campus
inquérito
UMplugged e dj@UM terminam com grande adesão da academia minhota
O que achas do cartaz do Enterro da Gata ‘13?
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local
desporto
Falácia do empreendedorismo gera protesto
“Mão cheia de ouro” com nota artística para os atletas da AAUMinho nos CNU’s da Cova da Beira
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“Há mesmo muito por fazer pelo desporto universitário” BRUNO BARRACOSA, PRESIDENTE DA FADU, EM GRANDE ENTREVISTA AO ACADÉMICO
Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 190 / ANO 9 / SÉRIE 4 TERÇA-FEIRA, 30.ABR.13
academico.rum.pt facebook.com/jornal.academico twitter.com/jornalacademico
FICHA TÉCNICA
BARÓMETRO
30.ABR.13 // ACADÉMICO
EM ALTA
NO PONTO
EM BAIXO
FADU Necessário fazer-se algum reconhecimento quando as instituições assim o merecem. É o caso da Federação Académica do Desporto Universitário que, depois do desafio que foram os Campeonatos Nacionais Universitários na UBI, fortaleceu uma imagem esclarecedora de sentido de responsabilidade, trabalho e dedicação em prol do desporto em Portugal. Os universitários agradecem, mas é o desporto em Portugal que deve estar orgulhoso!
As medalhas da AAUMinho Foram muitas e significativas. Os ouros no futsal masculino e feminino e no voleibol feminino culminaram uma participação muito positiva da AAUMinho nos CNU’s organizados na Universidade da Beira Interior. A aposta da AAUM e SASUM no desporto está a dar frutos que durante anos foram semeados. A Universidade do Minho é, cada vez mais, uma referência desportiva. E o que seria se cá existisse um curso de Desporto?
Os “suplementos informativos” Braga e um dos seus “órgãos de comunicação” não páram de nos surpreender. Qual o meu espanto quando vi uma primeira página de um deles na passada semana. Julguei, na altura, estar na presença de uma capa falsa de publicidade. Mas não! Era um suplemento de informação onde o atual presidente do município “passa a pasta” a um candidato ao lugar. Uma passagem de testemunho de nível “olímpico” só ao nível do jornal cá do burgo!
EDITORIAL
DANIEL VIEIRA DA SILVA // daniel.silva@rum.pt
SEGUNDA PÁGINA
FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // quarta-feira, 30 Abril 2013 / N190 / Ano 9 / Série 4 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // Chefes de redacção: Cláudia fernandes e Rita Magalhães // REDACÇÃO: Adriana Couto, Alexandre Rocha, Ana filipa Gaspar, ana Pinheiro, Bárbara martins, Bruna Ribeiro, Bruno Fernandes, Carla Serra, Catarina Moura, Catarina silva, Cátia Alves, Cátia Silva, Cláudia Fernandes, Daniel mota, Dinis Gomes, Diogo Lemos, Filipa Barros, Filipa Sousa Santos, Isabel Ramos, Joana Martins, Joana Valinhas, Joana Videira, João Pereira, Judite Rodrigues, Marta Soares, Raquel Miranda, Rita Magalhães e Vânia Barros // COLABORADORES: Elsa Moura e José Reis // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva // DESIGN de CAPA: Nélson valente // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: jornalacademico@rum.pt //TIRAGEM: 2000 exemplares // IMPRESSÃO: GráficaAmares // Depósito legal nº 341802/12
A cultura do desporto
Notável a prestação das equipas da AAUMinho nos CNU’s que decorreram nas duas últimas semanas na Cova da Beira. A aposta na qualidade do desporto universitário assume-se como um desígnios mais marcantes na Universidade do Minho. Fruto disso, a sinergia existente entre os Serviços de Ação Social e a Associação Académica que vai colhendo, ano após ano, os louros por coexistirem na academia. Se do andebol masculino já era esperado o título (os jogos só se complicam na Europa), o mesmo não se pode dizer dos restantes jogos que, à partida, seriam um pouco mais complicados. Ainda assim, o voleibol feminino não deu hipótese a Coimbra (3-0), o futsal feminino também foi superior frente às jogadoras de Coimbra e, por fim... Coimbra, o carrasco do futsal minhoto ao encaixar 7 golos num jogo de sentido único. Note-se aqui alguns denominadores comuns. A AAUMinho, as vitórias da AAUMinho e a Académica de Coimbra. Perdoem-me os vencedores, mas há aqui algum espaço para os atletas de negro. Estes, fizeram questão de, mesmo saindo derrotados, mostrar o seu descontentamento face às condições que a AAC lhes proporciona durante o ano. Revoltaram-se! Até porque o fizeram-no dia 25 de Abril e a sublinhar que o presidente da AAC não devia abusar do seu amor à camisola. Uma mensagem forte que foi presenciada in loco por Ricardo Morgado, presidente da AAC, que ficou impávido e sereno face ao protesto. É de lamentar. Lamentar que jogadores com tanto futuro, qualidade e, acima de tudo, amor à Académica, sejam privados de vestir o manto negro com todas as condições a que têm direito. Nós, por cá, e sem cursos de desporto, mantemo-nos no top europeu do desporto universitário. Estamos lá bem e com todo o direito que fomos, ao longo dos anos, conquistando legitimamente.
VENCEDORES DO CONCURSO UM AO QUADRADO: Vera Mendes - 2º ano - Estudos Portugueses e Lusófonos
SEMANALMENTE O ACADÉMICO VAI DIVULGAR OS TRABALHOS VENCEDORES.
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LOCAL
falácia do empreendedorismo gera protesto ANA PINHEIRO anafilipapinheiro1@hotmail.com
Será já no próximo dia 1 de maio, quarta-feira, que se vai realizar uma ação de protesto na Avenida Central de Braga, por volta das 15.30h. Esta ação visa fazer uma “homenagem” a Miguel Gonçalves, o “embaixador” do programa Impulso Jovem (IJ) que recentemente tem gerado polémica com os seus discursos acerca do desemprego jovem. O Núcleo de Teatro do Oprimido de Braga está a organizar este protesto e pretende atrair o máximo de pesso-
as, vestidas a rigor, para que simulem a venda de pipocas, seguindo os conselhos do empreendedor, Miguel Gonçalves. A ideia da venda de pipocas vem no seguimento de declarações de Miguel Gonçalves: “Amigo, se tu com 20 anos não consegues arranjar 100 euros por mês para pagar os estudos, então vais ter muitos problemas na vida, porque até a vender pipocas se arranja cem euros por mês”. Segundo o Núcleo de Teatro do Oprimido de Braga (NTO), esta será uma forma de lembrar os 40% de jovens desempregados do nosso país e alertar para a falácia do empreendedorismo que está a culpabilizar os indiví-
duos, principalmente os jovens, e a desresponsabilizar o Estado. De notar que o NTO, tem desenvolvido desde há uns meses alguns trabalhos críticos em torno do discurso
do empreendedorismo. A primeira foi durante o Óprima - Encontro de Teatro do Oprimido e Ativismo, que se realizou em Braga, no início de fevereiro. A segunda, também em Braga,
durante a manifestação do dia 2 de março, do “Que se lixe a Troika”. O grupo está também a trabalhar para realizar um projeto mais sólido com o grupo de NTO do Porto. NTO
publico
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CAMPUS
abertas as inscrições para o verão no campus da universidade do minho
LÉNIA RÊGO informacao@rum.pt
A Universidade do Minho (UM) vai abrir as portas entre os dias 22 e 26 de julho a vários jovens do ensino secundário. Os alunos vão participar na VI edição do Verão no Cam-
pus. Os futuros universitários partem à descoberta da academia minhota, onde estão a ser preparadas várias atividades, explicou à RUM e ACADÉMICO a docente Felisbela Lopes. “As várias escolas oferecem vários encontros temáticos com os alunos. Temos oferta na área das ciências, no
âmbito das letras e ciências humanas, da psicologia, da engenharia, da educação, da arquitetura e das ciências sociais. Todas as escolas estão muito envolvidas nesta iniciativa que queremos que seja muito participativa”, afirmou Felisbela Lopes. Contas feitas, há 16 atividades para desenvolver e que visam a promoção da
cultura, da ciência, da arte e das letras junto dos mais jovens. E há cada vez mais interessados: “Costumam aderir muitíssimo, alunos das escolas da região, mas também alunos que vêm de diversos pontos do país, porque é possível ficar aqui em regime de internato. Nós asseguramos as dormidas, asseguramos também a ali-
mentação, portanto temos todas as condições para receber alunos aqui da região, mas também receber alunos mais longinquos”, referiu a pró-reitora. Os jovens irão ser acompanhados por professores e investigadores da universidade nesta que já é uma atividade de sucesso promovida pela academia minhota.
