ACADÉMICO 197

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local

campus

desporto

Imagens encontram-se em Braga

Foi há 25 anos que os marcianos aterraram em Braga

“Há sempre espaço para toda a gente no judo da UMinho”

campus

AAUM satisfeita com objetivos atingidos nas “quintas- feiras negras” Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 197 / ANO 9 / SÉRIE 5 TERÇA-FEIRA, 05.NOV.13

academico.rum.pt facebook.com/jornal.academico twitter.com/jornalacademico

ACADÉMICO EM PDF


FICHA TÉCNICA

SEGUNDA PÁGINA

FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // Terça-feira, 05 Novembro 2013 / N197 / Ano 09 / Série 5 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // REDACÇÃO: Adriana Carvalho, Adriana Couto, Alexandre Rocha , ana Pinheiro, Ana Rita Carvalho, bárbara Araújo, Bárbara martins, Bruno Fernandes, Catarina Hilário, Cátia Silva, César Carvalho, Clara Ferreira, Cláudia Fernandes, Daniel mota, Dinis Gomes, Diogo Pardal, Francisco Gonçalves, Inês Carrola, Joana Videira, João Araújo, João Pereira, Judite Rodrigues, Marta Roda, márcia Pereira e Sara Ferreira, Sara Silva, Tomás soveral. // COLABORADORES: Elsa Moura e José Reis // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: jornalacademico@rum.pt //TIRAGEM: 2000 exemplares // IMPRESSÃO: GráficaAmares // Depósito legal nº 341802/12

05.NOV.13 // ACADÉMICO

BARÓMETRO

EM ALTA

NO PONTO

EM BAIXO

Ambição da UMINHO Quem lê a entrevista do reitor da Universidade do Minho ao ACADÉMICO consegue identificar uma linha de ação, no que toca à construção e requalificação de infra-estruturas, muito ativa. De destacar, claro está, a nova sede da AAUM, mas a novidade do centro aquático, da requalificação do campo de futebol do Gualtar e, ainda, a criação de mais um bar entre o CP II e o IEP. As ideias/ projetos não faltam. Bastará apenas o dinheiro e/ou investimento externo?

Quintas-feiras negras As quintas-feiras negras marcaram, sem sombra para dúvidas, a agenda mediática nacional. Apesar do timing no calendário escolar não ser o melhor, os estudantes souberam fazer passar a mensagem para o exterior. O país ficou mais sensível ao constante desinvestimento no ensino superior no nosso país. A população percebeu que os últimos anos têm sido trágicos para instituições de ensino. Não queiram fazer omoletes de qualidade com ovos estragados!

Sp. Braga Um clube com o historial recente do Sp. Braga não se pode dar ao “luxo” de perder quatro jogos consecutivos para o campeonato. A derrota caseira frente ao Rio Ave no passado fim de semana apenas ajudou a agudizar uma crise que parecia ter-se instalado na “pedreira”. Por entre lenços brancos e palavras de contestação, o senhor professor Jesualdo Ferreira parece ter ganho lugar na galeria de distintos treinadores que viu em José Peseiro o seu último reforço.

REUNIÃO GERAL DE ALUNOS ORDINÁRIA CONVOCAM-SE TODOS OS ALUNOS DA UNIVERSIDADE DO MINHO De acordo com o disposto no artigo 31º dos Estatutos da Associação Académica Universidade do Minho, venho por este meio convocar todos os alunos da Universidade Minho a participar na Reunião Geral de Alunos Ordinária, que irá ter lugar no dia 06 novembro (quarta-feira), pelas 16h30, no Campus de Azurém, com a seguinte ordem trabalhos:

da do de de

1. Informações; 2. Aprovação da Ata da Reunião Geral de Alunos anterior; 3. Determinação do Calendário Eleitoral para a eleição dos órgãos de Governo da AAUM; 4. Eleição da Comissão Eleitoral; 5. Discussão e votação do Regimento da Reunião Geral de Alunos; 6. Outros Assuntos.

Não estando reunido quórum à hora marcada, a Reunião Geral de Alunos será marcada para 30 minutos mais tarde. O auditório onde se realizará a RGA será divulgado nos próximos dias.

Mais se informa que o transporte entre campi é gratuito e que qualquer dúvida pode ser esclarecida nos Gabinetes de Apoio aos Alunos.

Braga, 30 de outubro de 2013,

O Presidente da Mesa da Reunião Geral de Alunos,


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LOCAL

DR

imagens encontraram-se em braga INÊS CARROLA ineshitv@gmail.com SARA ferREIRA saraferreira139@gmail.com

No dia 29 de outubro fecharam-se os Encontros da Imagem 2013, o Festival Internacional de Fotografia, que decorreu na cidade e Braga. Mais de 30 mil pessoas visitaram este festival. Este foi o único projeto de fotografia aprovado a nível nacional, que teve um apoio monetário de cerca de 63 mil euros por parte da dgARTES, con-

tou também com o apoio da Câmara Municipal de Braga e da empresa DST. Estes patrocínios permitiram alcançar um orçamento que rondou os 100 mil euros e que foi devidamente gerido, o que proporcionou o sucesso deste festival da fotografia. O projeto foi fundado em 1987, sendo considerado, logo à partida, parte do programa cultural de Braga. Este ano, as exposições estiveram espalhadas pela cidade de Braga desde 13 de setembro até ao final do mês de outubro estando expostas várias obras, da autoria de diferentes fotógrafos, com um elo de ligação: o

elogio ao amor. Uma vez mais, a atribuição do prémio Emergentes DST foi um dos momentos altos do festival. Ângela Ferreira, diretora dos Encontros da Imagem sublinhou a importância do prémio e do número de candidaturas reunidas: “Reuniram-se cerca de 400 candidaturas o que vem a fomentar não só a produção e a divulgação da fotografia nacional como também estimular a prática e celebrar festivamente a entrega de um prémio já de reconhecido mérito”, explicou a diretora. Depois do balanço, tempo para se perspetivar o fu-

turo. Aí, Ângela Ferreira, sublinha a instalação, na antiga estação dos caminhos de ferro, em Braga, de uma escola dos Encontros da Imagem. “Isto representa uma oportunidade para fortalecer as expetativas em termos de educação e de informação”, destacou. Elogiando os Encontros da Imagem como tendo “um património e uma herança já segura”, a diretora do projeto acredita que estão reunidas as condições para a oferta de um ensino de qualidade, permitindo assim a formação do público. A edição dos Encontros da Imagem de 2013 encerrou-

-se com a apresentação do tema para o próximo ano: Fé e Crença. Ângela Ferreira sublinha o interesse deste tema nos dias que correm “Numa altura em que a esperança se vai diluíndo, cremos que, numa terra como esta, a fé e a esperança serão importantes (...) desconstruir para reconstruir!”. No último “encontro da imagem” deste ano foi defendida a importância da cultura a nível nacional: “Quanto mais dermos à educação e à cultura, estamos a criar uma melhor sociedade”. Por isso mesmo, os Encontros da Imagem voltarão a Braga em 2014.


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CAMPUS

foi há 25 anos que os marcianos aterraram em braga márcia pereira marcia.constantino@hotmail.com

Foi há vinte e cinco anos, em 1988, que a Rádio Braga prestou homenagem a Orson Welles, recriando o teatro radiofónico baseado na peça “A Guerra dos Mundos”, que já causara o pânico cinquenta anos antes em Nova Iorque e noutras cidades estrangeiras ao longo dos anos. Em Braga, o teatro consistiu na interrupção da emissão do programa habitual da rádio, para se fazer o anúncio de que tinham sido avistadas naves extraterrestres num campo de cultivo em Vila Verde. O relato (mesmo previamente anunciado nos jornais) causou o pânico no distrito de Braga, dezenas de pessoas fugiram das suas casas, os bombeiros foram chamados e até a Guarda Nacional Republicana foi mobilizada para fazer revista ao local. No final do programa, os locutores explicaram o objetivo da temática realizada e os

ânimos acalmaram passado umas horas. Contudo, devido ao descontentamento da população em relação aos responsáveis pelo programa, estes ainda permaneceram fechados no edifício da rádio umas horas até todos os conflitos estarem resolvidos. Assim, no âmbito do vigésimo quinto aniversário deste acontecimento, realizou-se nos dias 30 e 31 de outubro uma exposição na entrada do Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade

do Minho, onde estiveram afixadas cópias dos jornais dos dias que antecederam à emissão do programa (onde se avisava da ocorrência do mesmo) e dos dias seguintes aos acontecimentos e ao pânico. A exposição contava com cópias de exemplares da imprensa local, como o Correio do Minho e da imprensa nacional, como o jornal Expresso, O Primeiro de janeiro, Jornal de Notícias e Diário de Lisboa. Visto ser um assunto que

foi divulgado à escala internacional, também se encontravam expostas cópias da imprensa internacional, como os jornais Faro de Vigo (espanhol), Frankfurter Allgemeine Zeitung (alemão), South China Morning Post (República Popular da China), Le Dernière Heure (francês), Time (revista dos Estados Unidos da América), O Globo (brasileiro) e o jornal Republica Dominicana. No ICS era ainda possível ouvir a emissão de há vinte

e cinco anos atrás. O mesmo se passou na Rádio Universitária do Minho (RUM), que fez questão de marcar também este aniversário. A RUM surpreendeu os ouvintes com essa mesma emissão de há 25 anos, alterou um pouco a sua programação habitual e debateu, com os intervenientes da data e os professores Luís Santos e Madalena Oliveira o impacto e consequências deste acontecimento que ainda hoje é recordado na cidade de Braga.


