FICHA TÉCNICA
SEGUNDA PÁGINA
FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // Quarta-feira, 27 Novembro 2013 / N200 / Ano 09 / Série 5 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // REDACÇÃO: Adriana Carvalho, Adriana Couto, Alexandre Rocha , ana Pinheiro, Ana Rita Carvalho, bárbara Araújo, Bárbara martins, Bruno Fernandes, Catarina Hilário, Cátia Silva, César Carvalho, Clara Ferreira, Cláudia Fernandes, Daniel mota, Dinis Gomes, Diogo Pardal, Francisco Gonçalves, Inês Carrola, Joana Videira, João Araújo, João Pereira, Judite Rodrigues, Marta Roda, márcia Pereira e Sara Ferreira, Sara Silva, Tomás soveral. // COLABORADORES: Elsa Moura e José Reis // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: jornalacademico@rum.pt //TIRAGEM: 2000 exemplares // IMPRESSÃO: GráficaAmares // Depósito legal nº 341802/12
VENCEDOR UM AO QUADRADO: LUCIANA BRAGA - EPL
27.NOV.13 // ACADÉMICO
BARÓMETRO
EM ALTA
NO PONTO
EM BAIXO
CRUP Foi, é e será tempo de dizer basta! O Ministério é claramente culpado pela degradação do ensino superior em Portugal. Não é de agora. Há muito que a educação superior tem sido neglicenciada... Não fosse esta uma garantia de um futuro de excelência dos quadros portugueses. Esta decisão do CRUP apenas pecou por tardia. Tomá-la na UMinho ganha ainda mais simbolismo.
O espaço de debate O ACADÉMICO volta a fazer a cobertura intensiva das eleições AAUM. Fomos procurar os candidatos e somos os primeiros a trazer as ideias dos mesmos para que a restante comunidade académica fique a saber quais as escolhas que existem. Esperemos ter ajudado a combater a abstenção e a definir a intenção de voto de todos aqueles que podem votar.
Distância eleitoral Parece não haver solução. Estamos a uma semana das eleições para os órgãos sociais da AAUM e de informações aos estudantes, quase nada se sabe. Onde estão as ideias? As propostas? A campanha em si? Penso que a instituição merece mais. Merece debate, merece atenção e deve informar tudo e todos. Depois não se queixem da abstenção.
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CAMPUS
antónio cunha tomou posse como reitor da uminho e deixou duras críticas a nuno crato ELSA MOURA elsa.moura@rum.pt
O Ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato marcou presença na tomada de posse do reitor da Universidade do Minho, António Cunha que ocupará o cargo até 2017. A investidura aconteceu na passada segunda-feira, no Salão Nobre da Reitoria, no Largo do Paço, em Braga. No discurso como novo reitor da Academia Minhota, António Cunha fez uma análise dos últimos quatro anos à frente da reitoria, reconhecendo que apesar do “quadro de enorme adversidade” e dos “sacrifícios” exigidos à instituição, a UM “tem respondido com grande sentido de responsabilidade”. O reitor alertou, no entanto, que os sacrifícios não podem ser “em vão”.
Críticas marcam discurso O reitor da Universidade do Minho centrou parte do discurso no Governo e no Ministério da Educação e Ciência, deixando vários recados e exigências. “(...) o fecho de 2013 é problemático, as cativações são injustas, e o exercício de 2014 nas condições propostas é impossível, porque alguém no Ministério das Contas, não soube fazer as contas!”. Para o novo mandato que agora começa e apesar das dificuldades, a equipa reitoral pretende fazer a Uminho “crescer de forma diferenciada a sua oferta educativa, reforçar a investigação, valorizar o conhecimento produzido, modernizando, requalificando e ampliando infraestruturas e serviços, melhorando as condições de vida e de trabalho nos campi”.
Entre os projetos está a requalificação do Complexo do Largo do Paço, o Biotério da Escola de Ciências de Saúde, novas instalações da Escola Superior de Enfermagem, a infraestrutura desportiva e arranjos exteriores em Gualtar e Azurém ou o Instituto Cidade de Guimarães de Materiais Biomédicos, no Avepark. O presidente da AAUM, Carlos Videira centrou o discurso nas dificuldades que os alunos passam face aos constantes cortes no Ensino Superior, mas não esqueceu a exigência de uma nova sede para os estudantes da academia minhota. “A questão da não concretização da nova sede está a tornar-se insustentável para a Associação Académica que está nas mesmas instalações há cerca de 20 anos”. Nessa altura, a UM tinha apenas 8500 estudantes. “Hoje em dia com 19 mil
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estudantes continuarmos no mesmo espaço, impede que a AAUM e outras estruturas associativas, culturais e desportivas não possam desenvolver plenamente a sua missão”. Carlos Videira sublinhou que com um novo reitor e um novo poder autárquico existem “todas as condições para fazer definitivamente avançar este projeto. Caso contrário é o próprio futuro da Uminho e das estruturas associati-
vas que tanto têm feito pela identidade, pelo crescimento e pela projeção da universidade ao nível nacional e internacional, que sairão a perder. Um cenário que não é desejável para ninguém”, concluiu o presidente da AAUM. Sobre este assunto, o reitor António Cunha deixou a garantia de que a sua equipa continuará “empenhada em ajudar a construir uma sede consentânea com as suas atividades.
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[direção] lista a CARLOS VIDEIRA BÁRBARA ARAÚJO barbarasilvaraujo@gmail.com
O que te levou a apresentar a candidatura? Como já tive oportunidade de dizer, foram sobretudo dois motivos: primeiro porque acredito que depois de um primeiro mandato em que me apresentei aos estudantes, tinha chegado o momento de ser julgado vendo se esse cumprimento foi bem executado. Depois pela experiência que tive no primeiro mandato, hoje sinto-me mais preparado do que no ano passado, descobri novas potencialidades e oportunidades que podem fazer a associação académica crescer e acredito que a experiência pode ser uma mais-valia para um segundo mandato. É, sobretudo por isso, que me apresento. Quais as linhas orientadoras da lista que propões para dirigir a direção da AAUM? A prioridade continuará certamente na vertente social como já foi alvo deste ano de 2013. Era importante conseguir reativar a fundação da AAUM da Universidade do Minho, que é uma fundação que está neste momento desativada e seria uma estrutura importante para o apoio social dos estudantes. A este nível, irei continuar a lutar pelas alterações regulamentares ao nível da atribuição de bolsas e continuar uma intervenção muito ativa ao nível do fundo social de emergência, no qual temos participado em todo o processo de decisão e execução. Dar também uma atenção especial a um fenómeno que tem vindo a crescer, nomeadamente o fenómeno do abandono escolar. O pro-
jeto da nova sede da AAUM também é um projeto muito querido desta direção. Gostaríamos que no segundo semestre o passe social estivesse implementado e integrado naquilo que é o novo cartão de sócio da AAUM, o cartão jovem académico. O processo de abertura do B.A, em Guimarães, que esteve encerrado por causa dos problemas com o concessionário, está praticamente concluído. Temos também o campeonato mundial universitário em exclusivo em Guimarães, que será certamente um evento importante para a cidade. Finalmente apostar na ESN como secção autónoma da AAUM, criando um espaço de atendimento fixo aos estudantes, no campus de Gualtar.
