Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 172 / ANO 8 / SÉRIE 4 TERÇA-FEIRA, 2.OUT.12
academico.rum.pt facebook.com/jornal.academico twitter.com/jornalacademico
António Paisana, em exclusivo ao ACADÉMICO
“Fico satisfeito pela valorização dada ao Provedor do Estudante”
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local
semibreve
Está a crescer em Braga uma nova “GeNeRation”
O festival das músicas visuais regressa em duas cidades
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campus
cultura
inquérito
Festival cultural num outono académico
FUAP: Braga ao som da música tradicional
Consideras ofensiva a praxe na Universidade do Minho Página 07
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FICHA TÉCNICA 02.OUT.12 // ACADÉMICO
EM ALTA
NO PONTO
EM BAIXO
FUAP Provou-se que em Braga há espaço para se fazer algo do género do Festival Universitário de Artes Performativas. Formou-se um conceito, inventou-se uma disposição do espaço, juntaram-se pessoas e instituições e o resultado foi um grande festival. O FUAP ganhou espaço na cidade e mostrou que pode, com as garantias necessárias, ser um evento que perdure no tempo e se torne um ícone na cidade de Braga.
SEMIBREVE Está aí a edição de 2012 deste festival. Depois da edição do último ano, as expectativas estão bastante elevadas. Em vez de uma, juntam-se duas cidades para celebrar um evento que se quer, uma vez mais, memorável. Este ano o cartaz está mais forte, mais maduro e heterogéneo, parece-me. Mouse on Mars prometem ser o espelho dançável de um leque de artistas que subirão aos palcos. E olhem que a coisa promete! Apareçam!
Polémicas com a praxe Recorrente. Infelizmente volta-se a falar (demais) nas questões da praxe. Porquê tanto mediatismo? A praxe é um ritual que não acabou nem vai acabar na Universidade do Minho. Tem é de haver alguma contenção nas palavras e, essencialmente, de se deixar de birrices e de seguir cegamente conselhos de quem pouco ou nada fez pelos estudantes. Sim, porque são eles o porquê do existir de uma universidade, caso não se lembrem!
SEGUNDA BARÓMETRO PÁGINA
FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // Terça-feira, 2 Outubro 2012 / N172 / Ano 8 / Série 4 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // Chefes de redacção: Cláudia fernandes e Rita Magalhães // REDACÇÃO: Adriana Couto, Alexandre Rocha, ana Pinheiro, Bárbara martins, Bruna Ribeiro, Bruno Fernandes, Catarina Moura, Catarina silva, Cátia Alves, Cátia Silva, Cláudia Fernandes, Daniel mota, Dinis Gomes, Filipa Barros, Filipa Sousa Santos, Isabel Ramos, José mateus pinheiro, Judite Rodrigues, Maura Teixeira, Miguel Araújo, Rita Magalhães e Vânia Barros // COLABORADORES: Elsa Moura e José Reis // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: jornalacademico@rum.pt // TIRAGEM: 2000 exemplares // IMPRESSÃO: GráficaAmares // Depósito legal nº 341802/12
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LOCAL
uma nova “GeNeRation” DANIEL VIEIRA DA SILVA daniel.silva@rum.pt
Vai chamar-se GeNeRation e será o novo palco da cidade de Braga. Pelo menos é assim que a Fundação Bracara Augusta, entidade responsável por Braga 2012: Capital Europeia da Juventude quer que este espaço funcione. Como um ponto de encontro dos diversos estilos e correntes culturais que, a espaços, vão dando algum colorido especial à cidade onde a juventude necessitou de ser Capital para se libertar de algumas amarras. Do GeNeRation sabe-se que será um espaço que irá congregar várias áreas onde os jovens têm intervenção direta. Será um espaço onde, para além da cultura, se podem incluir novas ideias, novos projetos, novos talentos que podem chegar de um dos maiores pólos dinamizadores da região, a Universidade do Minho. Aí, o empreendedorismo ganhará, uma vez mais, um novo fôlego, ao ajudar a alavancar alguns destes projetos. Durante todo o ano o parceiro institucional que agrupava tudo o que era empreendedorismo teve um denominador comum, o Gabinete do empreendedor da Associação Académica da
Universidade do Minho, o Liftoff. Ainda assim, o GeNeRation irá apostar na TecMinho para fazer a “ponte” entre os estudantes e a cidade e o Mundo. Dos vasos à Torre de Babel Quanto a outras ideias,
adianta-se a inclusão de um auditório para 120 pessoas, onde a música e as artes performativas ganharão o seu espaço. Haverá também um parque para bicicletas no sentido de incentivar a mobilidade de pessoas do e para o centro da cidade. Sabe-se também que a fa-
chada, que deixou de ser em betão para, simbolicamente, se abrir para o exterior, será agora constituída por vasos, muitos vasos. Serão 2012 e pintados e semeados por jovens das escolas do concelho. Ainda assim, o destaque vai para a possível criação de
DR
um centro de arte contemporâneo que irá nascer no topo de um edifício que está pensado, projetado, mas que não irá, pelo menos para já, ser contruído. Trata-se de uma espécie de “Torre de babel”, ao estilo da que edilicamente se conhece que irá nascer no centro do GeNeRation e que irá abraçar estes projetos que os artistas irão criar nos seus atelieres nos pisos inferiores. Será uma montra do que de melhor e mais criativo se faz por Braga. Na base de todo este pensamento criativo há, para já, uma cara visível. Ângela Ferreira. Esta jovem fotógrafa será a coordenadora de todo o espaço e irá trabalhar “com uma equipa altamente qualificada” que procurará deixar os alicerces depois de um ano de preparação e montagem daquilo que será um dos edifícios mais emblemáticos da cidade de Braga. Para já sabe-se ainda muito pouco acerca de como tudo irá funcionar, mas a certeza é também que não estará pronto no final deste mês, como era previsto. As obras seguem num bom ritmo, mas teremos de esperar até perto do fim do ano para conhecer por dentro este espaço. PUB.
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CAMPUS desafios do segundo mandato de antónio paisana serão diferentes BÁRBARA MARTINS bjamartins@hotmail.com
Foi no salão nobre da reitoria da Univesidade do Minho (UM) que se assistiu, no passado dia 26, à recondução, para o segundo mandato, de António Paisana como provedor do estudante. Nas palavras do reitor da UM, António Cunha, “a instituição da figura do provedor do estudante afigura-se como extremamente positiva no quadro do Ensino Superior Nacional e, portanto, devemos estar satisfeitos por isso”, realçando assim que esta personalidade “cumpre um papel importante”, uma vez que promove e resguarda os direitos e os interesses dos estudantes no âmbito da vida universi-
tária. Adicionalmente, o reitor da UM afirmou, num “momento de alguma avaliação” dos cinco anos que passaram após ter sido posto em funcionamento o novo quadro legal que enquadra as instituições do Ensino Superior (onde a figura do provedor do estudante foi introduzida), que “foi bom” ter sido instituída esta figura, apesar de naquela altura ter “levantado algumas reservas” no grupo estudantil. Já António Paisana afirmou que os desafios para este segundo mandato “vão ser diferentes”, referindo que “as questões financeiras vão ser as primordiais”, mostrando-se assim bastante sensibilizado para os problemas económicos dos estudantes e, portanto, diz acreditar que o provedor do estudante deverá ter um “lugar de des-
Dicas/Nuno Gonçalves
Cerimónia decorreu no Salão Nobre da reitoria
taque” neste campo. No entanto, este órgão académico continuará a atuar nas suas áreas de trabalho já definidas. O provedor do estudante, quando questionado acerca do problema da comunicação (assunto referido no seu relatório de 2009), afirma que o número de estudantes que vai ao seu gabinete
está a aumentar, embora em Guimarães “as coisas precisem de uns pequenos ajustes”, com o objetivo de aproximar mais os estudantes do apoio do provedor. Assim, o provedor acredita que é fundamental provar que consegue resolver os problemas da comunidade estudantil para que os estudantes não deixem de
recorrer à sua ajuda e para que muitos outros evoquem o seu auxílio, sempre que carecerem deste. Por fim, é de salientar o “carinho que os estudantes têm pelo provedor do estudante” que mostrou estar sempre disponível para ajudar em qualquer questão académica todos os alunos da famosa Universidade do Minho.