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aaum com saldo positivo nas contas, mas enterro dá prejuízo daniel VIEIRA DA SILVA daniel.silva@rum.pt

Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) com resultado positivo líquido nas suas contas, mas o Enterro da Gata com prejuízo alguns anos depois. Foi este um dos pontos de destaque da Reunião Geral de Alunos da passada semana, no campus de Azurém, onde a AAUM sublinhou a natural contenção de custos que vai pautar as suas ações no que toca às despesas nas atividades que organiza. Carlos Videira, presidente da instituição, lembrou que a AAUM não é alheia à crise financeira que assola o país, mas fez questão de enalte-

cer a forma como o Enterro da Gata deve ser visto, apesar do prejuízo a rondar os 16 mil euros: “A AAUM não é alheia à conjuntura socio-económica muito complicada em que estamos inseridos e, certamente, os estudantes também não o estão. Para nós, as atividades do departamento recreativo e, nomeadamente, o Enterro da Gata, não são um negócio, são um serviço e uma atividade que fazemos para os estudantes e que são importantes fazer num quadro de sustentabilidade e responsabilidade mas onde, acima de tudo, é importante preservar aspectos este ano atingidos, como é o exemplo do reforço de policiamento, qualidade de transportes e

de organização”. Carlos Videira lembra, contudo, uma condição que quiseram manter na edição deste ano do Enterro da Gata. “Entendemos que, acima de tudo, o preço do bilhete teria de ser o mais inclusivo possível para que o menor número de alunos fique sem a possibilidade de ir a estas iniciativas porque o peso das suas carteiras assim não o permite. Agora, temos é de perceber que a realidade está a mudar e os resultados apresentados são diferentes dos apresentados há dois ou três anos”, referiu o estudante. AAUM admite repensar atividades Para Carlos Videira há uma

justificação na quebra nas contas da atividade mais mediática da AAUM: “Foram 16 mil euros negativos, apesar de neste valor não estar totalmente alocado o valor do contrato com a cervejeira que, normalmente, é direcionado para este tipo de atividades. É uma quebra em relação ao ano passado, mas não é uma quebra tão grande como a do ano passado relativamente ao ano de 2011”, avanou o presidente da AAUM. Ainda assim esta é uma quebra justificada pelas quebras de consumo e rendimentos a nível nacional e, por isso, houve necessidade de nos adaptarmos a essa realidade”, assume o presidente da AAUM que lembrou

que, agora, a instituição que preside tem de repensar de uma forma racional e mais criteriosa as opções e gastos: “Há todo um processo de revisão daquilo que é a forma como e que atividades fazemos que tem de ser levado com grande seriedade e cuidado, à semelhança de todo o tecido empresarial, económico e financeiro no país. Felizmente na AAUM temos encontrado soluções para manter essa sustentabilidade e, no relatório com referência a 30 de setembro, continuamos a apresentar um saldo líquido positivo. Isso é algo que nos faz estar de consciência tranquila”, conclui o representante máximo dos estudantes na academia minhota.

balanço positivo em mais uma recolha de dádivas de sangue CÁTIA SILVA catiaff_11@hotmail.com

Depois da primeira colheita de sangue deste ano letivo ter decorrido em Gualtar, chegou a vez de Azurém. Foi no passado dia 30 de outubro que se realizou mais uma iniciativa “Dádivas de Sangue” e, uma vez mais, com um resultado positivo. A atividade organizada pelos Serviços de Ação Social e pela Associação Académica da Universidade do Minho, contando com a cooperação do Centro de Histocompatibilidade da Região Norte e do Instituto Português do Sangue, visa a dádiva de sangue bem como a recolha do mesmo para análise de medula óssea. Esta decorre de meio em meio ano, repartidas por

duas colheitas em cada iniciativa, uma no pólo de Gualtar, e outra no de Azurém. As dádivas, que há algum tempo atrás tiveram um decréscimo significativo, muito por culpa dos cortes que o governo fez aos benefícios daqueles que se tornavam dadores inscritos, voltou aos resultados positivos. Nesta última iniciativa conseguiram-se 149 dadores inscritos e 36 recolhas de sangue para análise de medula. A recolha deu-se no hall da Escola de Engenharia e em duas unidades móveis, entre as 9h30 e as 19h00. Assim, e uma vez mais, a UMinho contribuiu para as reservas de sangue do IPS e para a base de dados de dadores de Medula. A iniciativa decorre há mais de dez anos e esta é a instituição de ensino superior

que lidera o ranking nacional de dadores inscritos. Quem é dador adquire alguns direitos, tais como, a isenção de taxas moderadoras no acesso às prestações do Serviço Nacional de Saú-

de, a ausentar-se das suas atividades profissionais, a fim de dar sangue, pelo tempo considerado necessário para o efeito, bem como a um seguro de dador. O balanço deste ano civil

é, assim, positivo, com 870 dadores inscritos e 203 recolhas de sangue para análise de medula. A próxima campanha decorre em abril, em dias ainda por definir.

Dicas


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gaccum vai a votos esta semana sara silva sara.daniela.gs@gmail.com

Realizam-se esta semana, no Instituto de Ciências Sociais (ICS), as eleições para os órgãos sociais do Grupo de Alunos de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho (GACCUM), grupo que visa “representar e defender os alunos” do curso, bem como organizar visitas de estudo, workshops e ações socias com ele relacionadas. Embora unidas, candidatam-se a esta associação três listas, cada uma das quais a um órgão do grupo: a lista A, encabeçada por Bárbara Martins, candidata-se à direção; a lista B, encabeçada por André Malheiro, ao Conselho Fiscal e a lista

C, que tem Carla Pinho como cabeça de lista, à Assembleia Geral. Em declarações ao ACADÉMICO, Bárbara Martins, candidata à presidência do GACCUM diz considerar a sua lista “uma lista de inovação e mudança”, tendo já “em mente uma imensidão de projetos novos”, embora queira “dar continuidade a alguns projetos que foram

iniciados no ano passado (tal como o gabinete de apoio aos alunos Erasmus) desenvolvendo-os de forma a ficarem cada vez melhores e mais funcionais”. Uma das principais pretensões é ainda, segundo esta candidata, “conseguir parcerias e protocolos com organizações ligadas às três áreas do curso de forma a auxiliar o contacto dos alunos com o

Lista concorre para os três órgãos do GACCUM

mercado de trabalho”, o que julga essencial na situação económica atual. “Temos vontade de trabalhar e de fazer o melhor do que já foi feito até hoje” declarou. A lista pretende também a dinamização das XVII Jornadas de Comunicação que serão “o ponto alto do mandato”, de acordo com André Malheiro, candidato que afirma ainda: “União é uma

GACCUM

das palavras-chave da nossa campanha, pois achamos que só todos unidos conseguimos levar o GACCUM longe!”. Seguindo essa mesma linha de pensamento, Carla Pinho apela também a que os sócios do GACCUM assumam “um papel mais ativo”, participando nas assembleias gerais. “É importante que os sócios falem e digam o que gostavam que fosse feito”, pois, “afinal o GACCUM é feito para eles” afirmou. À semelhança, Bárbara Martins finalizou a entrevista, demonstrando a importância que dá à colaboração de todos: “É essencial que os alunos votem, porque, tal como diz Bernardo Limas, um colega de lista, votar é comunicar!”

cedu apresenta obra de iniciativa pioneira FRANCISCO GONÇALVES francisco.mog14@gmail.com

No passado dia 29 de outubro, o Auditório Nobre da Escola de Direito da Universidade do Minho (EDUM) recebeu a apresentação da “Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia Comentada”, coordenada por Alessandra Silveira, diretora do Centro de Estudos em Direito da União Europeia (CEDU) e por Mariana Canotilho, docente da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Esta iniciativa foi promovida pelo CEDU em parceria com o Gabinete do Parlamento Europeu em Portu-

gal, e no âmbito da Cátedra Jean Monet atribuída em 2012 a Alessandra Silveira. A Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia (CDFUE) foi elaborada por uma Convenção criada pela UE que reuniu representantes dos, então, quinze Estados-Membros, sendo adotada enquanto texto de referência em dezembro de 2000 pelas instituições europeias. O projeto agora apresentado, que contou com a colaboração de cinquenta e oito comentaristas e que se insere no âmbito do Ano Europeu do Cidadão, constitui uma iniciativa pioneira em língua portuguesa.

