ACADÉMICO 210

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reportagem Porque há 40 anos o país mudou, para memória futura

campus Está aí a 24ª edição do FITU

inquérito

Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 210 / ANO 10 / SÉRIE 5 QUINTA-FEIRA, 10.ABR.14

academico.rum.pt facebook.com/jornal.academico twitter.com/jornalacademico

Como descreves a tua experiência Erasmus na UMINHO?

ANSELMO RALPH NO ENTERRO DA GATA!!! ACADÉMICO EM PDF

ERCÍLIA MACHADO A CORRER PARA O OURO


FICHA TÉCNICA 10.ABR.14 // ACADÉMICO

SEGUNDA BARÓMETRO PÁGINA

FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // quinta-feira, 10 Abril 2014 / N210 / Ano 10 / Série 5 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // REDACÇÃO: Adriana Carvalho, Adriana Couto, Alexandre Rocha , ana Pinheiro, Ana Rita Carvalho, bárbara Araújo, Bárbara martins, Bruno Fernandes, Catarina Hilário, Cátia Silva, César Carvalho, Clara Ferreira, Cláudia Fernandes, Daniel mota, Dinis Gomes, Diogo Pardal, Francisco Gonçalves, Inês Carrola, Joana Videira, João Araújo, João Pereira, Judite Rodrigues, Marta Roda, márcia Pereira e Sara Ferreira, Sara Silva, Tomás soveral. // COLABORADORES: Elsa Moura, José Reis e Lara Antunes // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: jornalacademico@rum.pt //TIRAGEM: 2000 exemplares // IMPRESSÃO: GráficaAmares // Depósito legal nº 341802/12

EM ALTA

NO PONTO

EM BAIXO

Olhar para fora As universidades portuguesas estão finalmente a olhar para a internacionalização com “olhos de ver”. A aposta na captação de estudantes, investigadores e outros quadros superiores diretamente do estrangeiro para as nossas universidades só pode trazer vantagens para o ensino em Portugal.

Anselmo Ralph É divulgado mais um nome internacional para o Enterro da Gata. Anselmo Ralph não é, de todo, o melhor artista do Mundo, mas o seu mediatismo associado à popularidade e sucesso das suas músicas irá resultar, sem sombra para dúvidas, num enorme concerto no Enterro da Gata deste ano.

25 abril sempre Apesar de muitos movimentos continuarem a assinalar a data, o 25 de abril, apesar de ter acontecido há 40 anos (uma data redonda), parece não assumir especial importância nas agendas municipais. Numa altura em que os valores de abril são cada vez mais recordados, estaremos mesmo a esquecer os heróis?


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LOCAL

Para lembrar os 40 anos do 25 de Abril de 1974, várias associações da cidade de Braga juntaram-se e delinearam um programa multidisciplinar para este mês de Abril.

porque há 40 anos o país mudou, para memória futura José Reis

JOSÉ REIS jose.reis@rum.pt

São jovens, na sua maioria, alguns deles pequenos quando se deu o 25 de Abril. Mas todos eles sabem que, naquele dia, o país mudou para sempre. Dentro de dias completam-se os 40 anos de uma data história – o 25 de Abril, a chamada “Revolução dos Cravos”. E a pensar nisso, várias asssociações culturais e cívicas da cidade uniram esforços e delinearam uma programação vasta para este mês. “É uma compilação de vários eventos, desde o teatro aos debates, passando pelo cinema documental, a apresentação de livros, concerto, sessões de contos e exposições a reflectir a temática da liberdade”, refere Tatiana Mendes, da Krizo, uma das associações promotoras deste encontro de ideias e conceitos para pensar Abril. “A ideia que tivemos foi convidar todos aqueles que pudessem estar interessados e não haver sobreposição de actividades. No fundo, queremos permitir que toda a comunidade possa beneficiar de um programa alargado durante este mês”, refere a activista.

Cinema, música e livros São assim vários os espaços que aderem a esta programação. A Casa do Professor, por exemplo, exibe três filmes programados pelo Cineclube Aurélio da Paz dos Reis relativos à temática da revolução, desde o documentário “Deus, Pátria, Família”, de Rui Simóes, até “48”, de Susana de Sousa Dias. “A Velha-a-Branca é outra das entidades que irá

receber uma programação especial, recebendo o debate promovido pela UMAR Braga sobre os direitos das mulheres até à promoção de um ciclo de cinema documental”, revela Tatiana Mendes, da Krizo. Mas este é um programa que se estende ainda à Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva ou mesmo à TOCA, com concertos e encontros marcados para o local, e ainda à rua: a Companhia de Teatro de

Braga está a preparar um espectáculo especial para apresentar na rua, envolvendo toda a comunidade, junto à Sé de Braga. “Porque Abril é cidadania e os cidadãos devem ser parte integrante da programação”, refere António Jorge, um dos actores da CTB. A Livraria Centésima Página, por seu lado, promove o encontro dos autores do livro recentemente editado, “Os Rapazes dos Tanques”, com os leitores.

Uma oportunidade para ouvir as histórias das fotografias patentes nesta obra através das palavras de Adelino Gomes e Alfredo Cunha. “Uma forma de não esquecermos esta data tão importante para todos nós, numa altura em que muitos jovens não sabem o que realmente aconteceu e mudou no país”, sustenta Maria João Lobato, da livraria. Resta acrescentar que estes eventos, na sua maioria, têm acesso livre.


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CAMPUS Jornadas da Comunicação

a liberdade na comunicação deu que falar… ANA RITA MAGALHÃES anarita-magalhaes@hotmail.com

Decorreram na passada semana as XVII Jornadas da Comunicação organizadas pelo Grupo de Alunos de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho (GACCUM). O tema deste ano foi a “Liberdade na Comunicação” e segundo a organização, estas jornadas foram um sucesso. Este evento contou com a presença de diversos oradores nas áreas do jornalismo, publicidade, cinema,

GACCUM

música, desporto e educação. Durante os três dias os alunos encheram o auditório do Instituto de Educação, mostrando bastante interatividade com os convidados. Bárbara Martins, presidente do GACCUM, falou ao ACADÉMICO e fez um balanço da 17ª edição das Jornadas da Comunicação. “As Jornadas correram muito bem, superaram as nossas expetativas”, conta. Apesar do receio da organização em relação à forma como o evento foi este ano organizado, “o feedback foi bastante positivo”. A escolha

Mariana Santiago

Foto de Mariana Santiago foi a vencedora do concurso de fotografia promovido pelo GACCUM

dos oradores foi cuidada de forma a cativar os alunos. “Procuramos escolher oradores que acreditávamos que iam cativar o público e que iam contribuir para que a plateia tivesse uma visão diferente da Comunicação e da ligação desta área com outras”, acrescenta. Apesar de algumas falhas, Bárbara confessa-se orgulhosa pelo trabalho desenvolvido pela sua equipa. “Claro que há aspetos negativos, isso acontece em tudo (...). Reconhecemos que há e aprendemos com eles. Contudo, não posso deixar de me sentir muito orgulhosa pelo nosso

trabalho”. O assunto destas jornadas foram uma clara alusão à comemoração dos 40 anos do 25 de abril que se comemoram este mês. Este acontecimento alterou a vida dos portugueses, nomeadamente ao nível da comunicação. Para Bárbara Martins “as mudanças que o 25 de Abril provocaram foram enormes. O fim da censura tornou-se um ponto essencial para o desenvolvimento da Comunicação”. Assim, a escolha do tema tornou-se um pretexto para a reflexão por parte dos alunos: “O facto das Jornadas se centrarem

neste tema, nesta data, permitiu uma reflexão, por parte de todos, sobre a importância deste acontecimento e sobre as mudanças que ele causou na nossa área”, acrescentou. No que diz respeito a novos projetos, “o GACCUM está a preparar algumas atividades para os alunos do curso. Queremos fazer workshops focados nas diversas áreas do curso. Estamos a estudar possibilidades e estamos abertos a sugestões”. O objetivo da direção do GACCUM “é fazer com os alunos se interessem mais pelo núcleo”, finaliza.