Quais as principais ideias para os diferentes departamentos da AAUM? Há algum que se assuma como prioritário? O departamento social terá uma grande importância, mas os outros departamentos também terão uma grande atenção por parte de uma futura direção desta equipa, a começar pelo departamento desportivo, em que temos vindo a alcançar grandes resultados e fomos durante dois anos a segunda melhor universidade no ranking da associação europeia do desporto universitário; continuar a apostar no desporto de recriação, em atividades como a Gata na Praia, o troféu da AAUM, jogos solidários… No departamento cultural, percebendo que o número de grupos culturais tem vindo a aumentar, e infelizmente a verba para o seu financiamento tem-se mantido, gostaríamos de tentar um reforço do financiamen-
to. No que diz respeito ao departamento pedagógico, pretendemos que tenha uma participação ativa na discussão do regulamento académico da UMinho, que será implementada no próximo ano, depois do trabalho que foi feito em relação às salas de estudo 24h, tentar que elas estejam também abertas durante o fim-de-semana. A criação de centros de explicações em Guimarães e Braga também serão uma prioridade. Que inovações pretendes incutir no seio da AAUM? Acho que as coisas que iremos tentar trazer de novo é sobretudo fruto do crescimento daquilo que já tem sido feito e potencializar ainda mais algumas coisas que ainda não estão completamente aproveitadas. A questão do cartão de sócio, quando nós lançamos o cartão jovem académico, tive a oportunidade de dizer que não era um ponto de chegada, mas sim um ponto de partida e certamente que acredito que ao longo deste ano será ainda mais útil para o estudante. A proximidade à cidade de Guimarães e Braga é considerada muito importante e temos algumas ideias concretas para o fazer. Também acredito que seria uma inovação muito grande se conseguíssemos ultrapassar as dificuldades que o Governo nos tem colocado relativamente à fundação da Associação Académica, que nunca recebeu dinheiros públicos, é uma instituição de direito privado. Qual deve ser a posição da tua lista no que respeita à relação com a Reitoria? E ao Ministério?
São níveis diferentes, mas existe algo que é característico às duas, a independência. Por força das circunstâncias, naturalmente que a relação com a Reitoria é mais próxima, pois conseguimos encontrar com alguma frequência pontos de convergência que acredito que tem feito a Universidade progredir, apesar de em alguns momentos também haver divergências, que se assumem com naturalidade e maturidade. Com o Ministério, temos uma relação mais distante, que acredito que teve alguma evolução positiva fruto da pressão das Associações Académicas e dos estudantes. Que diferenças existem entre a lista do ano passado onde estavas integrado, e a deste ano? É uma equipa mais experiente fruto de um ano de trabalho e acredito que ganha alguma vantagem por isso. É uma equipa que mantém um conjunto muito significativo de dirigentes do ano anterior e que conseguem buscar pessoas com
competência, com seriedade para trabalhar para o estudante, portanto acredito que a lista do ano passado era uma lista forte e acredito que a deste ano será ainda mais forte. O que esteve mal ou menos bem no anterior mandato? Temos alguns projetos que não avançaram da forma que gostaria. Gostaria muito que o processo da fundação da Associação Académica tivesse avançado de outra forma e que uma série de alterações regulamentares, ao nível da atribuição de bolsas, já tivessem concretizadas. Quais as limitações orçamentais e de que forma condicionam o plano de atividades da AAUM? São muito grandes, a forma como evoluíram as condições orçamentais no nosso país têm afetado toda a gente e a Associação Académica também, e terá que haver uma reestruturação muito forte das suas atividades, dos seus departamentos e da forma como se organizam os seus recursos.
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[direção] lista b LUIS MASQUETE francisco gonçalves francisco.mog14@gmail.com
O que te levou a apresentar a candidatura? A lista B é dinamizada pelo AGIR, movimento que existe na universidade desde 2005. Nestas eleições seguimos a mesma linha orientadora que nos tem caracterizado nos últimos tempos: uma AAUM feita pelos estudantes e para os estudantes, uma AAUM que seja aberta a todos os alunos, incorporando-os nas decisões e aspectos a debater, uma AAUM que impulsione o movimento estudantil na luta pelos seus direitos. A exemplo de anteriores direções, a AAUM presidida por Carlos Videira não dá resposta às necessidades dos alunos que, devido aos cortes dos últimos anos, começam agora a sentir os efeitos mais drásticos destas políticas de destruição do Ensino. Quais as linhas orientadoras da lista que propões para dirigir a direção da AAUM? A nossa linha de acção foca-se em 4 princípios básicos: um Ensino Superior público, gratuito, democrático e de qualidade. Neste momento, estaremos possivelmente mais distantes de os alcançar, pois as medidas de austeridade surtem agora maior efeito, quer a nível educativo, quer a nível social. A Lista B apresenta-se a estas eleições como alternativa ao marasmo que tem marcado os últimos anos de representação dos estudantes, com um programa virado para os interesses dos mesmos. Defendemos a redução imediata do valor das propinas através de um maior financiamento do Ensino por parte do Es-
tado, permitindo às Universidades e aos seus alunos de mantarem a qualidade do ensino e aprendizagem, em contraste com o actual governo, que nada faz senão privar-nos da educação. E isso não se faz a mandar cartas ao ministério. Como se não bastasse, constata-mos que o nº de bolsas atribuídas regista uma descida acentuada, que também é justificada pela inércia apresentada pela actual direcção da AAUM.
