ACADÉMICO 204

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Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 204 / ANO 10 / SÉRIE 5 QUARTA-FEIRA, 26.FEV.14

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“A UMinho cresceu contra tudo e contra todos” Nuno Gonçalves

ACADÉMICO EM PDF

ANTÓNIO CUNHA

inquérito

Reitor da academia minhota faz um apanhado do programa dos 40 anos da UMinho com olhos postos no futuro da instituição, mas também da região onde se insere

Como olhas para o crescimento da UMinho no panorama internacional?

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campus

desporto

exclusivo

Polémica da praxe em discussão na universidade do minho

Futsal masculino da AAUM apurado para as fases finais dos CNU’s

Xutos & Pontapés são primeiro nome do cartaz do Enterro da Gata ‘14

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FICHA TÉCNICA

SEGUNDA PÁGINA

FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // quarta-feira, 26 fevereiro 2014 / N204 / Ano 10 / Série 5 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // REDACÇÃO: Adriana Carvalho, Adriana Couto, Alexandre Rocha , ana Pinheiro, Ana Rita Carvalho, bárbara Araújo, Bárbara martins, Bruno Fernandes, Catarina Hilário, Cátia Silva, César Carvalho, Clara Ferreira, Cláudia Fernandes, Daniel mota, Dinis Gomes, Diogo Pardal, Francisco Gonçalves, Inês Carrola, Joana Videira, João Araújo, João Pereira, Judite Rodrigues, Marta Roda, márcia Pereira e Sara Ferreira, Sara Silva, Tomás soveral. // COLABORADORES: Elsa Moura e José Reis // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: jornalacademico@rum.pt //TIRAGEM: 2000 exemplares // IMPRESSÃO: GráficaAmares // Depósito legal nº 341802/12

26.FEV.14 // ACADÉMICO

BARÓMETRO

EM ALTA

NO PONTO

EM BAIXO

Programa 40 anos UMinho Ambicioso, ativo, variado e de qualidade. São alguns dos adjetivos que servem para classificar o o programa das comemorações dos 40 anos da UMINHO. Noto, porém, poucas atividades dos estudantes neste vasto leque de iniciativas de inegável valor.

Praxes em debate Sem debates inquinados, sem protagonistas duvidosos, este polémico tema foi falado dentro do campus. A liberdade de opinião foi nota dominante de um encontro importante na construção de um pensamento crítico mas, acima de tudo, estruturado.

Ucrânia a “ferro e fogo” Demasia cruéis as imagens que diariamento nos entram em casa vindas da Ucrânia. A insustentável situação política do país leva a atos de violência inqualificáveis nas ruas da capital. A solução já deveria ter acontecido há muito. Agora, resta o lamento.


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LOCAL

semana santa concorre a património imaterial da humanidade ANA PINHEIRO anafilipapinheiro1@hotmail.com

A Câmara Municipal de Braga irá apresentar uma candidatura à UNESCO que propõe a Semana Santa de Braga a património imaterial da humanidade. A novidade foi apresentada a semana passada pelo Presidente Ricardo Rio, que admite começar a fazer já este ano o levantamento das necessidades para a candidatura. Segundo Ricardo Rio “há todo um trabalho de levantamento destas vivências, das próprias manifestações, que tem de ser realizado e que é um trabalho que será prolongado no tempo, não demorará menos de três anos”. Esta candidatura terá também o papel de projetar a Semana Santa e a própria cidade de Braga a nível internacional. Elevar a marca Braga no contexto regional, nacional e internacional, é um dos objetivos da candidatura.

Para Melchior Moreira, Presidente da Entidade de Turismo do Porto e Norte de Portugal, “a partir de agora” é preciso “apostar no mercado internacional é esse o nosso caminho e aí o trabalho tem sido muito mal executado”, por isso há que “claramente projetar Braga em termos internacionais”. Como este é um dos acontecimentos que permite a cidade se destacar do ponto de vista turístico a Câmara Municipal de Braga, tal como a Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal, irão aumentar o subsídio disponibilizado que irá ultrapassar os 170 mil euros. Segundo o cónego Jorge Coutinho, “apesar da Semana Santa ter sempre uma grande carga de tradição” haverá inovações no que diz respeito à componente cultural, nos espetáculos de rua, concertos e exposições e que “naturalmente de ano para ano há sempre novidades”. O programa das solenidades decorre de 12 de abril a 20 de abril.


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CAMPUS

tum lança novo projecto “o manual da felicidade”

inês CARROLA ineshitv@gmail.com

O Teatro Universitário do Minho (TUM) lançou recentemente um novo projeto que visa aliar a arte e o coaching: O “Manual da Felicidade”. Foi este o nome escolhido para este projecto pensado por João Negreiros,

“um dos melhores diretores artísticos do país, escritor conteporâneo de reconhecido mérito nacional e internacional” e cuja ideia principal é dar a oportunidade aos participantes de melhorar a sua vida, fazendo uma retrospectiva teatral da mesma, identifica Ana Miranda, um dos elementos do TUM. “Um escritor

vai escrever para ti um texto como um alfaiate faria para ti um fato à medida” conta-nos Ana Miranda. “Depois disso, serás dirigido por um director de atores que te ajudará a interpretar o texto com o máximo de congruência, verosimilhança e verdade e, à medida que representas aquela pessoa que queres ser, transformas-te nela”, explica a atriz. Em síntese, o participante terá um texto escrito para ele, um amigo que o ajudará a interpretá-lo, um coach que dará várias opções “e as transformações são aquelas que tu quiseres”. Este novo projecto teve origem no desafio proposto a João Negreiros, por uma portadora de esclerose múltipla, levando-o à criação

do texto “Dor Mente” que serviu de motor para uma campanha de sensibilização de apoio à SPEM (Sociedade Portuguesa de Apoio à Esclerose Múltipla). De seguida, baseada neste episódio, foi realizada uma curta metragem que teve um impacto enorme na comunicação social e despertou o sucesso deste projecto. As grandes metas do programa serão principalmente a nível de orientação pessoal: “orientar as pessoas a serem atores da sua própria vida” que irão, consequentemente, ajudar ao desenvolvimento de cada um, disse ao ACADÉMICO a atriz deste grupo cultural da academia minhota. “Os participantes aprenderão a usar as técnicas de arte performativa em

prol do desenvolvimento pessoal e artístico, utilizando a sua voz, o seu corpo e as suas emoções para atingirem os seus objectivos pessoais e artísticos”, sustenta Ana Miranda. Para poderem participar no workshop “Manual Da Felicidade”, em Braga, com uma duração de 15 horas, em horário pós-laboral, os alunos e a comunidade interessada terão de enviar um e-mail para teatrum@ gmail.com pedindo uma ficha de inscrição. Em suma, este novo projecto visa ajudar cada participante a melhorar o seu dia-a-dia e a torna-lo cada vez melhor “O Manual da felicidade é a arte de mudar a tua vida para aquilo que queres que seja”.

xutos & pontapés estão de regresso ao gatódromo daniel vieira da silva daniel.silva@rum.pt

Os Xutos & Pontapés são a primeira grande confirmação para o Enterro da Gata ‘14. O ACADÉMICO, tal como vai sendo hábito nos últimos anos, é o primeiro a avançar o nome dos artistas que pisam o palco do Enter-

ro da Gata. Assim sendo, a banda de Tim e companhia regressa ao Gatódromo após um ano de ausência. Os portugueses irão subir ao palco no último dia de festividades, sendo por isso os responsáveis por fechar as noites de folia no Gatódromo.

Trata-se de um regresso a uma fórmula de sucesso adoptada pela AAUM que, com a presença dos Xutos, tem sempre casa praticamente lotada na alameda do Estádio Municipal de Braga. A banda rock portuguesa foi responsável, em 2008, por uma das maiores enchentes de sempre do Gatódromo.

Desde lá, nos anos em que marca presença, garante sempre excelente casa nestas festividades. Para este ano um aliciante extra: os Xutos comemoram 35 anos de carreira com um concerto especial. As monumentais festividades do Enterro da Gata realizam-se, este ano, entre 11 e

17 de maio, sendo que o primeiro dia está reservado ao tradicional Velório da Gata e as Serenatas no Largo do Paço. Depois a “ação” passa para o Gatódromo onde noite após noite os estudantes vibram com a semana mais esperada do ano. A animação termina a 17 com o habitual arraial minhoto.


