Portugal da época através de uma saga familiar que atravessa várias gerações, segredos e tragédias. Pedro da Silva vive num colégio interno, ao cuidado do padre Dinis, sem conhecer pai e mãe. Ângela de Lima está prisioneira do marido há oito anos e já não vê o filho, fruto de um amor proibido, há oito anos também. O cigano Come-Facas fez-se rico e transformou-se em Alberto
O filme foi realizado por Raúl Ruiz, contando com uma co-produção luso-francesa
O filme retrata o Portugal dos finais do século XIX através de uma saga familiar que atravessa várias gerações, segredos e tragédias. de Magalhães, um misterioso homem de negócios. É esta a trama que nos faz mergulhar num turbilhão imparável de aventuras e desventuras, coincidências e revelações, sentimentos e paixões violentas, vinganças, amores desgraçados e ilegítimos. Maria José foi ao Theatro Circo ver esta longa-metragem e confessou ao ACADÉMICO que o filme não superou as suas expectativas: “Esperava de um realizador sul-americano mais envolvência, mais mistério, mais surpresa”. A espectadora encontrou algumas semelhanças entre o realizador chileno e Manoel de Oliveira, contudo, afirmou ter gostado muito de ver Camilo Castelo Branco ser tão bem tratado. Por outro lado, Maria José
disse que o filme estava dentro das suas expectativas. “Tinha a noção que iria ser um bom filme”, reafirmou Maria, baseando a sua opinião na leitura de outros livros de Camilo e também nas críticas acerca de Raúl Ruiz. José Teixeira confessou ter o livro “Mistérios de Lisboa”, apesar de nunca o ter lido. O filme parece ter aberto o apetite de José para a leitura do mesmo, pois garantiu ao ACADÉMICO que gostou do desenlace e da história em si. “É extremamente interessante ver alguém de fora do nosso país realizar uma obra de Camilo”, acrescenta o espectador sublinhando os motivos que o levaram ao Theatro Circo. Com um orçamento de 2,5 milhões de euros, o filme contou com um elenco de
cerca de 55 actores, entre os quais portugueses e estrangeiros bem conhecidos, como é o caso de Maria João Bastos, Adriano Luz, Ricardo Pereira, Albano Jerónimo, Afonso Pimentel, entre outros. Foram quatro meses de intensas gravações entre Sintra, Paço de Arcos e Arrábida e Raúl Ruiz acabou por adoecer durante a fase de produção, mas foi resgatado da morte pela vontade de terminar o projecto. O sucesso internacional tem sido verdadeiramente esmagador com uma recepção elogiosa em periódicos como o “New York Times”, “Les Inrockuptibles”, “Cahiers du Cinéma”, “Le Figaro”, “Libération”, “Paris Match” ou “Le Monde”, tendo neste último até espaço na primeira página.
TECNOLOGIA E INOV facebook lança novo sedentarismo, internet e serviço de mensagens diabetes - ligação perigosa Bruno Fernandes micanandes@gmail.com
O Facebook apresentou, no passado dia 15 de Novembro, um novo serviço que combina um serviço de chat, SMS, aplicações em smartphones e e-mail. O novo serviço permite que um utilizador possa falar com outro, a partir de qualquer plataforma, independentemente da plataforma que o outro utilizar. Mark Zukerberg, fundador e presidente executivo da empresa, referiu que este novo serviço não pretende “matar o e-mail. Este é um serviço de mensagens que integra o e-mail. Não esperamos que alguém acorde um dia e diga: Vou fechar a minha conta no Yahoo Mail ou no Gmail e passar tudo para o Facebook’”, referiu. Por seu lado, Andrew Bosworth, director de engenharia da empresa, argumentou que “as pessoas devem partilhar o que quiserem”, sendo objectivo primário do Facebook que isto seja “uma conversa”. Relativamente ao serviço, Zuckerberg defende que “um sistema moderno de mensagens não é o e-mail”.
