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Lista A vence com 60,88% dos votos

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Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 181 / ANO 8 / SÉRIE 4 QUINTA-FEIRA, 06.DEZ.12

Nuno Gonçalves

Carlos Alberto Videira É ele o próximo presidente da Associação Académica da Universidade do Minho Página 04 e 05

campus

desporto

especial

Propinas mais altas numa universidade com garantia de qualidade

Taekwondo é uma das modalidades em destaque na UMinho em 2012

Livro informa jovens para programas europeus

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FICHA TÉCNICA 06.DEZ.12 // ACADÉMICO

EM ALTA

NO PONTO

EM BAIXO

Carlos Alberto Videira Tem a missão de cumprir com as promessas e voltar a elevar a fasquia de qualidade com que a AAUM se pautou nos últimos anos. A herança “roubou-lhe” votos nestas eleições. Ainda assim, pouco mais de 60% nas eleições dão-lhe a margem que precisa para triunfar à frente de uma associação que só tem de estar associada a credibilidade, lealdade, irreverência, preserverança e liderança. Desejo-lhe toda a sorte e espero, sinceramente, um bom trabalho!

Yes Europe A confirmar-se, este projeto, que irá, de certa forma, substituir o que conhecemos como Erasmus, pode ser um sinal de abertura da Comissão Europeia no sentido de perceber e atuar junto das necessidades dos jovens europeus. Depois de ter estado em risco, este poderá ser um novo fôlego para este tipo de programas que promovem a mobilidade da juventude. É, sem dúvida, uma excelente notícia para todos aqueles que podem e devem aproveitar estas experiências essenciais.

Abstenção Apesar de ter baixado são valores elevados. Ainda assim, convém fazer raciocínios lógicos. Os mais de 19 mil votantes abrangem estudantes de 2º e 3º ciclo que, em alguns casos, nem frequentam a universidade durante a semana. Para além disso são alunos que nem visados foram por algumas listas nos seus projetos. Queriam que fossem votar se, para alguns, eles nem “contam”? Ainda assim, fica a crítica aos que ficaram pelos cafés em vez de votar!

SEGUNDA BARÓMETRO PÁGINA

FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // Quinta-feira, 06 Dezembro 2012 / N181 / Ano 8 / Série 4 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // Chefes de redacção: Cláudia fernandes e Rita Magalhães // REDACÇÃO: Adriana Couto, Alexandre Rocha, Ana filipa Gaspar, ana Pinheiro, Bárbara martins, Bruna Ribeiro, Bruno Fernandes, Carla Serra, Catarina Moura, Catarina silva, Cátia Alves, Cátia Silva, Cláudia Fernandes, Daniel mota, Dinis Gomes, Diogo Lemos, Filipa Barros, Filipa Sousa Santos, Isabel Ramos, Joana Martins, Joana Valinhas, Joana Videira, João Pereira, Judite Rodrigues, Marta Soares, Raquel Miranda, Rita Magalhães e Vânia Barros // COLABORADORES: Elsa Moura e José Reis // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: jornalacademico@rum.pt //TIRAGEM: 2000 exemplares // IMPRESSÃO: GráficaAmares // Depósito legal nº 341802/12


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LOCAL

1º dezembro volta a encher theatro circo Decorreu no dia 30 de novembro, mais uma edição da Récita do 1º de dezembro, espetáculo que presta homenagem aos patriotas do 1º de dezembro e aos estudantes de Braga, que contou, mais uma vez, com a presença dos grupos culturais da Universidade do Minho (UM).

ADRIANA COUTO drianascouto@gmail.com

A Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) organizou mais uma edição do evento que reúne, na mítica sala de espetáculos do Theatro Circo, os grupos culturais da Universidade do Minho. O 1º de dezembro simboliza a independência de Portugal, ocorrida em 1640, após 40 anos de domínio Filipino. Segundo a história, os alunos do Colégio de S. Nuno Gonçalves

Paulo em Braga, foram os primeiros a dar as boas vindas ao Rei D. João IV, após o ocorrido, saindo à rua de forma a comemorar a restauração da independência do nosso país. A tradição acabaria por ser mantida ao longo dos anos, depois do seu ínicio no ano de 1868, sendo festejada pelos estudantes da cidade de Braga. Segundo a AAUM, manter esta tradição viva é importante pois “vivemos numa época de forte contestação social e, ao lembrar os heróis de 1640, pretende-se

transmitir esperança a todos nós que vivemos nestes tempos difíceis como aconteceu outrora.” O grande número de grupos culturais associados à Universidade do Minho, permitem que a Récita do 1º de dezembro seja um espetáculo diversificado para todas as idades e público da cidade de Braga. Começando pelas canções interpretadas pelas tunas da academia minhota, passando pelos grupos de percussão, bem como havendo espaço para o teatro, poesia e comédia, o espetáculo agradou, em geral, o público que se deslocou ao Theatro Circo para assistir às comemorações. Para Cláudia Barros, aluna de Ciências da Comunicação, a curiosidade em relação ao evento, foi o principal fator que a levou a deslocar-se ao Theatro Circo: “Fui surpreendida pela positiva, gostei imenso do espetáculo dado pelos diversos grupos.“ Para Cláudia, a importância do evento está principalmente no facto de associar a celebração de um dia histórico para Portugal, com a divulgação dos diversos grupos culturais da Universidade do Minho. Já para

Nuno Gonçalves

Paulo Grilo, “foi um bom espetáculo, muito animado, conseguindo fazer esquecer o frio que se fazia sentir lá fora”. O bilhete, com um preço bastante acessível, deu a oportunidade a muitos de assistir a um bom espetáculo de música, num verdadeiro tributo ao que de melhor se faz na Universidade do Minho a nível cultural. Para a Gatuna, Tuna Feminina da Universidade do Minho, um dos grupos culturais da UM que já tem por hábito participar no espetáculo, a Récita do 1º de dezembro “É sem dúvida um evento

do qual nos orgulhamos em participar porque se celebra um marco importantíssimo da história do nosso país. É uma importante ligação entre os grupos culturais e toda a comunidade académica. E é de congratular a AAUM por manter esta tradição ano após ano.” De facto, tanto os estudantes da academia minhota como restante população da cidade de Braga podem contar, desde já, com mais uma edição deste espetáculo no próximo ano, depois de o balanço ter sido positivo, quanto ao evento deste ano, por parte da AAUM. PUB.


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especial eleições aaum

carlos videira será o próximo presidente da aaum RITA MAGALHÃES ritasmaga@gmail.com Isabel ramos quita_ramos@hotmail.com

Depois de muitas horas de espera, foram divulgados os resultados das eleições para os órgãos regentes da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), sagrando-se vencedora a Lista A para a direção. Pouco passava das 2h da manhã quando o presidente da Comissão Eleitoral, Henrique Sousa, anunciou os resultados da votação para os órgãos de governo da AAUM. A Lista A, liderada por Carlos Videira, venceu as eleições para a Direção com 1737 votos, ou seja, 61% do total do sufrágio. O novo presidente da AAUM mostrou-se bastante satisfeito com os resultados que, na sua opinião, são fruto do trabalho de antigas direções da AAUM, dos projetos apresentados pela Lista A e das causas que pretendem abraçar. Sob o lema de “construir a nossa academia”, Carlos Videira disse ao ACADÉMICO que o número de votos representa “a prova de que é com esta postura e com estes projetos que os estudantes mais se identificam”. Nas primeiras palavras enquanto futuro presidente da AAUM, Carlos Videira agradeceu o voto de confiança de todos os estudantes que votaram na Lista A e promete exercer o seu mandato de um ano com “responsabilidade, espírito crítico e com uma grande proximidade aos estudantes”. No que diz respeito aos elevados 83,6% de abstenção, o cabeça da Lista A afirma que “os números são altos”, mas, ainda assim, “houve