CAMPUS PÁGINA 05 // 30.ABR.13 // ACADÉMICO
umplugged e dj@um terminam com grande adesão CÁTIA SILVA catiaff_11@hotmail.com
Na semana passada aconteceram as finais dos concursos a decorrer entre os académicos minhotos: UMplugged e DJ@UM. O primeiro no dia 23 de abril, terça-feira, e o segundo no dia 24 de abril, ambos no B.A. de Guimarães. Do concurso de bandas, UMplugged, saiu vencedora a banda As Viagens do Capitão Barba Ruiva, que competiu com as outras três bandas chegadas à final: The Modisons, Sigla Dep e The Tie. Esta final contou ainda com a banda Let the Jam Roll como convidada, banda que também irá atuar na edição deste ano do Enterro da Gata. O júri era composto por quatro elementos: um representante do estúdio Lobo Mau, um representante da banda convidada, um representante da banda vencedora do ano passado e um representante do B.A. de Guimarães. Adesão superou expetativas para a AAUM “A adesão foi acima do esperado pela organização e tivemos bandas muito boas este ano, sendo a final bas-
tante renhida e agradável”, confessou Paulo Pimenta, diretor do Departamento Cultural e de Tradições Académicas da Associação Académica da Universidade do Minho. Quanto à final do DJ@UM, esta contou com três aspirantes a dj: Dj Tiago Cruz, Dj Luís Marinho e Dj Mizuni. O júri composto pelos Djs Carlos Guerreiro e Alexandre (dos Eletro Domestic) escolheram Tiago Cruz como vencedor da noite. “No início quando entrei foi numa de aventura, por ter gosto de fazer isto. Mas depois de passar nas eliminatórias fui acreditando na “coisa”, se bem que a final foi renhida e que os outros concorrentes têm os meus parabéns”, disse ao ACADÉMICO o dj vencedor. Ao falar sobre a adesão desta noite, Paulo Pimenta afirmou que “superou as expectativas”. “Por ser uma quarta-feira a afluência foi muito boa e acima do esperado, com casa cheia para os djs”, terminou. A banda vencedora atua no domingo das festas do Enterro da Gata, no palco principal, e ganhou também uma gravação no estúdio Lobo Mau. Já o dj vencedor poderá ser ouvido na tenda da RUM, num dos dias do Enterro da Gata. PUB.
CAMPUS PÁGINA 06 // 30.ABR.13 // ACADÉMICO
o lado religioso da azeituna em concerto na sé de braga ALEXANDRE VALE alexmvrocha@gmail.com
Hoje à noite, a partir das 21h30 a Sé Catedral de Braga vai ser palco para um espetáculo muito diferente do que a Azeituna já habituou os estudantes e fiéis do grupo. Inserido nas comemorações dos 20 anos da tuna, o concerto, estipulado para durar duas horas, irá contar com um reportório de músicas religiosas. A atuação será, posteriormente, editada
para CD, com data de lançamento por definir. Em conferência de imprensa, Emanuel Gouveia, da Azeituna, explicou que a ideia de organizar um concerto composto por músicas de igreja “surgiu com alguns casamentos de elementos do grupo que levou à adaptação do reportório da Azeituna para músicas religiosas”. O mesmo aproveitou para esclarecer o que esperar desta atuação: “Um concerto aberto à cidade onde a Azeituna vai mos-
trar, ao longo de uma hora e meia, o novo reportório composto por 21 músicas de Igreja”. O concerto solene vai contar com a presença de alguns convidados especiais, como a cantora Raquel Ferreira, a Gatuna e o agrupamento 323 (Santa Eufémia, Guimarães) do Corpo Nacional de Escutas. A Azeituna também está a preparar o lançamento de um livro sobre a tuna e sobre os seus momentos mais marcantes. O espetáculo é gratuito e de entrada livre.
Tuna de Ciências dá concerto único na catedral bracarense
ipum celebraram cinco anos adriana couto drianascouto@gmail.com
A iPUM – Percussão Universitária do Minho, completou 5 anos de existência numa festa que reuniu os grupos culturais da Universidade do Minho, no Bar Académico de Braga. O mais jovem grupo de percussão da Universidade do Minho, organizou a primeira festa azul, no dia 25 de abril, festejando assim cinco anos de existência que, segundo Rita Lisboa, membro do grupo e uma das organizadoras da festa, foi uma tentativa de se “mostrarem mais à academia num ambiente bem conhecido dos estudantes minhotos”. Para Rita, a escolha do Bar Académico de Braga para a realização da festa fazia todo o sentido: “tem mais impacto do que qualquer outro local que seja frequentado por estudantes e, desta forma, damo-nos a conhecer mais um bocado aos alunos da nossa universidade, visto que somos ainda um grupo muito jovem.” Num bar completamente lotado, os festejos começa-
ram com o tradicional cantar de parabéns e o cortar do bolo, continuando de seguida com a atuação dos quatro dj’s convidados para o evento: João Loureiro e Rui Pires, ex-Xau Laura e organizadores do festival Ponte Party People, assim como Marco Carvalho e Filipe Palas, conhecido voca-
lista da banda bracarense Smix Smox Smux, num dj set preparado para dar ao Bar Académico uma noite de, puramente, Rock. Os presentes, puderam ainda adquirir maquilhagem em Glow Painting, personalizada pela equipa do grupo Toc’a Brincar. A contar, mais uma vez,
com a presença de alguns grupos culturais da Universidade do Minho, para Joana Teixeira, membro do Coro Académico Universitário do Minho (CAUM), o convívio entre os vários grupos culturais é fundamental “fazemos todos parte da mesma academia e pode dar azo a futuras parcerias entre os grupos. Acho que também contribui para criar bom ambiente entre os mesmos e para passarmos bons bocados”, considerando, ainda, que a “a festa foi uma excelente ideia, pois acho que é importante aproveitar cada evento ao máximo para publicitar e fazer chegar aos estudantes os grupos culturais, porque é por e para eles que os grupos existem. Além disso, acho que a iPUM é um grupo unido e coeso, vendo-se que os membros se dão muito bem uns com os outros e que há bom ambiente, e essa é uma imagem importante a ser passada em eventos públicos como foi a festa de aniversário deste ano.” Num percurso já invejável a nível de espetáculos, a iPUM tem-se vindo a impor no panorama musical,
contando já com mais de 200 atuações e variadas presenças televisivas. Nas palavras de Nuno Silva, membro ativo na iPUM, o balanço dos cinco anos de iPUM não podia ser mais positivo: “Ao longo destes 5 anos conseguimos as mais variadas atuações por todo o país e além fronteiras, onde se inclui uma digressão pela Europa de leste, sem nos esquecermos dos variados eventos de carácter social que a iPUM tem vindo sempre a apoiar e a colaborar. O nosso principal objectivo era divulgar a música e tradições nacionais e isso tem-se conseguido ao tocarmos para milhares de pessoas, portuguesas ou não.” Exemplo da fama além fronteiras, é o próprio grupo, que acolhe estudantes de nacionalidade espanhola, brasileira, austríaca ou alemã, tendo visto o número de novos elementos a aumentar todos os dias. “É sempre importante que venham novos elementos para a iPUM, criando assim novas gerações que permitam que o grupo tenha força para continuar ao longo de muitos e muitos anos”, explica Rita Lisboa.
