ACADÉMICO 16

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entrevista Francisco Pimentel, presidente da Associação de Antigos Estudantes da UMinho em exclusivo para ACADÉMICO/RUM

“Quero fazer da AAEUM uma associação a sério” Página 10 e 11

reportagem MezzoLab à conquista do mundo Página 09

campus Declarações de Luís Braga da Cruz ao ACADÉMICO geram polémica no conselho geral da UMinho Página 06

cultura Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 187 / ANO 9 / SÉRIE 4 TERÇA-FEIRA, 9.ABR.13

academico.rum.pt facebook.com/jornal.academico twitter.com/jornalacademico

Ciclo de três concertos no arranque do GNRation Página 16


FICHA TÉCNICA

SEGUNDA PÁGINA

FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // terça-feira, 09 Abril 2013 / N187 / Ano 9 / Série 4 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // Chefes de redacção: Cláudia fernandes e Rita Magalhães // REDACÇÃO: Adriana Couto, Alexandre Rocha, Ana filipa Gaspar, ana Pinheiro, Bárbara martins, Bruna Ribeiro, Bruno Fernandes, Carla Serra, Catarina Moura, Catarina silva, Cátia Alves, Cátia Silva, Cláudia Fernandes, Daniel mota, Dinis Gomes, Diogo Lemos, Filipa Barros, Filipa Sousa Santos, Isabel Ramos, Joana Martins, Joana Valinhas, Joana Videira, João Pereira, Judite Rodrigues, Marta Soares, Raquel Miranda, Rita Magalhães e Vânia Barros // COLABORADORES: Elsa Moura e José Reis // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: jornalacademico@rum.pt //TIRAGEM: 2000 exemplares // IMPRESSÃO: GráficaAmares // Depósito legal nº 341802/12

VASCO LEÃO // vasco.leao@rum.pt

EDITORIAL

Teoria da menorização A última entrevista do presidente do Conselho Geral (CG) da Universidade do Minho, Luís Braga da Cruz, dada ao ACADÉMICO na passada semana, gerou natural mal-estar na academia, sobretudo no corpo estudantil e, em particular, nos estudantes que passaram pelo órgão máximo da Universidade. Tal como pode ler-se nesta edição, os estudantes, imputados de serem pouco ativos e de centrarem as suas intervenções nas reuniões, exclusivamente, sobre o tema das propinas, refutaram a visão redutora do presidente do CG e elencaram áreas em que intervieram. Que, a julgar pelas afirmações dos representantes dos estudantes envolvidos, foram muitas – de índole estratégica para a Universidade e de natureza mais específica aos interesses dos estudantes – e reflectem o entendimento correcto do que deverá ser o enquadramento da sua participação naquele que é o órgão máximo da Universidade. Menorizar, através da omissão ou negligenciando a quantidade e qualidade das intervenções de um qualquer grupo representativo no CG (no caso os estudantes), por parte do seu ainda presidente não terá sido seguramente uma acção prudente ou feliz.

09.ABR.13 // ACADÉMICO

BARÓMETRO

EM ALTA

NO PONTO

EM BAIXO

Rampa da Falperra É um regresso mais que esperado. Uma prova emocionante, cheia de adrenalina e paixão. É assim a Rampa da Falperra que não move apenas os aficcionados dos desportos motorizados. Uma competição que pode, deve e vai, certamente, servir para impulsionar a economia local. É, acima de tudo, uma constatação de que no Minho os rallies têm mais força e Braga, com este espelho de qualidade, vai certamente voltar a impulsionar o desenvolvimento dos mesmos na região.

Polémica em torno do CG Já seria de esperar que os estudantes quisessem esclarecer aquilo que realmente se passa no Conselho Geral, isto depois das declarações de Luís Braga da Cruz. Alguns ex-representantes apontam uma “estratégia escondida” que possa estar por detrás destas afirmações do presidente cessante. Se assim o é, atitude desprezável. Resta agora aos estudantes não dar azo a este tipo de comentários e constatar as parcas posições de alguns.

Im(punho) Jovem Vendedor de sonhos ou de “punhos” para bater. É este o novo embaixador do Impulso Jovem no nosso país. Poderia chamar-se agora “impunho jovem” dado o tom repetitivo da expressão por parte do entertainer bracarense que afirmou que os estudantes portugueses não se podem queixar das dificuldades. Esqueceu-se que nem todos têm os mesmos “padrinhos”, mas, acima de tudo, percebeu-se que de Matemática pouco sabe. Mau demais. Um triste arranque!

VENCEDORES DO CONCURSO UM AO QUADRADO: David Lourenço - 4º ano - Engenharia Civil

SEMANALMENTE O ACADÉMICO VAI DIVULGAR OS TRABALHOS VENCEDORES.


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LOCAL

tudo pronto para a 34ª edição da rampa da falperra DANIEL MOTA danielmotap@gmail.com

A 34ª edição da Rampa da Falperra vai acontecer entre os dias 11 e 12 de maio, depois de ter estado em risco por questões financeiras. Na passada quarta-feira, em conferência de imprensa, o Clube Automóvel do Minho apresentou a prova deste ano. Esta decorreu no Theatro Circo, contando com a presença de várias entidades da cidade e do panorama motorizado, entre elas, Vítor Sousa, da Câmara Municipal de Braga, Marco Sousa da Região de Turismo Porto e Norte de Portugal, Manuel Barros do Instituto Português do Desporto e Juventude, David Cabral da FPAK e ainda Ana Paula da AIA. Barbosa Ferreira, Presidente do Clube Automóvel do Minho (CAM) sublinhou a importância das obras de segurança que implicaram um custo de 100 mil euros. Para a realização da prova que todos os anos traz cerca de 100 mil visitantes à cida-

de de Braga, foi necessária uma verba “suplementar”, como explicou o presidente do Clube Automóvel do Minho que, curiosamente agradeceu a dois dos candidatos à Câmara Municipal de Braga em 2013 – Vítor Sousa e Ricardo Rio - pelos esforços para que a Rampa da Falperra acontecesse este ano. Ainda em declarações à imprensa, a direção do evento garantiu que fará tudo para

que a Rampa da Falperra possa mostrar sempre que é uma mais-valia para a cidade porque para além de ser um evento de extrema importância consegue atrair milhares de pessoas: “é uma mais-valia para a cidade, é uma mais-valia para as populações e para a economia aqui da região e para Portugal”. Espera-se uma participação semelhante à do ano anterior na competição através

de “uma maior segurança ao longo da Rampa não só para os pilotos mas também para os amantes da modalidade”, esclarece Barbosa Ferreira. Recorde-se que o evento do ano passado contou com 160 pilotos nacionais e internacionais. Este é, também um evento, que impulsiona a economia local, assumiu Barbosa Ferreira: “Tomara que houvesse muitas rampas da Falperra, pois seria mais um meio

para ajudar a ultrapassar esta fase que Portugal está a viver”, apontou o responsável no sentido da recuperação financeira. O responsável máximo do CAM apontou ainda que o clube que representa e a sua direção “tudo fará para merecer a confiança que mais uma vez depositaram em nós e dar condições para que esta prova continue a ser uma referência nacional e internacional”.

Evento ”fintou” dificuldades e sai para a estrada em maio

DR

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CAMPUS liftoff promove “o capital da juventude” CÁTIA SILVA catiaff_11@hotmail.com

É já no próximo dia 17 de abril que se vai realizar o seminário “O Capital da Juventude”, inteiramente dedicado às potencialidades dos jovens de hoje. Inserido no projeto “Connecting The Dots” 2013, tem como objetivo sensibilizar, inspirar e motivar os alunos com a partilha de testemunhos reais e de sucesso, bem como dotá-los de ferramentas e competências

que potenciem um ajustamento entre oportunidade de emprego e as suas expectativas profissionais. Ana Rita Ribeiro, do Liftoff, o Gabinete do Empreendedor da AAUM diz que “a partilha de experiências é uma boa forma de aprendizagem e motivação”. Esta atividade que não é estreante, apresenta este ano uma iniciativa inovadora, uma atividade de Brainstorming em torno dos “Recursos Capitais e Estratégias para o Sucesso”. “O objetivo desta atividade passa por utilizar técnicas de geração de ideias com apoio de dois dinamizadores experien-

tes e com a participação do Vice-Reitor da UMinho, José Mendes, no sentido de obter um conjunto de ideias e políticas para capitalizar a juventude”, explica-nos Ana Rita Ribeiro. Sonhos e objetivos são encarados nesta iniciativa como parceiros. Tentam aliar as capacidades técnicas de cada um às suas motivações e aos seus desafios emocionais. “Na sociedade em que estamos inseridos, os jovens desejam muito, mas sonham pouco. Sendo o sonho uma força motora que impulsiona a ação na concretização de objetivos, é importante a sua definição.