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um aumento significativo do número de votantes relativamente ao ano passado”. “Ainda estamos longe de atingir um número que nos satisfaça, mas importa referir que na Universidade do Minho há muitos estudantes de pós-graduação, pós-laboral e doutoramento que não estão tão inteirados da vida académica e do que aqui se vai passando”, acrescentou Carlos Videira. Oposição desapontada com o rumo que as eleições tomaram A Lista B, que arrecadou 203 votos (7%), não contou com a presença do seu presidente, no entanto, um representante do movimento AGIR, em declarações ao ACADÉMICO, destacou o ainda “alarmante número de abstenções”. Na sua opinião, estes números devem-se “ao mau trabalho que tem vindo a ser feito pelas presidências da AAUM”. O elemento da Lista B realçou ainda que estas eleições permitiram atrair mais estudantes para

Carlos Videira será o próximo presidente da AAUM os propósitos do movimento estudantil, como a democratização do ensino superior e a luta contra a austeridade. Filipe Oliveira, presidente da Lista C, afirmou que “o projeto apresentado é para continuar”. No entanto, o candidato à direção da AAUM, que conseguiu 797 votos (28%), admitiu que muitos estudantes consideraram que

por esta ser uma equipa jovem não teria “capacidade para liderar um órgão de tão grande importância como a AAUM” e, como tal, no futuro, o seu principal objetivo é “tornar o grupo maior e mais forte”. A Lista D que angariou apenas 116 votos (4%) dos estudantes, não prestou qualquer declaração ao ACADÉMICO.

A expetativa era enorme no momento da divulgação dos resultados

Campanha em dia de eleições gera polémica Relativamente aos rumores surgidos por parte das listas opositoras sugerindo que a Lista A mantinha a sua campanha junto dos estudantes, mesmo em dia de eleições, Carlos Videira desvaloriza esta situação, afirmando que a Comissão Eleitoral confirmou que todo o processo decorreu com normalidade. Videira realçou que “é importante que, mesmo no dia de sufrágio, seja relembrado o dever de voto junto dos estudantes”. O futuro presidente da AAUM admitiu, inclusivamente, que “as portas da instituição estarão abertas para todos aqueles que quiserem construir a academia com projetos e ideias sustentáveis”, referindo-se também aos seus opositores. Dos 18419 estudantes minhotos, 3019 dirigiram-se às urnas ao longo do dia nos campi, bem como no edifício dos Congregrados e na Escola de Ciências da Saúde.

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CAMPUS PÁGINA 05 // 06.DEZ.12 // ACADÉMICO

diogo teles eleito presidente da mesa da rga RITA MAGALHÃES ritasmaga@gmail.com

seis elementos nos nove lugares a ocupar.

Isabel ramos quita_ramos@hotmail.com

A Lista E foi a vencedora destas eleições para a mesa da RGA com 1282 votos, o equivalente a uma percentagem de 56%. Diogo Teles, presidente da lista, que já ocupa funções de vice-presidente da mesa da RGA no presente ano, afirmou que este resultado é a prova de que os estudantes se começaram a interessar, verdadeiramente, pela academia, devido à redução de 6% na abstenção. O novo presidente de mesa da RGA

As eleições não só nomearam a direção da AAUM, mas também a mesa da Reunião Geral de Alunos (RGA) e os elementos que vão compor o Conselho Fiscal e Jurisdicional (CFJ). Deste sufrágio saíram vencedores a Lista E, dirigida por Diogo Teles, para a RGA e a Lista H, presidida por Nélson Cerqueira, para o CFJ, onde conseguiu colocar

estabeleceu como grande objetivo deste mandato “motivar os alunos a participar ativamente na vida académica, marcando presença nas RGA” . Diogo Teles diz sentir-se preparado para os desafios que se adivinham, considerando a sua anterior experiência no associativismo essencial para que agora possa ter uma boa prestação enquanto presidente. O vencedor relembrou que notificar os estudantes com antecedência sobre o dia, a hora e o local onde se realizará cada RGA e a divulgação através dos meios de

comunicação universitários, são formas de atrair mais alunos para a participação nestes eventos. A Lista F contou com 676 votos dos estudantes minhotos, cerca de 30% do sufrágio total, enquanto que a Lista G ficou pelos 322 votos, o que corresponde a 14% dos eleitores. O CFJ, por sua vez, é um órgão que é eleito pelo Método d’Hondt após a contagem de votos, para definir a que listas pertencem os nove mandatos existentes. Com 1492 votos (63%), a Lista H consagrou a sua vitória preen-

chendo 6 lugares do CFJ. Já a Lista I arrecadou 541 votos (23%), assegurando a sua presença neste órgão de governo com dois mandatos. Por último, a Lista J, com 317 votos (13,5%), conseguiu apenas 1 mandato. A divulgação dos resultados das eleições para os órgãos de governo da AAUM fica marcada pela presença de mais de uma centena de pessoas nas imediações da Universidade do Minho, entre as quais antigos dirigentes destas entidades como Luís Rodrigues (Direção) e Sérgio Moura (RGA).

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CAMPUS PÁGINA 06 // 06.DEZ.12 // ACADÉMICO

esn ganha força com plenário nacional daniel mota danielmotap@gmail.com

Atualmente, e com cerca de 12 mil estudantes em programas de intercâmbio, Portugal e as suas instituições de ensino necessitam de apoiar quem vem estudar para o país pela primeira vez. De três em três meses a ESN nacional e todas as ESN’s do país (Minho, Porto, Aveiro, Coimbra, UTAD, Covilhã, Lisboa e Évora) reúnem-se no plenário nacional para abordar, debater e apresentar ideias (section report) no sentido de melhorar cada uma das estruturas, onde é descrita toda a atividade da secção. O último decorreu na passada

semana no centro histórico de Braga. Hélder Dias, presidente da ESN Minho, considera que “esta assembleia é essencial para a coordenação da atividade das várias ESN’s na definição dos seus objetivos e atividades comuns e na potencialização da estrutura de rede”. Foram vários os pontos de discussão na assembleia. A importância das novas tecnologias na difusão da ESN e das suas organizações através de metodologias de comunicação na rede social facebook e a criação de uma aplicação android. Esta gera o feed de notícias, de eventos e atividades da secção. Foi este um ponto importante de discutir, porque “cada aluno de intercâmbio

fica a saber as atualizações em qualquer lugar a qualquer hora”, salienta Hélder Dias. Nas suas linhas orientadoras foi apresentado o projeto ESN 2.0 que tem como principal objetivo a preparação dos estudantes outgoing, estudantes portugueses que vão estudar para

o estrangeiro, a todos os níveis, quer logístico, académico ou linguístico, ou seja, apoiar quem vai para o estrangeiro com o alojamento, contacto com as ESN’s de destino, etc. Tendo em conta que muitos alunos “descobrem os programas de intercâmbio tardiamente”,

com esta assembleia, a ESN vai apresentar vários projetos aos alunos das escolas secundárias de cada região (ESN in Schools). Sendo a prática de desporto e conhecimento mútuo entre os estudantes de intercâmbio bastante importante, foram organizados os Jogos Olímpicos Erasmus a nível nacional. Neste plenário debateu-se o evento final, onde cada uma das secções levará uma equipa a representá-las, em Lisboa. Em março de cada ano, reúne-se na Anual General Meeting, o órgão máximo da ESN, onde se definem as linhas orientadoras da estratégia e os principais objetivos a nível internacional. O próximo realizar-se-á em Maribor, Eslovénia.

