ACADÉMICO 199

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campus Liftoff celebra três anos a empreender

inquérito O que farias se fosses presidente da AAUM por um dia?

especial Domingos Bragança quer aumentar o número de estudantes no pólo de Azurém

Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 199 / ANO 9 / SÉRIE 5 QUARTA-FEIRA, 20.NOV.13

ACADÉMICO EM PDF

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“SÓ FAZ SENTIDO QUE O GOVERNO OLHE PARA A RECOMENDAÇÃO DO PROVEDOR DE JUSTIÇA E A APLIQUE DE IMEDIATO”

CARLOS SILVA

ADMINISTRADOR DOS SASUM EM EXCLUSIVO AO ACADÉMICO


FICHA TÉCNICA

SEGUNDA PÁGINA

FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // Quarta-feira, 20 Novembro 2013 / N199 / Ano 09 / Série 5 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // REDACÇÃO: Adriana Carvalho, Adriana Couto, Alexandre Rocha , ana Pinheiro, Ana Rita Carvalho, bárbara Araújo, Bárbara martins, Bruno Fernandes, Catarina Hilário, Cátia Silva, César Carvalho, Clara Ferreira, Cláudia Fernandes, Daniel mota, Dinis Gomes, Diogo Pardal, Francisco Gonçalves, Inês Carrola, Joana Videira, João Araújo, João Pereira, Judite Rodrigues, Marta Roda, márcia Pereira e Sara Ferreira, Sara Silva, Tomás soveral. // COLABORADORES: Elsa Moura e José Reis // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: jornalacademico@rum.pt //TIRAGEM: 2000 exemplares // IMPRESSÃO: GráficaAmares // Depósito legal nº 341802/12

20.NOV.13 // ACADÉMICO

BARÓMETRO

EM ALTA

NO PONTO

EM BAIXO

Liftoff de parabéns Não só pelo terceiro aniversário, mas por tudo o que tem feito pelo empreendedorismo na UMinho. O Liftoff só pode estar de parabéns, isto apesar de tudo o que teimam em não lhe dar e pior... Teimam em tirar. Este gabinete precisa, cada vez mais, de um apoio consistente por parte das estruturas envolventes.

RepositoriUM Poucos sabem, mas no Minho, há um serviço de documentação digital ao nível dos melhores do Mundo. Uma referência que merece ser destacada, ainda para mais, quando se cumprem 10 anos de exemplares serviços em torno do conhecimento académico. Parabéns sentidos a toda a equipa dos SDUM.

Desinvestimento na ação social Carlos Silva critica, e bem, o desinvestimento dos governos na Ação Social. “Deve-se alargar a malha e não apertá-la” pode ler-se na entrevista desta semana. Penso ser lamentável que os cortes se sucedam nas áreas mais críticas. E que se continue a fazer “ouvidos moucos” à sociedade civil. Triste a situação!

VENCEDOR DO CONCURSO UM AO QUADRADO: PAULO ARAÚJO - MIECOM


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LOCAL

DR

sucesso marca últimos dias do guimarães jazz dinis gomes dinis_gomes@hotmail.com

Quem foi aos últimos dois concerto do Guimarães Jazz percebeu porque é que este festival é tão bem recebido pela crítica, pelo público e pelos artistas, sendo uma referência no panorama internacional. Era uma sexta-feira gélida e o Grande Auditório do Centro Cultural Vila Flor estava cheio. Afinal era o quinteto de David Sanchez, juntamente com o pianista Kenny Werner, responsável pelo concerto do dia 15. As expetativas eram altas e o concerto não desiludiu: o protagonista da noite, David

Sanchez, juntamente com o brilhantismo e rigor que caraterizam Kenny Werner, deram um concerto de cerca de duas horas onde deixaram o público siderado com um espectáculo a estrear de veia experimental. Mesmo que com o ritmo característico do jazz, este concerto marcou pela sucessão de tempos díspares entre os vários elementos da banda e a sua brilhante execução. O vanguardismo foi, assim, a palavra da noite. No último dia o festival foi, como nas edições anteriores, marcado pela actuação de uma big band. Este ano coube a honra à HR Big Band, originária de Frankfurt, acabar duas semanas

do melhor que se faz mundialmente no panorama jazzístico apresentando-se à cidade berço de Portugal. E fê-lo muito bem acompanhada: em palco estiveram igualmente presentes o guitarrista John Abercrombrie e o compositor Jim McNeely. Com um auditório cheio preparado para finalizar as hostes, foi dado um concerto da mais altíssima qualidade. Foram mais de duas horas de composições de Abercrombie magistralmente interpretadas pelo próprio e pela competentíssima HR Big Band. O público foi agraciado e agradeceu com uma ovação de pé. Um espectáculo, portanto.


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CAMPUS

liftoff faz três anos a empreender cátia silva catiaff_11@hotmail.com

No próximo dia 20, o Liftoff – o Gabinete do Empreendedor da Associação Académica da Universidade do Minho comemora o seu terceiro aniversário, feitos no passado dia nove. Com duas atividades: um whorkshop de gestão de projetos totalmente gratuito e destinado aos alunos, a decorrer entre as 14h00 e as 17h00, no campus de Gualtar, e ao final do dia uma comemoração mais fechada aos empreendedores, onde estarão presentes as spinoffs e start ups saídas da universidade, com destaque aquelas que passaram por este gabinete. “O dia do empreendedor”, assim é chamado por eles, pretende fomentar o espírito empreendedor nos alunos e analisar as principais dificuldades daqueles que já são empreendedores. Joana Barbosa, uma das técnicas deste gabinete, situado no campus de Gualtar, retrata esta existência pela

necessidade encontrada de fomentar o espírito empreendedor. “Como todos sabem, o empreendedorismo é visto cada vez mais como uma fuga ao desemprego e como uma tentativa de inserção no mercado de trabalho. E mesmo que não seja numa tentativa de criarmos a nossa própria empresa, estas competências que tentamos desenvolver com atividades de sensibilização são muito importantes. Competências como a de gestão, de criatividade e de capacidade

de decisão”, destacou a funcionária. A adesão, bem como os resultados e o feedback têm sido positivos e, por isso, a técnica diz justificar-se totalmente a criação deste gabinete. “Todos os dias temos cada vez mais alunos com vontade de empreender e de dar os seus passos para entrar no mercado de trabalho”. No entanto, existe uma grande diferença notada dos alunos chegados a quando da criação do gabinete, dos de agora. “No início havia

aquela ideia de que “eu tenho de criar uma empresa”, e chegavam aqui e diziam “o que é que eu faço?” Enquanto agora vêm porque se sentem mais obrigados a empreender, são já mais formados, têm uma ideia estruturada, só precisam de alguém que os oriente e lhes coloque algumas questões”, sustenta. Uma das atividades principais deste gabinete é o evento anual Start Point, que durante dois dias tem atividades a decorrer em simul-

tâneo, bem como oradores de renome. O seu destaque dá-se pela quantidade de pessoas que consegue atrair e pelas oportunidades geradas. Para o futuro, Joana Barbosa fala numa vontade por parte do Gabinete em reformular a estratégia, com uma tentativa de chegar mais perto dos alunos e de repensar o seu campo de atuação. No entanto, garante que “o foco será sempre retirar as maiores vantagens para a comunidade”.


CAMPUS PÁGINA 05 // 20.NOV.13 // ACADÉMICO

fashion volta a brilhar ANA PINHEIRO anafilipapinheiro1@hotmail.com

A passerelle do University Fashion voltou a brilhar, este ano no hall da Escola de Engenharia da UMinho, em Guimarães, na última quarta-feira. Este concurso, organizado pela Associação Académica da Universidade do Minho, pôs a concurso cinco raparigas e cinco rapazes finalistas, vindos de variados cursos da Universidade. A gala teve como tema “Superstitious” e foi apresentada pela modelo internacional Carine Zanatta e por Alexandra Biggote de Almeida, vencedora do AAUM VJ Casting. O evento começou com a apresentação vídeo dos Best Moments do AAUMTV VJ Castings e o desfile dos concorrentes

contou com a presença de marcas como Micaela Oliveira, Boneca, Fuxia e coordenados produzidos por alunos de Design e Marketing de Moda. O cabeleireiro ficou entregue à equipa de Nuno Pereira Hair Studio e a maquilhagem a Ana Cunha, maquilhadora profissional. A Afonsina, banda “The Lovers Project” e a banda Grooway, uma banda constituída apenas por alunos de música da Uminho, animaram esta glamorosa noite. O júri contou com representantes da agência OPorto Models & Events, MVM TV, da Ritmos e Temas, da Joarca, da Universidade do Minho, da AAUM e com o vencedor da edição anterior. Os grandes vencedores da noite foram Sara Cardoso de Engenharia Mecânica e João Ferreira de Programa Doutoral em Engenharia de

Sistemas. A vencedora do melhor coordenado do desfile foi a Daniela Miranda de Design e Marketing de Moda que receberá tecidos da empresa Joarca para produzir um próximo trabalho. Daniel Oliveira, Vice Presidente do Departamento das Saídas Profissionais e Empreendedorismo da AAUM afirma que, “apesar do atraso do começo do evento, a Gala Final correu bem e foi um bom momento para todos os presentes. Os vencedores terão agora um longo caminho a percorrer mas que agora se tornou mais facilitado pela OPorto Models & Events que os premiou com o agenciamento. Para além de que receberam um Ritual de Relaxamento da Touch Clinic e irão desfilar na ArteModaFamalicão 2013 o que será já um bom começo para o seu percurso”.

