SP. BRAGA/AAUM QUASE PERFEITO VULGARIZA CANDIDATO BENFICA O ACADÉMICO PASSOU A SEMANA DO GRANDE JOGO COM A EQUIPA BRACARENSE
MOVIMENTO LGBT CRESCE EM BRAGA Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 196 / ANO 9 / SÉRIE 5 TERÇA-FEIRA, 29.OUT.13
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campus TutorUM são caso de sucesso na academia AGIR acusa AAUM de “esconder” as quintas-feiras negras no ensino superior Grupos culturais organizam serenata em Guimarães
ACADÉMICO EM PDF
Start Point fecha com balanço positivo
FICHA TÉCNICA
SEGUNDA PÁGINA
FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // Terça-feira, 29 Outubro 2013 / N196 / Ano 09 / Série 5 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // REDACÇÃO: Adriana Carvalho, Adriana Couto, Alexandre Rocha , ana Pinheiro, Ana Rita Carvalho, bárbara Araújo, Bárbara martins, Bruno Fernandes, Catarina Hilário, Cátia Silva, César Carvalho, Clara Ferreira, Cláudia Fernandes, Daniel mota, Dinis Gomes, Diogo Pardal, Francisco Gonçalves, Inês Carrola, Joana Videira, João Araújo, João Pereira, Judite Rodrigues, Marta Roda, márcia Pereira e Sara Ferreira, Sara Silva, Tomás soveral. // COLABORADORES: Elsa Moura e José Reis // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: jornalacademico@rum.pt //TIRAGEM: 2000 exemplares // IMPRESSÃO: GráficaAmares // Depósito legal nº 341802/12
29.OUT.13 // ACADÉMICO
BARÓMETRO
EM ALTA
NO PONTO
EM BAIXO
Sp. Braga/AAUM Esta equipa corre o sério “risco” de aqui aparecer, várias vezes, ao longo da temporada. A vitória expressiva e esclarecedora, este fim-de-semana, frente ao Benfica não deixa margem para dúvidas. O Sp. Braga/AAUM vai dar muito que falar este ano. Um punhado de bons jogadores, alguns deles experientes, aos quais se aliam meia dúzia de “miúdos” que há um ano atrás viam os ídolos que agora derrotam pela televisão. Fantástica exibição, carisma e atitude desta equipa que parece ter cativado os adeptos e a cidade. O bom futsal veio para ficar em Braga.
Start Point Mudou de local. Deixou de ter os “holofotes” que uma Capital Europeia da Juventude trazia. Viu reduzido o apoio e financiamento. Teve que se adaptar e, quando se esperava um natural abrandamento, voltamos a ver uma atividade em crescimento. Esta 2ª edição da Start Point não se acomodou e teve a capacidade de se recriar. Os parabéns, logicamente, têm de ser dados à Associação Académica da Universidade do Minho que, através do seu Gabinete do empreendedor, o Liftoff, conseguiu realizar mais um grande evento dentro destas temáticas.
Discriminação LGBT O ACADÉMICO destaca, esta semana, através de uma reportagem, a temática LGBT. Em Braga, cidade tipicamente conservadora, deu-se há meses uma marcha pelos direitos da comunidade LGBT. Na Universidade do Minho está na calha a criação de um outro movimento que se bate pelos mesmos direitos. Esta é uma comunidade crescente, que se vai assumindo de uma forma mais visível e merece, pelo menos, um tratamento onde qualquer tipo de discriminação fique à porta. Afinal de contas, somos todos seres humanos, não é?
REUNIÃO GERAL DE ALUNOS ORDINÁRIA CONVOCAM-SE TODOS OS ALUNOS DA UNIVERSIDADE DO MINHO De acordo com o disposto no artigo 31º dos Estatutos da Associação Académica Universidade do Minho, venho por este meio convocar todos os alunos da Universidade Minho a participar na Reunião Geral de Alunos Ordinária, que irá ter lugar no dia 31 outubro (quinta-feira), pelas 16h00, no Campus de Azurém, com a seguinte ordem trabalhos:
da do de de
1. Informações; 2. Aprovação das atas das Reuniões Gerais de Alunos anteriores; 3. Apreciação da execução orçamental e do cumprimento do Plano de Atividades com referência a 30 de setembro; 4. Outros Assuntos.
Não estando reunido quórum à hora marcada, a Reunião Geral de Alunos será marcada para 30 minutos mais tarde. O auditório onde se realizará a RGA será divulgado nos próximos dias.
Mais se informa que o transporte entre campi é gratuito e que qualquer dúvida pode ser esclarecida nos Gabinetes de Apoio aos Alunos.
Braga, 24 de outubro de 2013,
PÁGINA 03 // 29.OUT.13// ACADÉMICO
LOCAL câmara de braga revoga expropriação das convertidas e pensa em pousada da juventude noutro local ELSA MOURA elsa.moura@rum.pt
A Câmara Municipal de Braga revogou esta segunda-feira, na primeira reunião do novo executivo municipal, uma das decisões mais controversas do último mandato de Mesquita Machado, a expropriação dos edifícios contíguos à casa as Convertidas. A promessa já tinha sido feita por Ricardo Rio, aquando do processo de expropriação realizado ainda este ano. As críticas vinham de toda a oposição a Mesquita Machado. Esta segunda-feira, a proposta de revogação apresentada pelo novo líder autárquico de Braga mereceu os votos favoráveis, tanto da coligação Juntos por Braga, como de Carlos Almeida, o vereador eleito pela CDU a 29 de setembro. Já os vereadores do Partido Socialista votaram contra. Para Ricardo Rio, os três milhões de euros podem vir a ser canalizados para questões prioritárias para o município. Recorde-se que
o montante da expropriação continua na esfera do tribunal. “Não era uma prioridade nem nos convenceu que aquele era o melhor local para a Pousada da Juventude”, justificou Ricardo Rio à universitária. O social democrata vai mais longe e lembra que “o processo de aquisição dos terrenos adjacentes às Convertidas é tudo menos transparente”. O autarca sublinhou, no entanto, que a requalificação das Convertidas continua dentro dos planos, mas não nos moldes que tinham sido aprovados pelo anterior executivo. Aliás, o novo executivo considera que há outros locais possíveis para a instalação da nova pousada, entre eles, o edifício da Escola Francisco Sanches. O presidente da autarquia deixou, ainda, uma garantia aos bracarenses: “Enquanto for possível reverter ou tomar diligências para anular esta decisão, nós fá-lo-emos”. Já o Partido Socialista, recorde-se, votou contra a revogação da expropriação. Ví-
DR
tor Sousa explicou que o ato realizado ainda no mandato de Mesquita Machado “é legal” e que esse “é um bom projeto” e que a decisão hoje tomada “não é uma boa forma de iniciar um mandato”. Para o socialista, a requalificação das Convertidas “vol-
ta ao zero” e recordou que “sempre houve consenso relativamente a este projeto. Estranhamos que ainda hoje o presidente da câmara tenha dito, claramente, que deixava de constituir uma prioridade a intervenção das Convertidas”. Ora, o verea-
dor eleito pela CDU votou a favor desta revogação. Carlos Almeida explicou que “corresponde à posição que a CDU assumiu desde o início”. A revogação, no entanto, neste caso, não tem efeito imediato.
