ACADÉMICO 182

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“Vam os ab Carlos rir um estud Videir a sala o 24h d a em e p duran e te est or dia na b ntrevi ibliote e seme sta ca stre”

39º aniversário da UMinho

Quiseram calar a universitária! Página 03

inquérito

Reitor e presidente da AAUM preocupados com o futuro dos estudantes

Como vês o “silenciamento” imposto à RUM? Página 08

Página 07

campus

desporto

Eleições para o Conselho Geral já mexem na UMinho

Fim de semana marcado por dérbis no Minho

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AAUM baixa preços das refeições e transportes Página 04

Sp. Braga/AAUM sobe ao 5º lugar Página 18


FICHA TÉCNICA 26.FEV.13 // ACADÉMICO

EM ALTA

NO PONTO

EM BAIXO

Rádio Universitária do Minho Uma mostra da força e importância na cidade. As milhares de pessoas que se solidarizaram com a RUM nas redes sociais deram alento à estação para enfrentar, ainda com mais vivacidade, os próximos tempos e as próximas “lutas” nos tribunais. As pessoas consideram a RUM importante, olham para a rádio com especial carinho e demonstram o quão especial se torna este órgão. Uma prova da força da estação!

Cidade Europeia do Desporto A CED está aí e promete agitar o ano na cidade de Guimarães. Desenganem-se, para já, aqueles que a queiram comparar à Cultura em 2012, mas este evento pode, e deve, reter em si alguns dos momentos que marcam a temporada desportiva no nosso país. Saber abrir-se ao desporto, nas suas mais variadas vertentes, deve ser uma virtude de uma equipa que tem como missão manter a cidade com intensidade, alegria e entusiasmo.

O “silêncio” Tão estranho todo o silêncio de algumas das figuras da cidade de Braga e Guimarães sobre o caso que envolve a RUM e uma outra rádio da cidade. Ainda que de um lado já se sabia com o que contar, do outro veio... Mais do mesmo. Quando alguém pensava que em Braga se pensava para lá dos esquemas partidários, eis que os “telhados de vidro” dos partidos mostraram-se permeáveis ao mais pequeno calhau.

SEGUNDA BARÓMETRO PÁGINA

FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // Quinta-feira, 26 Fevereiro 2013 / N182 / Ano 9 / Série 4 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // Chefes de redacção: Cláudia fernandes e Rita Magalhães // REDACÇÃO: Adriana Couto, Alexandre Rocha, Ana filipa Gaspar, ana Pinheiro, Bárbara martins, Bruna Ribeiro, Bruno Fernandes, Carla Serra, Catarina Moura, Catarina silva, Cátia Alves, Cátia Silva, Cláudia Fernandes, Daniel mota, Dinis Gomes, Diogo Lemos, Filipa Barros, Filipa Sousa Santos, Isabel Ramos, Joana Martins, Joana Valinhas, Joana Videira, João Pereira, Judite Rodrigues, Marta Soares, Raquel Miranda, Rita Magalhães e Vânia Barros // COLABORADORES: Elsa Moura e José Reis // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: jornalacademico@rum.pt //TIRAGEM: 2000 exemplares // IMPRESSÃO: GráficaAmares // Depósito legal nº 341802/12

VASCO LEÃO // vasco.leao@rum.pt

EDITORIAL

O senhor Ação Social O ACADÉMICO retoma esta semana a sua edição física, acompanhando o início do segundo semestre letivo na Universidade do Minho. Pese embora a atividade da Academia tenha sido devidamente tratada na edição online do jornal, importa nesta edição destacar dois grandes momentos da vida académica: a tomada de posse dos Órgãos Sociais da Associação Académica, que aconteceu no passado dia 11 de Janeiro, e o XXXIX Aniversário da Universidade do Minho, que este ano preencheu uma semana e teve o seu ponto alto na sessão solene do dia 20 de Fevereiro. Em ambas as ocasiões tivemos oportunidade de ouvir intervenções assertivas do novo Presidente da direção da AAUM, Carlos Videira, que afirma a ação social como tema central do seu mandato e, espera-se, a recoloque como prioridade na Academia. Dando o exemplo, decidiu a AAUM que a partir do passado dia 18 de Fevereiro o serviço de transportes entre os campi, que está sob sua gestão, desceria o seu preço em 30 cêntimos por viagem, se comprado em pack de 5 unidades. Garantiu também que o valor de refeição nas cantinas da Universidade desceria o seu valor em 10 cêntimos, o que faz com que os estudantes possam poupar um euro em cada pack de 10 senhas de alimentação. Não fossem inesperadas ‘questões de ordem operacional’ por parte dos Serviços de Ação Social e a medida entraria em vigor também no mesmo dia, como esteve previsto. Mas até para esta questão a AAUM arranjou solução, garantindo que qualquer aluno que comprasse o pack de senhas entre os dias 18 e 25 de Fevereiro, seria reembolsado no valor diferencial. Também o Reitor da UM aproveitou as sessões solenes para responder aos tempos difíceis por que passam os estudantes e anunciou uma medida que pode, e muito, amenizar dificuldades através da criação de um Fundo Social de Emergência, que pretende ser um instrumento de auxílio excecional que se assuma como solução para situações complexas e inadiáveis a que o sistema em vigor não é capaz de dar resposta. No dia da UM, a Academia ficou a saber que a sua entrada em vigor está para breve, no primeiro dia de Março. Assim se dá resposta aos problemas dos estudantes. Assim se faz Ação Social na Universidade do Minho!


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LOCAL

quiseram calar a universitária! DANIEL VIEIRA DA SILVA daniel.silva@rum.pt josé reis jose.reis@rum.pt

Pouco faltava para o meio dia. Na redação, os jornalistas preparavam-se para mais um noticiário. Até porque nada fazia antever que a Rádio Universitária do Minho (RUM) fosse “calada” poucos minutos depois. 11h58: Nos estúdios, os animadores ficaram baralhados quando o habitual “Som Nascente” foi substituído por um constragedor silêncio. Um problema técnico, um problema elétrico ou algo mais grave? Alguns funcionários da rádio trouxeram esta última opção como resposta depois de uma visita ao emissor da RUM, situado em Santa Marta das Cortiças. Lá, alguém retirou a energia ao emissor da rádio. Desligou-o. Tentou-se arranjar uma solução, mas sobretudo saber o que se estava a passar. Foram rapidamente identificados aqueles que cortaram a energia à RUM (responsáveis da Antena Minho). Em causa estava uma alegada divida da RUM à outra estação da cidade de Braga – Antena Minho. A RUM

explica que “o diferendo entre as duas estações sobre a propriedade do emissor de Santa Marta das Cortiças, utilizado por ambas desde a década de 1990, decorre desde 2008 e que ainda não foi alvo de decisão definitiva por parte das autoridades judiciais”, logo, qualquer ação que acontecesse entretanto iria sobrepor-se a uma decisão judicial. Ainda assim, contactado, na altura, pela Agência Lusa, o administrador da Antena Minho, Armindo Veloso, afirmou que “uma coisa é a propriedade do emissor, outra é a conta da energia”. Esse responsável acusa a RUM de falta de pagamento. Certo é que a RUM ficou sem emissão, por duas vezes no próprio dia. Desde então, passou-se um fim de semana em que a RUM foi para o ar normalmente, até que no dia 7 de janeiro, novamente por intermédio dos mesmos protagonistas, a RUM voltou a ser silenciada. Uma situação que se arrastou durante alguns dias. As negociações foram interrompidas pela universitária até que a legalidade fosse reposta. Ainda não foi. Entretanto a emissora dos estudantes conseguiu uma solução de recurso que limita o seu raio de alcance. Para já, é o possível.

A RUM já se prontificou, também, a liquidar o valor da energia consumida (cálculo só possível depois da Antena Minha entregar na RUM as faturas referentes aos anos em causa) mas a rádio do grupo Arcada Nova apenas aceitava essa quantia caso fossem retiradas todas as queixas que a universitária iria interpor. Algo que a RUM se negou a fazer. O processo em tribunal prossegue e o coletivo de juízes ainda não se pronunciou, definitivamente, sobre a propriedade do terreno. O que é certo é que o mesmo está, neste momento, apenas acessível a quem detém as chaves das ferramentas de segurança. Os responsáveis da Antena Minho que recusam alguma ação da RUM dentro da propriedade. Proibiram até a instalação de uma forma alternativa de energia que os universitários lá queriam colocar. As reações e comunicados por parte destes agentes da Antena Minho resumiu-se a duas ou três intervenções junto dos media que revelam uma posição intolerante no caso. Até aqui, os movimentos populares foram-se organizando no apoio. Situação merece preocupa-

ção dos agentes de decisão O silenciamento da rádio merece repúdio por parte de algumas forças vivas da cidade e de entidades com responsabilidade políticia e social. O reitor da Universidade do Minho, António Cunha, diz que esta “é uma situação que continua a merecer muita preocupação. A RUM é uma entidade muito querida para a universidade e importante para a comunidade académica”, diz o reitor, salientando que “[a rádio] é um agente cultural da cidade”. Já Carlos Videira, o presidente da Associação Académica da Universidade do Minho, diz ser “inaceitável que esta acção continue sem ser resolvida graças à prepotência de alguém que se achou no direito de se substituir à justiça e aos tribunais e decidiu fazer justiça pelas próprias mãos”. Pluralidade de informação Ricardo Rio, líder da coligação Juntos Por Braga, reco-

nhece ser algo que o deixa “triste” porque diz “que o valor da pluralidade da informação e do bom relacionamento entre os diferentes órgãos de comunicação social tem que ser salvaguardado e Braga só tem a ganhar em existir uma diversidade na cobertura” noticiosa. Hugo Pires, vereador da Juventude na Câmara Municipal, considera que quem perde com esta situação são os cidadãos. “Faço votos de que este diferendo se resolva rapidamente e que estes dois órgãos de comunicação se entendam”. Já Carlos Almeida, deputado municipal do PCP considera que a actual situação “não é saudável e que a mesma é prejudicial para a democracia”. Já António Durães, um dos nomes ligados ao teatro e à rádio, diz que esta é uma realidade que priva os ouvintes da “actualidade cultural de uma cidade”, mas espera que se resolva rapidamente. PUB.