CAMPUS PÁGINA 05 // 10.ABR.14 // ACADÉMICO

dia aberto da eeg recebeu 400 alunos do secundário LARA ANTUNES lara.antunes@rum.pt

Cerca de 400 alunos do 12º ano de 20 escolas da região visitaram na passada quarta-feira a Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho (EEG). Os alunos participaram em mais um Dia Aberto que serviu para os informar e esclarecer sobre os cursos disponíveis, as saídas profissionais, as médias de admissão e ainda outras atividades como o EEGnerating Skills, um programa de desenvolvimento de competências transversais. O presidente da EEG, Manuel Rocha Armada sublinhou a importância deste tipo de iniciati-

vas para colmatar a falta de informação que existe nas escolas sobre os cursos que a EEG lecciona. “Nas visitas que fizemos às escolas, tomámos consciência que havia uma ausência de informação significativa e até alguma confusão em relação ao conceito de determinados cursos. Levar a cabo iniciativas como esta é esclarecer e reponder a questões e dúvidas que estes alunos têm”, referiu Rocha Armada ao ACADÉMICO. O presidente da EEG destacou ainda o facto da EEG ter três centros de investigação com a classificação de excelente. “Grande parte dos nossos docentes doutorou-se nos Estados Unidos ou

na Inglaterra e isso tem trazido uma qualidade e uma imagem nacional e internacional de grande prestígio para a escola”, afirmou. Durante a manhã, o auditório da EEG encheu com estudantes interessados em esclarecer dúvidas sobre os cursos ministrados nesta escola. Juliana Vale, uma das alunas da Escola Profissional de Braga que marcou presença neste Dia Aberto, aproveitou as palestras da manhã para obter mais informaçãoes sobre o curso de gestão e sobre as provas de ingresso na academia minhota. “Estou a gostar imenso, consegui esclarecer todas as minhas dúvidas que consistiam na

UMinho

possibilidade de concorrer para o curso de gestão aqui na UMinho através da conjugação da via normal, através dos exames nacionais, e da prova para maiores de

23.” Da parte da tarde os alunos participaram nas Olímpiadas da EEG e realizaram ainda uma visita às instalações da UM, no campus de Gualtar.

aluna de relações internacionais reformula a “arte das missangas” INÊS BARBOSA ineslp@hotmail.com

A 9ª exposição individual de Ivanna Balinska tem, este ano, como tema principal os “Ovos da Páscoa”. A aluna da Universidade do Minho nasceu na Ucrânia, onde conheceu a arte de missangas (Biseropleteniye), mas confessa que foi em Portugal que realizou as suas primeiras exposições individuais e coletivas no âmbito desta arte, com o objetivo de a dar a conhecer ao público. Segundo a mesma “o ovo

é o símbolo da vida, o nascimento de algo novo. Há uma lenda que conta que, quando Maria Madalena soube que Jesus Cristo ressuscitou, ela foi a César dizer: «Cristo Ressuscitou!». Então deu-lhe um ovo de cor vermelha como símbolo de ressuscitação de Jesus Cristo e como indício de renascimento dos cristãos para uma nova vida através do seu sangue.” A designação destes costumes, que se espalharam por todo o mundo com base nesta história, e a forma como são enfeitados

os ovos variam de país para país. E, assim, a ideia surgiu a partir da sua própria cultura, já que na Ucrânia, há a tradição da «Krashanka» ou «Pysanka», que sobretudo se caracteriza por pintar o ovo. Posteriormente surgiu a ideia de o trabalhar em

madeira, cerâmica e missangas. Para além destes objetos ovais, Ivanna desenvolveu também a arte sob outras temáticas, como as vindimas, estações do ano e heróis míticos. A artista revelou ao ACADÉMICO que ao longo dos anos, os “ovos”

acabaram por ter maior ligação com a cultura portuguesa do que com a eslava. Inicialmente, confecionava ovos com ornamentos e cores relativos à civilização eslava, no entanto, com o tempo descobriu novas formas de aformosear e decorar, baseadas no povo português. Toda a sua coleção pode ser visualizada no blogue: http://artedemissangas.blogspot.pt/ e a sua mais recente exibição decorrerá de 4 a 30 de abril, na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, em Braga.


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the wild booze e dj rui ribeiro já marcaram lugar no enterro da gata’14 DANIEL MOTA danielmotap@gmail.com

Terminaram as edições de 2014 do UMplugged e do DJ@UM. A banda proveniente das Caldas das Taipas, “The Wild Booze” e o Dj Rui Ribeiro, aluno de MIEGSI foram os vencedores. Relativamente ao UMplugged, os “The Wild Booze” ganharam a oportunidade de gravar um single junto dos Estúdios Lobo Mau, produtora parceira do evento, e a actuar no palco das

Monumentais Festas do Enterro da Gata’14. Na final estavam presentes bandas como “Efeito Zero”, “Basic Black” e “Hard’n Fast” que tornaram a decisão “muito difícil de tomar”, como esclarece Nélson Carvalho, vice-presidente do Departamento Cultural e de Tradições Académicas da Associação Académica da Universidade do Minho. A edição do UMplugged, decorreu no Bar Académico de Guimarães e ficou marcada pela originalidade de todas as bandas a concurso, tendo “ficado patente a criativida-

de dos participantes”, como acrescenta Nélson. No que toca à adesão aos concursos, o DJ@UM contou com a presença de 6 dj’s participantes a concurso. Quanto ao UMplugged, Nélson Carvalho explica que “esta foi provavelmente das edições mais participadas de sempre, com cerca de vinte bandas a concorrerem pelos valiosos prémios”. Espera-se agora que os vencedores utilizem todas as oportunidades que possam surgir com estes concursos para “darem o salto nas suas carreiras”.

fitu bracara augvsta à distância de dias tum fitubracara@gmail.com

O XXIV FITU Bracara Avgvsta, Festival Internacional de Tunas Universitárias, está prestes a começar. Este será um evento que terá lugar no Theatro Circo, nos dias 11 e 12 de abril. Este festival de tunas, organizado pela Tuna Universitária do Minho e que vai já na sua 24ª edição, junta várias tunas, não só portuguesas mas também internacionais, na cidade de Braga. Consiste num fim-de-semana de festa, onde tunos dos mais variados pontos do mundo cantam e encantam esta cidade. Esta edição irá contar com diversas tunas de vários pontos do país: anTUNiA (Tuna de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova

de Lisboa), TMUC (Tuna de Medicina da Universidade de Coimbra), TUA (Tuna Universitária de Aveiro), Tuna da Universidade Católica Portuguesa (Porto) e os Tunídeos (Tuna Masculina da Universidade dos Açores). Quanto a tunas internacionais, a cidade de Braga irá acolher a Tuna de Medicina de Valencia. Para além de todas estas, que são tunas a concurso, o festival contará também com duas tunas extra-concurso, afilhadas da tuna anfitriã deste festival: a Azeituna (Tuna de Ciências da Universidade do Minho) e a Afonsina (Tuna de Engenharia da Universidade do Minho). Este festival terá início no dia 10 de abril, dia em que a Tuna Universitária do