Quais as principais ideias para os diferentes departamentos da AAUM? Há algum que se assuma como prioritário? Para além dos eixos principais, o nosso programa é bastante completo, nomeadamente ao nível das saídas profissionais. Iremos fazer, ao longo de todo o mandato, uma campanha contra a precariedade que espera grande parte dos estudantes quando acabam os seus estudos. Recibos-verdes, estágios não remunerados e imigração são o espelho do futuro que nos põem à frente. O que a actual direcção da AAUM, que se recandidata na lista A, tem para nos oferecer é o empreendedorismo, que nos diz para abrirmos empresas... se tivermos dinheiro para isso. Na prática, ser empreendedor para a maioria dos nossos colegas que já acabaram os estudos é imigrar, ou trabalhar sem receber à espera de ter experiência suficiente para um dia ter um salário. Será isto o “bater punho”? Não há salas de estudo, salas de computadores e bibliotecas suficientes nem a funcionarem 24 horas por dia. Iremos usar os meios da AAUM, que são imensos, para contrariar os cor-
tes no financiamento por parte do Estado e para pressionar a reitoria a não cortar nos serviços prestados aos alunos. Por exemplo, a AAUM tem as reprografias dos campi concessionadas. Em vez de dar lucro a privados poderiam ser geridas directamente pela associação ao serviço dos estudantes garantindo preços muito mais baratos aos alunos. Que inovações pretendes incutir no seio da AAUM? Nunca escondemos a nossa apreensão pelo afastamento dos estudantes da sua própria associação, sendo a sua estrutura e a sua forma de actuar os pontos que mais necessitam de ser reformulados. No AGIR, temos uma linha horizontal de discussão e decisão. Sempre estivemos abertos à inclusão daqueles que demonstram interesse em participar nas nossas actividades, quer sejam reuniões, debates, ou acções de protesto e sensibilização. É este o modelo que queremos aplicar na AAUM, uma mudança que devido ao comodismo e isolamento da actual direcção, exige uma grande plataforma de comunicação com os estudantes, de modo a que estes possam participar de forma directa no funcionamento da associação académica. Qual deve ser a posição da tua Lista no que respeita à relação com a Reitoria? E ao Ministério? A Reitoria não é uma entidade abstrata. Esta tem uma política que pode ser boa ou não para os estudantes enquanto que o nosso compromisso é para com os estudantes. Por exemplo, quando o reitor António Cunha propôs a passagem
da UM a fundação de direito privado fizemos toda a oposição que estava ao nosso alcance. Já a actual direcção e lista A foi a favor. Não seremos nem contra nem a favor da reitoria por principio, assim como qualquer instituição. Que diferenças existem entre a lista do ano passado onde estavas integrado, e a deste ano? Creio que este ano o grupo esteja com maior dinâmica, fruto não apenas da entrada de novos activistas mas também do apoio que vários estudantes nos têm demonstrado. Hoje deparámo-nos com uma situação sem precedentes no dia-a-dia dos alunos. Este ano temos vindo a receber a pouco e pouco novos estudantes, que não entram em contato connosco apenas por terem noção do actual estado do ensino e o quererem combater, mas também por verem no AGIR uma plataforma que reivindica continua seriamente a luta por uma melhor educação, nossa por direito. Enquanto porta-voz da Lista B, é gratificante representar um grupo que cresce dia após dia. O que esteve mal ou menos bem no anterior mandato? A nossa oposição à actual direcção e à lista A não é a um
ou outro pormenor, mas sim ao conjunto da sua actuação. A principal crítica que o AGIR fez a esta direcção teve que ver com as “Quintas Feiras negras”. Limitações orçamentais de que forma devem condicionar o plano de atividades da AAUM? O orçamento da AAUM tem rondado os 4 milhões de euros. Mais do que restrições orçamentais, iremos acabar com as regalias que os dirigentes associativos hoje têm. São milhares de euros em alimentação, deslocações e telemóvel para os dirigentes enquanto os alunos que estes supostamente representam contam os trocos todos os dias. Já hoje os membros do AGIR recusam qualquer regalia, como os bilhetes para o Enterro que os nossos eleitos no CFJ recusam desde sempre. Mais ainda não iremos para a direção da AAUM para depois termos o nosso tacho algures. Alguns dos antigos presidentes da AAUM, enquanto estavam à frente da associação dizem que o seu partido é a AAUM para depois serem mandatários da juventude de listas autárquicas do PSD e CDS, os mesmos partidos que destroem o ensino. A aposta certa da lista A não passa de um bluff.
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[direção] lista c EDGAR CARVALHO cátia silva catiaff_11@hotmail.com
O que te levou a apresentar candidatura? Convidaram-me a presidir esta lista, foi um consenso de todos os que lá estão. Isto porque, e não vou arriscar dizer que sou o que tem mais experiência, mas a nível de currículo nesta área sou dos únicos que já presidi uma associação, a associação de estudantes na escola secundária onde eu andei, e que já estive em vários sufrágios. Esta lista surgiu da necessidade urgente de uma mudança de dirigentes. Apresentamos uma candidatura que não é tão vulgar, penso eu, como as outras candidaturas, porque temos como primazia o interesse e a defesa dos estudantes, claro sem descurar dos outros pontos que uma associação deve ter. Mas sendo tu do 1º ano estás por dentro daquilo que a anterior associação fez? Sim, participei logo nas primeiras semanas na Reunião Geral de Alunos que a associação convocou. Estive lá, ouvi e dei a minha opinião e, assim, fiquei já por dentro daquilo que se passa. Não estou aprofundadamente a
par de tudo o que se passou desde o início do mandato, mas com um estudo prévio deu para ver os acontecimentos mais recentes. O que esteve mal ou menos bem no anterior mandato? Não vou estar aqui a apontar o dedo, mas nas questões mais importantes como o caso das “quintas-feiras negras”, houve ali um caso um bocado polémico por parte da associação. O problema aqui não foi o que eu vi, mas o que eu não vi. O que ficou em ata de RGA é que iriam ser as três quintas-feiras negras que iriam ser marcadas por ações dos estudantes para mostrar o desagrado aos nossos governantes, e o que aconteceu foi nada. O problema levantado na altura na RGA foi por falta de divulgação, que foi desmentido pela direção. Mas, o que é preciso para além de divulgar é prestar atenção, e os estudantes não vão prestar atenção a todos os cartazes. É preciso captar a atenção deles. Quais são as linhas orientadoras da lista que propões para dirigir a direção da AAUM? Temos uma espécie de projeto de resolução política em que vai ser criado aquilo
que nós queremos mudar e iremos tentar mudar. Há várias ações que podemos tomar, como abaixo-assinados. Ações que sejam mesmo credíveis para podermos alterar aquilo que está em erro, não só dentro da nossa academia, mas também a nível nacional, que é uma coisa que assusta muita gente e que leva a que desistam do ensino. Qual deve ser a posição da tua lista no que respeita à relação com a Reitoria? E ao Ministério? Tendo o conselho de reitores cortado as relações com o nosso governo, esperamos bem que não tenha de ser essa a nossa posição também, senão vai fragmentar ainda mais a situação e não é isso que nós queremos. É saudável existir uma relação, mas quando a reitoria tenta limitar a ação da associação, o que nunca pode acontecer, tem de se tomar uma posição. Já com o ministério, aí reside a maior importância da lista. A nossa relação com eles será sempre, até haver a real mudança, de indignação em nome dos estudantes. O direito a estudar tem sido cada vez mais atacado e já não é de hoje, e por isso, aí está a razão da nossa candidatura. Uma associação que está in-
dignada com a situação. Limitações orçamentais de que forma devem condicionar o plano de atividades da AAUM? O orçamento pode sempre
limitar, mas vamos sempre procurar articular o nosso orçamento de modo que consigamos fazer aquilo que a gente quer e, claro, de uma forma real e não de uma forma utópica, como muitas vezes acontece.
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[mesa rga] lista d CATARINA LIMA diogo pardal diogo_oliveira_pardal@hotmail.com
tomás soveral tomassoveral@gmail.com
Quais foram as razões que a levaram a apresentar lista? Já faço parte da RGA, como secretária, há três anos. Durante esse tempo, ganhei experiência a nível de associativismo estudantil e académico. Uma vez que o atual Presidente não vai estar tão disponível para continuar no cargo e tendo em conta a minha experiência, decidi candidatar-me. O que aspiram para a linha de ação da RGA caso sejam eleitos? Ao longo destes anos, o nosso principal objetivo tem sido atrair um maior número de alunos para a RGA e aumentar a taxa de
participação, visto que é na RGA que há diálogo entre a AAUM e os estudantes da Universidade do Minho. Queremos aumentar o interesse dos estudantes em todos os assuntos do mundo académico. A RGA continua a não registar muita afluência nos últimos anos. Existe um segredo para inverter essa tendência? O segredo passa por os alunos apresentarem uma atitude mais ativa, pois não existe grande interesse dos estudantes numa participação associativa, o que os leva a ter uma postura passiva face à RGA. Por exemplo, numa RGA sobre Ação Social ainda se consegue registar um número considerável de participações, mas em relação a outros assuntos como o Orçamento da
[mesa rga] lista e INÊS SAMPAIO Quais foram as razões que vos levaram a apresentar lista? Em primeiro lugar esta candidatura não é individual, eu faço parte do coletivo “Agir”, estou simplesmente a representar os meus colegas, e todas as decisões que tomamos são feitas em grupo. O “Agir” é um coletivo que nasceu em 2005, que defende o ensino superior gratuito, democrático e de qualidade. Estamos a concorrer porque não nos revemos na atual direção da AAUM, e a mesa, apesar de negar, está completamente ligada e subordinada à direção. O que aspiram para a linha de ação da RGA caso sejam eleitos?
