VOLTE FACE NO PROCESSO RUM/ANTENA MINHO TRIBUNAL DA RELAÇÃO DE GUIMARÃES CANCELA REGISTO DE PROPRIEDADE DO EMISSOR, PÕE EM CAUSA CREDIBILIDADE DAS TESTEMUNHAS DA DEFESA E DECIDE POR UNANIMIDADE DAR RAZÃO À RÁDIO UNIVERSITÁRIA
Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 189 / ANO 9 / SÉRIE 4 TERÇA-FEIRA, 23.ABR.13
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campus
reportagem
desporto
Estudantes da U.Minho revelam-se bloggers nas horas livres
Dois ouros e um bronze na primeira semana dos CNU’s
POSTER NO INTERIOR
ACADÉMICO revela cartaz do Enterro da Gata em exclusivo
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VENCEDORES DO CONCURSO UM AO QUADRADO: Cátia Fernandes - 2º ano - Línguas Aplicadas
SEMANALMENTE O ACADÉMICO VAI DIVULGAR OS TRABALHOS VENCEDORES.
FICHA TÉCNICA
BARÓMETRO
23.ABR.13 // ACADÉMICO
EM ALTA
NO PONTO
EM BAIXO
Relação dá razão à RUM Fez-se justiça. Há algumas edições atrás disse-o, neste espaço, que sabia que a justiça viria à tona neste processo. Assim aconteceu. O acórdão do tribunal é devastador para a Antena Minho, que, neste processo, sempre pautou a sua intervenção por valores que não se coadunam com uma conduta racional, séria e íntegra. Aliás, todos os intervenientes neste processo que queriam atacar a RUM, saem, no mínimo, envergonhados…
Enterro da Gata Juntar Kaiser Chiefs e Natiruts àquilo que de bom a música portuguesa tem, não poderia deixar de ser uma óptima opção. Mónica Ferraz, Deolinda, The Gift, Buraka Som Sistema e Paus tem o carimbo de qualidade que o Enterro da Gata merece. Estão lançados os condimentos para que esta possa ser a semana memorável que todos anseiam. Um excelente esforço por parte da direção da Associação Académica da UMinho!
Ervas no campus Chamam-lhe “matagal”. Os estudantes minhotos deparam-se, surpreendentemente, com uma espécie de matagal exótico bem no centro do campus de Gualtar. Quem quiser ir do ICS para o CP II terá de aventurar-se pelo “acesso provisório” agora mais movimentado, face à existência de alguns animais que até se vão fazendo ouvir durante o dia. Desnecessário deixar chegar a situação a este ponto.
EDITORIAL
VASCO LEÃO // vasco.leao@rum.pt
A força dos princípios
SEGUNDA PÁGINA
FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // quarta-feira, 23 Abril 2013 / N189 / Ano 9 / Série 4 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // Chefes de redacção: Cláudia fernandes e Rita Magalhães // REDACÇÃO: Adriana Couto, Alexandre Rocha, Ana filipa Gaspar, ana Pinheiro, Bárbara martins, Bruna Ribeiro, Bruno Fernandes, Carla Serra, Catarina Moura, Catarina silva, Cátia Alves, Cátia Silva, Cláudia Fernandes, Daniel mota, Dinis Gomes, Diogo Lemos, Filipa Barros, Filipa Sousa Santos, Isabel Ramos, Joana Martins, Joana Valinhas, Joana Videira, João Pereira, Judite Rodrigues, Marta Soares, Raquel Miranda, Rita Magalhães e Vânia Barros // COLABORADORES: Elsa Moura e José Reis // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva // DESIGN de CAPA: Nélson valente // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: jornalacademico@rum.pt //TIRAGEM: 2000 exemplares // IMPRESSÃO: GráficaAmares // Depósito legal nº 341802/12
Foi conhecida esta semana a decisão do Tribunal da Relação de Guimarães quanto ao recurso interposto pela Rádio Universitária do Minho, relativo ao processo que opõe esta rádio e a outra rádio de Braga, a Antena Minho. O acórdão não deixa qualquer dúvida e, além de desmontar toda a rocambolesca narrativa em torno da suposta compra verbal do terreno, não deixa pedra-sobre-pedra da decisão de primeira instância e não poupa ninguém... Com unanimidade! É certo que pode ainda não ser suficiente, dada a possibilidade de novo recurso para o Supremo Tribunal de Justiça, mas é caso para se dizer que a Justiça tardou, mas fez-se. E arrisco dizer aqui aquilo que tinha já interiorizado há muito, o processo terminaria aqui, em Guimarães. Levá-lo adiante será um mero paliativo, adiar uma inevitabilidade que, por razões meramente estratégicas, poderá interessar às partes em conflito. Este processo foi doloroso, pelos anos que durou (cinco, até agora), mas principalmente pelos incidentes, reações, ações, inações, pressões, desilusões e outros acabados em ‘…ões’, que poderiam ter comprometido, irremediavelmente, um projeto tão valioso quanto necessário como é a Rádio Universitária do Minho. Tudo em nome do poder e de ‘um punhado de dólares’, como no velho Oeste Americano. Foram tempos difíceis, que certamente continuarão a ser difíceis, mas neles emerge a força dos princípios, das convicções, do que é justo e correto, que nos orienta e dá a certeza do que devemos aceitar e, mais ainda, do que devemos rejeitar. O tempo (como, às vezes, a natureza) encarrega-se de recolocar tudo no seu devido lugar. E a história não acaba aqui.
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LOCAL enterro da gata em tempos de crise: o que mudou? ANA FILIPA GASPAR afilipa.gaspar@hotmail.com
O Enterro da Gata está a chegar. É no dia 10 de maio que a semana mais esperada do ano pela maioria dos estudantes da Universidade do Minho começa. No entanto, a crise também afeta a forma de como os estudantes encaram e vivem esta semana. Os modos de poupança são diversos: comprar bebidas antes de entrar no recinto e dividir com os amigos; levar na carteira ou no bolso uma quantia limitada de dinheiro para que haja “um limite” na quantia que se gasta por noite. Estas parecem ser práticas habituais por entre a comunidade académica minhota. “Considero que mesmo em crise, as pessoas devem ter tempo para o lazer e as festas académicas são exemplo disso. No entanto, é normal que o número de participantes venha a diminuir. Ainda
assim, as festas académicas devem continuar, porque fazem parte da vida académica de qualquer estudante”. Esta é a opinião de Ana Arantes, estudante do 1º ano de Ciências da Comunicação. 2013 não é o primeiro ano em que vai ao Enterro da Gata, mas tem a certeza de que esta edição será diferente por ser a primeira vez que participa como aluna universitária. Pedro Perdigão pretende comprar o bilhete geral para o Enterro da Gata. Participou na Semana Académica da Covilhã e gostava de ir à Queima do Porto. No entanto, acha que o dinheiro não é suficiente. O aluno do 2º ano de Administração Pública tenta fazer algumas poupanças e beber o “estritamente necessário”. Adriana Veloso pretende gastar menos dinheiro que no ano anterior. Considera que o valor do bilhete deveria ser repensado e afirma: “Talvez haja demasiadas iniciativas académicas no
que toca a festas nos dias de hoje e isso faz com que tenhamos de fazer ainda mais escolhas para ver o que vale mesmo a pena, para podermos poupar se quisermos mesmo ir”. Irá participar no
Enterro da Gata mas no que toca a outras festas académicas pretende ter conhecimento de todos os cartazes para depois “ver onde vale mesmo a pena ir”. Opiniões semelhantes de
quem quer participar nas festas académicas. Ainda assim, 2013 é um ano que impõe novas condicionantes que também se fazem sentir no momento de usufruir das festas académicas.