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CAMPUS aaum baixa preços de refeições e transportes catarina hilário katarina-kosta@hotmail.com

A AAUM prometeu e cumpriu. Uma das medidas anunciadas aquando da tomada de posse da nova direção, passou a ser uma realidade. Os alunos minhotos irão gastar menos em refeições e no transporte. A poupança será de 1 euro no pack de senhas para a cantina - cada refeição fica 0,10 cêntimos mais barata, em relação ao ano anterior – e de 0,30 cêntimos em cada viagem entre os dois campus da Universidade do Minho. A entrada em vigor desta medida foi dia 18 de feverei-

ro, somente para os packs de senhas de transporte. Também estava prevista a entrada em vigor do novo pack de senhas de 10 refeições nas cantinas da Universidade, mas, devido a questões de ordem operacional, tal medida teve de ser adiada para dia 25, passada segunda-feira. De qualquer das formas foi possível, a todos os alunos que compraram senhas entre o dia 18 e 22 de fevereiro, reaver a diferença. Teriam apenas de dirigir-se aos Gabinetes de Apoio ao Aluno da Associação Académica ou à Reprografia dos Congregados e apresentar o respetivo talão de compra. Carlos Videira, presidente da AAUM entende que esta

DR

Medida implementada pela AAUM nas refeições vai ter um custo de 10 mil euros medida ajudará os alunos a fazer face às despesas que têm com a sua frequência

no ensino superior. Este é um investimento da AAUM e deverá rondar os 10 mil

euros por ano, apenas no que às senhas de refeição diz respeito.

(des)investimento na ciência marca aniversário da ecum elsa moura elsa.moura@rum.pt

A Escola de Ciências da Universidade do Minho (ECUM) celebrou, na passada quinta-feira, o seu 38º aniversário, marcado pela presença do professor Mariano Gago, antigo ministro

da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. O ato solene serviu para perceber as perspetivas em que se encontra a ciência no panorama do ensino superior em todo o mundo e onde, uma vez mais, o financiamento às universidades foi alvo de críticas.

A presidente da ECUM, Estelita Vaz destacou os desafios que se colocam à escola, afirmando mesmo que “uma escola se reinventa todos os dias, e temos sempre que superar aquilo que já conseguimos. Melhorar a investigação, melhorar a performance junto dos alunos, melhorar o nosso campo de atuação junto da sociedade em geral, junto do público escolar é o grande desafio da Escola de Ciências. Continuar a fazer ciência, ensinar ciência e divulgar ciência e cada vez melhor”. A presidente da escola destacou o papel dos docentes na ECUM, sublinhando que “estão praticamente to-

dos douturados, o que nos dá uma responsabilidade acrescida, mas dá-nos um corpo docente extremamente competente para nos posicionarmos muito bem e acompanharmos o posicionamento da Universidade do Minho a nível nacional”. Sobre o futuro e o financiamento da investigação, Estelita Vaz não tem dúvidas: “Com certeza que dependemos imenso de investimento. Tudo o que é infraestruturas laboratoriais depende muitíssimo de investimento, portanto é fundamental. Temos que ser capazes de obter o financiamento, quando ele não é do orçamento de estado, temos de ser capazes de o obter a ní-

veis de candidaturas a projetos internacionais, a nível de parcerias internacionais, mas a nossa escola é fortemente internacionalizada e penso que está bem posicionada para fazer esse esforço adicional e para conseguir o investimento e o financiamento que, efetivamente , é imprescindível para continuar com a investigação“, explicou a Presidente da Escola de Ciências. Já Mariano Gago fez mesmo uma análise da evolução e do estado atual no que concerne ao investimento na ciência e investigação. A sessão solene decorreu no anfiteatro da ECUM, no Campus de Gualtar, em Braga.


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eleições para o conselho geral já mexem na universidade do minho claúdia fernandes alaufernandes@hotmail.com

É já no próximo dia 13 de março que se realizam as eleições para o Conselho Geral da UM. Deste ato eleitoral sairão eleitos 12 representantes do grupo de docentes e inves-

tigadores, quatro representantes dos alunos e um do pessoal não docente e não investigador. No que concerne à eleição dos representantes dos estudantes, três listas vão a votos. Assim, os alunos de 2º ciclo, Carlos Videira, Pedro Sanches, César Costa, e o de 1º, Bruno Alcaide, constituem

a lista A. A lista B apresenta quatro alunos do 1º ciclo de estudos: Carlos Silva, Nuno Lopes, Elsa Mendes e Luís Masquete. Por sua vez, Alexandre Carneiro, Ana Pereira, Inês Barbosa e Bernardo Mateus formam a lista C. Este grupo é constituído por alunos do 2º ciclo, com exceção de Inês Barbosa que frequenta

o 3º ano. No que toca a docentes e investigadores foram apresentadas, igualmente, três listas candidatas. Assim, a lista A é encabeçada pelo professor catedrático Licínio Lima, do Instituto de Educação. O docente Rui Ramos, da Escola de Engenharia, encabeça a lista B e a C, por sua

vez, é liderada pelo professor catedrático Jorge Pedrosa, da Escola de Ciências da Saúde. Em termos do grupo dos não docentes e não investigadores, a técnica superior Maria Fernanda Ferreira encabeça a única lista. A campanha eleitoral estende-se até ao próximo dia 11 de março.

helena sousa será a nova presidente do ics DANIEL VIEIRA DA SILVA daniel.silva@rum.pt

Helena Sousa será a próxima presidente do Instituto de Ciências Sociais (ICS), por um período de três anos. A professora catedrática do departamento de Ciências da Comunicação sucede no cargo a Miguel Bandeira, do departamento de Geografia. A eleição ocorreu na passada quinta-feira, onde a professora do ICS se submeteu à votação com a única lista a escrutínio. O voto na sua candidatura ao cargo foi acolhida por unanimidade. Este resultado eleitoral aguarda agora homologação por parte do reitor da Uni-

versidade do Minho, António Cunha. Em declarações ao ACADÉMICO, Helena Sousa sublinha a vontade em aprofundar alguns projetos: “O ICS tem feito um trabalho de eneorme grandeza que pretendemos continuar, reforçando algumas áreas, nomeadamente a internacionalização da investigação, o reforço dos laços com a comunidade regional, o reforço da nossa oferta educativa e tornar mais flexíveis alguns projetos”. A docente considerou que existe um enorme “respeito” pelo legado “muito importante” desenvolvido pelo anterior presidente, mas assumiu que a sua equipa

terá “sangue novo” para continuar a construir algo para o ICS. “Sempre que se renovam as equipas, é natural que haja uma nova energia, uma nova vontade de dinamizar o ICS. É um legado importante, mas naturalmente que queremos melhorar e fazer mais”, sublinha a recém eleita presidente do ICS. Face ao desemprego que abrange a área, Helena Sousa considera esta flagelo como sendo “uma tragédia”, ainda assim ressalva: “temos de estar atentos à realidade social, procurar alternativas para contornar este problema”. A tomada de posse desta nova equipa diretiva deve acontecer em breve no ICS. PUB.