Mas não basta. A persistência, enquanto qualidade manifestada por meio de uma ideia firme e constante será imprescindível na concretização do sonho, sobretudo em episódios onde se apresentam obstáculos e dificuldades”, descreve-nos a representante do Liftoff. O programa é constituído por três painéis: “Sonhos da Juventude”, “Jovens de Futuro” e um de Brainstorming. E para convidados conta com escritores e viajantes, trainers, designers e humoristas. A iniciativa ligada ao empreendedorismo realça as funções deste gabinete da

AAUM, o de fomentar o espírito empreendedor da comunidade académica da Universidade do Minho, ajudando na criação do próprio negócio, e sensibilizando-os para a temática do empreendedorismo como uma atitude. “Hoje em dia é importante que os jovens se consigam adaptar às novas realidades, estando estas em constante mudança. Para isso, temos de ser pró-ativos, ter atitude e sermos resilientes”, remata Ana Rita Ribeiro. A atividade realizar-se-á no auditório B1 do Cp2, em Braga e é totalmente gratuita mediante inscrição.

elementos do conselho geral tomam posse na uminho DANIEL VIEIRA DA SILVA daniel.silva@rum.pt

Tomaram posse na passada semana os novos elementos que irão compor o Conselho Geral (CG) da Universidade do Minho. Foram eleitos 17 conselheiros que irão representar os corpos docentes e investigadores, os estudantes e o pessoal não-docente e não-investigador. No que concerne à distribuição dos lugares, a configuração do Conselho Geral assemelha-se à verificada no último mandato, encabeçado por Luís Braga da Cruz que foi eleito presidente depois de ser um dos seis membros cooptados. O agora presidente cessante sublinhou, no final da tomada de posse dos novos elementos, que este momento não soou à sua despedida: “É uma despedida de um período de quatro anos e uma ocasião que também serve para fazer al-

gum balanço do que foi esta experiência”, referiu. Esse mesmo balanço pauta-se, no entender de Luís Braga da Cruz, por “um quadro interessante. Não havia referências antes em Portugal. Estávamos a aplicar, pela primeira vez, um novo regime jurídico que consagrava um órgão com esta natureza. Um órgão muito mais político do que de gestão, mas um órgão que obrigava a pensar a política da Universidade. Tinha uma novidade: ter membros externos, eleger um Reitor novo e discutir o enquadramento para os próximos anos”, atestou Luís Braga da Cruz. O ex-presidente aproveitou, também, para fazer uma alusão ao futuro deste órgão que, no seu entender, ”tem, agora, a vida facilitada. Tem um plano estratégico que foi profundamente discutido e que envolveu a participação da academia, o que é muito relevante. O Conselho Geral é um órgão com capacidade

de pensar o futuro da Universidade e ajudar o Reitor nisso”. Já o Reitor da academia, António Cunha, destacou a experiência positiva do primeiro Conselho Geral da Universidade do Minho. “Penso que a experiência do primeiro CG foi muito positiva, quer no modo como funcionou, quer no modo como se relacionou com os demais órgãos da universidade, incluindo o Reitor”, destacou. Sobre o funcionamento do órgão, António Cunha considera que este foi “normal”:

“Penso que as palavras que definem mais adequadamente aquilo que se passou foi um funcionamento normal, regular, de acordo com o que está definido na lei. Um funcionamento, também ele, cúmplice de participação dos vários órgãos na construção do modelo da universidade e no aprofundamento das suas práticas de gestão. Penso que quando as coisas funcionam normal, funcionam bem, isso deve ser registado”, assumiu o reitor que reconheceu que ainda existe algum distanciamento entre o Conselho

dicas

Geral e a academia: “Uma análise comparativa com o que se passa com a Universidade do Minho e noutras universidades portuguesas e noutras universidades estrangeiras penso que o patamar em que estamos é bom, é interessante. Temos de perceber que uma entidade com esta complexidade e com esta dimensão tem que estar muito baseada em mecanismos de representativade, até por questões de disponibilidade dos órgãos quer das pessoas. Agora concordo totalmente também que é um caminho que poderá sempre ser melhorado e aprofundado”, concluiu. O calendário eleitoral prevê que estes 17 conselheiros reúnam a 29 de abril para proceder à cooptação dos restantes seis membros externos do Conselho Geral. Estes deverão tomar posse a 20 de maio, sendo um deles escolhido entre os pares para presidir o órgão.


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ics recebe estudantes do secundário e perspectiva futuro CATARINA SILVA catarinassilva92@gmail.com

O Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade do Minho (UM) convidou todos os alunos de várias escolas secundárias do Norte a participar no Dia Aberto do ICS, que decorreu no dia 3 de Abril. A iniciativa repetiu-se no dia 5 e deu a conhecer os cursos leccionados nesta área - Arqueologia, Ciências da Comunicação, Geografia, História e Sociologia -, bem como as respectivas saídas profissionais, através do convívio com professores, alunos e funcionários e da experimentação laboratorial deste mundo profissional. Apesar de a iniciativa procurar divulgar a oferta educativa ao nível das ciências sociais da UM, Miguel Bandeira, presidente do ICS, esclareceu que a acção “não é mera propaganda”, mas “inscreve-se no modo de relacionamento entre a universidade

e a comunidade onde está inserida”. A principal finalidade, segundo Bandeira, é contactar com os alunos do ensino secundário, que estão prestes a entrar para a universidade, não só para que conheçam o “conteúdo dos cursos”, mas também “os modos do saber fazer”. Para isto, contribuiu também a presença de alguns ex-alunos, “que são o testemunho do sucesso e da integração destes saberes no mundo profissional e do trabalho”. O programa continha ainda uma componente lúdica, pelo que contou com a actuação da Associação de Percussão Universitária do Minho (IPUM). Miguel Bandeira reconhece preconceitos em relação às Ciências Sociais Apesar das iniciativas no âmbito das ciências sociais, Miguel Bandeira reconhece que “existem ainda muitos preconceitos e ideias feitas relativamente à capacida-

de profissionalizante desta área”. Mas são vários os aspectos que contrariam esta ideia de acordo com o presidente do ICS: “Desde logo o facto de preenchermos todas as vagas em todos os cursos que oferecemos”. Bandeira procurou salientar que o período de crise que hoje vivemos não afecta só as ciências sociais, mas “todos os sectores profissionais ou profissionalizantes da universidade”. “Eu julgo precisamente que, neste período, as ciências sociais estão capacitadas para contribuir para a inovação”, afirmou Miguel Bandeira, que acrescentou: “Nós vivemos uma época em que temos de encontrar engenho e criatividade nas novas saídas e nos novos produtos, numa realidade que está saturada de lugares comuns, de modos repetitivos de fazer as coisas e um estudante de ciências sociais pode fazer hoje a diferença pelas mais-valias da sua ampla formação”.

Fim de História e Sociologia não é aprovada pelo ainda presidente do ICS A propósito da reestruturação da rede de ensino superior, fala-se do possível desaparecimento dos cursos de Sociologia ou de História, mas Miguel Bandeira pensa que “isto não existe verdadeiramente com consistência”, até porque “há estudos que não confirmam essa perspectiva”. “Reconheço que a rede de oferta do ensino superior em Portugal tem de ser reorganizada e racionalizada, mas não pode ser só na base do encerramento, tem de ser feita também na base da reestruturação”, revelou o presidente do ICS, que rematou: “Não existe verdadeiramente uma universidade digna desse nome se não representar a diversidade dos saberes”. Recorde-se que o mandato de Miguel Bandeira termina este mês, com a tomada de posse da nova direcção. Em entrevista à RUM/ACA-

DÉMICO, o actual presidente fez um balanço dos anos em que presidiu o ICS: “Concluo um mandato, que inclui um período de permanência como vice-presidente, que perfaz ao todo nove anos”. Miguel Bandeira salientou o trabalho de equipa ao longo destes anos e também a internacionalização do ICS através dos vários intercâmbios e projectos. Com destaque para o crescendo de estudantes em pós-graduação, mestrado e doutoramento, esta área tem vindo a afirmar-se, inclusivamente a nível externo. Contudo, o actual presidente do ICS considera que “as ciências sociais não têm merecido por parte dos organismos governamentais a atenção que merecem”. Gratificante foi a experiência para Miguel Bandeira, que garantiu que “a nova direcção prosseguirá o desenvolvimento e afirmação da instituição destes últimos anos”.

umplugged e dj@um voltam a dar música ana pinheiro anafilipapinheiro1@hotmail.com

Com a chegada do mês de abril, chega também a VII edição do UMPlugged e do Dj@UM, que prometem, mais uma vez, dar boa música à academia minhota. Estes dois concursos organizados pela Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), visam premiar a melhor banda e o melhor dj, respetivamente. O prémio para ambos os concursos será o mesmo

dos anos anteriores, uma atuação não remunerada no Enterro da Gata. Para o Dj@UM, as maquetes já puderam ser entregues até ao dia 4 de abril e as eliminatórias vão ocorrer nos dias 10 e 17 de abril no BA de Guimarães. Dj@UM “transferido” para o BA de Guimarães Cada dj set apresentado pelos candidatos terá a duração de 30 minutos. A final será no dia 24 de abril.