university fashion: glamour volta a invadir noite universitária BRUNA RIBEIRO brunatdr@hotmail.com
Com o início de mais um ano letivo, os estudantes da Universidade do Minho (UM) deparam-se com o começo de mais uma edição do University Fashion. Na passada quarta-feira a discoteca Sardinha Biba encheu-se de glamour com o desfile de promoção e apresentação dos concorrentes selecionados no casting que se realizou em junho, no pólo de Azurém. Este evento organizado pela Associação Académi-
ca da Universidade do Minho (AAUM) consiste num concurso de manequins masculinos e femininos que passam por um período de seleção de candidatos até chegarem à gala final. Ao promover eventos como o University Fashion, a AAUM auxilia a integração dos novos alunos, mas também ajuda os alunos que já frequentavam anteriormente cursos como Design e Marketing de Moda, Ciências da Comunicação a porem em prática os conhecimentos já adquiridos. Associado pela primeira vez
a um projeto conjunto entre a Capital Europeia da Cultura e o curso de Design e Marketing de Moda, o University Fashion pretende uma “maior visibilidade fora da comunidade académica”, explicou a organização do evento que acrescentou ainda que, “a gala final encontra-se programada para o Instituto de Design em Guimarães”. O primeiro desfile ocorreu na discoteca Sardinha Biba e, segundo uma das apresentadoras do evento, Mariana Santos, estudante
no curso de Ciências da Comunicação, “foi uma noite bem passada”. “O público presente superou as minhas expectativas, pois tendo em
consideração o espaço e a hora a que começou o desfile, acho que a adesão foi boa e não demorou muito até termos um público mais completo”, acrescentou a apresentadora. O segundo casting irá realizar-se no Bar Académico de Guimarães, sendo esta divisão entre o campus de Gualtar e o campus de Azurém uma preocupação da organização. “Os alunos do pólo de Azurém podem participar/assistir sem quaisquer problemas de deslocação”, anunciou a organização do University Fashion.
CAMPUS PÁGINA 05 // 02.OUT.12 // ACADÉMICO
festival cultural num outono académico CATARINA SOUSA DA SILVA catarinassilva92@gmail.com
A assinalar o início de mais um ano académico, o Festival de outono 2012 pretende dar a conhecer aos mais recentes alunos da Universidade do Minho (UM) a oferta cultural disponível nas cidades de Braga e Guimarães. Nos dias 11, 12 e 13 de outubro, toda a academia e público em geral pode participar gratuitamente nas visitas guiadas e workshops proporcionados pelo evento. Organizado pelo Conselho Cultural da UM, em colaboração com a Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), o Festival de outono pretende apelar à dinamização cultural junto da academia. Durante três dias, e segundo nota de imprensa, o festival procura apresentar o património cultural e artístico da Universidade, ao mesmo tempo que dá a conhecer a história e cultura das cidades de Braga e Guimarães, em particular aos novos alunos da Universidade do Minho. A fotografia, a música, o teatro, a literatura e a poesia constituem alguma da oferta cultural adotada pelo festival. O evento procura revelar a dinâmica das duas cidades e da tradição académica minhota através de concertos ou até de exposições, como é o caso do recital Ekfhrasis apresentado pelo ‘Sindicato da Poesia’ ou da exposição de fotografia
dedicada à China, com organização do Instituto de Confúcio da academia minhota. O Festival de outono procurará também divulgar a produção científica da Universidade e, para isso, vai realizar uma Feira do Livro Académico, nos claustros do Largo do Paço. Segundo a organização, o que se pretende é “dar a dimensão de ‘festa’ a este evento”, que conta com a colaboração de vários agentes culturais de Braga e Guimarães. Este ano, as visitas guiadas em Braga passarão pelo centro histórico, pelo Arquivo Distrital de Braga ou mesmo pelo Museu Nogueira da Silva. Já em Guimarães, o público terá a oportunidade de visitar o coração da cidade berço, assistindo a alguns teatros, mas as visitas também passarão por museus e pela biblioteca. Relativamente aos workshops, desde a lomografia à escrita criativa, as oficinas que surgem no programa incluem ainda uma formação sobre o corpo do ator. O programa tem a particularidade de ser de acesso completamente gratuito. Os interessados em participar nas visitas guiadas e/ ou workshops devem preencher a ficha de inscrição. As inscrições encerram a 8 de outubro e as atividades têm limite de número de participantes, os quais são registados por ordem de chegada. PUB.
CAMPUS PÁGINA 06 // 02.OUT.12 // ACADÉMICO
flower power dá mote ao jantar do caloiro CLAÚDIA FERNANDES alaufernandes@hotmail.com
também mais dinâmica. Flower Power é uma coisa
que toda a gente conhece e adere facilmente”, explica
Teresa Carneiro, da Gatuna. Segundo a Gatuna, esta é
A edição deste ano do Jantar do Caloiro, que se realiza nesta quarta-feira, pelas 22 horas, vai ser subordinada ao tema do “Flower Power”. A cantina do campus de Gualtar volta a receber uma das mais antigas tradições académicas que é organizada pela Gatuna - Tuna Feminina da Universidade do Minho. A opção por este tema prende-se, de acordo com a organização, com a vontade de “despertar um espírito frenético e natural”. “Decidimos dar um tema este ano, para tornar a coisa não só mais divertida, mas
uma noite em que os novos alunos poderão “conhecer de perto os variados grupos culturais” da academia minhota e ainda integrar-se e conviver, recordando que, afinal, este é “o único jantar que conta com a presença de todos os cursos da academia minhota”. À semelhança do que vem acontecendo nos últimos anos, a organização espera uma “grande adesão” por parte dos caloiros e garante que estes irão ser brindados com algumas surpresas no decorrer da noite. Os alunos interessados e que não tenham adquirido o bilhete, podem ainda fazê-lo no Gabinete de Apoio ao Aluno. O ingresso tem o custo de 7,50 euros.
CRÓNICA ERASMUS: as primeiras impressões Dinis gomes dinis_gomes@hotmail.com
Aluno da Universidade do Minho em ERASMUS em bruxelas, Bélgica 26 de outubro de 2012: faz hoje duas semanas que vivo na capital da Bélgica, Bruxelas. Da pequeníssima fração do que vi e reti do que Bruxelas é, chegar a um consenso sobre que esta cidade representa é um exercício impossível, que está sujeito ao que acontece às primeiras impressões: normalmente saem muito, muito desfocadas. Aqui ficam algumas palavras sobre o que mais me chamou a atenção. Numa cidade em que a lu-
minosidade é escassa, o dia começa madrugador. Daí a sensação, que, por quanto mais cedo acordes, sentes uma desconfortável sensação que já perdeste a corrida. Outro ponto forte a reter, a multiculturalidade, com várias etnias e línguas a passearem-se um pouco por todos os cantos de Bruxelas. Todos querem suceder em Bruxelas e usufruir de uma das mais estáveis economias europeias. É, também por isso, uma cidade de crescimento profissional. O facto de instituições, como a União Europeia e a NATO, terem aqui os seus headquarters implica uma grande quantidade de pessoal administrativo e um considerável número
de empresas que prestam os mais variados serviços (desde análises especializadas sobre os mais variados assuntos, até empresas que se encarregam do controverso lobying) a estas instituições, que, para quem, como
eu, não tinha a real noção da quantidade de pessoas e serviços que trabalham direta ou indiretamente para estas, é uma surpresa. O peso político é, assim, outro dos marcos da cidade. Muitas mais coisas ficaram
por dizer e muitas mais ficam por conhecer, mas estas foram as minhas primeiras impressões. A próxima descoberta já foi definida: conhecer a já muito elogiada rede de museus que Bruxelas dispõe.