Acerca da vencedora Daniela Miranda de Design e Marketing de Moda, Daniel Oliveira espera que “o prémio da Joarca seja uma mais-valia na sua próxima criação, e uma motivação

para continuar com o seu trabalho”. Durante todo o evento a ESN Minho (Erasmus Student Network) recolheu peças de roupa para serem entregues a uma instituição social.

o conflito sírio em debate na uminho DINIS GOMES dinis_gomes@hotmail.com

Foi no passado dia 11 que o Centro de Estudos do Curso de Relações Internacionais (CECRI) iniciou a primeira série de tertúlias a decorrer este ano letivo, com a primeira subordinada às dinâmicas de poder internas e externas que explicam o conflito sírio. Para o debater, o auditório cheio que acolheu este evento ouviu as intervenções da especialista em Estudos Islâmicos e Médio Oriente, Maria do Céu Pinto, do jornalista Tiago Carrasco e dos estudantes sírios Tarek Sarhan e OmarAl-Awa. Maria do Céu Pinto fez, na sua apresentação, um apanhado geral dos vários

atores que protagonizam a guerra civil síria qua já dura há dois anos, alertando para a progressiva politização, nomeadamente por forças islâmicas fundamentalistas ligadas a grupos terroristas, dum conflito inicialmente pacífico. A especialista no Médio Oriente alertou também para a influência de atores externos e rivais que têm interesses geopolíticos e geoeconómicos no território sírio e que podem explicar a longa duração e intensidade com que este conflito é levado a cabo. O jornalista Tiago Carrasco, autor do livro e documentário “A Estrada da Revolução”, pautou a sua apresentação com as impressões vividas no território sírio durante o desenrolar do conflito, realçando a brutal violência com que este era

conduzido pelas duas fações e o desastre humanitário em crescendo que provoca. Para finalizar, a atenta audiência ouviu o relato sobre dois estudantes sírios que viveram e protagonizaram a

luta por um melhor futuro no seu país. Foram explicadas quais as verdadeiras razões que desembocaram o conflito e porque é que esta revolução já não pertence ao povo que a iniciou.

Com a casa cheia, esta tertúlia acabou com um curto debate entre oradores e audiência e um desejo que mais tertúlias com este nível sejam realizadas na Universidade do Minho.

Dicas


CAMPUS PÁGINA 06 // 20.NOV.13 // ACADÉMICO

enfermagem debate terapias não convencionais te ano. No dia 22, as sessões irão começar a partir das 8h e ao longo do dia serão abordadas temáticas tais como: Acupuntura e Medicina chinesa na Gestão do Stress, Dor Cervical: Etiologia e Tratamento Osteopático, Enfermagem Holística e Nutrição Ortomolecular, “As histórias que os pés podem contar”, Auriculoterapia e o Cuidar Criativo com Toque Terapêutico. Já no dia 23, irão ser realizados três workshops distintos: Chi Kung, Shiatsu e Yoga. Durante todo o evento, será também promovido um concurso de “comunicações orais” com o intuito de “premiar e reconhecer as boas práticas, projetos

INÊS CARROLA ineshitv@gmail.com

Nos dias 22 e 23 de novembro, a Associação de Estudantes da Escola Superior de Enfermagem de Escola Calouste Gulbenkian da Universidade do Minho irá promover, no Auditório do Instituto Português do desporto e juventude, em Braga, as IX Jornadas de Enfermagem no âmbito do tema “Complementariedades entre Enfermagem e terapias não convencionais”. Este prestigiado evento conta como público alvo os estudantes de Enfermagem e profissionais a nível nacional, tal como qualquer pessoa que demonstre interesse e curiosidade pela tema des-

Lista concorre para os três órgãos do GACCUM

sociais e de investigação em diferentes áreas da temática”. As Comunicações serão organizadas em torno dos seguintes temas: Enfermagem, Saúde Materna e Infantil, Reabilitação, Dor e Gestão de Stress, Bioética, Cuidados Paliativos e, por fim, Saúde Mental e Qualidade de vida. As jornadas, programa de reconhecido valor científico, pretendem ser uma excelente oferta, tanto para os alunos como para profissionais das diferentes áreas da saúde, representando um motor para o desenvolvimento crítico de cada um e a partilha de conhecimentos de modo a melhorar e desenvolver cada vez mais a excelência e qualidade dos cuidados de enfermagem.

juramento e batismo marcam “fim” das praxes na uminho clara ferreira clarasofiaf@gmail.com

Realizou-se na passada quarta feira, dia 13, o Juramento e Batismo dos caloiros dos cursos do pólo de Gualtar. Neste ritual académico os alunos foram submetidos a uma praxe da Centuria, uma ‘’confraria’’ que visa manter as tradições da praxe, assim como o Cabido de Cardeais. Esta atividade teve como principal objetivo admitir os alunos como “caloiros”.

Iniciou-se com a dádiva de uma oferenda à entidade máxima da praxe, Maria Canelas, a ‘’papa’’ desta Universidade. Depois do juramento, os caloiros foram batizados pelos cardeais do Cabido de Cardeais. Esta cerimónia teve lugar nos parques da Rodovia em Braga, espaço decorado para o efeito. Para segurança dos caloiros foi também efetuada uma pequena rede de segurança policial ao longo do trajeto. O ACADÉMICO falou com alguns “caloiros” que pas-

saram por esta experiência. Um deles, que preferiu manter o anonimato, caraterizou esta atividade como “aborrecida”. Opinião contrária dada por Cláudio Magalhães, caloiro de Direito, que se referiu à atividade como “divertida”, admitindo que será um “momento para recordar no futuro, uma vez que são essas praxes que marcam o ano como caloiros” Maria Canelas, “papa da academia”, sublinhou o balanço positivo da atividade: “A atividade correu muito

bem, dentro das horas que estavam atribuídas para tal e com a total colaboração das autoridades. Foi um momento marcante para todos os caloiros que alia a tradição à diversão.” Maria Canelas abordou, uma vez mais, a questão da praxe na academia: “Cada academia tem as suas tradições académicas e praxísticas. Não nos cabe falar das tradições ou decisões de cada uma delas individualmente. Na nossa academia acreditamos que a praxe deve acompanhar o

ano letivo do caloiro, desde o início no ato da matrícula até às Monumentais Festas do Enterro da Gata. Nunca é nossa intenção interferir com o desempenho académico dos caloiros, muito pelo contrário. Muitas vezes os pais tem uma ideia errada das praxes, que tentamos sempre modificar de forma construtiva. A praxe será sempre uma forma de integração na vida universitária através de atividades assentes na tradição da Academia e regulamentadas no Código da Praxe”, sublinha.