Segundo Paulo Pimenta, diretor do Departamento Cultural e Tradições Académicas de Guimarães, “o Dj@ UM deste ano não se realizará no Insólito, mas sim, nas quartas-feiras no Bar Académico de Guimarães”. Paulo Pimenta diz ainda que alteraram “o Dj@UM para uma quarta-feira com o intuito de aumentar a afluência de gente”. No que diz respeito ao UMPlugged, as maquetes também foram entregues até ao dia 4 de abril e as eliminató-

rias serão já no dia 9 e 16 de abril no Bar Académico de Guimarães. O tempo de atuação de cada banda será de 20 a 30 minutos. A final irá realizar-se no dia 23 de abril, no mesmo local das eliminatórias. Para avaliar os concorrentes, estes concursos contarão com um júri composto por um elemento da Rádio Universitária do Minho, pelo presidente da Associação Académica, por um elemento da banda vencedora

do ano anterior e por um representante do estúdio Lobo Mau. As bandas serão avaliadas pela sua seleção musical, pela sua técnica, criatividade e interação com o público. Relativamente ao UMPlugged, Diretor do Departamento Cultural e Tradições Académicas de Guimarães, refere ainda que esperam “uma boa afluência devido ao facto de termos uma banda convidada em cada eliminatória.” PUB.


CAMPUS PÁGINA 06 // 09.ABR.13 // ACADÉMICO

declarações de luís braga da cruz ao ACADÉMICO geram polémica no conselho geral da uminho Luís Braga da Cruz referiu que os estudantes não eram muito ativos no Conselho Geral. Palavras caíram mal junto dos alunos

daniel vieira da silva daniel.silva@rum.pt

Estalou o verniz no Conselho Geral da Universidade do Minho. As declarações proferidas pelo presidente cessante, Luís Braga da Cruz, ao ACADÉMICO, caíram mal no goto dos representantes dos estudantes que agora reagem com veemência a estas palavras, acusando Luís Braga da Cruz de estar a mentir ao proferir tais declarações. Em causa estas palavras do presidente cessante: “(...) sinto que os estudantes não são muito ativos no CG, ou seja, não estão permanentemente a querer falar, a discorrer e a fazer propostas. Normalmente, estão atentos ao que se passa, mas eu gostaria que interagissem mais em função de cada tema e não discutissem apenas propinas, que é o que acontece”. Carlos Videira, recentemente eleito para o Conselho Geral como o primeiro estudante a representar os seus pares, foi o primeiro a reagir. Aquele que é, também, presidente da Associação Académica da Universidade do Minho sublinhou discordar, por completo, destas declarações. “Não consigo concordar e penso que não existe essa tendência [de menor participação dos estudantes]. Estamos a falar do grupo de representantes que foi mais ativo ao longo dos últimos quatro anos. Teve uma intervenção ativa e, acima de tudo, com muita qualidade. Mais do que falar por falar, de intervir por intervir, ou ser ativo por ser ativo, procurou-se que as intervenções fossem de qualidade e fossem àquilo que são os verdadeiros problemas dos estudantes e da comunidade académica da Universidade do Minho”, disse Carlos Videira. Luís Rodrigues elenca in-

tervenções dos estudantes sobre várias temáticas O ACADÉMICO também foi ouvir o que tinha a dizer Luís Rodrigues, ex-representante dos estudantes neste órgão máximo da academia. O mesmo mostrou-se perplexo com essas declarações de Braga da Cruz: “Não partilho das mesmas, considero-as até uma gafe tremenda, penso que refletem uma falta de memória muito grande relativamente aos quatro anos que passaram de existência deste Conselho Geral”. Luís Braga da Cruz, para além de chamar a atenção para a atividade dos estudantes no órgão a que presidiu, também balizou as intervenções dos mesmos no assunto das propinas. Posição essa, igualmente, rebatida pelos estudantes. “É completamente falso, é uma mentira total. Não vejo qual a justificação para tais afirmações”, considerou Luis Rodrigues. O, também ex-presidente da AAUM, aproveitou ainda para relembrar algumas das intervenções onde ele foi parte ativa: “Sobre a própria eleição do Reitor, do Provedor do Estudante, da missão e da competência do Provedor do Estudante, da sua implantação sobre os planos estratégicos, os planos de

ação e os respetivos relatórios da Universidade do Minho e dos seus Serviços de Ação Social. Falamos ainda sobre o modelo de acolhimento aos novos alunos, sobre as acessibilidades e sobre a segurança nos campi, as taxas de empregabilidade dos recém-licenciados e sobre a sua monitorização no seu percurso após o término dos seus graus, portanto há todo um vasto leque de intervenções que foi protagonizado pelos estudantes”, refere Luís Rodrigues, exemplificando o “abrir de leque” a outros temas abordados pelos estudantes nas suas intervenções. Pedro Soares lembra trabalho de base feito pelos estudantes Já Pedro Soares, presidente da AAUM entre 2007 e 2009, foi, também ele, parte integrante dos representantes dos estudantes no Conselho Geral. Ainda assim, o antigo presidente da AAUM fez questão de relembrar que a participação, importante, dos estudantes, começa bem mais cedo, através das “intervenções na Assembleia Estatutária que culminou na criação das condições para que a participação dos estudantes fosse agora discreta e eficaz. Fizemos sempre o trabalho

de casa sobre vários temas. Desde a Assembleia Estatutária até o dia de hoje acredito que houve muito trabalho feito pelos estudantes”. Pedro Soares revela ficar surpreso com as palavras de Luís Braga da Cruz e sublinha não concordar com as mesmas. Sobre a preponderância na discussão de alguns temas em específico, ao ACADÉMICO, Pedro Soares lembra que “o interesse dos estudantes é o interesse da Universidade do Minho e por isso “todos os temas são importantes para os estudantes”, especifica Soares, concluindo: “Não sei se há alguma outra intenção do engenheiro Luís Braga da Cruz com estas declarações, mas não as percebo. O que disse não está de acordo com as minhas memórias.” Antóno Cunha classifica como positiva a participação dos estudantes O ACADÉMICO foi, ainda assim, ouvir mais vozes na academia. Impunha-se a reação de António Cunha sobre esta polémica. O mesmo fê-lo desta forma: “A participação que os estudantes tiveram, na minha avaliação, no Conselho Geral certamente foi positiva. Foi talvez demasiado marcada pelas temáticas que são críticas para os estudantes e que os estudantes dão uma grande centralidade, e aí temos a questão das propinas que é sempre assumida de uma maneira muito intensa pelos mesmos. A minha avaliação, mais uma vez, é positiva”. Ainda assim, o reitor da Universidade do Minho deixou um repto: “Seria desejável que houvesse uma participação mais intensa e que os estudantes trouxessem outros temas, por iniciativa deles, para o conselho geral e participassem mais ativamente noutros debates, cer-

tamente que sim”. Manuel Pinto sublinha que se deve estimular a participação de todos no Conselho Geral Ouvido pelo ACADÉMICO, também Manuel Pinto, professor do Instituto de Ciências Sociais, que era já parte integrante do Conselho Geral e que tomou posse, na passada semana, para um novo mandato no órgão como representante dos docentes e investigadores. Sobre as declarações de Luís Braga da Cruz, o professor afirma: “Não tenho muito mais a acrescentar. Constato isso e corroboro com o que Luís Braga da Cruz disse. Avaliando o número de intervenções dos estudantes, deduz-se que estes passam algum tempo calados nas reuniões. Limitam-se a assistir quando as matérias são algo onde não têm muito a dizer”, acrescenta. Ainda assim, o professor prefere pegar neste caso como algo a ser reflectido de forma positiva. “ Temos de perceber se o Conselho Geral pode fazer algo no sentido de reverter esta tendência de pouca participação de alguns elementos. Falo de todos eles, porque não deve haver qualquer tipo de paternalismo em relação aos estudantes”. Manuel Pinto, ainda assim, fez questão de sublinhar a importância das intervenções dos estudantes nos temas que lhes são mais próximos. “Os estudantes têm um papel relevante e marcam o debate na questão das propinas e na ação social. São posições próximas às que se conhecem a nível oficial, mas importantes”. O ACADÉMICO tentou, ainda, ouvir os elementos que encabeçavam as listas que recentemente foram eleitos para o órgão, mas tal não foi possível até ao fecho da edição.


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INQUÉRITO

revês-te nas declarações do novo embaixador do impulso jovem? Vítor Costa encara de forma positiva a escolha de Miguel Gonçalves para embaixador do programa Impulso Jovem. “Embora algumas pessoas pensem o contrário, o Miguel Gonçalves é na verdade um grande incentivador”, afirma o mestrando, que já foi a alguns eventos da Spark Agency. Contudo, embora considere o discurso de tomada de posse do criativo como “baseado no incentivo ao trabalho”, discorda da parte dos cem euros por mês. “Percebo a ideia que quer transmitir, mas não foi o melhor exemplo para se dar, uma vez que para se poder estudar não basta pagar propinas! Alimentação, alojamento e transporte não são nada baratos”, concluiu.

vitor costa 1º ano // mestrado bioinformática

francisco conrado 1º ano// mestrado em ciências comunicação

“Irrisório”, foi como Francisco Conrado classificou o discurso proferido na cerimónia. O estudante de Ciências da Comunicação foi bastante duro sobre as declarações feitos por Miguel Gonçalves, que “provam que ele não conhece a realidade dos estudantes que dependem de bolsas ou outros tipos de auxílios”. O estudante acrescenta ainda que se as dificuldades para pagar os estudos fossem assim tão poucas, “não teríamos o aumento do número de alunos que abandonam a universidade por faltas de condições económicas para isso. Não teríamos ações, como a de criar um fundo de emergência para alunos necessitados. Os factos contradizem tudo que o Miguel Gonçalves afirma.” Quando perguntado sobre medidas para ajudar a população mais jovem no mercado de trabalho, este afirma que é preciso haver “menos discursos de autoajuda” e que deve haver antes uma “intervenção real por parte de quem tem o poder e a responsabilidade”, neste caso, “o Governo”.