Nós queremos defender os interesses dos estudantes. Tomemos como exemplo a hipotética subida de preço da senha da cantina. Caso isso se verificasse, organizaríamos uma RGA para discutir o assunto e sabermos o que os alunos pensariam fazer relativamente a isso. A RGA continua a não registar muita afluência nos últimos anos. Existe um segredo para inverter essa tendência? O problema é que elas não são divulgadas propositadamente para que os alunos não participem. O que eles fazem é levar para lá os seus apoiantes, para votarem nas suas propostas. De quem acha que é a culpa
AAUM, a afluência é bem menor. Mesmo quando a divulgação é feita em grande escala, o cenário de pouca adesão mantém-se. De quem acha que é a culpa pela pouca participação dos alunos da UM nas RGA’s? Como já faço parte da RGA há uns anos, posso garantir que tem havido grande esforço por atrair os alunos, fazer as convocatórias atempadamente, tentar divulgar ao máximo as RGA’s pelas redes sociais e espalhar toda a informação pelos complexos pedagógicos da UM, mas os alunos não aparecem. Transmitir as RGA’s em streaming para toda a comunidade no site da RGA que ainda está por remodelar pode ser uma das soluções? Pode ser uma solução, mas não sei até que ponto pode ser eficaz para aumentar a participação. Algumas RGA’s já foram gravadas pela AAUM TV, tendo sido posteriormente colocadas online, mas penso que esse pela pouca participação dos alunos da UM nas RGA? A RGA é um órgão em que todos os alunos, independentemente de terem quota paga ou não, podem participar e onde as decisões são tomadas democraticamente. Neste momento o que acontece é que as RGA’s são geridas de forma autoritária e não são divulgadas propositadamente, para afastar os alunos das discussões e decisões. Além disso, a direção chama pessoas a participar na RGA apenas com o intuito de votar nas propostas deles e no final vão-se embora. Eles não mobilizam os alunos para as RGA’s. Portanto a culpa é sem dúvida da direção. Transmitir as RGA’s em streaming para toda a comunidade no site da RGA que ainda está por remodelar pode ser uma das soluções? O que acontece é que eles normalmente divulgam isso um dia antes lá no site... O que devíamos fazer era
facto pode ser causador de os alunos não aderirem, pois não precisam de estar presentes para saber o que se trata na RGA. Há outras formas para além da divulgação mais intensiva que considerem importantes serem criadas/ cimentadas para conseguir
ir às salas, falar com os alunos e dizer-lhes que vai haver uma RGA, para que eles participem. E, também, logo na entrada da universidade, devíamos contactar pessoalmente com eles. Há outras formas para além da divulgação mais intensiva que considerem importantes serem criadas/ cimentadas para conseguir aumentar a taxa de participação dos estudantes nas RGA?
aumentar a taxa de participação dos estudantes nas RGA? A Lista D tem um projecto que passa pela colocação de mupis no CP2 e noutro Complexo no Polo de Azurém. Queremos também continuar com a divulgação nas redes sociais e pelos órgãos da AAUM.
Os alunos estão a ser afetados pelas políticas implementadas no ensino superior, e temos de os consciencializar para isso. A maioria está consciencializada, está a pagar altas propinas, a redução de bolsas foi incrível, e os alunos só têm de ter a informação de que vai acontecer uma RGA. Tenho a certeza que a partir do momento em que saibam que podem ter uma palavra a dizer, vão querer participar.
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[mesa rga] lista f RICARDO REGO diogo pardal diogo_oliveira_pardal@hotmail.com
tomás soveral tomassoveral@gmail.com
Quais foram as razões que vos levaram a apresentar lista? A lista F é uma lista de todos e quer representar todos os alunos na RGA. Com a nossa candidatura à Mesa da RGA, pretendemos conseguir uma maior afluência dos alunos, não só nos momentos de grandes decisões, mas também durante todo o ano. O que aspiram para a linha de ação da RGA caso sejam eleitos? Pretendemos uma participação mais consciente e
efetiva dos alunos e que esta não seja encarada como um ato de obrigação. Queremos, de igual modo, ir de encontro aos alunos. Se os alunos não vão à RGA, a Mesa da RGA vai aos alunos. Para que isto seja possível, planeamos estabelecer relações com os delegados de turma de cada curso, participar em núcleos de estudantes e em grupos culturais. A RGA continua a não registar muita afluência nos últimos anos. Existe um segredo para inverter essa tendência? O segredo passa por uma propaganda maior e mais eficaz, utilizando não só as redes sociais, como o Facebook, mas também o e-mail institucional e cartazes informativos, para divulgar as
RGA’s e, assim, sensibilizar os alunos para as mesmas. De quem acham que é a culpa pela pouca participação dos alunos da UM nas RGA? Já há vários anos que as RGA’s são representadas pelas mesmas pessoas e tem havido sempre os mesmos problemas. Nos outros anos, todas as listas de oposição partilharam da opinião que a RGA não estava a fazer a devida divulgação e esclarecimento aos estudantes. Deve ser a própria RGA a fazer esta divulgação e não só os alunos das listas da oposição. Transmitir as RGA’s em streaming para toda a comunidade no site da RGA que ainda está por remodelar pode ser uma das soluções? Concordo plenamente, até porque a RGA é dos estudantes para os estudantes. Fazer o streaming seria fantástico, pois seria mais um modo de divulgação para
todos os alunos que não estão a par do que se trata nas RGA’s. Há outras formas para além da divulgação mais intensiva que considerem importantes serem criadas/ cimentadas para conseguir aumentar a taxa de partici-
pação dos estudantes nas RGA? A divulgação não é o único fator importante. É também relevante esclarecer os estudantes sobre o que realmente é a RGA, uma vez que grande parte dos alunos não faz a menor ideia do que esta se trata.
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[cfj] lista g JOÃO ALCAIDE ANA rita magalhães anarita-magalhaes@hotmail.com clara ferreira clarasofiaf@gmail.com
Que razões te levaram a candidatar ao Conselho Fiscal e Jurisdicional (CFJ)? São sobretudo três as razões. Em primeiro lugar, a consciência de um trajeto associativo sólido e consistente e em que procurei sempre e a cada momento fazer o melhor que sei e posso (…). Em segundo lugar, os elementos que me acompanham nesta viagem, nesta lista. Todos eles são ex-dirigentes ou dirigentes que têm competências e capacidades inestimáveis (…). Em terceiro lugar, e mais importante de tudo, o propósito que nos une a todos
nós que é poder contribuir decisivamente para o reconhecimento do CFJ enquanto órgão fundamental com competências nos âmbitos fiscal e jurisdicional. Que caraterística comum destacas dos membros da tua lista? Eu gostaria de destacar o facto de todos eles, sem exceção, terem sido ou ainda serem dirigentes associativos, o que lhes dá a experiência, a vontade, a motivação, a capacidade e competência para fazer cada vez mais e melhor (…). Um apertado e rigoroso controlo dos orçamentos e contas da AAUM é um lema? Esse é o parâmetro maior que está subjacente às funções e competências que
são exercidas pelo CFJ da AAUM. É exercer de uma forma muito clara, muito transparente, muito rigorosa, a fiscalização, o controlo do plano de atividades, do orçamento e das contas da AAUM. É para isto que nos candidatamos e que os alunos nos elegerão e será essa a nossa função. Quantos elementos esperam eleger para o órgão? Essa é uma decisão dos nossos colegas. Tudo faremos para poder eleger o maior número de elementos, idealmente os nove (…). Achas que as limitações orçamentais sentidas um pouco por todo o país se devem refletir nas contas da AAUM? A conjuntura em que nós
vivemos afeta de uma forma muito substancial todas as áreas da nossa vida. A Associação Académica, a educação no Ensino Superior não serão exceção. Mas também estou certo de que
a experiência e historial da AAUM nos podem dar um horizonte mais largo e fazer acreditar que no meio da adversidade seremos capazes de dar as melhores respostas.