CAMPUS PÁGINA 05 // 26.FEV.14 // ACADÉMICO

polémica da praxe esteve em debate na uminho ana rita magalhães anarita-magalhaes@hotmail.com

Decorreu, na passada sexta-feira, no auditório do Instituto de Educação, a iniciativa “Debate de temas fraturantes- Praxes”, organizado pelo Departamento de Ciências Sociais da Educação e pela Associação “Krizo”. O evento iniciou-se com o visionamento do documentário “Praxis” de Bruno Cabral. Moderado pelo professor Miguel Sarmento o debate contou com a participação de Carlos Videira, Presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), Rodrigo Matos, aluno de Sociologia, Francisco Rodrigues, aluno de Psicologia e membro do Conselho de Anciãos e Carlos Alberto Gomes, professor na Universidade do Minho (UM). Carlos Videira começou o seu discurso afirmando que o tema já é “bastante cansativo” devido à pressão da comunicação social e da opinião pública. Sem tomar nenhuma posição, o presidente da AAUM afirma que quem vive a praxe é que tem de concluir se esta é boa ou não. Defende ainda que a AAUM incentiva os estudantes a denunciar

Ana Barros - Krizo

comportamentos abusivos nas praxes e alerta para o facto de alguns alunos serem “discriminados por entrarem na sala de aula de traje académico”. Videira concluiu afirmando que tem de haver respeito quer pelos que querem participar na praxe, quer por aqueles que não querem e ainda por aqueles que não querem ser incomodados por quem participa. Rodrigo Matos é perentório ao afirmar que nunca viu “uma praxe a lutar pelos direitos estudantis” e que estas são um constrangimen-

to para quem não participa nelas. O aluno de Sociologia criticou também o “Código de Praxe”: “Quando se entra na Universidade não se é caloiro, mas sim estudante. Eu recebi um livro que dizia que os direitos dos caloiros são nenhuns”. A importância de “ouvir todos os lados” foi o primeiro assunto que Francisco Rodrigues referiu. Enquanto membro do Conselho de Anciãos, considera que os valores da praxe são a união e o respeito. Tal como o presidente da AAUM, Francisco também referiu a impor-

tância de serem reportados casos que “atentem à integridade física ou psicológica aluno” admitindo a necessidade de o “Código da Praxe” ter de ser revisto e adequado aos novos tempos. “A praxe não é perfeita (…). Quando bem feita é uma ferramenta única de integração”, concluiu o aluno de Psicologia. Carlos Gomes, professor na Universidade do Minho, considera que já viu “muitas fases da praxe. Hoje estamos numa situação que eu considero perigosa”. Classifica o “Código da Praxe” um documento “com sentido

de humor e bem escrito”. No entanto, acha abusiva a pressão feita aos novos alunos que entram na Universidade, deixando no ar uma questão bastante pertinente: “Quem define o que é abuso da praxe?”. No final, o debate foi alargado à audiência e, uma vez que se trata de um tema polémico e controverso, as opiniões foram bastante distintas. O ACADÉMICO falou com Inês Barbosa, membro da “Krizo”, que classificou o debate como “muito positivo”, enfatizando “o equilíbrio a nível de opinião”.

fábrica confiança poderá receber sede da aaum informação rum informacao@rum.pt

A antiga Fábrica Confiança pode ser uma das localizações pensadas para albergar a nova sede da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM). A hipótese não foi admitida ainda pelo presidente da AAUM, mas o mesmo não colocou

nenhum entrave a esta solução. Recorde-se que na passada sexta-feira Ricardo Rio aconselhou a AAUM a desistir de um projecto na Quinta dos Peões e desafiou os estudantes a avançarem para localizações alternativas. Agora é a vez de Carlos Videira admitir a instalação noutros locais, numa zona próxima ao campus. “Uma hipótese que não colocamos fora de questão. Tem que

ser estudada, analisada, tem que haver aqui uma abertura e uma convergência de posições da AAUM e da câmara municipal, e será isso que poderá ser estudado nos próximos meses”, admitiu. Videira acrescenta que “não há nenhuma oposição nem rejeição frontal” sobre esta possibilidade que deverá ser discutida em breve. A abertura para o diálogo por parte dos estudantes em relação à nova localização

existe, ainda que tenha de cumprir com alguns requisitos. Podem ser analisadas outras hipóteses, desde que as soluções “cumpram o principal desígnio de proximidade ao campus e com uma área adequada para um projeto de algumas décadas”. A instalação em prédios devolutos na zona contígua à UM é uma hipótese, admite Carlos Videira. Desta forma poderiam ainda ser

aproveitadas “linhas de financiamento que estejam neste momento a ser abertas, nomeadamente ao nível de fundos comunitários”, explicou. Para isso “toda a envolvente terá de ser requalificada e alterada no sentido de conferir uma maior proximidade ao campus”. A nova sede da AAUM poderá situar-se numa outra zona periférica aos campus universitário que não a Quinta dos Peões.


CAMPUS PÁGINA 06 // 26.FEV.14 // ACADÉMICO

componente social será preocupação constante da nova direção da AEDUM FRANCISCO GONÇALVES francisco.mog14@gmail.com

“A nossa preocupação principal será ajudar os alunos, envolvendo a componente social em todos os nossos departamentos”. Esta foi uma das garantias apresentadas pelo novo presidente da Associação de Estudantes de Direito da Universidade do Minho (AEDUM), André Lopes Patrão, na cerimónia de tomada de posse dos corpos gerentes, que teve lugar na passada quarta-feira, 19 de Fevereiro, na Escola de Direito. A décima oitava direção da AEDUM, que representa, no total, cerca de 1400 alunos, sucede assim ao executivo presidido por Bruno Alcaide, que, durante o seu discurso, que marcou o início da cerimónia, referiu o apoio total a esta nova direção “composta por membros que demonstraram a sua competência na anterior AEDUM”. Bruno Alcaide, que é agora o recém-empossado presidente da Assembleia Geral dos Estudantes de Direito da Universidade

do Minho (AGEDUM) faz um balanço positivo do anterior mandato, com “a redução do preço das sebentas publicadas até então após um mês decorrente da tomada de posse, o aumento do número de publicações de modo a prestar um melhor serviço aos alunos e em articulação com os docentes da escola, e, já no final

do mandato, conseguimos ser uma das primeiras três entidades a publicar o novo Código de Processo Civil” acrescenta. Continuar o trabalho desenvolvido é a aposta da nova direção. André Patrão, vice-presidente da AEDUM no anterior mandato, pretende reforçar as parcerias com associações e editoras “de for-

ma a garantir o baixo custo das publicações” referindo que a AEDUM é a associação estudantil com a maior quantidade de publicações do país, sendo responsável pela distribuição das mesmas para Coimbra, Lisboa e Porto. Além disso, promete estabelecer as parcerias necessárias “para garantir estágios e vagas para licen-

ciados em Direito (…) em firmas nacionais e internacionais” e, ainda, recriar um jornal em formato digital de forma a “divulgar o trabalho desenvolvido pelos estudantes”. Para o novo presidente, “Associativismo é Humanidade” e refere que a AEDUM é particularmente ligada aos seus estudantes e deixa-lhes até um conselho: “Olhem para a AEDUM como se fosse a vossa casa”. Na cerimónia, marcaram também presença a vice-presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), Raquel Rocha Afonso, e o presidente do Conselho Pedagógico da Escola de Direito, Francisco Andrade, que pediu “atenção” aos estudantes para que reforçassem a sua participação nos eventos da Escola, “uma Escola que se quer modernizar e que procura novas ambições”. Para Raquel Afonso, as associações estudantis são “imprescindíveis para a valorização das capacidades dos estudantes” e prometeu “conciliar esforços entre a AAUM e a AEDUM”.

nova direção do CEAP cria protocolo para fomentar formação ANA pinheiro anafilipapinheiro1@hotmail.com

Na passada quarta-feira realizou-se a tomada de posse da direcção do Centro de Estudos de Administração Pública também dia do 40º aniversário da Universidade do Minho. A direção do CEAP que tomou posse, para além de querer continuar o trabalho desenvolvido até agora, lança algumas novidades para este mandato. Um deles será um protocolo com uma empresa para formações e será também o

responsável por organizar o Encontro Nacional dos Alunos de Administração Pública, este ano em Braga. Pedro Perdigão, Presidente do CEAP, em declarações ao académico conta que este ano celebrarão os 35 anos da Licenciatura de Administração Pública e que “dar continuidade, vincar e melhorar as atividade” que tinham começado este ano e “criar uma nova dinâmica que o hoje CEAP tem, que nos últimos anos tinha vindo a perder pelo registo que temos tido pelos alunos que já tinham estado cá antes”.