CAMPUS PÁGINA 07 // 02.OUT.12 // ACADÉMICO
INQUÉRITO
Consideras ofensiva a praxe na UM? Estudante da Universidade do Minho pelo segundo ano, Raul Ponte afirma que não pode generalizar e dizer que considera a praxe uma atividade ofensiva, na medida em que não conhece todas as formas que assume. No entanto defende que, por existirem abusos, se deveriam adotar novas estratégias de integração, capazes de agradar um maior número de alunos e de satisfazer por completo e de forma íntegra, o desejo de inclusão que os estudantes do primeiro ano têm. ”Há situações completamente desnecessárias, assim como há situações a que dá gosto assistir, mas isto depende sempre do bom senso de cada praxista. A partir do momento em que há um exagero a praxe perde o sentido e o melhor é abandonar”, comenta. Apesar de admitir que a sua experiência não foi a melhor, reconhece que há uma necessidade de integrar os alunos e que, desde que bem gerida, a praxe faz sentido e pode ser benéfica para os alunos que chegam à universidade.
raul ponte 2º ano// ENGENHARIA materiais
cristiana leite 3º ano// educação básica
“Fui respeitada no meu ano de caloira e aceitei todas as atividades que me foram propostas precisamente por não sentir que nenhuma delas afetasse a minha integridade. A minha experiência pessoal deixa-me acreditar que a praxe na universidade não é, de todo, ofensiva”, sublinha a futura professora primária. Começou a praxar no início deste ano e afirma que se preocupa em assegurar o bem estar dos novos estudantes. “A praxe é importante por ter uma componente de diversão e brincadeira que se conjuga com a parte mais séria de ajudar os novos colegas a conhecer a universidade, o curso e a vida académica no geral”, diz. Compreende a preocupação da reitoria mas considera excessivo o zelo que se tem verificado. “Os seguranças mostraram-se bastante inflexíveis e atividades sem qualquer maleficência foram reprimidas. Compreendo que a reitoria queira evitar excessos na praxe, mas não é a cometer os seus próprios excessos que o vai conseguir “, acrescenta.
“Não se pode generalizar quando se fala em praxe ofensiva, há de tudo. Razão pela qual pagam os justos pelos pecadores”. João foi praxado mas acabou por desistir a umas semanas do fim. A experiência que viveu fê-lo criar uma página no facebook - “Praxe e Anti-praxe”- onde se partilham informações e opiniões pró, contra ou alternativas às praxes, com o intuito de ajudar a formar opiniões fundamentadas. Admite o lado de integração da praxe mas frisa que qualquer atividade que junte gente que não se conhece é, potencialmente, integradora. “No estrangeiro organizam uma Welcome Week, que é para mim uma forma mais eficaz de integração. Sugiro uma pesquisa pelo Youtube!”, acrescenta. Concorda que a reitoria tome uma posição relativa às praxes e cumpra o seu dever de defender os valores da universidade mas vê uma “perseguição” aos trajados desnecessária. “Não basta proibir, é preciso formar civicamente os estudantes e criar alternativas”, conclui. joão félix vieira 3º ANO // optometria
marta soares 3º ANO// ciências da comunicação
isabel ramos quita_ramos@hotmail.com
A controvérsia ligada à praxe acompanhou o começo do ano letivo de 2012/2013. Os estudantes sustentam as suas posições e ousam no momento de defender ou criticar a atividade praxistica e a postura da reitoria da Universidade do Minho. Na semana do acolhimento muitos estudantes trajados esperaram pela chegada dos “caloiros” para uma A praxe ajudou muito na primeira abordagem integração da estudante no aos recém- chegados. seu ano de caloira, motivo A posição do reitor, pelo qual a defende e a livra António Cunha, é do adjetivo “ofensiva”. Reconhece que pode haver pes- conhecida há cerca soas mal formadas dentro de um ano e voltou a da comunidade praxística, fazer-se sentir logo na que comprometam o bom semana das matrículas nome da academia com ati- através da ação dos tudes menos louváveis, mas seguranças da academia garante que nunca presenciou situações desagradá- minhota, que proibiram veis, nem enquanto caloira, grande parte das praxes nem enquanto “doutora”. que ocorriam dentro da Percebe que a praxe dentro universidade. do campus possa dificultar o bom funcionamento da universidade mas não compreende o “exagero” de ação e vigilância dos seguranças e acha que o reitor não está a lidar com os estudantes da melhor forma. “As atividades que se desenvolvem à minha volta são criadas com o intuito único de fazer com que os novos alunos se divirtam e interajam uns com os outros e connosco, que somos mais velhos e já passamos por tudo o que eles estão a passar nesta nova fase. Ajudá-los é o nosso dever” salienta a aluna da vertente de jornalismo.
Numa primeira manifestação de desagrado para com o zelo que se sentiu, os alunos trajados que estiveram na cerimónia de boas- vindas do reitor, saíram do pavilhão no momento em que António Cunha subia ao púlpito. A questão levantase: Consideras a praxe ofensiva na Universidade do Minho?
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braga ao som da música tradicional Durante três dias, de 27 a 29 de setembro, o FUAP – Festival Internacional de Artes Performativas trouxe a Braga algumas das melhores bandas de música tradicional portuguesa da atualidade, o que levou a uma verdadeira enchente no Parque da Ponte. ADRIANA COUTO drianascouto@gmail.com
Rádio Universitária do Minho, Associação Académica da Universidade do Minho, Associação Recreativa e Cultural da Universidade do Minho , em parceria com Braga 2012: Capital Europeia da Juventude desenvol-
veram a primeira edição do FUAP – Festival Universitário de Artes Performativas, que durante três dias levou ao Parque da Ponte inúmeros concertos, workshops de dança, teatro, oficinas de jazz, de escultura, de desenho, que decorreram ao longo do dia. Segundo Mariana Marques, membro dos Bomboémia, um dos grupos de percussão da Universidade do Mi-
nho, e parte da organização, o “festival foi pensado não só para os alunos da Universidade do Minho mas para um público em geral.” Na verdade, o Parque da Ponte encheu-se tanto de jovens como de um público mais velho, demonstrando que o FUAP é um festival para todas as idades e gostos, provando que a música tradicional portuguesa continua em voga para
WAPA
Bandas satisfeitas com a organização do FUAP
WAPA
Casa cheia no Parque da Ponte
animar os mais determinados eventos culturais. Para Tiago Soares, do grupo Pé na Terra, “Cada vez existem mais grupos como os iPUM,Bomboémia, que levam a que os jovens entrem cada vez mais em contacto com as raízes da nossa música tradicional.” Da mesma opinião é Joana Margaça, vocalista dos conhecidos UxuKalhus que acabariam por ser considerados, por parte do público, o melhor concerto do festival: “É bom alguém gostar de vários estilos de música, não se devem cingir a um único estilo. A música é universal e este estilo, em particular,
fala um pouco da nossa história. Fala das nossas raízes e, às vezes, as pessoas que vivem nos meios urbanos não estão tão em contacto com ela.” Uma das surpresas do festival acabaria por ser o espetáculo dos Pauliteiros de Miranda do Orfeão do Porto, que encheu o anfiteatro natural não só de aplausos como de muitas gargalhadas. Com um balanço positivo, a organização promete uma nova edição para o próximo ano. “É o primeiro, é diferente mas valeu a pena.”, disse, satisfeita, Mariana Marques. PUB.