O serviço dá a possibilidade da criação de uma conta de e-mail “@facebook.com” facultativa, sendo que o serviço funciona com contas de e-mail de todas as empresas. Permite ainda consultar todo o histórico de conversas nas diversas plataformas. Tal como aplicações ou serviços dentro da comunidade, o novo serviço disponibilizará a possibilidade de configuração das definições de privacidade, dando poder ao utilizador de definir quem quer que lhe mande mensagens: “toda a gente”, “só os amigos” ou “amigos dos amigos”. A ferramenta será disponibilizada de forma lenta. Entretanto, a empresa de segurança Sophos já referiu que a nova ferramenta não é segura. A empresa analisou o serviço e avisou que a conjugação dos vários serviços deixa os utilizadores mais vulneráveis a ataques informáticos. Segundo a empresa, o serviço é propício à propagação de spam, ao roubo de identidade e à criação de botnets (software que executa, numa rede de computadores, automaticamente um código).
Goreti Pera goretipera@hotmail.com
O actual estilo de vida da população tem conduzido àquela que é considerada por muitos “a doença do milénio” - o sedentarismo. Este fenómeno, provocado, em grande parte, pelo excessivo uso das tecnologias e pela reduzida prática de exercício físico, tem levado vários médicos, como Lenita Zajdenverg, Presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes da Regional Rio, a alertar para os riscos do desenvolvimento desta doença crónica que afecta 5% da população portuguesa e 6% da população mundial, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMG). No Brasil, as proporções atingidas pela diabetes são epidémicas. São cada vez mais as pessoas que utilizam a internet na realização das suas tarefas diárias, como a procura de informação, partilha de conteúdos, aquisição de bens ou serviços, execução de pagamentos online ou a mera função comunicativa, a prática mais generalizada. Utilizada por cerca de 48,3% dos homens residentes em Portugal Continental e 41,1% das mulheres, da-
dos recolhidos pelo Centro de Investigação e Estudos de Sociologia, a internet é, essencialmente, um meio de comunicação, informação e entretenimento, que entra cada vez mais cedo no quotidiano das populações dos países desenvolvidos. Estima-se que a generalização do seu uso seja reforçada, também, pela banalização da banda larga. Ao que a Marktest conseguiu apurar, a taxa de utilização da internet em Portugal cresceu 29,7% ao ano, entre 1997 e 2006. Nas crianças e jovens, a utilização excessiva das novas tecnologias, aliada à navegação na internet, tem levantado questões sérias e complexas, nomeadamente no que diz respeito a temas como a saúde e o sedentarismo. Aliados a uma alimentação deficiente, provocada pela falta de ingestão de vitaminas e nutrientes, o excessivo tempo passado em frente ao computador ou à televisão e, consequentemente, a reduzida prática de exercício físico, tem conduzido ao aumento do sedentarismo. As fast-food, ricas em alimentos calóricos, cada vez mais frequentes nos lanches e
refeições dos jovens, levam a um aumento das taxas de gordura corporal e de açúcar no sangue. O aumento excessivo de glicose pode, desta forma, trazer várias complicações de saúde, das quais é possível destacar enfartes de coração, derrames cerebrais, problemas visuais, insuficiência renal e problemas de cicatrização. A sede excessiva, a perda de peso e a urina demasiado frequente, bem como sensações de formigueiro nas mãos e pés, infecções frequentes, cansaço, vómitos e dores de estômago, são alguns dos sintomas indicativos desta doença crónica, que, até hoje, pode apenas ser controlada por alguns tratamentos disponíveis, de modo a proporcionar saúde e qualidade de vida ao paciente portador. A 14 de Novembro celebrouse o dia mundial da diabetes, no qual foram realizados rastreios e divulgadas mensagens de sensibilização e consciencialização para a doença que, segundo uma projecção internacional, se estima que aumente, até 2025, em mais de 50%, atingindo os 380 milhões de pessoas.