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semana da euforia arranca de “pernas para o ar” redação rum informacao@rum.pt

Já chegou mais uma semana da euforia à Universidade do Minho. Entre os dias 25 e 28 de fevereiro, as imediações dos campi de Gualtar e Azurém vão encher-se de estudantes que vão participar em várias noites temá-

ticas e no tão esperado rally das tascas. “O teu mundo de pernas para o ar” é o tema da semana da Euforia 2013 que marca, igualmente, o arranque do segundo semestre na academia minhota. Nas expetativas da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM),

nem a crise será capaz de demover os estudantes, como explicou ao ACADÉMICO, Eurico Peixoto, vice-presidente do departamento recreativo da AAUM. “Da experiência que já temos, as pessoas aparecem. Podem é, devido à crise económica, não trazer tanto dinheiro, mas as pessoas

aparecem! Os estudantes gostam de se divertir e, para isso, basta aparecer, com os colegas, num BA (Bar Académico) ou um café. Para isso não é necessário estar muito bem financeiramente”. O responsável pela actividade salienta ainda algumas das iniciativas programa-

das: “Em Braga temos noites temáticas, todos os dias no BA, à semelhança de outros anos. Temos também a programação de terça, quarta e quinta-feira do Insólito, com temas variados para todos os alunos. Fora isso temos o Rally das Tascas, quer em Braga quer em Guimarães e teremos também na 2ª feira e na 3ª, em bares junto à Universidade, uma noite diferente”. Eurico Peixoto faz ainda questão de apelar “ao sentido de responsabilidade de cada um, de forma a não haver exageros”. Esta reação do dirigente associativo surge em resposta à recente polémica em torno das praxes em Barcelos, mais concretamente no Instituto Politécnico do Cávado e Ave (IPCA), onde três alunos foram hospitalizados devido a excessos durante o Rally das Tascas da cidade barcelense. Eurico Peixoto espera mobilizar nesta actividade mais de 200 estudantes, mas admite que este prognóstico é reservado, uma vez que é “complicado fazê-lo devido à crise económica”. Para agilizar a actividade, a AAUM terá cerca de 50 pessoas envolvidas na organização. Também a segurança foi pensada: “As medidas de segurança são feitas ao nivel da sensibilização junto dos estudantes de forma a obter por parte de todos um comportamento responsável e assertivo, o que se tem verificado ao longo dos tempos, com um comportamento exemplar por parte de todos.


CAMPUS PÁGINA 07 // 26.FEV.13 // ACADÉMICO

reitor e presidente da aaum preocupados com o futuro dos estudantes rita magalhães ritasmaga@gmail.com

Na passada quarta-feira, a Universidade do Minho (UM) festejou o seu 39º aniversário, numa sessão solene comemorativa no Salão Medieval da Reitoria. A cerimónia começou com o cortejo académico dos professores catedráticos da UM, encabeçado pelo reitor António Cunha. Inaugurada a sessão, subiu ao púlpito o reitor da academia para a sua intervenção. António Cunha destacou o dia da Universidade como sendo um momento de “celebração do conhecimento e da instituição universitária”. António Cunha fez um balanço dos últimos quatro anos, dando relevância à investigação, à oferta educa-

tiva, ao agravamento do quadro social, ao desporto e às práticas de gestão internas. O reitor da academia minhota, nas suas palavras, expressou, sobretudo, a preocupação com a redução em 3,4% da dotação do Orçamento de Estado, “totalizando um corte de 14,5 milhões de euros em 3 anos para a UM”. Apesar do “brutal processo de ajustamento aos cortes”, o reitor garantiu que tudo será feito para que “a qualidade de ensino e de investigação não seja afetada”. António Cunha falou também sobre o Programa Quadro Europa 2020, revelando que esta iniciativa será “um modelo de desenvolvimento que assenta a competitividade da UM e a afirmação internacional no conhecimento e na criatividade”. O reitor da UM finalizou

O investigador Nuno Sousa foi distinguido, na cerimónia, com o Prémio de Mérito à Investigação da UMinho

a sua participação na cerimónia fazendo um balanço “extremamente positivo” do primeiro mandato do Conselho Geral da UM. Carlos Videira lembra que o motor da universidade são os estudantes De seguida foi o presidente da AAUM, quem falou aos convidados. Carlos Alberto Videira salientou, no seu discurso, a importância e a notoriedade da academia minhota no panorama nacional e internacional. O recém-eleito presidente da AAUM destacou os estudantes como “elemento fundamental para a produção de conhecimento e promoção de liberdade de pensamento e da educação superior “. À semelhança do reitor António Cunha, também Carlos Videira fez um balanço dos passos dados pela AAUM neste último ano, afirmando a sua preocupação no que diz respeito ao caso do corte de emissão

Nuno Gonçalves/Dicas

da Rádio Universitária do Minho, relembrando que foram violados os valores da liberdade de imprensa neste caso. Carlos Alberto Videira concluiu a sua intervenção enunciando palavras de John F. Kennedy relativamente à importância da paz, do desenvolvimento, do conhecimento e, consequentemente, do papel das universidades. Na celebração do 39º aniversário da UM, houve ainda espaço para um momento musical protagonizado por Luís Pipa ao piano e a habitual Oração de Sapiência, este ano, subordinada ao

tema “Arqueologia e Sociedade” pela professora Manuela Martins. Para finalizar a sessão solene foram entregues a Medalha da Universidade aos trabalhadores não docentes mais antigos, assim como os prémios escolares e as cartas doutorais. De notar a ausência de alguma figura do Governo neste dia de celebração da Universidade do Minho. A cerimónia terminou, tal como começou, com o cortejo académico dos professores catedráticos da UM, incluindo um dos protagonistas desta celebração, António Cunha. Nuno Gonçalves/Dicas

Nuno Gonçalves/Dicas

Habitual cortejo académico marcou o início e o fim da cerimónia


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INQUÉRITO

como vês o “silenciamento” da RUM? A mestranda em Economia Industrial e da Empresa está a par da situação por que tem passado a Rádio Universitária do Minho através dos jornais. “Do pouco que vi, penso tal como o responsável, que este é um atentado à liberdade”, afirma. A aluna é a favor de se usarem outros meios para se atingirem os fins pretendidos, tendo sido para ela drástica esta atitude de cortarem a emissão. Apesar de não ouvir com frequência a rádio, ela admite que “nos últimos tempos a rádio estava com um leque musical bastante variado, de modo a chegar aos gostos de todos os ouvintes”. Para ela a importância da RUM detém-se no facto de ser uma rádio universitária, feita por alunos e ex-alunos da Universidade do Minho, confessando ser importante “para dar destaque à melhor academia do país”. “Penso até que não são muitas as universidades que têm uma rádio e, com a reputação que a UMinho tem, acho bastante importante que esta se mantenha”, termina.

ângela batista 2º ano // Mest. Economia Industrial e da Empresa

joana teixeira 3º ano// ciências da comunicação

A aluna de comunicação tomou conhecimento do “silenciamento” da RUM através de amigos e do comunicado da RUM no email institucional da Universidade do Minho. Ela é da opinião de que deveria ter havido um acordo mútuo entre as partes, visto ocuparem um espaço em conjunto, em vez desta medida “tão drástica” da Antena Minho. “Os mais prejudicados foram, sem dúvida, a RUM e os seus ouvintes. Uma rádio é um meio de comunicação importante e uma maneira de nos mantermos a par das notícias que nos dizem respeito. Quando é o caso de uma rádio universitária, esta ajuda a cultivar a mente e a alargar os horizontes culturais”, constata. Também para Joana, a importância da RUM está ligada à Universidade do Minho, sendo “um meio de a representar e uma rádio dos estudantes”. Apesar de tudo, a aluna não sabia acerca da menor emissão da RUM, mas afirma que “a RUM sempre teve um raio reduzido, e deveria alargar-se mais e fazer-se chegar a mais ouvintes”.

“Estou a par do silenciamento da Rádio Universitária do Minho e considero-o um ato sem nenhuma legitimidade, um atentado à liberdade de expressão e comunicação e, também, à própria ação da justiça portuguesa. Não vivemos numa anarquia para que de repente se lembrem de usurpar a antena…”, esta é a opinião de Lúcia Lopes. Para ela, todos saíram prejudicados nesta história de “silenciamento”, menos a Antena Minho. “A rádio não se faz ouvir, o que faz com que não chegue a todos nós. Assim, nós somos privados de um direito, o direito de antena e a liberdade de ambos os locutores e ouvintes é violado ao mais alto nível”. Para ela, a RUM é a voz dos estudantes, é uma projeção de atitudes, notícias e novidades. É um veículo simples e fundamental de transmissão de mensagem. A agora menor difusão desta rádio é, na sua opinião, uma violação do direito de escolha dos ouvintes e uma violação do direito de liberdade de quem “faz a rádio”.

lúcia lopes 2º ANO // filosofia

miguel pinto 2º ANO// engenharia informática

cátia silva catiaff_11@hotmail.com

Há quase dois meses atrás, a Rádio Universitária do Minho sofreu diversos cortes de emissões, tendo alguns durado várias horas. Para já, a emissão da RUM é mantida graças a uma solução de recurso que não garante a mesma difusão.

Miguel Pinto, aluno da licenciatura em Engenharia Informática, admite não ouvir com frequência a Rádio Universitária do Minho. No entanto, está a par de todo o caso de “silenciamento” através das notícias na imprensa. É da opinião que “os responsáveis pela Antena Minho tomaram a decisão errada, pois a decisão do tribunal ainda não tinha saído”. “A RUM foi quem saiu mais prejudicada, pois esteve sem emitir durante dias”, constata. A agora mais diminuta difusão do emissor é, para ele, “um atentado à liberdade e aos direitos da RUM e de quem a ouve. Estão menos pessoas a ouvi-la, não porque querem que assim seja, mas porque não a podem ouvir. Esta é uma rádio principalmente dos alunos e para os alunos e, por isso, não deve ser silenciada”. Questionado acerca da importância desta rádio, o aluno comparou-a às outras rádios, não a vendo apenas como uma rádio universitária. “É sempre mais uma emissora, logo há mais escolha”, conclui.