vem refletir nas contas da AAUM? Os orçamentos da AAUM têm-se mantido relativamente constantes, rondando os 4 milhões de euros (…) continua a desperdiçar-se dinheiro em muitas coisas que não servem de interesse aos alunos (…) mais do que contenção orçamental uma
gestão diferente dos recursos da universidade, com muitos interesses particulares que não dizem respeito aos alunos (…) o montante não se justifica, há parcerias que fazem dinheiro com o mercado dos alunos, e que não seria necessária com a melhor gestão deste dinheiro.
[cfj] lista h EDUARDO VELOSA ANA rita magalhães anarita-magalhaes@hotmail.com clara ferreira clarasofiaf@gmail.com
Que razões te levaram a candidatar ao Conselho Fiscal e Jurisdicional (CFJ)? Encabeço a lista H ligada ao movimento AGIR, que existe desde 2005, (…) porque não nos revemos nas atuais listas da atual direção da AAUM, achando por bem dar uma alternativa aos estudantes, alternativa essa que existe e que precisa de força. Que caraterística comum destacas dos membros da tua lista?
As listas que normalmente se candidatam ao CFJ relacionam-se com transparência, responsabilidade, mas nós achamos que deverá ser mais do que isso, não sendo só necessária só a fiscalização (…) há escolhas financeiras que correspondem a uma decisão da direção da AAUM (…) gastos desnecessários e principalmente regalias que são dadas aos dirigentes. Eu, por exemplo, sempre recusei o bilhete que me foi oferecido enquanto membro do atual mandato do CFJ para o enterro da gata (…) a lista H compromete-se a lutar sempre contra estes interesses. Um apertado e rigoroso controlo dos orçamentos e con-
tas da AAUM é um lema? Mais do que isso, não é só o rigor das contas, mas sim o questionar e denunciar os gastos que são feitos por esta direção. Quantos elementos esperam eleger para o órgão? Achamos que temos hipóteses de ganhar, tentaremos alterar os hábitos da atual direção representando os estudantes (…) o nosso objetivo é eleger o maior número possível, tentar ser maioria, ainda assim, mesmo que fiquemos em minoria, iremos fazer oposição a estes factos. Achas que as limitações orçamentais sentidas um pouco por todo o país se de-
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especial eleições aaum
[cfj] lista i CLAÚDIA SOUSA diogo pardal diogo_oliveira_pardal@hotmail.com
tomás soveral tomassoveral@gmail.com
Que razões te levaram a candidatar ao Conselho Fiscal e Jurisdicional? Não sou só eu que me candidato, é uma lista já com um trabalho de discussão e reflexão feitos entre os membros que a compõem. Como é óbvio, alguém tinha que encabeçar a lista e foi decidido que seria eu, devido à disponibilidade. Que característica comum destacas dos membros da tua lista? A lista candidata propõe-se a representar os estudantes, tendo em conta os seus problemas e aspirações, tendo
então como objetivo ser um veículo de transmissão de informação e de reivindicação. Os estudantes desta lista candidata pretendem dar uma voz a todos os estudantes e ter em conta as suas preocupações, assumindo o compromisso de os manter realmente informados sobre o que é proposto ou decidido no Conselho Fiscal e Jurisdicional. Um apertado e rigoroso controlo dos orçamentos e contas da AAUM é um lema? O nosso objetivo central é a luta por uma AAUM transparente que use os seus recursos em prol dos estudantes. Achamos então que é do senso comum que as contas sejam rigorosas e transparentes e que os estudantes estejam informados acerca das decisões deste órgão.
Quantos elementos esperam eleger para o órgão? Não apresentamos um número de membros que pretendemos eleger, os votos que a lista conseguir é que decidirão, mas quantos mais votos melhor. Achas que as limitações orçamentais sentidas um pouco por todo o país se devem refletir nas contas da AAUM? Batalharemos sempre por um ensino público, gratuito, democrático e de qualidade para todos. Estamos contra os cortes apresentados neste orçamento de estado, que foi ontem (dia 26 de novembro) votado. Assim, é necessário um adequado financiamento por parte do Estado e uma rede de Ação Social Escolar capaz de responder
às carências socioeconómicas dos estudantes que neste momento são enormes, basta vermos a média apre-
sentada no ano passado de 6 estudantes por dia a deixar o ensino superior por falta de condições económicas.
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NACIONAL
crup corta relações com governo na uminho
Elsa Moura
ELSA MOURA elsa.moura@rum.pt
O Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas reuniu na passada semana na Universidade do Minho, em Braga. Uma reunião mensal ordinária, mas que deixou uma posição clara dos reitores das Universidades Portuguesas e principalmente do seu máximo representante, o presidente António Rendas que pediu a demissão “face à generaliza-
da falta de diálogo por parte do Governo”. O presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas está, no entanto, a reconsiderar a posição face ao apelo da restante equipa para que não se demita. O CRUP analisou a atual proposta de orçamento para 2014 e verificou que “houve uma alteração dos pressupostos acordados em agosto numa reunião”, disse António Rendas. Pressupostos que incluiram “a quebra dos compromissos assumidos relativos à dotação para 2014 para as universidades, uma absoluta e inédita falta
de comunicação e a explicação em relação aos cortes posteriormente efetuados”, como explicou em conferência de imprensa na Reitoria da UMinho. O CRUP decidiu suspender os contactos com o Governo nestas matérias: “suspender a participação em reuniões, com o Governo ou organismos regionais, sobre a reestruturação da Rede do Ensino Superior”, esclareceu em comunicado. Para além disso, o CRUP pede ainda explicações de 30 milhões de euros em cortes no Ensino Superior para o orçamento do pró-
ximo ano que “não foram ainda explicados. Isto revela uma sistemática violação da autonomia universitária”, acrescentou o presidente do Conselho de Reitores. Apesar disso, as instituições de Ensino Superior “reiteram a sua determinação em continuar a trabalhar no reforço da qualidade do ensino, da investigação e da interação com a sociedade, bem como da sua afirmação internacional”. Mas deixam o alerta: O OE para 2014 traz “graves consequências para o setor e, consequentemente, para o desenvolvimento e futuro do país”.
No mesmo dia, o Ministério da Educação e Ciência (MEC) reagiu em comunicado, esclarecendo que “tal como tem sido hábito em todos os processos que envolvem as instituições do ensino superior, o MEC manteve um longo diálogo com o CRUP, com vista a enquadrar os esforços do setor no processo de contenção orçamental. No entanto, não foram nem poderiam ser assumidos quaisquer compromissos, uma vez que a proposta final é elaborada em Conselho de Ministros e submetida à Assembleia da República”.