O estudante de Engenharia revela-se animado com a nomeação: “o perfil do Miguel Gonçalves assenta que nem uma luva ao cargo que agora assume”. “Julgo que precisamos de motivadores e empreendedores para impulsionar a economia”, acrescenta. Relativamente ao discurso, Henrique Abreu acha que “pode ajudar alguns jovens a perceber que nada se consegue sem esforço” e concorda em certa medida, dado que “um estudante deve fazer os possíveis para conseguir “sobreviver” nos estudos universitários”. Contudo, este mantém algumas reservas sobre alguns pontos. Para quem tem poucas posses monetárias “é bastante complicado prosseguir com os estudos” e mesmo para quem se esforça, “nem sempre há oportunidades para pôr essas ideias em prática” e que são precisos mais de cem euros para poder pagar, além das propinas, residência, alimentação, fotocópias, entre outras despesas associadas.

henrique abreu 4º ano // MIEEIC

Filipa henriques 2º ANO// CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO

Filipa Henriques mostra-se algo dividida, uma vez que entende que “há afirmações do Miguel Gonçalves que são aceitáveis e outras que são simplesmente radicais”. Por um lado, concorda com “o facto de ele dizer que é preciso esforço, que é preciso as pessoas procurarem oportunidades” e que consciencializa os jovens de que “o futuro está mesmo mesmo a chegar”, e por isso é “importante pessoas como o Miguel Gonçalves terem voz para mostrar à juventude, que afinal, é ela mesma o futuro, que há necessidade de preocupação e motivação com o mercado de trabalho.” Por outro lado, discorda quando interrogada se as dificuldades de pagar os estudos serão tão poucas como referido no discurso. “Há muita gente sem bolsa e que precisa dela”, afirma, salientando que “é preciso ter em atenção que uma família que tenha dois filhos no ensino superior, com salários que a remete para a classe média, fica em dificuldades para conseguir manter os filhos na universidade”.

ALEXANDRE VALE alexmvrocha@gmail.com

Na semana passada, Miguel Gonçalves foi promovido a embaixador do programa “Impulso Jovem”, a convite do ministro demissionário Miguel Relvas. O seu discurso polarizou opiniões. Polémicas se tornaram algumas afirmações do mesmo, como quando aconselhou os estudantes a pagarem as propinas a venderem pipocas. Sendo um assunto que não deixou indiferentes os jovens universitários, o ACADÉMICO foi ouvir o que pensam os estudantes da academia minhota sobre as declarações proferidas pelo responsável pela expressão “bater punho”.


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UNIVERSITÁRIO embaixador do impulso jovem gera controvérsia e é motivo de chacota MARTA SOARES msf_soares@hotmail.com

Miguel Gonçalves, fundador de uma empresa especializada em soluções para a comunicação interna, foi escolhido pelo ex-ministro dos Assuntos Parlamentares do Executivo, Miguel Relvas, para Embaixador do programa governamental Impulso Jovem no dia 2 de Abril. O novo embaixador, natural de Braga, ficou conhecido após a participação no programa Prós e Contras em 2011. A sua nomeação surge com o objetivo de trazer

uma lufada de ar fresco ao programa governamental. “Amigo, se tu com 20 anos não consegues arranjar 100 euros por mês para pagar os estudos, então vais ter muitos problemas na vida, porque até a vender pipocas se arranja cem euros por mês”, referiu Miguel Gonçalves tentando incentivar os jovens desempregados que querem estudar. Foram estas palavras que geraram polémica por todo o país. Bruno Nogueira, por exemplo, rotulou o empresário de “Cromo” na sua crónica na TSF, alegando que “o gover-

no contratou mais um indivíduo que não sabe fazer contas” já que 100 euros por mês, segundo o humorista, não chegam para pagar propinas, alimentação, material escolar e estadia.

Também o humorista Ricardo Araújo Pereira critica a forma como Gonçalves e o próprio Governo tratam os desempregados, já que se referem ao mesmo como “uma manada de calões que só não arranjam emprego porque não têm atitude”. No site do Bloco de Esquerda pode ler-se um artigo denominado “Miguel Gonçalves, onde está o teu carrinho das pipocas?” onde se seguem as críticas em tom de ironia de João Mineiro, estudante e dirigente Associativo do Ensino Superior. As reprimendas em blo-

gues, nas redes sociais e nos jornais são elevadas. No entanto há quem assimile o discurso de Miguel Gonçalves e afirme que “o exemplo que ele dá das propinas faz todo o sentido”, corroborando a analogia do embaixador. Após a demissão de Miguel Relvas, Miguel Gonçalves já manifestou a sua disponibilidade para continuar a trabalhar no governo apesar da sua continuidade no executivo de Passos Coelho e consequentemente o cargo de embaixador do Impulso Jovem não estar assegurado.

eurodeputado dá voz a 15 jovens portugueses para apresentarem soluções para o país no parlamento europeu ANA FILIPA GASPAR afilipa.gaspar@hotmail.com

“Youth in Crisis”. É este o nome da iniciativa que dará oportunidade aos 15 jovens portugueses selecionados pelo eurodeputado Rui Tavares, de dar a conhecer ao Parlamento Europeu os verdadeiros problemas do país. É no dia 10 de abril, em Bruxelas, que vão ser reunidos cerca de 100 jovens oriundos de diferentes países da Europa para discutirem quatro grupos de problemas: democracia, economia, sociedade e ambiente. Um grupo de deputados

da Alemanha, Dinamarca, Espanha, França, Grécia e Portugal criaram esta “experiência inédita de democracia deliberativa”, segundo Rui Tavares, tendo em vista o debate de ideias e problemas na União Europeia. Identificar a possibilidade de solução das diversas questões e preparar propostas de futuro comum europeu são os objetivos deste encontro. Cada eurodeputado teve a oportunidade de convidar entre 10 a 20 jovens para a iniciativa. Neste sentido, o português decidiu levar 15 portugueses consigo, entre

os 18 e os 35 anos, selecionados através de um concurso-relâmpago em que cada interessado poderia candidatar-se através da escrita de um ensaio sobre “juventude, crise e Europa”. O concurso terminou a 11 de março e o número de ensaios submetidos ultrapassou a centena. Os 15 representantes portugueses já se encontram a debater ideias entre si prontos para rumar até ao Parlamento com a bagagem cheia de novas ideias. Em declarações ao P3, Rui Tavares admitiu que poderia “perfeitamente” escolher 15 jovens seus conhecidos

“do universo do twitter ou da blogosfera”. No entanto, decidiu sair do “círculo habitual enquanto pensador ou político de esquerda”. “O que pretendo com o concurso é trazer a Bruxelas jovens que ainda não conheço, de diferentes idades, de diferentes pontos do país, com diferentes opiniões, que mostrem ao parlamento os verdadeiros problemas do país”. O eurodeputado assume ainda no seu blogue pessoal: “É muito importante que os jovens vindos do Sul da Europa, e em particular de Portugal, possam ser sin-

ceros na comunicação dos problemas específicos que afligem os nossos países, e persuasivos na explicação do que significam esses problemas para o nosso futuro comum europeu. Há certamente muitos jovens capazes de o fazer à sua maneira”.


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REPORTAGEM mezzolab à conquista do mundo DR

ADRIANA COUTO drianascouto@gmail.com

São poucos os que ainda não conhecem a MezzoLab, uma spin-off lançada a partir da empresa Sketchpixel, que cresceu como um estúdio criativo que trabalha no desenvolvimento de aplicações móveis, websites e design gráfico. O mundo já se rendeu às spin-offs que aparecem todos os dias um pouco por todo o lado, seja em universidades, grandes empresas ou centros de pesquisa. Aliadas a um custo de manutenção, na maioria, baixo, as spin-offs distinguem-se por conseguirem crescer de uma forma rápida e eficáz, conseguindo gerar lucros altamente atrativos. Nascidas a partir de algumas ideias promissoras,

é no arriscar que está o ganho destas, mesmo que isso signifique que, no início, as condições de trabalho serão incertas. A MezzoLab começou exatamente dessa forma. A pequena empresa, sediada na cidade de Braga, tem dado cartas ao mundo com o seu trabalho. Para a sua equipa, o segredo do seu sucesso não é propriamente segredo: “adoramos o nosso trabalho. Isso significa que cada cliente obtém o nosso melhor independentemente de ser uma multinacional ou uma pequena padaria.”