Minho, em forma de homenagem à capital do Minho, realizará uma serenata à cidade de Braga. Esta serenata terá lugar na entrada da emblemática Sé de Braga, e realizar-se-á pelas 22h30. Na noite de sexta-feira, dia 11 de abril, as tunas são acolhidas e realizar-se-á então o espectáculo da primeira noite no Theatro Circo, pelas 21h30. Durante a tarde de sábado, dia 12 de abril,

todas as tunas participantes no FITU farão um “Passa-Calles”, que consiste num desfile pelas ruas do centro de Braga onde as tunas tocarão e animarão todas as pessoas que pela cidade passearem. Nessa mesma noite, decorre o segundo dia de espectáculo, também no Theatro Circo, pelas 21h30. Quanto aos preços dos bilhetes para este evento, o preço de bilhete normal é de

9 euros para um dia e de 16 euros para os dois dias, enquanto que o preço de bilhete estudante se mantém nos 7 euros para um dia e 12 euros para os dois dias. Os bilhetes podem ser adquiridos presencialmente no Theatro Circo, ou através da Internet na Bilheteira Online do Theatro Circo (http://theatrocirco.bilheteiraonline.pt/ Comprar/Bilhetes/17423-xxiv_fitu_bracara_avgvsta-theatro_circo/). Para se obter mais informações acerca da Tuna Universitária do Minho e do XXIV FITU Bracara Avgvsta está disponível a página web da tuna (www.tum.pt) e àapagina de facebook (www. facebook.com/tunauniversitariaminho), locais onde todas as informações acerca do festival são disponbilizadas.


REPORTAGEM PÁGINA 07 // 10.ABR.14 // ACADÉMICO

praxe conjunta ajuda a construir família uminho daniel vieira da silva daniel.silva@rum.pt

Realizou-se no final do passado mês a “Praxe Conjun-

ta” dos cursos de Braga, nos Campos da Rodovia. Esta atividade teve como objetivo promover a interação e convívio entre os caloiros

e praxantes, dos diferentes cursos. A “Praxe Conjunta” consistiu na realização de jogos tradicionais e culminou

com um “Piquenique Conjunto”. Do lado do cabido de Cardeais, entidade que organizou esta atividade satisfação to-

tal: “Consideramos que esta atividade foi um sucesso, que se deveu a todos os intervenientes”, pode ler-se no comunicado.

tôna tuna em destaque no “serenatas ao berço” daniel vieira da silva daniel.silva@rum.pt

O passado dia 5 de abril trouxe consigo mais uma edição do festival de tunas femininas, o VIII Serenatas

ao Berço, em Guimarães, trazendo ao público e à sua cidade um pouco mais do espírito académico vivido por quem faz parte de uma tuna. A animar o festival esteve

um dos grupos culturais da Universidade do Minho, OPUM DEI, que o apresentou e a Tuna de Medicina da Universidade do Minho como tuna extra-concurso. A espalhar encanto estive-

ram a concurso: TUnice Tuna Feminina do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, Cavaleiras de Sellium Tuna Feminina do Instituto Técnico de Tomar, EncantaTuna - Tuna Académica Fe-

minina da Universidade da Beira-Interior e Tôna Tuna - Tuna do Instituto Politécnico de Bragança, contando-se ainda com a participação especial dos Cabra Çega. Após o decorrer do festival, o júri decidiu e os prémios de Melhor Tuna e Melhor Porta-Estandarte foram atribuídos à Encantatuna. O prémio de Melhor Serenata foi entregue às Cavaleiras de Sellium. A Melhor Pandeireta, Melhor Instrumental e Tuna + Tuna foram atribuídos à Tôna Tuna e, por fim, os prémios de Melhor Solista foram entregues à TUnice. As atuações terminaram com a tuna da casa, a Tun’Obebes, que, mais uma vez, brindou o público com muita música e muita animação. No final a festa foi no B.A. de Guimarães que decorreu até ao amanhecer.


CAMPUS PÁGINA 08 // 10.ABR.14 //ACADÉMICO

alunos de medicina desenvolvem projeto de voluntariado internacional INÊS BARBOSA ineslp@hotmail.com

Três alunos do 4º ano do curso de Medicina da Universidade do Minho elaboraram, integralmente, um projeto que visa transportar bens essenciais e ajuda médica aos habitantes de S. Tomé e Príncipe, ex-colónia portuguesa, onde a população vive sob pobreza extrema. O “Chymia”, que em crioulo são-tomense significa “semear” ou “plantar”, está inserido numa unidade curricular do próprio curso e, através dele, Ana Santos, Carina Ramos e Vítor Pedrosa iniciaram uma campanha de recolha de todo o tipo de bens. Pelo fim, estes estudantes partirão para S. Tomé e por lá permanecerão durante um mês a prestar todo o tipo de apoio possível à população, proveniente do conhecimento clínico adquirido durante os

últimos quatro anos académicos e da própria vertente humanística. Por se tratar de um país (pertencente

aos PALOP, mas pouco relevante para as ONG’s) com escassos recursos hospitalares, situações sanitárias pre-

cárias, população que vive debaixo do limiar da pobreza e com colossal desprovimento socioeconómico, São

Tomé e Príncipe foi assim o local escolhido para aplicar medidas voluntárias. Desta forma, este grupo tem como principais objetivos: a prestação de cuidados de saúde, a requalificação de profissionais de saúde locais em áreas como a desinfeção, prevenção e cuidados primários, a educação da população para a saúde na área da higiene básica, higiene oral, saúde materno-infantil, educação sexual e alimentação e distribuição pela população local de géneros angariados no projeto. Segundo os alunos “acredita-se que o que pode acontecer é o primeiro passo para algo ser realizado” e por isso contam com a ajuda de todos para a recolha de bens que decorrerá até ao dia 19 de junho do presente ano. Qualquer outra informação poderá ser consultada na página do facebook da organização.

desperdício alimentar desafia uminho ana pinheiro anafilipapinheiro1@hotmail.com

Um grupo de alunos de Ciências da Comunicação, desafiado pelos Serviços de Ação Social da Universidade do Minho, criou o movimento “Menos Olhos do que Barriga” que visa comunicar à comunidade académica a importância de não desperdiçar comida nas cantinas da academia. Segundo os SASUM são desperdiçados toneladas de resíduos mensais nas cantinas e daí a necessidade de passar uma mensagem de sensibilização. Sara Oliveira, um dos elementos do grupo declara que: “o Movimento Menos Olhos do que Barriga envolve um conjunto de ações e suportes, nomeadamente, as ações das patrulhas, nas quais abordamos a comunidade académica nas canti-

nas e lhes passamos a informação sobre o movimento”. As patrulhas do movimento são feitas periodicamente nas cantinas de Braga e Guimarães, de forma a abordar a comunidade académica e a sensibiliza-la para ter mais atenção cada vez que estão a ser servidos.

Em relação à reação das pessoas “regra geral, é muito boa. Costumam ser muito simpáticos connosco e alguns até brincalhões. A maioria conhece o movimento e sabe em que consiste, facilmente associa a nossa imagem quando nos aproximamos, o que é mui-

to bom”, diz Catarina Pereira, elemento do grupo. A visibilidade que o movimento está a ganhar a nível nacional, torna-se “muito importante” para o grupo, porque “quanto mais divulgação, mais pessoas têm conhecimento”. Segundo o grupo a mediatização tam-

bém traz vantagens também à imagem da universidade “porque posiciona-a num patamar de inovação, iniciativa e consciência social. Por último, é, obviamente, muito enriquecedor para nós, enquanto grupo, passarmos por toda esta experiência, tanto a nível profissional como pessoal”. As próximas ações são nos dias 22, 23 e 24 de abril, para um patrulhamento geral em todas as cantinas (Gualtar, Azurém, Bar 5, Congregados e Sta. Tecla), sendo que o mesmo se repete nos dias 20, 21 e 22 de maio. Dentro do âmbito do movimento, existe ainda um concurso a decorrer até ao dia 30 de abril, onde poderão participar com uma fotografia ou um vídeo original, onde demonstrem que não contribuem para o desperdício alimentar.