CRÓNICA ERASMUS: olhar para dentro cá fora Dinis gomes dinis_gomes@hotmail.com

Aluno da UMinho em ERASMUS na Bélgica (Bruxelas) É um exercício comum a todos nós comparar realidades, especialmente quando a situação político-social do nosso país de origem e do país onde atualmente vivemos é tema. Não é menos verdade que, muitas vezes, as comparações feitas são muito injustas e ainda menos fundamentadas, porque atendem às razões do coração e não da razão. Apesar de tudo isto, as afirmações proferidas pelo primeiro-ministro

português sobre o possível fim da gratuidade do ensino público, destruindo o que é um dos pilares base do Estado Social, despertou-me a urgência deste (perigoso) exercício. Muito mais urgente de que saber a constitucionalidade ou não da medida, é preciso refletir sobre a principal consequência destas afirmações, que revelam uma brutal falta, não só de sensibilidade política, mas da mais elementar falta de conhecimento da história. Esta ensina-nos que as nações mais desenvolvidas são exatamente as nações onde o Estado Social mais se faz notar. Onde não é por qual-

quer constrangimento que as pessoas deixam de exercer a sua cidadania enquanto membros de uma Nação, dando o seu contributo ao seu país não só através do voto, mas do que estudam, onde trabalham, do que visitam, do que leem, do que ouvem, do que escrevem, do que as preocupa, de como tratam e se tratam. Falta, assim, a este governo perceber que ao matar a educação em Portugal está, também, a acabar com o Estado Social, que não por acaso foi o grande responsável pelo desenvolvimento do país pós-ditadura, permitindo, por exemplo, que todos os portugueses tenham o

direito a frequentar o ensino público. A possível aplicação desta medida vai acabar com o desenvolvimento registado em Portugal desde a instauração da democracia, pura e simplesmente, servindo como efeito brutal não só no número de desistências que se iria registar, mas no plano económico, cultural, social... É aqui que entra a comparação. A Bélgica apesar de, tal como Portugal, ser um dos países onde a carga fiscal mais se faz sentir, a receita daí registrada contribui em grande parte para o Estado Social. Mesmo em plena crise, as pessoas não descuram nem a sua educação nem a sua

saúde por qualquer tipo de constrangimento económico, porque sabem que uma grande parte do seu contributo fiscal vai ser usado para cobrir as suas despesas. As pessoas consomem, e isso é um grande fator de crescimento e confiança para qualquer país, tanto interna como externamente, principalmente em tempos de crise. Se não pela importância fundamental para o desenvolvimento civilizacional de um país, de que Portugal é exemplo, o Estado Social justifica-se, assim, pelo fator económico-financeiro para quem, como este governo, deve ser a única preocupação do Estado.


CAMPUS PÁGINA 07 // 06.DEZ.12 // ACADÉMICO

propinas mais altas numa universidade com garantia de qualidade catarina sousa silva catarinassilva92@gmail.com

O aumento de propinas para o próximo ano letivo foi já admitido pelo reitor da Universidade do Minho (UM), que assumiu, também, descontinuar alguns cursos pós-laborais. No decurso do fórum com os estudantes da UM, António Cunha anunciou, contudo, que o Fundo de Emergência Social entra em vigor em janeiro de 2013, altura em que a UM será certificada com uma garantia de qualidade. A Universidade do Minho anunciou um possível novo aumento de propinas já para o próximo ano letivo (2013/2014). O atual quadro legal é denunciado pelo reitor, António Cunha, que

admite não excluir esta hipótese, prevendo “o aumento de propinas nos valores semelhantes à inflação”. Contudo, e apesar dos cortes no financiamento público às universidades, foi criado este ano um Fundo de Emergência Social que deverá entrar em vigor a partir do próximo semestre. Desenvolvido para apoiar os alunos mais carenciados, “este fundo não terá uma lógica complementar, terá uma lógica de dar resposta a situações que por determinadas razões o esquema de ação social escolar não consegue dar resposta”. São palavras do reitor António Cunha, que explicou, assim, ao ACADÉMICO que um aluno bolseiro não terá direito a este fundo. Com valor entre 100 e 120 mil

euros, este apoio poderá ter uma duração variável. Apesar de o reitor da Universidade do Minho negar a relação com os cortes orçamentais que se fazem sentir, alguns cursos pós-laborais da academia minhota serão descontinuados. Esta medida foi anunciada no decorrer do Fórum UMinho e surge em resposta à fraca procura. De acordo com António Cunha, “fizemos uma grande oferta de cursos pós-laborais, tentando responder a uma necessidade das pessoas que hoje têm uma idade tipicamente na casa dos trinta anos”. Contudo, “houve áreas em que essa oferta é um êxito total e uma aposta muito bem conseguida, mas houve projetos em outras áreas onde a procura não é interessante e prova-

velmente alguns desses cursos serão descontinuados”. O cenário negro que se vive a nível académico contrasta, no entanto, com o estatuto de qualidade atribuído à Universidade do Minho. A UM será a primeira universidade com certificação de qualidade, processo que estará concluído em janeiro de 2013. “Nós tivemos uma avaliação institucional pela A3s que teve uma apresenta-

ção pública dos resultados. Essa apresentação foi muito positiva, portanto, brevemente o mais tardar durante janeiro é suposto acontecer uma comunicação oficial da agência, da certificação do nosso sistema institucional de garantia de qualidade”, confirmou António Cunha. A academia minhota será, assim, a primeira instituição de ensino superior com este grau atribuído.

universidade do minho volta a organizar campanha de recolha de brinquedos

marta soares msf_soares@hotmail.com

Os Serviços de Ação Social da Universidade do Minho

(UM) em parceria com a Associação Académica e a Associação de Antigos Estudantes estão a promover entre 26 de novembro e 20 de dezembro a Campanha de

recolha de brinquedos e roupa nos complexos desportivos dos campus de Azurém, em Guimarães e Gualtar, em Braga. A iniciativa de caráter social surgiu em

2008 com a vontade de ajudar os mais desfavorecidos. Em 2009 as doações ultrapassaram os dois milhares e até agora foi o ano com o maior número de ofertas na Universidade do Minho. Em 2011 entre as doações no campus de Azurém e Gualtar, a UM obteve um total de 1168 ofertas. Este ano, espera-se que os estudantes minhotos sejam ainda mais generosos e ultrapassem este valor. Os artigos oferecidos mais frequentemente são brinquedos e livros, no entanto é cada vez mais comum o donativo de roupas para crianças dos 0 aos 12 anos. Estão colocados contentores na entrada dos complexos desportivos para que os utentes da UM

possam depositar as suas ofertas. O objetivo da campanha é distribuir os artigos recolhidos por diferentes localidades de Braga, Guimarães e, mais recentemente, Famalicão. Na distribuição dos brinquedos e roupa, a UM não possui critérios excetuando os casos em que os artigos se destinam a instituições só de rapazes ou só de raparigas. Do mesmo modo, faz uma entrega formal dos artigos às instituições e em alguns casos acorrem aos locais como forma de sensibilização. Sob o lema “Neste Natal, Oferece um Sorriso”, a Universidade do Minho contribui, nesta época festiva, para o sorriso de algumas crianças.