Nesta tomada de posse esteve presente Carlos Videira, presidente da Associação Académica que no seu discurso vincou que “se não optarmos por atividades extra curriculares, a nossa licenciatura vai ser como outra qualquer, não irá ter qualquer caracter diferenciador, num mundo onde cada vez mais se valoriza a pontos diferenciadores e vantagens, que vocês podem ter nestas funções de dirigentes associativos, de representantes dos vossos colegas, seja nos núcleos, seja na associação

académica, seja noutra es-

trutura de estudantes.”


CAMPUS PÁGINA 07 // 26.FEV.14 // ACADÉMICO

afonsina promete “cidade berço” memorável TOMÁS SOVERAL tomassoveral@gmail.com

Realiza-se no próximo dia 8 de março a 10ª edição do Festival Cidade Berço, em Guimarães, no Auditório Nobre da UM. Organizado pela Tuna Afonsina, o festival levará a concurso as tunas Luz&Tuna, TEUP, TransmonTuna e Tuna de Medicina do Porto. O evento tem o preço único de 5 euros e conta ainda com a atuação da Tun’Obebes e com a apresentação dos Jogralhos. No dia 7, haverá uma noite de serenatas no centro histórico da cidade.Em conversa com o ACADÉMICO, José Mota, Magister da Tuna Afonsina, revelou vários pormenores sobre o evento e a Afonsina. Quais são as vossas expetativas para este evento? Estamos bastante positivos em relação ao festival. Este ano decidimos alterar a data de novembro para março com o intuito de evitar o mau tempo, que nos causou alguns entraves nas edições anteriores. Vamos contar com a participação de boas tunas, das

melhores do país, e como os estudantes gostam cada vez mais de tunas, esperamos que apareçam com maior afluência e que isso atraia bastante gente de Guimarães.

que a tuna está aqui, não só para os estudantes, mas também para a cidade. É, ainda, importante para provar que fazemos um bom trabalho e que somos uma mais-valia para a academia.

O que há de novo em relação às edições anteriores? Vai haver alguma surpresa? Este ano a Afonsina comemora 20 anos de existência, por isso, sem dúvida que haverá alguma coisa diferente, mas não queremos estragar já a surpresa!

Passando agora a uma pequena apresentação da Afonsina, quantos elementos a compõe? Neste momento, somos 91 afonsinos, mas nem todos se encontram ativos, apenas 40. No entanto, contamos com bastantes caloiros.

Como é que costuma ser o ambiente entre tunas nestes festivais? Há alguma rivalidade? Não, não. É um ambiente de confraternização e as tunas dão-se todas bem entre si. Há sempre um grande espírito, até porque esta é uma festa para convivermos, conhecermo-nos melhor uns aos outros e proporcionarmos um bom espetáculo.

Onde e quando costumam ensaiar? Os ensaios são sempre às terças e quintas, por cima do BA de Azurém, por volta das 21h30.

Qual é a importância deste festival? Penso que, acima de tudo, é importante para mostrar

Na tua posição de Magister, como descreves a Tuna Afonsina? Muito companheirismo, muita diversão e boa disposição. É isso que tentamos transmitir entre nós e a quem nos vê. E, obviamente, muita música. Para terminar, queres fazer

algum convite aos leitores do Académico? Venham! Garanto-vos que

vai ser um espetáculo de que vão gostar e de que será uma festa memorável!


CAMPUS PÁGINA 08 // 26.FEV.14 //ACADÉMICO

liftoff discute criatividade em tom informal clara FERREIRA clarasofiaf@gmail.com

É já no próximo dia 5 de março a 2ª tertúlia da 2SHARE promovida pelo LIFTOFF, gabinete do empreendedor, da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM). Esta atividade, que se intitula “Criatividade para o Negócio” está inserida no Connecting The Dots. Os grandes objetivos desta atividade, que conta com a participação de jovens empreendedores como oradores, são a partilha informal de exemplos, ideias, experi-

ências e a transmissão aos participantes de dicas e práticas uteis e ajustadas ao que eles procuram. Pretende-se que seja “uma tertúlia de dicussão dos conceitos de criatividade e inovação, uma vez que surgem diariamente novos casos bem sucedidos de empreendedores criativos, que nos apresentam padrões de negócio nunca antes vistos”, pode ler-se no site do Liftoff. Os oradores destacados nesta tertúlia são João Oliveira e Eurico Silva. João Oliveira é um dos rostos da “EarBox”, projeto inovador que alia streetwear com música e tecnologia. Tam-

bém Eurico Silva, formado em Arquitetura, se destaca pela originalidade e criatividade, sendo ele fundador da Uchi Módulos Habitacionais, uma ideia ecológica e adaptável de apartamentos, que se podem personalizar individualmente. A moderação estará a cargo de Lara Antunes, jornalista da Rádio Universitária do Minho, parceira desta atividade. A questão-base desta tertúlia, apresentada como foco central neste debate é: “Será que a criatividade é um dom e que quem não o tem é excluído do universo do empreendedorismo?”

Para participar, qualquer aluno se poderá inscrever no site do liftoff da AAUM, ao preencher um formulá-

rio. A atividade tem início às 14h na Livraria Almedina, no Campus de Gualtar.

the world reputation rankings 2014: a teoria da reputação francisco gonçalves francisco.mog14@gmail.com

Falta pouco mais de uma semana para que o Times Higher Education (THE), revista semanal sediada em Londres que se dedica à publicação de matéria relativa ao Ensino Superior, divulgue a lista do World Reputation Rankings 2014. Este ranking, que teve a sua primeira edição em Março de 2011, visa classificar as 100 melhores universidades do mundo, de acordo com alguns critérios que avaliam a sua “reputação”. Para tal, a THE conta, desde 2011, com cerca de 60 000 respostas de académicos convidados de 150 países, constituindo

o maior processo de avaliação de reputação académica em todo o mundo. Segundo a revista britânica, este ranking é um spin-off do tão conceituado World University Rankings, que desde 2011 nomeia as 400 melhores universidades do mundo de acordo com 13 indicadores diferentes e entre as quais foram reconhecidas, no ano passado, duas universidades portuguesas: a Universidade do Minho e a Universidade do Porto. Em todas as suas edições, o pódio da reputação universitária manteve-se inalterado, cabendo a responsabilidade da liderança da lista à Universidade de Harvard, à qual se sucede o Massachusset-

ts Institute of Technology (MIT) e a Universidade de Cambridge. Para este ano, a THE destaca, entre outras novidades, a saída, pela primeira vez desde a primeira edição, de uma universidade do “top 10”; a saída do topo da lista de uma das quatro universidades norte-americanas que têm ocupado os primeiros seis lugares:

Harvard, MIT, Stanford e Berkeley; e, ainda, o sucesso alcançado pelas universidades alemãs e sul-coreanas, ao contrário do que acontece com as universidades brasileiras, francesas e suecas, que verão a sua pontuação reduzida, assim como os “sinais preocupantes de declínio entre as universidades do Reino Unido”.

No entanto, a THE relembra, no seu site oficial, que a “tabela classificativa da reputação é baseada em nada mais do que avaliação subjetiva”, referindo, contudo, que essa avaliação resulta da opinião de reconhecidos académicos, considerados pela revista como aqueles que estão “em melhor situação de saber mais acerca da excelência das nossas universidades”. O World Reputation Rankings 2014 será formalmente lançado a 5 de Março, na cidade de Tóquio, no evento “Global Education Dialogue: Reputation Management in Higher Education” organizado pelo British Council.