A rádio Antena Minho foi a responsável por esta situação. Desde o início dos anos 90 que as duas rádios partilham o emissor de Santa Marta das Cortiças. A disputa pela propriedade onde está instalado o equipamento está em tribunal, não tendo havido até agora nenhuma decisão. Muitos consideram que esta atitude da Antena Minho foi um atentado à liberdade de expressão, de informação e de programação dos locutores de rádio e dos ouvintes. O ACADÉMICO saiu à rua para saber a opinião dos alunos da Universidade do Minho e ouvintes da RUM.


CAMPUS PÁGINA 09 // 26.FEV.13 //ACADÉMICO

tomada de posse da aaum marcada por palavras de confiança e otimismo rita magalhães ritasmaga@gmail.com

O salão nobre da Reitoria da Universidade do Minho (UM) encheu para conhecer o novo presidente da direção da Associação Académica da UM (AAUM), Carlos Alberto Videira e a respetiva equipa, o Conselho Fiscal e Jurisdicional e os elementos que compõem a mesa da Reunião Geral de Alunos (RGA). A cerimónia contou com a presença do reitor da UM, António Cunha, pelo Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ) esteve presente Manuel Barros. Sérgio Moura, o agora ex-presidente da mesa da RGA, desejou, num pequeno discurso, que os novos elementos da AAUM “sejam unidos”. Depois de vários mandatos à frente da RGA, Sérgio Moura admitiu que vai sempre pertencer à academia: “Formalmente deixo esta casa porque no coração serei sempre AAUM”. Manuel Barros do IPDJ, em representação do Secretário de Estado da Juventude e do Desporto Alexandre Mestre, proferiu palavras de grande otimismo, acreditando no futuro das novas gerações. Ainda durante o seu discurso, Manuel Barros destacou o trabalho feito na Capital Europeia da Juventude, em Braga, e na Capital Europeia da Cultura, em Guimarães e desejou felicidades ao novo corpo dirigente da AAUM. Hélder Castro comovido no final de “um intenso ciclo” O primeiro a discursar foi Hélder Castro, com palavras nostálgicas e emocionadas.

O ex-presidente da AAUM relembrou que quando ganhou as eleições em 2011, este era “um projeto ambicioso e prometedor” que exigia “audácia, resistência e energia” por parte de toda a equipa da direção. Em jeito de balanço, Hélder Castro afirmou que “2012 foi um ano difícil, no qual foi enfrentado o pior dos cenários da política educativa com cortes nas bolsas e nos financiamentos”. O estudante de arquitetura da UM destacou positivamente o desporto durante o seu ano de mandato, que trouxe muitas medalhas para a academia, assim como os Campeonatos Nacionais Universitários e os Campeonatos Mundiais de Futsal e de Xadrez em Braga e em Guimarães, respetivamente. Hélder Castro termina este “intenso ciclo” dizendo: “Errar mostra que fomos audazes em tentar. Aprendi muito, sobretudo a viver com a sociedade”. A passagem de testemunho Carlos Alberto Videira subiu ao palco de sorriso na cara e confiante no mandato que ali começava. O novo presidente da AAUM afirmou que aquele era “um dia de responsabilização de um compromisso assumido” e abriu portas a todos aqueles que estivessem disponíveis a ajudar no crescimento da AAUM. Ao longo do discurso enumerou as diversas medidas que serão implementadas pela nova direção, em especial medidas de carácter social e de apoio aos estudantes e uma particular atenção à cidade de Guimarães e ao campus de Azurém. Carlos Videira

afirmou que pretende que este seja “um mandato de proximidade, com um diálogo contínuo com os estudantes, apesar de não haver respostas exatas para um futuro incerto que se adivinha”. Nas suas palavras, a AAUM vai dedicar-se a vários desafios, nomeadamente, o caso da Rádio Universitária do Minho (RUM), a adaptação dos campi a pessoas com limitações e deficiências e a construção da nova sede da AAUM. Carlos Alberto Videira terminou o seu discurso citando Miguel Torga: “A aventura não é chegar, é partir”, deixando no ar um misto de entusiasmo e ansiedade para o ano 2013 na academia minhota. O reitor da Universidade do Minho António Cunha dirigiu-se também a todos os presentes, realçando a mudança de protagonistas na AAUM e agradecendo “o trabalho e a dedicação de Hélder Castro a esta casa”. Apesar de ter sido um ano

Nuno Gonçalves/Dicas

Reitoria e IPDJ juntos na cerimónia

difícil para a academia, António Cunha destaca o trabalho voluntário nas dádivas de sangue realizadas na UM e “o trabalho incansável do gabinete de empreendedorismo e das saídas profissionais da AAUM”. O reitor da UM destacou também que a associação “é um projeto inacabado que deve servir como um elemento de coesão entre os estudantes”. O reitor minhoto relembrou ainda que é preciso a AAUM estar preparada para “o con-

texto adverso que aí vem” e, por isso, deve ter uma especial intervenção cívica nas dimensões social, desportiva e cultural. O reitor da academia minhota proferiu ainda algumas palavras dirigidas a todos aqueles que lutam pela justiça no caso da RUM. António Cunha deixou também bem claro que “os projetos e iniciativas que integrem a missão e os valores da UM terão sempre o apoio do reitor”. Nuno Gonçalves/Dicas

Provedor do Estudante aproveitou para felicitar o novo presidente da AAUM


Nuno Gonçalves/Dicas

Nuno Gonçalves/Dicas

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ENTREVISTA carlos videira Arlindo Rego

“Vamos abrir uma sala de estudo 24h por dia na biblioteca durante este semestre”

Em entrevista ao ACADÉMICO/AAUM TV, o novo presidente da AAUM, na sua primeira grande entrevista após ter sido eleito, revela algumas das linhas que irão guiar o seu mandato. DANIEL VIEIRA DA SILVA daniel.silva@rum.pt

A ação social foi assumida com sendo a prioridade da direção da AAUM. A redução do preços dos packs das senhas de refeição e transportes foi uma primeira ou última conquista? Foi certamente a primeira. Tal como disse no dia da Universidade, este é um passo muito importante e terá um impacto significativo na vida dos alunos. Não pode ser o último passo, pois sabemos que não chega. O Fundo Social de Emergência entra em vigor a 1 de março e conta com os contributos da AAUM para o tornar justo e flexível. Ao longo do ano procuraremos conseguir algum financiamento para o mesmo e para outras atividades, seja através de fontes alternativas de

financiamento ou de iniciativas solidárias, seja através da consciência social que pretendemos incutir nas nossas atividades. Na altura de apresentação desta redução de preços disseste que “não era a AAUM que deveria estar preocupada com esta ação social”. Queres concretizar o porquê desta expressão? Não é a AAUM que tem a função ou a missão de fazer ação social na universidade ou no ensino superior. Cabe-nos a reinvindicação, cabe-nos apresentar propostas, posições e ideias dos estudantes, deixando para os órgãos próprios esse trabalho e a criação desses mecanismos. No entanto, infelizmente, não há capacidade para dar resposta a todos esses problemas e a AAUM entendeu que, den-

tro das suas possibilidades, e dentro de um quadro de emergência absolutamente excecional, poderia contribuir para a criação destes mecanismos que têm um impacto muito positivo na vida dos estudantes. O país está embrulhado numa crise e o ensino superior não está alheio a esta “onda”. Como vês o constante desinvestimento do país no setor? É incompreensível. Tendo em conta o discurso externo do nosso governo, nomeadamente na Europa e no plano internacional, de aposta na educação, nos recursos humanos e ao dizer que a resposta à nossa crise está no aumento da competitividade ao nível da inovação e aposta nas universidades. A contrastar, a nível interno, o governo pauta-se com um

discurso e prática que vai no sentido de cortes nas universidades desde 2005. Recordo que em 2003 a propina era de 852 euros e agora, se se confirmaram as previsões da inflacção, iremos passar, no ínicio do próximo ano letivo, para uma propina de 1066 euros. Um aumento de mais de 200 euros em cerca de dez anos. Se nada for feito, quero deixar a pergunta. Onde vamos estar daqui a 10 anos? Teremos que propina? É importante, portanto, que se olhe para esta solução numa perspetiva a médio/longo prazo e se olhe também para os números do abandono escolar. O relatório do CRUP aponta, como caminho para a competitividade, para a agregação e/ou fusão de instituições de ensino superior. Que opinião tens para esta

eventual solução deste âmbito a nível regional? Penso que essa questão não pode ser colocada enquanto não se definir claramente os subsistemas de ensino superior em Portugal. O relatório sugere também a eliminação e adaptação de cursos. És a favor ou contra esta medida? Se a decisão estiver ligada com a rentabilidade e foro financeiro, penso que é perfeitamente injustificável. Se falarmos em agregar cursos para tornar as universidades em pólos mais especializados em determinadas áreas, penso que é um caminho que pode ser considerado, sem tabus. Mas isso só pode ser feito de uma forma integrada. Estamos a entrar numa altura de definição na Universidade do Minho com