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INQUÉRITO

como descreves a tua experiência erasmus na UMINHO? “Surreal” é a palavra que melhor descreve a experiência de Jéssica Angelo na UMinho. A estudante brasileira explica que, numa aventura como esta, “os sentimentos são ampliados, o que torna tudo muito intenso”, antes de concluir que a experiência tem sido “incrível e, ao mesmo tempo, assustadora” pela saída da zona de conforto. Bastaram, porém, “algumas semanas” para que se adaptasse ao estilo de vida português: “Quando cheguei a Portugal, tive a sensação de que ainda estava no Brasil, apesar das particularidades de cada país”, confessa. Mas o facto dos portugueses “serem muito recetivos e dispostos a ajudar” também é um fator que Jéssica leva em conta. De volta à sua experiência Erasmus, a estudante fala de um “mar de novidades, pessoas e culturas” que já lhe trouxe “uma nova família”. É, de facto, na companhia de outros alunos Erasmus que diz estar a “descobrir não só o mundo, mas quem verdadeiramente somos e onde queremos chegar”. jéssica angelo brasileira 4º ano - direito

antonio dono italiano mestrado em marketing

“É muito engraçada, para mim, a forma como a cozinha portuguesa põe arroz e batatas em todo o lado”. A observação vem de Antonio Dono, estudante italiano a frequentar o seu segundo semestre na UMinho. A sua experiência por cá tem nota positiva. “Os professores e os alunos sempre foram simpáticos” explica, antes de assumir que se sente “em família” com os outros estudantes Erasmus. Razões de sobra para se falar numa integração “extremamente simples”. Para lá dos aspetos gastronómicos ou do tempo – “aqui chove muito mais”, desabafa Antonio – não há muitas diferenças entre Portugal e a Itália. Ainda assim, Portugal “tem uma atmosfera diferente” explica o italiano, antes de apostar que a razão esteja “naquilo a que se chama ‘saudade’”, sentimento comum entre os portugueses. E quanto a aprendizagens? “No Natal, quando voltei a Itália, cozinhei bacalhau com natas para a minha família. Toda a gente adorou”, responde.

“A minha experiência tem sido incrível, apesar de estar sempre a chover”, atira Hollving Argaez. Logo ao início, as diferenças entre o seu país e a cidade de Braga fizeram-se notar: “As pessoas aqui são mais reservadas, os sinais de trânsito são completamente diferentes, o tempo é muito frio e, claro, as coisas mais diferentes são a língua e a comida”. A integração foi-se fortalecendo, mas há coisas que o estudante mexicano ainda tem por resolver: “o jet-lag continua a dar cabo de mim, porque adormeço sempre muito, muito tarde”. Para Holving, conhecer o país tem sido uma atividade prazerosa, já que Portugal tem imenso para mostrar. Mas deixa também um aviso aos portugueses: “Acho que muitas pessoas nem sequer têm a noção do quão fantástico o seu país é”. Os elogios deixam transparecer uma experiência Erasmus bem-sucedida. E, mesmo que a comida portuguesa não seja “tão boa quanto a mexicana”, há uma consolação: “Adoro francesinhas”! Hollving Argaez MEXICANA REL. INTERNACIONAIS - 3º ANO

Steve Sheridan NORTE- AMERICANO INV. ENG. BIOLÓGICA

“Procurem a palavra ‘incrível’ num dicionário de sinónimos e terão o começo de uma descrição”. É isto que Steve nos propõe, quando lhe perguntámos como tem sido a sua experiência por Braga. A aventura tem sido “divertida”, “desafiadora” e rica em “coisas que não se aprendem nas aulas”. O contacto com a cultura portuguesa foi fácil, tendo em conta que este investigador também já esteve pela Alemanha: “em geral, os países ocidentais não são assim tão diferentes quanto isso”. Sobre Portugal, Steve tem a elogiar aspetos belos e simples como “a arquitetura, as roupas a secar nas varandas, as pessoas a beber café nas ruas”, garantindo que existe “um sentimento muito autêntico” nas cidades portuguesas. A salientar pela negativa, só o facto de por vezes ainda se notar, por cá, algum sexismo: “A situação na América está longe de ser perfeita, mas sinto uma maior objetificação e desvalorização da mulher” em Portugal.

José Miguel Lopes jose.sepol@hotmail.com

Erasmus é sinónimo de aventura, mas também significa sair da zona de conforto. Quem o admite são os próprios alunos estrangeiros que o ACADÉMICO entrevistou esta semana. Desde a comida à meteorologia – sem esquecer a forma de ser das pessoas ou até os fusos horários – Portugal é um destino com algumas diferenças que primeiro se estranham… mas que depois se entranham. Seja como for, o balanço da experiência de intercâmbio e o resultado de trocar o México, o Brasil, a Itália ou os Estados Unidos da América por Braga parece ser muito parecido entre o investigador e os alunos entrevistados pelo ACADÉMICO.



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especial tutorUM

ercília machado Ercília Machado, de 27 anos, é desportista de atletismo na Universidade do Minho e no Sporting Clube de Portugal. É natural de Santo Tirso e está a tirar o doutoramento em Engenharia Química e Biológica na UMinho. Esta semana é a convidada do ACADÉMICO. TOMÁS SOVERAL tomassoveral@gmail.com

Como é que começou a tua carreira no atletismo? Começou no meu 5º ano, quando participei numa corrida de corta-mato, como desporto escolar, e venci a prova. Como tinha um primo que já praticava no Centro de Atletismo de Santo Tirso, ele decidiu falar com o presidente e, após isso, vieram os dois a minha casa, convidar-me a entrar no clube. Eu aceitei e, a partir daí, comecei a entrar no mundo do atletismo. Como tem sido esse percurso? Tem sido um percurso com muitos altos e baixos, mas com momentos muito gratificantes, como os vários títulos nacionais, tanto em corta-mato como em pisFPN

Consegues descrever o teu dia-a-dia e a forma como geres o teu tempo? Costumo ao acordar por volta das 7h30 e sair de casa às 8h15 para começar a treinar às 9h00, como moro em Santo Tirso, tenho de sair bem cedo. De seguida costumo ir para a faculdade por volta das 10h30, onde fico até às 17h30. Depois volto a ter treino e só acabo por chegar a casa por volta das 20h30.

ta, desde juvenil até sénior. O lado negativo tem sido a quantidade de lesões que tenho tido e recuperar dessas lesões torna-se muito difícil porque parece que uma ou duas semanas não faz grande diferença, mas baixa-nos completamente a forma e depois precisamos do dobro do tempo para a recuperar. Como é que foram as mudanças de clube ao longo da tua carreira? Apenas estive em três clubes, até hoje. Comecei no Centro de Atletismo de Santo Tirso e passados quatro anos, mudei-me para o Sporting Clube de Braga, devido ao falecimento do meu treinador. Nessa altura, também estava a passar do ensino secundário para o ensino superior e decidi entrar num curso que fosse de engenharia e que fosse em Braga, para tentar conciliar os estudos com os