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INQUÉRITO

Como olhas para o crescimento da uminho no panorama internacional? Jorge Nicolau, aluno do 1º ano de Ciências da Comunicação, considera que “o crescimento da UM no panorama mundial é, obviamente, muito bom”, acrescentando que deve apostar-se ainda mais “na internacionalização da universidade, visto que isso ajuda a valorizar os cursos existentes e até os próprios alunos”. Este estudante atribui o referido aumento do prestígio da UMinho ao “esforço que se tem feito no sentido de melhorar a qualidade do ensino” e refere que a escolheu precisamente pelo seu prestígio, especialmente o do seu curso, muito conceituado no país. Quando questionado acerca do que mais valoriza na sua universidade, Jorge fala da “boa relação entre os docentes e os alunos”, particularmente no Instituto de Ciências Sociais, aquele que realmente conhece, e chega mesmo a dizer que essa boa relação “incentiva bons resultados”. jorge nicolau 1º ano// ciências da comunicação

rita araújo 2º ANO// eng. biológica

Rita Araújo, estudante do 2º ano de Engenharia Biológica, considera que a UM está efetivamente “a destacar-se cada vez mais como uma boa universidade e a acompanhar as outras universidades fora do país”. Para esta aluna da Universidade do Minho, “o empenho dos alunos e dos professores e as investigações cada vez mais importantes que se fazem cá” são os principais fatores que levam a esse destaque internacional da academia minhota. Rita salienta, para além disso, outros aspetos que acredita serem muito positivos, tais como “a variedade de cursos” da UMinho e o seu “bom ambiente e boas instalações”. A aluna de Engenharia Biológica confessa ainda que o que a mais motivou a escolher a UM foi a proximidade de casa, mas mostra-se bastante satisfeita com a escolha, dizendo que a sua academia se encontra realmente “a um bom nível em relação às outras universidades portuguesas”.

Luís Costa, aluno do 1º ano de Ciências da Computação, olha com bons olhos o crescimento da Universidade do Minho no panorama mundial, mas não deixa de manifestar “muita pena” por ver os jovens formados nesta academia partirem para o estrangeiro. Este estudante fala dos vários problemas que o país tem vindo a enfrentar e diz ver com tristeza que os alunos da UMinho, “bem formados” e “tão boa mão de obra” não sejam devidamente valorizados em Portugal. Apesar disso, Luís afirma que a Universidade se encontra realmente numa ótima posição no contexto internacional, o que se fica a dever-se sobretudo, de acordo com o entrevistado, aos “bons professores” e aos “alunos, que se aplicam bastante e até são condecorados”. Para além disso, destaca ainda o “bom ambiente da UM”: “Nunca pensei que a universidade ia ser assim, pensava que ia ser só egoísmo (...) mas não foi isso que encontrei” declarou. luís costa 1º ANO // CIÊNCIAS DA COMPUTAÇÃO

bruno fernandes 3º ANO // biologia aplicada

Bruno Fernandes, aluno do 3º ano de Biologia Aplicada, acha que a “universidade está a ganhar um destaque a nível mundial realmente fenomenal” e a ter “um crescimento muito bom”. O entrevistado relaciona os bons resultados da Universidade do Minho com o espaço em que se localiza. “A universidade tem um espaço agradável e amplo e está bem seccionado. É um espaço jovem, onde se sente liberdade e onde é realmente agradável estar!” afirmou, em declarações ao ACADÉMICO. Bruno acrescenta que é mesmo esse aspeto que mais valoriza na UMinho e, nesse ponto, compara-a com a Universidade de Trás-os Montes e Alto Douro (UTAD) que diz ter um espaço “muito disperso, onde se torna difícil os alunos deslocarem-se de um edifício para outro”.

SARA SILVA sara.daniela.gs@gmail.com

No ano em que comemora o seu 40º Aniversário, a Universidade do Minho pode orgulhar-se de ter já consolidada uma posição invejável no panorama académico internacional. A academia minhota figurou, no passado ano, entre as 100 melhores universidades jovens do mundo e ainda entre as 400 melhores academias também a nível mundial, em rankings da Times Higher Education, constatando-se assim o crescimento gradual do prestígio desta universidade. Por essa razão, o ACADÉMICO foi, esta semana, falar com a comunidade estudantil da UMinho para perceber como esta vê este destaque da sua academia no contexto internacional.



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ENTREVISTA

antónio cunha

Daniel Vieira da Silva

António Cunha durante a cerimónia de comemoração dos 40 anos da Universidade do Minho

“VAMOS PENSAR O FUTURO TENDO SEMPRE PRESENTE, COM ORGULHO, O QUE FOI A HISTÓRIA DESTES 40 ANOS” daniel vieira da silva daniel.silva@rum.pt

São 40 anos... “Celebrar o futuro connosco” é o lema destas comemorações, mas celebra-se o futuro olhando-se também muito para a história e para o passado da instituição? Essa é a perspetiva universitária, uma perspetiva de pensar. A universidade tem por missão, por obrigação, por natureza, pensar o futuro, mas fá-lo sempre a partir do passado, a partir da história, a partir do conhecimento, a partir de um percurso. Estes 40 anos são pouco tempo naquilo que é normalmente o contexto universitário na história da Europa e do Mundo, mas os

40 anos da Universidade do Minho foram muito intensos. Desde logo porque a UM nasceu e foi apanhada por um processo absolutamente fantástico, extraordinário, complexo e efervescente que foi o processo do 25 de abril. E, portanto, a Universidade foi criada num momento de grande convulsão. Depois, a universidade também apanhou aquilo que foi o tempo do crescimento do ensino superior na Europa. Apanhou essa onda e “surfou” nela muito bem. Não tenho dúvidas que há 40 anos poucas pessoas ousariam dizer que a universidade hoje teria 20 mil alunos e teria o prestígio e a projecção internacional que tem. Portanto, é uma

história de que nos orgulha e que certamente teve momentos mais conseguidos, momentos menos conseguidos, mas que, genericamente, é uma história que deve orgulhar todos aqueles que fazem parte da comunidade académica da Universidade do Minho. De facto, o que vamos fazer é pensar o futuro a partir daquilo que são as nossas propostas, as nossas estratégias, as combinações e articulações que julgamos que somos capazes de fazer, mas tendo sempre presente e muito orgulho naquilo que foi a história destes 40 anos. É por isso com orgulho que, de certa forma, aproveitou

para homenagear reitores antigos? Ter oportunidade para entrevistar o Ministro da Educação à data (momento esse inédito) certamente que lhe deu um gosto especial por esta conotação histórica que apontou? Fiz a entrevista ao professor Veiga Simão. Foi, de facto, uma pessoa que esteve por trás da decisão da criação da Universidade do Minho, porque era o ministro da Educação Nacional em 1973, data em que foi criada a Universidade. Sim, foi um enorme prazer. O nosso objetivo desde o princípio era ter cá o professor Veiga Simão nesta cerimónia e tudo estava planeado para isso. O professor Veiga Simão infelizmente teve um

problema de saúde inesperado e não foi possível tê-lo cá fisicamente connosco. Acabamos por resolver essa situação com esta entrevista do reitor ao professor (que aparentemente correu bem, embora o reitor não tenha muito treino de entrevistador)(risos) E olhando para os reitores anteriores. Há alguns modos de atuação, dinâmicas, perspetivas em relação ao futuro que o tenham marcado? Há algum reitor que o tenha marcado pela forma que conduziu os destinos da universidade? O percurso da UM durante estes 40 anos foi muito diverso e muito marcado por uma dinâmica dos tempos e


ENTREVISTA ESPECIAL 40 ANOS UMINHO PÁGINA 12 // 26.FEV.14 // ACADÉMICO

“Ao contrário do que se diz, em Portugal não há excesso de ensino superior”