CAMPUS PÁGINA 07 // 20.NOV.13 // ACADÉMICO

repositóriUM faz 10 anos! MÁRCIA PEREIRA marcia.constantino@hotmail.com

O repositório da Universidade do Minho celebra o seu décimo aniversário e o ACADÉMICO quis saber mais sobre este serviço e o balanço destes dez anos. “Tendo sido apresentado, em 2003, com apenas 280 documentos. o RepositóriUM atingiu as 1.000 publicações em 2005, ultrapassou as 10.000 em 2010 e em Novembro de 2013 conta com cerca de 24.500 documentos” é o que nos diz Eloy Rodrigues, diretor dos Serviços de Documentação da UM. Segundo o diretor, o balanço do RepositóriUM é “muito

positivo” uma vez que este serviço “cresceu, consolidou-se como um importante serviço da Universidade e ganhou muita visibilidade interna e externa”. No que diz respeito à utilização deste serviço por parte dos docentes, investigadores de todo o mundo e estudantes, Eloy adianta que “tem vindo a registar um crescimento contínuo e acentuado, passando de cerca de 40 mil downloads no primeiro ano de existência, para os mais de 2 milhões que se irão verificar em 2013”. O diretor adianta ainda que desde a sua criação, o RepositóriUM (que tem ocupado o primeiro lugar entre os repositórios portugueses, “situando-se entre os 10 e os 20 primeiros lugares dos

repositórios europeus e entre os primeiros 40 a nível mundial” no Ranking Web of Repositories) já registou mais de “10 milhões de downloads, originados a partir de 235 países e territórios de todo o mundo”. O mesmo responsável afirma que, numa fase inicial do repositório da UM, depararam-se com alguns entraves de implementação, maioritariamente “relacionados com a “novidade” dos conceitos de Acesso Aber-

to e RepositóriUM para a maioria dos membros da UMinho” e com alguma “inércia” por parte dos mesmos. No entanto, e apesar dos entraves iniciais, há um grande reconhecimento “interno e externo” e uma “generalizada valorização positiva do RepositóriUM pela comunidade académica da universidade”. Eloy antecipa ainda que os “Serviços de Documentação da UMinho apoiaram a

criação do repositório SABER, que recolhe a produção científica e académica de várias instituições de Moçambique” e que a UM “desenvolveu e mantém em funcionamento o Portal de Conhecimento de Cabo Verde, uma iniciativa do Ministério da Ciência daquele país”. Sendo um serviço com tanto reconhecimento, segundo o diretor “novos desafios estão já no horizonte imediato” e num futuro próximo será disponibilizada “uma versão atualizada do RepositóriUM, que proporcionará diversas funcionalidades, que acrescentarão novos serviços e facilitarão a utilização do mesmo, em especial do depósito de publicações”.

bárbara martins assume presidência do gaccum lara antunes laraa.antunes@gmail.com

Os novos órgãos sociais do Grupo de Alunos de Ciências da Universidade do Minho (GACCUM) tomaram posse na segunda-feira, numa cerimónia que decorreu no Instituto de Ciências Sociais e que contou com a presença de Silvana

Lara Antunes

Mota-Ribeiro, docente do Departamento de Ciências da Comunicação e uma das fundadoras do então Grupo de Alunos de Comunicação Social da UM (GACSUM) e de Sandra Marinho, diretora do curso de Ciências da Comunicação. “Inovação e mudança” são as palavras de ordem neste novo mandato presidido por Bárbara

Martins, que se mostrou cheia de vontade para começar a trabalhar. “Os projetos e ideias já são muitos e começam a ganhar forma, mas o primeiro projeto vai centrar-se na promoção da divulgação do curso junto da comunidade universitária e dos estudantes erasmus”, revelou a presidente ao ACADÉMICO. A falta de

sócios e de apoios financeiros também preocupa Bárbara Martins que, a curto prazo, quer envolver de forma mais ativa e integrada os alunos e o departamento do ICS, de forma a garantir esses mesmos apoios. A longo prazo, Bárbara Martins não quis desvendar projetos futuros, mas assegurou que a organização de visitas de

estudo, workshops e ações sociais relacionadas com o curso das Ciências da Comunicação são para continuar, tal como as Jornadas de Comunicação. “Talvez este ano as Jornadas apresentem actividades diferentes. Mas logo se vê”, revelou ao ACADÉMICO Bárbara Martins, nova presidente do GACCUM.


CAMPUS PÁGINA 08 // 20.NOV.13 //ACADÉMICO

1º de dezembro regressa na tentativa de se voltar a aproximar dos estudantes bárbara martins bjamartins@hotmail.com

No próximo dia 30 de novembro, pelas 21:30h, realizar-se-á no Theatro Circo a atividade “1º de dezembro”, organizada pela Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM). A récita do primeiro dia do mês de dezembro contará com

a atuação dos grupos culturais da Universidade do Minho (UM). Segundo o facebook oficial do evento, esta celebração tem como objetivo “reavivar a memória de uma data marcante para os estudantes bracarenses”. “A adoção desta velha tradição pelos estudantes da Universidade do Minho tem um significado especial: representa o assumir de uma identidade, cultura e tradições próprias

que nos diferencia de outras academias e uma aproximação genuína a um marco histórico da cidade de Braga“, lê-se ainda. Gil Cunha, vice-presidente do Departamento Cultural e Tradições Académicas da AAUM, reforçou esta ideia. “De momento estamos a contar com a presença de todos os grupos culturais que tem presença no plenário de grupos culturais da UM”, afirmou Gil Cunha. No en-

tanto, “este ano a celebração contará com mais dois grupos culturais da UM, nomeadamente a Augustuna e a Tuna de Medicina da UM”, acrescentou. Este evento é uma atividade que já faz parte do plano de atividades do departamento há vários anos, tendo vindo a ser melhorada ao longo dos tempos. Contudo, os alunos parecem não aderir muito a este evento. “Infelizmente esta é uma atividade um

pouco abandonada pelos estudantes da academia”, relatou o vice-presidente. A celebração “1º de Dezembro” será aberta ao público em geral, tendo o bilhete o custo de 3 euros por pessoa. Toda a comunidade académica da Universidade do Minho está convidada a marcar presença neste evento que procura homenagear as personagens históricas que marcaram o dia 1 de dezembro, em 1640.

tudo a postos para os j gos galaico-durienses francisco gonçalves francisco.mog14@gmail.com

No passado dia 15 de novembro foi apresentado o programa oficial dos XXVII Jogos Galaico-Durienses que se realizarão nos dias 19 e 20 de Novembro nos concelhos fronteiriços de Vila Nova de Cerveira (Portugal) e Tomiño (Espanha). Este evento, organizado pela Fundação Centro de Estudos Euro-regionais Galiza-Norte de Portugal (FCEER), com a parceria do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT), ambas entidades dedicadas à cooperação transfronteiriça entre a região portuguesa e a comunidade espanhola, contará, durante dois dias, com a presença das seis universidades públicas que compõe esta euro-região - A Coruña, Santiago de Com-

postela, Vigo, Trás-os-Montes e Alto Douro, Minho e Porto - e irá contar com duzentos atletas e técnicos. As modalidades abrangidas por este evento são o basquetebol, o futsal e o xadrez. Para além da alcaidessa de Tomiño, Sandra González, do presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, Fernando Nogueira, do diretor da FCEER,

Rúben Lois e do diretor do AECT, Juán Lirón, a sessão de apresentação contou, ainda, com a presença dos representantes das seis academias, inclusivamente o diretor do Departamento Desportivo e Cultural da UM, Fernando Parente, que, em entrevista ao ACADÉMICO, realçou a importância desta competição interuniversitária “num contexto de relação e convivência entre os membros das várias universidades”. Afirmou também que este “é mais um momento de competição, muito importante para a motivação dos atletas”. As várias comitivas universitárias serão compostas por 33 elementos. A delegação minhota, chefiada por Carlos Silva, administrador dos Serviços de Ação Social, será composta por quatro

jogadores de xadrez, uma equipa mista de basquetebol e duas equipas de futsal, uma masculina e outra feminina, que no final verão os seus resultados agregados num só. Estes jogos, que tiveram a sua primeira edição em Novembro de 1993, na Universidade da Corunha, serão abertos com um seminário subordinado ao tema “O desporto universitário na euro-região Galiza-Norte de Portugal. Linhas estratégicas, orientações e principais

desafios à volta da Estratégia Europa 2020”, moderado pelo pró-reitor do desporto da Universidade do Porto, Manuel Janeira. A equipa minhota de basquetebol será a primeira a entrar em campo contra a equipa da Universidade do Porto, num jogo que se iniciará às 15.00h do dia 19 de Novembro no Pavilhão Municipal de Vila Nova de Cerveira. Os resultados das competições serão atualizados na página oficial do facebook da UMDicas.


PÁGINA 09 // 20.NOV.13 // ACADÉMICO

INQUÉRITO

o que farias se fosses presidente da aaum por um dia? Alexandre Carneiro encara o associativismo estudantil com bastante seriedade. Este entende que “as primeiras medidas deviam ser nas pontas soltas que existem há muito na associação, como os passes dos autocarros, haver realmente uma bibliotecas 24h, resolver o problema de acessos a pessoas com mobilidade especial e acessos as residências de Guimarães.” Alexandre Carneiro também se iria debruçar sobre “a divulgação e importância das RGA”. Mostrando-se claramente crítico com a direcção actual da AAUM, este afirmou que um dos projectos com que gostaria de romper era “sem sombra de dúvidas” a do gabinete do empreendedor. “O empreendorismo é muitas vezes pensado erradamente como sendo iniciativa empresarial, mas não passa de uma ideologia utópica que faz acreditar por processos de motivação. Isto retira a realidade factual que as empresas estão interligadas e que existe um mercado, levando muitas pessoas a acumulação de dívida”, concluí. alexandre carneiro 5º ano// eng. civil

ricardo martins 5º ANO - mestrado Geog. – Plan. Gestão do Território

Ricardo Martins recorda a sua experiência nos núcleos associativos dos quais fez parte, encarando o associativismo estudantil como “um movimento que constrói ou modifica políticas de educação. Que luta por uma realidade estudantil diferente, que contamina atores para que juntos caminhem na promoção da cidadania ativa”. Quando interrogado sobre que medidas gostaria de implementar, Ricardo Martins refere a “criação de um programa de “aluno colaborador” intra-UMinho”. Este teria como propósito “compensar o trabalho que o aluno desenvolvesse junto dos váridos departamentos da instituição. O finalista também focaria a sua atenção numa “negociação junto da Reitoria pelo alargamento do horário das bibliotecas após as 13 horas aos sábados”.