star wars: the force unleashed 2 “May the Force be with you” FRANCISCO VIEIRA dmvieira04@hotmail.com
Disponível para todas as plataformas de nova geração (incluindo PC), Star Wars: The Force Unleashed 2 é o mais recente videojogo elaborado pela Lucas Arts, baseando-se na épica saga Star Wars. The Force Unleashed 2 surge na senda do seu antecessor, controlando o jogador o aprendiz secreto de Darth Vader, Starkiller (que se suspeita que seja
um clone). O jogo baseia-se mais na história da personagem do que na história original de Star Wars. Os produtores pretenderam que controlássemos um super Jedi e, sinceramente, conseguiram. Starkiller é sem dúvida um dos maiores portadores da força, utilizandoa para destruição, mover objectos e controlar mentes. The Force Unleashed 2 tem um grafismo excepcional, sendo o jogo muito fluido, até nas partes de grandes animações. Através das ha-
bilidades de Starkiller, praticamente todo o cenário é destrutível. Apesar de todos os usos da força, o jogo pode acabar por se tornar repetitivo para aqueles que dispuserem de menos paciência. O que realmente falha em The Force Unleashed 2 é a longevidade, pois é um jogo muito curto, não se entendendo a razão. Quando a história começa a ficar mais interessante é quando o jogo acaba. No entanto, é sem dúvida alguma, um jogo divertido e provavelmente, o melhor jogo de Star Wars feito até à data. No fundo, Star Wars: The Force Unleashed 2 é
O que realmente falha em The Force Unleashed 2 é a longevidade, pois é um jogo muito curto um jogo recomendado a todos os fãs da saga e do seu antecessor, mas já não será tão recomendado aos fãs mais hardcore, podendo re-
sultar em desilusão.gurará como um dos jogos do ano. Site Oficial: http://unleashed2010.eu
OVAÇÃO
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twittadas Ana Sofia Machado anasofiamachado@gmail.com
tam aceder ao site surge uma mensagem de erro no ecrã. Um funcionário da Comissão de Comunicações e Tecnologia da Informação da Arábia Saudita garante que o bloqueio é temporário.
Na Arábia Saudita não se acede ao Facebook
Obama aposta em maior privacidade no online
As autoridades da Arábia Saudita bloquearam o acesso à rede social de maior sucesso nos últimos tempos. A justificação dada foi que o Facebook não respeita os valores morais do que o país procura preservar. Assim, sempre que os internautas ten-
A administração norte-americana vai apresentar um conjunto de leis que visam proteger os dados lançados na Web. Para além disso, vai também criar uma agência que coordene os esforços necessários para assegurar aos utilizadores da Inter-
net uma maior privacidade. De facto, os EUA não têm uma legislação específica direccionada para a protecção de dados no online. Barack Obama pretende, assim, inverter a situação e contribuir para a regulação da rede. Máquina japonesa recomenda a bebida ao cliente Mais do que uma máquina convencional, é uma máquina de bebidas criada no Japão, que recomenda ao cliente a bebida que deve beber. Esta máquina recorre a um reconhecimento facial. A idade e género do cli-
ente são comparados com esta informação. Desta forma são assim recomendadas bebidas adequadas ao perfil de cada cliente. Esta invenção foi desenvolvida pela JR East Water Business. A máquina apresenta ainda recomendações com base em informações sobre a hora do dia e sobre o ambiente. Até agora só se encontra em funcionamento uma máquina na estação de comboios de Tóquio. Apedrejamento no Twitter incitado por vereador Um vereador britânico publi-
cou uma mensagem no Twitter a pedir para apedrejarem uma escritora até à morte. A escritora, YasminAlibhai-Brown, de origem muçulmana, esteve num programa de rádio e falou sobre os direitos humanos na China. As declarações da escritora foram o motivo desta incitação por parte do vereador. Enquanto a escritora falava o vereador, Gareth Compton, escreveu uma mensagem na sua conta do Twitter com o seguinte conteúdo: “alguém, por favor, pode apedrejar até à morte Yasmin Alibhai-Brown? Eu não direi à Amnistia (Internacional). Será uma bênção”.