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INQUÉRITO
o que achas do cartaz do enterro da gata ‘13? Para Adriana Correia, o cartaz “não está mau, mas podia estar melhor”. Apesar de já ter visto a maior parte das bandas, a estudante de CC admite que “é sempre bom rever algumas”. Contudo, salienta que “podiam ter trazido coisas novas, mais variedade”. A melhor banda para a aluna minhota é Kaiser Chiefs, os cabeças de cartaz de sexta-Feira. Esta foi a maior surpresa para Adriana, que há muito que queria ver os britânicos e “não esperava vê-los num Enterro”. Já para melhor noite, Adriana elege a quarta-feira, “porque é a noite mais divertida, é música portuguesa, o pessoal está sempre em festa e cria melhor ambiente”. A estudante de Comunicação espera, ainda, com expectativa o concerto de Buraka Som Sistema: “Apesar de já ter visto, são muito animados e dão grande espetáculo”. A jovem bracarense “esperava mais do cartaz” e acha que “foi mais do mesmo”. “Apesar das bandas serem boas para Enterro, esperava mais, nomes novos e diferentes”, revelou Adriana, que concluiu: “Se calhar não vou ter tanta vontade de ver alguns concertos, porque já vi, esperava ter sido mais surpreendida”. Adriana correia 3º ano // CIÊNCIAS COMUNICAÇÃO
Elizabete Gonçalves 2º ano// PSICOLOGIA
Elizabete Gonçalves considera que o cartaz “tem pontos positivos e negativos”. “O que mais gostei foi o facto de haver uma grande diversidade musical, acho que há maior diversidade de géneros do que em anos anteriores”, revelou a estudante minhota. Elizabete, que prevê que a melhor noite seja a de sexta-Feira. A estudante de Psicologia acha que os britânicos vão levar mais gente ao Gatódromo e, além disso, “também é a última noite”. “Kaiser Chiefs é o concerto que espero com mais expectativa, porque nunca os vi e é o que mais quero ver”, admitiu Elizabete. Surpreendida com Deolinda e Mónica Ferraz, a jovem estudante não esperava que estes nomes surgissem no cartaz, ao contrário de The Gift e Buraka, que já previa que viessem a Braga. “O cartaz até me surpreendeu pela positiva. Acho que conseguiram fugir ao género, porque apostaram numa grande diversidade musical”, explicou Elizabete Gonçalves, que acrescentou: “Para quem gosta de vários géneros de música, acho que está bom.”
O estudante de Economia não se interessa muito pelo cartaz, porque não vai ao Enterro para ver as bandas. “Normalmente, quando chego ao recinto, ou já atuou a branda principal ou acabo por ir para as barracas e só ouço ao longe”, revelou Rafael, que justificou: “Eu vou para o recinto para me divertir e não tanto pelos concertos”. Apesar de habitualmente não assistir às atuações, Rafael Silva elegeu Kaiser Chiefs como a melhor banda. O estudante de Economia considera, para além disto, que a melhor noite é a de quarta-feira: “Já vamos com a animação do cortejo e é continuar com o espírito”. Pouco surpreendido com o cartaz, Rafael revelou que não teve nenhuma grande surpresa: “Kaiser Chiefs já se sabia há algum tempo, portanto não foi nada de mais”. O jovem estudante “esperava mais um bocadinho deste cartaz”, além disso, referiu que “preferia Quim Barreiros outra vez, do que José Malhoa”. Rafael sugeriu, ainda, que The Hives regressassem ao Gatódromo: “Consegui assistir ao concerto no ano passado e gostei muito”.
Rafael Silva 3º ano // ECONOMIA
Flávia Oliveira 3º ANO// GESTÃO
“Acho, sinceramente, que o cartaz está melhor do que no ano passado”, admitiu a aluna de Gestão, que acrescentou: “O facto de vir Kaiser Chiefs, acho que já compensa”. Para Flávia, os britânicos são, sem dúvida, a melhor banda e vão, certamente, garantir a melhor noite deste Enterro. A banda do Reino Unido surpreendeu-a muito: “Acho que já estava na altura de o cartaz do Enterro da Gata ter uma banda com mais peso”. A estudante minhota nunca viu Kaiser Chiefs e é o concerto que mais quer ver. Para além destes, a jovem aluna destaca Buraka, “porque o pessoal adere muito ao espetáculo deles”. Flávia revelou ainda que já viu The Gift e Deolinda e, portanto, não aguarda com tanta ansiedade por estes concertos. “Assisto sempre aos concertos, desde que estou na universidade, vou sempre para o recinto de forma a apanhar os espetáculos e vou toda a semana”, contou a jovem. Para concluir, Flávia afirmou que “o cartaz está bom”, mas que acha que bandas como Deolinda o tornam repetitivo.
CATARINA SILVA catarinassilva92@gmail.com
O cartaz das monumentais festas do Enterro da Gata foi apresentado há uma semana e as opiniões dividemse. Se, por um lado, alguns elogiam um cartaz que “marca pela diversidade musical”, por outro são muitos os estudantes minhotos que revelam que “é mais do mesmo”. O grande destaque vai para Kaiser Chiefs. O grupo britânico, conhecido pelas suas performances, é a maior expectativa dos alunos do Minho. Depois de reveladas as duas primeiras grandes bandas, Kaiser Chiefs e Natiruts, os brasileiros regressam a Braga dois anos depois, o cartaz ficou finalmente completo por nomes como Buraka Som Sistema, The Gift e Deolinda.