CAMPUS PÁGINA 09 // 02.OUT.12 //ACADÉMICO
UNIVERSITÁRIO mercado online de livros usados como alternativa à crise cátia silva catiaff_11@hotmail.com
Dois estudantes universitários criaram, no passado dia 19 de setembro, o Livros escolares & universitários usados (LEUU), o novo mercado online de livros usados. Numa altura em que o país vive um momento de contenções e “reciclagem”, a ideia de Gonçalo Piriquito e Sebastião da Cunha está a ser bem recebida entre os alunos. Com poucos dias de existência, o site já conta
com mais de 200 visitas e pelo menos 46 títulos disponíveis, segundo a agência Lusa. “O mercado do livro em segunda mão era praticamente inexistente e há livros que são apenas usados durante um semestre e dada a situação atual de contingência económica, pensamos em criar uma plataforma para compra e venda de livros universitários que alargámos a outros graus do ensino e também a livros diversos”, afirmou Gonçalo
Piriquito à Lusa. Carla Pereira aluna de Direito na Universidade do Minho, afirma gastar bastante dinheiro em livros. Apesar de ainda desconhecer a plataforma, diz que “é uma forma de ter sempre os livros originais e a um preço mais acessível, e para quem os vende é uma boa forma de recuperar parte do investimento”. A plataforma é de fácil acesso e de busca rápida por estar dividida em várias categorias, quer em cursos,
quer pelas disciplinas do ensino obrigatório que aqui também são apresentadas. Os anúncios contêm informação acerca do estado do livro, método de envio, preço predefinido, cidade onde vive o morador e alguns fotografia do respetivo livro. Os preços acessíveis foram o cenário imaginado por estes alunos ao criarem este lugar. “Aumentar as hipóteses de venda e de encontrar o livro pretendido de forma a poder gerar receita para o vendedor que beneficiará
desse valor para comprar futuros livros a menor custo”, rematou Gonçalo Piriquito. O site requer inscrição para comprar ou vender livros, e cada anúncio tem o custo de um euro e a validade de um ano. Este valor simbólico é usado para a manutenção do portal.
bolsas premeiam o empenho em tempos de crise claúdia fernandes alaufernandes@hotmail.com
O jornal Expresso e a Prébuild estão a oferecer 30 bolsas a novos alunos dos cursos de Design, Marketing, Gestão Industrial e Engenharia de Metais, ao abrigo da iniciativa Quero Estudar Melhor (QEM). Quase todas as instituições de ensino superior estarão incluídas na oferta das bolsas, podendo essa listagem ser consultada na página online do projeto. Estas bolsas terão a duração de seis semestres, tendo apenas o aluno que mostrar aproveitamento em todas as disci-
plinas, todos os anos. A QEM pretende premiar o esforço e dedicação dos alunos com melhor desempenho do ensino secundário, assegurando-lhes todas as condições financeiras para prosseguirem os estudos. “Num momento de crise
financeira e de indefinição sobre o futuro, o Expresso quis reforçar a importância dos estudos superiores e assegurar que os melhores alunos não deixariam de seguir para a universidade”, explica o diretor editorial da Impresa Publishing, Mar-
tim Avilles Figueiredo. Os candidatos deverão ter nacionalidade portuguesa e não completarem mais de 18 anos até ao final do ano de 2012. Outro dos requisitos é que os alunos deverão ter frequentado o 12º ano este ano, não tendo reprovado nenhuma vez durante o ensino secundário. Além disso, a nota mínima de candidatura para qualquer dos cursos é de 14 valores. O processo de escolha divide-se em três partes: a primeira fase, que corresponde à submissão e avaliação de candidaturas, terminando a 5 de outubro; a II Fase, até dia 19 de outubro, consiste
em provas de avaliação psicológica; e por último, a avaliação de relatórios dos candidatos pelo júri, que será composto por administradores das empresas promotoras do projeto: João Gama Leão, Francisco Maria Balsemão e Roberto Carneiro. As candidaturas deverão ser submetidas online (www. queroestudarmelhor.com) até ao dia 5 de outubro. Os resultados serão conhecidos num evento público a anunciar pela EGOR – parceira para a assessoria deste projeto – a realizar no próximo mesmo de novembro, dois meses após o arranque do ano letivo. PUB.
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ENTREVISTA ANTÓNIO PAISaNA Daniel Vieira da Silva
António Paisana foi reconduzido no cargo de Provedor do Estudante da UM
“Fico satisfeito pela valorização dada ao Provedor do Estudante” António Paisana foi reconduzido na passada quarta-feira, como Provedor do Estudante da Universidade do Minho, no salão nobre da reitoria. Em entrevista ao ACADÉMICO, o professor fez um balanço dos últimos dois anos como Provedor do Estudante, falou das suas funções e expôs alguns receios relacionados, maioritariamente, com a crise financeira que se vive em Portugal. RITA MAGALHÃES ritasmaga@gmail.com
Enquanto Provedor do Estudante, qual é o balanço que faz dos dois últimos anos? Julgo que é importante fazer um balanço em termos pessoais e em termos pro-
fissionais. No que diz respeito ao lado pessoal, é com grande agrado que afirmo que satisfizemos 2/3 dos pedidos requeridos pelos alunos e que esclarecemos dúvidas e questões dos restantes estudantes que não viram os seus pedidos satisfeitos como desejavam. No que se refere ao posto
de Provedor do Estudante, é importante salientar que em 40% dos casos as decisões foram adaptadas e 25% foram alteradas relativamente aos despachos e às decisões originais. Por outro lado, é importante destacar a questão do tempo médio de resolução dos casos, porque uma das dificul-
dades que os estudantes tinham era a morosidade dos processos, quer nas próprias direções de curso, quer nos serviços académicos. No primeiro ano, a média de resolução de cada pedido foi de 15 dias, no segundo ano aumentou para 21 dias. Este acréscimo de 6 dias deve-se a dois casos excecionais que
demoraram um pouco mais do que o que é normal, aumentando, assim, a média do segundo ano. Um outro indicador que também reflete um pouco o tipo de trabalho que se fez na provedoria, é a mediação e o aconselhamento, já que 80% dos casos envolveram trabalho mais demorado para acom-
ENTREVISTA PÁGINA 11 // 02.OUT.12 // ACADÉMICO
Daniel Vieira da Silva
Provedor do Estudante em entrevista exclusiva ao ACADÉMICO panhamento, marcação de reuniões, entre outras ações de mediação. Assim sendo, de um modo geral, o balanço é bastante positivo.
Os casos que são apresentados são tão difusos e sobre tanta coisa que, por vezes, questiono-me se os alunos saberão quais são as minhas funções. Por exemplo, houve um aumento muito grande dos pedidos de informação, porque, provavelmente, é mais simples, enquanto o aluno está no web site da Universidade do Minho, ir ao link da página do Provedor do Estudante do que ir procurar no próprio site a resposta de que precisa. Por outro lado, há uma parte dos estudantes que já compreende que os casos só passam pela provedoria em última instância, ou seja, quando um processo já percorreu todos os canais que seria suposto ter percorrido. Aí sim chega ao provedor.