O evento dividiu-se em vários momentos, iniciando-se com uma sessão de boas-vindas que contou com a presença de Mário Monte, presidente da EDUM, Pedro Valente da Silva, chefe do gabinete do Parlamento Europeu em Portugal e Graciete Dias, vice-reitora da UM. Nesta sessão, Alessandra Silveira realçou a importância da obra como “ferramenta de apoio aos juristas e a intérpretes das normas europeias” frisando que, na situação europeia atual, existe “um grande equívoco na interpretação destas normas devido à dificuldade de integração dos cidadãos europeus” numa Europa mar-

cada pela crise. Para Mário Monte, esta é “uma obra de inegável mérito, com matérias incontornáveis ao nível da UE e com a participação de comentaristas de renome”. Referiu ainda que este é um exemplo do papel de relevo que o CEDU tem desempenhado, não só no seio da UM como em todo o país e “cada vez mais ao nível europeu”, no que se refere ao estudo dos direitos da UE. Segundo o diretor da EDUM, tudo isto se deve ao entusiasmo e à “militância” dos especialistas da Escola em fazer frente às dificuldades que se lhes impõem. A iniciativa contou ainda com a participação de reda-

tores da CDFUE, entre os quais Pedro Bacelar de Vasconcelos, constitucionalista, docente da UM e um dos integrantes da presidência da Convenção da CDFUE em 2000, e Joana Marques Vidal, Procuradora-Geral da República, que lembrou a importância dos poderes dos tribunais na defesa dos direitos fundamentais e ainda que «é em tempos de turbulência que se torna mais importante não nos esquecermos da essência da dignidade da pessoa humana». No final, houve ainda um debate com a participação dos eurodeputados Paulo Rangel (PSD), Nuno Melo (CDS) e Marisa Matias (BE).


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university fashion ’13 encontra talentos escondidos na uminho ana rita magalhães anarita-magalhaes@hotmail.com

Decorreu na passada quarta-feira, o terceiro e último casting do University Fashion’13. Neste último momento de seleção na atividade organizada pela Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), foram apurados os grandes finalistas que irão desfilar na gala final, a 13 de novembro, no campus de Azurém. Em comparação com o ano passado, segundo o vice-presidente do departamento de empreendedorismo e saídas profissionais da AAUM, Daniel Oliveira, existem várias melhorias “como o facto de, este ano, podermos ter a

agência de modelos [OPorto Models & Events] que irá dar o agenciamento aos vencedores”. Por outro lado, houve um decréscimo no número de participantes, o que, para Daniel, se deve à timidez e receio de dar os primeiros passos, algo associado ao tema deste ano: “Superstitious”. A diversidade de cursos onde se inserem os finalistas apurados demonstra que a Universidade do Minho tem talento em diversas áreas. As finalistas femininas são: Susana Martins (Estatística Aplicada), Nilce Peixoto (Línguas Aplicadas), Ana Filipa Barros (Sociologia), Sara Ferreira (Estudos portugueses e lusófonos) e Sara Cardoso (Engenharia

Mecânica). Do lado masculino temos: Pericles Jair (MIEGI), Paulo Oliveira (Marketing), Luís Esteves (Enfermagem), João Ferreira (Programa Doutoral em Engenharia de Sistemas) e Jorge Carvalho (Engenharia Eletrónica). Uma oportunidade para alunos de vários cursos A Gala Final decorrerá na nave da Escola de Engenharia. A data foi marcada para uma quarta-feira “para que os estudantes façam deste momento uma parte da sua noite académica”, sublinha Daniel Oliveira. Este ano a AAUM dá, também, uma grande oportunidade aos alunos do curso de Design e Marketing de Moda: “Envol-

vemos alunos de Mestrado de Comunicação de Moda na produção do evento, para que possam ganhar experiência nestes eventos e decidimos mostrar mais vestuário produzido por alunos de DMM”, revela Daniel. Com esta atividade a AAUM pretende promover o trabalho e competências dos alunos, visto que, “os alunos finalistas de licenciatura de DMM poderão divulgar os seus trabalhos (…) e os alunos do 2º ano do mesmo curso poderão ganhar experiência no backstage da Gala Final”. Os alunos do 2º ano de Mestrado de Comunicação de Moda também farão parte do evento “tendo cargos com responsabilidade que são muito rela-

cionados com a sua área de interesse do futuro, o que os motiva e os faz ganhar mais experiência”, afirma Daniel. Além disso, a vencedor do concurso AAUMTV VJ Castings será a apresentadora da Gala Final e os finalistas que estão interessados em serem agenciados irão ter uma enorme divulgação do seu talento. Esta é, portanto, uma atividade para os estudantes e feita pelos estudantes. Para os participantes, “este evento que será uma mais-valia para o seu futuro, seja através da experiência que ganham, da sua divulgação, e dos certificados que recebem para o enriquecimento do seu currículo”, conclui Daniel Oliveira.

101 anos na história da enfermagem na uminho alimentados pelo sonho da nova escola até 2017 bárbara martins bjamartins@hotmail.com

No passado dia 29 de outubro, a Escola Superior de Enfermagem (ESE) da Universidade do Minho celebrou os seus 101 anos de existência. Momentos musicais, entregas de prémios e oportunidades de aprendizagem não faltaram nesta celebração. Isabel Lage, presidente da ESE, discursou durante a cerimónia juntamente com o reitor António Cunha e a presidente da Associação de Estudantes da ESE, Paula Alves. “A Escola de Enfermagem é uma escola com uma identidade própria, não só pela sua história secular, mas também pela matriz que advém da sua natureza

e área”, disse Isabel Lage, revelando-se satisfeita com o trabalho desenvolvido até à data pela ESE. “A Escola cumpre com o seu papel, aliando a sua tradição histórica a um esforço crescente de uma conceção da educação que pretende comprometer os seus licenciados com a excelência, sem perder de vista o humanismo DR

e o respeito intransigente pelo valor da condição humana”, acrescentou. A ESE da Universidade do Minho, que foi fundada em 1912, é tomada como sendo uma marca da Enfermagem no que toca ao ensino. A mesma já foi premiada pelo Conselho Ibero-Americano em Honra da Qualidade Educativa, pela

Organização das Américas para a Excelência Educativa e pelo Município de Braga. Mostrando-se orgulhosa da sua escola, a presidente proferiu: “ (este ano) fomos a escola mais procurada a nível de Portugal continental, seguida de Lisboa e Porto”. Ao terminar o seu discurso, a presidente da ESE deixou uma mensagem a todos os que fazem parte da comunidade da escola: “É importante que cuidemos mais da nossa permanente atualização, da nossa cultura científica, da nossa preparação técnica, que façamos um aproveitamento mais cabal da nossa qualificação e das nossas competências, sendo cada vez mais fundamental o empenho e que cada um de nós, ativamente, contri-

bua para que a escola seja cada vez melhor”. Reitor quer construir a ESE durante este mandato A criação das instalações definitivas da ESE no campus de Gualtar, perto da Escola de Ciências da Saúde e do novo hospital é um projeto antigo. Este projeto tem sido sucessivamente adiado devido à falta de financiamento para o mesmo. No entanto, o reitor da Universidade do Minho afirmou que acredita que este projeto será concretizável até ao final do seu mandato, apesar de ser necessário fazer algumas alterações ao projeto inicial. Neste momento, a UMinho continua à procura de financiamento para esta obra.