Nuno NunoGonçalves Gonçalves

do modo como as questões foram evoluindo. Já falei do 25 de abril, mas depois tivemos a adesão à União Europeia, tivemos várias crises e esta questão que temos agora com a crise económica da troika. De facto, é a terceira vez que a UM apanha uma crise. Tudo isto deixou marcas muito profundas e durante estes 40 anos a universidade foi capaz de crescer, foi capaz de fazer instalações definitivas, foi capaz de resolver de um modo - que me parece hoje de um modo muito bem conseguido – a questão que ao princípio parecia quase insolúvel: ser uma universidade que está em duas cidades e que teve de encontrar um equilibrio para isso. Hoje a questão da universidade ser multicampi é certamente uma vantagem. Portanto, tudo isto foram diferentes desafios que se puseram a diferentes reitores. É evidente que o reitor Sérgio Machado dos Santos, pelo facto de ter sido um reitor que esteve 12 anos à frente do futuro da universidade e por ter sido o reitor na grande fase de construção da universidade, é um reitor que marca, de um modo absolutamente indiscutível, toda a história des-

tes 40 anos. É um reitor que tem muita responsabilidade em tudo aquilo que aconteceu, mas todos os outros reitores foram muito importantes. Tive oportunidade de dizer no meu discurso que os reitores foram pessoas que todos eles deram o seu melhor à universidade. Certo que alguns passaram momentos mais dificeis que outros, por exemplo, o actual reitor quando se candidatou, há quatro anos e meio, não imaginava que ia ter uma crise como aquela que passamos agora. Portanto, as questões de contexto são muito importantes e penso que temos de ter um distanciamento ainda maior do que aquele que temos hoje para fazer alguma avaliação do trabalho de reitores. Aquilo que nós fizemos foi uma homenagem a todos os ex-reitores que felizmente estão entre nós e certemente que a universidade tem um grande orgulho em todos aqueles reitores que construiram aquilo que a UM é hoje. E nesta fase de crescimento que já dura há 40 anos, como se ousa crescer neste contexto de crise e constantes cortes ao financiamento

do ensino superior? A palavra crescimento que a UM usa constantemente é uma palavra em contra-ciclo face aquele que é o discuros oficial. Mas a UMinho tem que o fazer. Primeiro porque temos todo um espaço para crescer. Ao contrário do que se diz, em Portugal não há um excesso de ensino superior e nesta região não existe mesmo esse excesso. Por outro lado, o crescimento do ensino superior em termos

de oferta internacional terá de mudar. Felizmente haverá uma lei a ser conhecida a todo o momento que nos permite recrutar estudantes estrangeiros para o primeiro ano. Ou seja, o nosso crescimento a nível internacional é aquele que formos capazes de fazer. As pessoas no mundo que fala português e que queiram estudar estão em grande crescimento. Hoje, a universidade tornou-se uma ou a principal instituição da região nordeste de Portugal e o futuro da região está dependente do sucesso da universidade. A UM conformar-se com uma situação de não crescimento é o mesmo que dizer à região que não pode crescer e que irá definhar. Esta é uma aposta que a universidade não pode recusar, é um desafio que a universidade tem de dizer sim. Temos de fazer parte do futuro da região, fazê-la crescer e torná-la mais atrativa em termos de investimento e talento e isso passa pelo crescimento da universidade. Temos igualmente de motivar as pessoas que trabalham nesta comunidade. Temos de lhes dar perspetivas de crescimento de carreira profissionais e pessoais. Um quadro de retração é um quadro negro e queremos que as pessoas que estejam connosco tenham noção que aqui as suas carreiras podem progredir e que é possível terem futuro.

Nuno Gonçalves

Crescimento muito ligado e dependente da autonomia? Com autonomia tudo será mais fácil. A universidade tem estado e tenderá a crescer contra tudo e contra todos. Tentaremos sempre encontrar as energias, as forças, a imaginação e engenho para poder crescer, mesmo com essas adversidades. Se o quadro autonómico for mais acentuado ou se, pelo menos, não for restringido, então o crescimento torna-se mais fácil. Esse crescimento passa por alternativas, por encontrar caminhos diferentes, o que pressupõe um quadro autonómico que achamos essencial para o progresso da universidade e para vencer num quadro de competitividade muito forte. Posso discordar das políticas e dos cortes que nos são impostos, mas ainda consigo perceber. Não consigo, isso sim, perceber as dificuldades autonómicas que nos são criadas de quem ninguém tira vantagens. Falou da questão regional e no programa das comemorações dos 40 anos está plasmada uma presença essencialmente nas cidades do quadrilátero. A UMinho sabe viver bem com esta “bola quente que é levar uma região às costas” ? A universidade, por várias razões, foi assumindo esse papel ao longo dos tempos, tanto pelos seus méritos próprios, mas também porque várias outras instituições foram perdendo peso. Neste momento, no quadro em que nos encontramos, e com o desafio de concretizar o quadro 14.20, as universidades ganham uma centralidade ainda maior. O enunciado europeu é um enunciado com uma forte aposta nas regiões, com estratégias que dão uma enorme centralidade à universidade. É evidente que as universidades são essenciais ao desenvolvimento regional, mas não são suficientes. Esse desenvolvimento faz-se com empresas, com criação de riqueza, com autarquias e, por isso, não chegam as universidades para fazer esse desenvolvimento regional.


ENTREVISTA ESPECIAL 40 ANOS UMINHO PÁGINA 13 // 26.FEV.14 // ACADÉMICO

No programa estão também patentes várias atividades das mais variadas escolas e institutos. Foi uma necessidade chamar para as comemorações toda a comunidade académica? É algo natural que tem a ver com a nossa maneira de ser. Há dois vetores que regem muitas das nossas atividades. Um deles construído fruto das propostas gerais da Reitoria para a comunidade e outro que resulta das propostas que vêm dessa comunidade e que são acolhidas por todos. E é tudo isso que aí temos plasmado no programa das comemorações. É isto que é uma universidade.

Daniel Vieira da Silva

Gostaria de destacar alguns momentos deste programa dos 40 anos? Certamente que o 17 de fevereiro foi um grande momento. O evento de 8 de abril, com a apresentação do livro dos 40 anos será um momento marcante; as exposições itinerantes até setembro, que vão inaugurar em Braga, serão um momento de visibilidade externa da Universidade; os debates sobre o tema “UM Futuro” que vão decorrer todos os meses e iniciam esta semana com um debate inédito em Portugal envolvendo so três diretores das tv’s públicas e onde teremos outros debates com

personalidades marcantes da vida portuguesa e alguns inesperados. Ainda não esta consumado nesse programa, mas espero que o Festival de Outono deste ano nos traga alguma surpresas que anunciaremos muito brevemente. Para além da data em que a Universidade do Minho nasceu, qual é o momento que destaca, além da sua tomada de posse? (risos) O momento da fundação foi muito importante. Em 1975 temos um momento muito marcante, o momento da publicação do diploma que determina que a Universidade é bipolar, tem dois pólos, foi um momento marcante daquilo que viria a ser a universidade. Pelos anos de 1981/1982, a posse de Lúcio Craveiro da Silva é assinalável porque foi o primeiro reitor de universidades portuguesas a ser eleito. Passámos de uma logica de reitores nomeados para reitores eleitos, foi um momento importante para a Universidade do Minho, mas também para a universidade portuguesa. Depois temos as instalações definitivas, em 1988 em Guimarães e 1989, em Braga. Haverá momentos mais específicos, nomeadamente associados à formação de certas escolas. Todas são importantes, mas 25 anos

depois da fundação a criação da Escola de Ciências da Saúde , foi um momento muito particular, porque foi um processo em que a universidade se empenhou ao longo de 25 anos. A abertura do AvePark foi também, certamente, um momento importante e mais recentemente, já no meu mandato, sobretudo por aquilo que significa do ponto de vista do posicionamento perante o exterior, a abertura do campus do Couros. E negativos, que fazem parte da História também? Temos, certamente, alguns momentos negativos. O próprio facto da universidade ter demorado 25 anos a criar a Escola de Ciências da Saúde foi certamente negativo. O facto de ter demorado quase mais de dez anos, quinze anos, a iniciar as instalações definitivas, o facto de há vários anos não conseguirmos dar à Associação Académica a sede... Tudo isso foi negativo. Não podemos deixar de celebrar aquilo que são os êxitos, mas os êxitos são muitas vezes resultado de uma aposta sistemática em determinados projetos e às vezes uns demoram mais do que outros. Ainda tem 4 anos de mandato, sem fazer futurologia