TECNOLOGIA E INOV prémio mundial de tecnologia atribuído a projeto da uminho puter Entertainment, Napster, ECCO Design e Zynga. Esta iniciativa mundial distingue “os trabalhos que estão a criar o século XXI e que serão provavelmente os mais importantes a longo prazo nas suas áreas”. Os galardões são promovidos pela World Technology Network, com parceria da CNN, do NASDAQ e das revistas “Time”, “Fortune” e “Science”, entre outros.
O “t-words” permite às crianças explorarem de forma lúdica sons, palavras e frases. A tecnologia é constituída por blocos físicos que podem ser gravados e recombinados de modo a DR reproduzir diferentes combinações sonoras. Os mais novos participam assim em diferentes atividades, como a construção de rimas ou a exploração da sonoridade de palavras e frases, enquanto
desenham na superfície dos blocos, criando pequenas narrativas visuais e sonoras. Estas dinâmicas podem decorrer individualmente ou em grupo, sem necessidade de computador e idealmente no contexto da sala de aula. A interface foi concebida pelos investigadores Cristina Sylla, Sérgio Gonçalves, Pedro Branco e Clara Coutinho no engageLab, um laboratório incorporado no centro Algoritmi da UMinho. Este projeto resultou de uma colaboração entre o Centro de Investigação em Estudos da Criança e o Centro Algoritmi, sendo financiado por fundos do FEDER e da Fundação para a Ciência e Tecnologia. Juntamente com as empresas Molding e Globaltronic, estão agora a ser estudadas as possibilidades de produção industrial do protótipo. “Dada a ênfase do ‘t-words’ na exploração sonora, pensamos que poderá incenti-
twittadas
Aérea divulgue um guia sobre o uso de dispositivos eletrónicos durante os voos.
regresso à beleza do passado desta cidade, graças à parceria entre o Google Cultural Institute e vários museus venezianos.
ADRIANA CARVALHO ac.eoresto@gmail.com
Pelos canais de Veneza com 360º de visão
cos emblemáticos duma das mais belas cidades do mundo, Veneza. São cerca de 256 Km percorridos a pé e mais de 114 milhas de barco registados pelos colaboradores da Google com a câmara especial Trekker. Além de permitir conhecer as zonas mais turísticas ou escondidas de Veneza, o novo serviço disponibiliza também um
daniel vieira da silva * daniel.silva@rum.pt
O interface educativo “t-words”, da Universidade do Minho, venceu os “World Technology Awards” na área de Entretenimento. Este é o primeiro projeto português a ser distinguido numa área que já foi ganha, por exemplo, pelos responsáveis da Sony Com-
Tablets e telefones poderão começar a “voar” A Comissão Europeia deu luz verde a Bruxelas para voar a 3G e 4G. Até agora no espaço aéreo europeu apenas era autorizado a bordo dos aviões a rede 2G. Com a luz verde de Bruxelas agora surge a possibilidade de se usar “tablets” e “smartphones” com ligação às redes 3G e 4G a aviões que voem numa altitude superior a 3.000m. Um inquérito mostra que a maioria dos passageiros tem preferência pelos serviços de SMS e email, mas a decisão final cabe às companhias aéreas. Até ao final do mês, espera-se que a Agência Europeia de Segurança
Disponibilizadas agora no serviço Street View à distância de qualquer computador, tablet ou smartphone, estão novas imagens a 360º de vários mar-
Portugal continua a descer nos rankings Portugal desceu seis posições no índice que mede o impacto da Internet no desenvolvimento social e económico. Foram classificados 82 países. Portugal desce assim do 17º lugar para o 23º. A Suécia continua a ser a primeira do Ranking. O Index é elaborado pela Fundação World wibe Web. Portugal conseguiu uma boa classificação na categoria de abertura e liberdade da Internet, mas pior em termos de relevância de conteúdos e de emancipação política. Microsoft é a principal fornecedora de dados às autoridades
DR
var de forma lúdica o desenvolvimento e a sensibilidade fonológica, ajudando as crianças a adquirir aptidões ligadas à literacia”, diz Pedro Branco, coordenador do engageLab e professor do Departamento de Sistemas de Informação. “Os projetos do engageLab têm sido alvo de destaque continuado por especialistas internacionais, desde blogues à imprensa. Este prémio confirma o que se tem dito e é um estímulo à continuidade de todo esse trabalho, o qual só é possível promovendo a forte transdisciplinaridade entre arte, design, comunicação, educação e engenharia”, realça. O “t-words” já tinha vencido em 2012 o primeiro prémio na principal conferência mundial sobre entretenimento digital interativo – a International Conference of Advances in Computer Entertainment, realizada no Nepal. * Fonte:UMINHO
A Microsoft - uma das grandes empresas tecnológicas- é a que
as autoridades portuguesas pediram mais dados de utilizadores. No ano passado, cedeu 469 dos pedidos que lhe foram feitos. Os pedidos são realizados devido a suspeitas de pedofilia ou contrafação de cartões de crédito. Depois do pedido, a Microsoft avalia cada caso e, desde que exista uma ordem policial ou judicial, entrega informações como nome, idade, naturalidade e IP do utilizador. O Google surge em segundo lugar na lista de empresas a quem foram feitos mais pedidos por parte das autoridades portuguesas.
OVAÇÃO
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liftoff,
http://liftoff.aaum.pt/ facebook.com/aaum.liftoff
gabinete do empreendedor da AAUM
promove... Projeto MENTOR Rede de Apoio ao Empreendedorismo A Associação Industrial do Minho e o Conselho Empresarial do Centro/Câmara do Comércio e Indústria criaram a Rede de Mentores, cujo objetivo éapoiar jovens empreendedores, no desenvolvimento de projectos inovadores. Público-alvo O Projeto Mentor é dirigido a empreendedores especialmente jovens que pretendam beneficiar de umapoio de mentoring, no desenvolvimento de projetos localizados nas regiões Norte e Centro do país e em
sectores de atividade enquadráveis em CAE´s elegíveis no âmbito do COMPETE, nos termos do artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 65/2009, de 20 de março, que procede à alteração do Decreto-Lei nº 287/2007, de 17 de agosto, que estabelece o enquadramento nacional dos sistemas de incentivos ao investimento das empresas. Objetivos estratégicos
- Alavancar os ritmos de crescimento das novas empresas; - Assegurar a sustentabilidade dos negócios reduzindo a taxa de mortalidade empresarial; - Contribuir para a sofisticação da oferta de serviços de apoio ao empreendedorismo; - Dinamizar casos de sucesso de empreendedorismo feminino e jovem.
Constituem objetivos estratégicos do projeto Mentor: - Constituição de uma rede de Mentores de empreendedorismo;
Para mais informações/inscrições consultar: www.redementor.pt ou enviar email para redementor@redementor.pt.