PÁGINA 04 // 29.OUT.13 // ACADÉMICO
CAMPUS
7ª arte volta a invadir a uminho márcia pereira marcia.constantino@hotmail.com
Nos próximos dias 9, 10 e 11 de novembro, chega a 11ª edição do Bragacine, o festival internacional de cinema da cidade de Braga. Este foi o primeiro festival cinematográfico independente em Portugal e conta com onze edições em apenas dez anos, pelo que este ano celebra o seu 10º aniversário. Este festival decorrerá na Universidade do Minho, no campus de Gualtar, no anfiteatro B1 do CP II e contará com grandes nomes do cinema. “Estamos a fazer um balanço dos últimos anos e temos notado uma grande evolução, quer na qualidade da programação, quer nos con-
vidados de honra”, é o que diz o responsável pelo evento, Artur Barros Moreira. O responsável divulgou, também, a lista de convidados deste ano, onde se podem destacar o editor de som de “O Cavaleiro das Trevas” e “Star Wars”, Garry Rizzo, os atores Rosie Day (nomeada para os prémios da revista Empire, nos Estados Unidos da América), Dalila Carmo (protagonista da novela “Florbela Espanca”) e Rogério Samora (protagonista da novela “Delfins”), a jornalista e escritora, Pilar del Río, o editor de efeitos especiais e de maquilhagem Paul Hyett (nomeado para 2 prémios Saturno, ou seja, o equivalente ao Óscar para a Ficção Científica) e a produtora Allison W. Gryphon. Um dos cuidados do Bragacine deste ano será apostar nas curtas-metragens, que “estão muito boas e engraçadas”, sendo que antes
da projeção de cada longa-metragem será sempre apresentada uma curta-metragem, concluiu o responsável. É ainda de salientar que este evento tem especial atenção no que toca à valorização do cinema português. Contando com um júri internacional, composto por Anxo Santomil, Uxia Blanco, José Carlos de Oliveira, Manaira Aires e Paulo Duarte Filipe, pode-se agora esperar com alguma ansiedade para saber quem serão os vencedores de prémios como “Melhor Curta-Metragem”, “Melhor realizador”, “Melhor filme em Português”, “Melhor Atriz” e muitos outros. Uma vez que até o “preço dos bilhetes é simbólico” [rondando os dois euros], Artur Barros Moreira apela ainda a que toda a academia esteja presente nesta que é a 11ª edição deste festival de cinema de Braga.
CAMPUS PÁGINA 05 // 29.OUT.13 // ACADÉMICO
daniel mota danielmotap@gmail.com
Decorreu na passada semana, no edifício da reitoria da Universidade do Minho (UM) a Start Point. A Associação Académica da UM (AAUM) juntamente com a academia minhota promoveram o evento cuja organização esteve a cargo do Liftoff – Gabinete do Empreendedor da AAUM. A feira de emprego e empreendedorismo contou, de acordo com a organização, com “649 participantes nas várias atividades e foi visitada por mais de 1500 pessoas no total dos dois dias”. Esta atividade foi totalmente gratuita e pretendeu proporcionar não só o contacto direto entre os jovens/adultos e o mercado de trabalho, mas também com a divulgação de oportunidades, o desenvolvimento de competências e o networking dos participantes. A AAUM disponibi-
start point termina com “balanço bastante positivo” AAUM
lizou ainda o transporte desde os campi até à reitoria. A feira teve como principais públicos-alvo a comunidade académica, jovens desempregados, jovens estudantes do ensino secundário e empreendedores. Ana Rita Ribeiro, do Liftoff,
esclarece ao ACADÉMICO: “As principais diferenças em relação ao ano passado foram o local e a dimensão da atividade. Este ano optamos por escolher a reitoria por ser mais central, mas também para ‘abrir’ as portas da UM à comu-
nidade em geral”. Questionada acerca das principais dificuldades que atravessou na organização desta feira e o balanço global que faz, realça: “Sabíamos que organizar uma atividade fora do campus universitário seria arriscado, nomeadamente,
dada a maior dificuldade de adesão por parte dos alunos. Estamos conscientes de que existem vários aspetos a melhorar e entendemos que o balanço final foi bastante positivo dado o feedback das empresas e dos participantes”, concluiu a responsável.
neeum promove jornadas de estatística no desporto bárbara araújo barbarasilvaraujo@gmail.com
O Núcleo de estudantes de Estatística da Universidade do Minho (NEEUM) está a organizar as 1º jornadas de estatística no desporto, a decorrer no próximo dia 31 de outubro, ou seja, já na próxima quinta-feira. Esta iniciativa tem como objetivo promover a interação da estatística com o desporto e mostrar que ambos se complementam, na medida em que a estatística contribui para o conhecimento da evolução e funcionamento do sistema desportivo. O evento terá lugar na Escola de Ciências da Universidade do Minho, no campus de Azurém, em Guimarães com uma sessão de aber-
tura a acontecer às 10h30. O dia em de discussão em torno destas temáticas só termina perto das 17h com uma palestra do treinador adjunto de basquetebol do Vitória S.C., Hugo Salgado. No decorrer do dia contam-se, também, inúmeras presenças, nomeadamente, Paula Nogueira, membro da Comissão Executiva de Guimarães 2013, Cidade Europeia do Desporto, Bruno Rodrigues, jornalista do Jornal “O JOGO”, Neno e Allan Cocato, o treinador adjunto de futebol do Vitória S.C., Arnaldo Teixeira, Bruno Travassos, da UBI, Maria Carmen Iglesias Pérez, da Universidade de Vigo, e por fim, a presença de Jaime Sampaio, da Universidade de Trás-os- Montes e Alto Douro. Para participar nestas jornadas, terá que ser efetuada
a devida inscrição, inteiramente gratuita, a partir
do site da NEEUM (www. neeum.com), onde também
podem obter mais informações acerca deste evento.
CAMPUS PÁGINA 06 // 29.OUT.13 // ACADÉMICO
tutorum... um caso de sucesso na universidade do minho ANA RITA MAGALHÃES anarita-magalhaes@hotmail.com
Desde a sua criação já “passaram” pelo tutorUM 104 alunos, sendo que “43% encontram-se inscritos, 36% concluíram a sua licenciatura ou mestrado, 9% mudaram de instituição e 13%, ao que sabemos, infelizmente desistiram”, revela o responsável pelo Departamento do Desporto e Cultura da Universidade do Minho, o professor Fernando Parente. Os objetivos deste programa são “apoiar um grupo de estudantes muito especial que dedica grande parte do
seu tempo semanal ao treino e competição desportiva”. Em termos práticos, os alunos contam com o apoio de um docente responsável pelo seu acompanhamento e com a participação da Reitoria, Conselho Académico, Serviços Académicos (questões administrativas e
académicas) e dos Serviços de Ação Social (secretariado e questões desportivas). Segundo Fernando Parente, existe um estatuto legal de apoio a estes estudantes especiais e é importante que a Universidade esteja direcionada nesse sentido, pois caso “não crie envolvimento
Miguel Sarmento é um dos casos de sucesso do tutorUM
Dicas
com os docentes e motive os estudantes para o sucesso estudar, a possibilidade de não integração e risco de abandono escolar é muito elevado. O estudante necessita de sentir um apoio efetivo e orientação académica para uma melhor conciliação com a atividade extracurricular”. Na Universidade do Minho existem inúmeros casos de sucesso, como por exemplo, “a Ercília Machado que se encontra a tirar o Doutoramento em Engenharia Biológica neste momento”. O sucesso é alcançado por todos aqueles que conseguem conciliar, por um lado os estudos, e, por outro, o
seu percurso profissional de alta competição. Miguel Sarmento é outro caso de sucesso. Este ano integrou a equipa do Futebol Clube do Porto, na modalidade de andebol, estando a disputar a Liga dos Campeões. Sarmento é finalista do curso de Ciências da Comunicação. Por tudo isso, o balanço deste programa é positivo. “Em termos académicos os resultados são muito positivos e sabemos que em termos desportivos, os estudantes continuam ou continuaram a desenvolver a sua prática desportiva enquanto estudaram”, concluiu Fernando Parente.