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aaum satisfeita com os objetivos atingidos nas “quintas- feiras negras” FRANCISCO GONÇALVES francisco.mog14@gmail.com

No passado dia 31 de outubro terminou o calendário de protesto intitulado “quintas-feiras negras no Ensino Superior”. Esta iniciativa, que procurava chamar a atenção dos governantes e opinião pública para os problemas que afetam o Ensino Superior, aprovada no último Encontro Nacional de Direções Associativas (ENDA), que reuniu presidentes de associações académicas de todo o país, visava a realização de diversas ações de protesto todas as quintas-feiras do passado mês de outubro. De norte a sul do país, várias foram as iniciativas promovidas pelas diversas associações estudantis, que reuniram centenas de alunos em defesa de melhores condições no ensino superior, procurando consciencializar a opinião pública acerca das enormes dificuldades pelas quais os alunos atravessam atualmente. Porto, Coimbra e Lisboa foram algumas das cidades que viram as suas ruas cobrirem-se de negro à passagem dos estudantes envergando os respetivos trajes académicos. Carlos Videira faz balanço “extremamente positivo” A Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) não foi exceção e aliou-se também a esta iniciativa, organizando diversas ações de protesto em Braga e Guimarães. Apesar das críticas dirigidas à associação minhota por parte do movimento AGIR no que respeita à escassez de divulgação das diversas iniciativas, Carlos Videira faz um balanço global “extremamente positivo”. Em entrevista ao ACADÉMICO, o presidente da AAUM afirma que os principais objetivos desta iniciativa foram

efetivamente alcançados: “em primeiro lugar, marcar a agenda mediática (…) como comprovam as notícias que vieram a público na comunicação social. Em segundo lugar, chamar a atenção quer da sociedade civil, quer dos agentes políticos, para aquilo que nós achamos que são os temas mais urgentes e mais prementes.” Nas palavras de Carlos Videira, “em termos práticos, há algumas vitórias que foram conquistadas” realçando que, “ao fim de dois anos depois da queixa da AAUM ter sido apresentada”, a recomendação do Provedor de Justiça à tutela “foi um passo muito importante”, uma vez que esta “terá de responder num prazo de sessenta dias, tomando uma posição sobre todas aquelas questões, nomeadamente a questão das dívidas contributivas e tributárias” que, segundo o dirigente minhoto, reúne, hoje, um “largo consenso na sociedade civil e em todos os agentes do ensino superior”. Carlos Videira realça ainda as evoluções positivas ao nível das relações com a tutela, nomeadamente com a mudança de titular na Secretaria de Estado do Ensino Superior, que tem assegurado uma “periodicidade mensal de reuniões”, e com a apresentação, por parte do próprio Ministro da Educação e Ciência, de algumas resoluções que vão ao encontro

das reivindicações dos estudantes, “que certamente não chegam, mas que são um primeiro passo”, afirma. Algumas dessas resoluções foram enunciadas por Carlos Videira como “o reforço das verbas para a ação social escolar, no âmbito do programa «Garantia Jovem», programa financiado por fundos europeus”, verbas que serão aplicadas a um “programa de combate ao abandono escolar, quer de deteção precoce das dificuldades dos estudantes que estão neste momento no ensino superior, quer de reingressos de alunos que acabaram por sair sem concluir o seu curso, e que têm agora condições mais vantajosas de concluir a sua formação”. Por outro lado, houve, ainda, uma abertura para alterações regulamentares no processo de atribuição de bolsas de estudo, “que ficaram de ser apresentadas até ao final de novembro para que pudessem ser discutidas e postas em prática no final do mês de dezembro”. Carlos Videira refere, no entanto, que “o movimento associativo continuará a fazer pressão ao longo do mês de novembro para que estas promessas se materializem”. Além disso, defende que estas «quintas-feiras negras» foram realizadas no “timing certo”, porque, justifica, atravessamos “uma fase em que se começa a construir um discurso mui-

to perigoso na sociedade, de que a formação superior não compensa e de que ficaram oito mil vagas por preencher no concurso nacional de acesso”. Questionado sobre os métodos utilizados para dar forma a este protesto, Carlos Videira relembrou que a atual Secretaria de Estado “ouve os alunos e está disposta a mudar algumas coisas” e ainda que essa “mudança de postura acarreta algumas responsabilidades da parte dos estudantes” pelo que, defende, “nesta fase, a via preferencial é apresentando argumentos e defendendo ideias com todos os agentes”. Opinião dos estudantes minhotos O ACADÉMICO inquiriu alguns alunos da Universidade do Minho (UM) quanto à sua opinião relativamente a esta iniciativa. Para Sónia Matos, aluna do 1º ano de Enfermagem, este calendário de protesto foi muito interessante e acrescenta que, “de uma forma geral, este género de ações é extremamente necessário para alertar e informar todas as pessoas acerca dos problemas existentes no Ensino Superior” realçando também a importância da “consciencialização da

sociedade para que surjam soluções para a melhoria do mesmo”. Sobre a atuação da AAUM neste protesto e o que poderia ter sido feito, a aluna afirma que nada tem a acrescentar. “Sou de Enfermagem e, por isso, não estou em Gualtar, mas a AAUM dirigiu-se aos Congregados, para que os alunos de Enfermagem e Música tivessem acesso ao protesto”, referindo-se à atividade realizada a 17 de outubro, na Avenida Central, em Braga. A mesma opinião é partilhada por Bárbara Guimarães, aluna do 2º ano de Sociologia, no que concerne à realização destas ações de protesto: “Este género de ações são bastante apelativas para todos os alunos e de uma relevância incomparável”, e justifica: “o nosso ensino superior está a sofrer represálias incomuns no meio deste caos em que se encontra o nosso país e é necessário consciencializar as pessoas para esse facto”. Confessa, no entanto, não estar muito por dentro do assunto e não ter tido acesso “direto e presencial” às 20 respostas sugeridas para um ensino superior melhor, mas considera que “a AAUM fez aquilo que estava ao seu alcance para divulgar o projeto e envolver a comunidade académica”.


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INQUÉRITO

Depois da explosão no passado sábado no departamento de Química, a segurança foi colocada em causa na UMinho. Vês algum motivo de procupação? Apesar do acidente, José diz sentir-se seguro. “Todos nós respeitamos as medidas e levamos a cabo os procedimentos de segurança”. O jovem explicou ao ACADÉMICO que os problemas que causaram o desastre nos laboratórios foram de origem técnica, como problemas de eletricidade e dos sistemas de iluminação, nada que tivesse a ver com elementos químicos. Salientou também que a universidade encontra-se preparada, e, para casos como este, a UMinho tem um plano de emergência apresentado logo nas primeiras aulas, contudo, nem toda a gente frequenta laboratórios para o conhecer. Visto que não existiram nenhumas notificações dadas, o estudante irá manter o seu comportamento dentro do laboratório, até porque “não há explosões a toda a hora”.

josé couto 2º ano// química

ana barbosa 3º ANO// bioquímica

Ana Barbosa não se encontra preocupada com o passado acidente, mas já não se sente totalmente segura como inicialmente. A estudante de Bioquímica sabe da existência do plano de emergência, mas acha que, para este tipo de problema, “tendo em conta a hora a que aconteceu, a forma como aconteceu, um plano de emergência não serviria de nada”. A jovem aconselha um maior cuidado com a instalação elétrica, de modo a evitar curto-circuitos, como neste caso, ou outro tipo de acidentes, em futuras ocasiões. Ana sabe que a culpa não foi de nenhum reagente químico, portanto não irá alterar os seus comportamentos dentro das salas nem tomar algum cuidado especial daqui para a frente.

Perante os últimos acontecimentos, o jovem contou ao ACADÉMICO que se sente seguro nos departamentos de Química e que, apesar de não saber a forma como o problema está a ser tratado, confia nas pessoas que se encontram a resolvê-lo. Sobre o plano de emergência, o aluno de Bioquímica não sabe da sua existência, mas conta com ela. A possível ausência deste elemento numa universidade é considerada pelo “caloiro” algo muito grave. O aluno da UMinho também afirmou que se sente seguro, e que para evitar futuros problemas, se devem respeitar normas de segurança e haver “mais cuidados das pessoas que trabalham nos laboratórios”. Apesar de não ter recebido nenhuma chamada de atenção para este ponto, Duarte irá ter um comportamento cuidadoso, como sempre teve até ao momento. duarte oliveira 1º ANO // bioquímica

ângela vilas boas 1º ANO // ciências do ambiente

jorge nicolau jdiogo.nicolau@gmail.com marta roda marta-roda18@hotmail.com

Confrontada com tal evento, Ângela afirmou que “há motivo de preocupação. Uma explosão não é propriamente uma coisa normal”. Contudo, a estudante sente-se segura nos departamentos de Química, pois acredita que para melhorar e prevenir situações futuras, se irá redobrar a segurança. A aluna, de modo a evitar outros incidentes, irá ter outros cuidados futuramente, apesar de não ter sido chamada à atenção para tal. O plano de emergência, para a Ângela Vilas Boas, é muito importante, e a sua ausência seria algo totalmente grave.