SpinUM - concurso de ideias de negócio Com o objetivo de premiar e apoiar as ideias de negócio mais inovadoras e com maior potencial de mercado em qualquer domínio do conhecimento, a TecMinho, em parceria com o SpinPark, organiza a 6º Edição do SpinUM – Concurso de Ideias de Negócio. O SpinUM destina-se a investigadores, alunos ou alumni da Universidade do Minho, concorrendoindividualmente ou em equipa até um máximo de 5 (cinco) elementos. Cada promotor ou equipa de promotores só poderá apresentar uma ideia ao concurso. Serão premiados os 1º e 2º classificados, sendo ainda atribuído o Prémio “Jovens Empreendedores” à ideia melhor classificada cujos promotores, concorrendo individualmente ou em equipa, sejam alunos dos 1º, 2º ou 3º ciclos académicos de Bolonha, com idades compreendidas entre os 18 e os 30 anos (inclusive). A nova edição do SpinUM distribuirá prémios monetários e oferecerá serviços de apoio à criação de empresas num valor total superior a 20.000 euros. O prazo de candidaturas decorre até ao próximo dia 6 de dezembro de 2013. O formulário de candidatura online e demais informação sobre o concurso (incluindo o regulamento), estão disponíveis emwww.tecminho.uminho.pt\empreender\spinum.
> > 26 de NOVEMBRO ‘13 Roteiro do Empreendedorismo Jovem – Fundação da Juventude
> 27 NOVEMBRO ‘13 Elaboração de Projeções Financeiras – Edit Value Formação Empresarial
> 29 de NOVEMBRO ‘13 Primavera Software | Módulo Inventário e Vendas Edit Value Formação Empresarial
Ofertas de emprego Engenheiro Civil M/F - 2 vagas, em Braga
Operador CNC M/F
Web designer M/F - Est. Emprego
Perfil: - Licenciatura em Engenharia Civil - Conhecimentos sólidos de línguas (preferencialmente, língua inglesa),
- Experiência anterior na função; - Conhecimentos de CNC, Fresadora e Máquina Fio Erosão; - Certificado de formação profissional em CNC; - Disponibilidade para trabalhar no turno das 22h às 6h;
- Formação na área de Multimédia, Web design; - Experiência em desenvolvimento HTML e JS (preferencial); - Experiência de desenvolvimento em ambientes web; - Conhecimentos de programação e interacção com aplicações móveis (preferencial); - Obrigatório apresentar Portfolio (inclusive escolar);
- Com conhecimento de Revit Structure e/ou do Robot Strututural. w w w. a a u m . p t /g i p gip@aaum.pt
Outras ofertas: - Educação / Ensino - M/F Estágio Emprego, Braga - Químico(a), Engenheiro(a) Químico(a) ou Têxtil Estágio Profissional - Engenheiro Informático M/F - Estágio Emprego, Braga Candidaturas em: www.aaum.pt/gip
CULTURA SALA DE CINEMA: machete kills (2013)
como não prestar tributo (parte II) CÉSAR CARVALHO z5@sapo.pt
E lembrei-me de Uwe Boll. Talvez pior, lembrei-me de “Spy Kids”, onde Rodriguez mostra toda a sua apetência para cultivar, como se vai tornando hábito, algo entre o ridículo e o consentido. Sempre em jeito de tributo ao seu passado instrutivo, no que às lides da sétima arte diz respeito, os maus exercícios que constrói deixam de lado essa pedagogia e são, unicamente, exemplos de um escárnio de mal gosto. A fama do realizador texano continua à boleia de Quentin Tarantino, o qual usa a mesma fórmula de referência/reverência aos géneros de outrora, fazendo-o, no entanto, com muito mais discernimento e inteligência. Esta nova homenagem aos filmes de série B dos anos 80 e ao estilo exploitation é outra vez uma parafernália de nonsense intragável. As personagens caricatas des-
filam, parecendo nunca acabar, ao ritmo que os atores que lhes dão vida (talvez em declínio) aparecem do nada para nada acrescentarem. Charlie Sheen continua, estranhamente, no registo de “Two and a Half Men”. Lady Gaga parece ter encontrado outro veículo de expressão para a sua veia de self-caricature. Ah, e Danny Trejo: a sua performance (?!) transpira amadorismo por todos os poros. Se podermos falar de um argumento, este não teve nem oportunidade de brilhar. O despoletar constante da ação, da violência, juntamente com a vulgaridade própria de um produto de entretenimento gratuito, não dá espaço para a menor das intelectualidades. O filme é assim, oco e incompreensível, propositadamente incongruente mas nunca se redimindo nessa culpabilização primária. O que era a simples missão de salvar o mundo – premissa básica da programação de uma qualquer manhã de domin-
Realizador: Robert Rodriguez Elenco: Danny Trejo, Alexa Vega, Mel Gibson Estreou em Portugal: 17/10/2013 Nacionalidade: Norte-americano Pontuação: 1/5
go – conseguiu complicar-se e, a um ritmo alucinante, caminha a passos largos para um produto final anedótico. Salve-se no meio disto tudo a presença de Amber Head, como a emblemática femme fatale, sendo a única que consegue trazer à história algum crédito. Na sequela de Machete (2010), os truques continuam os mesmos. A violência é o motor maior de espetáculo, os efeitos especiais são ainda mais exagerados e a inclinação para o rebuscado e o excessivo acabam por deixar uma imagem de erro desastroso. Por muito que
não se leve a si mesmo como um produto sério, “Machete Kills” não é mais que um tropeção ainda mais irrisório que o seu anterior títu-
lo. Agora resta esperar para que esta série não se transforme, como dá a entender no final deste capítulo, em triologia. Seria mau demais.
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RUM BOX TOP RUM - 47 / 2013
13 CULTS - High road
22 NOVEMBRO
14 MGMT - Your life is a lie 1 ARCADE FIRE - Reflektor
15 POPPERS, THE Seasick sailors
2 PZ - Cara de chewbaca 3 JP SIMÕES Gosto de me drogar 4 MÁRCIA - Menina
16 PALMA VIOLETS Best of friends 17 ARCTIC MONKEYS Do i wanna know
5 NICK CAVE & THE BAD SEEDS We no who u r
18 GUTA NAKI - Ainda não sei
6 ERMO - Correspondência
20 MELODY’S ECHO CHAMBER I follow you
7 VAMPIRE WEEKEND Diane young 8 BEST COAST I don’t know how
19 LINDA MARTINI - Ratos
AGENDA CULTURAL BRAGA TEATRO
MÚSICA
27 e 28 de novembro Falar verdade a mentir Theatro Circo
29 de Novembro Slimmy Theatro Circo
CINEMA 28 de novembro Sonhos lúcidos Theatro Circo
30 de novembro Récita 1º dezembro Theatro Circo
27 de novembro Música e cinema - Fellini e as óperas de Verdi Theatro Circo
30 de novembro Noiserv Black Box - GNRation
POST-IT
25 novembro > 29 de novembro
10 PERNAS DE ALICATE Mosca
ANTÓNIO BASTOS The Roses Train
11 BONOBO Heaven for the sinner
CLARA HILL Lost Winter
12 CAYUCAS High school lover
WARPAINT Love Is To Die
MÚSICA 30 de novembro Kimi Djabaté CCVF
FAMALICÃO CINEMA/MÚSICA 30 de novembro The Kid Casa das Artes
LEITURA EM DIA 1 - O Estado Popular de Hitler. Roubo, Guerra Racial e Nacional-Socialismo de Gotz Aly, Texto Editores. É a resposta à pergunta, como foi possível? 2 - O otimista racional de Matt Ridley, Bertrand Editora. A história do Homem ao longo do tempo, agrícola, urbana e cultural. Apesar do “entusiasmo” do autor, é um estudo a ler com muita atenção
e útil. 3 - República Popular de Robert Muchamore, Porto Editora. Regresso da Cherub, um novo herói, Ryan, no combate ao crime global. 4 - A papoila e o monge de José Tolentino Mendonça, Assírio e Alvim. 5 - Os níveis da vida de Julian Barnes, Quetzal. O balonismo,
CD RUM
midlake antiphon
Lembras-te dos Midlake do “The Courage of Others” e do “The Trials of Van Occupanther”? Esquece-os! Com a saída do líder e vocalista Tim Smith a banda está diferente, mais solta e mais psicadélica. “Antiphon” foi a palavra que escolheram para o título deste 4º trabalho e não deve
DANÇA 30 de novembro Landing - Né Barros CCVF
Para ouvir de segunda a sexta (9h30/14h30/17h45) na RUM ou em podcast: podcast.rum.pt Um espaço de António Ferreira e Sérgio Xavier.