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gata no monte está de regresso na academia minhota ana filipa gaspar afilipa.gaspar@hotmail.com

Após diversos cancelamentos nos anos anteriores, a Gata no Monte está de volta a Vilarinho das Furnas, no Parque Natural de Peneda Gerês. É nos dias 7, 8 e 9 de dezembro que os inscritos poderão desfrutar de três dias recheados de atividades radicais e ao ar-livre, tais como paintball e escalada. Segundo João Soares, o vice-presidente do departamento desportivo da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), esta atividade pretende “proporcionar aos cerca de 40 participantes o contato com a natureza, oferecer uma fuga à

rotina através de atividades menos comuns e dar ainda a conhecer o local de realização do evento”, tendo em conta que muito dos inscritos se encontram ao abrigo do programa Erasmus. Apesar do número de inscrições ser abaixo do esperado, as expetativas são positivas: “Queremos proporcionar uma atividade com rigor, facultar as melhores condições e tornar a Gata no Monte como uma atividade que fica na memória, para que no futuro os alunos a possam divulgar e fazer crescer”, acrescentou João Soares. Os motivos apontados pela organização para o pequeno número de inscrições são as condições climatéricas, que

não são consideradas as melhores, o facto de a temporada académica não ser a mais favorável, dado a sobrecarga de trabalhos e exames que se faz sentir nesta altura e a conjuntura económica vivida no país. Visto que esta atividade ainda não é vista como uma tradição no seio da academia minhota, não há uma rápida afluência aos documentos de inscrição tal como se verifica na Gata na Praia, por exemplo. O vice-presidente do departamento desportivo da AAUM afirma ainda que ”esta é uma atividade que faz sentido e que poderá ser muito melhor trabalhada nos próximos anos a partir do momento em que se crie a tradição”.

professor da uminho sugere nova perspectiva das universidades JOÃO PEREIRA jpereira.uminho@gmail.com

Já está disponível o novo livro de Filipe Samuel Silva, professor da Universidade do Minho. A obra, intitulada “Como colocar a Universidade no Centro do Progresso de Portugal”, é uma proposta de reformulação da importância que a Universidade ocupa na evolução e progresso do nosso país. O docente do Departamento de Engenharia Mecânica defende que cada curso universitário deveria ter a capacidade de se afirmar e distanciar dos demais, no sentido de adoptar uma cultura de ensino baseada na inovação, criatividade e empreendedorismo que permita aos alunos terem um papel fundamental na mudança, progresso e inovação

de Portugal. “Com a crise, as empresas têm maior dificuldade em contratar. Atualmente, uma empresa apenas consegue sobreviver se tiver a capacidade de inovar e oferecer algo ao mercado ainda não disponível. Daí a importância de desenvolver o aluno “parceiro” da inova-

ção”, acrescenta Filipe Silva. Porque não somos tão competitivos como aquilo que deveríamos? Porque razão a geração atual, a melhor formada das últimas décadas, é francamente mal aproveitada e apelidada de “geração à rasca”? Porque motivo são tantos os engenheiros for-

Perfil: Filipe Samuel Silva “Filipe Samuel Silva nasceu na Beira, Moçambique há 47 anos e fez a licenciatura, mestrado e doutoramento em Engenharia Mecânica na UMinho. Nesta academia é investigador do Centro de Tecnologias Mecânicas e de Materiais (CT2M), tem leccionado cursos de Engenharia (Mecânica, de Materiais,

Biomédica, Industrial, Têxtil) e orienta diversos alunos de mestrado e (pós-)doutoramento. Tem mais de uma centena de artigos em revistas, dirige dez projetos com empresas, possui cinco patentes e já recebeu vários prémios, três deles no maior simpósio mundial de joalharia e ourivesaria.”

mados e tão pequena a evolução das empresas? São estas algumas das questões a que o livro tenta responder, entre muitas outras, como a explicação do fenómeno “globalização”, a necessidade do “upgrade” do processo pedagógico das instituições de ensino superior e a importância da criatividade e da inovação. A publicação procura esclarecer acerca de várias variantes relacionadas com a lenta evolução das empresas portuguesas e com o mau aproveitamento da geração atual, tentando explicar o porquê destes fenómenos. O livro é constituído por duas partes: na primeira podemos encontrar uma análise à realidade atual e às mudanças em curso no Mundo, incluindo, evidentemente, as mais urgentes no Ensino

Superior; a segunda parte é a proposta do docente para a implementação da cultura de criatividade, inovação, transformação e empreendedorismo, com a apresentação de vários exemplos práticos concretos da área de engenharia.


CAMPUS PÁGINA 09 // 06.DEZ.12 //ACADÉMICO

INQUÉRITO

vais apoiar alguma causa social neste natal? “Nunca participei em nenhum voluntariado específico de Natal, mas faço o ano todo”, confessa-nos Carolina especificando “sou voluntária numa associação de crianças sobredotadas, durante todo o ano letivo”. Relativamente à importância deste tipo de iniciativas, a estudante de mestrado não descura a importância destas embora realce que “essas causas são importantes todo o ano, não é só no Natal. No entanto no Natal, existe mais consciência para dar algo mais a alguém.” Questionada se apelavam às crianças na participação em causas sociais nesta época, Carolina Silva frisa: “faço na parte do núcleo de estudantes de educação básica, ao qual pertenço. No Natal fazemos uma recolha de brinquedos e de livros para doar”. Para divulgar a causa em que se irá envolver brevemente, a entrevistada acrescenta: “Faço também voluntariado na Missão País. A Universidade do Minho vai entrar pela primeira vez nas missões. Ocorre do dia 9 a 16 de fevereiro, sendo que iremos realizar serviço comunitário nomeadamente na recuperação de casas”. CAROLINA SILVA Mest. Educação Pré-Escolar e Ensino 1º ciclo do eb

maria lima 1º ano// economia

A estudante refere que é habitual o seu contributo em causas sociais, afirmando que vai participar na ação do Banco Alimentar. Maria fala-nos, também, da sua associação “Fundei uma associação no ano passado, perto de minha casa”. Relativamente ao funcionamento da associação intitulada Movimento da Casa dos Vizinhos, a aluna explica que o objetivo é “humanizar a cidade”, portanto, escolheram uma casa “em que as pessoas podem ir lá para pedir ajuda porque nós estamos sempre disponíveis, sendo que neste Natal iremos ter uma pessoa mascarada de “Pai Natal” a distribuir flores, presentes, mensagens de Natal, etc”. Confrontada sobre a importância destas causas, Maria volta a salientar: “Acho importante, ainda por cima na situação em que nos encontramos, tanta gente precisa de nós”, embora considere esta época apropriada, mas não a única: “Sou um bocado contra ações nessa época porque acho que as pessoas não precisam do Natal para ajudar. Talvez quem precise nem dá muito valor ao Natal porque é uma época apoiada pelo capitalismo, em que temos que comprar, temos que dar e não é esse o espírito nem é isso que eu apoio”.

José Loureiro admite que nunca foi voluntário em qualquer causa de solidariedade e este ano também não irá estrear-se em nenhuma causa. No entanto afirma que, apesar de não ser voluntário, acha importante: “Nos tempos de dificuldade em que vivemos, acho importante ajudar as pessoas, todas elas”. Como no Natal as causas são diversas e sua incidência é notória, o finalista da licenciatura de Filosofia comenta “é importante todo o ano”, dando o seu parecer em relação ao motivo pela qual há mais causas nesta época do ano “o Natal é uma época que promove a união entre as famílias e as pessoas em geral, por isso mesmo estas encontram-se mais recetivas a ajudar as mais necessitadas”. Apesar de nunca ter participado em nenhuma causa de cariz social, José Loureiro assume que “gostava de fazer um dia”, destacando a iniciativa própria que terá de ter, assim como a causa que irá apoiar como fatores que ajudem na decisão. O aluno aponta também como motivo pela sua inexperiência em voluntariado, a falta de disponibilidade: “É difícil arranjar tempo”, conclui. josé loureiro 3º ANO // filosofia

mariana lima 2º ANO// relações internacionais

A estudante não vai participar em nenhuma causa social este Natal. Marina justifica-se: “Não tenho informação de nada que me leve a ser voluntária”; contrariamente, afirma que se alguma iniciativa dentro da UM, como algum tipo de recolha de alimentos ou de brinquedos, até possa fazê-lo. Embora não tenha intenções de participar neste ano, Marina Lima afirma já ter participado anteriormente “Já participei na praxe. Fizemos uma recolha de alimentos em que cada curso contribuía para fornecer algo aos mais carenciados”. A aluna não descura a importância deste tipo de ações, considerando deveras importante para a sociedade. “Há pessoas que precisam, pessoas muito necessitadas, que aumentam de número a cada ano que passa”, assume a aluna que adverte ainda que este tipo de ajuda deveria existir durante todo o ano e até aumentar, não só no Natal. “Não deveria só cingir-se a esta época, mas compreendo, pois é quando as pessoas se sentem mais unidas e se apercebem mais das necessidades de quem está só, tentando contribuir para um Natal mais feliz”, destaca.

bárbara araújo barbarasilvaraujo@gmail.com

À medida que se aproximam as festas natalícias, as diversas causas sociais surgem e a sua divulgação é uma constante no nosso dia a dia. O momento torna-se propício à sensibilização, dado que as pessoas se encontram mais suscetíveis a apoiar e a atender aos pedidos. O ACADÉMICO foi à procura de respostas no sentido de perceber a razão da escolha desta época para uma maior afirmação destes movimentos, como também desvendar se os estudantes da Universidade do Minho se envolvem ou não nestas iniciativas. Porquê o Natal e porque nos sentimos mais “obrigados” a colaborar?