DR
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CAMPUS
música portuguesa como nota dominante num cartaz onde kaiser chiefs são atração DANIEL VIEIRA DA SILVA daniel.silva@rum.pt
Está conhecido o tão esperado cartaz do Enterro da Gata 2013. Sob o tema do “Fado da Gata”, a Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), depois de anunciar Kaiser Chiefs e Natiruts, desvenda o que falta do cartaz da festa mais aguardada do ano que começa a 10 e termina a 18 de maio. No primeiro dia, o habitual Velório e a Serenata enchem de “tristeza” as ruas da cidade de Braga. Um momento solene que abre as hostilidades para uma semana de festa. Semana essa que começa logo no dia seguinte, sábado, com um
dia dedicado à cidade e aos antigos estudantes. O Gatódromo abre as suas portas para receber milhares de pessoas. Este ano, Mónica Ferraz irá abrir o palco para os Deolinda, banda que irá perpetuar, em palco, o tema do Enterro deste ano. Uma noite cantada em português, com duas das melhores vozes femininas do momento. No dia seguinte, será a vez dos Buraka Som Sistema subiram ao palco do Enterro para contagiarem, com a sua energia, os estudantes. Um concerto que se espera memorável. Mas ainda antes dos Buraka Som Sistema, a banda vencedora do UMplugged tocará, pela primeira vez, num grande palco. Uma prova de
fogo. Segunda-feira será o dia dos Paus trazerem mais música portuguesa para o Gatódromo. Este dia marca, também um concerto especial da Opum Dei que irá assim marcar o seu aniversário da melhor forma. Na terça-feira, para além dos já anunciados Natiruts, os Black Mamba, que chegam a Braga carregados de uma sonoridade soul, assumem a sua paixão pela música negra em palco. Quarta-feira é o dia onde tudo pode acontecer. Durante a tarde os estudantes irão desfilar pelas ruas da cidade de Braga no Cortejo Académico e à noite, no Gatódromo, a animação é garantida com música tradicional
portuguesa. Este ano, uma surpresa... José Malhoa irá colorir a festa com os seus hits que fazem sucesso em algumas pistas de dança no nosso país. Chega-se a quinta-feira e, quando parece que as forças já não são muitas, The Gift para colorir e dar uma energia extra aos estudantes. A banda de Alcobaça é considerada uma das melhores em palco no nosso país e irá, em Braga, fazer jus ao estatuto. Let the jam Roll abrem as hostilidades desta noite em que se espera casa muito bem composta. Este dia terá o patrocínio da Bosch, assim, a empresa e a AAUM levarão a cabo uma série de atividades de carácter social de forma a auxi-
liar instituições e jovens em dificuldades. Por fim, último dia com o concerto mais esperado do ano. Kaiser Chiefs irão fechar, com chave de ouro, as noites de concertos no Gatódromo. Umas das melhores bandas que passaram no Gatódromo e uma certeza... Será um concerto imperdível e memorável para os estudantes minhotos. A partilhar o palco com os britânicos estarão os The Glockenwise que trazem de Barcelos um bom rock para abrir o “apetite” para o concerto da noite. Espera-se uma semana em grande na academia minhota. Uma aposta forte na música portuguesa feita, este ano, pela direção da AAUM.
CAMPUS PÁGINA 05 // 23.ABR.13 // ACADÉMICO
juventude mostra o capital em seminário liftoff liftoff
RITA MAGALHÃES ritasmaga@gmail.com
Na passada quarta-feira, o Liftoff, Gabinete do Empreendedor da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) organizou o seminário “O Capital da Juventude”. Por volta das 10h começaram a chegar ao auditório do
Campus de Gualtar da Universidade do Minho os participantes deste evento, que teria início às 10h30 com o primeiro painel subordinado ao tema: “Sonhos da Juventude”. Nesta primeira apresentação, os convidados foram Pedro Moreira, escritor e viajante, Paula Rocha, trainer da “I Have The Power” e Carlos Videira, presidente da AAUM. liftoff
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Durante a intervenção dos três convidados, a mensagem transmitida ao público presente, maioritariamente estudantes universitários, foi de encorajamento e luta pelos sonhos. A importância e a definição do sonho, a auto-motivação, persistência e o sonho em confronto com os objetivos, foram os temas tratados pelos três oradores ao longo da apresentação. Na parte da tarde recomeçou a conferência com o painel intitulado “Jovens do Futuro”, protagonizado por Cidália, Joana e Sofia da “Oupas! Design” e por Salvador Martinha, humorista e ator conhecido do grande público. Durante cerca de 1h30 os
quatro oradores falaram das potencialidades dos jovens, dos caminhos que devem ser tomados para um futuro de sucesso e de alguns fatores que distinguem a juventude de hoje, da juventude de há uns anos atrás. Após um pausa para coffee break, deu-se início ao último conjunto de palestras do seminário, “Recursos capitais e estratégias para o sucesso”, que teve como mentor o vice-reitor da Universidade do Minho, José Mendes. Numa espécie de brainstorming dinamizado por Alexandre Mendes, da “Factory Business Center CoWork” e Luís Simões da “getSkilled”, foram debati-
dos temas como os recursos críticos para o sucesso, ideias e políticas para dinamizar a juventude e, no fim, foi feito um memorando de consensos. Durante “O Capital da Juventude”, a página do Facebook do Liftoff (http://facebook.com/aaum.liftoff) foi sendo atualizada por colaboradores da comunicação da AAUM, com várias citações e ideias dos oradores desta conferência, assim como, fotografias dos diferentes painéis. O seminário encerrou por volta das 18h, com um balanço positivo feito pelos responsáveis e pelos participantes. PUB.
CAMPUS PÁGINA 06 // 23.ABR.13 // ACADÉMICO
“matagal” impede passagem na uminho e motiva queixas de estudantes
DANIEL MOTA danielmotap@gmail.com
Ao longo deste ano letivo foram várias as alterações a que a Universidade do Minho se sujeitou. Reestruturação da biblioteca do campus de Gualtar, obras na entrada Sul, que ainda continuam, alguns reparos aqui e ali... O normal para a modernização e adaptação das condições na instituição. Porém, nada se compara ao tamanho a que as ervas, situadas entre o CP2 e o Instituto de Educação, se encontram. Já são várias as queixas contra o que, supostamente, parece ser o “matagal da UM” como classifica Ricardo Costa, aluno de Ciências da Comunicação. “Acho que
dá um certo ar de desleixo, uma espécie de deixa andar. Parece-me que não dá uma boa imagem da Universidade e que não é bem visto pelos alunos. Ninguém gosta de ver as ervas assim, quase como se fosse um campo abandonado. A Universidade devia manifestar maior interesse neste aspeto”, considera. A Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) de Braga mantém uma relação de cooperação com a academia minhota que, entre muitos outros serviços, presta apoio na jardinagem da academia. Esta associação começou por cortar a relva da entrada da universidade deixando para último o caminho, que parece ser cada vez mais estreito, por onde centenas de
estudantes atravessam todos os dias. André Malheiro, estudante de Áudiovisual e Multimédia, é um destes estudantes: “Passo por lá quase todos os dias. Fica mal para uma universidade tão conceituada no nosso país apresentar este tipo de desleixo a nível estético, pois demonstra uma enorme falta de cuidado com o campus de Gualtar”. Ana tem passagens assíduas pelo local e, quando questionada acerca do estado das ervas junto ao ICS, esclarece: “Não consigo compreender como é que a Universidade do Minho, que tem jardineiros a trabalhar diariamente no campus, ignore esta situação. As ervas estão a atingir dimensões consideráveis, o que se torna uma imagem bastante desagradável por
quem aqui passa. Até rãs se conseguem ouvir quando passámos por lá”. De momento a relva até poderá estar cortada e com boa
aparência, mas a sua aparência desleixada não passou despercebida, durante meses, a muitas pessoas que passaram pelo local.