grupos culturais em guimarães organizam serenata à cidade adriana carvalho ac.eoresto@gmail.com
Sábado, dia 2 de novembro é uma data a fixar, a partir das 21:30h é hora de “Guimarães Académica” no Largo de Oliveira onde a 1ª Grande Serenata à cidade de Guimarães se irá realizar. Esta é uma organização conjunta entre a Afonsina, Tuna de Engenharia da Universidade do Minho e a Tun´Obebes, a Tuna feminina de Engenharia da Uni-
versidade do Minho. A iniciativa contará com a presença de três grupos de fado, nomeadamente o Grupo de Fados e Serenatas da Universidade do Minho, Trovas do Minho e os Amigos de Coimbra sendo que, no intervalo das atuações dos grupos, haverá a participação especial das tunas organizadoras. A ideia surgiu, explica Patrícia Oliveira, presidente da Tun´Obebes, “com a candidatura do projeto Guimarães Académica ao Progra-
ma Associativo - Tempos Cruzados, no âmbito da Capital Europeia da Cultura 2012”. Este projeto realiza-se em parceria com a tuna Afonsina e, dependendo da ativividade, pode ainda contar com a parceria de mais associações, como é exemplo a Associação Comercial e Industrial de Guimarães que também faz parte da organização da 1ª Grande Serenata à cidade. Com esta ação “pretende-se levar o espírito académico ao coração da cidade, através
do contato com as tradições e do fado português”, conta Patrícia Oliveira da organização que, como última atividade do projeto, decidiu realizar uma Grande Serenata à Cidade. Esta é uma forma de “agradecer à comunidade vimarense e à cidade de Guimarães o facto de nos acolher enquanto estudantes e, no caso de muitos dos nossos elementos, ser a cidade onde nascemos e vivemos”, sublinhou Patrícia Oliveira. As expetativas para o evento
são de, “apesar do frio caraterístico de época e da chuva prevista” sucesso, conclui Patrícia Oliveira. Este momento irá realizar-se debaixo dos Antigos Paços do Concelho de Guimarães mantendo desta forma o pública abrigado da possível chuva. A organização conta com o calor humanos da comunidade vimarense e académica e ainda dos amigos e familiares, mostrando-lhes assim, um pouco do dominio cultural e das suas tradições.
CAMPUS PÁGINA 07 // 29.OUT.13 // ACADÉMICO
ensino superior em discussão no instituto de educação
cátia silva catiaff_11@hotmail.com
O instituto de educação da Universidade do Minho recebeu no passado dia 25 um conjunto de vozes que debateram as grandes questões do ensino superior e do mercado de trabalho, tendo como principal preocupação os jovens licenciados e a licenciar-se. O seminário que se intitulou de “Ensino Superior e Mercado de Trabalho – tensões e desafios profissionais na contemporaneidade” foi constituído por docentes, quer da UMinho, como de
outras, doutorandos, responsáveis pela Fórum Estudante, entre outros. Ana Paula Marques, professora associada do departamento de sociologia e presidente da comissão organizadora, foi quem deu o mote de partida e moderou o primeiro debate, logo pela manhã. “A universidade, nos últimos anos, está em mudança acelerada, culpa do estado”, começou por afirmar Licínio Lima, um dos intervenientes e docente da UMinho. Neste painel, o ensino superior foi apresentado como uma articulação entre a educação e a forma-
ção para o mercado de trabalho, vista cada vez mais como um lugar de preparação para a vida profissional. Já Rui Marques, responsável pela Fórum Estudante, apresentou metaforicamente o mercado de trabalho como a prática de surf, onde as ondas são as oportunidades. Fernando Paiva, do Instituto Federal do Rio Grande do Norte, Brasil, preferiu embarcar pelo mediático tema do empreendedorismo. Este foi apresentado por ele como uma estratégia e necessidade face ao desemprego. “A universidade está a
transformar-se num centro de habilidades necessárias”, terminou Licínio Lima. Já durante a tarde, foi feita uma reflexão sobre as mudanças que se deram no ensino superior nos últimos 15 anos, bem como a situação da migração dos portugueses para outros países. A diversidade de cursos, a redefinição de objetivos e a introdução do método Bolonha, foram apenas três das mudanças apontadas por Carlos Gonçalves, doutorando em Sociologia. João Peixoto, professor da Universidade de Lisboa, apresentou as migrações internacionais
como algo que pode ser positivo. “Estar lá fora e aprender é das melhores coisas que podemos fazer”, disse. O painel terminou com a apresentação da investigação de doutoramento de Rita Moreira, da UMinho, sobre perfis dos potenciais empreendedores. À mesa juntaram-se, por fim, várias caras. Aqueles que durante todo o dia debateram as suas reflexões, juntaram-se outros protagonistas que, em interação com o público, debateram temas “quentes” da atualidade do ensino superior e do mercado de trabalho.
CAMPUS PÁGINA 08 // 29.OUT.13 //ACADÉMICO
agir acusa aaum de “esconder” as quintas-feiras negras CLARA FERREIRA clarasofiaf@gmail.com FRANCISCO GONÇALVES francisco.mog14@gmail.com
O mês de outubro foi o mês das «Quintas-Feiras Negras no Ensino Superior». Este calendário de protesto, que procura chamar a atenção dos governantes e opinião pública para os problemas que afetam o ensino superior, foi aprovado no último Encontro Nacional de Direções Associativas (ENDA), que reuniu presidentes de associações académicas de todo o país. Na Universidade do Minho, a Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) foi a dinamizadora desta ação de protesto, sendo alvo de críticas por parte do movimento AGIR – Agrupamento de Intervenção e Resposta. Críticas essas que incidiram na fraca adesão dos estudantes neste protesto por manifesta falta de divulgação. Contactado pelo ACADÉMICO, Eduardo Velosa, membro do movimento, afirma que “não é a primeira vez que isto acontece: a AAUM adere aos protestos organizados pelas associações académicas e acaba por não os realizar”. Em comunicado oficial do movimento, intitulado «AAUM esconde protesto dos estudantes!», é reiterada esta posição: “das quatro “quintas-feiras ne-
gras” do mês de outubro, a primeira foi nada mais que uma conferência de imprensa, a segunda seria um protesto em Guimarães, mas que se limitou a ser uma corrida (…) com inscrição paga”; quanto à terceira, marcada para 17 de outubro, Eduardo Velosa relata: “estavam cerca de uma dezena de dirigentes da associação e elementos do grupo AGIR, a que se juntaram duas ou três comissões de praxe” cujos elementos desconheciam o intuito da referida ação, sendo informados “à última da hora sobre aquilo que iria acontecer”. Eduardo Velosa indicou ainda que “na tarde anterior não havia qualquer tipo de informação por parte da AAUM” sendo disponibilizada apenas ao final da tarde, mostrando assim, segundo o membro da AGIR, a intenção em “esconder” este protesto. Para Eduardo Velosa, há um empenho por parte da AAUM em esconder este género de ações por esta ser “conivente com as políticas do atual governo”, referindo que, no que respeita às festividades académicas, há um esforço enorme na sua divulgação de modo a alcançar uma “adesão massiva”. AAUM acusa AGIR de provocar ruído desnecessário Em declarações ao ACADÉMICO, Carlos Videira diz
que o comunicado do movimento AGIR provocou “ruído desnecessário, tem muitas incorreções, confusões e está a tentar tirar proveito partidário”. O Presidente da AAUM reage assim, garantindo que o que ficou definido na moção em Reunião Geral de Alunos em setembro, “foi cumprido na íntegra”. A AAUM realizou uma Reunião de Comissão Política e Educativa da Direção aberta à comunidade académica e “não teve presença de nenhum representante da AGIR”.