9 LUÍSA SOBRAL - Mom says
PAULO SOUSA paulo.sousa@rum.pt
GUIMARÃES
ter sido por acaso; deriva do grego, da conjugação de “anti” e de “voz”. O lugar de Smith é agora ocupado pelo guitarrista Eric Pulido mas, claramente, o novo vocalista não impõe tantas regras na criação dos temas; será certamente menos fundamentalista em relação às ideias que conceberam para a banda. O som agora é menos folk, menos nostálgico e ensimesmado, e mais progressivo, mais rock e mais livre.
Cada um dos elementos da banda tem agora mais liberdade para deixar fluir o instrumento, para soltar a sua criatividade e para explorar novos territórios. Todos eles foram estudantes de Jazz, e era esse o universo que a banda percorria quando se formou, e talvez por isso se permitam a navegar em territórios mais criativos. Os Midlake estão, nesta nova fase dos seus 14 anos de existência, mais adultos e mais sinceros.
DR
a aventura de rasgar os céus, o sofrimento e o amor. O fio condutor é a solidão do autor e o amor manifesto pela sua mulher, entretanto falecida. Um hino.
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DESPORTO susana silva msusana.silva@hotmail.com
Em partida a contar para a 12º jornada da Liga Sportzone Futsal, o SC Braga/ AAUM recebeu e venceu, no passado sábado, a AD Fundão por 5-1. Mas engane-se quem pense que este foi um jogo fácil para a equipa minhota. A AD Fundão, embora esteja a realizar uma época aquém das expetativas, mostrou porque é considerada uma das melhores equipas do Campeonato e dificultou, principalmente na primeira parte do encontro, a tarefa da equipa bracarense. Paulinho foi o primeiro a criar perigo junto à baliza adversária, logo no inicio da partida. O Fundão reagiu e pouco depois David rematou para defesa de Pli. A equipa da casa foi quem inaugurou o marcador, quando aos 5 minutos, Fábio Cecílio, após passe de André Machado, apareceu ao segundo poste a cabecear para o fundo das redes da baliza defendida por André Sousa. A AD Fundão não baixou os braços e de imediato mostrou vontade em igualar a partida: na conversão de uma falta, Anilton rematou forte, valendo a atenção de Pli ao desviar a bola para canto. Aos 13 minutos, a equipa visitante
pós-jogo Na conferência de imprensa realizada no final da partida, o técnico do SC Braga/ AAUM, Paulo Tavares, fez questão de começar por agradecer o apoio dos adeptos: “antes de mais quero agradecer o apoio dos que se deslocaram ao pavilhão e das nossas claques, que estiveram presentes no treino de quinta-feira a dar o seu apoio, uma vez que hoje não puderam marcar presença.” No que se refere ao jogo, o treinador considerou que na
sp.braga/aaum soma quinto triunfo consecutivo scbraga/aaum
voltou novamente a atacar a baliza bracarense, mas um grande corte de Peixoto na grande área impediu uma situação de potencial perigo. O Sp.Braga permaneceu em vantagem até muito perto do final da primeira parte, já que a três segundos do descanso, Mário Freitas colocou a igualdade no marcador. Na segunda parte, tudo mudou. O SC Braga/AAUM entrou mais pressionante e dinâmico, o que se veio a refletir no marcador. Aos 24 minutos, Miguel Almeida desferiu dois bons remates, mas ambos acabaram defendidos por André Sousa. Pouco depois foi a vez do guarda redes Beto – que entrou na segunda parte por troca com Pli – realizar excelentes defesas que impediram o golo adversário. A oito minutos do final da partida o SC Braga/ AAUM chegou novamente à vantagem: o jovem internacional André Coelho apareceu ao segundo poste e só teve de encostar, fazendo o 2-1 para a equipa caseira. Três minutos volvidos, André Coelho voltou novamente a estar envolvido na jogada que primeira parte o SC Braga/ AAUM realizou uma exibição pobre, tendo melhorado no segundo tempo, sendo esse o fator que permitiu à sua equipa chegar à vitória. “Na primeira parte não existiu SC Braga/AAUM, quer em termos ofensivos como defensivos. Depois do intervalo, melhoramos em termos de intensidade, fomos muito mais Braga a defender e fomos progredindo no decorrer da segunda parte”, frisou. Paulo Tavares alertou, ainda, os seus jogadores, referindo que nas últimas partidas os
deu o golo da sua equipa, ao fazer o passe para o capitão André Machado, que dentro da grande área fez a bola passar por entre as pernas do guarda-redes da equipa visitante. De imediato o técnico Joel Rocha colocou Couto a guarda-redes avançado, mas sem sucesso, já que Paulinho - que minutos antes falhara a conversão de um livre de dez metros - aproveitando um mau passe, rematou, ainda
antes do meio campo, para a baliza adversária, que se encontrava deserta. Estava feito o 4-1 para o SC Braga/ AAUM. A equipa minhota ainda veio a ampliar a vantagem: perto do término da partida, nova falta do Fundão levou a equipa da casa a beneficiar de mais um livre de dez metros, que bem convertido por Miguel Almeida, ditou o 5-1 final. Vitória difícil para o conjun-
triunfos conseguidos foram difíceis, por via dos erros cometidos. O técnico lembrou que “esta é uma equipa em construção, que não tem nada que se colocar em bicos de pés, tem sim que fazer o seu trabalho de casa. Temos que acordar, deixar a euforia de lado e colocar os pés bem assentes na terra”, rematou.
treinador da ad fundão critica arbitragem Do lado da AD Fundão, na opinião do treinador Joel Rocha, este foi um jogo equilibrado. “A classificação não influenciou em nada a prestação do Fundão, pois o jogo não foi tão desequilibrado como o resultado exprime”, considerou. O técnico sublinhou que foram cometidas falhas na sua equipa que não deveriam ter sucedido e que “a chave do jogo esteve no inicio da se-
to bracarense, que com uma boa exibição na segunda parte do encontro conseguiu conquistar os tão almejados três pontos. Esta vitória, a quinta consecutiva, coloca o SC Braga/ AAUM, ainda que à condição, no 2º lugar da tabela classificativa, a apenas um ponto do líder Benfica. Na próxima jornada segue-se a deslocação ao reduto do Boavista.
gunda parte, nas transições em que o Fundão esteve em superioridade numérica e não foi capaz de ser mais discernente na finalização.” Joel Rocha mostrou-se, também, muito revoltado com a dupla de arbitragem, pertencente à Associação de Futebol de Braga: “O Fundão hoje teve duas equipas adversárias de Braga difíceis de contrariar e que nos criaram imensas dificuldades.”