Pormenor da dimensão da vegetação junto ao ICS e Escola de Educação
iPUM abrem festival mtb 6.0
adriana couto drianascouto@gmail.com
O Teatro Sá da Bandeira en-
cheu para mais uma edição do Festival MTB, organizado pela Tuna TS – Tuna de Tecnologias da Saúde do
Porto. A iPUM – Percussão Universitária do Minho, rumou à cidade do Porto para par-
ticipar no Festival MTB, a convite da Tuna TS – Tuna de Tecnologias da Saúde do Porto. Com a presença de conhecidas tunas como a Desertuna – Tuna Académica da Universidade da Beira Interior, a TEUP – Tuna de Engenharia da Universidade do Porto, os Gatunos – Tuna Académica da Eseig, e com a Tuna Académica Universidade Portucalense, o jovem grupo cultural da Universidade do Minho abriu uma noite de muita música num Teatro Sá da Bandeira lotado. Apesar dos inúmeros espetáculos da iPUM, os membros não escondiam os nervos na hora de subir ao palco. Para Alexandra Meira, elemento do grupo, o convite à iPUM para participar no festival, “fugia um pouco da “monotonia” que normalmente se
está habituado nos festivais de tunas”. Um ponto positivo destacado por Alexandra foi o público presente: “notou-se mesmo que estavam a gostar do festival”. O Desertuna acabaria por ser a grande vencedora da noite, arrecadando o prémio de melhor tuna, de tuna mais tuna, melhor instrumental e melhor pandeireta, seguindo-se pela TEUP que conquistou os prémios de segunda melhor tuna, melhor solista e de melhor estandarte. A comemorar o seu 5º aniversário, a iPUM começou a ronda de espetáculos pelo país inteiro, tendo já a agenda composta até ao verão. O próximo, será já no dia 27 de abril, no jogo de futsal entre o Benfica e o SC Braga, na 6ª eliminatória da Taça de Portugal.
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EXCLUSIVO ACADÉMICO volte-face no processo RUM/antena minho. razão do lado dos universitários DANIEL VIEIRA DA SILVA daniel.silva@rum.pt
Volte-face completo no processo que envolve a Rádio Universitária do Minho (RUM) e a Antena Minho. Depois de a RUM recorrer para o Tribunal da Relação, em virtude de uma decisão da primeira instância que dava razão à Antena Minho no que diz respeito à posse do terreno do Centro Emissor, em Santa Marta das Cortiças, utilizado pelas duas estações, este colectivo de juízes desmonta agora uma série de factos determinantes e coloca a razão do lado da Universitária. O acórdão do Tribunal, a que o ACADÉMICO teve
acesso, é devastador para os fundamentos evocados pela Antena Minho que se dizia proprietária do terreno em questão. O colectivo de juízes desembargadores coloca ainda em causa a validade dos testemunhos dessa mesma rádio, considerando que os mesmos têm afirmações contraditórias, tanto nos seus depoimentos, como nos testemunhos entre si. Esta decisão, tomada por unanimidade, pode ainda não ser definitiva, dada a possibilidade de recurso para o Supremo Tribunal de Justiça. Importa, contudo, salientar a revogação da decisão que a juíza da primeira instância apontava, conferindo razão às pretensões da RUM que motivaram os
“estudantes” a recorrer. Provou-se que Antena Minho não é proprietária do terreno Passemos a factos. A 26 de Maio de 2008, a Antena Minho, em pleno processo de negociação com a RUM sobre a propriedade do terreno, entendeu, unilateralmente, registar o mesmo em seu nome, por usucapião. Confrontada com o rompimento das negociações, a Rádio Universitária interpôs uma acção judicial nesse mesmo ano, contestando a validade do registo, registo esse que viria a ser validado em primeira instância em meados de 2012. Recorrendo para o Tribunal da Relação de Guimarães, a
emissora universitária viu os seus intentos confirmados, quando um colectivo de juízes ordenou o cancelamento de todos os registos feitos com base na escritura por usucapião dos terrenos de Santa Marta, feita pela Antena Minho. Recorde-se que em Janeiro deste ano a mesma cortou o fornecimento de energia ao emissor da RUM. Nessa altura, a Rádio Universitária, fazia-se “ouvir” através de comunicado, onde explicava que “o diferendo entre as duas estações sobre a propriedade do emissor de Santa Marta das Cortiças, utilizado por ambas desde a década de 1990” decorria desde 2008, não tendo
ainda sido “alvo de decisão definitiva por parte das autoridades judiciais”. A decisão judicial, agora conhecida, desmonta toda uma base argumentativa da Antena Minho que se dizia proprietária do terreno, e que a levou a vedar o acesso ao mesmo a funcionários da RUM, impedindo-a de transmitir em condições normais durante cerca de dois meses. De uma atitude, desde logo, considerada ilegal pela Universitária, restam agora apurar os prejuízos financeiros e de imagem, que “terão colocado em causa acordos comerciais e a relação da emissora com os ouvintes”, apurou o ACADÉMICO.
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REPORTAGEM
estudantes da uminho revelam-se bloggers nas horas livres
CATARINA HILÁRIO katarina-kosta@hotmail.com com redação
Conversas com um estranho “Sempre fui uma pessoa que adorava escrever e o tempo começou a ser escasso para o fazer. A solução foi criar um blogue que fizesse a vez de caderno, em que pudesse compilar os meus textos quando me apetecesse escrever”, conta Adriana. Foi em 2011 que criou “Conversas Com Um Estranho”, um blogue sobre o sentimento e um estranho, para quem gosta de ler. Escreve sobre o que se passa perto dela, não é pessoal, pois cria cenários que não existem. Começou como curiosidade e ganhou-lhe gosto. Quando lhe perguntamos sobre o feedback que recebe diz: “Gostam bastante. Pedem mais textos, mais regularmente. Vêm muitas vezes perguntar-me quem é o estranho, para quem escrevo os textos. Não acreditam que a maioria seja ficção”. Futuramente, gostava de tornar o blogue num livro.