Eu diria que as questões mais complexas de resolver são os casos que envolvem a avaliação da aprendizagem dos alunos, principalmente sobre critérios de avaliação, porque há alguma subjetividade neste ponto. É igualmente difícil lidar com processos relacionados com a orientação de teses e dissertações, essencialmente porque estamos a falar de desentendimentos entre pessoas e, precisamente, por se tratarem pessoas é mais complexo resolver este tipo de casos. De que forma é que a provedoria pensa em chegar mais perto dos estudantes? De entre as várias campanhas que estão previstas, é importante a promoção deste cargo no Campus de Azurém, em Guimarães, já que o Gabinete do Prove-
dor do Estudante se encontra no Campus de Gualtar, em Braga. No entanto, vai ser sempre o resultado da atividade do provedor que determina a popularidade e consolidação do mesmo entre os estudantes. O “passa a palavra” continua a ser uma importante forma de comunicação e divulgação, no que diz respeito à promoção interna.
fortado por essas palavras, mas o dia foi bom para o cargo em si, não só a pessoa. Aquilo que realmente me deixou satisfeito foi a valorização que a Universidade do Minho deu ao posto ao promover esta cerimónia de tomada de posse e dar oportunidade ao Provedor de fazer o balanço da sua atividade nos últimos dois anos.
Como é que vê as palavras do Reitor da Universidade do Minho e do Presidente do Conselho Geral na cerimónia de recondução, que mostraram grande satisfação pelo seu trabalho e depositaram total confiança em si e nas suas funções?
No ano passado, realizou-se o primeiro Encontro Nacional de Provedores do Estudante e foi a primeira vez que nos conhecemos. No próximo dia 12 de Outubro, vai haver o segundo encontro em Bragança. Julgo que tem havido um esforço desse movimento para agregar estatísticas, para se tentar
Claro que me sinto recon-
Está, com certeza, a par do panorama nacional relativamente aos provedores de outras instituições do ensino superior. Até que ponto é importante a comunicação entre os provedores e a troca de impressões sobre determinados assuntos?
Daniel Vieira da Silva
No que diz respeito à sua função, que tipo de casos lhe chega às mãos?
Sendo que há uma variedade tão grande de casos, quais são os processos mais difíceis de resolver?
A experiência destes dois anos veio mostrar que há espaço para a existência dos dois órgãos. Nos primeiros meses, a AAUM recebia alguns casos de estudantes que passavam para mim e, ao longo do processo, eu fui informando a AAUM do seu desenvolvimento. Criou-se este elemento de confiança que fez com que a relação entre a provedoria e a AAUM se tornasse muito boa e se complementasse, no sentido em se os alunos forem pedir ajuda à AAUM ou vieram aqui ao Gabinete da provedoria, em ambos os lados receberão o acompanhamento necessário para a resolução das suas questões.
A Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) é, também, um órgão representativo dos estudantes da academia minhota. Qual a importância da relação da AAUM com o Provedor do Estudante? Inicialmente, havia algum ceticismo sobre essa relação, também por parte de alguns dirigentes associativos, que se questionavam sobre o papel do Provedor do Estudante, dado que a Associação Académica era já um órgão que visava promover e defender os interesses dos estudantes.
António Paisana sempre teve uma relação próxima dos estudantes PUB.
ENTREVISTA PÁGINA 13 // 02.OUT.12 //ACADÉMICO
“As bolsas de emergência podem vir a ser uma ajuda valiosa para muitos alunos” O Provedor do Estudante falou também sobre as dificuldades vividas pelos alunos para aguentarem as despesas inerentes a um curso no ensino superior. Um fundo de emergência para os alunos bolseiros é uma das sugestões de António Paisana. A área da Ação Social representa, nos dias de hoje, um alvo de grande descontentamento por parte dos alunos. De que forma é que o Provedor do Estudante pode intervir e melhorar esta insatisfação dos estudantes? Neste tópico da Ação Social a provedoria não pode fazer muita coisa. Existe um regulamento de atribuição de perceber o que se está a passar nas provedorias, a nível nacional. De uma forma geral, o número de casos que tem aparecido na Universidade do Minho coincide com a média nacional. É de salientar que permanecem ainda algumas dúvidas relativamente ao papel do provedor e à necessidade da existência de um cargo como este, assuntos que são discutidos durante os encontros nacionais. Durante o primeiro encontro e apesar de ainda não haver muitos números para analisar, foi
bolsas por parte da Ação Social que é similar em todas as instituições de ensino superior do país. O efeito dessa nova regulamentação em cada universidade é que é, seguramente, distinto. A Universidade do Minho, que é uma instituição inserida numa zona do país onde os problemas económicos se têm vindo a agravar mais do que noutras regiões, é uma das universidades com maior número de alunos bolseiros daí também ser um problema difícil de tratar e resolver, comparativamente com outros casos. Concorda com o sistema implementado na atribuição de comum a uma grande parte dos provedores presentes que os maiores problemas levantados se relacionam com questões dos serviços académicos. Para assumir este cargo, pôs de lado a sua carreira no ensino, enquanto professor. Este projeto complementa-o ou foi, realmente difícil abandonar o seu posto de professor? A carreira de professor inclui várias áreas, o ensino, a investigação e a prestação
Daniel Vieira da Silva
bolsas? Em termos de critérios de ação, o sistema é altamente inflexível, porque se há alterações financeiras súbitas e inesperadas na vida do estudante, causadas pelo desemprego ou pela diminuição dos rendimentos dos funcionários públicos, a meio de um ano civil, por exemplo, o aluno que estava, provavelmente, na expetativa de ter alguns apoios familiares, deixou de os ter e é aqui que há uma grande rigidez do sistema na ajuda a esses estudantes num período de maior dificuldade. Estas alterações súbitas estão, de facto, para alguns casos, previstas na lei mas de serviços à comunidade. No que diz respeito ao ensino e ao contacto com os alunos pouco mudou porque é uma parte da qual eu gosto muito e mantive este lado de professor. Se calhar, sinto mais falta da área da investigação, de me poder dedicar às minhas áreas de especialização, apesar de na provedoria também haver espaço para alguma investigação e que eu considero bastante importante. Por outro lado, o meu cargo não me tem impedido de me envolver em serviços prestados à comunidade e, como tal, continuo envolvido em alguns projetos. Acredito que não deixei nada para trás, consegui equilibrar os dois cargos de professor e de provedor. Desde a primeira semana de matrículas que a reitoria reafirmou a proibição de qualquer atividade de praxe dentro dos Campus da Universidade do Minho. Qual é a sua opinião em relação a este assunto?
Provedor faz a ponte entre estudantes e estruturas académicas
Relativamente às praxes reconheço, que no que diz respeito à integração dos novos alunos, é bastante importante. Esse grupo de
a sua ação não é suficientemente rápida e eficaz, tendo o estudante que esperar, em princípio, até ao ano letivo seguinte para beneficiar desses ajustes. Referi na tomada de posse que as bolsas de emergência parecem-me que podem vir a ser uma ajuda valiosa para muitos desses alunos. Por exemplo, se o estudante não consegue pagar a conta da água ou da luz naquele mês, o ideal seria haver um sistema que permitisse, pontualmente, mediante a apresentação das faturas, ajudar o aluno a pagar essas mesmas contas. Isto é só um exemplo que poderia funcionar também nas propinas que o estudante não conseguisse pagar ou no material de estudo, incentivando o aluno a não desistir do ensino superior por ter ficado sem uma parte dos rendimentos que ajudavam a pagar o seu curso. Se não houver espaço para este tipo medidas, então
conclui-se que o sistema tornou-se elitista e já não haverá alunos com a necessidade desses apoios, o que também é bastante grave.
estudantes que acompanha os alunos do primeiro ano desenvolve um trabalho, nesse contexto, de mérito, pois ajudam os novos estudantes a encontrar soluções mais rápidas para os problemas que têm. Por exemplo no que se refere às infraestruturas, acompanhar os alunos às salas de aulas, mostrar onde são os serviços dentro e fora do campus e também a nível académico, há alunos que são uma grande ajuda para os recém-chegados com mais dificuldades nesta ou naquela disciplina. Do outro lado estão algumas atividades difíceis de aceitar, nomeadamente, todas as manifestações e pressões físicas e psicológicas que eu, pessoalmente, não reconheço como uma parte integrante dos novos alunos.
e não pelas vantagens que referi anteriormente. Por exemplo, professores do estrangeiro que vêm muitas vezes à Universidade do Minho, quando entram no campus têm que presenciar algumas atividades e, nessa altura, questionam-se sobre a utilidade e o porquê daquilo estar a acontecer. São exemplos que mostram que, infelizmente, a parte má da praxe está a “abafar” as coisas boas que poderiam advir deste tipo de atividade.