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UNIVERSITÁRIO
ranking global avalia competências de estudantes e recém-licenciados ELSA MOURA elsa.moura@rum.pt
É um ranking global que permite aos estudantes universitários e recém-licenciados verem avaliado internacionalmente o seu valor enquanto futuros profissionais. O objetivo é mesmo tarnsmitir aos estudantes o valor que têm para apresentarem candidaturas a propostas de trabalho. Um ranking que pretende avaliar, para além das médias, o valor ligado ao estudante, como explicou Ricardo Guerreiro, representante em Portugal do thestudentranking.com. “O objetivo é transmitirmos aos estudantes universitários e recém-graduados qual é o seu valor no mercado de trabalho. Valor em função das competências que vão acumulando ao longo do percurso universitário. Estamos a falar de competências diversas como línguas, que eventualmente vão aprendendo, experiências de voluntariado, bolsas, prémios, e as notas”. Ricardo Guerreiro adianta que assim será possível transmitir o valor de cada
universitário que se registe. “Dizer às empresas, a nível global, qual é o valor de cada estudante. Estamos a falar para um público entre os 18 e os 30 anos, alunos de licenciatura, mestrado, douturamento, que no final da sua formação querem também entender exatamente qual é o seu valor perante as empresas, poderem transmitir às empresas, de uma forma mais objetiva, aquilo que estiveram a fazer ao longo do seu percurso, em que atividades estiveram envolvidos. Se estiveram envolvidos em associações, se estiveram a prestar serviço à comunidade, se estiveram a melhorar o seu perfil para além do curso propriamente dito. Consideramos todas essas experiências”, explicou Ricardo Guerreiro. A inicitiva surgiu de um jovem estrangeiro de 30 anos que lançou a ideia de criar este ranking global. A cada experiência é atribuida uma pontuação. “Cada experiência dessas dá um conjunto de pontos. Depois há a tua pontuação final e tens uma posição no ranking em função dos pon-
tos. Não são pontos estáticos, ou seja, és por exemplo um aluno de segundo ano, tens 2500 pontos, quando acabares o segundo ano podes ir ao site, dizes que já acabaste, dizes as notas que tiveste e vais ter mais pontos por isso”. Depois do registo do perfil, o site deixa alguns conselhos ao utilizador. “Quando uma pessoa acaba de se registar no perfil nós damos uma recomendação. Dizemos, por exemplo, que o teu perfil pode não estar tão competitivo face aos estudantes que estão registados no nosso ranking na tua área de estudo, em Portugal ou os estudantes a nível europeu, e damos um conselho às pessoas: estudar, esforçar um bocadinho mais para ter uma melhor média, ou então tentar aprender outra língua para melhorar as competências linguísticas, que são importantíssimas”. Site já está disponível e irá “medir” pontuações das universidades Quem quiser já pode entrar em jogo. Ricardo Guerreiro
deixa o aviso: ”A partir do momento em que as pessoas percebam o valor que isto pode ter, porque pode funcionar muito como uma orientação do próprio percurso universitário para cada pessoa, ou seja, muitas vezes chegas ao fim do percurso académico e nem sabes aquilo que vais transmitir às empresas, o que é o teu valor. Aquilo que pretendemos é que um estudante possa transmitir muito objetivamente aquilo que esteve a fazer durante o seu percurso. Há pessoas que nunca tiveram um ‘trabalho oficial’, mas tiveram na faculdade envolvidos em associações, a gerir orçamentos, a gerir pessoas, a tomar decisões de markting, de parcerias, e trazem já uma bagagem que por vezes têm dificuldade depois em traduzir junto do mercado de trabalho”. A ligação com as próprias universidades é importante, até porque com a participação dos estudantes será feito também um ranking dos alunos da própria academia. “É importantíssimo por um motivo: os pontos dos
estudantes vão alimentar um ranking das universidades. De seis em seis meses, vamos dizer quais são as universidades onde estão os melhores estudantes, sob o ponto de vista de um conjunto muito variado de competências. Não só das nossas, mas também das competências interpessoais e das experiências que têm. Pode haver algumas surpresas, poderão não aparecer até as universidades que estamos normalmente habituados, porque depende do envolvimento que os alunos têm com o seu próprio percurso académico”. O site que pretende avaliar para além das medias o valor ligado ao estudante já está disponível. http://www. thestudentranking.com/pt/ index pode ser visitado pelos estudantes da universidade do minho que queiram perceber melhor o valor que o seu perfil tem para o mercado de trabalho, nacional e internacional. Um perfil que pode ser atualizado à medida que o aluno vai adquirindo mais competências e experiências que considere uma mais valia.
FILIPE MELO
Esta semana, a Burning List gravita pela órbita de Filipe Melo. Músico, realizador, autor de banda desenhada, é um dos grandes talentos do Portugal contemporâneo. A título de exemplo, Filipe já venceu o Fantasporto, já tocou com Carlos do Carmo e Camané e já foi premiado no Festival de BD da Amadora, apenas para citar alguns exemplos. Filipe nasceu em Lisboa, sendo que um dos seus grandes feitos de juventude foi conseguir ser detido e interrogado pela polícia por pirataria informática. Desde então o jazz passou a ser uma das suas grandes paixões, a par do cinema e da banda desenhada. Estudou no Hot Clube de Portugal e graduou-se no Berklee College of Music em Boston, nos Estados Unidos da América. Uma das suas grandes paixões é o cinema. Apesar de Filipe encarar a sétima arte como um hobby, o facto é que já venceu a edição de 2004 do Fantasporto com “I’ll See you in my dreams”, tendo ainda realizado a série para televisão “Um Mundo Catita” para a RTP. Outra das áreas de destaque do trabalho de Filipe Melo é a banda desenhada, em que a sua obra “As Incríveis Aventuras de Dog Mendonça e Pizzaboy” tem recebido inúmeros elogios, vencendo o prémio de melhor argumento no Festival de BD da Amadora 2010. Filipe confessa que por vezes torna-se difícil decidir qual a área a seguir. Mas, apesar de não ter tido tempo para o seu trabalho a solo, é um músico extremamente requisitado, tendo acompanhado inúmeros músicos portugueses, por entre JP Simões, Luísa Sobral, ou Marta Hugon. Daí que se entenda que a sua principal paixão seja o jazz.
Segunda: Keith Jarrett - Jasmine (Jasmine, 2010) “É impossível falar de piano sem falar no Keith Jarrett que é, sem dúvida, um dos gigantes vivos da história do Jazz e do piano em geral. Ele tem uma reputação de ser rude com o público - eu vi um concerto dele em Lisboa que foi muito tenso e em que toda a gente pensava que ele iria embora a meio! Mas também vi-o a tocar em Nova Iorque a tocar, há uns anos atrás, num concerto de três horas em que toda a gente se sentiu abraçada pelo grupo. É sempre imprevisível!” Terça: Bill Evans - Some other Time (The Complete Village Vanguard Recordings, 1961) “O Bill Evans é um dos mais inf luentes músicos da história do Jazz.Ele veio numa altura em que a maioria dos pianistas tocava um estilo chamado bebop, caracterizado pelo uso da mão direita em em que a mão esquerda é apenas um acessório rítmico. Como o Bill Evans tinha formação clássica, começou a trazer para o Jazz uma série de acordes e harmonias que vinham de Debussy, Bach e Chopin. Ele é o verdadeiro Cavalheiro do Jazz e inf luenciou pianistas desde então.” Quarta: Beatles - Across the Universe (Let it Be, 1970) “Uma pessoa que diga que não gosta dos Beatles é alguém que não tem grande sensibilidade! É o mesmo que dizer que não se gosta de música ou que não se gosta de beber água! Os Beatles são, incontestavelmente, a melhor banda do mundo estou a brincar - mas digo isto porque há algo de impressionante: desde o lançamento do primeiro single à última gravação decorreram nove anos, o
que é pouquíssimo tempo. Depois foram inteligentes: começaram no rock e foram evoluindo até terem um conceito musical, artístico e visual muito avançado.” Quinta: Nat KIng Cole - September Song (Nat King Cole Sings/George Shearing Plays, 1962) “Acho que o Nat King Cole tem uma forma muito simples e, ao mesmo tempo, muito especial de cantar os temas. Lembro-me do Nat King Cole já de miúdo, porque o meu pai fartava-se de ouvir aquilo e eu odiava! E não sei exatamente quando é que comecei a gostar - penso que foi na altura em que passei a nutrir uma grande paixão pelos Standards. É uma canção que foi aparecendo em momentos chave na minha vida e não há temas que emanem tamanho carisma. Quando se ouve o Nat King Cole não se sente qualquer esforço! “ Sexta: Glenn Gould - Aria (Bach: The Goldberg Variations, 1955) “O Glenn Gould é, sem dúvida, um monstro do piano. É um dos músicos mais inteligentes que já surgiu e vê-lo a trabalhar é incrível, é um génio quer em termos de velocidade quer em termos de musicalidade. Não há muito mais a dizer!”