LIFTOFF AAUM www.liftoff.aaum.pt Já podes acompanhar todas as actividades do Liftoff através do seu site. Consulta e mantém-te a par das novas novidades em www.liftoff.aaum.pt . Na segunda feira, dia 22 de Novembro decorreu mais uma Formação sobre “Empreendedorismo na Euro Região Norte de Portugal/Galiza”. Esta semana encontra-se a decorrer o Curso “Gestão de Projectos em Project 2007”, com duração de 24horas, terminando no dia 7 de Dezembro. Já se encontram-se abertas inscrições para as seguintes actividades: Curso de “Liderança e Motivação de Equipas”: Este Curso terá a duração de 20 horas, tendo inicio no dia 29 de Novembro e terminado a 10 de Dezembro. Tem como objectivos gerais: • Identificar as regras base da gestão de equipas; • Reconhecer a importância da liderança na gestão e na motivação das equipas; • Identificar os princípios de gestão das pessoas com enfoque nos resultados a atingir. Liftoff promove “Um dia no AvePark” Pretende-se assim, proporcionar visitas organizadas às empresas instaladas no AvePark - Parque de Ciência e Tecnologia SA, de forma a pôr os futuros empreendedores em contacto com empreendedores e empresas de sucesso. Inscreve-te!!! Em www.liftoff.aaum.pt Mais informações através do email liftoff@aaum.pt Ou visita-nos no Liftoff , localizado nas Pirâmides, no Campus de Gualtar em Braga.
>23 de NOVEMBRO Início do curso de “Gestão de projectos com o Project 2007”
>29 de NOVEMBRO Formação Gratuita “Empreendedorismo Transfronteiriço Norte de Portugal/Galiza”
> 29 de NOVEMBRO ‘10 Início do Curso “Liderança e Motivação de Equipas”;
> 3 de DEZEMBRO ‘10 Limite de entrega de Candidaturas “Atreve-te 2010”
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CULTURA
“josé e pilar”: de espanha chegou um bom casamento... José Saramago, o prémio Nobel da Literatura 98 e “um dos mais importantes escritores do século XX”, segundo alguns críticos, tinha uma vida para além daquilo que lhe conhecíamos. E “José e Pilar”, de Miguel Gonçalves Mendes, é a forma consentida de entrarmos na intimidade do escritor. Tradição e Modernidade: ‘Algo entre o Faial e Bristol’
o experimentar na m’incomoda SÉRGIO XAVIER sergio.xavier@rum.pt
Esta semana apresentamos no CD-RUM um dos discos nacionais do ano e, arriscamos mesmo a dizê-lo, um dos discos que será um marco na história da música nacional: ‘O experimentar na m’incomoda’. O título, que à partida soa estranho, afinal tem uma história bem simples, é inspirado no disco ‘O cantar na m’incomoda’ de Carlos Medeiros, ele próprio um esforço de renovação do folclore açoriano. E assim o ciclo completa-se; o que era renovação rapidamente se transformou em tradição, e desta feira Pedro Lucas recria alguns dos temas mais ilustres da tradição musical açoriana. É assim que (re)descobrimos músicas como Bela-aurora, Caracol ou Ilhas de Bruma à luz de uma sonoridade mais actual. Se é verdade que o conceito por si só não é novo nem muito original, não faltam exemplos de mistura de géneros tradicionais com a electrónica, alguns com
resultados que ficam a dever muito ao bom gosto, a novidade neste disco reside na sua materialização. Aqui, tradição e modernidade não se justapõem nem chocam, antes convivem de forma harmoniosa, criando uma música realmente nova e fresca. Pedro Lucas dá mostra de uma maturidade e de uma sensibilidade raras, na releitura que faz do património açorenho. A harmonia é de tal forma conseguida, que por vezes temos a ilusão que o trip-hop ou o dub afinal nasceram nos Açores. São ambientes sonoros vulgarmente denominados de ‘urbanos’, mas que fazem todo o sentido a envolver as histórias das vacas ou as surreais e desconcertantes lengalengas. Uma última referência para a capa do disco, da responsabilidade da artista plástica Andrea Inocêncio, que criou uma nova versão da Coroa do Espírito Santo, símbolo máximo daquela que é a maior expressão cultural, religiosa e profana, dos Açores. Um trabalho excepcional.