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ESPECIAL

livro informa jovens para programas europeus

Ana pinheiro anafilipapinheiro1@hotmail.com

Será já na próxima sexta-feira, dia 7 de dezembro, em Braga, que irá acontecer o lançamento da publicação “Sem Fronteiras – Programas disponíveis para jovens”, da autoria do eurodeputado José Manuel Fernandes e edição do Instituto Português do Desporto e Juventude. O objetivo deste livro é permitir aos jovens e às diferentes instituições ligadas à juventude tomar conhecimento de todos os programas de apoio disponíveis nas áreas da educação, cultura, formação profissional e juventude. O livro “Sem Fronteiras – Programas disponíveis para jovens” contém uma compilação de vários programas, que são financiados pela União Europeia, num orça-

mento que, durante o período de 2007 a 2013, ascende a mais de 16 mil milhões de euros. O lançamento será no salão nobre da Reitoria da Universidade do Minho, numa cerimónia presidida pelo secretário de estado do desporto e juventude, Alexandre Mestre, enquanto a apresentação da obra estará a cargo do reitor da UM, António Cunha. A obra apresenta uma vasta caraterização e as mais diversas informações necessárias para a concretização de candidaturas a uma extensa lista de programas de apoio. Para além disso também apresenta diversos números ligados às atividades dos jovens em Portugal e na União Europeia. Segundo José Manuel Fernandes, em exclusivo ao ACADÉMICO, afirmou tratar-se de um livro que “pretende descodificar a

informação e torná-la mais simples e amigável. Apesar de estarmos na era da informação nem sempre conseguimos aceder à informação de uma forma simples”. Já no prefácio da obra, Alexandre Mestre, sublinha a importância de se conseguir “coligir, numa sistemática ‘user friendly’, múltiplas informações de interesse para os jovens que queiram aceder a programas, projetos, bolsas e ações promovidas internacionalmente – com destaque para a União Europeia – e disponibilizados em Portugal”. Para José Manuel Fernandes, “a juventude é a geração que mais está a sofrer em termos de desemprego e com esta crise que teima em não nos largar. Sendo a juventude a geração que tem o dobro do desemprego da média geral, é importante que ela conheça os programas que tem disponíveis

para a mobilidade, para a sua formação e para ter a possibilidade de acesso ao emprego. Este é um livro dedicado à juventude, mas é também um livro que desafia os promotores das candidaturas”, afirmou ao ACADÉMICO. Devido ao desconhecimento que existe por parte dos jo-

vens portugueses, o eurodeputado afirma que “se deve utilizar todos os recursos que temos à nossa disposição para melhorarmos as nossas competências e para podermos ser mais competitivos neste mercado. Só na União Europeia são 500 milhões de habitantes”. Esta publicação, segundo o autor surge como “um manual de todos os programas disponíveis para os jovens, fornecendo um panorama daquilo que existe. Considera que este livro é importante para a juventude, porque são eles os beneficiários, mas também para os decisores políticos para que as próximas políticas de juventude que existam no nosso país”. Recorde-se que, atualmente, José Manuel Fernandes, no parlamento europeu, ocupa cargos como: membro efetivo da comissão dos orçamentos e membro suplente da comissão do ambiente, da saúde pública e da segurança alimentar (ENVI), relator do Parlamento Europeu para o Fundo de Solidariedade da União Europeia, relator dos orçamentos para 2012 do Parlamento Europeu e outras instituições da UE.


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ENTREVISTA miguel sarmento Nuno Gonçalves

muito mais de mim para dar e muito para conquistar. A verdade é que ainda não ganhei nada, todos os anos surgem novos objetivos, se era um sonho meu jogar nos seniores do ABC/Uminho agora é uma realidade que tenho de aproveitar e desfrutar ao máximo. O que representam para ti estes dois últimos anos de domínio da Associação Académica da Universidade do Minho nas provas nacionais?

Atelta da AAUM e do ABC/Uminho fala-nos da sua vida na academia e no andebol

“Tenho a plena consciência que no futuro não viverei do andebol” Em entrevista ao ACADÉMICO, o jogador de 22 anos, falou da sua paixão pelo andebol e dos objetivos que ainda pretende alcançar. BRUNA RIBEIRO brunatdr@hotmail.com

Quando é que surgiu a paixão pelo andebol? Surgiu bastante cedo. O meu irmão praticava andebol e desde criança que sempre o segui para todo o lado para o ver jogar. Vibrava muito com a modalidade e em 1998, mal tive oportunidade, inscrevi-me nos

bâmbis do ABC. É uma tarefa difícil conciliar a vida pessoal, e quando falo da vida pessoal falo também da vida profissional, com a vida desportista? Por vezes há sacrifícios que têm de ser feitos, mas nada a que não esteja já habituado. Com disciplina e trabalho fica mais fácil gerir essa

conciliação e mesmo que apertado, arranja-se sempre tempo para tudo. Qual o sentimento que desperta em si quando são mencionadas as tuas conquistas? De certa forma, olhando para trás, fico feliz pelo aquilo que conquistei e que sou hoje, no entanto, não quero ficar por aqui, tenho

Para mim não representa novidade nenhuma. Desde que sou estudante da Universidade do Minho a Associação Académica sempre promoveu o desporto de forma exemplar, dando sempre garantias de qualidade. Trabalha-se muito bem nesta vertente na Universidade do Minho e, quando assim é, colhem-se os frutos. Esta academia é, sem dúvida, a potência do desporto universitário, tendo ainda uma margem de progressão enorme. Há muito talento no Minho Nuno Gonçalves

que tem de ser potenciado. Como te sentes ao representar a UM fora de portas? A Universidade do Minho já me proporcionou experiências incríveis e memoráveis, tenho o maior orgulho em representá-la. Nestes últimos anos, devido às sucessivas finais em que figuramos, construímos uma imagem de força, somos respeitados onde quer que vamos jogar. Isso de certa forma, deixa-me lisonjeado por representar esta academia. Se pudesse escolher como profissão o andebol ou a área que estás a estudar na Universidade do Minho Ciências da Comunicação -, por qual optarias? Gostaria de poder responder andebol, mas receio que seria utópico. Tenho a plena consciência que no futuro não viverei do andebol por isso tenho de me focar, também, na instrução académica.


MARTA PEDRO

DR

Stefano Giordano

Nuno Gonçalves

Marta Pedro nasceu em Coimbra em 1980, tendo-se licenciado em Arquitectura pela Universidade de Coimbra, em 2005. Mas, como a própria confessa, o desejo e curiosidade pela vida e cultura japonesas já vem bem de trás, suscitado por leituras várias. É também em 2005 que vai viver para Tóquio, onde trabalhou no atelier do arquitecto Toyo Ito e, posteriormente, com o arquitecto Fumihiko Maki. Desde 2008 desenvolve actividade profissional independente e inicia um projecto de documentação e arquivo fotográfico de obras de arquitectura japonesa moderna e contemporânea no Japão. É ainda desde 2006 professora convidada na Universidade de Meiji, sediada na capital nipónica. O trabalho de investigação de Marta Pedro teve o reconhecimento com atribuição em 2011 do Prémio Távora, instituído pela Secção Regional do Norte da Ordem dos Arquitectos. O projecto “A Song to Heaven ou o Japão Sublime em Frank Lloyd Wright” propõe realizar uma viagem de investigação aos edifícios e lugares que marcaram a obra e vida deste arquitecto em terras nipónicas e desmontar a dupla influencia entre o Japão e Frank Lloyd Wright. Segunda: Pizzicato Five - Mon Amour Tokyo (Happy End of the World, 1997) “O meu gosto pelos Pizzicato Five já é antigo (eu ouvia bastante na Faculdade) e continua. Aliás, este é um dos temas que continua na minha playlist. Esta música tem uma energia fantástica e diz-me muito também porque fala de Tóquio.”