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ENTREVISTA bruno barracosa Joana Meira
Bruno Barracosa faz balanço positivo dos CNU’s e destaca envolvimento da comunidade académica
Nos Campeonatos Nacionais Universitários (CNUs), que tiveram lugar na Universidade da Beira Interior (UBI), Covilhã, entre os dias 15 e 25 de Abril, o presidente da Federação Académica de Desporto Universitário (FADU), Bruno Barracosa falou ao ACADÉMICO sobre o balanço dos CNU’s 2013, o desporto universitário em Portugal e o fim do seu mandato na federação. RITA MAGALHÃES ritasmaga@gmail.com
Qual o balanço que faz dos CNUs 2013? Estas duas semanas tiveram, este ano, alguns factos diferentes do ano passado, nomeadamente, o número de modalidades, que foi inferior, focando-se mais nas coletivas, e estamos a falar de uma zona do país que não costuma acolher eventos desta dimensão. Tanto os voluntários como a Comissão Organizadora foram incansáveis e a universidade empenhou-se bastante, o que nos proporcionou todas as condições para termos
um evento desportivo ao mais alto nível: um forte companheirismo, respeito entre todos, um ambiente mais informal, sem que isso afetasse, de forma alguma, a competição. Nestas duas semanas, decidimos quem vai ao europeu e, por isso, as equipas mantiveram sempre um grande entusiasmo durante a prova e, acima de tudo, todos os participantes estão satisfeitos, aqueles que ganharam, aqueles que não ganharam e os que não puderam vir mas que nos acompanharam a partir das redes sociais, do website oficial ou das transmissões em direto dos jogos.
Em termos de balanço, posso dizer que estamos muito satisfeitos enquanto FADU, organismo de tutela desta competição, que é o expoente máximo desportivo do nosso calendário anual. Saímos daqui com um sentimento de missão cumprida e sabendo que se elevou, mais uma vez, a fasquia para o próximo ano. Inicialmente, estava um pouco reticente relativamente à realização dos CNU’s na Beira Interior. Foi demasiado arriscado trazer esta competição para a Covilhã, Fundão e Belmonte? O risco é tanto maior ou
tanto menor conforme o esforço que colocamos na organização. É uma questão, acima de tudo, de responsabilidade, de sermos frontais e assumirmos os riscos que existem, pois só assim podemos compensá-los. Efetivamente, a inexperiência com eventos desta envergadura, o facto de ser uma região do interior que obrigava a maiores deslocações e maior logística e ser uma universidade que não tem os serviços desportivos com a dimensão que outras têm, fez com que a própria FADU tivesse que assumir um papel pedagógico. Este empenho da nossa parte e da Comissão Organizadora
fez com que todos os nossos receios fossem ultrapassados. Envolvemos dezenas de estudantes do curso de Ciências do Desporto e de Ciências da Comunicação da UBI, estudantes do ensino secundário também, ou seja, foi uma experiência coletiva de aprendizagem, contribuindo, assim, para que esta região ficasse mais apta a envolver-se neste tipo de atividades. Depois de tudo o que assistimos e que vivemos nestas duas semanas, foi, sem dúvida, uma aposta ganha. Em termos de organização, qual o ponto mais positivo e o ponto mais negativo que
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destaca destes dez dias?
Nuno Gonçalves
O ponto mais positivo foi, claramente, a dedicação dos voluntários, sem eles seria impossível organizar qualquer evento desta dimensão. O ponto mais negativo foram alguns comportamentos menos éticos e com menos fair-play por parte de algumas equipas, algo que a FADU terá que assumir como prioridade. O ano passado foi o ano nacional para ética no desporto, projeto em que a FADU está diretamente envolvida nos próximos quatro anos e, por essa razão, nós, estudantes do ensino superior, devemos ser um exemplo, enquanto futuros cidadãos com responsabilidade. O desporto universitário tem, aos poucos, conquistado um cada vez maior reconhecimento, em Portugal. Este é resultado do trabalho que a FADU tem feito ao longo dos últimos anos? A FADU acaba por funcionar como um agregador e um dinamizador, mas quem, efetivamente, faz o trabalho são os nossos clubes, os nossos associados que, no terreno, dia após dia, promovem treinos, participam e organizam competições e conseguem ainda motivar os atletas. Aos poucos, vamos chegando a mais
Presidente da FADU assume que a instituição está a mudar de estratégia para chegar aos mais jovens gente, principalmente, por termos tido o discernimento de tentar enveredar por meios menos convencionais de divulgação. Durante muito tempo focamo-nos na questão da televisão, com ajuda da RTP, por exemplo, mas o nosso público-alvo não está aí. A nossa audiência está nas redes sociais, na internet, está onde tão os todos jovens e a FADU foi, nos últimos anos, posicionando-
-se cada vez mais nesta área. Os números falam por si e, com as transmissões que fizemos nestes CNUs, tivemos milhares de pessoas a assistir à competição pela internet. As pessoas não se podem interessar por algo que não conhecem e, por isso, nós temos que tornar o produto disponível e dar-lhe visibilidade. É bom saber que o que fazemos aqui tem, cada vez mais, interesFADU
se e desperta, cada vez mais, a curiosidade do público. No campo político temos também uma maior visibilidade e uma cada vez maior consciência dos decisores políticos da importância desta atividade enquanto uma ferramenta para a educação. Por estas razões, julgo que, nos próximos dez anos, vamos assistir a um crescimento do desporto universitário no nosso país e vamos ficar todos a ganhar enquanto sociedade. Sente que, internacionalmente, a FADU ainda não é reconhecida como deveria ser?
Bruno Barracosa (na foto com a restante direção da FADU) salienta que ainda há muito por fazer no seio do desporto universitário em Portugal
Há questões com as quais nós não conseguimos competir. A partir do momento em que em Portugal, a taxa de prática desportiva é inferior a 5%, não vai ser o desporto universitário que irá atingir taxas mais altas que esta, como acontece noutros países. Nós somos um reflexo da sociedade e, se a nossa sociedade não pratica desporto, nós conseguimos contribuir para inverter esta tendência mas não conseguimos solucionar o problema. No campo desportivo, em relação aos números de participação, é a principal
reflexão que temos de fazer, ou seja, não ambicionarmos chegar a algo que é impossível. No campo político e de trabalho, a FADU é uma instituição muito respeitada internacionalmente. Em Março, tivemos a Assembleia Geral da Associação Europeia de Desporto Universitário (EUSA) aqui em Portugal, há dois anos conseguimos eleger um membro para o Comité Executivo da EUSA, já tivemos elementos no Comité Executivo da Federação Internacional (FISU), somos um participante ativo no panorama internacional tendo, nas competições europeias e mundiais participantes de todas as modalidades. Tudo isto somado faz com que tenhamos uma estrutura jovem, capaz e ágil. Por isso, só temos que ter orgulho naquilo que fazemos e continuar o trabalho que temos vindo a fazer para nos promover internacionalmente e para sermos um exemplo a seguir. Há ainda muito por fazer no desporto universitário? Há mesmo muito por fazer! O desporto nacional só vai ter, efetivamente, um pulo quando os órgãos máximos
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das universidades entenderam que isto é prioritário e, felizmente, temos bons exemplos como os reitores de Coimbra, do Porto e do Minho. No entanto, ainda há instituições arredadas da realidade que não consideram o desporto universitário uma fonte de enriquecimento para os estudantes. No campo nacional, o problema são as barreiras e, por isso, estamos a trabalhar no estatuto do atleta e no seguro escolar, no sentido de normalizar, no campo legislativo, aqueles que são alguns direitos que devem ser garantidos aos estudantes que tomam a decisão de serem atletas universitários. Quanto mais caminharmos nesse sentido, mais jovens do ensino superior teremos a participar no desporto. Com a quantidade também vem, muitas vezes, a qualidade.