ENTREVISTA PÁGINA 12 // 26.FEV.13 // ACADÉMICO

Como vês a eventual e mais que provável continuidade de António Cunha à frente dos desígnios da reitoria da UM? É uma questão que o próprio reitor não clarificou, daí não fazer sentido, para já, antecipar cenários. Tomaste posse há pouco mais de um mês. Que legado foi deixado e o que encontraste nesta casa? Os tempos são difíceis e não encontrei a AAUM com o mesmo desafogo que em outros tempos poderia ter encontrado. Decorre muito, certamente, da situação que vivemos no país e na região e a AAUM não é alheia a isso. Felizmente a AAUM teve, nos últimos 13 anos, uma estabilidade que permite suportar este tipo de situações e essa mesma solidez tem permitido que a instituição se afirme, cada vez mais, como um ator credível na sociedade. E foi isso que encontrei quando aqui cheguei. Está para ser divulgado o

conta as carências do país e dos estudantes entendemos que se devia voltar ao formato anterior. Para já ainda não há cartaz, ainda não há, também, orçamento definido, mas sabemos que iremos gastar, em bandas, menos do que no ano passado.

Arlindo Rego

as eleições para o Conselho Geral (CG). Encabeças uma lista de alunos que se propõe a ocupar os quatro lugares destinados a estudantes no órgão. O que te propões fazer nesse campo? Esta lista integra outras pessoas que não são da direção e pretende tentar defender aquilo que vimos defendendo nas intervenções da AAUM. Será importante, nos próximos quatro anos, aproximar o CG da comunidade académica. Penso que, apesar de ser um órgão novo, já houve tempo para existir uma maior identificação da comunidade com o mesmo e com a sua área de atuação. Será importante afirmar o papel dos estudantes como identidade de sucesso de uma universidade plural e dinâmica. Será também importante sensibilizar o CG para a ação social, para as dificuldades dos estudantes, para o pensamento em torno do valor das propinas e alertar para a discussão em torno da matéria pedagógica. Em suma, há um programa muito vasto onde os estudantes terão de ter um papel ativo na discussão.

Carlos Videira voltou a dar ênfase à vertente social que pretende intensificar

plano de atividades deste mandato. O que haverá de novo? O cartão de sócio será uma prioridade ao longo do ano. Queremos que se torne uma ferramente de utilização diária na vida dos estudantes. Quer seja pelas vantagens instituicionais, quer seja pela utilização nos serviços existentes da AAUM... ... Mas há algum avanço nesse sentido? Este é um processo muito moroso, mas a nossa ideia seria que se conseguisse avançar em setembro, no início do ano letivo. Até lá trabalharemos no aumento das parcerias e especificidades técnicas do cartão. De salientar, ainda este ano, que tentaremos uma maior proximidade a Guimarães, daí estarmos a ultimar o processo da reprografia da Escola de Arquitetura, para a utilização desse espaço por parte dos alunos. Gostaríamos que a biblioteca interativa fosse, igualmente, um ponto de maior utilização por parte da AAUM, nomeadamente, de alguns serviços ligados às saídas profissionais, de forma a garantir maior proximidade entre os alunos e a AAUM. Sabe-se a intensificação do trabalho na área pedagógica. Em que se está a debruçar a AAUM neste momento? Encontramo-nos em conversações com a reitoria e com os Serviços de Documentação (SDUM) no sentido de abrir uma sala de estudos no campus de gualtar por 24 horas por dia. Gostarí-

amos de ter avançado com esta medida há mais tempo, até porque há muito que o espaço está definido pela biblioteca. Neste momento existem alguns problmas em relação ao equipamento dessas salas. A AAUM, SDUM e reitoria estão a procurar uma solução provisória no sentido de abrir as salas por 24 horas ainda durante este ano letivo. Esta medida vai de encontro ao nosso compromisso enquanto associação académica. Quem irá suportar os custos desta medida? Poderá passar por uma solução próxima dos regulamentos de colaboração de estudantes, à semelhança do que já existe noutros serviços da universidade. Penso que encontraremos uma solução rapidamente. Há dois momentos que marcam, pelo menos mediaticamente, a vida dos estudantes. Falamos da Gata na Praia e do Enterro da Gata. O que se pode avançar em relação a essas atividades? A Gata na Praia será de 23 a 28 de março em Albufeira. Para já é apenas isso que podemos avançar. E em relação ao Enterro da Gata. Sabe-se, para já, que irá ter menos um dia. Deve-se apenas a questões financeiras? Sim. O Enterro da Gata teve um crescimento sustentado nos últimos anos. No ano passado deu-se um passo que não teve os resultados que gostariamos. Tendo em

A relação da AAUM com as cidades sempre foi forte. Em Braga, chegou-se a falar da integração da AAUM no GNRation, um edifício que representa um legado físico da Capital Europeia da Juventude. O que pode ser concretizado aí? A presença da AAUM no centro da cidade sempre foi alvo de grande discussão e debate. Hoje somos unânimes ao assumir que a sede dos estudantes deve ser perto dos estudantes. No que diz respeito ao GNRation, a AAUM poderia ter algum tipo de intervenção. A primeira questão que foi levantada seria a do Liftoff. Entendemos que faz sentido, caso existam as condições necessários para o gabinete continuar a fazer o seu excelente trabalho. No entanto, tudo depende da vontade dos agentes para ter o Liftoff no centro da cidade e das condições que se criem para que o gabinete tenha capacidade para corresponder a esse desafio. Depois haveria a possibilidade de existir uma vertente cultural mais desenvolvida. Fomos sondados nesse sentido, mas é uma questão que ainda está a ser avaliada e que pode ser muito importante para a AAUM e Rádio Universitária do Minho. Precisamente a RUM continua sem emitir em condições normais. Em que situação se encontra este impasse? É um impasse que dura há demasiado tempo e que lesa o interesse público. Foi por isso que tentamos sensibilizar vários atores da sociedade para esta matéria. Há uma série de questões às quais nos mantemos fiéis, que vão de encontro à deliberação que saiu do último Conselho de Administração. Entendemos que as negociações são importantes e terão valor, porque, infelizmente, no nosso país, o

tempo da justiça é demasiado lento para resolver este tipo de problemas. No entanto há condições impostas que achamos que não fazem sentido. Há também uma posição que entendemos que deverá ser de lealdade e de igualdade e que tem a ver com o restabelecimento do acesso ao emissor. Posto isso, a negociação poderá fazer-se. Em 2013 o país vai-se ver envolvido em momentos de decisão ao nível autárquico. De que forma é que a AAUM vai viver este momento? A AAUM estará muito atenta, no entanto assumirá total independência e reserva em relação às candidaturas autárquicas, quer em Braga, quer em Guimarães. Ainda assim, o que a AAUM fará, com certeza, é junto daqueles que se apresentarem ao voto, procurar clarificar as suas posições sobre um conjunto de matérias que interessam aos estudantes e à AAUM. Será importante haver esse contacto direto, mais para a frente, para perceber as posições dos candidatos em relação a uma nova sede, em relação às questões de segurança, quer em Braga e Guimarães, às questões de mobilidade e às ideias sobre a relação das cidades à academia. Pretendemos auscultá-los sobre estes temas e assuntos. A partir daí a decisão é de cada cidadão e a AAUM não terá qualquer papel no sentido de enviesar essa mesma decisão. Mas crês que a nova sede poderá avançar este ano? Acho que o ano de 2013 pode ser importantíssimo para garantir compromissos e perceber a posição dos diversos agentes, dentro e fora da universidade. Sabemos que existe um quadro muito difícil, mas a negociação de um novo quadro comunitário a partir de 2014 pode ser uma janela de oportunidades. Haja vontade política para isso. Pode 2013 ser também um ano de redefinição do projeto. A partir de 2014, havendo essa janela de oportunidades, poderemos encontrar a sustentabilidade necessária para avançar com o projeto.


MARTA RITA MOREIRA PEDRO

O percurso de Rita Moreira no universo audiovisual inicia-se em 97, aquando da sua chegada à Universidade de Coimbra. No final de 2002, altura em que concluiu a sua Licenciatura em Psicologia, Rita Moreira tomou uma decisão que iria marcar o seu percurso profissional: opta por abraçar uma carreira na área audiovisual. O que começou por ser um estágio acabou por resultar numa colaboração de 7 anos com a Rádio Oxigénio de Lisboa. Durante o ano de 2010, Rita Moreira abraçou um novo desafio, ao fazer parceria com Fernando Alvim na Prova Oral, um formato diferente daquele à que estava habituada e uma experiência que abriu novos horizontes a nível profissional. No início deste ano, assumiu a necessidade de partir novamente para um novo projecto, rumando ao Porto e integrando a equipa da OSTV, um canal dedicado à cultura e às artes que venceu o Prémio Nacional das Indústrias Criativas Serralves 2010, que arrancará brevemente no nosso país..