“É evidente que as universidades são essenciais ao desenvolvimento regional, mas não são suficientes”

o que gostaria que ainda ficasse na história? Os projetos são conhecidos. O projeto do Largo do Paço é um projeto muito, muito importante para nós, por toda a sua dimensão, por todo o seu impacto. O projeto da conclussão de Couros, com a questão do Teatro Jordão e da Escola de Artes Visuais e depois todos os outros que estão referenciados como a possibilidade de dar instalações definitivas à Escola de Enfermagem, associado a isso a possibilidade de darmos condições mais adequadas ao nosso Departamento de Música. E como temos vindo a referir, quer em Gualtar, quer em Azurém, mas sobretudo em Gualtar, algumas infraestruturas precisam de ser totalmente revitalizadas, como se passa com as instalações laboratoriais da Escola de Ciências. Isto são tudo coisas que esperamos conseguir nos quase quatro anos que ainda faltam deste mandato. O enquadramento desta rede nacional do Ensino Superior está pouco indefinido. Onde e como é que a Universidade do Minho se poderá situar nesta rede e o que esperam desta? A Universidade do Minho tem uma identidade muito própria, quer acentuá-la e acha que tem grandes vantagens em desenvolver o seu projeto educativo diferenciado dentro de um quadro de autonomia muito alargado e dentro de um quadro identitário que poderá vir a ser reforçado no futuro. Este discurso não é, de forma alguma, conflituoso com o da Universidade do Minho estabelecer relações estratégicas, mais estruturadas e mais profícuas nomeadamente com as universidades da região mais perto, a Região Norte. Estamos a falar da Universidade do Porto e a de Trás-os-Montes, como as universidades da Euroregião, o que implica universidades da Galiza. Este discurso também não impede que, em áreas de formação específica e em cursos específicos, haja liga-

ções com outras estruturas de Ensino Superior, seja politécnico, seja universitário. Este é o nosso discurso. A universidade não tem problemas de sustentabilidade, a universidade está bem, estaria muito melhor se fosse financiada de acordo com o seu número de estudantes. Temos uma situação de financiamento que não corresponde minimamente à realidade e se ela correspondesse certamente estávamos mais beneficiados na dotação que temos. Mais uma vez volto a referir, a UMinho está confiante, consciente e confortável com um percurso de grande autonomia. Não rejeita, de modo algum, e está a trabalhar nesse domínio com outras universidades, aprofundar colaborações com outras universidades da região, mas num quadro de clara manutenção da identidade de cada instituição. Não estamos a falar de nada fora desse contexto. Certamente que o Mundo hoje é muito dinâmico e as coisas movem-se com grande rapidez e a universidade poderá ser confrontada, a partir de entidades governamentais, com outras realidades e com necessidades de resolver uma ou outra situação de uma outra entidade que esteja em dificuldades. A Universidade do Minho não procura isso e se for confrontada com essas situações certamente que a analisará. Isto porque a UM está muito comprometida com o seu futuro e de toda esta comunidade mas está, indiscutivelmente, comprometida com o futuro da região e a universidade quererá sempre aquilo que é melhor para a região e para o país. Não veremos uma universidade mais do que bipolar? Neste momento não antevejo nada disso. Sinceramente não há nenhuma agenda escondida. Penso que as dinâmicas dos tempos e as realidades que são muito complexas hoje podem-nos colocar qualquer uma destas situações em cima da mesa. Cá estaremos para as analisar.


TECNOLOGIA E INOV NSA espia utilizadores através do google maps e angry birds inês barbosa ineslp@hotmail.com

A partir de aplicações tão usuais e correntes como o afamado jogo Angry Birds ou o Google Maps, que estão acessíveis a qualquer usuário de smartphones ou tablets, a Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA) tem tido acesso a uma ampla porção de dados pessoais. Estas ou outras aplicações possuem muitas vezes uma enorme lista de informações confidenciais que, muitas vezes, não estão protegidas. Sabemos que os utilizadores não querem ver a sua vida privada a ser investigada e vigiada por qualquer órgão dos serviços secretos, mas que se torna uma aspiração difícil de ser controlada, devido aos serviços de internet que empregam (redes sociais, emails, compras online). Por exemplo, a última versão disponível do jogo An-

twittadas diogo pardal diogo_oliveira_pardal@hotmail.com

gry Birds pedia ao usufrutuário permissão para aceder à sua localização espacial, SMS, estado do telemóvel, entre outros, à primeira vista para fins publicitários. Segundo Vicente Díaz, ana-

lista de malware da Kaspersky Lab, uma empresa de soluções de proteção antivírus, “a informação proporcionada por estas aplicações já provou ser muito valiosa para anunciantes e para os

criadores das aplicações, pelo que também é fundamental para os serviços de inteligência. Muitos destes jogos permitem interagir com contactos e amigos, o que favorece a criação de

redes de indivíduos, mais ou menos como as redes sociais, e todos estes dados são de grande relevância”. Se o dispositivo estiver conectado a uma rede, é, assim, impossível utilizar o jogo em questão sem que este envie essa informação. No entanto, deixar de usufruir o Angry Birds não vai privar a monotorização destes utilizadores. “Na realidade desconhecemos qual o volume de dados e o número de aplicações que podem estar a ser vigiadas pelos serviços de inteligência, mas serão provavelmente muitas, pelo que o problema da cibervigilância é maior do que imaginamos”, complementa Díaz. Qualquer aparelho ligado a uma rede mundial que dispõe de muitos outros dispositivos interligados, permite o acesso a informações e a todo o tipo de transferência de dados, traduzindo-se assim, numa questão à escala mundial.

seus utilizadores, simplificando e melhorando a aplicação e garantindo a relevância e dos ‘posts’ do ‘newsfeed’ de cada utilizador”, sempre com o objetivo de “continuar a cativar novos utilizadores para a plataforma”.

em detrimento do jornalismo independente e de qualidade, absolutamente necessário para qualquer democracia”.

DR

Facebook em Portugal conta com 4,7 milhões de utilizadores No passado dia 4 de fevereiro, o Facebook comemorou o seu décimo aniversário. De acordo com a Facestore, Portugal conta

já com 4,7 milhões de utilizadores. Paulo Barreto, Facebook Country Manager em Portugal, prevê para os próximos anos que a rede social mais importante do mundo “vai continuar a apostar na melhoria da experiência que proporciona aos

Dia Europeu da Internet Segura Assinalou-se no passado dia 11 de fevereiro o Dia Europeu da Internet Segura em todo o país. Este dia contou com diversas atividades de sensibilização, especialmente direcionadas para jovens e crianças, com o intuito de passar uma mensagem de “navegação segura” na Internet. Para comemorar esta data, que este ano teve como tema “Juntos vamos criar uma Internet melhor”, a Comissão Nacional de Proteção de Dados disponibilizou na sua página de Internet, uma aplicação informática com o intuito de proteger os computadores de ataques informáticos uma vez ligados a redes wi-fi públicas.

Google vai sofrer alterações na Europa

DR

O vice-presidente do Google, Kent Walker, garantiu que o grupo fará “alterações significativas” na forma como opera na Europa, de forma a dar continuidade ao acordo alcançado com a Comissão Europeia. Recorde-se que a empresa norteamericana esteve sob investigação por alegada concorrência desleal no sistema de pesquisa e publicidade na Internet. Francisco Pinto Balsemão, presidente do European Publishers Council, mostrou-se bastante preocupado face a esta questão, afirmando ser “injusto e grave favorecer os motores de busca

Plataforma no Twitter indica quais os políticos ´Popstar’ A ferramenta ‘Popstar’ no Twitter tem como objetivo medir a frequência com que os políticos portugueses são referidos nos média sociais e se o seu sentimento é positivo ou negativo. O mais referido é, sem grande surpresa, Pedro Passos Coelho, segundo indica Pedro Magalhães, investigador no Instituto de Ciências Sociais. Contudo, neste momento o político mais referenciado tem sido Paulo Portas, aquando da demissão de Ministro dos Negócios Estrangeiros no verão passado. No futuro, Pedro Magalhães adianta que o ‘Popstar’ irá também abarcar referências económicas, procurando recolher o sentimento dos utilizadores sobre a matéria.