Encontrando-se no segundo ano do curso de Ciências da Comunicação, Bernardo Limas acha pertinente a criação de “um espaço da AAUM onde fosse possível trabalhar em prol dos estudantes, onde os estudantes pudessem trabalhar e conviver com os seus pares, e onde colaborassem com os membros da AAUM”, para promover uma maior proximidade do órgão aos estudantes. Questionado sobre que projetos gostaria de ver implementados, responde: “Muitos. Faltam sobretudo projetos específicos para cada curso e projetos que liguem, estrategicamente alguns cursos. Precisamos de trabalhar mais numa perspetiva de cooperação. Redes de cooperação dentro da universidade, onde se formam grupos estratégicos dentro da academia para depois saírem grupos com sucesso a implementar no mercado de trabalho”. bernardo limas 2º ANO // ciências da comunicação

joana videira 2º ANO // ciências da comunicação

A desfrutar do ano de Erasmus em Manchester, Joana Videira afirma que se “focaria mais na parte social, em projetos desenhados pelos alunos e para eles, no âmbito de temas atuais, e que levassem a uma maior coesão entre os alunos, algo que por vezes falha um pouco”. Interrogada sobre que projetos daria mais atenção, a estudante defende a criação de “mais projetos a nível social e de ajuda à comunidade, como recolhas de bens, angariações de fundos”. A nível cultural, procuraria promover mais “exposições, concertos patrocinados pela AAUM, cinema na Universidade, festas temáticas, entre outros”. Esta ainda entende que “existem alguns de momento, mas não são difundidos o suficiente para atrair a participação de muitos estudantes, tais como o PsiCinema”.

ALEXANDRE VALE alexmvrocha@gmail.com

A menos de um mês para as eleições da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) – marcadas para o dia 3 de dezembro - , o ACADÉMICO decidiu perguntar a alguns estudantes o que fariam se pudessem ser o presidente da AAUM por um dia. Procuramos saber, entre algumas questões, que medidas tentariam implementar, assim como em que áreas interviriam mais. Deixamos aqui então o parecer estudantil.


PÁGINA 10 // 20.OUT.13 // ACADÉMICO

ENTREVISTA

carlos silva

Arlindo Rego

Carlos Silva mostrou-se muito crítico face às políticas governamentais junto da Ação Social no ensino superior

“SÓ FAZ SENTIDO QUE O GOVERNO OLHE PARA A RECOMENDAÇÃO DO PROVEDOR DE JUSTIÇA E A APLIQUE DE IMEDIATO” DANIEL VIEIRA DA SILVA daniel.silva@rum.pt NUNO CERQUEIRA informacao@rum.pt

Dez anos enquanto administrador dos SASUM. Que diferenças encontra desde o dia em que entrou pela primeira vez na porta do gabinete do administrador? É um percurso longo. Tem sido um trabalho interessante, embora os SASUM estejam muito diferentes em relação a 2003. Embora a equipa de recursos humanos seja a mesma, tudo o que faz parte do plano estratégico tem vindo a ser concretizado. Tudo o que diz respeito à gestão e ao resultado e oferta de serviços, foi alvo de bastante evolução. Houve um salto muito grande entre 2003 e 2013 e os SASUM são uma das es-

truturas ímpares no nosso país no que diz respeito à ação social. Acha que há um cunho pessoal nesta gestão? Não. Não com a força que as pessoas querem transmitir. Este é um projeto que tem muitas caras. Eu represento os SASUM, mas a base são os trabalhadores e todos estão embebidos do nosso espírito. É lógico que há sempre um cunho pessoal, mas na coordenação e gestão de equipa. Recebo qualquer trabalhador, tanto a nível pessoal como profissional, e consigo dialogar com qualquer pessoa da estrutura. Isso faz parte de uma gestão participada e isso ajuda na gestão dos SASUM. Em termos de resultado, esse não é meu, é fruto do trabalho de uma equipa. Todos nós temos embuido o espírito

da qualidade, da responsabilidade e isso é importante numa estrutura como esta com centenas de trabalhadores que prestam serviços. E vê-se neste cargo por mais dez anos? Há uma limitação de mandato. Este Reitor irá tomar posse, irá escolher uma equipa e, se eu fizer parte dela, tenho um mandato máximo de seis anos.

número de bolseiros face às regras que foram definidas. É um aspeto preocupante: o número de bolseiros tem vindo a diminuir nos últimos anos, quando deveria subir. Isto leva a que alguns dos estudantes não tenham capacidade de estudar. Isto é, efectivamente uma preocupação, porque deveriamos estar a alargar a malha de alunos a beneficiar da ação social e não a apertá-la.

Há dois anos, na última entrevista, afirmou que a austeridade não iria afetar significativamente o bolo da ação social. Ainda mantém a mesma opinião? A austeridade não afeta os princípios da ação social. Logicamente, há uma responsabilização do Estado nesta matéria. E o Estado tem vindo a desresponsabilizar-se. Houve uma diminuição do

Acha que o culpado é o regime de atribuição de bolsas? A questão política é a culpada. Não tenho dúvidas que, pelo facto de termos alterado o limites de capitação, o facto de não considerarmos os rendimentos ilíquidos e passarmos a considerar rendimentos líquidos, fez com que milhares de estudantes que estavam no limiar, “saltassem fora” do sistema e

acabassem por não ter bolsa. As dívidas de familiares que afetam o cálculo tem dado que falar, ainda para mais agora, depois do parecer do Provedor de Justiça, que deu razão às questões levantadas pela AAUM... ... Não é novo porque, nos últimos anos, temos vindo a alertar para esta e outras situações que afastam indevidamente estudantes da ação social. Em relação a essa matéria, nos últimos dois anos, os números dizem que 5 mil estudantes foram excluídos da ação social por este critério, embora o Governo afirme que são menos. E na UMinho? Tivemos poucos casos. Cerca de 50 ou 60 casos. Mas este ano o número será ligeiramente superior. Não


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faz sentido que o estudante seja penalizado por haver algum elemento do seu agregado familiar que tem dívidas. O estudante acaba por ser penalizado por algo que não tem culpa. Não faz sentido! Em relação ao parecer do Provedor de Justiça, verificamos que em todos os aspetos o Provedor deu razão à AAUM. Neste momento só faz sentido que o Governo olhe para esta recomendação e a aplique de imediato. Mas espera que a aplique entretanto? Espero que a aplique em toda a linha. Temos notado que o Governo pode ter boas intenções, mas na prática nunca as aplica. E de boas intenções está o Mundo cheio. Não faz sentido que seja considerado para efeitos de bolsa o rendimento que as famílias não tem. Há uma diferença grande na ordem dos 35% entre aquilo que são os rendimentos ilíquidos e aquilo que deveriam ser considerados os rendimentos líquidos. Deduzo então, pelas suas palavras, que ainda falte muito para um sistema de ação social justo? O sistema que esteve a vigorar até 2010 era mais justo, porque estas questões não estavam implícitas no regulamento. Todas estas ques-

tões referidas pelo Provedor são aquilo que consideramos injusto e inconstitucional neste despacho. As universidades, os estudantes, os serviços de ação social, tem transmitido estas recomendações quer ao ministro, quer à Assembleia da República e não faz sentido que em Portugal continuemos com um sistema destes. Os rendimentos das sociedades também deveriam ser considerados para a bolsa de estudos, porque no momento em que o forem, aí sim, teremos um sistema de atribuição de bolsas perfeito. Até porque, em Portugal, deveremos ter cerca de 1% de estudantes que, moralmente, não deveriam ter acesso à bolsa de estudo. Sentem, por isso, que não estão a ser ouvidos? Costumo dizer que o Governo tem ouvidos moucos. Acaba por não ouvir a realidade do sistema. O que está em causa é não querer reforçar a verba da ação social. Não tenho dúvidas que, por exemplo, se passasse o critério dos rendimentos ilíquidos a líquidos, isso teria um impato financeiro na ordem dos 20 milhões de euros. A questão das dívidas dos familiares, caso não fosse considerada, teria um impato de 5 milhões de euros. Mas isto deveria ser o investimento do Governo no sistema de bolsas,