Diz ainda, referindo-se a um dos pontos criticados pelo AGIR: “a Corrida Social, por exemplo, não estava definida nesta moção, apenas decidimos fazer também uma alusão às quintas feiras negras, não sendo este o principal objetivo da corrida.” Carlos Videira fez um balanço positivo desta atividade: “foram distribuídos 5000 flyers à comunidade local e académica, explicando os pontos centrais do protesto bem como as 20 respostas para um ensino superior melhor”. Esta atividade teve
também destaque no Facebook oficial das quintas- feiras negras, no Porto Canal, ACADÉMICO e AAUMTV e esteve presente na zona do campus de Gualtar e percorreu a Avenida Central, inclusive com atuações. Por fim, o presidente da AAUM diz que os protestos foram condicionados devido aos sinais de abertura e promessas feitas pelo Secretário de Estado e pelo Ministro da Educação e da Ciência. “Estas questões devem ser resolvidas preferencialmente com argumentação e diálogo”, concluiu.
PÁGINA 09 // 29.OUT.13 // ACADÉMICO
INQUÉRITO
consideras a comunidade LGBT discriminada em portugal? Eliana Jéssica considera a comunidade LGBT discriminada, de uma maneira geral, embora nunca tenha presenciado uma ação discriminatória. Embora concorde que a discriminação exista, e não conheça ninguém pessoalmente que faça parte da comunidade LGBT, Eliana pensa que é normal que a discriminação continue a existir na sociedade em que vivemos “Penso que é normal que exista porque somos todos diferentes, mas sinto que tem vindo a diminuir”. Eliana acredita que os valores primordiais como o respeito e a aceitação do outro tal como ele é, são muito importantes: “Posso não partilhar dos mesmos gostos de outras pessoas, ou não compreender da melhor forma, mas acima de tudo, respeito e não discrimino”. Quanto a possíveis soluções para acabar com a discriminação ainda existente, Eliana acredita que o “tempo e o desenvolvimento” se encarregarão de fazer com que as mentalidades mudem. ELIANA JÉSSICA 1º ano// RELAÇÕES INTERNACIONAIS
ALEXANDRA DELGADO2º ano 1º ANO// CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO
Alexandra Delgado concorda que a comunidade LGBT é discriminada “Sim, creio que a sociedade portuguesa ainda não está preparada para aceitar esta nova realidade”, afirmando que a sociedade ainda vive, na generalidade dos casos, “com certas ideias e preconceitos do século passado”. Alexandra já presenciou ações discriminatórias contra a orientação sexual de cada um: “Acho que estamos sempre num processo evolutivo e como esta é uma realidade que choca, é natural que ainda existam alguns comportamentos discriminatórios”. Embora considere que é compreensível ainda haver um pouco de discriminação na mentalidade de cada um, Alexandra acredita que isto possa vir a mudar. “Com o passar do tempo, quero acreditar que a nossa sociedade evolua de modo a não discriminar esta comunidade, que se insere na nossa própria comunidade”, diz a aluna. Para Alexandra, a palavra de ordem, em termos de soluções que contornem esta realidade discriminatória, é “educação”.
Rui Dias, considera a comunidade LGBT discriminada, até um certo ponto: “Foge um bocado daquilo que é o padrão normal e daquilo que é aceitável a nível científico”, acreditando que, todos os dias somos testemunhas de ações discriminatórias. “Acho que já está na massa do sangue do português”, sublinha o aluno. Embora concorde que a comunidade LGBT é vítima de discriminação por parte da sociedade em geral, Rui é da opinião de que os valores tradicionais devem ser respeitados. A nível de soluções que possam existir para diminuir o número de casos de discriminação, Rui não tem uma solução direcionada à comunidade em geral “Se calhar a discriminação existe pois as pessoas que fazem parte desta comunidade fazem questão de o manifestar” isto é “têm ações cada vez mais expansivas, exaustivas e exibicionistas”.
rui dias 2º ANO // optometria cienc. visão
joana teixeira 1º ANO MESTRADO // PATRIMÓNIO E TURISMO CULT.
Joana Teixeira considera que, a nível mundial, a comunidade LGBT é discriminada, embora seja mais crítico a nível nacional “Aquela questão do casamento gay ter sido finalmente aceite a nível legal é um passo que está a ser tomado contra a discrimação mas, no fundo, ainda existe a mentalidade contra essas pessoas” afirmando que “as pessoas ainda têm uma mentalidade muito fechada”. Joana confessa que já presenciou algumas ações discriminatórias, tais como o ato de ignorar uma pessoa quando se sabe que tem uma certa orientação sexual que não a mais comum. Joana afirma que tratar um ser humano de uma forma negativa, baseando-nos na sua orientação sexual “não é justo nem para eles nem para nós. Todos perdemos com isso” acreditando que a diferença é essencial “a heterogeneidade ajuda uma sociedade a evoluir”.
inês carrola ineshitv@gmail.com
Nos dias que correm, a comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bisexuais e transexuais) tem atraído grandes polémicas não só a nível nacional, como também internacional. Em Portugal existe ainda um conflito de mentalidade muito profundo no que toca a orientação sexual de cada um, sendo comum o ato discriminatório, principalmente nas camadas jovens da sociedade. O ACADÉMICO quis saber quais as diferentes visões dos alunos da UM em relação a este assunto, e quais as possíveis soluções propostas para contornar algo que, cada vez mais, é falado e discutido por todos os cantos do mundo.
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REPORTAGEM
SCBRAGA/AAUM em alta
Equipa técnica, direção e jogadores felizes no final da partida
SP. BRAGA/AAUM QUASE PERFEITO BATE EM CASA O CANDIDATO BENFICA
O ACADÉMICO passou a semana com o plantel na preparação do grande jogo do passado fim-de-semana
SUSANA SILVA msusana.silva@hotmail.com
No passado Sábado, 26 de outubro, o SCBraga/AAUM recebeu no Pavilhão Desportivo de Gualtar o Benfica, em jogo grande a contar para a 8º jornada do Campeonato Nacional de Futsal.