INOVAÇÃO

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liftoff,

http://liftoff.aaum.pt/ facebook.com/aaum.liftoff

gabinete do empreendedor da AAUM

promove...

Tertúlia 2 share Criatividade para o Negócio

Promover a partilha de exemplos, a troca informal de ideias, de experiências e de contributos e transmitir dicas práticas e úteis que se ajustem e motivem os participantes são os grandes objetivos da 2SHARE, uma atividade promovida pelo LIFTOFF e inserida no Connecting The Dots. Esta tertúlia incide sobre a temática “Criatividade para o Negócio”. É uma realidade que as universidades que se preocupam com o fomento do empreendedorismo têm discutido amplamente os conceitos de criatividade e inovação. Além disso, surgem diariamente novos casos bem sucedidos de empreendedores criativos, com modelos de negócios e

gestão inovadores. Mas será que a criatividade é um dom e que quem não o tem é excluído do universo do empreendedorismo? Oradores: - Eurico Silva Jovem bracarense formado em arquitetura. Provou o seu carácter empreendedor e versatilidade aquando da fundação da Uchi Módulos Habitacionais. É mentor deste projeto que se baseia em módulos versáteis, personalizáveis, portáteis e ecológicos. - João Oliveira Uma das caras da Earbox que, em conjunto com o Pedro Filipe, percebeu que para entrar no mercado

agressivo da streetwear tinham de fazer algo diferente.Percebido isto nasceu um projecto inovador que alia a música a um design têxtil e gráfico alternativo e que permite que peças de roupa tradicionais evoluam fundindo arte e novas tecnologias. Moderação: Lara Antunes Rádio Universitária do Minho Horário e Local: 14.30h-16h Livraria Almedina Campus de Gualtar Participação gratuita, mediante inscrição em: www.liftoff.aaum.pt

Curso Liderar e Gerir Equipas LIFTOFF - EDIT VALUE@FORMAÇÃO Objetivos: No final da formação os/as formandos/as deverão ser capazes de: - Conhecer o funcionamento das equipas de trabalho; - Compreender como se reforça a cultura e clima organizacional; - Perceber como o processo de comunicação interpessoal reforça a identidade da equipa; - Identificar diferentes estilos de liderança e adequá-los às diversas situações do contexto de trabalho e quais os seus impactos no liderados; - Aprender as competências associadas à liderança; - Desenvolver técnicas que permitam estimular a motivação e o espírito de equipa dos grupos que lideram Metodologias: Sessões Expositivas/Demonstrativas; Exercícios Práticos. Destinatários: Ativos, estudantes e recém graduados. Duração do curso: 12 horas. Horário Pós-Laboral: 18h30-21h30. Calendarização: 10, 12, 17 e 19 de março. Valor: 65 euros (geral) | 50 euros (sócios AAUM, AAEUM e AFUM). Mais informação e Inscrições em: http://formacao.editvalue.com/formacao

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CULTURA SALA DE CINEMA

golpada americana (2013) Realizador: David O. Russell Elenco: Christian Bale, Amy Adams, Bradley Cooper Estreou em Portugal: 23/01/2014 Nacionalidade: Americana Pontuação: 2/5

uma fraude transposta para o lado de fora CÉSAR CARVALHO z5@sapo.pt

Quanta agitação! O embuste que Russell vem montando desde 2010, com “The Fighter”, tem conduzido a mais elogios do seria suposto. Desta vez, e na onda de extensos aplausos que se vão tornando numa costumeira irritante, a Academia reservou para “American Hustle” dez nomeações (!). Pois, assim é difícil encarar os Óscares de forma séria. O mais recente menino querido de Hollywood decidiu

agora brincar aos mafiosos, com um aceno profundo a Scorcese mas ainda com o carácter desvairado e, ao mesmo tempo, brejeiro, que só é possível quando se procuram altos voos com tão pouca bagagem. O filme é um relâmpago de ações pouco consequentes, com acontecimentos demasiado desligados entre si e apenas ligados à corrente vertiginosa que Russell empregou a martelo. Um casal de mafiosos é preso e obrigado a trabalhar para a policia na tentativa de apanhar alguns políticos corruptos. A ação que se constrói adiante

consegue ser corrosivo para todas as partes, onde todos sofrem com as ações de todos, incluindo-nos a nós, auditório, na lista de vítimas do reboliço. Na tentativa de alcançar – ou imitar? – Scorcese, David Russell banalizou-se ainda mais. Tudo o que se capta, em plena energia esbanjada, são cortes de cena frenéticos, são bandas sonoras dispares, são exemplos de um grotesco amador que dói ver ser assim tão consagrado, como se toda a massa crítica tivesse sido também corroída pela intrujice que o mercado vem consumindo

à muito. No meio de tantos personagens, muitos delas a roçar o exagero maneirista, conseguimos dar conta de um punhado de boas interpretações, a salvar o filme da desgraça total – o que não se pode confundir com boas personagens visto que, dada a ligeireza da abordagem pelo realizador, na adrenalina do filme este se esqueceu de edificar carácter a qualquer uma delas. O cenário é um típico “anos 70 na parte cool”. A cocaína é o mais comum dos remédios e os mafiosos parecem saídos em fotocópias de filmes como Scarface

ou Goodfellas, “apenas” [aspas gigantes] diferidos numa composição de carácter, aqui nula, e numa presença que não chega a cativar. Por muito que se reveja numa aura de altivez e consagração – mistura perigosa – “American Hustle” é apenas um golpe sem brilho que consegue melhores resultados que o caso que retrata. Este parece enganar mais do que uns simples inocentes, vítimas do fogo de artifício, estendendo-se também àqueles de quem mais discernimento se esperava. Esperemos que seja só uma fase.


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RUM BOX

AGENDA CULTURAL

TOP RUM - 08 / 2014 21 FEVEREIRO

14 JP SIMÕES Gosto de me drogar

BRAGA

1 BECK - Blue moon

15 WILD BEASTS - Wanderlust

2 NORTON - Magnets

16 ARCTIC MONKEYS Do i wanna know

MÚSICA 28 de fevereiro Por este rio acima Theatro Circo

3 TEMPLES - Keep in the dark 4 NOTWIST, THE Close to the glass 5 LOCAL NATIVES - You & I 6 WARPAINT - Love is to die

17 DEAD COMBO A bunch of meninos 18 DEERHUNTER Back to the middle 19 AU REVOIR SIMONE Somebody who

7 ARCADE FIRE - Reflektor 8 PZ + dB - Cara de chewbaca

20 JAGWAR MA Come save me

28 de fevereiro Festa Projectil Espaço TOCA 01 de março DJ Tosos Estudio 22

CINEMA 03 de março Fanny & Alexandre Theatro Circo

GUIMARÃES 01 de março Soundmaker CCVF (café concerto) TEATRO 01 de março Como queiram CCVF

01 de março Jorge Palma São Mamede

FAMALICÃO 28 de fevereiro Camané Casa das Artes CINEMA Dentro de Casa (FR. 2012) 27 de fevereiro Noites do Cineclube Casa das Artes - Peq. Audit.

LEITURA EM DIA

Para ouvir de segunda a sexta (9h30/14h30/17h45) na RUM ou em podcast: podcast.rum.pt Um espaço de António Ferreira e Sérgio Xavier.