No campo internacional, quanto maior visibilidade o desporto nacional tiver dentro do próprio país, maior visibilidade, naturalmente, terá no estrangeiro. Julgo que, neste aspeto, se aplica a velha máxima do “agir local, pensar global” para um melhor desenvolvimento do desporto universitário quer a nível nacional, quer a nível internacional. Temos sido os primeiros a tentar passar esta mensagem e há uma margem de progressão muito grande até chegarmos a um nível em que possamos ter um impacto na sociedade próximo ou equivalente aos jogos olímpicos, porque é de louvar que os atletas consigam conciliar o seu alto rendimento desportivo com o seu percurso académico. Quais são as próximas competições a que poderemos
assistir em Portugal?
Joana Meira
Este ano vamos ter o Campeonato europeu de voleibol de praia a decorrer, em julho, na cidade do Porto, uma atividade que muito nos orgulha porque, sendo Portugal um país costeiro, é importante usarmos estas mais valias como promoção do que temos para oferecer. O Europeu de voleibol de praia estará interligado, na mesma organização, com o Mundial da mesma modalidade a realizar no verão do próximo ano, também na cidade invicta. Em outubro, Coimbra recebe o Campeonato Europeu de judo, modalidade na qual temos uma forte tradição e uma grande capacidade de obter bons resultados. Para o ano que vem, teremos uma modalidade que é muito querida no nosso país, o Campeonato Mun-
Nuno Gonçalves
Bruno Barracosa deixa o cargo de presidente da FADU em outubro
dial de andebol que se vai realizar na Universidade do Minho e, visto que fomos vice-campeões do Mundo, no ano passado no Brasil, as expetativas estarão, com certeza bastante elevadas. Neste momento, somos candidatos a vários eventos, uns que vamos, provavelmente, conseguir e outros não. A Universidade do Minho mostrou a sua vontade em receber o Campeonato do Mundo de karaté em 2016 e a Associação Académica de Coimbra também se mostrou recetiva para acolher os Jogos Europeus Universitários, no mesmo ano. A UBI é candidata à organização do Mundial de basquetebol 3x3, um desporto que tem já uma grande tradição na Covilhã e, por este motivo, pode servir para impulsionar e dinamizar a prática desta modalidade em Portugal. Ainda para 2016, fala-se da possibilidade da Universidade do Algarve receber o Campeonato do Mundo de golfe e do interesse da Associação Académica da Madeira em acolher o Campeonato do Mundo de corta-mato. Temos candidaturas muito fortes que, possivelmente, trarão, pelo menos, mais dois campeonatos para o
nosso país. Para finalizar, o que espera do seu futuro na FADU? O meu mandato termina agora em outubro e, quando chegar ao fim, eu quero olhar para trás e ver que deixei um legado, que deixei algo que possa ter melhorado o desporto universitário português, a federação e os clubes. Agora que me aproximo da reta final, é um momento de introspeção e acredito que conseguimos dar mais visibilidade ao desporto, criar mais consciência política e vamos deixar mais ferramentas para que, no futuro, cada vez mais estudantes participem no desporto universitário. Depois do mandato, irei concluir o meu curso e seguir o meu percurso. Não sei se me irei envolver em questões desportivas ou não, mas relativamente à FADU, espero quem venha para o nosso lugar, aproveite aquilo que nós deixamos e que tente elevar ainda mais o desporto universitário, para torná-lo mais forte, mais abrangente e mais sólido. É o encerrar de um capítulo da minha vida, mas acho que deixo uma “família FADU” feliz com aquilo que conseguimos.
TECNOLOGIA E INOV escolas usam cada vez mais tecnologias de informação bruno fernandes micanandes@gmail.com
Um estudo, divulgado pela União Europeia, revela que, cada vez mais, as escolas estão a usar as TIC. Portugal é apontado como um exemplo positivo. Alunos estudam em escolas com banda larga O estudo chega à conclusão que os 9 em cada 10 alunos estudam em escolas equipadas com ligação à internet entre os 2 e os 30mbps (megabites por segundo) de velocidade, ficando o número de computadores por número de alunos entre os três e os sete equipamentos. No entanto, nem tudo é positivo! Só metade dos alunos europeus com 16 anos estuda em escolas equipadas com
equipamentos recentes e ligações à internet acima dos 10mbps, para além de ambientes virtuais, redes sem fios ou serviços de e-mail para alunos. Ainda nesta faixa etária, 20% nunca ou quase nunca usaram um computador na escola. O estudo também revela que uma em quatro crianças com nove anos estuda em escolas totalmente digitais. O estudo também põe em destaque a substituição dos computadores de secretária pelos computadores portáteis. Portugal entre os melhores Apesar da reduzida quantidade de respostas (35%, percentagem referente à amostra/escolas onde pelo menos um aluno ou um professor respondeu ao questionário), é possível concluir que Por-
tugal é um dos melhores países na utilização das TIC em ambiente escolar. Segundo o estudo, os alunos levam os seus próprios equipamentos para a escola e os ambientes virtuais são muito utilizados. No entanto, o número de equipamentos por aluno deixa muito a desejar: a média de equipamentos por aluno anda na ordem do um computador por 71 alunos, enquanto que a média europeia é de um computador por vinte alunos. A Roménia tem a pior situação deste item do estudo (um computador para 500 alunos) e a Dinamarca a melhor situação (um computador por quatro alunos). Quanto a quadros eletrónicos, Portugal apresenta uma média de um quadro eletrónico por 83 alunos, sendo o quinto melhor da União Europeia.
DR
twittadas DANIEL MOTA danielmotap@gmail.com
Nova Zelândia.
Ameaças na Internet aumentam em Portugal Twitter lança serviço de música A rede social Twitter lançou, no passado dia 18 de Abril, um serviço de música personalizado denominado por #music. De acordo com a Agência Lusa, cada utilizador poderá descobrir e ouvir canções em função das suas atividades, das preferências musicais e dos seus seguidores na rede. As músicas disponíveis estão agregadas ao iTunes, ao Spotify e ao Rdio mas a rede social promete associar-se a mais plataformas ligadas à música. O serviço encontra-se, nesta fase inicial, apenas disponível nos EUA, Canadá, Reino Unido, República da Irlanda, Austrália e
O estudo da Symantec, líder global em soluções de segurança, revelou um aumento na ordem dos 42% a nível global nos ataques dirigidos em 2012, em comparação com o ano anterior (2011). Estes estão cada vez mais a atingir o sector industrial, bem como pequenas empresas. Portugal foi o 38.º país a registar mais ameaças na Internet em 2012, face ao 44.º lugar ocupado no ano anterior. Em Fevereiro de 2012, “60% do tráfego de e-mails monitorizados em Portugal dizia respeito a mensagens de ‘spam’ (mensagem eletrónicas não solicitadas).