E o que é que te motiva a continuar no atletismo?

treinos da melhor forma possível, por isso, escolhi Engenharia Biológica. Após a extinção do atletismo feminino no SC Braga, passei para o Sporting Clube de Portugal, o meu clube do coração! Como é que funciona essa relação com o Sporting, estando tu em Braga e sendo o clube de Lisboa? O bom do atletismo é que não é preciso estarmos todos juntos, como no futebol ou no andebol. Não precisamos

de estar em Lisboa, podemos estar onde quisermos, só temos que treinar e aparecer nas provas. Mas claro que posso ter outro tipo de apoio, a nível de médicos e fisioterapeutas, se estiver perto da sede do clube, tanto é que sempre que me lesiono, tenho de ir para Lisboa para ser tratada e avaliada pelos médicos do clube. Como concilias os estudos com a competição? Sinceramente, não é muito fácil porque há períodos em que só me aplico no atletismo e outros em que só me aplico na faculdade. Mas tenho a sorte de ter dois orientadores muito prestáveis e muito e compreensivos face à minha situação. Às vezes, não são só os treinos e as provas, mas também os estágios da seleção que costumam durar uma semana e as provas internacionais ocupam mais dois ou três dias do que o normal. Por exemplo, quando me lesionei, tive de ficar três semanas em Lisboa e os meus orientadores perceberem a situação e tentaram ajudar-me ao máximo. Ou seja, dá para conciliar, mas é preciso muito esforço.

Costumo dizer a todas as pessoas que não me podem pedir para desistir disto, porque por mais que eu tente, não consigo. O bichinho está cá dentro e já não sai. Uma coisa que acontece é que se eu não estiver bem no atletismo, tudo o que me rodeia também não está bem. Por isso é que sempre que me lesiono, fico bastante desmotivada e sem paciência para nada, exatamente porque aquilo que me faz bem é correr. É preciso um enorme sacrifício e não é um desporto muito saudável, mas é o que eu gosto de fazer! Quais foram os melhores momentos da tua carreira até agora? Já tive muitos, até porque cada vitória, para mim, é um momento diferente. Talvez o meu melhor ano foi o de 2007, no qual tive a oportunidade de ganhar sete medalhas de ouro e consegui ganhar cinco. Poderia ter ganho mais, mas lesionei-me e fui para a última prova com apenas uma semana de treino. Mas todas as medalhas que ganhei foram momentos extraordinários como a medalha de prata no Europeu de Corta Mato pela Seleção Nacional. São tantos momentos e tão boas recordações que se


ESPECIAL TUTORUM PÁGINA 12 // 10.ABR.14 // ACADÉMICO

FPN

torna difícil ter de destacar algumas. Conseguiste a qualificação para o Mundial de Corta Mato no Uganda, mas depois acabaste por não ir. O que é que aconteceu? Eu já sabia antecipadamente que, em princípio, não iria poder ir ao Mundial, mas não baixei os braços e fui na mesma à prova nacional, até porque estava a representar a UMinho a nível universitário e o Sporting CP a nível federado, por isso, nunca poderia falhar essa prova. Mas também não foi só por isso, eu sempre gostei de competição e lutar por um título é sempre motivação suficiente para enfrentar a prova. Consegui vencer e garanti, assim, a qualificação, só que não cheguei a ir ao Mundial. Havia uma pequena hipótese de conseguirem levar um ou dois atletas daqui de Portugal, mas devido a uma contenção de custos, isso não foi possível. Como se vão realizar dois mundiais este ano aqui em Portugal, decidiram guardar todas as verbas para a organização dos mesmos. Ficava muito dispendiosa uma ida ao Uganda e, por isso, decidiram não levar ninguém, o que é triste, já que seria a minha última oportunidade de disputar um Mundial. Consegui ir ao Mundial em 2007, mas depois nos outros, não consegui porque estava sempre lesionada e esta era a minha hipótese de terminar em grande.

vido à quantidade de lesões que sofri. Tive de me submeter a várias infiltrações, corticoides, o que para nós não é nada bom. Faz com que nos passe a dor e com que recuperemos da lesão mais rapidamente, mas esses corticoides estão-nos a desgastar os músculos. E também como damos sempre o nosso máximo e vamos até ao limite, por vezes, isso leva-nos a lesões e a situações de cansaço extremo, o que não é nada bom.

E como têm sido os resultados nas provas pela Universidade do Minho? Este ano está a ser fabuloso! Só não ganhei uma medalha de pista coberta porque já tinha tido outra prova de manhã e seria arriscado estar a correr outra vez à tarde. Mas ganhei nas duas em que participei, tanto no Corta Mato Universitário como no Campeonato Nacional de Estrada. Espero ainda conseguir mais uma medalha no Nacional de Pista, em maio.

Em relação ao teu doutoramento, qual tem sido a tua motivação para o frequentares e porquê a escolha de Engenharia Química e Biológica? Quando acabei o mestrado, decidi apostar mais no Corta Mato, mas depois acabei por me lesionar. Mais tarde, comecei a trabalhar porque já não aguentava a pressão de sair de casa, ir para o tra-

tamento, almoçar, voltar para o tratamento e, finalmente, voltar para casa. No ano seguinte, comecei a submeter artigos, para tentar concorrer ao doutoramento e consegui uma bolsa, através da qual consigo suportar os custos das propinas. Escolhi seguir estar área no doutoramento por influência do trabalho que tinha feito no mestrado. Na altura, estava motivada em procurar coisas novas e acabei por consegui registar a minha primeira patente, ligada à produção de etanol a partir de borra de café. Tem-te ajudado o facto de seres aluna/atleta? Sempre me ajudou bastante, principalmente na altura do mestrado porque com as idas às seleções e com os estágios, tinha um tutor que me ajudava a organizar os trabalhos e exames, o que me facilita-

va imenso. Os professores ajudavam bastante, nessa altura, principalmente em entregas de trabalhos e também por me deixarem fazer os trabalhos de grupo, individualmente, uma vez que me era impossível realizar um trabalho com um grupo, por causa dos horários. O que tens a dizer sobre o apoio que é dado aos atletas aqui na Universidade do Minho? Não tenho nenhuma razão de queixa, tenho sentido sempre um grande apoio. Tenho é pena de não ter conseguido ajudar, nestes últimos anos, a participar em mais torneios universitários. Numas vezes, tinha de competir pelo SC Braga ou pelo Sporting CP e noutras, não pude porque estava lesionada. Mas, no geral, tenho sentido sempre um grande apoio da Universidade do Minho.