porque é uma questão de justiça. Se temos famílias a ganhar menos, com menos capacidade financeira, logicamente que deveria haver uma tradução desta redução no sistema de bolsas. Mas acontece ao contrário, ou seja, reduzem-se salários e reduz-se o sistema de bolsas. Não faz sentido. Com o sistema mais apertado, entra aqui o Fundo Social de Emergência (FSE) que poderá colmatar algumas deficiências do sistema de ação social. Que papel está reservado aos SASUM neste fundo? No último ano foi criado um regulamento que rege este fundo. Fundo esse que visa um apoio aos estudantes que não entrem na malha da ação social. Quisemos [SASUM, reitoria, AAUM e Provedor do Estudante] criar um processo de financiamento aos estudantes para que estes não deixem de estudar. No ano anterior, em cerca de 60 candidatos conseguimos apoiar cerca de 50, um investimento na ordem dos 31 mil euros. Na sua tomada de posse, Carlos Videira, afirmou que esperava que os SASUM adiantassem uma verba para o FSE... ... Nós fazemos parte de um grupo que é a Universidade do Minho. Aqui é o investimento global... É o

investimento da universidade, independentemente da origem, porque também há fundos privados. A questão do bolo é uma questão menor. Importante é que tenhamos a capacidade de ajudar os estudantes que têm dificuldade em frequentar o ensino superior. Não faz sentido tentar criar um sistema que seja paralelo à ação social. Ou seja, o papel dos SASUM não é tanto de financiamento, mas sim de detectar as dificuldades... Sim. Na parte do processo, o aluno faz a candidatura nos SASUM, a candidatura é analisada e enviada para a avaliação. Analisamos, juntamente com o Reitor, Provedor e AAUM. Estas entidades apoiaram 90% dos estudantes que se candidataram. Agora penso é que deveríamos, acima de tudo, assitir a uma nova regulamentação do sistema nacional de bolsas que fosse ao encontro das recomendações do Provedor de Justiça. Se estas forem implementadas teremos um dos melhor sistemas de atribuição de bolsas dos últimos anos. Entremos agora no desporto que tem estado em especial evidência. É uma aposta para continuar. De que forma? Esta é uma aposta que vem de longe.

Nós - AAUM e Universidade do Minho - quisemos que o desporto fosse um veículo da imagem da própria UMINHO. Queremos ser reconhecidos na Europa pelo investimento que fazemos no desporto. Tentámos, a partir de 2004, criar uma estratégia com ações definidas: aumentar os resultados a nível nacional; que a Universidade fosse reconhecida; trazer esse reconhecimento para a UM através das candidaturas aos campeonato europeus universitários. E conseguimos isso. Não temos o curso de desporto, mas não é essa a nossa missão... Mas não o vê como uma mais valia? O curso de desporto será uma mais valia se for integrado numa lógica da universidade. Somos defensores de criar, numa linha pós-graduada, a área de desporto na UMinho. Não tenho dúvidas que isso fará sentido, tanto para melhorar os quadros da região e melhorar o desempenho nesta área, tanto na UMinho como nas entidades na região que são nossas parceiras - Sp. Braga, ABC/ Uminho, Vitória SC, etc. Isso fará sentido porque temos, também, recursos humanos de excelência que nos permitem ter resultados bastante positivos no desporto. Mas tem havido, ultimamente, algum descontentamento por parte desses mesmos recursos que fala... Não. Somos um estrutura de excelência. Temos objetivos bem definidos. Objectivos desportivos e de trabalho. Agora, quem não está contente só tem um caminho.... Não temos um nível de satisfação nos nossos trabalhadores de 100%, mas temos na ordem dos 96%. Logicamente que temos uma percentagem pequena de pessoas que não se revêm na estrutura. E esses 4%... São da nossa estrutura de gestão. Estrutura financeira, alimentar e da estrutura desportiva.


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Mas é conhecido algum descontentamento por parte de técnicos e funcionários dos DDC. Como é que o administrador viu esta situação? Não chamo descontentamento. Chamo entropia. Temos objectivos e estratégia definida. As pessoas são contratadas para cumprir esses objectivos. Se não cumprem... só tem um caminho. Quem não está bem, sai.

nesta organização. Aqui não há pressões, há avaliações de desempenho. Nós não fazemos reuniões individuais. Fazemos, isso sim, avaliações colectivas dentro de cada grupo. Aí faço passar as mensagens de uma forma clara e colectiva para não deixar a dúvida em ninguém. Se me perguntarem se há pessoas desmotivadas, é claro que há.

Como funciona a estrutura, por exemplo no DDC? Para nós, todos os colaboradores tem uma função específica e balizada. Se não quiserem, vão embora e vem outro. Isto é gestão de recursos humanos. Há objectivos, caminhos que estão definidos por escrito e em contrato, não por liberdade de ninguém. O nível de responsabilidade de cada pessoa está bem definido. Temos reuniões mensais nesta estrutura e aí avaliamos 52 rácios. Se algo não está bem vamos tentar perceber o porquê. Mas pode haver, realmente, desiquilíbrios na organização. Mas isso acontece em todo o lado.

No seu tempo de estudante era conhecido como “tropa”. Há aqui alguma tropa nesta gestão? Não. Tem mais a ver com a identificação dos níveis de responsabilidade. Toda a gente gosta, por vezes, de extravasar o seu nível de responsabilidade e isso já é indisciplina. Agora se verifico o grau de cumprimento dos objectivos dentro da estrutura? Sim, verifico! É a única forma de conhecer a estrutura. E quanto melhor a conheço, melhor ela funciona. É desta forma que trabalhamos.

Mas confirma que houve algum tipo pressão sobre os trabalhadores que não cumprem com esses objectivos? Há uma coisa clara aqui

A criação de um centro aquático e requalificação do campo do Gualtar como são vistos pelo administrador dos SASUM? Olho com bons olhos. O projecto do centro aquático é um projecto antigo, com financiamento difícil. Na

Arlindo Rego

altura quando os quadros o puderam financiar houve um claro veto político. Foi uma opção do governo. Caso esse veto não existisse já teríamos a piscina pronta. Não será fácil desenvolver o projecto a não ser que haja fundos comunitários ou algum mecenas para o financiar. Acho que era bom investimento para os estudantes da Universidade do

Minho. Acha que com apoio autárquico poderia ser mais fácil? Só depende dos apoios europeus! Desde 2004 já investimos cerca de 20 milhões de euros nas obras que fomos fazendo. Nunca houve comparticipação do estado, com exceção a uma obra em 2009 onde nos financiaram em 250 mil euros. De resto, em todos os investimentos feitos em bares, cantinas e residências, não houve um investimento do estado, mas sim da Universidade. Mas se houvesse, no caso das piscinas, um apoio europeu na ordem dos 70%, nós colocavamos o resto. Quanto custaria este projecto? Está estimado entre 4 a 6 milhões. Dependo dos materiais e sua localização. Já agora, qual a localização prevista? A localização do projecto apresentado em 2009 é debaixo dos campos de relva sintética. A ideia é aproveitarmos a estrutura de base do pavilhão, criarmos o centro aquático e criarmos uma dinâmica diferente com as novas salas de musculação e revitalizar o espaço.

E a ideia de o contruir imediatamente abaixo do campo de futebol de Gualtar? Logicamente que, seja qual for o local, há aspectos positivos e negativos. Qual a vantagem de uma estrutura agregada à estrutura de funcionamento do pavilhão? É que assim o funcionamento corrente ia ser feito pelas mesmas equipas. Se tivermos uma piscina fora, iremos recebê-la de bom grado, mas somos obrigados a deslocar uma equipa de recursos para aquele espaço. Se me perguntarem se gostava de ter tudo centrado no mesmo espaço, não tenho dúvidas que sim. A poupança em termos de recursos era muito superior. Seja qual for o projecto nós estaremos, sempre, de corpo e alma no mesmo. Agora preferimos um que, ao longo do tempo, minimizasse aquilo que são os custos de financiamento. Prefiro gastar mais um milhão ou mais 500 mil euros numa estrutura que saiba que vou poupar nos próximos anos. Acha que esta estrutura poderia ser uma alternativa para as famosas piscinas olímpicas que estão paradas na cidade de Braga e servir