Stefano Giordano

Terça: Rufus Wainwright - I Don’t Know What It Is (Want One, 2003) “Este tema é bonito e diz-me algo, porque gosto da forma como o Rufus conta, canta e musica as histórias dele. E esta música conta uma história: “não sei o que será, mas é algo que tenho de fazer”. É uma música que inspira, que traz boa energia. Acho que é muito importante não deixar de lado aquilo de que se gosta e em que se acredita. Acho também que a sorte é algo que se puxa para nós.” Quarta: Joanna Newsom - Easy (Have One on Me, 2010) “Eu acho que a Joanna é absolutamente talentosa e gosto muito das letras que ela escreve, assim como da harpa. Acho que tudo isto aliado é uma combinação perfeita. A voz dela tem uma sonoridade muito celestial, muito particular. Gosto muito dela, é um talento fantástico!” Quinta: Au Revoir Simone - Anywhere you Looked (Still Night, Still Light, 2009) “As histórias são muito importantes para mim e estas escolhas foram feitas de acordo com as histórias que estas músicas contam. A arquitectura também deve contar histórias e, se não for assim, não vale a pena. A arquitectura tem que perceber as histórias que quer contar e, também, as histórias das pessoas que precisam dela.”

Sexta: Happy End - Kaze Wo Atsumete (BSO Lost in Translation, 2003) “Estar Lost in Translation pode significar muita coisa - para mim tem mais um significado, bem mais cultural do que aquele que resulta da tradução literal. Acho que há uma questão muito forte: no Japão não há espaço para a improvisação - não se improvisa nada! E a cultura portuguesa tem uma componente de improviso,mas se se fizer disso um sistema não é. Aqui tudo é feito com um perfeccionismo e precisão. Ao mesmo tempo, o Japão permitiu-me pensar numa série de coisas de um modo substancialmente diferente.”


TECNOLOGIA E INOV Costumamos ter pessoas a trabalhar em projetos, no Departamento de Biologia, que nos ajudam a verificar a qualidade dos produtos com os quais estamos a trabalhar. E, para já, esta integração tem resultado muito bem. A vossa integração no SpinPark foi positiva? Sim, sentimos isso em algumas situações. Achamos que se

DANIEL VIEIRA DA SILVA daniel.silva@rum.pt

A vossa comercialização envolve números expressivos em volume de negócios? Ainda não, mas acho que estamos com as parcerias corretas. Precisamos agora de capacidade produtiva para dar esses passos. Essa é a próxima fase, produzir em quantidade e ter uma unidade de transformação.

pode puxar, ainda mais, pelas empresas e que há muito a fazer nos centros tecnológicos, mas, sem dúvida, estarmos num local com outras empresas inovadoras que não são muito lineares é interessante, uma vez que se geram, sempre, interações. Aprendemos nós com os colegas, com os parceiros, mas até a administração aprende sempre connosco.

Isso iria implicar a contratação de mais pessoas? Esse é o objectivo. Fazer crescer o projeto. Só poderemos passar para uma nova fase de produção com essa entrada de parceiros. A Universidade do Minho poderá continuar a ser, aqui, uma boa cantera? Sem dúvida. Nós aproveitamos muito os estágios e sabemos aproveitar essas capacidades.

twittadas cátia silva catiaff_11@hotmail.com

Gmail permite o envio de ficheiros até 10GB Os utilizadores do Gmail vão, brevemente, poder enviar ficheiros até 10GB de tamanho. A Google anunciou a integração do Drive no Gmail, que se deduz no aparecimento de um botão, aquando da edição de um e-mail, que dirá “anexar com o drive”. Assim, aumenta-se em 400 vezes o tamanho de um anexo tradicional. A seguir, o destinatário irá receber um email de

Estados Unidos lideram a lista dos países a quem a Google recolhe mais informações dos utilizadores

Isto tem gerado várias discussões. No entanto, não é o Brasil, um forte opositor a estas práticas da Google, nem a Rússia, conhecida por uma forte censura na Internet, nem o Bahrein, conhecido pela repressão de diversos bloggers, quem lideram o top da lista. Os Estados Unidos ocupam o lugar de destaque, seguido da França, Alemanha e Inglaterra.

Quando criámos uma conta no Google são nos pedidas diversas informações, chegamos a ter de colocar o número de telemóvel e a ser-nos enviada uma senha para confirmarmos que aquele é o nosso número.

Norte-americanos batem recorde de compras online na “black friday” Os consumidores americanos gastaram mais de mil milhões de dólares em compras online na “black Friday”. Este dia, in-

aviso que o reencaminha para conta do Google Drive do utilizador que enviou os ficheiros e terá acesso após autorização do detentor da conta. Será também possível enviar links já alojados no Google Drive.

ventado pelos Estados Unidos, é a seguir ao dia de Ação de Graças, e é conhecido pela prática de grandes descontos. Este ano houve um aumento de 25 por cento nas compras. Grande parte das compras feitas pelos norte-americanos foram através de plataformas móveis, como o iPhone e o iPad. No entanto, os retalhistas sentem-se receosos, pois consideram que este consumo poderá significar que os consumidores anteciparam as compras natalícias. Jovens preferem renunciar ao sexo do que separarem-se do telemóvel Cada vez mais é notável a de-

pendência por parte das pessoas às novas tecnologias. A dependência é tal que há quem já durma com o telemóvel ao lado. Um estudo agora divulgado alerta para os efeitos nefastos deste comportamento na saúde. 75 por cento dos norte-americanos ligam-se à internet através de dispositivos móveis e, tantos deles, vão para a cama com um ipad ou um smartphone e preferem renunciar ao sexo a terem de se separar do aparelho móvel. Há ainda os que acordam para ver as mensagens, e-mails ou chamadas não atendidas.

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OVAÇÃO

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liftoff,

gabinete do empreendedor da AAUM

noticia...

Liftoff com selo +e+i

A iniciativa da Associação Académica da Universidade do Minho recebeu o selo do Programa Estratégico +e +i . O Liftoff – Gabinete do Empreendedor da AAUM foi reconhecido publicamente no dia 30 de Novembro, pelo Secretário de Estado para o Empreendedorismo, Competitividade e Inovação, Carlos Oliveira, pela importân-

cia da sua contribuição para o estímulo da cultura e das práticas de empreendedorismo e inovação em Portugal. O Programa Estratégico para o Empreendedorismo e a Inovação, designado por +e +i, aprovado em Conselho de Ministros no dia 7 de dezembro de 2011, tem como objectivo promover uma sociedade mais empreendedora, alargar a base

de empresas inovadoras com uma forte componente exportadora e promover a inserção de Portugal nas redes internacionais de conhecimento, de inovação e de empreendedorismo. O Programa +e +i pretende estimular a inovação dos produtos, processos e tecnologia, para melhorar a competitividade das empresas portuguesas.

INICIATIVAS + EMPREENDEDORISMO Bolsa do Passaporte para o empreendedorismo

Projetos de empreendedorismo qualificado Sistema de Incentivos à Inovação

A Bolsa do Passaporte para o Empreendedorismo é: - um incentivo mensal no valor de 691,70 euros - a atribuir durante um período mínimo de 4 meses e até ao máximo de 12 meses. - para jovens: - até aos 30 anos licenciados há menos de 3 anos -até aos 30 anos, detentores de licenciatura, mestrado ou doutoramento, e inscritos nos centros de emprego há mais de 4 meses - até aos 34 anos, detentores de mestrado ou doutoramento Os jovens devem ser detentores de um projeto de empreendedorismo que ainda se encontre na fase da ideia: - inovador, com potencial de crescimento e que responda a uma necessidade de mercado.