O capitão André Machado e o treinador adjunto David Lopes deram o “mote” do jogo na conferência de imprensa de antevisão da partida, realizada na quinta-feira, e deixaram claro que o objetivo da formação minhota passava pela vitória. “Adaptamos alguns exercícios à forma de atacar do Benfica de modo a não sermos surpreendidos”, afirmou o treinador adjunto. Ciente da dificuldade do
jogo e do facto do Benfica se apresentar como a equipa com menos golos sofridos até ao momento no campeonato, David Lopes sublinhou: “A nível defensivo o Benfica mudou muito em relação à época passada, mas isso já foi analisado e os jogadores já sabem como o Benfica defende. Vamos tentar aproveitar esses pontos fracos que possam acontecer”, frisou. Já André Machado previa “um jogo
bem disputado, entre duas boas equipas.” Descrente da possibilidade de algum dos conjuntos apresentar uma grande supremacia, o jogador destacou as boas exibições que o SCBraga/AAUM tem vindo a realizar bem como o apoio dos adeptos, que considera serem “uma força muito grande”. O capitão foi a voz da esperança do plantel: “Acreditamos na vitória.” Finalizada a conferência de
imprensa seguiu-se o treino. O ACADÉMICO esteve presente e pôde observar os últimos momentos da preparação para o jogo. Durante as suas intervenções, o treinador Paulo Tavares apelou à concentração da equipa e alertou sobre pormenores relacionados com a marcação e movimentações. Uma hora e meia foi a duração do treino no qual ficou bem patente o empenho de todo o plantel.
REPORTAGEM PÁGINA 11 // 29.OUT.13 // ACADÉMICO
Crónica do jogo As duas equipas partiram para este desafio separadas por quatro pontos - Benfica com 19 e o SCBraga/AAUM com 15 -, mas tal diferença não foi notória dentro de campo. A qualidade e, sobretudo, a entreajuda dos jogadores da formação bracarense tornaram o jogo mais fácil. 6-3 foi o resultado final, num jogo onde a equipa do SCBraga/AAUM realizou uma exibição de grande nível e manteve a tradição: em seis jogos em casa contra o Benfica, apenas perdeu um. O Benfica foi a equipa a entrar melhor na partida com um bom remate de Bruno Coelho aos dois minutos. O SCBraga/AAUM reagiu e, no minuto seguinte, só não marcou porque Ricardo Fernandes apareceu a fazer o corte em frente à baliza
defendida por Bebé. Logo depois, Paulinho brilhou ao criar duas boas oportunidades num curto espaço de tempo. A equipa do SCBraga/AAUM viu o seu esforço premiado aos 9 minutos. Recuperação de bola de Amílcar e Fábio Cecílio, em frente à baliza, só teve de encostar, fazendo o primeiro para equipa da casa. O elevado ritmo de jogo verificava-se também no marcador das faltas, com ambas as equipas a atingirem, perto do final da primeira parte, a sexta falta. Joel Queirós, na marcação do livre direto fez o golo da igualdade para o Benfica. Já Paulinho viu o seu livre defendido por Bebé. Na primeira jogada da segunda parte o Benfica marcou: Alan Brandi, de calcanhar, colocou o SL Benfica
a vencer por 2-1. Os “gverreiros do minho” não cederam e André Machado, aos 23 minutos restabeleceu a igualdade. O jogo permaneceu empatado até aos 33 minutos, altura a partir da qual o SCBraga/AAUM tomou as “rédeas do jogo” e se superiorizou. TJ, aos 33 minutos, no seguimento de uma boa jogada da equipa bracarense, apareceu ao segundo poste e fez o 3-1. O SCBraga/AAUM não demorou a ampliar a vantagem: o quarto golo chegou pela cabeça de Peixoto, que após um lançamento do guarda-redes da sua equipa aproveitou a saída Bebé e cabeceou ainda fora da grande área - a bola acabou no fundo das redes da baliza defendida pelo guardião do Benfica. Face à desvantagem de dois golos, João Pinto, técnico do Benfica, colocou Ricardo Fernandes a guarda-redes avançado. Mas a estratégia revelou-se incapaz de derru-
bar o domínio do Braga que veio a alargar o marcador para 6-2- primeiro marcou Tiago Brito e em seguida Amílcar. O melhor que a equipa do Benfica conseguiu foi reduzir a desvantagem para 6-3 : Alan Brandi voltou novamente a fazer das suas com mais um golo de calcanhar. Dois golos com nota artística para o espanhol. Vitória justa para a equipa do SCBraga/AAUM que realizou uma exibição categórica conseguindo marcar seis golos àquela que era, até à altura, a melhor defesa do campeonato. A equipa bracarense, com esta vitória, mantém-se no quarto lugar, a apenas um ponto de Leões Porto Salvo e Benfica - segundo e terceiro classificados, respetivamente. De referir, também, o ambiente no Pavilhão da Universidade do Minho. Bancadas praticamente cheias e uma atmosfera típica dos grandes duelos.
Paulo Tavares identifica “atitude enorme” No final do jogo os treinadores de ambas as equipas foram unânimes: o resultado foi justo. Paulo Tavares, técnico do SCBraga/AAUM, mostrou-se bastante satisfeito com o desempenho dos seus atletas: “ O Braga teve uma atitude enorme. Fez aquilo que treina durante a semana e acho que vencemos de forma justa. ” O técnico frisou ainda o apoio dos adeptos: “ foram grande parte da vitória”, referiu. Já João Pinto, treinador do Benfica, fez questão de felicitar o adversário: “Quero dar os parabéns ao Braga que fez um grande jogo.” O técnico destacou a intensidade do jogo e considerou que o resultado se deve, em grande parte, à desconcentração que a sua equipa apresentou na fase decisiva do encontro: “Nos últimos 10 minutos não gerimos bem o jogo, desequilibramos”, concluiu.
Face ao maus resultados do futebol, adeptos centram as alegrias no futsal
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REPORTAGEM LGBT
Reportagem realizada no âmbito de um trabalho curricular da disciplina de CiberJornalismo
A 1º Marcha LGBT ocorrida na cidade de Braga, contou com o apoio de outras organizações
DR
“O QUE COMEÇÁMOS NÃO PODE NEM IRÁ PARAR”
Cidade dos Arcebispos, Braga é por muitos considerada uma das cidades mais católicas do país. As inúmeras igrejas e capelas que a rodeiam, em tudo nos remetem para uma realidade conservadora e fortemente movida pelas influências do catolicismo. No entanto, no meio das tradições surge a 1 ª Marcha pelos Direitos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais/ Transgéneros), um evento, que traz consigo um “gostinho” de mudança. MÁRCIA CARABINEIRO marcia_mrga@hotmail.com
Passa pouco das seis horas da tarde. A chuva que caía intensamente deu tréguas e o sol espreita timidamente por entre as nuvens. Os bracarenses aproveitam para dar um passeio pelo centro, onde enchem as ruas.