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outro tipo de público? Em todas as infra-estruturas, além de servirmos o estudante, há um período grande em que necessariamente temos uma baixa rentabilidade. A única forma de ganharmos algo com isto é envolver a comunidade. Faz sentido, ao projectar um equipamento, olharmos para o nosso mercado, mas também para a envolvente. Não tenho dúvidas que com um centro aquático iríamos dar resposta a necessidades de escolas, de freguesias e conseguiríamos captar outro tipo de classes, nomeadamente, neste caso, as mais idosas. É um projecto que facilmente era rentabilizado? Penso que sim. Não seria difícil, mesmo sem investimento, concretizar este projeto, mesmo que se pagasse a 30 anos. Teremos para o ano um campeonato europeu universitário de andebol no Minho. Em 2016 o mundial de karaté. O que se pode esperar destas provas? Temos feito um investimento forte em algumas áreas o que nos acaba por fortalecer, tanto em termos de desenvolvimento desportivo, como de resultados. Para nós, UMinho, é interessan-

te trazer centenas de jovens para participar nos europeus e mundiais. Gostava que fossemos, ao nível do andebol, campeões europeus e mundiais aqui na Universidade do Minho. Temos nestes eventos tudo o que há de melhor da universidade e isto, a nível de imagem, é do melhor que se pode fazer. Como se tem situado a taxa de ocupação das residências? A taxa de ocupação, neste momento, é de 98,6%. A taxa de ocupação média do ano é maior de 95%. Números superiores aos do ano passado? Não, idênticos. Felizmente, sempre que os alunos chegam cá, procuram as residências. Como é que os SASUM se posicionam face ao mercado de arrendamento? Um estudante não consegue, cá fora, arranjar um quarto onde não paga luz, água, acesso a televisão por cabo. Há diferenças grandes. Muitas pessoas procuram as residências exatamente por causa destes fatores que são valorizados. A residência é mais do que um espaço de quartos. É

um local de convívio onde as pessoas criam laços. O preço que praticamos com estas variáveis todas acaba por ser baixo para o estudante. As residências estão bem direccionadas para aquilo que é 1º e parte do 2º ciclo, mas para o que é formação avançada ou 3º ciclo, nós não temos este tipo de infra-estruturas. Mas há então necessidade de repensar a estratégia? Há e está a ser feita. Estamos a identificar determinados mercados emergen-

tes para os próximos anos e criar infra-estruturas para responder aos mesmos. Mas criar novas residências? E requalificar outros espaços. Os edifícios contíguos ao Museu Nogueira da silva poderão ser uma solução? Poderá passar por aí a solução. São soluções a ser estudadas, inclusive projetos que envolvam espaços nos centros das cidades de Braga e Guimarães... O edifício do Castelo poderia ser uma das solução? Aí teria de ser uma residência de luxo, um hotel de charme, para um mercado diferente. Sabemos que, paralelamente à atividade de administrador, tem-se dedicado à investigação. Tem algum projeto específico? Sim e assume-se como um desafio pessoal. Quando alguém não me consegue explicar algo, não fico satisfeito enquanto não conseguir a resposta. Tenho um desafio - que estou praticamente a terminar -, mas infelizemente não é um problema fácil de resolver, porque este já tem milhares de anos e nunca ninguém conseguiu explicar.

Arlindo Rego

Afigura-se como um desafio complicado esse que tem entre mãos? Nunca é complicado. De-

pende dos nossos níveis de motivação. Mas quer adiantar a temática em que se insere? Trata-se de investigação em torno da energia. Mas tem tido bons indicadores? Sim, tenho. Bastante positivos, por sinal. Estamos a falar de uma revolução energética? Poderemos ter algumas revoluções. Se eu dedicasse o mesmo tempo que as outras pessoas dedicam a este problema, o mesmo já estava resolvido. Dedico 14 horas ao trabalho, dedico as mesmas horas que dedicava à família e 3 a 4 horas por dia à investigação. Mas qual é, afinal, o problema que não consegue resolver? Tem a ver com as capacidades da água. O que a água nos pode dar como fonte de energia, para além de soluções para se detetar e encontrar água no solo. É um problema simples. Um hobby interessante. Está já a pensar no dia em que sair da administração dos SASUM? Tudo depende dos resultados. Se forem os que eu espero, irei continuar. Gosto de prestar serviço público. Se eu conseguir fazer um projeto que ajude os outros ficarei satisfeito.


TECNOLOGIA E INOV queres um relógio inteligente no teu sapatinho de natal? Agora já é possível! A Sony lançou em Portugal, no passado dia 12 de novembro, o Smartwatch, SW2, um relógio inteligente, per-

feito para oferecer como prenda no Natal. Este elegante relógio tem total compatibilidade com Android e tem capacidade para mais aplicações do que qualquer outro smartwatch, sendo que muitas delas não têm necessidade de recorrer ao smartphone. Algumas

dessas funcionalidades são tirar fotografias de forma remota utilizando a aplicação de câmara inteligente, ler mensagens de correio já descarregadas, selecionar e ajustar o volume de uma música, entre muitas DR outras. O Smartwatch 2 tem novas

caraterísticas enquanto sucessor lógico do atual Sony Smartwatch, como bateria smartwatch de maior duração (com cabo micro USB para carregar a bateria), resistência à água e pó, ecrã com uma resolução maior (1,6’’, 220 x 176 pixéis), um ecrã brilhante (visível mes-

twittadas

pacotes e o aumento de zonas de internet gratuita.

uma solução para o seu caso.

rute pires rutetpires@hotmail.com

Investigador português lança rede social para pessoas com doenças raras

Sites noticiosos lidos no telemóvel por 13% dos utilizadores

A cura para uma doença rara pode não estar na investigação, mas na experiência de outros doentes, partilhada numa rede social que Pedro Oliveira, pro-

fessor na Universidade Católica e no Massachusetts Institute of Technology, quer lançar até ao final do ano. Esta rede pretende ligar “pacientes e cuidadores com vontade de partilhar soluções que tenham funcionado e ajudado a lidar com a sua condição de saúde”, adiantou, referindo que a investigação mostrou que muitos doentes crónicos acabam por encontrar

ana rita magalhães anarita-magalhaes@hotmail.com

De acordo com dados recolhidos por João Canavilhas, professor da Universidade da Beira do Interior, o acesso a sites noticiosos através de dispositivos móveis em Portugal representa até 13% do total de visitas. O site da TSF é aquele em que a percentagem é maior, 13%. Segue-se o Público, onde a percentagem é de 11%, o Correio da Manhã e o Diário da Notícias, ambos com 10%. Estes números poderão vir a duplicar em menos de dois anos tendo em conta a venda de dispositivos, a redução dos preços dos

Facebook despede-se do polegar No passado dia 7 de novembro, num comunicado oficial, o Facebook anunciou a despedida do seu polegar. O objetivo do novo design é promover e impulsionar ainda mais a partilha. O botão ‘like’ passa a permitir que os utilizadores postem os links de que ‘gostaram’ apenas com um clique. Já o botão ‘partilha’ permite que se possa adicionar uma mensagem. Além disso, os botões ficam dispostos de forma mais visível, passando a posicionar-se abaixo dos títulos dos artigos. Os novos botões vão estar ativos nas próximas semanas e a atualização será automática. Livrarias podem receber comissão de venda de livros eletrónicos da Amazon

DR

mo ao sol) e pode ser personalizado com pulseiras amovíveis Sony ou qualquer pulseira padrão de 24 mm. O ACADÉMICO foi falar com alguns alunos para saber a sua opinião relativamente a este smartwatch. Para Sílvia Magalhães, aluna do 4º ano de Direito, este novo dispositivo é bastante útil para quem faz exercício físico com regularidade e uma ótima prenda de Natal. No entanto, “eu não o compraria, pois para mim não iria ter qualquer utilidade. Mas acho uma ideia muito interessante”. Ana Monteiro, do 2º ano de Ciências da Comunicação, considera o produto interessante e a experimentar. No entanto, também não o compraria devido ao preço. “O preço não me agrada muito porque um telemóvel custa o mesmo. Mas parece ser mais prático. Está no pulso e é só olhar”, conclui a estudante de Comunicação.

A

Amazon,

frequentemente

acusada de estar a destruir o negócio das livrarias tradicionais, anunciou um programa que permite às livrarias venderem os leitores de livros electrónicos e ficarem com uma comissão dos livros comprados através daqueles aparelhos. O programa, que já esta a decorrer numa experiência piloto, tem um alcance limitado: só poderão aderir lojas de 24 estados dos EUA. As livrarias poderão vender os tablets da gama Kindle e ficar, durante dois anos, com 10% das receitas dos livros electrónicos comprados através daqueles aparelhos.