O filme acompanha o momento da escrita do penúltimo livro, “Viagem do Elefante”, quando a doença o ataca e ele acha, então, que vai morrer.
CINE RUM - Em exibição - “Cópia certificada” de Abbas Kiarostami
quando a cópia super original cÁTIA CASTRO catia.castro@rum.pt
Longe do Irão, Abbas Kiarostami regressa com “Cópia Certificada”. Um drama complexo e com a extraordinária Juliette Binoche a servir de cicerone entre as suaves colinas da Toscana. Daí as comparações, inevitáveis, a “Viagem a Itália” de Rossellini, mas com a diferença de que no centro está um casal a fingir (ou pelo menos faz-nos acreditar no início). Conhecem-se após uma conferência. Ele é um famoso escritor inglês que vem apresentar o seu novo livro: “Cópia Certificada”. Ela é uma galerista francesa, mãe solteira, que vive há cinco anos em Itália. Juntos passeiam um dia pelo sul da Toscana. Começam por discutir arte, não fosse Itália um grande museu a céu aberto, demoramse no significado da cópia e
do original. E sem darmos por isso agem como um casal. Entre um café longo e um bom vinho, inventam a sua própria história de amor, com recordações e lugares onde já foram felizes. São no fundo a cópia de um casal original.
Curiosamente há cenas de casamentos tradicionais por todo o filme. Contrariando a receita habitual, Kiarostami não chamou actores amadores, optando por nomes internacionais como William Shimell (cantor de ópera) e Juliette Binoche, que ven-
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JOSÉ REIS jose.reis@rum.pt
Contamos pelos dedos de uma mão o número de escritores portugueses que, nos últimos anos, figuraram em notícias nos telejornais generalistas nacionais. São poucos e não ocupavam todos os dedos. E todos, à excepção de um, eram remetidos para o final do alinhamento do noticiário, tidas como “notícia de menor relevância” a dar naquele dia. Todos, reitero, à excepção de um: de seu nome José Saramago, o “arrogante”, como alguns lhe apelidavam, “o analfabeto”, arrogavam-lhe alguns críticos. Uma das mais faladas aparições no pequeno ecrã (exceptuando o Nobel em 98 e a morte, este ano) foi a discussão à volta do seu livro “Caim”, em que teólogos
ra o ceu com este papel o prémio de melhor actriz no último Festival de Cannes. Assente na palavra e falado em inglês, francês e italiano “Cópia Certificada” volta a colocar a mulher no centro. Ela é tão frágil, como sedutora em frente a um espelho enquanto se maquilha.
se sentaram frente a frente, em pleno horário nobre, para reflectir e falar sobre... Deus. Uma discussão apaixonadamente seguida pelos portugueses, que se dividiam entre aqueles que o viam – ao autor - como um génio e aqueles que o viam como um tirano acusador dos bons costumes. Foi assim sempre, duas facções. Uma de cada lado e no meio o homem, Saramago. Casal inseparável Mas Saramago era mais que isso, mais do que aquilo que víamos no pequeno ecrã, com um ar supostamente desinteressado e pose sobranceira. “Essa foi a imagem que a comunicação social, que contribui grandemente para a estupidificação das pessoas, criou”, avança Miguel Gonçalves
rum box
TOP RUM - 46 / 2010 19 NOVEMBRO 1 BUNNYRANCH - Where am I? Where are you? 2 PEIXE AVIÃO - Um acordo
agenda cultural BRAGA Música 26 de Novembro Anne Clark Theatro Circo Workshop 23 e 24 de Novembro Entre Vistas Theatro Circo 23 de Novembro Budda Power Blues Theatro Circo
Vestido de Binoche censurado no Irão
Mendes, o realizador que procura agora, no ano da sua morte (e, permita-se, numa feliz coincidência), dar a conhecer aquilo que não lhe conhecemos em “José e Pilar”. “Já existiam muitos registos e suportes sobre a obra do autor. Mas ainda não existia um registo verdadeiramente pessoal de Saramago”, atenta. De José a Pilar Del Río. “A minha escolha de filmar o casal é simples: somos impregnados pelas pessoas que nos envolvem. Logo, num documentário pessoal do escritor não podia deixar de fora aquele que foi o amor da sua vida e que teve um papel crucial na promoção e internacionalização da sua obra”, explica o realizador, que em 2004 assinou “Autografia”, o excelente documento visual sobre Mário Cesariny.