Considera que essa parte menos boa da praxe deixou de ser exceção para passar a ser uma regra? Não, o que acho é que essa questão passou a estar em cima da mesa e a ser a parte que importa analisar. A integração passou a ser olhada pela parte negativa
Há alguma coisa já pensada para proveniência do dinheiro para este fundo de emergência de que falou? Eu penso que o esforço deve ter uma componente pública, mas também deveria ser procurada aqui alguma participação privada porque todos nos devemos preocupar com o futuro e não só o público. Sinceramente, não sei se isso é possível, mas no fundo estamos a gerar recursos que o setor privado também vai utilizar no futuro, por isso, pode haver uma consciencialização que poderá ser desenvolvida a esse nível. Esta é uma ideia nova que precisa de ser pensada, alguém terá que pegar nela, caso queira aceitá-la, e operacionaliza-la da melhor forma.
Quais os desafios que se colocam para os próximos anos, enquanto provedor do Estudante? Julgo que as questões financeiras, nomeadamente, relacionadas com as propinas e com as bolsas vão ser, de facto, assuntos que vão aumentar em termos de procura de ajuda por parte da provedoria. No entanto, enquanto estivermos a falar de pessoas vai haver com certeza as questões de relacionamento entre as mesmas na instituição, no âmbito de casos relacionados com a avaliação e com questões pedagógicas.
TECNOLOGIA E INOV DANIEL VIEIRA DA SILVA daniel.silva@rum.pt
Como se apresenta a New Textiles? A New Textiles foi uma empresa que foi criada em 2008. Foi criada a partir de uma ideia de negócio de desenvolver têxteis bio-funcionais (que possam interagir com o ser humano), para que estes trabalhassem alguns problemas de pele, logo,
twittadas
Como surge a ideia da criação da empresa? A ideia surge através de um engenheiro, ex-aluno da UM, que tinha na família pessoas que padeciam de problemas de pele. Esses problemas de pele obrigaram-no a mudar de casa, inclusive. E dentro da sua área de competência (Engenharia Têxtil) achava que poderia haver têxteis que interagissem com a pele e que melhorassem a condição
de vida da pessoa, com provas clínicas e científicas.
gens e mapas de todo o planeta, possibilita, atualmente, a visualização de imagens subaquáticas, entre elas de ecossistemas marinhos, captadas através de equipamento próprio para esse fim (SVII), com a possibilidade de visualização panorâmica de 360 graus. Estas imagens surgem fruto de uma parceria com a empresa norte-americana Catlin Seaview Survey.
centímetros). Esta, considerada de reduzido valor geológico pelos engenheiros da NASA, apesar de ainda não terem saído resultados, serviu sobretudo para testar os instrumentos do robô e todas as capacidades, tanto captação da composição química como captação fotográfica, tornando as imagens mais nítidas. Concluindo, os cientistas acreditam que este rochedo é de composição natural e que o seu formato é resultado da erosão provocada pelo vento. Esta pedra recebeu o nome de Jake Matijevic, colaborador notável no projeto robótico que acabou por morrer pouco depois de Curiosity aterrar em Marte.
Quantas pessoas estão integradas na new Textiles? Actualmente somos cinco pessoas, mas temos uma vasta rede de investigadores em várias áreas (dermatologistas, investigadores nas áreas da engenharia têxtil e química, assim como outros investigadores na área das doenças tropicais).
muito direccionados à área da saúde. O nosso ambiente foi, desde muito cedo ligado à investigação e desenvolvimento. Somos spinoff da Universidade do Minho, e portanto, ligamonos ao desenvolvimento junto de fontes de saber, ou seja, com instituições que nos possam apoiar no desenviolvimento desses têxteis técnicos que poderiam ser aplicados em alguns problemas de pele.
JUDITE RODRIGUES judite_nico@hotmail.com
não só protetora, mas pretende ainda levar as pessoas a tornarem-se mais vigilantes quanto ao seu comportamento online.
Google ao serviço da proteção familiar
Portugal ‘online’ acima da média mundial
A Google acaba de lançar, na internet, uma nova página que permite aos pais aprenderem a preservar a segurança dos seus filhos enquanto estes navegam na internet. Este projeto de grande importância, chamado de Centro de Segurança Familiar, já se encontra online e conta com a participação da Polícia Judiciária. Este surge como uma forma,
Segundo um estudo da ONU, os portugueses apresentam uma média superior a todo o Mundo no que diz respeito à percentagem de cidadãos que utiliza a internet. Com cerca de 55,3%, Portugal ocupa o 50º lugar no ranking mundial. O mesmo não se pode dizer de Timor, último país nesta tabela, com cerca de 0,9%. Já a Islândia é a pioneira
desta ‘guerra online’ com uma percentagem de 95%. Contudo, e de acordo com os Objetivos do Milénio para o Desenvolvimento (OMD), o número de pessoas ligadas à internet (20,5%) encontra-se aquém das perspetivas estipuladas para 2015 (40%).Este estudo pretende mostrar a máxima importância da banda larga e das telecomunicações hoje em dia e que levam a uma mudança radical na vida do ser humano.