Depois da explosão no passado sábado no departamento de Química, a segurança foi colocada em causa na UMinho. Vês algum motivo de procupação? No passado domingo, 27 de outubro, ocorreu uma grande explosão num dos laboratórios do departamento de Química, na Universidade do Minho. Felizmente, não se encontrava ninguém dentro do edifício, mas a situação foi trabalhosa para os bombeiros e técnicos envolvidos durante essa agitada madrugada. O ACADÉMICO esteve à conversa com alunos que frequentam os edifícios e questionouos acerca de como se sentem quanto ao que se passou, perguntando a sua opinião sobre o sucedido e se acham que se encontram em segurança para futuras ameaças.


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ENTREVISTA

ANTÓNIO CUNHA

Arlindo Rego

Reitor da Universidade do Minho concedeu ao ACADÉMICO a sua primeira grande entrevista após a reeleição

“A UMINHO É, EM 2013, A MELHOR UNIVERSIDADE PORTUGUESA” DANIEL VIEIRA DA SILVA daniel.silva@rum.pt NUNO CERQUEIRA informacao@rum.pt

Apresentou-se como candidato único. Afirmou que essa “corrida solitária” não o surpreendeu e considerou normal a sua reeleição. Como é que leu o resultado eleitoral? Foi um mandato muito complicado. Aquilo que eram os pressupostos iniciais da candidatura alteraram-se significativamente ao longo destes quatro anos. O enquadramento do ensino superior mudou de uma maneira muito significativa, assim como o enquadramento político. Apesar disso, grande parte do programa foi cumprido. A candidatura a um segundo

mandato aparece com uma certa naturalidade. Houve algo que foi inequívoco para mim e que é muito reconfortante... A grande mobilização que a comunidade académica fez, genericamente, em torno do projeto que foi sendo apresentado e construído que assentava numa ideia de universidade completa, baseada na investigação, com ensino diferenciado, inclusiva, internacionalizada e eficiente. Para além disso, estamos numa universidade, um lugar de pensamento, um lugar de confronto de ideias motivadas por diferentes visões do mundo que resultam de perspetivas políticas, de conhecimento científico. Temos um lugar de diversidade e certamente que isso depois é espelhado nos resultados do Conselho Geral. Há uma maioria que apoia

o reitor, mas este não é unânime. Também não deveria ser, não é bom que assim seja. Estou muito satisfeito com esta eleição. É uma eleição com uma maioria clara, mas também traduzindo que a Universidade tem um pensamento diverso. No plano de ação com que se candidatou há projetos que submeteu à votação há quatro anos. A sua concretização exigia mais do que o limite de quatro anos? A taxa de execução do conjunto de iniciativas que estavam subjacentes ao plano para o primeiro mandato é muito grande, superior a 80 por cento, o que para um projeto feito a quatro anos é muito bom e para um projeto feito em quatro anos em que o mundo mudou significativamente, eu acho que

é, de facto, excelente. A universidade mudou em quatro anos. A universidade como estrutura, como instituição, deu saltos significativos. Aumentou o número de alunos, reforçou imenso a sua visibilidade internacional, ganhou espaço em áreas de excelência, nomeadamente na investigação, e como resultado de tudo isto, a universidade passou a ter uma visibilidade que não tinha nos rankings internacionais. De acordo com o principal ranking que avalia as universidades em todo o mundo, a UMinho é, em 2013, a melhor universidade portuguesa. Os rakings são o que são. São fotografias de uma instituição tiradas de um determinado prisma, mas é um prisma muito respeitado e, segundo a Times Higher Education ranking,

a Universidade do Minho é a melhor universidade portuguesa. Portanto, a universidade deu um salto qualitativo enorme. A universidade teve, sobretudo, capacidade de reagir a uma adversidade muito grande provocada pela alteração dos contextos sociais e económicos, pelas alterações no seu financiamento. A universidade mobilizou-se. A universidade tem discussões internas e linhas de pensamento muito diferentes, mas está unida em torno do conceito de universidade a construir. Houve iniciativas que não foram totalmente conseguidas? Sim. Algumas, por várias razões. Desde logo há um projeto que é muito querido, o projeto da sede da AAUM, que não é um projeto da Universidade e que derrapou no tempo mais do


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que o que gostaríamos. Mas a universidade volta aí a ter um papel determinante... A universidade será sempre uma madrinha muito comprometida com este projeto e está empenhada em encontrar uma solução para o mesmo. Uma solução que, em última análise, é a que passa pelos dirigentes da AAUM, mas que também passa por uma grande concertação de vontades com a autarquia de Braga. Temos um quadro interessante para o desenvolver. Tem que se confirmar se é nesse quadro que se vai desenvolver ou não. É uma solução que vai ter que ser da AAUM, mas penso que, neste momento, temos bases para lançar um projeto. Quer com o quadro que existe, quer com as perspetivas de financiamento que os próximos quadros europeus de desenvolvimento para 2014-2020 sugerem, tenho perspetiva que em muito pouco tempo este projeto verá a luz do dia.

vária ordem. Afetam o nosso funcionamento. Tivemos uma alteração significativa, por exemplo do quadro de Ação Social Escolar, que poderia ter permitido que o nosso número de alunos aumentasse ainda mais. Tivemos, também, uma alteração da lei de enquadramento do Ensino Superior com um recuo na questão do regime jurídico que faz com que o nosso processo fundacional esteja, neste momento, parado, à espera da alteração à lei que vai existir. O que é que isso afeta a universidade em termos práticos? Afeta bastante, sobretudo projetos de um conjunto de edifícios no centro da cidade e a forma como a universidade os quer abordar. São edifícios que poderão ser alienados, parcialmente alienados ou recuperados. A universidade gostaria de trabalhar esses projetos a partir de uma solução autonómica, que lhe dava muito mais flexibilidade e capacidade de ação.

Voltando atrás... Quando fala da taxa executada de 80 por cento, os outros 20 estão relacionados com medidas do Governo? Poderá haver culpa da estratégia política, da falta de financiamento constante?

Que edifícios são esses?

As surpresas com que vamos sendo confrontados a nível governamental são de

A universidade tem vários edifícios no centro da cidade para os quais tem planos de intervenção, mas que necessitam de uma intervenção muito significativa. Seja o edifício da Rua D. Afonso Henriques (antiga sede dos Serviços de Ação Social), do Largo do Paço, o edifício do

Castelo. São edifícios cuja solução a encontrar não está totalmente definida. Há um outro edifício da Universidade que vai ser alvo de uma intervenção muito grande, o da rua Abade da Loureira, que vai ser transformado em arquivo distrital. Um arquivo distrital moderno, de grande capacidade, com um projeto que resulta de um protocolo que estabelecemos com a presidência do Conselho de Ministros há cerca de um ano. É um projeto que, quase de certeza, deverá começar a ser construído no primeiro semestre do próximo ano. Estamos a finalizar a lógica de financiamento para isso. Há também outro, em plena Av. Central, que está a ser utilizado pela AAUM, onde está situado o Insólito Bar, que fica entre o Museu Nogueira da Silva e a Unidade de Arqueologia. Há já algum projeto específico para requalificar aquele espaço? Sim, todo esse espaço está no nosso plano de requalificação, no nosso plano estratégico. O museu Nogueira da Silva sofreu uma modificação na parte do rés-do-chão, dos jardins e com a criação de um espaço para alojar todo o espólio da escritora e poetiza Maria Ondina Braga. A Universidade, quando em 1975 recebeu o legado de Nogueira da Silva, recebeu um espaço que inclui, além da casa museu, dois edifícios. Um deles recebeu a Unidade de Arqueologia e o outro foi cedido à AAUM. Ambas as situações não são muito interessantes, sobretudo devido ao crescimento e à importância da Unidade de Arqueologia, ao volume do trabalho que tem e que exige instalações mais adequadas. Temos estado em conversações com a autarquia de Braga para encontrar uma nova solução para aquele espaço, num projeto que também tem estado a ser seguido pela secretaria de Estado da Cultura. É um processo que estamos a trabalhar, mas gostaríamos muito que aqueles edifícios fossem recuperados, requalificados, transformados em edifícios que fossem coloca-

Arlindo Rego

dos no mercado de arrendamento bracarense e que o resultado do proveito dessas rendas fosse usado para alimentar a atividade cultural do museu e que tivéssemos ali algo a funcionar em ciclo fechado com uma manutenção sustentável. Voltando à questão da nova sede. Houve a assinatura de protocolo com a autarquia, que entretanto já cessou funções na Câmara Municipal de Braga. Como é que o reitor olha para este projeto, tendo em conta a nova sede e a dimensão muito mais reduzida que terá? Aquilo que existe é um quadro interessante para a universidade de viabilização de um espaço chamado Quinta dos Peões, junto ao campus de Gualtar. É um acordo subjacente a três partes - o proprietário dos terrenos, a Universidade e a autarquia de Braga -, num protocolo que foi subscrito com a câmara anterior, mas com o apoio da força de oposição que hoje está no poder. É um projeto com um grau de consensualização a nível autárquico. É muito interessante porque beneficia em muito o alargamento do espaço da universidade, criando uma praça em frente à biblioteca, prevendo a instalação de um centro de

congressos e a instalação de espaços de incubação. É um projeto interessante, percebendo eu as dificuldades que é levar à prática e concretizar todo aquele investimento. Numa lógica de contrapartidas entre os vários atores houve uma para a universidade que, cumprindo aquilo que sempre tem vindo a dizer, quis encontrar uma solução para a sede da AAUM. Há, por isso um compromisso do empreendedor de construir uma sede para a AAUM com uma determinada área. Agora, há duas questões: por um lado os tempos de hoje são diferentes do modo como pensávamos há uns tempos atrás e eu diria que é recomendável alguma moderação nas dimensão dos edifícios que queremos para as nossas instalações porque depois os edifícios tem custos de manutenção e deveria haver aqui algum cuidado. Mas independente disso, o que nós temos é um compromisso onde o operador privado assume os custos de determinada área. Nada impede que haja uma expansão e que o edifício tenha um andar adicional. Está tudo em aberto para dizermos que não queremos três mil metros quadrados, queremos quatro mil.