Nuno Gonçalves

Stevie Wonder - Higher Ground Tenho uma ligação emocional directa com esta música. Em 1º lugar por uma questão puramente instintiva - senti um arrepio de cima a baixo quando a ouvi pela primeira vez - o que deixou a curiosidade de saber mais. Depois há uma dicotomia entre uma mensagem espiritual - a música fala de uma segunda oportunidade dada a um pecador - e este lado algo terreno do funk. Há uma história curiosa em relação a este tema: o Stevie Wonder teve um acidente grave pouco tempo depois de a ter gravado e esteve algum tempo em conta. Diz-se que o seu road manager cantou o Higher Ground ao ouvido e que ele começou a mexer os dedos ao som da música...

Xanadu - Sure Shot Este tema remete-nos para os primórdios da cultura hip-hop em Nova Iorque, numa colectânea da Soul Jazz que traz uma série de nomes que não fizeram história mas contribuíram para a história do hip-hop. Foram os pioneiros a sentir a liberdade de pegar no microfone e, com os Soundsystems, aliado a um activismo que fez história. É interessante reparar que quase todos os temas desta colectânea são muito longos, notando-se toda uma vontade de colocar cá para forma ideias, sentimentos, toda aquela ideia de liberdade de expressão. Tiago Sousa - Walden Pond’s Monk III O romantismo enquanto movimento é uma influência no meu trabalho, mas não no seu lado saudosista, do “homem sofredor” que arca nos ombros com o peso do mundo. Aprecio mais a dimensão da evocação da beleza e o encontro de um certo “existencialismo nessa beleza.Estas são duas questões que me tocam emocionalmente, estão muito próximas e fazem-me “vibrar”. É, no fundo, a grande magia da música. E o romantismo acaba por estar sempre evocado [na sua música], embora não me enquadre em qualquer espectro da música erudita. Twin Shadow - Castles in the Snow Esta escolha tem a ver uma certa componente estética que prova que, tal como noutras formas de arte, também na música a história se repete com o regresso dos sintetizadores dos anos 80, aqui reinventados e que trazem uma nova perspectiva sobre esse género. No entanto quis aqui fazer uma homenagem a outro dos elementos que

considero marcante no meu percurso: a cidade de Brooklin. O George Lewis Jr. (mentor dos Twin Shadow) nasceu na República Dominicana. A partir de 2008/2009, Brooklin tornou-se uma espécie de Meca para as correntes independentes na música... é assim uma homenagem a nomes como os Vampire Weekend, Dirty Projectors, Grizzly Bear, TV on the Radio. James Blake - Limit to your Love Esta escolha prende-se com a ideia de um produtor que não é profissional, que é um “miúdo” de 22 anos, que faz música praticamente a partir do seu quarto e essa música está em todo o lado. Agrada-me pensar nesta série de nomes que, minuto a minuto, vão aparecendo a produzir nestas condições. É óptimo pensar que hoje existe esta liberdade criativa à nossa disposição. O James Blake faz-me também pensar neste som que emerge do dubstep londrino, do qual sintome muito próxima e que encaro como uma derivação do trip-hop, um género que me abriu as portas para a música electrónica no fim dos anos 90.


TECNOLOGIA E INOV vem aí a playstation 4 BRUNO FERNANDES micanandes@gmail.com

A Sony anunciou, na passada quarta-feira em Nova Iorque, o lançamento da nova PlayStation. A versão 4 traz muitas novidades em relação ao anterior modelo: 8GB de memória, jogar em streaming e um novo processador são as características anunciadas. Mas quem estava à espera de ver o novo modelo da consola, desenganou-se.

da nova versão da consola da empresa. Na conferência, diversos criadores de jogos subiram também ao palco para mostrar as potencialidades da nova versão. Mas os curiosos que queriam ver o equipamento,

tiveram que se contentar apenas com... o novo comando. Nada disto passou despercebido à “concorrência”: Larry Hryb, diretor de programação do serviço de jogos online da Microsoft (o Xbox Live), tweetou: “Anun-

ciar uma consola sem mostrar a consola em si? Aqui está uma nova abordagem”.

já pagam pelo serviço, fonte da comunicação do Spotify, em Portugal, referiu que foram escutadas mais de três milhões de músicas, e que os artistas mais ouvidos foram o DJ escocês Calvin Harris, a cantora Rihanna, o músico norte-americano Will.i.am, assim como os suecos Swedish House Mafia.

produzido nos EUA por um cidadão agora americano mas nascido no Egipto e cristão, mostra o Profeta Maomé como uma fraude religiosa, pedófilo e mulherengo.

num total de 1.300 em todo o país, adiantou fonte da PJ, em conferência de imprensa sobre a detenção de sete pessoas suspeitas de pertencerem a um grupo organizado que se terá apoderado de mais de 150 mil euros através deste esquema fraudulento.

Apresentação de consola... sem a consola! Coube a Andrew House, diretor executivo da Sony Computer Entertainment, o anúncio do lançamento

Jogos PS3 incompatíveis. A nova consola traz algumas novidades, nem todas positivas: os títulos para PS3 não serão compatíveis com a nova versão. No entanto, poderão ser jogados em formato streaming tal como novos jogos que podem ser jogados na consola, sem a necessidade de descarregamento ou, mesmo, antes de serem comprados. A versão 4 traz um novo processador, facilitando, diz a empresa, o trabalho dos criadores de jogos, armazenamento interno de 8GB e um novo comando com uma área sensível ao toque.

Analistas preveem flop Ainda não se sabem todas as características da nova consola, mas os analistas dizem que a aposta da empresa nipónica vai ser um flop. Segundo Takashi Watanabe, analista da Goldman Sachs, os smartphones e tablets vão acabar com a base de jogadores de consolas existente. Isto porque os utilizadores“matam o vício” de jogar através de títulos como o “Angry Birds” e não estão dispostos a gastar dinheiro para adquirir um título para uma consola. A juntar a estas previsões, a Sony apresenta prejuízos há quatro anos seguidos. Só no último ano, a empresa teve perdas de 3700 milhões de euros.

twittadas daniel vieira da silva daniel.silva@rum.pt

Spotify de sucesso em Portugal Os utilizadores portugueses ouviram mais de três milhões de músicas na primeira semana de existência do Spotify Portugal, um serviço que disponibiliza música para escuta legal na Internet. O serviço, fundado em 2008, na Suécia, e que já está disponível em vários países, permite a escuta (e a compra) de um catálogo de mais de vinte milhões de músicas através da Internet, em computadores, telemóveis e outros dispositivos com acesso à net. Sem especificar quantos portugueses

No Egipto, mas sem YouTube Um tribunal do Cairo ordenou o Governo egípcio a bloquear o acesso ao YouTube durante 30 dias por conter um filme antiislâmico que levou a protestos sangrentos em todo o mundo. A decisão, porém, é passível de recurso. O vídeo em questão,

Burlas na banca online regista crescimento Chama-se “phishing”, e trata-se de um fenómeno cada vez mais recorrente na web. Trata-se de um acesso a dados de terceiros através da utilização ilícita da banca online que está a crescer, desde 2011, 15 a 20% por ano em Portugal, informou a Polícia Judiciária (PJ). Em 2012 registaram-se cerca de 800 casos só na zona de Lisboa,

Também a Apple é atacada A empresa norte-americana Apple afirmou, numa declaração sem precedentes, que também foi alvo de um ataque de hackers, garantindo, no entanto, que não houve exposição de quaisquer dados. A empresa informou que hackers tiveram acesso aos

computadores de alguns dos empregados, e que os piratas informáticos aproveitaram uma vulnerabilidade num plug-in do Java (que permite ver conteúdos interactivos nos sites), o que permitiu a instalação de malware (vírus e softwares que direccionem o computador do utilizador para acções não controladas pelo próprio) nos computadores da Apple. A Apple é a última empresa norte-americana a anunciar que foi vítima de um ataque. Segue-se às admissões do Facebook, Twitter, New York Times, Wall Street Journal, Washington Post e ainda do Departamento de Energia dos EUA.