O Vale Empreendedorismo (+E) destina-se exclusivamente a empresas criadas há menos de um ano e apoia projetos que visam a aquisição de serviços de consultoria, nomeadamente: - elaboração de planos de negócio; - serviços para proteção e comercialização de direitos de propriedade intelectual e industrial; serviços na área da economia digital. O concurso lançado a 24.10.2012 vai permanecer aberto em permanência até 13.11.2013, repartido por 6 fases com datas limite para apresentação de candidaturas: - Fase II - até 14-Mar-13 - Fase III - até 15-Mai-13 - Fase IV - até 15-Jul-13 - Fase V - até 13-Set-13 - Fase VI - 13-Nov-13

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Assistente administrativo(M/F) Estágio profissional Braga Para organização de mapas de cheques, contas correntes de fornecedores, contacto com fornecedores. Perfil: Elegibilidade para Estágio Profissional (IEFP); Licenciatura na área de Economia/ Gestão; Conhecimentos de Inglês e carta de condução.

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CULTURA 2012, o fim do mundo. não o fim da canção. TIAGO PEREIRA tiagodavidp@sapo.pt

Coldplay, Gogol Bordelo, Regina Spektor, The Cure, Ornatos Violeta e The Black Keys foram alguns dos concertos que marcaram o ano de 2012. Começando pela banda mais comercial, os Coldplay – que agora lançaram o DVD da tour, que inclui

imagens do concerto em Portugal -, encheram o Dragão para um espetáculo cheio de cor, levando ao “Paradise” os fãs da banda. Atravessando o Douro, num barco rabelo, para a praia do Cabedelo em Vila Nova de Gaia, os Gogol Bordello levaram à loucura todos os festivaleiros, dos 8 aos 80 – tive o privilégio de estar no Marés Vivas e sem dúvidas

que foi o melhor concerto deste festival. Apesar de alguma idade, a banda norte americana mostrou durante quase duas horas estar aí para as curvas. Apanhando o alfa pendular para o sul, Regina Spektor e The Cure marcaram o verão. The Cure, no Alive, foram mesmo a cura para a falta de Florence And The Machine. Já a russa Regina

Spektor, no placo secundário do SBSR, ofereceu ao público as suas belas músicas sobre amores e desamores, assinando assim uma belíssima atuação ao piano. Continuando no sul, no final de novembro, The Black Keys atuaram em Portugal pela primeira vez, oferecendo um concerto tranquilo, mas cheio de energia, bem ao seu estilo. Mas, apesar

das elevadas expetativas, muitos foram os que ficaram desiludidos com o concerto devido, em especial, à má acústica do Pavilhão Atlântico, que só foi colmatada com a extraordinária voz de Auerbach. E, porque para fim está sempre reservado o melhor, os Ornatos Violeta foram a banda sensação deste ano: oito concertos que esgotaram; 35 músicas que contagiaram gerações em cada concerto. O reencontro há muito que era esperado e não poderia ter sido melhor. Os coliseus entoaram todas as músicas do início ao fim, numa explosão de emoções. Mas qual o segredo do sucesso dos Ornatos? As letras!, que estão cheias de sentimentos - com sotaque do Porto - e que são a banda sonora de muitas vidas. Há quem diga (e eu concordo!) que são os reis da música em português… apesar de abdicarem do trono. 2012, o fim do mundo. Não o fim da canção. E ouvi dizer que não vão ser esquecidos.

cada uma das histórias que Óscar personifica: drama familiar, ficção científica, crime, musical, comédia. Esta última traz consigo a bizarria de Sr. Merde, do segmento com o mesmo nome, presente em ‘Tokyo!’ (2008), assinado por Léos Carax. Mesmo surrealista e, de certa forma, absurdista, ‘Holy Motors’ é um espetáculo de força icónica. O realizador francês, sem pretensão alguma, dá-nos uma lição alegórica e a sua mensagem

parece ser demasiado séria para alguém tão sarcástico e perverso: a realidade não existe, nem mesmo num filme.

DR

Concerto de três horas no Optimus Alive foi um dos momentos do ano

SALA DE CINEMA cada história é um palco CÉSAR CARVALHO z5@sapo.pt

O que representa o regresso de Carax ao seu domínio de excelência (nada desde 1999, Pola X, à exceção de duas curtas e um trabalho conjunto com Bong Joon-ho e Michel Gondry) retrata também uma carreira augurada por uma nova primavera. O cineasta francês renasce, contudo, inconclusivo, ainda grotesco e provocador. ‘Holy Motors’ não é mais que a viagem manifesta à mente trágica do autor. É, em jeito de tributo anti-heroico, uma visita maldita aos domínios do cinema, imbuída no mérito mais sobressaído da sua câmara:

não existe aqui, em momento algum, identidade. Mais: a narrativa não se explica, não se encerra por limite nenhum, não se preocupa em se dar como finalizada. Convém elucidar: Óscar (um delirante Denis Lavant) é alguém que preenche o dia encarnando diversas personagens, – ator? - orientado por um guião e pelos conselhos da sua motorista Céline (Edith Scob). Lavant é a personagem que se desfragmenta em várias outras na edificação de um mundo irregular, composto por quem, ausente, se faz presente. É este o seu exercício diário, uma espécie de heteronímia remunerada. Apesar de complexo

– tratando-se da mente de alguém, nunca a projeção será cristalina –, o enredo compõe-se lenta e inteligentemente. A limousine que o transporta, peça-chave do filme (seguramente o único ponto em comum com o tão citado Cosmopolis, de David Cronenberg), parece ser responsável pela quebra espaço-tempo; se o mundo exterior funciona como espaço de alienação, o carro é o único abrigo imutável. A homenagem aos alicerces do cinema está sempre presente. O filme abre com uma sala repleta de espectadores assistindo à vida da tela (ficção dentro de ficção). Segue-se o desfile de géneros pelos quais são contadas

Realizador: Leos Carax Elenco: Denis Lavant, Edith Scob e Kylie Minogue Data da estreia prevista em Portugal: 03-01-2013 Nacionalidade: Francesa Pontuação: 4,5/5


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RUM BOX TOP RUM - 48 / 2012 30 NOVEMBRO

13 BENJAMIN GIBBARD Dream song 14 CHARLOTTE GAINSBOURG Terrible angels

1 BLACK KEYS, THE Lonely boy

15 DRUMS, THE - Money

2 MIRALDO - The ancient days

16 LUÍSA SOBRAL - Xico

3 CAT POWER - Ruin

17 MICRO AUDIO WAVES Donna samurai 18 SPIRITUALIZED - Little girl

4 RODRIGO LEÃO The long run 5 VALTER LOBO Pensei que fosse fácil

19 SUPERNADA Arte quis ser vida 20 TAME IMPALA - Elephant

6 LIARS No. 1 against the rush 7 DEUS - Quatre mains

POST-IT 03 dezembro > 07 dezembro

10 B FACHADA - Carlos T

BRAGA MÚSICA 07 de dezembro António Chainho Thetaro Circo 14 e 15 de dezembro XIX Celta Theatro Circo TEATRO 21 de dezembro A bela adormecida Theatro Circo

GUIMARÃES MÚSICA 08 de dezembro Land of light Café Concerto - CCVF 9 de dezembro Ópera - Elisabete Matos CCVF

15 de dezembro Salto Café Concerto - CCVF 13 de Outubro a 9 de Dezembro Archigram – Experimental Architecture 1961 – 1974 Palácio Vila Flor

FAMALICÃO 08 de dezembro Luis Represas + João Gil Casa das Artes

LEITURA EM DIA

OS SOBREVIVENTES Que Força É Essa

A Porta do Sol de Elias Khoury - Quetzal. O grande escitor libanês faz a sua estreia literária em Portugal e logo com um dos seus grandes romances. Uma obra assombrosa e essencial

ZULU WINTER We Should Be Swimming

11 WALKMEN, THE - Heaven 12 ALT-J - Breezeblocks

CINEMA 10 de dezembro A loucura de Almayer Theatro Circo

Para ouvir de segunda a sexta (9h30/14h30/17h45) na RUM ou em podcast: podcast.rum.pt Um espaço de António Ferreira e Sérgio Xavier.