OVAÇÃO

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liftoff,

http://liftoff.aaum.pt/ facebook.com/aaum.liftoff

gabinete do empreendedor da AAUM

promove... Roteiro do Empreendedorismo Jovem “Protoclusters em Português”

O Roteiro do Empreendedorismo passará, a 26 de novembro, pela Universidade do Minho. Este programa, organizado pela Fundação da Juventude com o apoio e parceria da Agência Nacional para a Gestão do Programa Juventude em Ação, pretende motivar os jovens, promover as suas competências empreendedores e contribuir para o desenvolvimento do

espírito de iniciativa. A sessão decorrerá no Anfiteatro A2 do CPI (Campus de Gualtar) com início às 14.30h. Durante 90 minutos serão abordados os valores que enformam uma Cultura Empreendedora, será definido o perfil do empreendedor e apontadas as estratégias para o desenvolvimento de ideias inovadores. A sessão termina com a apresentação Programa Ju-

ventude em Ação e do Erasmus +. O Roteiro do Empreendedorismo dirige-se a jovens com idades entre os 18 e os 30 anos, interessados no desenvolvimento do seu potencial empreendedor, estudantes universitários, recém-licenciados, desempregados, candidatos a primeiro emprego. A participação é livre mas sujeita a inscrição até dia 22 de novembro.

ANa economia portuguesa despontam, além dos sólidos clusters tradicionais, alguns setores emergentes que têm revelado um promissor potencial de competitividade internacional: são os protoclusters. Na Conferência “Protoclusters em Português”, que se realiza a 26 de novembro no Hotel Melia, em Braga, estarão em debate os setores da Saúde e das Tecnologias da Informação, Comunicações e Eletrónica (TICE). Nesta iniciativa da Universidade do Minho e da Caixa Geral de Depósitos (CGD), empresários e académicos de referência analisarão o presente e futuro destes protoclusters empresariais. Nas duas mesas redondas, moderadas pelo subdiretor do JN Paulo Ferreira, incidir-se-á na respetiva competitividade, internacionalização e nas relações com as instituições de ciência e tecnologia. As intervenções contam com responsáveis da Brisa, Bosch Car Multimedia, Primavera BSS, Hospital de Braga, Bial, Health Cluster Portugal, entre outros. A sessão de abertura prevê as presenças do ministro da Economia, António Pires de Lima, do administrador da CGD, José Pedro Cabral dos Santos,do reitor da UMinho, António M. Cunha, e ainda do vice-reitor da UMinho e comissário da conferência, José F.G. Mendes. O programa inclui ainda uma intervenção da CGD, a apresentação de duas spin-offs da UMinho e a palestra de encerramento com oprofessor Augusto Mateus.

> > 26 de NOVEMBRO ‘13 Roteiro do Empreendedorismo Jovem – Fundação da Juventude

> 27 NOVEMBRO ‘13 Elaboração de Projeções Financeiras – Edit Value Formação Empresarial

> 29 de NOVEMBRO ‘13 Primavera Software | Módulo Inventário e Vendas Edit Value Formação Empresarial

Ofertas de emprego Educação/Ensino M/F - Estágio emprego em Braga Perfil: - Licenciatura na área da educação/ensino, - Conhecimentos sólidos de línguas (preferencialmente, língua inglesa), - Elegível para Estágio Emprego/IEFP w w w. a a u m . p t /g i p gip@aaum.pt

Eng. Químico ou Têxtil M/F - Est. Profissional

Eng. Informático M/F Est. Emprego

- Licenciatura em Química, Engenharia Química ou Têxtil - Experiência profissional na área têxtil (preferencial) - Gosto pela área laboratorial - Elevada capacidade de organização e metodologia - Capacidade crítica e de resolução de problemas - Bom relacionamento interpessoal e espírito de equipa

- Licenciatura em Engenharia Informática - Elegível para Estágio Emprego /IEFP - Idade dos 18 aos 30 anos - Inscrito no Centro de Emprego

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Candidaturas em: www.aaum.pt/gip


CULTURA SALA DE CINEMA: the grandmaster (2013)

um bailado para as origens CÉSAR CARVALHO z5@sapo.pt

Foi em 2007 que o realizador sediado em Hong Kong caiu no erro de conceber algo para tela fora de portas. Em “My Blueberry Nights” poucos dos seus vestígios se notaram: as cores enérgicas e reluzentes, um amor não correspondido, e quase nada mais. Como retificar o talento que fez de “Disponível Para Amar” um dos filmes da década? Wong Kar-wai parece ter tomado isso em conta, a inquietação de redescobrir-se, e demorou seis anos a voltar às origens. Em boa hora o fez. O realizador pega novamente no género wuxia (em 1994, criou “As Cinzas do Tempo” mas com preocupações bem mais espirituais) para construir um novo retrato da história de Yip Man, o tal mestre lendário que ensinou Bruce Lee. O tom prefere-se épico – os tambores marcam o passo vezes sem conta – num período importantíssimo para

a história das artes marciais e da própria China. A passagem de testemunho da posição mais alta na Associação Chinesa de Artes Marciais, pertencente a Gong Yutian, chama pelo nome de Yip Man, e os seus conflitos aquando desta nomeação trazem ao registo uma lição de conduta, enquadrando-se as tão estimadas qualidades de disciplina, honra, lealdade no estilo Wing Chun, um dos principais do Kung Fu e em que a personagem era mestre. No meio deste confronto emerge um ainda maior: o Japão invade a China e algumas personagens mudam de lado (os valores já mencionados voltam a fazer parte da aula). Yip Man mantém-se na sua subtileza poética, desgarrado da desordem urbana e das desavenças políticas. Essa subtileza agradece ao trabalho de fotografia de Philippe Le Sourd, capaz de captar pormenores voluptuosos, principalmente nos combates à chuva, em que a textura

Realizador: Wong Kar-wai Elenco: Tony Leung Chiu Wai, Zhang Ziyi, Jin Zhang Estreou em Portugal: 12/12/2013 Nacionalidade: Hong Kong Pontuação: 4/5

da própria água sobressai e onde o ballet dos corpos, em câmara mais lenta, cria uma dimensão única, repleta de simbolismo. Mesmo na lírica da obra, Kar-wai consegue assim grandeza também no tributo sincero às artes marciais e à filosofia de combate. O realizador consegue a proeza de uma biografia fiel

aos acontecimentos, patenteando, ainda assim, o clima melancólico que vem sendo habitual nas suas obras. A típica história de amor sem consumação está presente - Zhang Ziyi não precisa de muito tempo em cena para recuperar o erotismo de “2046 “– e os habituais alicerces do criador constituem um porto de abrigo

para este se destacar, ainda mais, no seu ecletismo habitual e na constante homenagem à nouvelle vague dos anos 60. Tony Leung é mestre, como quase sempre, e na sua mestria está o semblante calmo de alguém que nada tem a provar: é dos grandes e ponto. Kar-wai nem precisou de abrir a boca para se desculpar.


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RUM BOX TOP RUM - 46 / 2013 15 NOVEMBRO

1 ARCADE FIRE - Reflektor

14 NICK CAVE & THE BAD SEEDS We no who u r 15 VAMPIRE WEEKEND Diane young

AGENDA CULTURAL BRAGA

TEATRO 20 a 23 de Novembro CTB - Oresteia Theatro Circo

2 PZ - Cara de chewbaca 3 NOISERV Today is the same as yesterday, but yesterday is not today

16 YEAH YEAH YEAHS Sacrilege 17 ARCTIC MONKEYS Do i wanna know

4 CAYUCAS - High school lover 5 AU REVOIR SIMONE Somebody who

18 BLOOD ORANGE Chamakay

6 LUÍSA SOBRAL - Mom says

19 JP SIMÕES Gosto de me drogar

7 RHYE - The fall

20 MÁRCIA - Menina

23 de Novembro Forma – Teatro - Corpo - Voz Theatro Circo MÚSICA 24 de Novembro Sons do Conservatório – Conservatório de música de Braga Calouste Gulbenkian Theatro Circo

GUIMARÃES

FAMALICÃO

TEATRO 22 de Novembro Loucura dos 50 São Mamede

TEATRO 20, 21 e 22 de Novembro Eis o Homem Estreia a partir Ecce Homo de Neitzsche Casa das Artes

23 de Novembro A Queda, a partir do Limbo – DEMO Fábrica ASA // Black Box MÚSICA 23 de Novembro Marta Ren CCVF/ Café Concerto

20, 21 e 22 Novembro Projeto – Satélite – (Des) Humanidade – Projeto com os alunos do 3º ano do curso Profissional de Teatro do Extrenato Delfim Ferreira Casa das Artes

LEITURA EM DIA

Para ouvir de segunda a sexta (9h30/14h30/17h45) na RUM ou em podcast: podcast.rum.pt Um espaço de António Ferreira e Sérgio Xavier.