Adriana Couto 22 anos - Cienc. Comunicação
Hours Of Music
Filipa Sousa 21 anos - Mestrado C. Comunicação
Filipa criou o Hours Of Music em 2011. Um espaço dedicado única e exclusivamente à música, mas nem sempre foi assim. “Inicialmente tratava-se de um espaço abrangente, sem nenhuma temática em concreto que tivesse motivado o seu surgimento. Recordo-me que na altura decidi criar um blogue apenas pelo gosto da escrita”, explica Filipa. Corre por gosto, mas aproveita o blogue para divulgar alguns dos seus trabalhos que faz para sites de música e outros espaços. Escreve essencialmente para si, mas pretende ver o seu trabalho reconhecido. Quanto ao que a inspira, não consegue apontar nada em particular. “Simplesmente sou uma grande ‘viciada’ em música, o que me levar a querer escrever ainda mais”, diz.
Fashion Dreamcatcher Joana Lima 21 anos - Mestrado Negócios Internacionais Com este blogue desde 2011, Joana não tem dúvidas de como surgiu a ideia:” já há algum tempo sigo e visito blogs de moda. O bichinho ficou sempre por cá e depois de muita hesitação, aventurei-me definitivamente com o fashiondreamcatcher”. A estudante revela que este blogue funciona quase como uma “terapia para relaxar depois de um dia de trabalho e estudo”. Considera este projecto um hobbie por uma área de que gosta muito, mas onde não se vê a trabalhar num futuro próximo. Descreve o blogue como “leve, fresco e muito, muito colorido” e deixa
o convite: “é sempre positivo trocar ideias, partilhar algo que nós gostamos. O meu blogue reflecte muito os meus gostos pessoais, por isso se gostam de moda, acho que poderão identificar-se um pouco comigo, com aquilo que eu partilho e mostro por lá”.
Live Love and Laugh
Catarina Hilário 22 anos - Mestrado Inf. e Jornalismo
Desde 2011 na web, este projecto de Catarina Hilário ocupa muitas horas do seu dia, pelo prazer que tem em escrever e partilhar algumas vivências. A estudante de jornalismo vê no blogue um espaço onde vai exercitando a escrita num projecto que é visto como um sonho. “Depois de tantos a acumular textos, ideias, poemas, memórias num velho bloco de notas, precisava de partilhar tudo isso com alguém”, sublinha a estudante. Acima de tudo, este blogue assume-se como uma “padaço do meu mundo”, onde “quase tudo serve de inspiração”. Fala do “feedback positivo” que tem recebido, assumindo a sua “realidade complicada” expressa nas palavras. Deixa uma mensagem a todos “... Não se esqueçam, vivam, amem e riam sempre!”
REPORTAGEM
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With My Redlipstick Adriana é a autora do blogue With My Redlipstick. Com apenas 6 meses de existência, With My Redlipstick fala do seu dia-a-dia e das suas experiências. “Sempre fui fã de blogues de moda, de opinião e etc. e sempre quis mostrar o meu ponto de vista também. Então decidi criar este blogue”, conta Adriana. Diz que o vê como uma mistura de prazer como com uma mais-valia profissional, pois nunca se sabe quem poderá estar a do outro lado. Direcionado, em especial, para as mulheres, quem a segue gosta e acompanha atentamente. “O blogue With My Red Lipstick convida todos os leitores do ACADÉMICO a uma visita, “prometo que valerá a pena”, deixa o convite.
Adriana Lomba - 20 anos - Direito
Pedaço de céu
Joana Lima - 22 anos - Sociologia
Com dois anos de existência, o blogue “Um Pedaço de Céu” é “dedicado à magia da maquilhagem, aliada e inspirada na beleza feminina”, descreve Joana. Criado como o objetivo de aconselhar e partilhar os seus conhecimentos, a ex-aluna da UM, admite fazê-lo como um mero prazer e na esperança de, talvez um dia, venha a ser um complemento ao seu trabalho. Futuramente pretende fazer um curso de maquilhadora profissional e tirar um CAP para poder dar workshops. “Adoro ver a felicidade estampada no rosto das mulheres que eu maquilho”, diz. Um blogue direcionado para as mulheres, a Joana deixa na mesma o convite para todos os leitores do ACADÉMICO: “Visitem o meu blogue “Um Pedaço de Céu”... Vão ver que não se vão arrepender!”
My Fashion Insider Nádia Sepúlveda - 23 anos - Medicina Desde Outubro de 2009 que podemos acompanhar a Nádia. My Fashion Insider começou de uma forma pouco séria, simplesmente para partilhar o seu gosto pela moda. Atualmente fala de um pouco de tudo. “É um blog maioritariamente sobre moda, ocasionalmente sobre as minhas opiniões político-sociais e sempre sobre os ideais, os sonhos e as loucuras de uma rapariga um tanto ou quanto esquisita!”, descreve. Com um público sem idades, mas, maioritariamente, feminino,
o feedback que recebe é muito positivo. Nádia admite que é muito bom saber que inspira quem a segue e que é por prazer que o faz, pois nada tem a ver com o curso que está a tirar. Deixa um convite: “se gostam de ver blogues de moda acessível, jovial e com um quê de original, talvez gostem de conhecer o meu cantinho, mantido com muita dedicação!”.
Luzgrafis
Sara Fernandes 20 anos - Ciências da Comunicação
Luzgrafis, é um blogue de fotografia. Criado em Setembro do ano passado, é um espaço onde Sara pode dar asas à sua imaginação e divulgar o que faz. Sara fala do que a inspira: “sem dúvida alguma, a vida quotidiana! É nesse ramo que me debruço essencialmente, porque é para as pessoas que escrevo e mostro as minhas fotografias, e porque são elas e aquilo que fazem que me inspira a fotografar, a escrever e expressar”. Por prazer e como uma mais-valia profissional, sem um público-alvo, escreve para quem quer ler e ver as suas fotografias. Fica o convite: “Caros leitores, aqui fica o meu convite para verem os meus projectos fotográficos, ideias e opiniões. Tudo num único blog, Luzgrafis. É para vocês que escrevo, e é para vocês que faço questão de dar a conhecer o meu trabalho”.
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INQUÉRITO
como vais viver o enterro da gata deste ano? A estudante espera que “o Enterro da Gata seja atrativo, que tenha em conta a situação económica pela qual passamos e espero, essencialmente, divertir-me e passar um bom bocado com os meus amigos”. A aluna conta ainda o seu ritual em anos anteriores: “Costumo juntar-me com os meus amigos algum tempo. Vamos de autocarro e quando lá chegamos vamos dar uma volta por todo o recinto a ver como estão as barracas. Tentamos arranjar um sítio bom para vermos os concertos. Depois vamos às barracas, vamos dançando, conversando e tirando fotos”. Este ano a aluna diz que gostaria de “aproveitar mais o Enterro. Ir a mais dias e não andar a contar os tostões. Estou a tentar juntar algum dinheiro para poder ir alguns dias”. Relativamente às bandas já confirmadas, Andreia Couto revela que “para já o cartaz agrada-me bastante”. Conclui dizendo que “no ano passado não fui todas as noites; este ano não sei, mas espero ir, pelo menos, a três noites”. ANDREIA COUTO 2º ano // EDUCAÇÃO BÁSICA
MARIA ESTEVES 1º ano// HISTÓRIA
A estudante confessa: “espero que o Enterro da Gata se supere, mais uma vez, e continue a ser a maior festa da nossa Academia, onde todos, independentemente dos cursos, estão unidos em festa e a divertir-nos pelo facto de sermos estudantes nesta Universidade”. Explica que, apesar da crise, “gostava de viver esta festa com os meus amigos, tal como no ano passado, com a mesma alegria e boa disposição”. Em anos anteriores, a aluna diz que antes de ir para o recinto ”costuma reunir-se com um grupo de amigos, jantamos, vamos para o Enterro da Gata, divertirmo-nos por lá, sempre juntos, até à hora de vir embora. O Enterro da Gata é para ser vivido em grupo e foi assim o ano passado e assim será este ano”. Confessa que “independentemente do cartaz, acho que o Enterro é a festa da Academia e dos seus estudantes. É mais um encontro de amizade do que propriamente um festival. Por isso, o que importa mesmo é estarmos juntos e divertirmo-nos”.