Uma nova descoberta no planeta marciano Google Maps lança imagens subaquáticas A Google Maps, serviço que permite pesquisar e visualizar ima-
O robô Curiosity, enviado pela NASA a Marte, descobriu, a 22 de setembro, um rochedo com a forma de pirâmide (40x25
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OVAÇÃO
PÁGINA 15 // 02.OUT.12 // ACADÉMICO
liftoff,
gabinete do empreendedor da AAUM
noticia... > 09 OUTUBRO 12 Workshop “ Rede Sociais para Empreendedores”
> 10, 16 E 22 OUTUBRO 12 Workshop “Entrevistas de Emprego” Connecting The Dots
> > 15 OUTUBRO 12 Workshop “Plano de Negócios” Connecting The Dots
> 22 OUTUBRO 12 Workshop “Pitch” Connecting The Dots
> 16 e 17 NOVEMBRO 12 Start Point Feira Internacional do Emprego e do Empreendedorismo”
“Start Point – Orienta o teu Futuro”
IdeaLab
Feira Internacional do Emprego e do Empreendedorismo
de
A Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), organiza em parceria com Braga 2012 - Capital Europeia da Juventude a “Start Point - Orienta o teu Futuro” - Feira Internacional do Emprego e Empreendedorismo a decorrer nos dias 16 (das 14h às 22h) e 17 (das 11h às 19h) de Novembro de 2012 na Grande Nave do Parque de Exposições de Braga. Esta iniciativa pretende proporcionar o contato direto entre os jovens/adultos e o mercado de trabalho, propiciando a divulgação de oportunidades profissionais, o desenvolvimento de competências e o networking dos participantes, tendo como público alvo: jovens desempregados, jovens empreendedores; universidades/for-
Ideias de Negócio
mação profissional; público em geral; jovens ensino superior/secundário; empresas empregadoras e PME´s. A Feira Internacional do Emprego e Empreendedorismo encontra-se inserida na agenda da “European SME Week 2012”, evento promovido pela Comissão Europeia, e pretende ser um espaço de múltiplas atividades, composto por apoio técnico (na área do empre-
go e empreendedorismo) e atividades complementares como talks, formações e workshops. O Espaço Emprego estará dividido em três áreas, tais como: Orientação & Desenvolvimento; Recrutamento & Seleção; Mobilidade & internacionalização. Da mesma forma, o Espaço Empreendedorismo, apresentar-se-á em três segmentos: Ideias, Oportunidades
& Modelos de Negócio; Financiamentos & Sistemas de Apoio e Incentivo; Aceleração de Start-ups & Internacionalização. Este evento terá um formato inovador, funcionando em open space, de forma a que os seus intervenientes tenham um contacto mais pessoal e direto, numa relação de proximidade efetiva. Mais informações em: www.liftoff.aaum.pt
Laboratório
A TecMinho, em parceria com o Departamento de Produção e Sistemas, promove entre os meses de outubro de 2012 e março de 2013 mais uma edição do IdeaLab - Laboratório de Ideias de Negócio. O IdeaLab apoia alunos e diplomados da UMinho a desenvolverem ideias de negócio inovadoras através de formação e consultoria personalizada, incentivando-os a elaborar um plano de negócios e a preparar o lançamento da sua empresa. Os interessados podem inscrever-se individualmente ou em grupo até cinco elementos até às 24h do próximo dia 12 de outubro. Mais informações em www. tecminho.uminho.pt
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Gestor da formação (M/F) | Braga (Estágio profissional)
Web developper (M/F) | Braga (Estágio profissional)
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Associação de Braga pretende recrutar Psicólogo/a para estágio profissional.
- Promotor (M/F) | Braga
PERFIL: - Formação Académica Superior em Psicologia (Mestrado integrado). OFERTA: V- Condições previstas pelo IEFP - Bolsa de Estágio.
- Intern(s) - Eng. Informática e Similares (M/F) | Braga - Técnico de Manutenção (M/F) | Fafe - Mechanical Draft Designer (M/F) | Bruges, Bélgica Candidaturas em: www.aaum.pt/gip
CULTURA DE 4 A 6 DE OUTUBRO, EM BRAGA E GUIMARÃES
SEMIBREVE: o festival das músicas visuais regressa em duas cidades JOSÉ REIS jose.reis@rum.pt
Há um ano, Alva Noto e Fennesz confirmaram o estatuto que os coloca, na atualidade, como nomes inegáveis na eletrónica exploratória. Jon Hopkins, um dos meninos mais acarinhados da nova música eletrónica mundial, foi uma supresa para muitos que pouco o conheciam. Os visuais de Anti VJ, ainda hoje, são recordados por muitos que, naquele domingo à tarde, trocaram uma sesta prolongada pela
viagem alucinógenea de Murcof. E tudo isto no primeiro ano de um festival, “novo e arriscado” para uma região que pouco tinha visto, até à data, de concertos desta dimensão. Foi entre 10 e 13 de novembro de 2011. Menos de um ano depois, o regresso está marcado para o final desta semana para a segunda edição. Braga divide, neste ano, os concertos com a vizinha Guimarães, que lhe rouba o protagonismo logo na primeira noite (4 de outubro) com as atuações dos alemães Pole (com os visuais criados pelo artis-
ta português Pedro Maia) e Vladislav Delay no Grande Auditório do Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães. “Surgiu a oportunidade de fazermos o festival nas duas cidades, por este ser um ano especial para as duas cidades [Capital Europeia da Cultura, em Guimarães; Capital Europeia da Juventude, em Braga]”, revela Luís Fernandes, da organização do festival. Mouse on Mars e Ben Frost Falamos de um festival de artes digitais e música
“entra na minha casa” vence SEMIBREVE Award O desafio era ser o mais criativo possível e, com isso, angariar um prémio monetário de 2500 euros e ter a possibilidade de mostrar o trabalho no decorrer do festival. A primeira edição do SEMIBREVE Award superou as expectativas da organização. “Tivemos muitas participações de artistas internacio-
nais, de mais de 40 países”, conta-nos Tiago Sequeira. Mas o vencedor acabou por ser português: Ana Carina Figueiredo e Teresa Abreu, alunas do mestrado em Tecnologia e Arte Digital da Universidade do Minho, idealizaram “um projeto colaborativo” em que todos podem participar. “A ideia é cada um criar um
vídeo do seu quotidiano, que depois será projetado nesta casa que será instalada no Salão Nobre do Theatro Circo””, revela Tiago Sequeira. Os vídeos devem ser colocados na página http://www. facebook.com/entranaminhacasa até 4 de outubro e depois serão projetados durante o decorrer do SEMIBREVE.
eletrónica, um encontro perfeito entre artes amigas que têm caminhado cada vez mais juntas. “A nossa ideia, inicial, foi criar um festival que oferecesse algo diferente, diferente do que já existia”, revela Fernandes, que entende o sucesso da primeira edição como sendo “reflexo do ‘know how’ que todos tínhamos nesta área”. Luís Fernandes, Miguel Pedro Guimarães e António Rafael, o núcleo duro de programadores, são músicos, sustentando desta forma o conhecimento assumido nesta área. O festival conta ainda com workshops nesta edição, todos ligado ao som,
e terá ainda uma instalação permanente no Theatro Circo, a 5 e 6, idealizada por Jacob Kirkegaard, onde os limites do som são testados. Destaque nesta edição, para além dos já citados, para as atuações no Theatro Circo, a 5 e 6 de outubro: dos históricos Mouse on Mars, dupla alemã que editou este ano o álbum “Parastrophics” (5 de outubro, 23h50) ou ainda para o japonês Ryoji Ikeda (21h30, 6 de outubro) e Ben Frost, músico australiano radicado na Islândia (6 de outubro, 23:50). Toda a informação disponível em www.festivalsemibreve.com.
de. Até que uma simples missão transforma-se numa rusga gigantesca, quando Dredd e a parceira são presos num mega edifício e vêm-se obrigados a abrir caminho pelos 200 andares que o bloco tem. Desde logo o filme ganha pela personagem principal. A criação de John Wagner é difícil de representar no grande ecrã. O capacete cobre-lhe a cara toda, só deixando o queixo e a boca à mostra, enquanto a armadura lhe limita os movimentos. Contudo, Karl Urban, recorrendo só à sua voz rouca e a uma linguagem corporal limitada, faz um trabalho excecional, apresentando-nos Dredd, um super polícia violento, inflexível, seco, sem ponta de humor, nada
emotivo e que leva ao limite a máxima “Dura Lex Sed Lex”. O filme também marca pontos com algumas das cenas de ação mais robustas que o cinema independente britânico já conheceu. As sequências não têm a extravagância e a exuberância de blockbusters como Batman e Homem-Aranha, e apostam numa ação mais real, violenta e tática, sem sacrificar a variedade. As cenas de câmara lenta apresentam-se com o ponto alto da fita, justificando, por completo, pagar mais um bocado para vê-la em 3D. Dredd 3D é um filme que, infelizmente, poderá passar despercebido pelo público português. Mas, naquilo que compete, é claramente a estreia da semana.