Retrato de amor
qualquer 3 TAME IMPALA - Solitude is bliss 4 OS GOLPES - Vá lá senhora 5 BELLE & SEBASTIAN - I want the world to stop 6 MÁRCIA - Cabra-cega 7 BALLA - Montra 8 MÃO MORTA - Novelos da paixão 9 PELTZER - A story to tell me 10 BLACK KEYS, THE - Everlasting light 11 BAND OF HORSES - Compliments 12 EELS - Looking up 13 MADAME GODARD - Atlas 1977 14 XX, THE - Island 15 GRIZZLY BEAR - Two weeks
16 B FACHADA - Os discos do sérgio godinho 17 LEGENDARY TIGERMAN, THE - Light me up twice 18 HOT CHIP - One life stand 19 POP DELL’ARTE - Ritual transdisco 20 OS VELHOS - Foi assim que as coisas ficaram
GUIMARÃES Música 26 de Novembro Tiago Guillul CCVF
Encontros de Outono Casa das Artes
Teatro 27 de Novembro Mansarda - Circolando CCVF Exposição 1 a 30 de Novembro Fotografias do Guimarães Jazz CCVF FAMALICÃO Exposição 26 e 27 de Novembro
Durante duas horas a vida está lado a lado com a vida, num documentário que não é um documentário – “não há qualquer entrevista durante essas duas horas, apenas um filme onde aparece um Saramago que as pessoas não conhecem, construído numa estrutura narrativa muito simples”, revela. O filme acompanha
POST-IT 22 > 26 Novembro COSIE CHERIE - Morning Light TWIN SHADOW - Yellow Balloon LYKKE LI - Get Some
Teatro 26 de Novembro Poemas da Minha vida de Io Appoloni Casa das Artes
o momento da escrita do penúltimo livro, “Viagem do Elefante”, quando a doença o ataca e ele acha, então, que vai morrer. Mas consegue recuperar. “É, no fundo, o retrato do amor de duas pessoas que, juntas, lutam para mudar o mundo”, sintetiza. Filmado durante quatro anos, descobre-se aqui um homem que “deu tudo o que sabia e que tinha”. Eles são “José e Pilar”.
leitura em dia 1 - Carta a um Filho de Rudyard Kipling, Ilust. Mauro Evangelista (Esfera dos Livros)- O eterno poema If em nova tradução e edição ; 2 – Melincué de María Cacilia Muruaga (Camões e Companhia) - mais uma nova e grande escritora argentina ; um inovador romance-obrigatório ; 3 - Longe do Meu Coração de Júlio Magalhães (Esfera dos Livros) - a emigração para França , uma aventura , narrada por um jornalista ; 4 - A Mimi no Espaço de Valerie Thomas, Ilust. Korky Paul (Gradiva) - a eterna e única Mimi e o gato Rogério ; 5 - As Incríveis Aventuras de Dog Mendonça e Pizzaboy de Filipe Melo, Ilust. Juan Cavia (Tinta da China) - a BD portuguesa de nível criativo e superior únicos.