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Eu penso que aquilo que seria o ideal era ter um projeto de arquitetura que permitisse e estivesse pensado para termos expansões e que neste momento avançássemos com uma solução mais moderada e que, daqui a alguns anos, a AAUM possa fazer uma expansão. Resumindo o que estou a dizer: não acho que haja um problema de dimensão da sede. Acho muito bem que a ambição da associação seja o máximo possível, mas temos que compatibilizar aquilo que é a realidade. A dimensão não é o problema, mas a localização já o é? Parece-me que não. A nova sede fica dentro do campus. A sede da AAUM é um elemento com uma enorme capacidade de atração e, por isso, para nós, estruturante da vida do campus. A sua localização faz, para mim, todo o sentido. O campus, neste momento e com o plano de desenvolvimento que tem, tem um eixo Este, onde estão fundamentalmente as infraestruturas desportivas, com a atual zona que tem, mas também uma infraestrutura que queremos requalificar tornando-a bastante mais moderna, que é o campo de futebol de Gualtar, que está já perto do hospital. Há um projeto para o relvar, há também a questão do centro aquático e tudo isso está naquele eixo. Esse eixo deveria acabar, por assim dizer, com a sede da AAUM na parte Sul. Parece-nos estruturante porque o edifício da AAUM há-de ser sempre um pólo de atração muito grande. Mas o que está em cima da mesa é uma contrapartida que está a ser oferecida à AAUM. Se a AAUM não a quiser ou se se sente desconfortável com ela deve avançar para outra solução e a Universidade encontrará outra contrapartida com o promotor imobiliário. Mas acho, sinceramente, que é um projeto muito bem conseguido do ponto de vista arquitetónico e muito interessante. Quem circula pelo campus

Arlindo Rego

de Gualtar vê um edifício descontextualizado do restante. Edifício onde funcionou, durante alguns anos, o Gabinete de Relações Internacionais e que agora está vazio. O que se prevê para ali? Fala-se que poderá ser a sede da Associação dos Antigos Estudantes. Confirma? Não, não confirmo. É um edifício descontextualizado do resto do campus, mas que de algum modo teve a ver com aquilo que este espaço era. Estamos a finalizar um projeto de arranjo paisagístico de todo aquele espaço central, um projeto que vai ter o arranjo daquele espaço verde, que continuará como o grande pulmão do campus, mas que também prevê outras funções como garantir que temos uma passagem, de um lado a outro do campus. Prevê-se uma zona que se possa passar em dias de chuva com uma comodidade diferente da que há hoje, prevê-se um espaço alimentar, um espaço de convívio para estudantes, a instalação de uma pequena sede para a associação de antigos estudantes e prevê ainda um espaço para uma infraestrutura ligada à Escola de Psicologia. Todas essas valências utilizam as instalações que já lá estão, não há aumento de área construída. Vai passar a ser o centro do nosso campus. Vai ser um espaço muito interessante. E limites temporais. É um projeto a quanto tempo? O projeto penso que estará finalizado perto do final deste ano civil. Depois falta o concretizar, o conseguirmos financiamento para o efeito. É um dos projetos que está previsto no nosso plano estratégico e que pretendemos candidatar a verbas dos quadros 2014-2020. É uma obra que gostaria que acontecesse nos dois primeiros anos deste mandato. Voltando a outros dos projetos que falou, o do centro aquático. É um projeto há muito desejado... É concretizável em quatro anos?

Esse projeto envolve um investimento elevado. É um projeto que se afigura como estruturante para o campus e para a nossa atividade desportiva. Há várias razões para o fazer, mas não pode ser totalmente descontextualizado de outros investimento a acontecer na região. Portanto, algumas decisões, nomeadamente na área de dispositivos ligados a atividades desportivas aquáticas e decisões finais sobre eles, com certeza, que condicionarão a nossa decisão. Nomeadamente as piscinas olímpicas paradas? Eventualmente. É uma das linhas de interação que teremos com a autarquia e a nossa decisão poderá ser condicionada por causa disso. Concretize-me só a questão do campo de futebol de Gualtar. O que poderá resultar? Relvar o campo. Dotar das condições necessárias para a prática de atletismo e outras competições desportivas e construir/requalificar uma pequena bancada. Recomenda-se que aquele campo seja um campo de uma utilização mais generalizada e mais aberta.

Todas estas estruturas poderão ajudar a fundamentar uma candidatura às Universíadas, como avançou na gala de desporto da UMinho? Esse é um sonho. Acho que era muito bom que isso acontecesse e que pudéssemos estar em condições de ter as Universíadas dentro de dez anos. Este é um projeto de uma enorme ambição. Provavelmente não se voltará a repetir Kazan e a Coreia. A própria FISU está a tentar reduzir a dimensão do evento, reduzindo o número de atividades. Mas acho que é um projeto que vale a pena trabalhar e vale a pena sonhar com esse objetivo. Estamos no domínio do sonho mas acho que vale a pena trabalhar. Está na ordem do dia a questão do Provedor de Justiça ter dado razão à queixa dos alunos sobre a Ação social. Concorda com a opinião do provedor? Isso é uma questão que nasceu torta e as situações que nascem tortas dificilmente se endireitam. Tivemos uma reforma da Ação social Escolar que teve alguns aspetos positivos, como haver

uma normalização a nível nacional das condições de acesso e ultrapassar situações que chegaram a ser manchetes de jornal onde irmãos que numa universidade tinham bolsa e noutra não tinham. Essa questão foi positiva. Mas esse sistema, que entrou em vigor há cerca de dois anos, (e na altura reduzimos em cerca de mil o número de bolseiros, que entretanto recuperamos mas estamos com cerca de 800 alunos a menos), acabou por estar, de algum modo, embora nunca assumido pelos responsáveis governamentais, indexado a uma lógica orçamental. Os nossos governantes, com muito respeito que tenho por eles, acabaram por ser forçados a ir para uma solução onde, sabendo que havia um bolo orçamental, tinham de encontrar soluções e limitar o número de bolsas a essa verba disponível. Todos sabemos que as questões orçamentais existem, que as questões orçamentais existem, mas um processo destes pensado a partir de uma lógica orçamental só podia acabar mal porque depois cria situações de injustiça relativa muito grandes.


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São sempre situações muito complexas. É perfeitamente natural esta resposta do provedor de Justiça ao dizer que não faz qualquer sentido estar a prejudicar os alunos por outras questões, externas e não imputáveis a eles.

fizeram uma doação à UM. Em resultado da experiência-piloto que fizemos, alterámos o regulamento do fundo, permitiu ser mais abrangente e tenho a expetativa que este ano letivo apoiaremos entre 100 a 120 estudantes.

O bolo da ação social a diminuir e o bolo e pedidos do Fundo Social de Emergência a aumentar. Já é possível fazer um balanço deste Fundo?

Entrando noutro campo. O que espera deste pelouro da autarquia de Braga que pretende ter uma relação próxima com a Universidade?