O aluno António Dias do 2º ano de Psicologia confessa que encara as festividades do Enterro da Gata como “uns dias de brincadeira e distração com os meus amigos”. Diz ainda que este ano espera viver as noites do Enterro da Gata com tranquilidade. Quero divertir-me, mas sem exageros”, declara o aluno. Confessa que ainda não viu algumas bandas já confirmadas para o cartaz. Conta-nos ainda que o seu ritual nas noites de Enterro da Gata costuma passar por “reunir os amigos, ir aos concertos e divertir-me pelo recinto. Sobretudo rir, faz falta”. O aluno confessa que em anos anteriores já chegou a ir “mais vezes” às noites do Enterro da Gata, mas este ano espera “só a uma ou duas”.
ANTÓNIO DIAS 2º ano // PSICOLOGIA
JOÃO FERNANDES 1º ANO// ADMIN. PÚBLICA
O aluno João Fernandes, do 1º ano de Administração Pública, conta que este ano será o seu primeiro ano a viver as comemorações do Enterro da Gata e que está a espera “de quase tudo”. Diz-nos ainda: “Espero que sejam momentos de pura diversão na companhia dos meus amigos”. Confessa que como ainda não viveu esta experiência dos festejos académicos e como é o seu primeiro ano na Universidade do Minho, espera “poder ir a todas as noites, para aproveitar ao máximo o meu primeiro Enterro”. Em relação as bandas já confirmadas para o cartaz do Enterro da Gata” penso que Natiruts e Kaiser Chiefs nos vão proporcionar grandes momentos”, diz o aluno.
Ana PINHEIRO anafilipapinheiro1@hotmail.com
Com as Monumentais Festas do Enterro da Gata a chegar, fomos saber como andam as expetativas dos estudantes da Universidade do Minho para este ano. Com a contenção de custos, os estudantes procuram alternativas para aproveitar o Enterro da Gata, como em anos anteriores. Tentamos saber quais os rituais seguidos pelos estudantes antes de entrar no recinto, o que esperam, as preocupações e as opiniões para este ano. Em 2013 os estudantes minhotos vão apregoar “O Fado da Gata” – o tema escolhido para este ano. O fado simbolizará a tristeza e contestação aos vários cortes sofridos pelos estudantes.
JOÃO MIGUEL
TAVARES João Miguel Tavares nasceu em Portalegre em 1970. Começou por estudar Engenharia Química, mas acabou por se licenciar em Ciências da Comunicação. Já passou pelo Diário de Notícias e é neste momento colunista do Correio da Manhã. João é igualmente diretor-adjunto da Time Out, publicação que se dedica ao que se passa em termos culturais e de tempos livres e que tem edições para as cidades de Lisboa e Porto. João Miguel Tavares é igualmente “membro” do “Governo-Sombra”, programa semanal de análise política da TSF, coordenado por Carlos Vaz Marques e que conta ainda com Pedro Mexia e Ricardo Araújo Pereira. Recentemente, João Miguel Tavares fez a primeira incursão no campo da literatura com a edição de “Os Homens Precisam de Mimo”, uma compilação das suas crónicas publicadas no Correio da Manhã e que se debruçam sobre os desafios que se colocam a um homem, pai de filhos, numa sociedade moderna, sempre numa perspetiva peculiar e bem-humorada. Segunda: Leonard Cohen - Hallelujah (Live in London, 2009) “Ele começou por gravar esta música para um álbum, Various Positions, curiosamente um álbum muito mal-amado na altura. Este tema tem várias versões: esta versão [de estúdio], uma versão de um álbum ao vivo - com uma letra completamente diferente... Este tema demorou muito tempo a ser composto e teve várias versões. O John Cale [dos Velvet Undergound] quando, no início dos anos 90, pediu autorização ao Leonard Cohen para gravar uma versão recebeu umas 15 estrofes diferentes da letra!...” Terça: Chico Buarque - Ela É Dançarina (Almanaque, 1981) “Sou um enorme fã de música brasileira e adoro Chico Buarque em particular. Este não é dos seus temas mais conhecidos, mas é uma canção de que gosto muito e com a qual me identifico. Ela começa com um verso que diz “O nosso amor é tão bom/ O horário é que nunca combina”. A canção fala de um homem que tem um trabalho
“das 9 às 5” e da sua mulher que é dançarina e trabalha à noite”. Isso acaba por ter a ver comigo, pois a minha mulher é médica e tem de fazer urgências e temos horários desencontrados!” Quarta: Amália Rodrigues - Lágrima (Lágrima, 1983) “Eu adoro a Amália! Gosto muito de Fado, não é uma coisa de agora... A imagem que a nossa geração tem da Amália é um pouco aquela caricatura feita pelo Herman - palminhas, palminhas - e de alguém que já tinha sido ultrapassado pelo tempo. Contudo, se olharmos para a discografia dos anos 50 e 60 é uma coisa avassaladora. É “one of a kind”, fez-se uma vez e partiu a forma! Este é álbum dos anos 80, na fase já decandente, mas que, pelo meio, tem esta canção absolutamente extraordinária.” Quinta: Expensive Soul - Só Contigo (Utopia, 2010) “EEu tento ouvir praticamente tudo o que é música portuguesa e manter-me minimamente informado, sobretudo quando ela é cantada em português. Não tem a ver com “ah, quem canta em inglês não tem interesse” mas, na minha opinião, o nível das letras em inglês é muito pobre em Portugal. E eu sou crítico disso, pois uma letra não é apenas algo que se pendura numa linha melódica. Acho que, nos últimos tempos, a música portuguesa tem-se libertado das letras em inglês e tem surgido gente com imenso talento. E este álbum dos Expensive Soul é absolutamente extraordinário e deixou-me espantadíssimo! Sexta: Ewan McGregor/Nicole Kidman - Come What May (BSO Moulin Rouge, 2001) “Esta é uma... deliciosa pirosada! Este tema é cantado pelo Ewan McGregor e pela Nicole Kidman naquela altura em que os seus personagens estão mais apaixonados e prometem que, aconteça o que acontecer, irão permanecer juntos... Eles dão-se muito bem como cantores, acho que cantam muito bem, sem truques, como poderão
ver nos extras do DVD. O Moulin Rouge foi um filme que me marcou muito na altura e que coincidiu com o meu casamento. Esta foi a música que eu dancei na referida boda e o seu título está inscrito nas nossas alianças!”