No meio de todas as lojas que aqui podemos encontrar, existe uma que passa despercebida aos olhares mais distraídos. A Casa dos Terços está aberta há mais de 60 anos, e tal como o nome indica, a sua especialidade é a venda de artigos religiosos. Atualmente a loja pertence a José Carlos da Costa Fer-
nandes, um senhor de rosto bem-disposto, cujas brancas do cabelo dão sinal dos seus 54 anos. José nasceu e foi criado na cidade de Braga, no seio de uma família católica e pelas suas palavras “muito tradicional”. O termo homossexualidade, poucas ou nenhumas vezes foi mencionado em casa, o seu pai era “demasiado radi-
cal para falar dessas coisas”. No entanto, o dono da Casa dos Terços diz ter contacto com esta realidade desde a adolescência. Sem qualquer pudor, conta, entre sorrisos, que ainda se lembra quando, com os seus 16 anos, foi a Lisboa, e viu uma amiga envolver-se com outra rapariga. José foi um dos muitos bra-
carenses que no passado mês de julho, saiu da sua loja para ver a Marcha pelos direitos LGBT, que, pela primeira vez, pintou em tons de arco-íris, as ruas da cidade de Braga. A chegada da mudança A marcha que surgiu devido a um dos projetos do Núcleo
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de Teatro do Oprimido de Braga (NTO), grupo que recorre às artes dramáticas para intervir em causas sociais, teve início no Arco da Porta Nova. Segundo Carlos Marinho, estudante da Universidade do Minho e porta-voz da organização, este foi o local escolhido, não só por questões logísticas, como também pelo seu simbolismo. “Pareceu-nos apropriado associar o arranque da Marcha a este ponto emblemático da cidade pela conotação de abertura/esperança e promessa que atribuímos à imagem da porta aberta”, defende. O principal objetivo desta iniciativa era consciencializar as pessoas da importância da luta pelos direitos humanos. A organização acreditava que independentemente da adesão, esta Marcha iria ser um “marco histórico” para a “conservadora e religiosa” cidade de Braga. Apesar de toda a reticência relativamente à adesão a esta iniciativa pioneira, a verdade é que todas as expectativas parecem ter sido superadas. Cerca de 300 participantes provenientes do Porto, Lisboa, Coimbra, Guimarães, Famalicão, Barcelos e Vila Verde, e também de outros países como Brasil, Espanha ou França vieram dar o seu contributo a este movimento bracarense. A marcha foi seguida por diversos meios de comunicação e como não podia deixar de ser pelos próprios habitantes de Braga. As re-
ações demostradas foram muito diversas, mas, no geral, o feedback foi positivo. “Do passeio fomos seguidos por esgares de atenção, de curiosidade e de admiração. Houve, no entanto, uma observação discriminatória mas que, facilmente, se diluiu na massa unida que formávamos”, sustenta o estudante de 28 anos. Quando a procissão de cores passou à sua porta, o vendedor bracarense diz tê-la seguido com o olhar até ela desaparecer por completo, por entre ruas. Erguendo as sobrancelhas grisalhas, confessa que nunca iria envolver-se em nenhum tipo de iniciativa LGBT, mas que acha estes eventos muito importantes para alertar a população para os diversos tipos de discriminações de índole sexual. Este tipo de mentalidade começa a demostrar a evolução da cidade de Braga, contudo é ainda uma exceção e não uma regra. O próprio dono da Casa dos terços afirma com convicção que tem consciência que em Braga as pessoas “apontam o dedo” e “ostracizam tudo o que é diferente”, um facto que pode dificultar o desenvolvimento deste tipo de iniciativas locais. Da saída para a ruas, à ‘saída do armário’ Apesar de terem bem presente os possíveis obstáculos que o “Sr. José” menciona, alguns dos intervenientes da marcha resolveram investir no “Braga
Fora do armário”, projeto que visa dar continuidade à sensibilização iniciada no evento de julho. Neste momento, a equipa do “Braga Fora do Armário” é constituída por cerca de 20 pessoas e, tal como todo o movimento, também ela se encontra em processo de reestruturação. A intenção é mesmo juntar o maior número de elementos possível de todas as idades, religiões e orientações sexuais. As reuniões, quando necessárias, são realizadas em sítios públicos como o Estaleiro Cultural, Velha-a-Branca ou o Espaço Cultural 14, pois o movimento ainda não dispõe de uma
sede física. Para já, o maior foco de atividade do grupo recai na consolidação e consequente divulgação do projeto, principalmente no âmbito escolar. Na Universidade do Minho inclusive, já se encontra em marcha a formação de um grupo LGBT, exclusivamente para alunos. Palestras, Marchas e festas, são alguns dos eventos já pensados para a promoção do “Braga Fora do Armário” e, consequentemente para a inserção de temas relacionados com direitos LGBT no seio da sociedade bracarense. Também a página do Facebook “Braga Fora do Armário” tem servido este fim. “Queremos dotar as pessoas de informação acerca de conceitos, noções e grelhas de leitura a respeito das identidades sexuais e de género não-tradicionais, estimulando-lhes o pensamento crítico e vitalizando-lhes uma participação cívica democrática, ativa, integrada e esperançada”, remata Carlos Marinho. “Os homossexuais têm pela frente um combate difícil” De facto o comerciante minhoto reconhece a importância de as pessoas estarem devidamente in-
formadas relativamente à realidade que as rodeia. A falta de cultura é, para ele, o principal fator que justifica os preconceitos dos “conservadores cidadãos de Braga”. Ainda que tenha apenas concluído o 7º ano, o “Sr. José” recorre constantemente a jornais, revistas e tem, por isso, plena noção que “o mundo não pára de evoluir”, e que a luta pelos direitos LGBT é apenas uma consequência natural disso. “A sociedade tem é que aceitar”. Entre momentos de conversa mais informal, o comerciante minhoto, diz conhecer casos de pessoas que casam e constituem família de forma a esconder a sua orientação sexual, ato que na sua opinião deveria ser mais recriminado do que assumir a verdadeira sexualidade. A tarde já vai longa e José começa a recolher os artigos que tem em exposição no exterior da sua loja. É hora de fechar. No entanto, o comerciante não nos apressa. E antes de nos acompanhar à saída, ainda nos dá uma última opinião. “Acho muito bem que quem acredita nesses ideais, lute por eles. Só acho que os homossexuais têm pela frente um combate difícil, e toda a gente o sabe”
TECNOLOGIA E INOV apple lança ipad mais fino, mais leve e com chip a7 joão araújo juauzaraujo@gmail.com
Foi no passado dia 22 de outubro que a gigante de Cupertino lançou o seu
mais recente modelo de tablet, o iPad air. Como denuncia o nome, o dispositivo perde no peso e promete uma performance de elevada qualidade.
Segundo palavras do vice-presidente sénior de design da Apple, Jon Yve, “a empresa batalha em cada projeto com o desafio de tornar os seus produtos menores em DR
twittadas
milhões de dólares de receitas fiscais para os governos africanos.
catarina hilário katarina-kosta@hotmail.com
Sete recordes do Guinness para o GTA V
Existem mais telemóveis em África do que nos EUA ou na Europa Segundo um relatório do Banco Mundial, há mais telemóveis em África do que nos Estados Unidos ou na Europa. “Nalguns países africanos, há mais pessoas com acesso a um telemóvel do que a água corrente, uma conta bancária ou até eletricidade (…)”, escreve o ITC África. Os cerca de 650 milhões de aparelhos móveis existentes no continente africano, tornam África na região do mundo em crescimento mais acelerado. Com mais de 170 operadoras de telecomunicações, oferece emprego a cinco milhões de pessoas e contribui com 15 mil
O videojogo Grand Theft Auto V já bateu sete recordes do Guinness, confirma o “Livro de Recordes Mundiais do Guinness”, em pouco mais de um mês. Só no primeiro dia de vendas, a produtora Rockstar Games arrecadou cerca de 591 milhões de euros pela venda de mais de 11 milhões de exemplares. Entre os recordes batidos está “o videojogo mais vendido em 24
tamanho, mas com desempenho ainda melhor que os anteriores”. Vencido esse desafio, a Apple lançou aquele que promete derrotar o seu irmão em vendas, o iPad 2. A grande vantagem deste novo tablet é o seu chip A7 (o mesmo usado no novo iPhone 5S) que certamente o manterá no topo do mercado de tablets, competindo também com alguma da gama de computadores portáteis. Com este poderoso processador, a Apple introduz o sistema MIMO (Multiple In, Multiple Out), que garante o dobro da taxa de dados retribuídos ao utilizador, conferindo-lhe uma rapidez oito vezes superior ao iPad 2 e com igual autonomia. Em termos de design o novo iPad air é 20% mais fino e 28% mais leve em relação à geração anterior, segundo números da própria Apple. De facto, a descida de 200 gramas entre os dois mode-
los é uma das grandes novidades do aparelho, contando com 469 gramas e um ecrã de 9,7 polegadas. A nível de aspetos técnicos ambas as câmaras (frontal e traseira) sofreram melhorias, como deteção de faces e iluminação do ambiente (caraterísticas também adicionadas à gravação em vídeo), um novo filtro, entre outros. Comparativamente ao iPad mini com tela retina, o iPad air não introduz grandes vantagens, servindo para aqueles que desejam um dispositivo de maiores dimensões, mais fino e mais leve em relação ao iPad 2, e com o desempenho que o chip A7 oferece. O iPad air estará disponível em preto e branco e chegará a Portugal no dia 1 de novembro com preços a partir de 489 euros, variando em função da capacidade de armazenamento e as versões Wi-Fi e Wi-Fi & Comunicações.