O que é que esperas do atletismo no futuro? Hoje em dia vamo-nos apercebendo que o futuro vai ser um bocadinho mau para nós porque há cada vez menos dinheiro e cada vez mais provas, mas com baixos prémios monetários. No atletismo não tenho um futuro assegurado, por isso mesmo é que nunca deixei de estudar. Eu gostava de me focar só no atletismo mas seria muito complicado. Disseste que o atletismo não é um desporto muito saudável. Não achas que seja um bom desporto para se praticar? Acho que é um excelente desporto, se for praticado como hobby. Cada vez mais se vê as pessoas a correrem e a praticarem o seu jogging ao fim do dia, e isso não acontece por acaso. Tornou-se uma grande forma de passear e de aliviar o stress. Apenas disse que não é muito saudável de-

o lado pessoal de ercília machado Como é que é a tua vida social? Costumas sair a bares ou discotecas? Costumo sair, principalmente em agosto, porque é a altura em que estou de férias, tanto na faculdade como na competição, por isso, aproveito para sair. São mais ou menos 15 dias em que tento aproveitar a praia e as saídas à noite ao máximo. Durante o resto do ano, sendo atleta, não posso ter a mesma vida noturna que têm os outros estudantes, mas gosto de ir jantar fora e ir ao cinema. O que gostas de fazer nos teus tempos livres? Sobretudo passear, ir ao

cinema, ver televisão e estar com os meus amigos. Queres partilhar algum episódio caricato que tenha acontecido na tua carreira? Por acaso até tenho dois. O primeiro foi numa prova em Ponta Delgada e como a prova era em paralelo, os músculos iriam desgastar-se mais rapidamente, por isso decidi subir a um mini passeio que tinha na berma da estrada. Uma colega viu e fez o mesmo, mas assim que subiu, íamos chocando. Consegui desviar-me dela, mas depois, não reparei e fiquei com um braço preso naquelas barras que costuma haver

em frente às escolas. Depois fiquei com o braço todo esmurrado e tive de terminar a prova de braço ao peito. O segundo foi numa prova em Barcelos, onde esta tinha de começar ou às 10h ou às 10h15 por causa do comboio que passava a meio do percurso. A partida foi dada às 10h05 e quando chegámos ao local, a cancela estava fechada porque ia passar o comboio. O carro que ia à frente parou e disse que ninguém podia passar, mas os homens decidiram avançar na mesma. Nós acabámos por ir atrás e quando olhámos, tínhamos o comboio a 100 metros de nós. O comboio acabou por ter de parar e esperar que passasse toda a gente.


LOCAL PÁGINA 13 // 10.ABR.14 // ACADÉMICO

braga recebe em junho II marcha dos direitos lgbt ELSA MOURA elsa.moura@rum.pt

Já começou a preparação para a II Marcha pelos Direitos LGBT na cidade de Braga. A primeira decorreu em 2013 com uma adesão acima das expetativas da organização. Este ano o coletivo “Braga fora do Armário”, criado depois do sucesso da primeira marcha, promove várias atividades até 14 de junho. Um ciclo de cinema e tertúlias são duas das formas encontradas pela organização para “divulgar a marcha e sensibilizar a população com este assunto”. “Reivindicar novas conquistas” é outro dos objetivos, explicou Eduardo Velosa, membro do coletivo bracarense. A programação arrancou na semana passada com uma sessão de cinema, na TOCA, no centro da cidade, com a exibição do filme “O segredo de Brokeback Mountain“. O ciclo de cinema vai prolongar-se ao longo dos próximos dois meses. Mas há ainda outras atividades como uma tertúlia,

intitulada “Poliamor e o questionamento da Mononormatividade”, no dia 9 de abril, quarta-feira. Questões que precisam de ser abordadas numa sociedade que ainda tem algum preconceito. Eduarda Sousa, do “Braga fora do Armário” refere que é preciso “discutir, criar massa crítica, mostrar que existem diversos tipos de relacionamento e diferentes maneiras de cada um expressar a sua sexualidade”. Eduarda explica que o objetivo passa por “debater, concordar e discordar, mas respeitar que existem outros padrões, outras formas de viver os relacionamentos desde que a liberdade individual de cada um seja respeitada”. Apesar de parecer que a sociedade está cada vez mais evoluída, e que a homossexualidade não é o tabu de antigamente, ainda existe “muito preconceito” e Eduarda Velosa nota que “as pessoas não estão abertas” e não acredita que “exista muita aceitação e muita compreensão”.

A tertúlia está agendada para as 21h30, no estaleiro cultura Velha-a-Branca. A iniciativa conta com a participação de Ana Pires, jornalista freelancer e poliamorosa, Daniel Cardoso, ativista do PolyPortugal, e Inês Rôlo, ativista do PolyPortugal e do Clube Safo. Mas as atividades não se ficam por aqui. Para o dia 10 de maio está agendado um passeio de bicicleta pela cidade dos Arcebispos e uma grande festa LGBT no dia 24. A II Marcha pelos Direitos LGBT na cidade dos Arcebispos será a 14 de junho, com saída marcada para o Arco da Porta Nova. Um sábado muito aguardado pela organização que espera “mais gente que no ano passado”. Eduardo Velosa admitiu que “muita gente pensava que não seria possível acontecer” uma iniciativa do género da cidade de Braga. Agora, as expetativas “são muitas” até porque “está muita gente envolvida na organização”. Eduardo Velosa apelou aos bracarenses e estudantes

universitários para que participem neste grupo aberto “independentemente da sua orientação sexual”. A organização acredita que a próxima seja também uma marcha “mais forte” também pelo facto deste ano se ter discutido muito o tema da co-adopção. O jovem sublinha que o envolvimento das pessoas em torno da temática da homossexuali-

dade é “fundamental” para “continuar a combater a discriminação a todas as pessoas LGBT, que continua a acontecer”. “Braga Fora do Armário” é um coletivo de ativistas para a promoção e a defesa dos direitos das pessoas LGBT, em Braga, que surgiu em 2013 na sequência da organização da I Marcha pelos Direitos LGBT - Braga.



TECNOLOGIA E INOVAÇÃO PÁGINA 15 // 10.ABR.14 // ACADÉMICO

liftoff,

http://liftoff.aaum.pt/ facebook.com/aaum.liftoff

gabinete do empreendedor da AAUM

Prémio EDP Inovação

Creators School A Creators School é uma oportunidade de aprendizagem intensiva para estudantes, empreendedores e profissionais que querem desenvolver uma aplicação Web. Descrição

O Prémio EDP Inovação está de volta e à procura dos projetos empresariais mais inovadores em torno das tecnologias limpas na área da energia. São vários os apoios que o Grupo EDP está preparado para dar aos melhores projetos que entrarem em competição, e o prémio final é de 50 mil eu-

> 10 ABRIL ‘14 Apresentação Final Pitch´s LIFTOFF WORKING IDEAS Campus de Gualtar

ros para a equipa vencedora! Podem-se candidatar ao Prémio até 13 maio, no site www.premioedpinovacao. edp.pt equipas de 2 a 5 elementos. Os elementos que compõem a equipa têm de ser residentes em Portugal e ter um nível académico que

> 22 ABRIL ‘14 Gestão Estratégica Eficaz Campus de Gualtar

corresponda, no mínimo, à frequência do último ano de uma licenciatura. Esta é já a sexta edição do Prémio, que nos anos anteriores tem sido ganha por equipas compostas por alunos e professores de instituições de ensino superior em Portugal.

> 23 ABRIL ‘14 Workshop Wake up your skills! – Connecting The Dots

A Creators School é um programa onde os participantes podem desenvolver conhecimento e competências de forma intensiva e de mãos na massa. Está particularmente orientada para estudantes, empreendedores e profissionais de empresas que querem desenvolver protótipos de aplicações web com as mãos na massa: aprender, fazendo. Da definição da oportunidade e modelo de negócio à implementação da aplicação web, a CS organiza um processo imersivo de aprendizagem, onde a prática será a metodologia mais usada. Haverá um tronco comum e depois poderás selecionar os temas que mais te interessam: Web Design, Web Development, Product & Business Development. Deverás aprender como desenvolver um back-end em Ruby On Rails, ter uma introdução ao desenvolvimento em front-end, conceitos básicos de Web Design e aprender a gerir o desenvolvimento do produto. Mais informações em http://cs.groupbuddies.com

> 8 MAIO ‘14 Marketing e Vendas Campus de Gualtar

> 15 MAIO ‘14 Organização de Processos Campus de Gualtar

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CULTURA DR

anselmo ralph é nome sonante para o enterro da gata ‘14 DANIEL VIEIRA DA SILVA daniel.silva@rum.pt

É oficial. Está aí um dos nomes mais fortes do Enterro da Gata ‘14. Anselmo Ralph está confirmado no cartaz das monumentais festas para a noite de terça-feira. O cantor de origem angolana chega a Braga num momento em que o seu nome está associado a alguns hits que vão marcando várias pistas de dança nacionais e internacionais.