TECNOLOGIA E INOV os pc’s estarão à beira do fim? bruno fernandes micanandes@gmail.com
A crise e o aumento do mercado dos tablets podem ajudar a explicar a queda de cerca de 14% de vendas de computadores. Mas não são as únicas razões: a aposta da Microsoft nos sistemas operativos é considerado pouco atrativo. Mudança de hábitos explica queda de vendas As conclusões são do estudo da IDC. Segundo esta consultora, nos primeiros três meses deste ano foram vendidas, apenas 76,3 milhões de unidades em todo o mundo. Esta queda pode-se explicar pela mudança dos
twittadas catarina sousa silva catarinassilva92@gmail.com
Os primeiros modelos dos óculos inteligentes da Google Depois da loucura dos smartphones, o setor da tecnologia está agora a apostar nos ‘computadores para vestir’. O mais recente e revolucionário gadget da Google - Google Glass – já tem disponíveis as primeiras unidades. Os primeiros clientes vão começar a receber os óculos
hábitos do utilizadores: cada vez mais os tablets são os favoritos em detrimento dos PC’s. No entanto, também as empresas estão a mudar os seus hábitos. Antes, a renovação de equipamentos acontecia de três em três anos. Agora, com a crise, acontece de cinco em cinco. A IDC também culpa o Windows 8 por esta quebra nas vendas: segundo a consultora, o sistema operativo da Microsoft não está a cumprir a função de revitalizar o mercado, tal como a empresa de Redmond prometia. Por exemplo, para que os PC’s possam incluir ecrãs táteis, estes equipamentos ficam mais caros que os tablets e, por isso, menos atrativos para os utilizadores.
Resultados muito mais negativos que as previsões
que encomendaram pelo preço de 1.500 dólares. As especificações foram agora reveladas, das quais se destacam o ecrã com imagem de alta resolução e os 5 megapixéis da câmara fotográfica. A configuração do dispositivo será feita através de uma aplicação, que está já disponível para Android.
terá 1,5 polegadas. Fornecedores, investigadores e programadores já foram contactados para reunir informação para desenvolver o seu próprio relógio multi-toque. Esta não será a primeira vez que a Microsoft está a investir nos relógios, um segmento que será a grande aposta num futuro próximo. A utilidade e a influência na nossa vida é o próximo passo da tecnologia, que está cada vez mais próxima de nós.
Microsoft prepara ‘smartwatch’ A moda dos relógios inteligentes chegou e a corrida por colocar um no mercado já está ao rubro. A gigante norte-americana não quer chegar atrasada desta vez e já está a desenvolver um que
A IDC já previa resultados negativos na anterior divulgação de resultados (a consultora previa uma quebra de vendas na ordem dos 7%). Mas os resultados ainda foram mais negativos para os fabricantes. Só a HP, a maior fabricante de PC’s a nível mundial, registou uma quebra de vendas na ordem dos 24% em relação ao período homólogo do ano passado, detendo uma quota de mercado de 15,7%. A Apple também registou quebras na ordem dos 7%. Já a fabricante chinesa Lenovo, não sentiu quebra de vendas. Este fenómeno é
Ataques na internet aumentam em Portugal 2012 foi o ano em que Portugal registou mais ameaças na internet.
facilmente explicado devido ao facto de em países emergentes, como na China, os
consumidores estarem a adquirir o seu primeiro computador.
DR
O relatório da Symantec revelou que Portugal está pior do que em 2011, já que 60% do tráfego de e-mails a nível nacional correspondia a mensagens de ‘spam’. A nível global, os ataques na internet aumentaram cerca de 42% em 2012, relativamente ao ano anterior. Estes ataques são cada vez mais dirigidos ao setor industrial e as pequenas empresas não são exceção, já que representam o alvo de 31% destes ataques. Os cibercriminosos são atraídos por dados bancários, dados de clientes e pela propriedade intelectual das organizações. Aplicação informática vigia trab-
alhos de alunos Na Universidade do Texas, está disponível uma aplicação informática que permite saber se os alunos avançam nas leituras. A tecnologia é da CourseSmart e possibilita aos professores acompanharem o progresso dos estudantes nos livros digitais.Esta aplicação permite saber se os estudantes saltam páginas, se tiram notas do que leem e até se as partes importantes são sublinhadas.A CourseSmart disponibiliza ainda aos professores a informação individual dos alunos das suas turmas, para analisarem a evolução de cada um. A aplicação possibilita inclusive aulas virtuais.
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OVAÇÃO
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liftoff,
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gabinete do empreendedor da AAUM
promove...
Concurso INOVAtêxtil 2013 candidaturas até dia 30 de abril
As candidaturas para a submissão de projetos ao concurso INOVAtêxtil 2013, encerram no próximo dia 30 de Abril. Desenvolvido pelo CITEVE, o INOVAtêxtil visa a promoção de ideias, materiais, produtos, aplicações, serviços e conceitos de negócio novos e inovadores, associados à fileira têxtil e respetivos sectores de aplicação.
Divulgação dos vencedores: 7 junho 2013.
Categorias a concurso: • Moda • Vestuário funcional • Têxteis Técnicos • Serviços
• Intensidade tecnológica;
Destinatários: Individualidades, empresas e organizações, incluindo redes de organizações, com atividade sediada em Portugal.
As propostas a concurso serão avaliadas em função dos seguintes critérios: • Viabilidade técnica e económica do projeto (qualidade de especificação técnica do produto e exequibilidade industrial do protótipo apresentado);
• Originalidade e Criatividade; • Potencial de mercado e Internacionalização. Mais informações, regulamento e inscrições em www.citeve.pt
Workshop “Nega o ócio, mas planeia!” 8 de Maio na B>In, campus de Azurém O evento “Nega o ócio, mas planeia!”, inserido no Connecting The Dots|2013, consistirá num mini-workshop de duas horas sobre o planeamento de um negócio e da sua ferramenta-chave, o Plano de Negócios. O objetivo principal passa pela apresentação desta ferramenta de gestão e da sua utilidade num contexto empresarial. Os tópicos a abordar serão os seguintes: - A importância do Plano de Negócios; - A estrutura do Plano de negócios; - Ferramentas do PN: a SWOT e o Marketing Mix. Formador: André Costa - Consultor Formador da EDIT VALUE® Consultoria Empresarial. O evento decorrerá no dia 8 de Maio das 14h30 às 16h30. Gratuito mediante inscrição.
> > 17 ABRIL ‘13
Seminário “O Capital da Juventude” Campus de Gualtar, em Braga
> 18 a 23 ABRIL ‘13 Tertúlia “ A Crise” Braga e Guimarães
> 30 ABRIL e 2 MAIO ‘13 Curso a Semente | I Have The Power Braga
Ofertas de emprego Departamento Comercial - Assistente (M/F) - Braga
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Perfil: - Elegibilidade para Estágio Profissional (condição preferencial; - Experiência em vendas e publicidade; - Persistência, Capacidade de Argumentação e Persuasão; - Dinamismo e Orientação para os objectivos; Oferta: - Vencimento base + Prémios
Estágio profissional em jornalismo/comunicação social - Braga (M/F)
Promotor Comercial - V.N. Famalicão/Guimarães
Perfil: - Licenciatura em C. Comunicação/Com.Social/Jornalismo - Experiência/Orientação para o jornalismo radiofónico e audiovisual (preferencial) - Domínio de Premiere, Audition, Photoshop, After-Effects, InDesign, Final Cut - Criatividade e Rigor Oferta: Bolsa IEFP.