27 de Novembro Pinto Ferreira Casa das Artes
BARCELOS Teatro 26 de Novembro o guardião do rio - SUBSCUTA Biblioteca Municipal
Para
ouvir
de
segunda
a
sexta
(9h30/14h30/17h45) na RUM ou em podcast: podcast.rum.pt Um espaço de António Ferreira e Sérgio Xavier
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DESPORTO universidade do minho acolhe mundial universitário de futsal em 2012 CARLOS REBELO c.covasr@gmail.com
No passado dia 19 de Novembro ocorreu a reunião do Comité Executivo da Federação Internacional do Desporto Universitário (FISU) onde foram apresentadas três candidaturas ao mundial de futsal universitário entre as quais se encontrava a candidatura portuguesa. Após deliberação foi atribuído à candidatura portuguesa e respectivamente à Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM)/ Universidade do Minho (UM) a responsabilidade de organizar este evento, juntando também a organização do Mundial de Xadrez que ocorrerá no mesmo ano, em 2012 na cidade de Guimarães inserindo-se no programa da Capital Europeia de Cultura. Recorde-se que Portugal foi campeão mundial universitário em 2008 em masculino e vice-campeão Mundial Universitário em 2008 e
2010 em feminino. A apresentação da candidaura portuguesa contou com a colaboração de João Roquette, presidente do Estádio Universitário de Lisboa em representação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Bruno Barracosa, presidente da Federação Académica do Desporto Universitário e José Mendes, Vice-reitor da Universidade do Minho (UM). Na mesa
Candidatura portuguesa bateu a de Espanha e França na passada sextafeira, em Bruxelas. Depois de europeus de voleibol (2004), basquetebol (2006) e taekwondo (2009) e mundial de futsal (1998) e badminton (2008) é a vez do futsal em 2012
encontravam-se ainda Victor Sousa, vice-presidente da Câmara Municipal de Braga, Carlos Silva, administrador dos Serviços de Acção Social da UM, Luís Rodrigues, presidente da Associação Académica da Universidade do Minho e Fernando Parente, director do Departamento de Desporto e Cultura da UM. Esta candidatura teve ainda o apoio da Câmara Municipal de Braga, no âmbito da inserção do evento no ano da Capital Europeia da Juventude em 2012. Também o Comité Olímpico de Portugal, a Federação Portuguesa de Futebol e a RTP - Rádio e Televisão Portuguesa, manifestaram o seu apoio a esta candidatura, dando especiais contributos para esta vitória. Todas estas conjugações levaram a que a candidatura portuguesa tenha vencido e que Portugal continue a ter visibilidade no mundo univertitário a nível internacional, colocando a AAUM e UM, uma vez mais, na rota dos grandes eventos.
bracarenses vencem e seguem na liderança
Plantel 2010/2011 do SCBraga/AAUM Eduardo Rodrigues e_du_rodrigues@yahoo.com.br
Na tarde do passado sábado, a formação do SC Braga/AAUM deslocou-se a Matosinhos para o duelo com a equipa do Junqueira, numa partida a contar para a 6ª jornada. A vitória por 6-2 proporcionou aos bracarenses, não só amealhar os três pontos, mas também manter a equipa na liderança da competição. Os comandados de Pedro Palas entraram melhor no encontro e, logo aos 2 minutos, André Machado rematou cruzado e abriu o marcador. O domínio dos minhotos perdurou, contudo, a equipa da casa, que até então não tinha criado qualquer perigo, acabou por igualar a contenda. O empate a uma bola permaneceu até ao intervalo. Na segunda metade, o SC Braga/AAUM teve uma das melhores entradas de sempre numa partida. Com as linhas defensivas extremamente altas, os arsenalistas “sufocaram” os da casa e, em apenas 5 minutos, marcaram três golos (Coroas, André Machado e Fabrício) e fixaram o placar em 4-1. Com a vantagem adquirida, e com o adversário a não conseguir esboçar uma reacção, cabia aos visitantes gerir o jogo e esperar pelo apito final. Aos 15 minutos, André Machado ainda fez o seu hat-trick e, um minuto mais tarde, o Junqueira reduziu. O resultado final (6-2) firmou-se com o tento de Zé Rui, no último minuto. Após este importante e merecido triunfo, o SC Braga/AAUM alcançou os 15 pontos e o topo da classificação. No próximo sábado, recebem a formação do Foz Futsal, que se encontra na 7ª posição, com 7 pontos arrecadados. A partida joga-se às 16 horas, no Pavilhão Universitário de Gualtar.