É um dos responsáveis pelo protagonismo que vai sendo assumido pela música de origem africana no nosso país. O último álbum “A dor de cupido”, que foi lançado em 2013 em Portugal, lançou para a ribalta, de uma forma definitiva, este músico angolano. O tema “Não me toca” é resultado de um trabalho de sucesso, prova disso, as mais de 10 milhões de visualizações da música no youtube. Um artista em ascensão,

agora mais mediatizado com a sua presença num programa de música na RTP 1, onde desempenha funções de júri. A chegada a Braga confirma, igualmente, a aposta da Associação Académica da Universidade do Minho, num nome “estrangeiro”, à semelhança do que tem sido hábito nos últimos anos. Anselmo Ralph irá subir ao palco do Gatódromo num dos dias teoricamente mais fraco a nível de bilheteira, facto que pode agora ser re-

vertido com a esperada correria às mesmas nesse dia. Carlos Videira, em exclusivo ao ACADÉMICO, afirmou: “Trata-se do artista de língua portuguesa com maior número visualizações no youtube de sempre e que estará em exclusivo no Enterro da Gata no que diz respeito às semanas académicas. Estou certo que será uma grande noite, com grande interação com o público e grande animação.” Recorde-se que já estavam confirmados os nomes de

Dealema, Dengaz e Xutos e Pontapés para o cartaz deste ano. As Monumentais Festas do Enterro da Gata ‘14 decorrem de 9 a 17 de Maio, sendo que o primeiro dia está reservado ao tradicional Velório da Gata e às Serenatas no Largo do Paço. Depois a “acção” passa para o Gatódromo onde noite após noite os estudantes vibram com a semana mais esperada do ano. A animação termina a 17 com o habitual arraial minhoto.


PÁGINA 17 // 10.ABR.14 // ACADÉMICO

RUM BOX TOP RUM - 14 / 2014

13 - LEGENDARY TIGERMAN Do come home

04 ABRIL

14 - NICOTINE’S ORCHESTRA Luna loca

1 - TEMPLES - Keep in the dark

AGENDA CULTURAL BRAGA

TEATRO 1 a 4 de abril Mostra de teatro escolar Theatro Circo

19 de abril Clã CCVF

GUIMARÃES

FAMALICÃO

13 de abril Birds are indie FNAC

MÚSICA 12 de abril N’Toko CCVF

11 de abril Peter Hook & the light Casa das Artes

13 de abril OJ.com Theatro Circo

12 de março peixe:avião Plataforma das Artes

MÚSICA 11 e 12 de abril FITU Theatro Circo

15 - JUBA - Maria 2 - BECK - Blue moon 16 - SAVAGES - Shut up 3 - JOAN AS POLICE WOMAN Holy city 4 - PZ + dB - Cara de chewbaca

17 - RUSSIAN RED - Casper 18 - STEPHEN MALKMUS & THE JICKS - Lariat

TEATRO 15 de abril Baú dos segredos Casa das Artes

5 - NORTON - Magnets 19 - LOCAL NATIVES - You & I 6 - WE TRUST We are the ones

20 - FANFARLO - Landlocked

LEITURA EM DIA

Para ouvir de segunda a sexta (9h30/14h30/17h45) na RUM ou em podcast: podcast.rum.pt Um espaço de António Ferreira e Sérgio Xavier.

7 - DIABO NA CRUZ Vida de estrada 8 - CLÃ - Rompe o cerco

POST-IT 07 abril > 11 abril

9 - ARCADE FIRE - Reflektor 10 - WARPAINT - Love is to die

FRANKIE CHAVEZ Fight

11 - CAYUCAS High school lover

KEVIN DREW Good Sex

12 - DEAD COMBO A bunch of meninos

THE HORRORS I See You

O Nome do Mundo é uma Janela de Bernardino Guimarães. Ed.Bairro dos Livros. O Porto e os seus poetas, uma construção lírica sobre memórias afectivas e desmembramento do real. O Dom de Gabriel de Hanif Kureishi. Ed.Teorema. Um dos mais importantes escritores ingleses da actualidade. Um romance esmagador.

CD RUM

bruno pernadas how can we be joyful in a world full of knowledge SÉRGIO XAVIER sergio.xavier@rum.pt

Há discos dificeis de catalogar e de definir, não apresentam referências óbvias a lugares, tempo ou género. ‘How can we be joyful in a world full of knowledge’ é exactamente isso, uma exploração sonora, sem rota e plano de voo definidos. Bru-

no Pernadas faz a sua estreia em nome próprio, mas é apenas mais um capítulo a acrescentar ao seu diversificado currículo. Músico com formação sólida (Escola do Hot-Club de Portugal e Escola Superior de Música de Lisboa), o seu nome surge associado a vários projectos, desde a pop-folk tropical dos Julie & the

Carjackers ao jazz e à musica improvisada dos When We Left Paris, passando por abordagens mais experimentais no L’appartement. É também um dos elementos do Real Combo Lisbonense, grande formação que se dedica à revistação do reportório das orquestras e dos conjuntos de baile dos anos 50 e 60.

A Torre de Basileia de Adam Lebor. Ed.Bertrand. Como um banco suíco controlou o mundo financeiro durante a II Guerra, conivente com os nazis. Alcatrão de Luís Brito. Ed. Abysmo. A viagem, os viajantes, a errância por culturas nesta era globalizante, num livro, mais que estimulante, é um verdadeiro hino literário e lírico.

No meio de tamanha actividade surge ´How can we be joyful in a world full of knowledge’, disco onde Pernadas integra elementos sonoros que vão desde o a electrónioca, o psicadelismo, o afro-beat, o jazz, o exotismo indiano ou sons dos trópicos, embrulhados numa simplicidade pop desarmante. Com a participação de vá-

DR

Correspondência Agustina de Régio(1955-1968). Ed. Guimarães Editores. A genial romancista e o poeta presencista numa correspondência cúmplice e íntima; um documento precioso e único.

rios músicos – entre os quais João Correia (Julie & the Carjackers, Tape Junk), Afonso Cabral (You Can’t Win, Charlie Brown), Francisca Cortesão (Minta & the Brook Trout) e Margarida Campelo (Julie & the Carjackers, Real Combo Lisbonense), o disco terá uma apresentação ao vivo a 16 de abril, no Teatro Maria Matos, em Lisboa.


PÁGINA 18 // 10.ABR.14 // ACADÉMICO

DESPORTO sc braga/aaum cede empate caseiro ante o módicus daniel vieira da silva daniel.silva@rum.pt

A equipa do Sporting de Braga/AAUM empatou neste fim de semana com o Módicus. O SC Braga/AAUM entrou a pressionar e a dominar o jogo e poderia ter inaugurado o marcador logo no primeiro minuto, mas Tiago Brito desperdiçou a ocasião criada. Ainda assim, mais tarde, à passagem do minuto 3, o golo apareceu por intermédio de Miguel Almeida a responder da melhor forma a uma defesa incompleta do guardião do Módicus. A equipa de Sandim reagiu bem e quase que empatava de imediato. Porém, primeiro o poste e depois Xot evitaram o pior. Guarda redes bracarense que esteve, aliás, em evidência no tempo em que esteve em jogo. Poucos segundos após ter sido substituído por Pli, o Braga/AAUM sofreu o primeiro golo da tarde. Um tento apontado por Gabriel. Empate que durou pouco tempo, uma vez que Tiago Brito, num remate forte fez o 2-1. Pouco depois estava feito o 3-1 com que se foi para o descanso. 2ª metade com registos negativos A ganhar por 3-1, o SC Braga/ AAUM reentrou na segunda parte à procura do 4-1. Falhou algumas oportunidades e a sua ineficácia foi penalizada. O Módicus aproveitou e fez dois golos que deram o empate. Na altura, a equipa de Sandim já justificava este resultado. Até final, o Braga/AAUM e o Módicus tiveram várias oportunidades para marcar,

mas a falta de pontaria no último disparo fez com que o jogo terminasse empatado. Divisão justa de pontos no Pavilhão da UM.