- Divulgação e apresentação de um produto; - Dinamização do stand de vendas; - Datas: 25, 26, 27 e 28 de Abril e 2, 3, 4 e 5 de Maio; - Horários: 5 horas (das 15h às 20.00h); Condições: - Integração em equipa jovem e dinâmica; - Contrato de trabalho;
Outras ofertas: - Engenheiro-Formador Electrotécnico (M/F) Engenheiro (M/F) | Projectos de Melhoria - Licenciados/mestres (M/F) em Informática - Guimarães - Comercial (M/F) Braga, Barcelos, Famalicão e Guimarães
Candidaturas em: www.aaum.pt/gip
CULTURA GNRation em “ignição” para viagem cultural O GNRtiON é o festival que marca a síntese do que será, no futuro, o novo espaço cultural da cidade. Arte digital, arte pública, workshops, dança e muita música de 30 de abril a 5 de maio.
JOSÉ REIS jose.reis@rum.pt
A escolha do termo “on” não foi por acaso. “Foi com alguma curiosidade que escolhemos este termo, como uma metáfora deste edifício. É uma ligação que vai fazer arrancar a programação deste local”, revela Ângela Ferreira, a diretora artística do GNRation. Um arranque que se dá na forma de um festival de vários dias – de 30 de abril a 5 de maio -, em que se pretende “celebrar a criatividade no seu território mais livre, congregando os talentos emergentes aos artistas consagrados”. Assim, há várias propostas que irão ocupar as diferentes salas ao longo dos vários dias, fazendo desta mostra “um micro-universo do que vai ser o GNRation de futu-
ro”, admite a diretora artística do espaço. Uma programação que se irá estender por diferentes áreas mas que terá na música um dos eixos mais fortes.
Cartaz musical No arranque do festival, o mítico Rhys Chatham, conhecido compositor, guitarrista, e trompetista DR
norte-americano, irá encontrar-se em palco com músicos locais – Mão Morta, peixe:avião, Smix Smox Smux e Long Way to Alaska – numa experiência única de aproximação entre “o local e o internacional”. O concerto, único, irá decorrer na Black Box no dia 30 e terá entrada livre. Mas a música continuará com o hip-hop alucinogéneo de Ghuna X e a melancolia de Norberto Lobo no dia 1 de maio (dois concertos a ter lugar ao ar livre, no final de tarde do feriado), com o olhar cinemático dos Dead Combo (dia 3 de maio) e com o psicadelismo dos Sensible Soccers e o techno de Lee Gamble (dia 4 de maio). Um cartaz que procura dar a ver o ecletismo da música que se espelha no ecletismo da programação, admite a equipa de progra-
mação do local. Arte digital e pública Destaque ainda para as várias exposições que irão marcar a inauguração, com destaque para “Da Memória”, que é “parte da inventariação que os Encontros da Imagem fizeram sobre o passar dos anos da cidade de Braga”. Enfoque ainda na mostra de arte digital, um dos pilares fundamentais do GNRation, e para a instalação de arte pública em que os visitantes serão desafiados a construir um banco de cimento que ficará instalado no local. “Tudo isto numa lógica de cada um se apropria do espaço da forma que quiser”, admite Ângela Ferreira. Toda a programação do GNRation ON pode ser consultada no facebook e site do espaço cultural.
SALA DE CINEMA como suster a revolta, dentro e fora do ecrã CÉSAR CARVALHO z5@sapo.pt
Nunca o cinema mexicano viveu um período tão profícuo e saudável. Nem na designada ‘idade de ouro’ (décadas de 30 e 40), nem mesmo depois com um lendário Luís Buñuel nacionalizado, nunca o país se distinguiu com tão elevada excelência para com as atenções internacionais. Uma nova escola que transferiu para palcos maiores nomes como Alejandro González Iñárritu, Guillermo del Toro ou Alfonso Cuarón, parece ter na mestria de Carlos Reygadas o maior ponto de elevação (e de merecido prestígio), este que, estranhamente, permanece bem mais esquecido que os restantes. Michel Franco é um quase estreante que tem neste seu segundo trabalho um grito presencial mais
expressivo, depois de Daniel & Ana (2009) ter sido mais pretensão do que qualquer outra coisa. O tema trata agora o bullying e o período de luto, e a mensagem, de tão relevante, faz-se com bastante maior apuro. Alejandra muda-se com o pai para a Cidade do México, arrasados com a morte da mãe/esposa (a Lúcia do título). Uma decisão que seria de mudança efetivou-se num dos piores
cenários possíveis: ele imerge numa depressão profunda, ela encobre-se num silêncio assustador ao ser alvo de chacota e de várias agressões no seu novo colégio. Franco, olho para lá de clínico, preocupa-se em refirmar a atualidade da matéria ao construir os registos dramáticos a partir de um vídeo que, inconvenientemente, vai parar à internet. E os registos abarcam a segregação social, a futilida-
de das camadas jovens e o sentido de vingança/perdão, temas estes atirados para o ecrã sem o mínimo respeito pelas afetividades do espectador. O clima melancólico é imposto desde o início. As poucas trocas de carinho entre pai e filha servem para manter a noção de rutura cada vez mais eminente e para piorar, simbolicamente, a situação de ambos. O pouco altruísmo, apenas presente em Alejandra, nada parece significar no desconfortante combate contra a niilismo sem lamentos que o diretor parece ter ido buscar a Lars Von Trier. Michel Franco, de câmara estática e tremendamente passiva, parece querer distanciar-se da intimidade das personagens e assim evitar qualquer falácia sentimentalista. E consegue-o. Tal frieza (na abordagem aos temas sensíveis) estava adormecida,
no cinema mexicano, desde Luz Silenciosa (2007), a obra-prima de Carlos Reygadas. O final é avassalador, na medida em que, na pouca esperança deixada, o realizador mexicano destrói aquilo a que poderíamos chamar de ‘bondade’ ou ‘justiça’. O teor amoral do ato final parece pessimista mas é, na mais humilde das atuações, fatalista. Assim sendo, o grandioso ensaio de Franco desvia-se do sermão, parecendo sobressair muito mais como provocação do que como sensibilização. Talvez assim resulte. Realizador: Michel Franco Elenco: Tessa Ia, Gonzalo Vega Jr., Tamara Yazbek Nacionalidade: Mexicano Pontuação: 4/5
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RUM BOX TOP RUM - 16 / 2013
13 CAT POWER - Ruin
19 ABRIL
1 YEAH YEAH YEAHS Sacrilege 2 NICK CAVE & THE BAD SEEDS - We no who u r 3 MIRALDO - The ancient days 4 KNIFE, THE A tooth for an eye
15 HOUSE OF LOVE, THE A baby got back on it’s feet 16 ALLAH-LAS Don’t you forget it 17 WILD NOTHING - Paradise 18 PETITE NOIR - Disappear 19 1000 GRAM Push someone
6 DEPECHE MODE - Heaven
20 SAMUEL ÚRIA - Eu seguro
7 RHYE - The fall
POST-IT
8 CHK CHK CHK - Slyd
22 abril > 26 abril
9 FOXYGEN - No destruction
CICLO PREPARATÓRIO A Volta Ao Mundo Com A Lena D’Água
11 PALMA VIOLETS Best of friends 12 ALT-J - Breezeblocks
JUNIP Your Life Your Call DEERHUNTER Back To The Middle
CD RUM
flaming lips “the terror” PAULO SOUSA paulo.sousa@rum.pt
Os Flaming Lips são esquizofrénicos. Mais para a frente explico-vos o porquê desta declaração mas por agora vamos ao que interessa. The Terror é o nome do novo álbum de originais da banda de Oklahoma City. Formaram-se em 2003 depois de Wayne Coyne ter roubado alguns instrumentos musicais de uma igreja
BRAGA MÚSICA
14 DEVENDRA BANHART Your fine petting duck
5 QUEENS OF THE STONE AGE My god is the sun
10 NEW ORDER I’ll stay with you
AGENDA CULTURAL
da região e terem feito o primeiro concerto num bar de travestis. Entre inúmeros (mesmo muitos) episódios caricatos e aventuras maradas, aquela mais, digamos, marada, é a que é descrita em The Spiderman Song: o braço do baterista Steve Drozd esteve a dois dedos de ser amputado, pelo que ele considerou ser uma mordidela de aranha, quando na realidade não passaram de maus tratos infligidos pelo
24 de Abril “Vira o disco e mostra o teu lado B” – Projecto Musical Velha-a-Branca Estaleiro Cultural 24 de Abril Coro Lopes-Graça da Academia de amadores de música “Cantando a Liberdade” Theatro Circo
26 de Abril “Minta & Brook Trout” – Sai de Baixo|Olympia Theatro Circo 27 de Abril Pedro Barroso – “Antes que seja tarde…” Theatro Circo
GUIMARÃES
MÚSICA 27 de Abril Camané – O Melhor CCVF
27 de Abril Little Friend CCVF – Café Concerto
FAMALICÃO MÚSICA
27 de Abril Gil Cadeias Casa das Artes
LEITURA EM DIA
Para ouvir de segunda a sexta (9h30/14h30/17h45) na RUM ou em podcast: podcast.rum.pt Um espaço de António Ferreira e Sérgio Xavier.