DR
horas”, “o videojogo a atingir com maior rapidez os mil milhões de receitas” e “o videojogo de ação e aventura que mais vendeu em 24 horas”. O trailer quebrou também o recorde de “trailer de videojogo de ação e aventura mais visto”. Versão low-cost iPhone vai custar pelo menos 599 euros Os preços dos novos iPhone já foram lançados pela Apple. O iPhone 5c, versão low-cost, custará cerca de 599 euros, enquanto o iPhone 5s, versão premium, 699 euros – preços relativos às versões mais básiDR
cas (16GB). Ambos os modelos apenas diferem no design, sendo o 5s mais compatível com o novo software iOS 7. Tanto a TMN, como a Vodafone e a Optimus ofereceram um serviço de pré-reserva, tendo como garantida a disponibilidade dos equipamentos desde a passada sexta-feira, dia 25 de outubro.
Aprovadas novas leis de proteção de dados Foi aprovado pelos deputados do Parlamento Europeu um pacote de novas regras para
proteger os dados pessoais dos cidadãos da União Europeia. Estas novas medidas irão afetar, principalmente, empresas como a Google ou o Facebook. Serão agora negociadas com os Estados-membros e espera-se que as alterações legislativas estejam concluídas em maio do próximo ano. A partir desse momento, se algum país pedir a uma empresa dados sobre utilizadores da União Europeia, a empresa terá que obter autorização de uma entidade nacional de proteção de dados e o utilizador também terá de ser informado.
OVAÇÃO
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liftoff,
http://liftoff.aaum.pt/ facebook.com/aaum.liftoff
gabinete do empreendedor da AAUM
promove...
Elaboração de Projeções Financeiras 12 a 26 de novembro
O Liftoff, em parceria com a EditValue®Formação Empresarial, promove o curso “Elaboração de Projeções Financeiras”. Objetivos: No final da formação os/as formandos/as deverão ser capazes de: - Compreender a importância da Avaliação Financeira de projetos; - Saber estimar e fundamentar as projeções de gastos, rendimentos, inves-
timentos e financiamentos de um projeto; - Saber analisar as projeções financeiras de um projeto; - Saber utilizar o Balanço e a Demonstração de Resultados como ferramentas de Análise da situação Financeira da Empresa; - Saber determinar e interpretar o retorno do investimento de um projeto; Conteúdos programáticos: - Fluxos da empresa e informação contabilística; - Análise e interpretação das
Demonstrações Financeiras; - Análise e interpretação do retorno do investimento de um projeto; - Apreciação do equilíbrio financeiro; Metodologias: Sessões com recurso a metodologias ativas, expositivas, demonstrativas, interrogativas; Análise de Situações Reais e Casos práticos; Propostas de Trabalho Práticas (individuais e/ou em equipa).
Resolução Criativa de Problemas O Liftoff, em parceria com a EditValue®Formação Empresarial, promove o curso “Resolução Criativa de Problemas”. Objetivos: No final da formação os/as formandos/as deverão ser capazes de: - Conhecer diferentes técnicas criativas de solução de problemas - Identificar a Metodologia de Planeamento de Projetos por Objetivos e respectivas ferramentas de aplicação na resolução de problemas. Conteúdos programáticos: - Definição e identificação do problema - Técnicas criativas de análise dos problemas - Metodologia de Planeamento de Projetos por Objetivos: Árvore de Problemas (diagnóstico, hierarquização e construção). Metodologias: Sessões com recurso a metodologias ativas, expositivas, demonstrativas, interrogativas; Análise de Situações Reais e Casos práticos; Propostas de Trabalho Práticas (individuais e/ou em equipa).
Ofertas de emprego
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CULTURA SALA DE CINEMA: capitão phillips (2013)
o couraçado capitão philips ALEXANDRE VALE alexmvrocha@gmail.com
O filme Capitão Phillips é baseado na obra de não ficção “A Captain’s Duty”, assinada pelo próprio Richard Phillips, em colaboração com Stephan Talty. Este constitui um relato na primeira pessoa sobre a captura de um porta-cargas americano, em 2009, por parte de piratas da Somália e a forma como a tripulação lidou com a abordagem e como o Richard Phillips (o capitão do navio, que dá o nome ao filme) sobreviveu ao ataque, depois de ter sido tomado como refém. Paul Greengrass recria os acontecimentos no navio Maersk Alabama de forma muito sólida. O resultado final é um thriller de ação realista, tão cativante como reflexivo. Um dos grandes trunfos assenta na aproximação do realizador britânico à ação do filme. Greengrass, que assinou a trilogia Bourne, aposta num estilo quase
Realizador: Paul Greengrass Elenco: Tom Hanks; Barkhad Abdi; Max Martini Estreou em Portugal: 25/10/2013 Nacionalidade: Americana Pontuação: 4/5
documental para contar a história. Aqui não há heróis, nem vilões. Temos os membros da tripulação, homens comuns e trabalhadores civis, que não estão preparados para lidar com uma situação do género. Do outro lado, temos um grupo de pescadores, que o desespero obriga a terem que recorrer
à pirataria. Acresce o elenco brilhante, no qual Tom Hanks volta a brilhar, como já há muito não o fazia e mostra porque é que já foi oscarizado duas vezes. Mas o destaque tem que ser dado aos atores amadores, que encarnam o grupo de piratas somalis. Mesmo sem experiência, es-
tes trazem uma vivacidade e uma intensidade ao filme, pouco comum de ver. A direção de atores presente faz lembrar o trabalho de Fernando Meirelles no Cidade de Deus, em termos de realismo e sinceridade. De salientar o papel de Barkhad Abdi. Este interpreta o líder do grupo de piratas
e, diga-se já, este arrisca-se a ser nomeado para um Óscar. Apesar de ser o seu primeiro filme, este consegue, em certas alturas, roubar o protagonismo todo a Tom Hanks. É uma presença tão intimidante, como humana. Quando ficamos a conhecer os motivos que o guiam, conseguimos criar empatia com ele, apesar de ser o principal antagonista do filme. Uma polémica recente tem questionado a veracidade dos factos retratados em Capitão Phillips. Contudo, naquilo que diz respeito, este é um dos filmes mais intensos a surgir neste ano.