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OVAÇÃO

PÁGINA 15 // 06.DEZ.12 // ACADÉMICO

liftoff,

gabinete do empreendedor da AAUM

noticia... Portugal Ventures lança segunda Call For Entrepreneurship

A Portugal Ventures investe em projetos inovadores, assentes em conhecimento específico e orientados para o mercado global, promovendo assim a valorização económica da ciência e da tecnologia nacional. O pré-registo para a segunda Call For Entrepreneurship está aberto e os projetos poderão ser apresentados até ao dia 28 de fevereiro de 2013.Já abriu o pré-registo para a segunda Call For Entrepreneurship, iniciativa que visa possibilitar o acesso a investimento de capital de risco de projetos inovadores de base científica e tecnológica na fase semente. A fase de submissão dos

projetos decorrerá entre os dias 28 de janeiro e 28 de fevereiro de 2013. Os projetos selecionados pela Portugal Ventures beneficiarão de um investimento de até 750 mil euros, num máximo de 85% do orçamento do mesmo. Através da Rede de Parceiros do Programa de Ignição (Ignition Partners Network), os empreendedores poderão beneficiar do apoio e orientação de uma das entidades dessa rede na preparação e qualificação do seu projeto, contribuindo para que o mesmo esteja pronto para investimento. Todas as candidaturas são submetidas através do website da Portugal Ventures em www.portugalventures.

pt. A Portugal Ventures selecionará para investimento os projetos que demonstrem possuir maior potencial de crescimento e capacidade para se assumirem como empresas de excelência a nível mundial. A Call For Entrepreneurship é parte integrante do Programa +e+i (mais empreendedorismo, mais inovação). O seu objetivo é fortalecer o ecossistema Português de empreendedorismo de base tecnológica e, assim, contribuir para o desenvolvimento de uma economia mais moderna, competitiva e aberta para o mundo, com base em conhecimento, inovação e capital humano altamente qualificado, com um forte espírito empreendedor. Através desta iniciativa, a Portugal Ventures pretende investir cerca de 20 milhões de euros por ano. Todas as novidades e informações acerca da Call For Entrepreneurship podem ser obtidas em: www.portugalventures.pt.

QREN SI Qualificação e Internacionalização de PME: candidaturas da fase II As candidaturas à segunda fase de alguns dos concursos QREN - Quadro de Referência Estratégico Nacional 2007-2013 terminam já no próximo mês de março. De entre os novos programas de incentivo disponibilizados, encontra-se o SI Qualificação e Internacionalização de PME (projetos individuais) que tem como principal objetivo capacitar e dotar as PME com os instrumentos necessários para a atuação no mercado global. Este sistema de incentivos apoia investimentos empresariais que reforcem a capacidade e a operacionalidade das empresas no mercado externo, aumentando e promovendo a sua competitividade. São suscetíveis de apoio os projetos de investimento que reforcem a posição do tecido empresarial português no mercado internacional. No âmbito deste programa de apoio e incentivo são elegíveis: despesas com re-

cursos humanos; despesas em ações de prospecção de novos mercados e clientes; aquisição de equipamentos informáticos e software necessários ao desenvolvimento do projeto; aquisição de equipamento que permita à empresa superar as normas em matéria de ambiente; estudos, diagnósticos, auditorias e planos de marketing; investimentos nas áreas de eficiência energética e energias renováveis; despesas inerentes à implementação de sistemas de gestão da qualidade; e, despesas com a criação e desenvolvimento de insígnias, marcas e coleções próprias. As candidaturas à segunda fase do Sistema de Incentivo “Qualificação e Internacionalização de PME” encontram-se abertas até ao próximo dia 20 de março. Todas as informações sobre este e outros programas de incentivos estão disponíveis em www.incentivos.qren.pt.

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CULTURA ideias de negócio para GNRation aceitam-se Está aberto o concurso de ideias para ocupação dos espaços comerciais do futuro espaço cultural. Com abertura prevista para o próximo mês, este pólo aceita candidaturas de negócios até 8 de março.

JOSÉ REIS jose.reis@rum.pt

O GNRation, antigo quartel da GNR transformado em centro cultural multidisciplinar, está à procura de ideias de negócio para os espaços comerciais lá existentes. Um concurso que visa a celebração de concessão do direito de exploração de seis DR

espaços comerciais, um restaurante e um club, a instalar no imóvel. Rui Dória, da Fundação Bracara Augusta, responsável pela gestão do espaço nesta fase inicial, explicou ao ACADÉMICO que “estes espaços fazem parte do piso 0 do GNRation. “Os espaços para as indústrias criativas são seis: espaços comerciais, um restaurante e um ‘club’. Nos espaços

comerciais estamos a falar de áreas que vão dos 35 ao 60 metros quadrados, para instalar ideias criativas, inovadoras, mas com uma componente também de sustentabilidade”. O espaço, com abertura marcada para o dia 1 de março mas com inauguração oficial apenas no final do mesmo mês, terá uma componente comercial que será, mesmo assim, residu-

al em relação aos diferentes espaços do local. “Estamos a falar de um edifício que está no centro histórico, um edifício inovador e criativo que terá uma comunicação e uma projeção local e regional. Ainda não recebemos candidaturas, já recebemos bastantes interessados que já se encontram a fazer visitas ao local”, disse ainda Rui Dória.

Aspecto do piso de um dos pátios interiores do espaço bracarense

Regulamento disponível Os regulamentos para a ocupação dos espaços estão disponíveis no próprio espaço, mas também no site do espaço, em www.gnration. pt. “As candidaturas estão abertas até ao dia 8”, relembra Rui Dória, que será a figura maior da gestão deste novo espaço. A Fundação Bracara Augusta, faz saber em comunicado, prevê ainda mais programas, realçando que esta “é a primeira fase, mas garante que todos os processos decorrerão de uma forma muito rápida”. Acrescenta ainda que as propostas devem ser originais e “adequadas aos princípios e valores do GNRation” que espera que os espaços sejam “dedicados à experimentação e divulgação de ideias e projetos originais”. Os espaços já podem ser visitados pelos interessados, mediante marcação com a equipa no local.

SALA DE CINEMA

uma enorme lição de vulgaridades CÉSAR CARVALHO z5@sapo.pt

Na semana marcada pela cerimónia dos Óscares, o filme que aqui trato é apenas mais um exemplo para explicar a descrença com que olho para os denominados prémios ‘maiores’ da 7ª arte. Note-se que Bárbara recebeu o Urso de Prata de

Melhor Realizador no Festival de Berlim - o que só peca por escasso – mas foi deixado de lado pela Academia em detrimento do aparato visual de Kon-Tiki, por exemplo. Bárbara, a personagem, é uma médica enviada para um hospital de uma povoação isolada pela Stasi (polícia secreta da Alemanha Oriental) como castigo por tentar escapar da República Democrática da Alemanha, o lado mais negro do Muro. Aqui, Bárbara, conhece novas pessoas, mais destacadamente André, também ele médico, uma personagem quase tão enigmática quanto ela. A sinopse que se retira não é de todo imediata. Aliás, a decomposição da história vai-se fazendo por montagem de detalhes,

quase que por imposição da lógica dos acontecimentos. Christian Petzold levou mais longe o seu congelamento de emoções: Jerichow (2008) já tinha elucidado bem as diferenças entre o seu trabalho e a abordagem sentimentalista de Wolfgang Becker (Good Bye Lenin!, 2003) ou o sarcasmo de Andreas Dresen (Nightshapes, 1999), nomes maiores do Novo Cinema Alemão. Todos os pormenores que valorizariam à partida o filme são postos de parte. A importância do contexto (filme de época - anos 80), mais do que o enredo que se desenrola sem ter em atenção o público, foi descreditada pelo toque imparcial, mas nunca desumano, do realizador alemão. À par-

te do clima melancólico, alastrado até aos espaços envolventes (floresta, clínica, habitação decadente), as personagens estão repletas de altruísmo. A câmara, muitas vezes distante, não se preocupa em construir (de forma complexa) essas personagens. Mesmo assim, a interpretação de Nina Hoss como Bárbara é um “tour de force” aplaudível. O seu olhar, expressão carregada de mistério tal qual o passado da sua pessoa, é amargo e frio, apartado de tudo o que lhe pauta a rotina imposta. Mas é um olhar de emoções; emoções essas que tomam as decisões mas que nunca se desvendam por completo. O filme é uma ‘quase’ história de amor, sugere acontecimentos mas pouco

ou nada mostra. Bárbara aguarda que o seu companheiro do lado ocidental de Berlim prepare a sua fuga mas, enquanto isso, a aproximação ao seu colega médico torna-se a centralidade da narrativa. O momento da análise conjunta da obra de Rembrandt, no escritório, é a mais evidente das pistas deixada por Petzold para tomar o filme, coisa gélida e descrente, num invulgar conto de aproximações. Realizador: Christian Petzold Elenco: Ronald Zehrfeld, Nina Hoss, Rainer Bock Data da estreia prevista em Portugal: 03-03-2013 Nacionalidade: Alemã Pontuação: 4/5


PÁGINA 17 // 26.FEV.13 // ACADÉMICO

RUM BOX

AGENDA CULTURAL

TOP RUM - 8 / 2013

BRAGA

Museu da Imagem

CINEMA 25 de Fevereiro Pela Estrada Fora/On the Road Theatro Circo

MÚSICA E CINEMA 27 de Fevereiro O piano e a Música de Michael Nyman – 30 minutos de conversa & 30 minutos de música Theatro Circo

22 FEVEREIRO

14 LIARS No. 1 against the rush 15 SOAKED LAMB, THE A flor e o espinho

1 NICK CAVE & THE BAD SEEDS We no who u r

16 TAME IMPALA - Elephant

2 MIRALDO - The ancient days

17 WE TRUST & BEST YOUTH Tell me something

3 CAT POWER - Ruin

18 WEATHERMAN, THE - Fab

4 ALT-J - Breezeblocks

19 ALLAH-LAS Don’t you forget it

5 B FACHADA - Carlos T 6 BAT FOR LASHES All your gold

20 WRAYGUNN - Don’t you wanna dance

7 GRIZZLY BEAR - Yet again 8 DIABO NA CRUZ - Luzia

POST-IT

9 DJANGO DJANGO - Hail bop

25 fevereiro > 01 março

10 FOXYGEN - No destruction

MIND DA GAP És Onde Quero Estar

MÚSICA 2 de Março Jorge Palma – Íntimo Thetaro Circo EXPOSIÇÃO 23 de Fev. a 24 de Março Joana Castelo – “ In the city of Ho Chi Minh”

GUIMARÃES MÚSICA 2 de Março Vinicius Cantuária e Pierre Aderne-“Música de Índio +

Caboclo”(Cantando Histórias) CCVF 27 de Fevereiro Jazz – Todas as Quartas Café Concerto – São Mamede

FAMALICÃO EXPOSIÇÃO Até 15 de Março Exposição comemorativa dos 150 anos do nascimento de Narciso Ferreira Parque da Defesa

LEITURA EM DIA Marginal de Cristina Carvalho - Planeta.