1 - Como é Linda a Puta da Vida de Miguel Esteves Cardoso - Porto Editora. O conjunto das crónicas do MEC saídas no Público, com especial destaque para as dedicadas ao amor da sua vida, a Maria João.
3 - O Ritual da Sombra de Jacques Ravenne e Eric Giacometti - Europa-América. Mais um romance sobre o lado “escondido” das sociedades secretas, a Maçonaria.
2 - Mário Soares. Uma Vida de Joaquim Vieira - Esfera dos Livros. A biografia exaustiva e séria, não oficial, só lendo se percebe. Obrigatório ler.
4 - Rugas de Paco Roca Bertrand. Os nossos idosos, a nossa vida futura, encerrados em espaços higiénicos para conforto e sossego da classe média hedonista e egoísta; um livro assombroso da grande
abusivo consumo de heroína. Mas há mais um marco que gostaria aqui de assinalar. Zaireeka, o quadruplo álbum editado em 1997, onde a banda, insatisfeita com o Rock, desafia os fãs a reproduzir os quatro discos ao mesmo tempo, em quatro leitores diferentes, para que o trabalho seja desfrutado na sua plenitude. Por outro lado, o lado que mais interessa às editoras, os dois grandes momentos da banda foram as edições dos discos The Soft Bulletin, comparado por muitos ao Pet Sounds dos Beach Boys, e Yoshimi Battles The Pink Robots, que obteve grande aclamação da crítica. Com The Terror, os Flaming Lips voltam ao experimentalismo e ao psicadelismo puro. É um disco melancólico, soturno e resultado de estados de espírito sufocantes, ansiosos por uma
terapia de choque. Aliás, se o nome do álbum não o sugerisse teríamos os títulos dos temas para o comprovar. Cientes deste ambiente negro, culminam o álbum com duas faixas bónus: uma versão de (imaginem só) All You Need Is Love e do tema composto para o spot da Hyundai, Sun Blows Up Today. E isto vem confirmar o boato de que Wayne Coyne estava desolado por ter acabado a relação que mantinha há 25 anos com a sua parceira Michelle e que, durante as gravações e enquanto cantava, parecia estar mergulhado numa cama de hospital. Mas nada disto retira o valor a este trabalho; DR é um disco que deve ser escutado do princípio ao fim, sem shuffle e sem interrupções, para se compreender a ligação umbical que existe entre os temas. Talvez os Flaming Lips não
ilustrador valenciano.
5 - Milénio II. Nos Antípodas de Manuel Vázquez Montálban - Asa. O último romance, e que obra literária.
sejam assim tão esquizofrénicos quanto isso. Talvez os dois álbuns mais pop da vasta discografia dos Lips tenham sido apenas uma valente estalada à crítica: não gostam do nosso experimentalismo? Então oiçam como somos capazes de criar temas altamente populares, sem descurar o experimentalismo, o psicadelismo e o vanguardismo. Deixemos os rapazes trabalhar à vontade, com toda a liberdade do mundo..
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DESPORTO
duas medalhas de ouro e uma de bronze adornam a aauminho nos cnu’s
Nuno Gonçalves
CNU
FILIPA SANTOS SOUSA filipasantos_sousa@hotmail.com
A primeira semana dos Campeonatos Nacionais Universitários (CNU’s), a decorrer na Beira Interior, terminou com a subida ao pódio, em três ocasiões, de atletas da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM). O penta não escapou à equipa de andebol e, finalmente, o futebol masculino conseguiu o tão ambicionado ouro. Também o basquetebol feminino deu o ar da sua graça, ao conquistar a medalha de bronze. Em sentido inverso, aos resultados em cima mencionados, a formação de basquetebol masculino falhou a renovação do título. Contudo, e apesar do dissabor amargo deixado pela derrota, já se sabia à partida que a tarefa da AAUM não seria nada fácil. Isto porque, durante os Torneios de Apuramento (TA’s) preponderou um grande
equilíbrio entre os diversos oponentes. A Associação Académica de Coimbra foi a grande vencedora deste ano. A AAUM teve no basquetebol feminino, que repetiu o feito do ano passado, a sua primeira dose de alegria. No jogo de atribuição do 3º e 4º lugar, as minhotas estiveram melhor que as representantes da Universidade de Lisboa, vencendo por 57-40. A partida até começou equilibrada, mas a AAUM chegou cedo à vantagem, mantendo-se, assim, na frente do marcador até ao final. Nesta modalidade, a Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAV) sagrou-se campeã. No futebol, os jogadores minhotos tinham um grande objetivo - conquistar o título que lhes tinha escapulido, em 2012. A AAUM carimbou a passagem à final, após ter vencido a Academia Militar (3-2). No último e derradeiro duelo da prova, os estudantes da Universidade
do Minho (UM) derrotaram o Instituto Politécnico de Leiria (IPL) por 2-0, num jogo com oportunidades de golo para ambos os lados. Cinco vezes de ouro Vencer não é para qualquer um. Chegar ao penta, então, está só ao alcance de alguns
pré- destinados com o fado do triunfo. Na sua ode vitoriosa, os minhotos levaram a melhor sobre os aveirenses (19-32). Ambas as equipas entraram com força, afinal a ideia era só uma, - trazer o título para casa. A igualdade no marcador manteve-se até ao minuto
20. A AAUAV ainda chegou a estar em vantagem. Mas os pupilos de Gabriel Oliveira não estavam a dormir e recuperaram, não dando mais hipóteses aos de Aveiro. Na segunda parte, a supremacia da AAUM evidenciou-se, ainda mais, com os atletas do Minho a controlar completamente a partida. Nuno Gonçalves PUB