O fundo social de emergência é uma medida que me parece muito positiva, muito bem conseguida, implantada durante o mandato e que resultou das condições com que fomos sendo deparados. Foi instituído um valor de 120 mil euros, começou em funcionamento no segundo semestre do ano passado, acabou por atender a cerca de 40 estudantes com uma despesa na ordem dos 40 mil euros. Isso permitiu-nos criar um fundo com alguma almofada. Este ano voltaremos a ter um fundo de 120 mil euros disponibilizado pela universidade e, como foi anunciado, esse fundo será complementado com cerca de 50 mil euros de um conjunto de empresas e individualidades que

Espero um aprofundamento da relação com a autarquia e um aprofundamento em projetos concretos, que exigem uma maior concertação de esforços. O que está a acontecer em todo o mundo é um aumento da centralidade das universidades com entidades à volta das quais são estruturadas estratégias de desenvolvimento regional. Isto não era assim há 20 anos. Hoje é assim e perspetiva-se que assim será no futuro. Isto é feito num quadro de grande complexidade em que as autarquias de uma determinada cidade se entendem e articulam com a universidade, mas em universidades que estão em várias cidades, como a nossa, isto exige uma concertação de atores. As várias autarquias que estão em volta

também tem que se concertar neste projeto e este é um trabalho de âmbito regional em que o objetivo último é sermos capazes de ativar a economia, gerar riqueza e tornarmos os diferente espaços, seja o espaço local ou regional, em espaços atraentes para fixar população. A expetativa que eu tenho é muito positiva e é algo que, volto a referir, terá certamente uma dimensão de colaboração bilateral, mas terá, certamente uma dimensão de concertação com os outros agentes de espaços mais alargados, nomeadamente da construção daquilo que está na ordem do dia, a construção de estratégias regionais, aquilo que é a especialização inteligente. Falou da internacionalização da Universidade como uma das apostas e que faz parte do plano estratégico. Nos alunos há uma estrutura que completou, recentemente, dois anos... A ESN Minho. O Serviço de Relações Internacionais pode ter aqui um papel importante na ligação a esta estrutura, ligação essa que não tem existido de uma forma muito natural nos últimos tempos? Uma realidade é aquilo que são os estudantes nos pro-

Arlindo Rego

cessos de intercâmbio, que são estudantes que vem cá fazer parte dos seus cursos, mas que são alunos de outras universidades e que estão connosco algum tempo. É sobretudo essa dimensão que o ESN enquadra. Temos outra dimensão que são os estudantes estrageiros que vêm para cá fazer os seus cursos, sobretudo a nível de pós-graduações. No futuro próximo achamos que vamos ter hipótese de recrutar estudantes para licenciatura e primeiro ciclo e recrutá-los fora do concurso nacional de acesso. Quando dizemos que queremos 25 mil alunos é previsto que um número da ordem dos 4 mil alunos sejam estudantes desse tipo, estrangeiros, num processo que vamos ter com as autarquias de Braga e Guimarães para ajudar a promover a universidade como pólo atrativo. Tudo isto são dimensões da internacionalização. Praxe. Fez parte da praxe? Não, nunca passei por essa experiência. É algo que tenho alguma dificuldade em contextualizar. A minha posição sobre este assunto há-de ser sempre a mesma. A Universidade do Minho há-de ser sempre um espaço de liberdade, liberdade de pensamento. Muito mal estariamos no dia em que os estudantes só fizessem coisas que o reitor achasse bem. Dentro do espaço conceptual da universidade há lugar a todo o tipo de manifestações e intervenções que evidenciam a grande variedade, diversidade de comportamentos, posicionamento de atitudes com que uma comunidade tão grande como a nossa tem que ter. O que não podemos ter é atividades que um determinado grupo tenha e que prejudiquem, significativamente, outro. Estamos a falar de atividades letivas terem manifestações ruidosas a perturbar o seu funcionamento. Há certas coisas que não devem acontecer e, sobretudo, temos que garantir que não há ninguém dentro da comunidade académica que é

coagido a entrar em atividades nas quais não quer estar e isto por vezes acontece. Desde que estas duas coisas sejam garantidas, a Universidade é um espaço de liberdade onde os estudantes têm as suas práticas e, com certeza, que conseguiremos conviver todos muito bem. Já conheceu a nova Papa? Eu conheço grande parte dos estudantes e tenho a felicidade de ter uma relação muito próxima com os estudantes, conheço muitos deles. Do ponto de vista institucional, o reitor e as estruturas da universidade relacionam-se com as estruturas que fazem parte dos nossos regulamentos, com os estudantes que fazem parte dos órgãos dirigentes, todos os representantes deste quadro são certamente pessoas com quem temos um relacionamento institucional. Agora que vai iniciar um novo mandato alguma mensagem que queira deixar aos estudantes? A universidade quer ser uma universidade diferente, que se afirme pelo empreendedorismo, pela criatividade, pelas competências e pelos conhecimentos que tem. É absolutamente essencial que isso seja assumido pelos nossos estudantes, que eles queiram ser diferentes queiram ser criativos, empreendedores e certamente muito competentes nas suas áreas de formação e nos níveis de conhecimentos atingem Aquilo que eu de facto gostaria é que assumissem essa diferença e levassem o nome da universidade bem longe. Para isso precisamos de estudantes que vistam a camisola da universidade. Queremos estudantes que encarem o futuro como uma oportunidade e que olhem para a frente, que não olhem para o chão, que construam o seu futuro com base na enorme experiência e capacidade que lhes são potenciadas no espaço da universidade, mas que sobretudo sejam criativos, pró-ativos e que sejam cidadãos do mundo.


TECNOLOGIA E INOV será que os pc’s tem os dias contados? ADRIANA CARVALHO ac.eoresto@gmail.com

Segundo declarações de Raj Talluli, vice presidente

sénior da empresa Qualcomm, “os pc´s como desktops e notebooks deverão acabar dentro de cinco anos, menos até.” Talvez uma afirmação um pouco

suspeita, visto a Qualcomm ser uma das empresas que mais vende processadores para telemóveis. As razões? Segundo o vice-presidente, o facto dos smartphones, taDR

twittadas ana pinheiro anafilipapinheiro1@hotmail.com

Facebook quer negociar compra da Blackberry Os executivos do Facebook estão a discutir com representantes da Blackberry uma possível aquisição do fabricante de telemóveis. Segundo fontes citadas pelo jornal The Wall Street Journal, representantes da canadiana Blackberry deslocaram-se à Califórnia para discutir uma eventual operação de venda. A rede social Facebook está cada vez mais dependente das receitas das suas aplicações para telemóveis, mas nega até ao momento todos os rumores sobre o possível salto para o fabrico dos seus próprios dispositivos.

Papa atingiu 10 milhões de seguidores no Twitter A conta @Pontifex na rede social Twitter atingiu os 10 milhões de seguidores. O Papa Francisco reagiu escrevendo: "Queridos seguidores, soube que já sois mais de 10 milhões! Agradeço-vos do coração e peço-vos que continuem a rezar por mim". O idioma mais usado nas mensagens é o espanhol, com quatro milhões de seguidores, seguindo do inglês com 3, 1 milhões e do italiano com 1,4 milhões. A conta @Pontifex regista também um grande número de mensagens reenviadas. Cláu-

blets e outros equipamentos mais modernos e pequenos, que estão cada vez mais melhorados e com mais funcionalidades serão o fator decisivo para tornar os computadores desnecessários. E ainda prevê que, nos próximos anos, os gadgets estarão cada vez mais adaptados e terão, ainda, capacidade para entender, com mais rapidez, aquilo que o seu utilizador pretende. Taj Talluli refere que “o telefone tem que saber o que o utilizador está a fazer e adaptar-se a isso. Tem que saber se está no carro, numa reunião e agir de acordo com cada situação. Assim que ele entender o estilo de vida do utilizador, automaticamente, ele vai-se adequar e adaptar-se a isso”. Para este responsável, não vê “perigo” nos novos gadgets que têm saído para o mercado, nomeadamente, os óculos e relógios inteligentes. Para o mesmo, estes

não irão substituir os atuais telefones/smartphones uma vez que estas duas tecnologias se irão complementar e serão apenas de consulta. “As pessoas não vão deixar de os usar, no entanto vão verificar o telemóvel menos vezes, uma vez que as notificações/informações estarão já nos relógios, e estas duas tecnologias vão-se complementar”, concluiu. Atualmente a Qualcomm está a desenvolver câmaras para smartphones, que se podem quase comparar às câmaras digitais. A empresa aposta, também, no áudio dos equipamentos que também se têm, cada vez mais, comparado aos melhores sistemas de som que se encontram no mercado. Com a quantidade de dispositivos móveis que existem no mercado, no dia a dia, a questão do futuro dos pc’s torna-se muito pertinente. Será que o fim estará assim tão próximo?

dio María Cell, o presidente do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, afirma que terão sido já reencaminhadas 60 milhões de mensagens do papa para familiares e amigos dos seguidores. 30% dos Samsung Gear são devolvidos As características dos Samsung Gear não têm sido suficientes para convencer os utilizadores a ficar com o equipamento. Estas estão a preocupar a Samsung já que este equipamento foi uma grande aposta da marca. Para tentar minimizar tal problema, tudo indica que a Samsung DR

DR

tem vindo a trabalhar numa atualização que permitirá ao Galaxy S3, Galaxy S4 e Galaxy Note 2 serem também compatíveis com o smartwatch. Foi durante a IFA2013 , que a Samsung apresentou oficialmente o seu smartwatch Samsung Gear, antecipando-se a um possível “iwatch” por parte da rival Apple. Portugueses criam jogo no Facebook A Yucca Studios é uma empresa portuguesa que já está a dar cartas. É já um sucesso no Facebook com um jogo online

com quase 20 mil seguidores. Chama-se GodZ e trata-se de um jogo com uma grande componente de estratégia onde, independentemente do rumo ou das ações que o jogador fizer ao longo do jogo, existe uma história paralela que se desenrola por capítulos. Segundo o que a empresa explicou cada capítulo conta uma parte da história de GodZ e sempre que um termina o jogador entra numa nova fase do jogo. A empresa, fundada por dois amigos portugueses ao qual se juntou um parceiro angolano, recebeu um incentivo do QREN de cerca de 500 mil euros.