E Tu, Gostas de Histórias? de Sílvia Alves, Ilust. Susana Leite - Paulinas. Enterrar os Mortos de Ignacio Martínez de Pisón Teorema.

Mãe (Leva os Filhos nos Olhos Como se os Levasse Pela Mão) de Nuno Higin; Ilust. Alberto Péssimo - Letras e Coisas.

11 A NAIFA - Gosto da cidade 12 DEPECHE MODE - Heaven

JOHNNY MARR European Me

13 JACK WHITE Sixteen saltines

ATOMS FOR PEACE Before Your Very Eyes

O Ano Sabático de João Tordo - Dom Quixote. Para ouvir de segunda a sexta (9h30/14h30/17h45) na RUM ou em podcast: podcast.rum.pt Um espaço de António Ferreira e Sérgio Xavier.

DR

CD RUM

o inverno canadense dos blue hawaii

ELISABETE APRESENTAÇÃO elisabete.apresentacao@rum.pt

Os Blue Hawaii são um projeto canadiano formado pela dupla Agor e Raph, alter-ego de Alexander Cowan e Raphaelle Standell-Preston (que faz também parte dos Braids). Em 2010 a dupla lançou um Ep de oito temas com o título “Blooming Summer”. Na próxima segunda-feira, dia 4 de

Março, chega aos mercados um novo trabalho, o álbum “Untogether” lançado pela editora Arbutus Records, a mesma que deu a conhecer o disco “Visions”, o segundo álbum de Grimes, considerado um dos melhores discos de 2012. “Untogether” é um trabalho inspirado no Inverno Canadense. As músicas dos Blue Hawaii têm sonoridades ambientais misturadas com a eletrónica, onde a voz tem um papel

fundamental. O processo de gravação foi feito em separado, Raph andava em digressão com os Braids e Agor andava a trabalhar música eletrónica na Europa, talvez por isso o disco tenha o nome de “Untogether”. O álbum é composto por onze temas, três dos quais (In Two, In Two II e Try To Be) foram apresentados ao mundo antes do lançamento do disco. De 25 de Fevereiro a 2 de Março vamos

apresentar no Cd Rum cin-

co temas de “Untogether”.


PÁGINA 18 // 26.FEV.13 // ACADÉMICO

DESPORTO

fim de semana de dérbis no minho DR

FILIPA SANTOS SOUSA filipasantos_sousa@hotmail.com

A 20ª jornada da Liga Zon Sagres trouxe consigo um fim de semana de dérbis minhotos, com claro destaque para o sempre ‘quente’ duelo entre SC Braga e Vitória, de Guimarães. A jogar em casa, a formação treinada por José Peseiro necessitava impreterivelmente de ganhar. Afinal, os bracarenses vinham de um ciclo de quatro jogos sem qualquer vitória. Não há muito para contar relativamente aos primeiros 40 minutos: foram muitos os passes falhados e cautela era a palavra de ordem; um jogo pouco emocionante até então. Éder, cansado da monotonia que se fazia sentir, e a dois minutos do intervalo, cabeceou para o fundo da baliza de Douglas – estava feito o primeiro golo.

Incidentes entre adeptos do Vitória e Sp. Braga voltam a manchar duelo do “vizinhos”

Logo no começo da segunda parte, os vitorianos tentaram a sua sorte, mas nenhuma das suas iniciativas acarretou um real perigo para o Braga. Ao minuto 53, Paulo Vinícius marcou o segundo tento para os anfitriões. Pouco depois, Éder voltou a alargar a vantagem. O marcador registava 3-0. Por isso, e já com a cabeça no jogo de quinta-feira para a meia-final da Taça da Liga frente ao Benfica, Peseiro decidiu mexer na equipa e tirou: Mossoró, João Pedro e Éder. O jogo parecia resolvido; parecia mas não estava - o Vitória de Guimarães ainda ‘acordou’ a tempo de pregar um susto aos ‘gverreiros’. Nos últimos dez minutos da partida, os visitantes apontaram dois golos. Valeu o esforço, porém não o empate. O SC Braga permanece assim no quarto lugar, a apenas um ponto de distância do Paços de Ferreira que este fim de

semana pereceu diante dos ‘encarnados’. Moreirense vs Gil Vicente: a luta dos aflitos Em Moreira de Cónegos também houve dérbi minhoto, porém os contornos desta contenda diferem em larga escala do duelo que opôs o Braga ao Guimarães. Aqui a luta era outra. Ambos os clubes figuram no fundo da tabela classificativa, com apenas quatro pontos a separá-los. Por isso, era obrigatório vencer. O empate foi o resultado possível, mas tal não serve para a salvaguarda da manutenção na prova de primeira linha do futebol nacional. Os barcelenses entraram melhor na partida. De tal forma, que na primeira meia hora só dava Gil Vicente. A defesa do Moreirense apresentou algumas fragilidades,

ao deixar entrar na sua área os adversários, mas depois lá ia resolvendo. O coletivo treinado por Augusto Inácio acabou por crescer no jogo. Foram surgindo algumas possibilidades de golo para locais e forasteiros. Porém, e até ao final do encontro o desperdício foi reinante. Na próxima ronda, o Gil Vicente recebe o Nacional; o Moreirense desloca-se a casa do Marítimo. Confusão no dérbi da Segunda Liga Dérbi que é dérbi rege-se por um acentuar de emoções, os nervos fervilham por toda a parte, mas emoção não é justificação plausível para o que se passou em Guimarães: o jogo entre as equipas B, do Vitória e do Braga, teve que ser suspenso devido aos conflitos que aí se deram. O árbitro, Hugo Pacheco,

considerou que não estavam reunidas as condições necessárias para que o desafio continuasse e decidiu pôr término ao duelo. A contenda decorreu sem acompanhamento policial, portanto não havia por ali quem fosse capaz de acalmar os ânimos. Os atritos começaram, logo aos seis minutos, quando foram arremessadas cadeiras pelo ar. Tanto o Braga como o Vitória encontram-se em situação desprivilegiada na tabela classificativa do campeonato, e acontecimentos como o de domingo não facilitam em nada o seu percurso. Na próxima jornada, o Santa Clara recebe o Guimarães. Por sua vez, os bracarenses jogam em casa com o Penafiel. Recorde-se que a Segunda Liga é liderada pelo Belenenses (69 pontos), seguindo-se o Sporting B (51) e o Arouca (50). PUB

espaço

scbraga/aaum by DVS

É a confirmação de uma boa segunda volta pelos lados da Universidade do Minho. O Sp. Braga/AAUM parece confirmar, a cada jogo passado, a firmeza e sustentabilidade de uma linha de jogo que lhe permite chegar aos bons resultados. Depois de se ter visto privado de alguns dos seus elementos durante a primeira

volta do campeonato devido a lesão, a boa forma da equipa parece estar a chegar, com Miguel Almeida e André Machado a serem as faces visíveis desse acréscimo de forma. Prova disso foi o último jogo. Frente aos Leões de Porto Salvo, equipa que ocupava o 5º lugar da tabela. O Sp. Braga/AAUM tinha a possibilidade de trocar posição com o adversário e foi exactamente isso que fez. Uma entrada de rompante permitiu ir construindo um resultado confortável. O 3-0 que se registava ao intervalo fazia antever uma segunda

metade de gestão de esforço e os 5-2 verificados no final da partida dão conta da supremacia da turma comandada por Paulo Tavares. Os estudantes ocupam agora o 5º lugar da tabela e deslocam-se, na próxima jornada, ao terreno do rio Ave, equipa que está imediatamente acima dos bracarenses, com mais 6 pontos. Antes disso, o Sp.Braga/AAUM desloca-se ao terreno do Freixieiro, na quartafeira, para disputar os oitavos de final da competição. Um jogo de risco, mais um, para a equipa bracarense.

Miguel Almeida tem estado em destaque nos últimos encontros




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