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RUM BOX TOP RUM - 43 / 2013 25 OUTUBRO
1 ARCADE FIRE - Reflektor 2 ARCTIC MONKEYS Do i wanna know 3 CAYUCAS - High school lover
14 YEAH YEAH YEAHS Sacrilege 15 MELODY’S ECHO CHAMBER I follow you 16 NICK CAVE & THE BAD SEEDS We no who u r
4 LUÍSA SOBRAL - Mom says 5 DEVENDRA BANHART Your fine petting duck
17 MANUEL FÚRIA Que haja festa não sei onde 18 POLIÇA - Tiff
6 JP SIMÕES Gosto de me drogar 7 NOME COMUM Ninguém fica só 8 MGMT - Your life is a lie 9 TAPE JUNK - Buzz 10 DEERHUNTER Back to the middle 11 ALLAH-LAS Don’t you forget it
19 NOISERV Today is the same as yesterday, but yesterday is not today 20 PRIMAL SCREAM It’s alright, it’s ok
POST-IT
21 outubro > 1 novembro GUTA NAKI Ainda Não Sei
12 MÁRCIA - Menina
JUANA MOLINA Eras
13 QUEENS OF THE STONE AGE I sat by the ocean
JOHNATHAN RICE Nowhere At The Speed Of Light
AGENDA CULTURAL BRAGA
TEATRO / MÚSICA 30 de Outubro Música e cinema – A música de Bach e Chopin nos filmes de Ingmar Bergman Theatro do Circo
contar” Casa dos Crivos
GUIMARÃES
MÚSICA 01 de Novembro Scout Niblett CCVF – Pac/ Black Box
TEATRO 31 de Outubro a 3 de Novembro As orações de Mansata Theatro Circo
2 de Novembro Valter Lobo CCVF – Café concerto
EXPOSIÇÕES 01 a 26 de Novembro Helena Santos - “8 estórias por
3 de Novembro Avô cantigas São Memede
DANÇA 2 de Novembro ZOO – Victor Hugo Pontes CCVF – Grande Auditório
FAMALICÃO CINEMA 31 de Outubro O profundo mar azul (GB/ UA,2012) Casa das Artes – Pequeno Auditório
LEITURA EM DIA
Para ouvir de segunda a sexta (9h30/14h30/17h45) na RUM ou em podcast: podcast.rum.pt Um espaço de António Ferreira e Sérgio Xavier.
1 - Austeridade de Mark Beyth, Quetzal. Um ensaio atual, onde é demolida a “teoria” da rigidez financeira. O que nos espera, já o sabemos, é o estrangulamento do país. 2 - Arroz de Palma de Francisco Azevedo, Porto Editora. A saga de uma família natural de Viana do Castelo em terras brasileiras. Mas que excelente romance! Uma
revelação.
Geronimo Stilton, Planeta Júnior. Ratos contra gatos, uma aventura em B.D. nas Terras do Sol Nascente. A surpresa, os ratos vencem e de que maneira!
3 - Uma Canção de Embalar de Mary Higgins Clark, Bertrand. Um romance policial de primeira grandeza, pela mão de uma grande e respeitável escritora.
5 - Poesia de Barbara Esham, Arte Plural. A colecção Geniozinhos continua a surpreender, pois, para além da “angústia” da Carolina em dominar a escrita, tem uma componente pedagógica atenta e actual.
4 - O Primeiro Samurai de
CD RUM
arcade fire “reflektor”
ELISABETE APRESENTAÇÃO elisabete.apresentacao@rum.pt
Formados por Win Butler e Régine Chassagne em 2003 em Montreal, Quebec, no Canadá, os Arcade Fire tornaram-se conhecidos pelos seus espetáculos ao vivo ao usarem um grande número de instrumentos musicais, incluindo guitarra, bateria, baixo, piano, violino, viola, entre muitos outros. Com sonoridades Indie Rock, na sua carreira já ganharam
muitos prémios incluindo um Grammy para álbum do ano em 2011 e um Brit Ward para melhor álbum internacional em 2011, ambos pelo disco “The Suburbs”. Esta semana chega às lojas o tão aguardado 4º disco de originais, “Reflektor”, sucessor de “Suburbs” editado em 2010. Ainda antes de chegar às lojas foram apresentados dois singles, “Reflektor” e mais recentemente “After Life”. Com 13 em formato duplo, “Reflektor” conta
com a produção de James Murphy, dos extintos LCD Soundsystem, com o já habitual produtor da banda Markus Dravs e também com os Arcade Fire. Este novo trabalho conta ainda com a colaboração de David Bowie. Nos últimos anos os Arcade Fire tornaram-se banda de culto em Portugal e já passaram por Portugal, sendo de esperar que regressem a terras lusas na próxima digressão. Para mais informações sobre a banda ou
DR
o disco podem visitar as páginas www.arcadefire.com e www.facebook.com/arcadefire. Para escutar de 28 de
outubro a 01 de novembro cinco faixas de “Reflektor” em mais uma edição do CD RUM.
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DESPORTO DIOGO PARDAL diogo_oliveira_pardal@hotmail.com
O ACADÉMICO esteve presente no primeiro jogo do Campeonato Nacional de Hóquei em Patins que opunha o HC Braga ao campeão nacional FC Porto. Partida essa que se revelou sem grande história, onde os “dragões” dominaram por completo em quase todos os capítulos do jogo, fixando-se o resultado final nuns expressivos 13-1, a favor dos portistas. O Porto entrou forte no jogo, não dando chance ao Braga e jogou um hóquei de alta qualidade, chegando aos 5 minutos de jogo já a vencer por 3-0. Com jogadas de contra-ataque rápidas e uma defesa FADU coesa o FC Porto contrastou com a lentidão do jogo do HC Braga, que não mostrou garra nem grande ambição e que, apesar de um período de 10 minutos aceitáveis, ficou muito aquém do esperado. A segunda parte iniciou-se e o Porto procurou gerir o resultado, rodando a equipa, e fazendo entrar o guarda-redes suplente, Nélson Filipe. Rodolfo Sobral, guarda-redes suplente da equipa minhota também jogou toda a segunda parte, protagonizando uma boa exibição. Ainda assim, os golos não
Diogo Pardal
hcbraga derrotado em casa pelo fc porto no arranque do campeonato nacional paravam de aparecer e o Porto continuava a marcar, e a dominar, com o resultado a fixar-se nos 10-0, à passagem do minuto 10 da segunda parte. O golo solitário do Braga aconteceu por intermédio de Fred, mas a tarde certamente não era da equipa liderada
por André Torres. A partir deste momento, o jogo desenrolou-se de uma forma desinteressante, dado que o HC Braga não demonstrava capacidade para penetrar na área dos ‘azuis e brancos’, e o Porto, extremamente concentrado, limitava-se apenas a fazer a gestão do
resultado. O último golo do encontro foi marcado por Hélder Nunes, jogador formado nas camadas jovens do Braga, que fixou o resultado final nuns esclarecedores 13-1. Num jogo onde os minhotos não apresentaram argumentos para discutirem a partida,
o Porto venceu de forma clara e o HC Braga tem motivos mais que suficientes para se preocupar, dada a sua exibição bastante pálida. Na próxima jornada, o HC Braga desloca-se ao pavilhão da Associação Desportiva de Valongo, em jogo a ser disputado no dia 2 de novembro. PUB