São vários os trabalhos de sucesso que têm colocado a MezzoLab na rota das principais empresas nacionais e internacionais. Um dos últimos, foi a renovação da página pessoal de Juan Verde, o codiretor da campanha internacional de Barack Obama, que acabaria por lançar a empresa bracarense por terras do Tio Sam, sobretudo na área das aplicações móveis. Com uma equipa pequena e jovem, a Mezzolab não esconde a paixão pelos seu trabalho. “Acreditamos que um projeto fantástico não ocorre por acaso; envolve muito trabalho, para o qual não há substituto.” Entre trabalhos para a Porto Business School, Golden Broker, Kaufman & Broad ou para a Get Bus, o que mais se tem distinguido é a aplicação web e mobile “StoreAgent”. tendo já despertado a atenção de empresas como a Portugal Telecom ou como a Continental Mabor. “Silicon Valley”, na Califórnia, promete ser o grande objetivo da pequena empresa minhota. DR

Empresa de Braga na senda do sucesso

StoreAgent: um agente secreto no seu bolso DR

A aplicação web e mobile “StoreAgent”, desenvolvida pela equipa da MezzoLab, conta já com mais de dois mil utilizadores inscritos e mais de 8.500 missões de teste. A inovação está no facto de ser a primeira aplicação que paga aos seus utilizadores, em vez de ser o contrário. Ao alcance de um telemóvel com sistema operativo Android ou iOS, qualquer pessoa tem a oportunidade de se transformar num autêntico agente secreto e cumprir missões dentro das áreas definidas por cada um dos utilizadores. Um solução rápida e barata que promete revolucionar o conceito de cliente-mistério, tal qual o conhecemos. Para Nuno Freitas, Co-Founder e CEO da MezzoLab, em entrevista à revista Briefing, o objetivo desta plataforma é “mudar o paradigma das aplicações: fugir do conceito de aplicação gratuita ou aplicação paga. Queríamos uma aplicação que pagasse às pessoas para a usarem, criando valor para uma contraparte. E assim focamos na vertente dos estudos de mercado com foco nos clientes mistério”. Tudo o que se tem que fazer para se ser um cliente-mistério com a ajuda da “Store Agent”, é fazer o download da aplicação e procurar uma missão que esteja disponível dentro das áreas previamente definidas pelos utilizadores. Estes, têm apenas que fornecer as informações pedidas pelas empresas utilizadoras da aplicação, que podem passar por uma simples foto à montra de uma loja, como responder a um inquérito. Desta forma, as empresas ganham em tempo e dinheiro, visto que a informação está ao alcance, apenas, de um telemóvel, permitindo efetuar análises de mercado eficazes, em menos tempo. A veracidade das informações recolhidas pelos agentes, é outra das mais valias desta aplicação, que confirma a localização e a hora do cliente-mistério com a hora e o local, na altura em que as informações foram submetidas. O agente pode ganhar entre 2,5 euros e 12,5 euros por missão. O feedback não poderia ser melhor e o interesse já demonstrado por várias grandes empresas a quem o projeto foi apresentado, demonstra que o StoreAgent está bem perto de conseguir mudar os estudos de mercado e torná-los menos caros, demorados ou complexos.



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ENTREVISTA francisco pimentel Daniel Vieira da Silva

“Quero fazer da AAEUM uma associação a sério”

Francisco Pimentel quer “revolucionar” a AAEUM

presidente da associação dos antigos estudantes da u.minho em grande entrevista ao académico

Em entrevista à Rádio Universitária e ao ACADÉMICO o presidente da Associação de Antigos Estudantes da Universidade do Minho (AAEUM), Francisco Pimentel, licenciado em Engenharia de Produção e Sistemas da UM, fala dos seus projetos para os próximos dois anos de mandato nesta associação. ALEXANDRE PRAÇA alexandre.praca@rum.pt

Como é que se ligou à Associação de Antigos Estudantes da Universidade do Minho (AAEUM)? Por incrível que pareça não sou sócio da AAEUM há muitos anos. Recebi o convite para tomar a direção, depois de, em Maio de 2009, ter fundando um site para os antigos estudantes, ao

qual dei o nome de “Pioneiros da UM” (http://veteranosuminho.ning.com). Esse site tem perto de 4400 membros, ou seja 10% da população estudantil que já passou pela UM, que inclui colegas que foram trabalhar para o estrangeiro e estão dispersos por 80 países. Os membros revêm-se nesta rede, que presta alguns serviços, como por exemplo, a comunicação de ofertas de emprego, divul-

gação de notícias da UM, promoção de eventos e, por isso, tem, também, a sua utilidade cultural. Na altura em que foi criado, este site parecia uma concorrência à AAEUM, no entanto é hoje a rede oficial desta associação, porque, como é óbvio não se justificava estas duas coisas estarem separadas. Esta rede, para além dos serviços que disponibiliza, que tipo de contacto tem propi-

ciado entre os 4400 membros? Os anos da vida académica são os melhores da nossa vida, que nunca esquecemos e, como tal, tentamos aproximar as pessoas que partilharam esses tempos. Há dois anos fizemos um grande jantar com base em convites a todas as pessoas que estão nesta rede. Compareceram mais de 500 pessoas, inclusivamente

pessoas que vieram propositadamente do estrangeiro. Esta rede permite-nos também, a nós AAEUM, ter uma base de dados enorme que pode potenciar o contacto com os alunos. Posso dizer que esta rede já nos deu 18000 contactos de antigos estudantes da UM. Podemos ver, assim, o potencial que a rede e a associação têm de chegar à fala com as pessoas, saber onde estão, como estão e o que fa-


ENTREVISTA PÁGINA 12 // 09.ABR.13 // ACADÉMICO

zem da vida. Que projetos concretos tem a partir desta rede para o seu mandato de dois anos na AAEUM? Obviamente que queria fazer da AAEUM uma associação a sério, uma associação que prestigie, que ligue, que faça lobby, que faça networking entre todos os alunos da UM. Há universidades estrangeiras que têm esta mentalidade, quase que vivem à custa dos seus antigos estudantes, fazem parte da gestão da universidade e são os maiores contribuidores para o seu orçamento. Tenho perfeita noção que é um sonho difícil de concretizar na mentalidade latina, mas é possível fazê-lo... Com apoios por parte da reitoria. Pode, então, a AAEUM ser um instrumento de grande importância para a UM se afirmar a nível internacional? Só se a universidade não quiser. Já tive oportunidade de transmitir ao atual reitor,

Daniel Vieira da Silva

que frequentou a UM na mesma altura que eu, todos os nossos projetos e ele mostrou-se interessado na ligação da UM com os antigos estudantes, na qual nós somos o veículo. A mentalidade de “acabamos o curso e vamos à nossa vida”, tem que deixar de existir. Hoje em dia, estuda-se para toda a vida, a ligação com a universidade tem que ser vitalícia. De que forma é que a AAEUM sobrevive, em termos de financiamento? A AAEUM tem muito poucos associados, estamos a falar de apenas 1000 pessoas que pagam quotas enquanto sócias desta associação. As fontes do nosso orçamento são só duas: as quotas e a formação que damos. Esta formação é destinada a qualquer pessoa, sendo cursos curtos, de 15 ou 18 horas e bastante acessíveis ao bolso dos ex-alunos. As nossas fontes de rendimento são essas, que representam, no entanto, muito pouco dinheiro. Vamos agora lançar um pro-

Nova sede é intento da AAEUM jeto de angariação de sócios. Queremos tentar que todas as empresas de antigos estudantes, façam com que os seus colaboradores, que também são antigos estudantes, se façam sócios da AAEUM. Este deve ser um privilégio para os trabalhadores que, com os protocolos, como por exemplo ginásio e as cantinas da UM, tenham mais uma regalia

dentro da própria empresa. A AAEUM tem espaço físico nas mesmas instalações da AAUM. Que relação surge entre estas duas entidades? A AAEUM tem uma vocação diferente, apesar de complementar, da associação académica. Os nossos estudantes são doutores, são empresários,

são advogados e, como tal para nós AAEUM, terá muito mais sentido que a nossa sede seja fora do campus. A AAEUM deve funcionar como um clube social que liga a universidade às cidades de Braga e Guimarães, que sirva de ponto encontro e que prestigie os antigos estudantes. No entanto, a ligação com a AAUM é essencial e, enquanto eu for presidente, será cada vez mais intensa. Ao fim destes 25 anos da AAEUM, a ideia é entrar numa nova fase e dar um impulso diferente a esta associação?

A efectivação de uma ligação com a academia está a ser discutida

A ideia é, sem duvida, essa. Acho que está na altura de fazermos da AAEUM uma entidade visível, que contribua também para a visibilidade da universidade e dos seus ex-estudantes. Queremos ajudar os estudantes recém licenciados a entrar no mercado de trabalho, tentar angariar verbas para ajudar a própria universidade, e, acima de tudo, gerir a base de dados dos alumniUM, que, para mim, é sem dúvida a vocação desta associação. Neste momento, vai ser assinado um protocolo entre a nossa associação e a reitoria, que deverá ser o embrião para a cooperação entre as duas entidades. Esta parceria é, não só uma modernização, como o caminho que deve, efetivamente, ser seguido.