Jogo português destacado na AppStore Fangz é o nome do jogo português que está a fazer furor na loja virtual de aplicações da Apple. “Mata, desfaz e esmaga advogados, banqueiros e outros vampiros” é a frase de apresentação do 1º jogo português em destaque e com mais de 13 mil downloads na AppStore. De acordo com o JN, o jogo funciona em tablets e smartphones e reflete um investimento de cerca de 150 mil euros e mais de 10
mil horas de trabalho. Alexandre Ribeiro começou a trabalhar no projeto em 2009, primeiro nas horas livres do emprego na Nokia Siemens, depois a tempo inteiro após cessar funções na empresa. Surfistas e as ondas no telemóvel Desde o passado mês de abril que quem quiser surfar poderá saber o estado das ondas a partir do telemóvel. A aplicação via internet com as previsões
das condições para a prática da modalidade em várias praias da costa portuguesa tem o nome de “Qual é a tua onda?”. Esta pertence ao projeto do Instituto Hidrográfico (IH) que, em parceria com a Federação Portuguesa de Surf vai apoiar o desenvolvimento do surf em Portugal. Os produtos que vão ser disponibilizados à escala das praias agrupam previsões espaciais da altura e período das ondas, assim como previsões da maré e do vento local.
OVAÇÃO
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liftoff,
http://liftoff.aaum.pt/ facebook.com/aaum.liftoff
gabinete do empreendedor da AAUM
promove... Conferência “Emprego Bom e Já!” 10 de Maio no Campus de Gualtar Terminaste ou estás prestes a terminar o curso? E agora? O Liftoff, o GIP e a b.orange organizam a Conferência “Emprego Bom e Já!” que te ajudará a responder a esta questão. Esta conferência consiste em mais uma forma de apoio e orientação aos jovens que terminaram ou se encontrar a terminar a sua formação académica superior e iniciam o seu percurso nomercado laboral. O orador será o Ricardo Peixe. Coach de Alta Performance
e Trainer Specialist, Practioner em PNL, Palestrante Universitário e Empresarial, Autor, Bloguer e Apaixonado por Comportamento Humano.
Inspira-te + Atreve-te = Diferencia-te!
Building Global Innovators Sessão de Apresentação na Universidade do Minho És empreendedor? Tens uma inovação em mente? Então não podes deixar de conhecer a 4ªEdição da Building Global Innovators. Este programa visa identificar e apoiar ideias de negócio de carácter tecnológico, promover a conexão entre empreendedores e investidores à escala global e encorajar a colaboração a nível internacional. Na sessão de apresentação a decorrer a 22 de Maio na Universidade do Minho será explicado o funcionamento do programa, quais os resultados alcançados e quais os benefícios. Alguns Alumni estarão presentes para falar da sua experiência!
A conferência é gratuita mediante inscrição. Dia 10 de Maio, das 15h às 16.30h.
O programa conta com os seguintes resultados até à data: - 80% dos semifinalistas lançaram as suas startups; - 15 mil euros de financiamento garantido; - Cerca de 100 postos de trabalho qulificado criados.
Local: CPII-102, Universidade do Minho, Campus de Gualtar
Local: campus de Gualtar (espaço a confirmar) Mais informações em http://mitportugal-iei.com/
> > 8 MAIO ‘13 Workshop “Nega o ócio, mas planeia!” B>IN em Guimarães
> 10 MAIO ‘13 Conferência “Emprego Bom e Já” Campus de Gualtar, em Braga
> 22 MAIO ‘13 Sessão de Apresentação “Building Global Innovators” Campus de Gualtar
> 29 MAIO ‘13 Startup Tour
Ofertas de emprego Departamento Comercial - Assistente (M/F) - Braga
gip@aaum.pt www.aaum.pt/gip
Gabinete-de-Inserção-Profissional-da-AAUM
Perfil: - Elegibilidade para Estágio Profissional (condição preferencial; - Experiência em vendas e publicidade; - Persistência, Capacidade de Argumentação e Persuasão; - Dinamismo e Orientação para os objectivos; Oferta: - Vencimento base + Prémios
Estágio profissional em jornalismo/comunicação social - Braga (M/F)
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Perfil: - Licenciatura em C. Comunicação/Com.Social/Jornalismo - Experiência/Orientação para o jornalismo radiofónico e audiovisual (preferencial) - Domínio de Premiere, Audition, Photoshop, After-Effects, InDesign, Final Cut - Criatividade e Rigor Oferta: Bolsa IEFP.
- Divulgação e apresentação de um produto; - Dinamização do stand de vendas; - Datas: 25, 26, 27 e 28 de Abril e 2, 3, 4 e 5 de Maio; - Horários: 5 horas (das 15h às 20.00h); Condições: - Integração em equipa jovem e dinâmica; - Contrato de trabalho;
- Licenciados/mestres (M/F) em Informática - Guimarães - Engenheiro-Formador Electrotécnico (M/F) Engenheiro (M/F) | Projectos de Melhoria
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CULTURA long way to alaska vão até ao fundo do mar “Life Aquatic” é o nome dos mais recente EP dos Long Way to Alaska. Um trabalho com quatro novos temas, onde a água e o mar estão novamente presentes no imaginário dos músicos. JOSÉ REIS jose.reis@rum.pt
É assumido: os Long Way to Alaska têm uma relação muito próxima com a água. Já havíamos notado isso em “Eastriver”, o primeiro longa duração da banda, através das letras e das imagens que acompanhavam a edição. Mas o novo EP, “Life Aquatic”, aprofunda essa relação ao mergulhar na imensidão da vida aquática. “É música de verão, num espírito mais tropical, mais festivo e menos melancólico”, revela Nuno Abreu, um dos elementos da banda, que acaba de editar o EP novo. “É um registo que tem uma essência diferente, em que as guitarras e as vozes estão diferentes, em que as músicas estão mais adultas, mais sólidas”, assegura Gil Amado, outro dos elementos dos Long Way to Alaska. Músicas mais longas Um trabalho que apresenta uma banda com estrada feita, onde o disco espelha os concertos dados entre álbuns, onde a idade que
avança sintetiza um disco mais coeso, “mais denso”. “As músicas estão mais coloridas, há uma nova cor na vida dos Long Way to Alaska”, revela Gil, logo assumindo que “não foi algo pensado, foi algo que foi acontecendo naturalmente”. A banda, que parte agora
para os concertos pelo país, sabe que leva “uma brisa refrescante” que, acreditamos nós, poderá animar muitas pessoas que os virem ao vivo. São quatro os temas que compõem este novo EP, ao longo de mais de 20 minutos, onde a presença de Miguel Nicolau, dos Me-
mória de Peixe, vem acrescentar ainda mais ritmo ao existente no próprio tema, “King of Your Own”. “Sempre fizemos músicas muito curtas, mas este disco aposta em músicas mais longas. É mais uma das diferenças que encontramos quando comparamos as duas edi-
DR
ções. Conseguimos mudar”, dizem os elementos da banda. Banda esta que, por agora, não pensa lançar uma longa duração; por agora, aproveita a vinda no fundo do mar, refrescante, exótica mas, acima de tudo, muito promissora do qur virá depois.