9 METRONOMY - I’m aquarius 10 CAYUCAS High school lover

POST-IT 24 fevereiro > 28 fevereiro

11 STEPHEN MALKMUS & THE JICKS - Lariat

ATIC Thinking Bubbles

12 CRYSTAL FIGHTERS You & I

CEO Whorehouse

13 YEAH YEAH YEAHS Sacrilege

RUSSIAN RED Casper

1 - Diário da Queda de Michel Laub. Ed. Tinta-de-China. Um extraordinário romance, depurado e límpido, sobre a herança, a memória e o inominável. Uma obra-prima. 2 - O assassino do aqueduto de Anabela Natário. Ed.Esfera dos Livros. Diogo Alves, o facínora que aterrorizou Lisboa em meados do séc.XIX, o tristemente célebre Pancada, e a pertinácia de um homem de

leis na busca da verdade e do castigo. 3 - Pergunte ao pediatra de Carlos González, Ed.Pergaminho. Pela primeira vez aparece aqui um excelente guia e manual para mães e pais. 4 - Os livros de Fernando Pessoa de Pedro Sepúlveda, Ed.Ática. Mais um ensaio de leitura, estudo e análise obrigatórios, pois remete para

CD RUM

temples

sun structures ABEL DUARTE abel.duarte@rum.pt

O psicadelismo está definitavamente na moda! Desta vez, surge sob a forma de quarteto, oriundo de terras de sua majestade. Esperado há muito, finalmente saiu “Sun Structures”, o álbum

de estreia dos Temples. À primeira audição pode soar a mais um exemplo de artistas que procuram uma sonoridade ancestral, mas “Sun Structures” é muito mais que uma simples inspiração nas grandes referências dos anos 60 e 70. Apesar da inegável inspiração nos Beatles, Kinks, Byrds, e até mesmo Pink Floyd, os Temples conseguem intro-

duzir nas suas composições elementos pop e folk, resultando num ramalhete bem colorido. ”Sun Structures” comprova toda a habilidade dos Temples para fazer música e torna-os principais responsáveis pelo regresso do psicadelismo a Inglaterra. Um disco simples mas coerente, um conjunto de músicas melódicas e instrumentalmente amigáveis.

a “lógica”da escrita e edição dos livros do grande poeta português. Incontornável.

DR

5 - 40 histórias de Donald Barthelme, Ed.Antigona. A recolha de contos e narrativas curtas de um dos mais importantes contistas americanos. Obrigatório.


PÁGINA 18 // 26.FEV.14 // ACADÉMICO

DESPORTO susana silva msusana.silva@hotmail.com

Foi no Pavilhão da Universidade do Minho, em Gualtar, que decorreu nos dias 18 e 19 de Fevereiro a 3ª jornada Concentrada de Futsal Masculino, nas quais marcaram presença seis das nove equipas universitárias em prova. Com três vitórias nos três jogos, a equipa de futsal masculino da AAUM já garantiu presença na Fase Final dos Campeonatos Nacionais Universitários, quando ainda falta jogar o quarto e último Torneio de Apuramento (TA). No primeiro jogo, a Associação Académica da Universidade do Minho goleou o Instituto Politécnico de Leiria por 8-1. A AAUM, que seguiu para o intervalo a vencer por três bolas a zero, não deu hipóteses à equipa da cidade do Lis na segunda parte do encontro e entrou na Jornada da melhor forma. Nos restantes dois jogos, a equipa minhota voltou a estar em bom plano. Dois golos de Tiago Guedes, um de André Coelho e de João Magalhães permitiram a vitória por 4-1 sobre a Associação Académica da Universidade do Algarve. No derradeiro encontro, a AAUM não desiludiu e voltou a vencer por

futsal masculino da aauminho apurado para as fases finais dos cnu’s

Nuno Gonçalves/Dicas

larga margem. Desta feita por 7-1, sobre a Universidade de Évora. Tiago Guedes, Sérgio Gonçalves, Alexandro Ribeiro, Tiago Ribeiro, André Coelho, Tiago Carvalho e Luís Mendes foram os marcadores. A Associação Académica da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (AAUTAD), a par da AAUMinho, foi das melhores em prova, ao vencer, igualmente, todos os seus jogos. A AAUTAD bateu a AAUÉvora por 5-2, e no segundo jogo, frente ao IPLeiria, venceu a equipa leiriense por 6-1. Camilo Teixeira esteve em destaque neste encontro ao

apontar cinco dos seis golos da turma transmontana. No último duelo, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro levou a melhor sobre a Universidade do Algarve e terminou a etapa com uma vitória por 4-2. A AAUÉvora e o IPLeiria foram os grandes derrotados do terceiro Torneio de Apuramento, já que saíram de Braga com três derrotas em outros tantos jogos. Desta forma, estas duas equipas encontram-se sem possibilidades de apuramento para a próxima fase dos CNU’S. Na posição geral, até ao momento, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

e a Universidade de Aveiro ocupam o 5º e 6º lugares, respetivamente, sendo que vai ser decisivo o quarto Torneio de Apuramento - que se irá realizar em Coimbra nos dias 17 e 18 de Março e onde vão estar presentes todas as nove equipas em prova - para discutirem o acesso aos quatro primeiro lugares, que dão acesso à Fase Final. Já a AAUM, que conta este ano com uma equipa remodelada, soma um registo extremamente positivo no

início da época desportiva 2013/2014. Ocupa o primeiro lugar da fase de qualificação e já sabe que estará presente na cidade da Maia em Abril, onde vai tentar repetir a proeza dos últimos cinco anos, em que se sagrou Campeã Nacional Universitária. O objetivo da equipa universitária bracarense para o próximo TA passa, por isso, por manter o primeiro lugar e garantir o estatuto de cabeça de série na Fase Final dos CNU’S.


PÁGINA 19 // 11.DEZ.13 // ACADÉMICO

Hoje quero falar das festas organizadas pela ESN Minho, esta grande organização na qual eu trabalho desde Setembro do ano passado. Comecemos por alguns eventos especiais, como as míticas noites de Karaoke, às segundas-feiras, no Carpe Noctem. Tu tornas-te num cantor à séria, dás um concerto, a cantar músicas mais ou menos famosas. No fim da tua prestação, os outros cantam e dançam à tua volta, e, no final, aplaudem-te como uma grande estrela. Também há festas temáticas sobre países, sobretudo o Brasil e a Espanha. Os outros ERASMUS podem descobrir as músicas que são mais ouvidas nesses países, destinadas a motivar as pessoas a dançarem sem parar, a noite toda. O outro tipo de eventos são os “pa-

cks” jantar e festa. São as melhores festas, sem dúvida, porquê? Porque é nessas festas que encontramos os futuros melhores amigos, e não só de bebida. O pessoal fala, come e bebe junto, como uma grande família, e vai dançar depois de três horas de muita diversão (quando conseguem ir) a uma discoteca. O que dizer dessas discotecas, onde os DJ’s sabem que músicas devem passar para que os ERASMUS tenham memórias formidáveis? A atmosfera é quente, o pessoal dança sem parar, incansável até ao fim da noite. Então, esperamos oferecer aos ERASMUS outro tipos de eventos no próximo semestre e nos próximos anos, mas uma coisa é segura: o que vamos viver vai ser cada vez mais incrível.

Today I want to talk about the parties organized by ESN Minho, this really great organization, where I’m working since September of last year. Let’s start with the special events like the legendary Karaoke nights at Mondays, in “Carpe Noctem”. You become a real singer that is doing a concert performance and singing songs more and less famous. At the end of your performance, the others who will sing and dance around you, and applaud you as a big star. There are also parties about countries, especially Brazil and Spain. The other ERASMUS can find the most heard songs of those countries, destinated to make people dance, all night long. Another type of event are the “pa-

cks” dinner and party. These parties are the best, why? Because in these parties you meet your future best friends and they will not just be friends of alcohol. Everyone speaks, eats and drinks together, like a big family, and afterwards, people go to dance together in a club (when they manage to go). What can we say about these clubs, where the DJs know what kind of music to play, so that ERASMUS can have great memories? The atmosphere is always hot, people dance without limits until the end of the night. So, we are preparing to organize others kinds of events for the next semester and the next years, but something is sure, what you will live here will be more and more amazing.

Agenda ESN Minnho From 24.02 to 27.02 Erasmus Welcome Week 1 & 2 March Trip to Aveiro and Coimbra 03 March Karaoke & Carnaval Party 06 March Flag Party 11 March Tuesday Sessions Surf Music

13 March Buddy Party

15 & 16 March Trip to Salamanca

17 March Quizz Erasmus

20 March Flower Power Party 25 March Erasmus Got Talent 28 March Glow Party 29 & 30 March Trip to Lisbon • Os locais das festas serão atempadamente comunicadas •The places of the parties will soon be communicated

Joseph Santos. ERASMUS student in Applied Languages. Volunteer in ESN Minho, Recreative Department

Joseph Santos Estudante ERASMUS de Línguas Aplicadas Voluntário da ESN Minho, Departamento Recreativo

FESTA ERASMUS ERASMUS PARTY



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