ÂNGELA FERREIRA Ângela Ferreira nasceu no Porto em 1975. Apesar de se ter licenciado em Direito, já nessa altura a fotografia era quem mais ordenava. Expondo regularmente desde 1998, Ângela procurou munir-se das ferramentas teóricas necessárias para dar largas à paixão da imagem. Assim, concluiu em 2004 o Mestrado em Multimedia e Novas Tecnologias em Utrecht, na Holanda e, neste momento, frequenta o Doutoramento em Fotografia e Estudos Artísticos na Universidade Federal do Rio de Janeiro. O percurso de Ângela Berlinde no campo da fotografia é já preenchido por um corpo de trabalho apreciável, com trabalhos representados em várias galerias e espaços em Portugal, Brasil e Holanda. Faz ainda parte da direção dos Encontros de Imagem de Braga e do Festival de Fotografia MaioClaro. A nível de prémios, Ângela venceu em 2007 o Concurso Internacional de Fotografia de Buenos Aires, tendo sido ainda nomeada para Fotógrafa do Ano na Categoria Emoções para a BBC. O projeto de doutoramento de Ângela Berlinde implica o trabalho com populações indígenas dos estados do Amazonas e Ceará, no Brasil. A docente da Escola Superior Artística do Porto procura fazer um estudo antropológico e imagético com estas comunidades, sendo que colaborou ainda como professora na Faculdade de Comunicação e Imagem da Grande Fortaleza. Segunda: El Guincho - Bombay (Pop Negro, 2010) “O Nick Drake só após uns valentes anos é que

Para além de ser um tema bastante colorido, é também um elogio à procura de um horizonte. Nota-se que todas as músicas deles são “de viagem”, porque trazem um rodopio por entre aquilo que é a alegria, a fantasia, a liberdade acima de tudo. Esta música remete-me para o universo do Brasil, que visito regularmente, porque é um corte com as amarras... é um elogio à liberdade!

acompanhar ultimamente, com a qual me identifico e cujas letras me transportam para um outro hemisfério, são fantasiosas e simultaneamente reais e permitem-nos ir a ambientes de jardim, de natureza, focando também aspetos como a amizade, o devaneio e a procura de outras realidades. Os Broken Bells permitem isto: viagens por outros campos e por outras sensações.

Terça: JP Simões - Inquietação (1970, 2007) Eu acho que JP Simões “é” da minha geração e escolhi-o por ser uma espécie de espelho meu em termos musicais. Ele revela algumas ideias, conceitos e uma filosofia muito própria daquilo que entendo ser o nosso Portugal, por exemplo. Aquilo que entendo ser a nossa juventude, as nossas conquistas e desafios enquanto portugueses... E o tema do José Mário Branco é tão e cada vez mais atual... e que a voz do JP Simões traz para o presente.

Sexta: Kings of Convenience - Misread (Riot on an Empty Street, 2004) Vi-os no Theatro Circo, num episódio muito engraçado: este é um concerto típico daqueles que se assiste com amigos. Combinámos um breve petisco antes do concerto sob a promessa de que regressaríamos depois para continuar a refeição. No fim do concerto, estávamos de tal modo em êxtase devido à beleza do concerto que decidimos convidar a banda a jantar connosco! Quando voltámos, vínhamos acompanhados pela banda e eles sempre muito curiosos em nos querer conhecer... Partilhámos momentos de muita beleza e amizade.

Quarta: Noiserv - Bullets on Parade (One Hundred Miles from Toughtlessness, 2008) O Noiserv foi responsável pela componente musical do meu filme sobre Os Maias de Eça de Queirós e foi escolhido a dedo pelo fato da sua música ser reveladora de muita imagem, daí que fosse a minha primeira seleção para a banda sonora do filme. Qualquer um dos temas dele seria uma boa escolha mas senti que, se escolhesse um dos temas da banda sonora, iria sentir que lhe faltava a componente imagética do filme. Quinta: Broken Bells - The High Road (Broken Bells, 2009) Os Broken Bells são a banda que me tem vindo a


TECNOLOGIA E INOV cidade fantasma revisitada pelo google maps catarina hilário katarina-kosta@hotmail.com

A empresa Google apresentou, dia 28 de março, imagens da cidade japonesa de Namie, abandonada desde o dia 11 de Março de 2011, na sequência do tsunami que atingiu a central nuclear de Fukushima. Tudo isso é possível através do “Google Street View”, um projeto que permite a visualização de ruas através do serviço de mapas. Neste caso, possibilita uma visita às ruas da cidade de Namie, incluindo as que se situam no perímetro de acesso proi-

twittadas bárbara araújo barbarasilvaraujo@gmail.com

Portugal ‘descobre’ sítio que oferece cursos universitários gratuitos O Veduca é o nome pela qual é conhecido o inovador sítio brasileiro na Internet, que oferece cursos universitários gratuitos com legendas em português. Apesar de ser um sítio de origem brasileira, e de maior parte da procura se localizar neste mesmo país, o mundo lusófono já iniciou a descoberta ao Veduca, afirma um dos fundadores da plataforma digital, Carlos Souza. Esta plataforma para além de

bido. A equipa da Google precisou de uma aprovação especial para entrar na cidade, utilizou um equipamento de proteção e permaneceu dentro do carro durante as filmagens. O tsunami que atingiu Namie no dia 11 de março de 2011, deixou partes da cidade submersas e matou mais de 19.000 pessoas. Casas e edifícios foram destruídos e dezenas de milhares de habitantes foram forçados a abandonar as suas casas devido à catástrofe nuclear. Dois anos depois da tragédia, a maior que o mundo assistiu desde o desastre de 1986 em Chernobyl, ainda

não é possível caminhar pela cidade. Apesar de o efeito direto das radiações não ser mortal, os cientistas alertam para o fato de algumas zonas permanecerem contaminadas durante décadas, sendo que

as mais poluídas podem continuar inabitáveis para sempre. Tamotsu Baba, presidente da cidade, pediu à imprensa para fotografar o local, para dar a conhecer ao mundo a “cidade fantasma”. “Espe-

ro que estas visitas virtuais mostrem às pessoas das próximas gerações o que o grande terramoto e o desastre nuclear causaram. O mundo está a avançar para o futuro após a tragédia (...), no entanto, o tempo parou na cidade de Namie”, disse Baba no blog da Google. Acrescentou ainda que serão necessários muitos anos de cooperação, mas que nunca desistirão de ajudar a sua cidade. Durante um curto período de tempo, para além de ser possível visitar a cidade através do serviço “Street View”, será possível entrar numa pequena zona de Namie.

nos fornecer os cursos inteiramente gratuitos, também nos permite adquirir cursos das mais prestigiadas universidades do mundo, como é o caso de Harvard, Princeton, Stanford e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts, todos eles com legendas em Português. O Veduca já se encontra em funcionamento desde março de 2012.

japonesa Panasonic. Entre as 10 primeiras posições, a lista conta ainda com a presença da marca suíça Nestlé, da norteamericana Procter & Gamble, da japonesa Sony, da americana PepsiCo, da europeia Unilever Group, da americana Kraft Foods, e finalmente da finlandesa Nokia. Para integrar o ranking, o total de vendas das maiores 250 empresas de produtos de grande consumo, é necessário ostentar vendas de mais de 3 mil milhões de dólares (cerca de 2,3 milhões de euros). O total das vendas das maiores 250 empresas ultrapassou os três biliões de dólares em 2011.

concebeu um novo sistema que permite a troca de chamadas e mensagens escritas de forma segura para futuro uso das “altas chefias do Estado” português. O “CryptoChannel” destaca-se por ser um “produto inovador e totalmente português”, e por permitir “comunicações de voz e SMS seguras entre telemóveis”, explicou Rui Silva, da empresa. Este sistema surgiu como consequência de um sistema criado pela UbiNET juntamente com um desafio lançado pelo Gabinete Nacional de Segurança. Visto ser um potencial sistema de segurança para muitas empresas e organizações, os investigadores criaram uma empresa para o desenvolvimento do “CryptoChannel” e para potencializar o mercado deste.

Twitter: Receitas podem chegar aos mil milhões

Samsung ultrapassa Apple A marca sul-coreana Samsung, fabricante de telemóveis lidera a lista da Deloitte das 250 maiores empresas no que respeita aos níveis de consumo mundial. Segundo o estudo apelidado de “Global Powers if Consumer Products”, a Samsung ultrapassa a conceituada Apple, que se encontra em segundo lugar no ranking, seguida da marca

IPBeja cria sistema de comunicações destinado a “altas chefias do Estado” O Instituto Politécnico de Beja

As receitas de publicidade do Twitter, em 2014 deverão chegar aos mil milhões. O Twitter é considerado uma das maiores redes sociais do Mundo, pelo que poderá atingir o valor de 580 milhões de dólares, segundo estimativas da consultora eMarketer. O alcance do Twitter está a melhorar bem como a melhor aposta dos anunciantes em “gastar mais dinheiro em anúncios (dispositivos) móveis”, esclarece a consultora. A eMarketer antevê receitas superiores a 500 milhões de dólares no ano decorrente, quatro vezes mais que o valor registado no ano passado que se situava nos 138 milhões de dólares.