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RUM BOX
AGENDA CULTURAL
TOP RUM - 16 / 2013
BRAGA
19 ABRIL
13 DEERHUNTER Back to the middle 14 B FACHADA - Carlos T
1 NICK CAVE & THE BAD SEEDS We no who u r
15 SOAKED LAMB, THE A flor e o espinho
2 JUNIP - Your life your call
16 CAT POWER - Ruin
3 CALIFORNIA WIVES - Tokyo
17 DJANGO DJANGO Hail bop
4 MIRALDO - The ancient days 5 PALMA VIOLETS Best of friends 6 YEAH YEAH YEAHS Sacrilege
18 WE TRUST & BEST YOUTH Tell me something 19 ALLAH-LAS Don’t you forget it 20 DIABO NA CRUZ - Luzia
7 ORLANDO SANTOS For real (electric mood)
POST-IT
8 RHYE - The fall
29 abril > 3 maio
9 DEOLINDA - Seja agora 10 FOXYGEN - No destruction
ORELHA NEGRA My Best Kept Secret feat. Kika Santos
11 OS SOBREVIVENTES Que força é essa
DAFT PUNK Get Lucky
12 QUEENS OF THE STONE AGE - My god is the sun
IGGY AND THE STOOGES Burn
CD RUM
dear telephone “taxi ballad”
SÉRGIO XAVIER sergio.xavier@rum.pt
Os Dear Telephone apresentaram-se ao mundo em 2011 com o EP ‘Birth of a Robot’. Segundo os próprios, a intenção residia na “vontade de decantar soap operas e melodramas de bolso, em pop duro, frugal e minimalista”. Um disco que serviu de introdução a um novo território sonoro de uma banda cujos membros têm
um passado (e presente) musical bastante rico e diversificado, com ligações a bandas como os The Astonishing Urbana Fall, La la la Ressonance, Peixe:Avião, Green Machine ou Kafka. A mudança de formação em relação ao EP, com a entrada de Ricardo Cibrão para o lugar de Paulo Araújo, não alterou a coesão nem a orientação da sonoridade da banda. Ainda assim há a destacar uma maior presen-
DANÇA 3 de Maio Estrangeiros Theatro Circo
3 de Maio Dead Combo GNRation
FAMALICÃO
GUIMARÃES
TEATRO 29 e 30 de Abril Memorial do Convento Casa das Artes
MÚSICA 30 de Abril Azeituna na Sé Sé de Braga
MÚSICA 7 de Maio José James No Beginning no end CCVF
2 e 3 de Maio Brightfield Casa das Artes
30 de Abril Rhys Chatham GNRation
5 de Maio Sónia e as Profissões São Mamede
EXPOSIÇÃO 4 a 30 de Maio Exposição Helena Romão Casa das Artes
LEITURA EM DIA
Para ouvir de segunda a sexta (9h30/14h30/17h45) na RUM ou em podcast: podcast.rum.pt Um espaço de António Ferreira e Sérgio Xavier.
1 - Agosto de Rubem Fonseca - Sextante. O comissário Alberto Mattos, a crise política, manipulações de toda a ordem, o suicídio de Getúlio Vargas num romance genial e perfeito de um autor incomparável. Merecedor do Nobel.
Portugal e os portugueses, às vezes, justo, outras vezes, sobranceiro.
2 - Este é o Reino de Portugal de José Brandão Saída de Emergência. Antologia de textos, diários e cartas, de autores estrangeiros, sobre
3 - As recordações de Edna de Sam Savage - Planeta. Um autor “tardio” com um romance delicado e pungente, sobre e da vida de uma mulher.
5 - Filha do papa de Luís Miguel Rocha - Porto Editora. O Vaticano, Pio XII, a II Guerra Mundial, a dupla Sophia e Rafa, numa aventura plausível e trepidante. Lê-se num fôlego.
ça das guitarras, bem evidente logo na faixa de abertura ‘O dearest knight in shining armour’, e a “libertação” das vozes de André Simão e de Graciela Coelho, que muitas vezes surgiam em unísssono, funcionando como um bloco. Esta maior autonomia enriquece o trabalho. Permite “jogar”
com a duplicidade e com o exercício de personagens tão característicos dos Dear Telephone, para além de demonstrar a qualidade vocal excepcional de Graciela, um pouco escondida em ‘Birth of a Robot’. Não sendo um disco de fácil acesso, a música dos Dear Telephone mantém uma
certa austeridade e frieza, as sucessivas audições vão-nos revelando um grande disco! A primeira apresentação em palco acontece a 4 de Maio no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães. No final do mês os Dear Telephone marcam presença na segunda edição do Optimus Primavera Sound, no Porto.
DR
DR
4 - Eu (Não) Sou Um Cromo de Jim Smith - Bertrand. Mais uma novidade, irreverente e imaginativa, para ombrear com todos os diários “bananas” e, por cima, fará as delícias dos leitores mais “pequenos”.
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DESPORTO
“mão cheia de ouro” em cnu’s com nota artística para os atletas da aauminho Nuno Gonçalves
DANIEL VIEIRA DA SILVA daniel.silva@rum.pt
O voleibol feminino e as equipas de futsal feminino e masculino da AAUMinho subiram ao lugar mais alto do pódio nas Fases Finais dos Campeonatos Nacionais Universitários (CNU’s) que se realizaram na Covilhã, após vencerem nas finais as suas adversárias da Académica de Coimbra. Um feito inédito, uma vez que nunca a academia minhota tinha chegado à “mão cheia” de títulos colectivos em fases finais. Foi a 25 abril que se deu a revolução minhota nestes
CNU’s com estas conquistas. Os pavilhões desportivos da UBI, sempre bem compostos, foram o palco destas finais. No entanto, o dia não começou tão bem como se esperaria com a equipa de voleibol masculino a deixar fugir o bronze no jogo de atribuição de 3º e 4º lugares. Foi frente à equipa da U. Porto que os minhotos sucumbiram no primeiro jogo minhoto do dia com uma derrota inequívoca de 3-0. As atenções da tarde e noite viraram-se para o principal pavilhão da UBI com as finais de futsal e voleibol a chamar a atenção dos estudantes. No voleibol feminino, jogo
que pareceu fácil para o Minho. 3-0 frente à Académica selaram o regresso da taça para o Minho, dois anos depois. Muita estratégia do treinador minhoto que estudou bem a equipa adversária conseguindo, desde cedo, aniquilar os pontos fortes da AAC. Com este brilhante triunfo a AAUMinho conquistou pela 5ª vez o título nacional na variante feminina e garantiu a presença no Europeu Universitário que decorrerá em Chipre. Do voleibol para o futsal... Mudou a modalidade, não mudou o resultado. Só deu Minho! No futsal feminino, frente à
Académica, campeã em título e campeã europeia em 2010, as minhotas entraram melhor, mas só perto do intervalo chegaram à vantagem. 2ª parte, quando muitos suspeitavam da reviravolta, as minhotas deram mostras da excelente forma com que se apresentaram na Covilhã e fecharam o encontro com 3-1. A turma feminina deu lugar aos masculinos que, cedo quiseram repetir a proeza. Foi, uma vez mais, frente à Académica da Coimbra quea AAUM brilhou. Desta vez excedeu a vitória convencional e destronou os homens de Coimbra. Ao intervalo o resultado não deixa-
va espaço a dúvidas. AAUM 5 - 0 AAC. Na segunda metade a AAUM geriu da melhor PUB forma o marcador, aguentou a pressão da Académica, mas sempre com o triunfo assegurado, apesar das investidas adversárias. Resultado final... 7-1 para o Minho, desta feita, com nota artística 10 para alguns jogadores minhotos que chegaram ao tetra campeonato. Contas feitas, foram uns CNU’s memoráveis paras as contas da AAUMinho que juntaram ao futsal masculino e feminino e ao voleibol feminino, os títulos de andebol masculino, futebol de 11 e o bronze do basquetebol feminino.