8 PRIMAL SCREAM It’s alright, it’s ok 9 LINDA MARTINI - Ratos

POST-IT

18 novembro > 22 de novembro 10 NOME COMUM Ninguém fica só 11 PALMA VIOLETS Best of friends

JUBA Maria DESTROYER El Rito

12 CULTS - High road 13 JUNIP - Your life your call

FOREST FIRE Waiting In The Night

1 - O romper das cordas. Ascensão e queda de uma teoria e o futuro da física de Lee Smolin, Gradiva. Dimensões extras, universos múltiplos e as cordas, muito famosas, tornou a física teórica semelhante à conversa da treta.

objectivo, apesar das alfinetadas e da jangada de Géricault.

4 - Na Senda de Fernão Mendes Pinto de Joaquim Magalhães de Castro, Parsifal. O grande aventureiro do séc. XVI “vê” aqui repetida a sua odisseia por um viajante português. Um livro corajoso.

2 - O Continente Perdido de Gavin Hewitt, Bizâncio. A “tragédia” europeia analisada pelo olhar crítico e distanciado de um jornalista inglês

3 - As lágrimas de Lúcifer de James Thompson, Porto Editora. Um bom policial finlandês, um inspector duro como o gelo envolvente e o passado obscuro de colaboradores nazis.

5 - O Senhor Pina de Álvaro Magalhães, Assírio e Alvim. Livro/homenagem ao poeta, cronista e homem de grande desassombro, que foi Manuel António Pina.

vai-nos presenteando de forma regular com autênticas pérolas. Depois de ‘Tucson’, ópera rock-country editada no ano passado com os Giant Giant Sand, e de ‘Dust Bowl’, registo solitário e introspetivo lançado no início de 2013, ‘The Coincidentalist’ é um novo capítulo do rico de percurso de Gelb. Um disco liricamente inspirado nas pequenas coincidências da vida e nos acidentes de percurso que têm a capacidade de nos

transformar. Uma noção de destino que o próprio Gelb identifica na sua formação musical. A sua mudança para TucDR son, espaço geográfico e cultural onde desenvolveu a sua musicalidade, ficou a dever-se a uma grande inundação que destruiu a sua casa na Pensilvânia. Devido ao desastre a sua famí-

lia mudou-se para o Arizona e aí recomeçou a sua vida. Co-produzido por Gelb e John Parish e com colaborações de altíssimo nível como as de Will Oldham (Bonnie Prince Billy), M. Ward, Steve Shelley (Sonic Youth), Andrew Bird ou KT Tunstall, ‘The Coincidentalist’ mostra um Howe Gelb em estado de graça.

CD RUM

howe gelb the coincidentalist SÉRGIO XAVIER sergio.xavier@rum.pt

Bem-vindos ao deserto. É desta forma que somos introduzidos no novo disco de Howe Gelb. Um autor bem difícil de acompanhar, dada a pulsão frenética da sua veia criativa. Ao ritmo acelerado de edição junta-se a dispersão por diferentes projetos e editoras, e a promoção dos seus discos também deixa algo a desejar. Mas sobre a música, e é isso

que realmente interessa, há muito pouco a apontar. Há cerca de três décadas que Howe Gelb vem caminhando pelos terrenos da folk e da country, na fronteira de géneros como o rock e o blues e incursões (nem sempre bem compreendidas) ao flamenco e à música gospel. Um território imenso que Howe Gelb percorre sem preconceitos e com uma visão muito própria. Longe dos holofotes mediáticos


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DESPORTO daniel vieira da silva daniel.silva@rum.pt

Na partida que serviu de encerramento da 11ª jornada da Liga Sport Zone de Futsal, o Sp. Braga/AAUM foi a Sandim bater o Modicus, por 2-4. Os donos da casa até saíram para o tempo de intervalo em vantagem, mas foram incapazes de travar a reação dos minhotos no segundo tempo. A equipa do SC Braga/ AAUM entrou em campo com Pli, André Machado, Tiago Brito, Paulinho e Miguel Almeida no seu cinco base. Um ínicio muito intenso resultou em dois golos nos primeiros dois minutos. A formação da casa entrou forte e no primeiro minuto faz o primeiro golo da partida. Tiago Brito marca no minuto seguinte para o SC Braga/AAUM e repõe a igualdade. Os “guerreiros do minho” criavam ocasiões, mas é o Modicus quem marca aos 12 minutos e sai para o intervalo a vencer. Uma segunda metade de nível superior Na segunda parte o SC Braga/AAUM entrou com intenção de controlar o jogo, conseguindo dar a “cambalhota” no marcador. Primeiro, através do golo do empate apontado pelo capitão André Machado, aos 29 minutos e aos

sp.braga/aaum quebra enguiço e mantém-se na perseguição aos líderes

33 minutos com Tiago Brito a bisar no encontro. Não foi preciso esperar muito e, no minuto seguinte, e aproveitando o ascendente da equipa, Paulinho aumenta a vantagem para os guerreiros do Minho, colocando o placar em 2-4, resultado que se manteve até ao final. Uma importante vitória do SC Braga/AAUM, que realizou mais um feito único na competição (conquistou os três pontos, pela primeira vez, no terreno do Modicus), contando com a ajuda preciosa do considerável número de apoiantes que se deslocou até Sandim e que foram inexcedíveis no apoio aos guerreiros do Minho. Na próxima jornada a equipa bracarense irá receber o Fundão no Pavilhão desportivo da Universidade do Minho, em Gualtar. Os guerreiros do Minho continuam a disputar os lugares cimeiros da tabela classificativa. Neste momento, e com 11 jogos volvidos, o Sp. Bra-

Ricardo Fernandes

ga/AAUM mantém-se a um ponto de distância do trio da frente [Benfica, Sporting e Leões de Porto Salvo], cavan-

do um fosso de treze pontos para o quinto classificado, o Belenenses. O Modicus é agora o nono da tabela clas-

sificativa. Está assim confirmada, jornada após jornada, a qualidade superior desta formação bracarense. PUB


PÁGINA 19 // 20.NOV.13 // ACADÉMICO

ESPECIAL

DOMINGOS BRAGANÇA

O tema Universidade do Minho foi alvo de conversa na entrevista do novo presidente à RUM

DR

domingos bragança quer aumentar o número de estudantes no pólo de azurém Em entrevista ao programa Campus Verbal, da Rádio Universitária do Minho, o novo autarca vimaranense assume que a Universidade do Minho “faz parte” do projeto que tem para a cidade JOSÉ REIS jose.reis@rum.pt

O novo presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, assume que quer cativar mais estudantes para o pólo de Azurém da Universidade do Minho. Em entrevista ao “Campus Verbal”, programa de grande entrevista da Rádio Universitária do Minho (RUM), o autarca socialista assegura que o desiquilíbrio de estudantes entre os dois pólos – Guimarães tem cerca de 30 por cento do total de alunos da Universidade – não é algo que o deixe demasiado preocupado, apesar de assumir que gostava de ter mais alunos a frequentar o ensino superior na cidade. “Guimarães tem-se afirmado em diferentes áreas, como engenharia e até na arquitetura e no design. É

importante aumentarmos o número de estudantes, mas não vivemos obcecados com isso”, assume o novo presidente do executivo. Em entrevista ao programa “Campus Verbal”, Domingos Bragança assume que a Universidade do Minho não é simplesmente uma parceira do município. “Ela faz parte do nosso projeto de cidade, está sempre presente nas medidas que delineamos. E este é um projeto partilhado, porque não há cultura sem conhecimento, nem conhecimento sem cultura”, assume o novo presidente da Câmara Municipal de Guimarães aos microfones da RUM. Casa da Memória e Teatro Jordão Apesar das limitações financeiras impostas aos municípios portugueses, Bra-

gança assume que gostaria de tornar o município um concelho ainda mais assente “na ciência, de conhecimento”, numa cooperação forte entre os municípios de Braga e Guimarães. “A Universidade do Minho permite essa cooperação nesta região. Quanto maior e mais qualidade tiver o nosso ensino super, estaremos todos de parabéns”, diz. Para isso pode contribuir o novo reitor da Universidade do Minho; António Cunha já foi presidente da Escola de Engenharia e conhece bem o pólo de Azurém. “Não vou mentir: tenho uma grande consideração pelo trabalho assumido pelo atual reitor e por todo o trabalho desempenhado na liderança da academia. Este tratamento que geralmente se aplica aos reitores, o de ‘maginífico reitor’, é um título ideal para António Cunha”, destaca

Domingos Bragança. Ora, dois dos projetos que junta o município e a UM são a Casa da Memória (envolvendo a Sociedade Martins Sarmento) e a reabilitação do Teatro Jordão. “Houve alguns atrasos no que diz respeito à Casa da Memória, mas ela abrirá no primeiro

trimestre de 2014. Quanto ao Teatro Jordão, o processo é mais complicado. Temos que conseguir recursos financeiros e vamos candidatar estas obras ao próximo quadro comunitário de apoio, na vertente cultural”, admite Domingos Bragança.



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