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OVAÇÃO

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liftoff,

http://liftoff.aaum.pt/ facebook.com/aaum.liftoff

gabinete do empreendedor da AAUM

promove... Seminário “O Capital da Juventude” 2013 Programa 10h Recepção / Acreditação 10h30 Painel I “Sonhos da Juventude” - A importância e a definição do Sonho - A Auto-motivação e a persistência - Sonho vs. objectivos Convidados - Pedro Moreira - Escritor e Viajante - On the road - Paula Rocha - Trainer - I Have The Power - Carlos Videira - Presidente da Associação Académica da Universidade do Minho

12h30 Almoço 14h00 Painel II “Jovens de Futuro” - Potencialidades dos Jovens - Caminhos para um Futuro de Sucesso - Fatores distintivos da Juventude de Hoje Convidados - Cidália, Joana e Sofia - Oupas! Design - Salvador Martinha - Humorista e ator 15h30 Coffee Break

16h00 Painel III Brainstorming - “Recursos Capitais e Estratégias para o Sucesso” - Análise diagnóstico - Recursos Críticos para o Sucesso - Ideias e políticas para capitalizar a Juventude - Memorando de consensos

Auditório B1 Complexo Pedagógico II, Campus de Gualtar, Universidade do Minho

Dinamizador Alexandre Mendes (Factory | Business Center & CoWork) e Luís Simões (getSkilled) Mentor José Mendes - Vice-Reitor da Universidade do Minho

17 de Abril A participação é gratuita, mediante inscrição. Serão entregues certificados de participação. Será disponibilizado transporte entre Campus. Aberta a participação à comunidade em geral.

> > 15 ABRIL ‘13 Apresentação “ Start Global XXI” Campus de Gualtar

> 16 ABRIL ‘13 Sessão “ Alta performance constante” – Campus de Gualtar

> 16 ABRIL ‘13 Sessão “Organização de Processos” Campus de Gualtar

> 17 ABRIL ‘13

Seminário “O Capital da Juventude” Campus de Gualtar, em Braga

Ofertas de emprego Eng. para suporte técnico de vendas em mercados internacionais (chinês)

w w w. a a u m . p t /g i p gip@aaum.pt

Perfil: - Formação Superior em Engenharia Electrotécnica, ramo energia (factor preferencial); - Experiência profissional em Máquinas Eléctricas de BT e MT; - Fluência na língua inglesa (mandatório); - Fluência na língua chinesa (mandatório).

IT Advisors - Lisboa (M/F) Se estás a terminar a licenciatura em cursos de Informática e Gestão, Engenharia Informática, Engenharia de Telecomunicações e Informática, e queres iniciar a tua carreira profissional na KPMG, candidata-te. Acede a www.careers.kpmg.pt e envia-nos o teu CV.

Estágio Profissional em Ciências Sociais (M/F) em Braga Perfil: - Recém-licenciado em Gestão, Matemática e C.Computação, Matemática Aplicada à Gestão ou T. I. Gestão; - Sólidos conhecimentos de Excel eb ons conhecimentos de Inglês. Oferta: - Contrato de trabalho a termo (7meses).

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Candidaturas em: www.aaum.pt/gip


CULTURA ciclo de três concertos no arranque do GNRation É um ciclo que irá servir para dar a conhecer o espaço a quem ainda não conhece o local e dará as coordenadas para o arranque oficial da programação. JOSÉ REIS jose.reis@rum.pt

É uma programação assente em três eixos fundamentais: empreendedorismo, digital e artístico. Um ciclo trifásico de programação, dedicado “à produção e con-

sumo de atividades artísticas e criativas, com vista à atração e maximização de talento e à emergência de ideias e negócios”, revela Ângela Ferreira, a diretora artística do espaço. Assim, e para marcar o “aquecimento” para essa programação,

o GNRation aposta neste mês de abril num ciclo de três concertos em diferentes locais. Uma forma de dar a conhecer o espaço de uma forma mais descontraída e uma forma de alertar para a programação do local, que entrará em vigor, em DR

É o arranque da programação no GNRation

continuidade, no primeiro dia do mês de maio. “Esta é entendida como a fase ‘beta de ocupação e teste’ para o desenvolvimento do restante programa do GNRation”, destaca Ângela Ferreira, em conversa com o Académico. Ciclo de três concertos São três concertos, com bandas de diferentes estilos musicais, que mostram assim, de forma sintetizada, a abrangência lata de um espaço que se quer experimental e que procurará dar a ver objetos que, até hoje, não tiveram palco na cidade. A abrir o ciclo, já no próximo sábado, 13, atuam os Tropa Macaca, a banda de um som experimental formada pela dupla André Abel e Joana da Conceição. A entrada é livre para esta apresentação. Uma semana depois, uma aposta da casa:

os bracarenses Long Way to Alaska apresentam o novo EP, “Life Aquatic”, pela primeira vez na caixa negra do GNRation. Será a 20 de abril, pelas 22h e a entrada terá um custo de 5 euros. A terminar o ciclo, no final do mês, aposta-se no som dos Torto. O trio composto por Jorge Coelho na guitarra, Jorge Queijo na bateria e Miguel Ramos no baixo apresenta em Braga o seu rock às 22h, com entrada livre. “É uma forma de arrancarmos com a programação do espaço de uma forma descontraída, deixando que todos possam assimilar o local ao seu ritmo”, admite a diretora artística, reiterando que este será um espaço “aberto à cidade, onde a cidade tem uma voz ativa no que quer ver”. A programação contínua do espaço começará a 1 de maio.

SALA DE CINEMA

abraços nus, despidos de vaidades CÉSAR CARVALHO z5@sapo.pt

A segunda longa-metragem de Meier, depois de Home (2008), traz consigo o natural amadurecimento de um signo autoral ainda à procura dos verdadeiros valores pelos quais se rege (e nem sempre isto funciona contra). Mesmo longe da maturidade, o cinema de Meier faz-se de forma tremendamente honesta, e com solidez retratou – tarefa difícil – uma história modesta e sensível sem reivindicações morais. Simon e Louise são dois irmãos que sobrevivem com dificuldade, tendo apenas um ao outro como suporte. Ele rouba material de esqui na estância no cimo do vale, para vender e, assim, sustentar a casa. Ela é apenas uma pobre desafortunada, sem alegria e vítima das suas inúmeras más esco-

lhas. Louise trabalha esporadicamente mas nunca se consegue sustentar sem a ajuda do irmão. A exposição narrativa ‘a conta-gotas’ consegue ser, curiosamente, impaciente. A realizadora parece ter sempre algo a revelar no limiar do “grito denunciador”, mas nunca caindo na manipulação afetiva. Aliás, de tão modesta, a artífice parece por vezes desaparecer de cena e, assim, ficam somente duas

personagens abandonadas, inclusive por quem as criou. No mundo trémulo da miséria, qualquer indício de afeição é uma dádiva. Simon é um miúdo carente (chega a pagar por um abraço de Louise), mas que parece resistir com maior expressão aos problemas que divide com a irmã. E se a comoção funciona sem as habituais ‘fraudes poéticas”, muito se deve ao desempenho de um elenco predominantemente

jovem, mas que carrega um enorme abalo emocional. O quase que aguardado twist – a fazer lembrar The Crying Game (1992) – é a resposta ao clima tenso que se adensa no decorrer da história. Como drama familiar, o trabalho da realizadora suíça ganha contornos coletivos na forma como luta para denunciar a desigualdade de classes (tal como fizera em Home, mas agora com maior determinação). A habilidade de Simon nos roubos é puro exercício de necessidade. A irresponsabilidade de Louise em tudo o que faz é, de igual modo, a sua resposta impulsiva aos (muitos) infortúnios da vida. A escolhas técnicas parecem advir de uma escola que espreita os seus vizinhos do lado, franceses e alemães. A câmara exterior mantem-se afastada, privilegiando os belíssimos cenários e reivin-

dicando o olho-documental, característica da realizadora. Nos momentos de transição surge a guitarra de PJ Harvey, singela mas eficaz. Mas os momentos decisivos são feitos de simbologias. A certa altura, numa conversa perfeitamente banal, Simon diz para o namorado de Louise em tom irónico: “a família é uma porcaria!”. A ironia está, pois claro, no facto da família ser posta, pelo próprio, sempre e sem excepções, em primeiro lugar. Realizador: Ursula Meier Elenco: Léa Seydoux, Kacey Mottet Klein, Martin Compston Estreou em Portugal: 21/03/2013 Nacionalidade: Suiço Pontuação: 3/5


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RUM BOX

AGENDA CULTURAL

TOP RUM - 14 / 2013

13 GRIZZLY BEAR - Yet again

BRAGA

14 HOUSE OF LOVE, THE A baby got back on it’s feet

MÚSICA

05 ABRIL

1 YEAH YEAH YEAHS Sacrilege 2 NICK CAVE & THE BAD SEEDS We no who u r

15 HOW TO DESTROY ANGELS - How long 16 LUÍSA SOBRAL - Mom says

3 MIRALDO - The ancient days

17 RHYE - The fall

4 CAT POWER - Ruin

18 B FACHADA - Carlos T

13 de Abril Consrevatório de Música Calouste Gulbenkian “Sons do Conservatório” Theatro Circo

EXPOSIÇÕES

5 NEW ORDER I’ll stay with you

19 DEVENDRA BANHART Your fine petting duck

6 PALMA VIOLETS Best of friends

20 I WAS A KING Frozen disease

Até 12 de Maio Fotografia – “Dear Stories” Museu da Imagem

12 de bril a 15 de Maio Exposição no âmbito dos 500 anos da Santa Casa da Misericórdia Helder de Carvalho – “Rostos e Pessoas” Casa dos Crivos

GUIMARÃES MÚSICA 13 de Abril Samuel úria – O grande medo do pequeno mundo CCVF / Pequeno auditório

13 de Abril Mónica Ferraz São Mamede

FAMALICÃO EXPOSIÇÃO 6 a 30 de Abril Pintura de Davide Antolini “Vida Nova” Casa das Artes Música 12 de Abril Ana Moura “Desafios” São Mamede

LEITURA EM DIA

Para ouvir de segunda a sexta (9h30/14h30/17h45) na RUM ou em podcast: podcast.rum.pt Um espaço de António Ferreira e Sérgio Xavier.