8 DIABO NA CRUZ - Luzia 9 GRIZZLY BEAR - Yet again

AGENDA CULTURAL

DIVINE FITS Baby Get Worse

Os Enamoramentos de Javier Marías - Alfaguara. O escritor espanhol, a polémica recente confirma-o, “mostra” aqui o seu valor literário, neste romance quase perfeito.

O Principezinho. Livro com Ímanes de Antoine de SaintExupéry - O Arco de Diana. O clássico de todos os tempos numa versão “animada” para os mais pequenos e um ótimo presente de Natal.

A Grande Fábrica de Palavras de Agnès de Lestrade.Ilust. Valeria Docampo - Paleta de Letras. A afirmação no panorama editorial português de uma marca bracarense. É um livro belo.

O Senhor Péssimo É o Máximo de João Manuel Ribeiro. Um dos mais interessantes autores nacionais, apelando à consciência ecológica dos adolescentes. Didáctica e instrutiva. DR

CD RUM

Sinkane Mars (2012, DFA) SÉRGIO XAVIER sergio.xavier@rum.pt

A fusão de diferentes sonoridades, cada vez mais em voga, torna complexa a tarefa de categorizar e classificar a música que se vai fazendo um pouco por todo o planeta. É exatamente isso que sucede com a música de Sinkane, com a diferença de que esta amálgama de sons não é mais do que

o reflexo da sua própria experiência pessoal e familiar. Nascido no Gabão, ainda criança migrou com a sua família para os EUA, obrigada a um exílio por motivos políticos. Cresceu no Ohio, e mais tarde mudou-se para Brooklyn onde iniciou as suas lides musicais. Estreou-se em nome próprio em 2008 com o EP ‘Color Voice’ a que se seguiu ‘Sinkane’ (2009). Entretanto acompanhou bandas

como Caribou, Yeasayer ou os Of Montreal e em 2012 voltou à carga com ‘Mars’, editado pela DFA de James Murphy. Um disco em que Sinkane gravou a quase totalidade dos instrumentos, mas que teve algumas colaborações de peso. Destaque para as participações de Ira Wolf Tuton (dos Yeasayer), do flautista Stutz Mcgee ou de George Lewis Jr. (Twin Shadow). Na arte que pratica Sinkane

não esquece as suas raízes. A partir da matriz africana estrutura uma série de sonoridades, integrando o jazz, shoegaze, dub, funk, música electrónica, krautrock ou o psicadelismo. Trata-

-se de um imenso caldeirão de referências, tratadas de forma exemplar. Uma música realmente do Mundo, que não deixa ninguém indiferente. Um disco obrigatório neste ano de 2012.


PÁGINA 18 // 06.DEZ.12 // ACADÉMICO

DESPORTO taekwondo é uma das modalidades em destaque na uminho em 2012 DR

FILIPA SANTOS SOUSA filipasantos_sousa@hotmail.com

Recentemente algumas figuras de proa representantes da atividade desportiva da Universidade do Minho (UM) foram distinguidas com galardões atribuídos pela FADU (Federação Académica de Desporto Universitário), conforme o anteriormente noticiado pelo ACADÉMICO. Por isso, e como entramos já no último mês do ano, a típica crónica referente aos finais de semana foi substituída, nesta edição, por um breve olhar de relanço para a bem sucedida temporada respeitante ao ano letivo de 2011/2012. O desporto universitário no seu todo tem sido alvo de reconhecimento. A homenagem feita pela Confederação de Desporto de Portugal (CDP) ao ouro conquistado por Rui Bragança (categoria -58 kg) e Mário Silva (catego-

Taekwondo da AAUM foi “dominador” durante a época desportiva

ria -68 kg), no 2º Campeonato Europeu de Taekwondo, ilustra bem a importância da prática desportiva no seio do ensino superior. Este ano, e à semelhança da época transata, a academia minhota voltou a conseguir resultados positivos nas mais diversas modalidades. Importa aqui salientar que a UM foi palco, pela segunda vez, dos Europeus Universitários de Taekwondo (em 2011), organizou, também, os CNU’s (Campeonatos Nacionais Universitários) e Mundiais Universitários de Futsal e Xadrez (os quais foram disputados respetivamente em Braga e Guimarães). No âmbito coletivo é de destacar os primeiros lugares conseguidos nos CNU’s por parte das equipas masculinas: de andebol, basquetebol e futsal. Para além disso, a formação de taekwondo mista da UM alcançou igualmente a primeira posição nesta competição. A nível individual é de salien-

tar os feitos conquistados, no atletismo, por Sara Marques que conseguiu subir mais que uma vez ao pódio, tanto em pista coberta como ao ar

livre. Nos kartings femininos Sílvia Valente venceu o campeonato. Neste ponto, o desporto que mais esteve em relevo foi, uma vez mais,

o taekwondo, com diversos atletas a conseguir o título, nas diferentes categorias a que concorriam. Ana Coelho (-49 kg) arrecadou o primeiro lugar, numa especialidade dominada exclusivamente por estudantes da Universidade do Minho. Também, Ana Rita Lopes (-57 kg) e Beatriz Fernandes (-67 kg) ganharam, por assim dizer, o ‘ouro’. Nas competições masculinas: Rui Bragança (-58kg), Mário Silva (-68kg), Michel Fernandes (-80 kg) e Joel Monteiro (+80kg) foram os grandes vencedores. O desempenho desportivo da UM nos CNU’s em 2011/2012 amealhou, no total, 77 medalhas: 17 de ouro, 29 de prata e 31 de bronze. A academia minhota encontra-se assim na segunda posição do ranking da FADU, atrás da Universidade do Porto (UP) que juntou 137 medalhas. PUB



CINEMA

Borderline ESTREIAS DE CURTAS METRAGENS DE JOVENS REALIZADORES EUROPEUS TER 4 DEZ 21H30 SÃO MAMEDE FEST – ASSOCIAÇÃO CULTURA, NISI MASA EUROPEAN NETWORK OF CINEMA E GUIMARÃES 2012 CAPITAL EUROPEIA DA CULTURA ORGANIZAÇÃO ENTRADA GRATUITA | TODAS AS IDADES

TEATRO

Barriga da baleia EPOPEIA MARÍTIMA COM PALAVRAS E CANÇÕES PARA CRIANÇAS QUI 6 E SEX 7 DEZ 10H00/15H00 SÁB 8 DEZ 11H00/16H00

CENTRO CULTURAL VILA FLOR ANTÓNIO JORGE GONÇALVES CRIAÇÃO ORIGINAL 5€ | DOS 3 AOS 5 ANOS

EXPOSIÇÃO

Martins Sarmento e a Arqueologia Europeia TRABALHO E OBRA DE FRANCISCO MARTINS SARMENTO EM EXIBIÇÃO SEX 7 DEZ 17H00

SOCIEDADE MARTINS SARMENTO SOCIEDADE MARTINS SARMENTO ORGANIZAÇÃO FRANCISCO SANDE LEMOS CURADORIA 1,5€ | TODAS AS IDADES

GUIMARAES2012.PT FACEBOOK.COM/GUIMARAES2012 INFO@GUIMARAES2012.PT 300 40 2012 (09-20H, 7/7)


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