SALA DE CINEMA
dredd 3D
ALEXANDRE VALE alexmvrocha@gmail.com
Esqueçam aquele filme “chunga” que tinha o Sylvester Stallone a protagonizar (ou melhor, ridicularizar) o mítico Judge Dredd, uma das personagens mais emblemáticas da banda desenhada. Dredd é um filme alimentado a ação explosiva, com efeitos especiais impressionantes, que sabe fazer uso da tecnologia 3D e candidata-se a ser o filme com as melhores cenas de câmara lenta da história do cinema. Judge Dredd (Karl Urban), o agente da lei mais importante da Mega-City One, é encarregado de trabalhar com uma novata (Olivia Thirbly), contra sua vonta-
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RUM BOX
AGENDA CULTURAL
TOP RUM - 39 / 2012
BRAGA
28 SETEMBRO
14 DJANGO DJANGO Hail bop
1 DIABO NA CRUZ - Luzia
15 MATTHEW DEAR Her fantasy
2 B FACHADA - Carlos T
16 WALKMEN, THE - Heaven
3 HEAVY, THE What makes a good man
17 BLASTED MECHANISM Bringing Light
4 CAT POWER - Ruin
18 PATTI SMITH - April fool
5 BEACH HOUSE - Myth
19 UTTER - The walking dead
6 GRIZZLY BEAR - Yet again
20 A NAIFA - Gosto da cidade
9 ALT-J - Breezeblocks
6 de Outubro SEMIBREVE - Ryoji Ikeda / Most people have been trained to be bored / Ben Frost 11, 12 e 13 de Outubro Festival de Outono Vários locais
12 de Outubro Braga RUMo ao Jazz KIKO & The Jazz Refugees Salão Medieval - Reitoria UM 13 de Outubro Fusão Acústica We Trust + Best Youth Salão Medieval - Reitoria UM 5 de Outubro WAY We Are Young 10 Years get physical Berlim Parque Campo da Vinha
GUIMARÃES
4 de Outubro SEMIBREVE Pole + p.ma / Vladislav Delay + AGF / Grischa Lichtenberger CCVF 7 de Outubro Sofia Escobar CCVF
FAMALICÃO TEATRO A Boca do Inferno Casa das artes
LEITURA EM DIA
7 LIARS - No. 1 against the rush 9 SUPERNADA Arte quis ser vida
5 de Outubro SEMIBREVE - Roly Porter + Flicker / emptyset + Joanie Lemercier / Mouse on Mars Theatro Circo
POST-IT
Os Portões John Connolly Bertrand
Jesus Cristo Bebia Cerveja Afonso Cruz Alfaguara
Cama de Gato Kurt Vonnegut (Bertrand)
01 outubro > 05 outubro 10 DRUMS, THE – Money 11 BLACK KEYS, THE Lonely boy
UNI_FORM 1984
12 DJ RIDE - Here before
THE SOFT PACK Bobby Brown
13 MEMÓRIA DE PEIXE Fish n’ chick
SEAPONY Prove To Me
Amar e Cuidar Maria Elisa Domingues A Esfera dos Livros
Uma ida à pesca diferente… Satoshi Itaya Livros Horizonte
Para ouvir de segunda a sexta (9h30/14h30/17h45) na RUM ou em podcast: podcast.rum.pt Um espaço de António Ferreira e Sérgio Xavier.
CD RUM
Flying Lotus
“Until the Quiet Comes” é uma busca incessante pela tranquilidade, que nos leva por vezes por rios revoltos e por outras, por outros mais
serenos. É um disco impossível de não ser escutado vezes e vezes sem conta. Ainda bem que a chuva veio com o Outono.
Until the Quiet Comes PAULO SOUSA paulo.sousa@rum.pt
Steven Ellison, também conhecido por FlyLo, tem 28 anos e é um dos cérebros mais reconhecidos na electrónica experimental. A sua avó escrevia canções e a sua tia-avó era Alice Coltrane, viúva de John Coltrane. Viaja pelas entranhas do hip hop, pelo jazz, pelo dub, pela pop, por onde lhe ape-
tecer. Qualquer caminho pode ser trilhado por este californiano, rei e senhor do seu império. “Until the Quiet Comes” é o quarto trabalho de estúdio de Flying Lotus e chegou às lojas no primeiro dia de Outubro. É um disco nocturno, cerebral, que nos abre janelas para um mundo de sonhos. Este é um território onde FlyLo divaga confortavelmente e embora seja um disco de sonoridades calmas
e tranquilas, permanecem quase sempre pequenas doses de ansiedade emanadas pelas batidas instáveis e pelas linhas de baixo inquietas. Com a etiqueta da Warp, a mesma editora dos Boards of Canada e de Aphex Twin, este caminho sinuoso é partilhado com Erykah Badu, Laura Darlington, Niki Randa, Thom Yorke e Thundercat, todos eles a agasalharem-nos com a voz.
DR
PÁGINA 18 // 02.OUT.12 // ACADÉMICO
DESPORTO dérbis minhotos preencheram o fim de semana desportivo FILIPA SANTOS SOUSA filipasantos_sousa@hotmail.com
A 5ª jornada da Liga ZON Sagres trouxe consigo dois dérbis minhotos. No duelo entre os ‘eternos rivais’ o Sporting de Braga venceu, ao fim de sete anos, o Vitória de Guimarães, por 2-0, no Estádio D.Afonso Henriques. A equipa da casa ainda teve 30 minutos iniciais de algum domínio, com algumas ocasiões para marcar, mas Éder e Hugo Viana assinalaram o resultado final. A raça do Vitória não foi suficiente para superar um Braga de bolsos
espaço
scbraga/aaum by DVS
Foi dramático quanto baste. Não bastava o adversário se chamar Dramático de Cascais. As pessoas que se deslocaram ao Pavilhão desportivo da Uni-
O bracarense Éder abriu a contagem no dérbi minhoto cheios pela participação na Liga dos Campeões. A melhor partida, ou pelo menos a mais emocionante, desta ronda do campeonato disputou-se em Barcelos, onde o Gil Vicente levou a
melhor sobre o Moreirense, por 4-3. A primeira parte foi um regalo para quem gosta de futebol: seis golos divididos equitativamente por ambas as equipas. Coube a Halisson, aos 78 minutos,
desempatar o jogo a favor dos gilistas. Na próxima jornada, tanto o Gil Vicente como o Moreirense têm pela frente formações madeirenses o Gil vai a casa do Nacional; por sua vez, a equipa de Moreira de Cónegos recebe o Marítimo. Enquanto a Académica joga em casa com o Guimarães, o Braga será o anfitrião da partida com o Olhanense. Na 2ª Liga os resultados dos emblemas do Minho não têm sido os melhores. O SC Braga B e o Vitória de Guimarães B não foram além do nulo. No final da partida, e dando continuidade ao pobre jogo,
alguns elementos de ambas as claques envolveram-se em desacatos, obrigando à intervenção da polícia que acabou por acalmar os ânimos. O Freamunde também não teve melhor sorte, uma vez que perdeu por 0-2, frente ao Sporting B. Na 4ª jornada do campeonato nacional de andebol, o FC Porto ganhou ao ABC, por 32-29 Já o Fafe saiu vencedor na sua deslocação a Avanca, com uns sólidos 32-24. O Xico Andebol registou, a segunda derrota, ao perder no Pavilhão do Águas Santas, por 33-24.
versidade do Minho estavam longe de imaginar um final, no mínimo.... Dramático. Os da casa a vencer por 3-1 a um minuto e 50 segundos do fim, deixaram a equipa adversária aproximar-se e fazer o 3-2. Passados alguns segundo, e a jogar em 5x4, o Dramático fez o golo do empate. O treinador dos bracarenses arriscou tudo e colocou mais um homem no ataque. Tática que saiu furada, uma vez que, na sequência de uma perda de bola, o Dramático fez o 3-4 a 29 segundos para o final. Derrota injusta de uma equipa que tem feito uma boa campanha esta época. PUB