7 DEOLINDA - Seja agora 8 DIABO NA CRUZ - Luzia 9 JACK WHITE Sixteen saltines

POST-IT 08 abril > 12 abril

10 OS SOBREVIVENTES Que força é essa

OCTA PUSH Françoise Hardy

11 DAVID BYRNE & ST. VINCENT - Who

MUDHONEY I Like It Small

12 DJANGO DJANGO Hail bop

STILL CORNERS Berlin Lovers

1 - O Agente da Catalunha de Cesário Borga - Planeta. A Guerra Civil espanhola como cenário, um português, Jordi/ Jorge, e a luta política contra Salazar. Uma criação literária do jornalista Cesário Borga.

3 - No Labirinto do Centauro de Rui Vieira - Abysmo. Um dos escritores portugueses mais criativos e rigorosos no trabalho da palavra escrita. A releitura do mito e os desenhos de Tiago Manuel.

2 - A Vidente de Lars Kepler Porto Editora. E ao terceiro romance a dupla sueca acertou em cheio: para já, o melhor policial do ano e de leitura absorvente.

4 - O Segredo da Lagarta Serafina de Palmira Martins - Trampolim. A amizade, o conhecimento e a aprendizagem, como vectores centrais no crescimento e descoberta do mundo, da vida. 5 - O Colecionador de Erva de Francisco José Viegas Porto Editora. O inspector Jaime Ramos, a máfia de leste e os perdedores de impérios, português e soviético. DR

CD RUM

litle friend “will destroy each other”

JOSÉ REIS jose.reis@rum.pt

Little Friend é a extensão do ser de John Almeida. O músico e escritor nascido em Londres, filho de pais portugueses, que cresceu a admirar as bandas que pisavam estádios e palcos de grande envergadura, lança finalmente o primeiro disco

de originais – e que é tudo aquilo que uma banda de estádio ou de grandes palcos ao ar livre não tem. “We Will Destroy Each Other” é um batido de pop e folk, onde as melodias harmoniosas casam com as letras mais introspectivas, quase sempre de experiências pessoais. Este primeiro disco tem a chancela Optimus Discos – download gratuito

na página da marca – e é composto por nove temas, construídos a duas mãos mas com ajudas preciosas de André Tentúgal, Alexandre Monteiro e Nuno Mendes. O projecto deu nas vistas no final do ano passado, graças a “Sunken Low” – a música e o videoclipe, que foi gravado no sul de Londres com a participação de Jo Hartley, um nome conhe-

cido do cinema indie britânico. Seguem-se as datas ao vivo, com paragem pelo Porto a 10 deste mês, no

Passos Manuel; a 11 no Salão Brazil; e a 27, no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães.


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DESPORTO

futebol: a marcha para todas as decisões segue em aberto hugo delgado

Vitória bateu o pé ao Beira-Mar no “castelo” FILIPA SANTOS SOUSA filipasantos_sousa@hotmail.com

O calendário não deixa margens para dúvidas: o campeonato nacional entrou na sua reta final. Chegou a hora de as equipas ultimarem esforços. A luta pelo título, pela manutenção e também pelo acesso aos lugares europeus mantém-se acesa, nada está decidido e num ápice tudo pode mudar. Não há tempo para erros ou desaires. Ainda assim, e apesar de se encontrar numa situação desfavorável, o Moreirense sucumbiu na visita a Alvalade. De entre as formações minhotas, o emblema liderado por Augusto Inácio foi o primeiro a entrar em campo. Já se previa que o duelo ante os leões não fosse fácil, contudo tornava-se perentório para os cónegos conquistar os três pontos. O coletivo de Jesualdo Ferreira venceu por 3-2, mostrando que a sua dura travessia pelo deserto está agora a chegar ao fim. Frente ao Moreirense, o Sporting repetiu o filme de Braga: com o mesmo resultado e a vitória a ser assegurada somente no período de compensação. Os verdes e brancos prosseguem a sua caminhada com vista à Liga Europa, enquanto os minhotos se afundam na linha de água.

Fado de Guimarães repete-se em Barcelos Na cidade ‘berço’ da nação portuguesa o fado dos vitorianos contrariou aquele que havia sido reservado aos pupilos de Inácio. O Guimarães entrou motivado, afinal o objetivo de alcançar a Europa não dá azo a qualquer tipo de procrastinação. Baldé inaugurou o marcador cedo (5’). Mas os visitantes reagiram cerca de vinte minutos depois, por Bura. O espetáculo previa-se entusiasmante. Porém, a realidade foi outra. Com o avançar do cronómetro, a intensidade de jogo diluiu-se. Valeu Soudani. O avançado argelino aproveitou uma assistência de Leonel Olímpio e rematou certeiro para golo. Assim, os vimaranenses encontram-se no 9º lugar da tabela classificativa, com 33 pontos (exatamente os mesmos que Sporting e Rio Ave). Já a formação de Costinha ocupa a última posição do campeonato, somando apenas 17 pontos. Em Barcelos, o galo cantou de alto e, como senão bastasse, enunciou ainda a despedida de Pedro Emanuel à Briosa. Significa isto, que os gilistas levaram a melhor sobre a Académica (2-1). O Gil Vicente apresentou-se determinado e não se deixou abalar nem pela grande penalidade

desperdiçada por João Vilela (32’), nem pelo tento de Wilson Eduardo (42’). O golo do empate surgiu por Brito, aos 61 minutos. Yero, pouco depois, sentenciou o resultado final. Com esta vitória, os comandados de Paulo Alves demonstraram claramente que pretendem continuar a figurar entre a elite do futebol nacional. Todavia, os gilistas estão longe de poder respirar completamente de alívio. Do lado da Académica o cenário não é o melhor: o presidente do clube, José Eduardo Simões, anunciou no final do duelo a despedida do treinador. A Bola aponta os nomes de Sérgio Conceição, Daúto Faquirá, Carlos Carvalhal ou ainda Carlos Brito, como eventuais hipóteses para o lugar deixado em aberto por Pedro Emanuel. Dragões e Gverreiros debaixo de fogo No que ao ‘desporto-rei’ diz respeito, falta mencionar o jogo grande da 25ª jornada – a receção do FC Porto ao SC Braga. Contudo, à hora do fecho desta edição o encontro

não se tinha ainda realizado. Ainda assim, e tratando-se de uma contenda de relevante importância, importa fazer uma breve referência. Mas não em jeito de antevisão, afinal como se costuma dizer: “Prognósticos só no final”. Ora atente-se no seguinte, há oito anos que o Braga não vence no Dragão, será desta que a equipa de José Peseiro vai quebrar o ‘enguiço’? Os bracarenses necessitam de saírem vitoriosos do anfiteatro portista, ou arriscam-se a perder de vista o Paços de Ferreira. Quanto aos azuis e brancos, a pressão também se faz sentir: o FC Porto não pode perder, caso isso aconteça a sentença bem que pode ser o adeus em definitivo à revalidação do título. Crise: HC Braga não embarca para o Pico; Minhotos perdem no vólei e basquete Na 24ª ronda do campeonato nacional de hóquei em patins, o Barcelos foi a Vale de Cambra empatar (3-3); os barcelenses encontram-se em 10º lugar, com 29 pontos. O Limianos perdeu frente ao

Paço d’Arcos, por 2-6, ocupando a 15ª posição da tabela, com apenas nove pontos; a formação de Ponte de Lima tem, assim, a despromoção na linha do horizonte. Por sua vez, o HC Braga não se deslocou aos Açores, para defrontar o Candelária, alegando dificuldades em suportar os custos. Embora seja de lamentar esta situação, já não é a primeira vez que isto acontece na presente temporada. Por isso, a Federação de Patinagem em Portugal está a estudar o aumento de multas e retirada de pontos para 2013/2014. No voleibol, o Vitória de Guimarães foi derrotado pela equipa de Esmoriz, por 2-3. Os vimaranenses estão em 5º lugar, com 16 pontos conquistados até à data. Os vitorianos saíram também derrotados no basquetebol, por 73-68, na visita à Académica de Coimbra. Ainda nesta modalidade, o Barcelos que recebeu ‘folga’ da 21ª jornada para disputar um jogo em atraso, perdeu frente ao CAB Madeira (6675). PUB


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