Jogo em direto na AAUM TV À semelhança do que aconteceu no jogo com o SL Olivais e no jogo frente ao Benfica (a

contar para a Taça de Portugal onde a equipa bracarense foi afastada da competição) este encontro foi transmitido, em direto, na AAUM TV,

canal que, à exceção dos encontros que estão reservados à RTP, vai levar aos adeptos as partidas caseiras dos estudantes. Ricardo Fernandes

Xot esteve em evidência na baliza bracarense

paulo tavares: “culpa própria” justifica empate No final da partida, o técnico do SC Braga/AAUM lamentou a falta de concentração da sua equipa tanto a defender como a atacar. “Passaram 39 minutos a jogar no seu meio campo, a jogar no erro do SC

Braga/AAUM. Não percebi a estratégia, mas isso é lá com eles. Jogamos contra uma equipa fechada e falhamos golos demais. O problema é que muitas vezes nestes jogos os jogadores não se con-

centram como deve ser. E o empate passou um pouco por aí. Os níveis de concentração estiveram muito baixos. Contra o Benfica já tínhamos sido perdulários e a pressão era muito maior. Aproveita-

mos para dar minutos a outros jogadores. Mas criamos muitas oportunidades e não as concretizamos. E no futsal toda a gente sabe que para sofrer um golo basta um ou dois segundos.”


Agenda ESN Minho 10 April Card Party @ Stephane 11 April ESN Porto visit @ Sardinha Biba 17 to 20 April Erasmus National Meeting 22 April Erasmus Got Talent @ Ynot Bar 24 April Glow Party @ Stephane Bar

DE QUE SERVE O ERASMUS?

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Muita gente tem opinado sobre o que é Erasmus. Alguns acham que é uma simples subvenção para o estudo. Quem não teve a sorte de desfrutar desta experiência costuma dizer que é um desperdício de dinheiro por parte dos Governos, pois os estudantes estão sempre em festa e não estudam nada. Porém, somente aqueles que viveram a experiência Erasmus sabem o que é realmente. Alguns estudantes têm muita festa, outros, apenas saem à noite. Uns aprendem a língua do país que visitam, e mergulham na sua cultura até ao ponto de nunca se esquecerem da gente e das costumes do país; outros, por outro lado, não conseguem aprender o idioma nem experimentam o sabor do prato mais típico da cidade na qual estiveram. Muitos estudantes aprendem a viver sozinhos, a cozinhar e lavar por si próprios as suas roupas; Mas, acima de tudo: Erasmus é amizade, respeito, aprendizagem, empatia, conhecimento vital e experiência. Erasmus é a melhor formação de estudantes que um Governo pode dar. Possivelmente os alunos não aprendem tantos conteúdos acadêmicos fora do seu país, por causa da nova língua, da adaptação ao sistema escolar no país de destino, ou pelas distrações em forma de viagens, reuniões, jantares e festas. O alvo da educação, não é preparar os estudantes para afrontarem a vida? Sem dúvidas, esta experiência fornece uma oportunidade única para treinar o aluno com vista para o futuro. Não importa se uma pessoa é introvertida, porque aprenderá a conhecer gente nova desde o primeiro dia. Não interessa se a pessoa não conhece a língua de destino nem o inglês, porque aprenderá a comunicar com os outros, sejam chineses, brasileiros, alemães, russos ou finlandeses. Nunca serão um problema as diferenças culturais, nem sexuais, nem raciais porque, em Erasmus, todos somos iguais e a abertura mental é o maior valor das pessoas. Erasmus não é uma viagem, senão uma vida toda, comprimida em 6 ou 10 messes. Em Erasmus não se estuda como na Universidade de origem, mas aprende-se como em nenhum outro lugar. Em Erasmus entendes que as bandeiras representam as pessoas das diferentes regiões do Mundo, mas sem esqueceres que somos todos cidadãos do mesmo planeta e que pisamos a mesma terra, sem nos importarmos com as fronteiras. Erasmus é alegria partilhada. Erasmus é colaboração e ajuda ao próximo. Em Erasmus, as tristezas superam-se rapidamente. Juan Manuel Mayoral Martínez

• Os locais das festas serão atempadamente comunicadas

DR

•The places of the parties will soon be communicated

VOX POP ERASMUS

Erasmus is a experience that marks people so much that they have the need to come back to the city that received them with wide open arms. Let’s see how some “returners” feel.

Daniele Affatato It’s like feeling at home. It’s like I’ve never went back to Italy. But I can feel a bit of difference between Erasmus from first semester and the ones from the second. We were lucky that we did previously the ELC course, and, when the lective year began, we were already a family. In this semester, this did not happen, but I can see that everyone is enjoying very much.

What’s the purpose of Erasmus? Many people have given their opinion about what is Erasmus. Some think it is a simple grant for the study. Those who never had the luck to enjoy this experience usually say it’s a waste of money by the Governments, given that students are always in parties and don’t study; However, only those who have lived the Erasmus experience know what it really is. Some students have lots of parties while others only go out at night. Some learn the language of the country they visit, and dive in their culture to the point of never forgetting the people and customs of the country; others, on the other hand, fail to grasp the language or experience the flavour of the most typical dish of the city in which they were. Many students learn to live by themselves, to cook and clean their own clothes. But, aside from all that was previously mentioned, Erasmus is friendship, respect, learning, empathy, vital knowledge and experience. Erasmus is the best investment in student’s educational training that a Government can do. Possibly students do not learn so many academic content outside their country as in their own because of the new language, the adaptation to the new school system or the distractions as travelling, meetings, dinners and parties. But isn’t it, the target of education, to prepare students to face life? Without doubt, this experience provides a unique opportunity to train the student for their future. It doesn’t matter if a person is introvert, because you’ll learn how to meet new people since the first day of your arrival. It doesn’t matter if the person doesn’t know the mother language or English, because you will also learn to communicate with each other, even if they are chinese, brazilians, germans, russians or finns. Neither cultural differences, nor racial nor gender will be a problem because in Erasmus we’re all equal and open-mindness is the people’s biggest value. Erasmus is not a trip, but a lifetime compressed into 6 or 10 months. In Erasmus you don’t study like your home-coming college, but you learn like you never will. In Erasmus you understand that the flags represent people of different regions of the world, but without forgetting that we are all citizens of the same planet and we’re stepping on the same land, without caring about the borders. Erasmus is shared joy. Erasmus is collaboration and helping the others that will follow. In Erasmus, sadness is overcomed quickly. Translated by Joana Frontoura Departamento Comunicação (Communication Department)

Monika Kolobaric I can say it’s priceless., because all the people that I met and with whom we grew together to be a family are still here. I can’t describe the feeling that is to see them again, after so much time, and feeling like you never left them.



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