OVAÇÃO

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liftoff,

http://liftoff.aaum.pt/ facebook.com/aaum.liftoff

gabinete do empreendedor da AAUM

promove... Projetos de Apoio ao Empreendedorismo

Concurso Nacional de Ideias, ANJE

Rede de Percepção e Gestão

Candidaturas até 8

de Negócios (RPGN)

de novembro

Prazo de candidatura alargado até 24 de novembro Os prazos de candidatura aos projetos de empreendedorismo da Rede de Percepção e Gestão de Negócios (RPGN), gerida pelo IPDJ (Instituto Português do Desporto e da Juventude) foram alargados até às 23:59, do dia 24 de novembro de 2013. Se tens entre 16 e 30 anos podes participar nas diversas ações existentes que incluem: - O desenvolvimento de uma

oportunidade de negócio de âmbito local ou regional na RFN - Rede de Fomento de Negócios - Candidaturas a concursos de ideias e projetos com o apoio de um facilitador - O apoio à criação de empresas - O desenvolvimento de um projeto sustentável no espaço associativo jovem Mais informações em www. juventude.gov.pt

O Concurso de Ideias da ANJE premeia a criatividade empresarial e apoia as melhores ideias de negócio (independentemente do setor de atividade económica), para que estas se traduzam em projetos viáveis. O objetivo é motivar os jovens entre os 18 e os 35 anos a desenvolver ideias de negócio inovadoras e reconhecer a sua criatividade estimulando a inovação empresarial. Prazo para a entrega de candidaturas: 9 de novembro de 2013 Prazo para a seleção de candidaturas: 29 de novembro de 2013 Mais informações em: http://www.anje.pt/portal/ concursodeideias

Programa COHiTEC Sessões de apresentação, 12 de novembro A COTEC Portugal vai realizar a 12 de novembro as sessões de apresentação do Programa COHiTEC na Universidade do Minho. As sessões vão decorrer no Campus de Azurém às 11 horas e no Campus de Gualtar às 17 horas. O Programa COHiTEC é uma ação de formação destinada a investigadores que pretendam avaliar o potencial comercial das tecnologias que desenvolveram. Ao longo de quatro meses, os investigadores criam conceitos de produto para a sua tecnologia e desenvolvem um projeto de negócios. Para tal, contam com o apoio de estudantes de gestão e de mentores, e têm acesso a formação em comercialização de tecnologias, abrangendo temas como Gestão de Equipas, Geração de Ideias de Produto e Serviço, Propriedade Intelectual, Finanças e Desenvolvimento de um Plano de Negócios. Em 2014, o COHiTEC terá lugar entre Março e Junho em Lisboa e no Porto, numa parceria com o INDEG-IUL ISCTE Executive Education e com a Porto Business School, contando, ainda, com o apoio da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento e da North Carolina State University. As candidaturas ao Programa estão abertas até 8 de Janeiro de 2014, em www.cohitec.com.

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Perfil: - Recém-licenciado em Gestão, Economia ou áreas afins; . Idade até 30 anos (inscrito no IEFP); - Bons conhecimentos de inglês e francês - oral e escrito - Bons conhecimentos de Excel/ SAP - Dinâmico, boa capacidade de relacionamento interpessoal, organizado

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Habilitações: mínimo 12ºano; - Experiência em funções similares de 1 a 3 anos; - Orientação para a área de vendas e espírito comercial; - Fluência em inglês e francês; - Conhecimentos informáticos na óptica do utilizador; - Residente no Minho

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CULTURA SALA DE CINEMA: apenas o vento (2013)

quem tem direito a viver? CÉSAR CARVALHO z5@sapo.pt

Depois de um devaneio chamado Womb, onde o fator “Eva Green” não foi suficiente para agradar por completo, o realizador húngaro volta ao registo ríspido (mas coerente) que tantos prémios lhe renderam, principalmente no seu país de origem e na Alemanha. Csak a szél foi galardoado com o Grande Prémio do Júri (Urso de Prata) no Festival de Berlim e com o Prémio Amnistia Internacional. Mas os enaltecimentos não se ficam por aqui. É fácil perceber que uma história de denúncia pode cair na armadilha – fá-lo vezes demais – de transformar personagens em simples peças estereotipadas. A série de assassinatos decorridos entre 2008 e 2009 na

Hungria, vitimando inúmeras famílias de ciganos por razões meramente étnicas, é trazida logo no início do filme como base para tudo o que se descreverá. E esse retrato é feito humildemente num tom documental. Fliegauf foi registando, de câmara na mão e atento aos pormenores, um esmiuçado esboço sobre o racismo infundado, sem lugar nem origem, ficando a ideia de que tamanho problema pode acontecer em qualquer lugar. Ousado sem o parecer, o trabalho de Fliegauf fecha-se bem nos seus próprios planos aproximados, íntimos, e na escuridão que predomina em muitas cenas. A rotina registada contempla um só dia das três personagens em destaque. Uma mãe trabalha arduamente para poder ir ter com o seu marido ao Canadá, fugindo do peri-

go de transportar consigo a triste sina da descendência; uma filha desintegrada do ambiente escolar; um filho e irmão que prefere deambular sem sentido na floresta, inconsequente e perdido de si mesmo. O cenário é triste: nada para além de um tristonho quadro rural, desligado e desprovido de esperança. O tom de aproximação optado por Fliegauf adensa a atmosfera, torna-a crescentemente trágica. Sem banda sonora (o silêncio apenas se interrompe pelo som das folhas desfeitas nos pés, da colher no tacho, pelos atos rotineiros), cria-se a crueza necessária para se denotar, sem artifícios, toda a inércia, a violência, a vulnerabilidade que pautam a vida desta família. Nestes roma (ciganos da Europa Central), à semelhança de muitos outros, espelha-se um pedido

Realizador: Benedek Fliegauf Elenco: Katalin Toldi, Gyöngyi Lendvai, Lajos Sárkány Estreou em Portugal: 05/09/2013 Nacionalidade: Húngaro Pontuação: 4/5

de integração no que à partida é tido como ‘intolerância ao outro’. Enquanto uns se ficam pela indignação, o realizador húngaro usou a sua maior arma para denunciar uma real contrariedade que aflige um povo resignado a ser nómada como a história

lhes estabeleceu. Sem abusar em levantar o véu da sua mensagem, Fliegauf usa e abusa do escuro para manter uma tensão permanente e um sentido de proximidade e, sim, também para dar luz ao apelo humanista que, no fim de contas, é o efeito necessário.

chano domínguez, ron carter e martial solal são as grandes atrações do guimarães jazz tomás soveral tomassoveral@gmail.com

O festival Guimarães Jazz 2013 está de volta e irá decorrer entre 7 e 16 de novembro, no Centro Cultural de Vila Flor. Segundo Ivo Martins, diretor artístico do Guimarães Jazz, “o programa irá incluir, para além dos grandes concertos, um conjunto de atividades”, como workshops e jam sessions, que “irão refletir o interesse e a singularidade deste acontecimento a nível nacional e internacional”. O festival tem como objetivo “criar compromissos e pontes entre os grandes concertos e o jazz na sua

componente mais genuína, as sessões de improviso”. A organização encara o evento como um festival de “divulgação, aberto a todas as tendências, apresentando todo o tipo de jazz”, de forma a

desenvolver “outras relações das pessoas com a música e com o jazz”. Os bilhetes diários variam entre os 7.5 e os 20 euros e o passe geral terá o custo de 90 euros

O festival arranca no dia 7, com a atuação de Chano Domínguez, músico espanhol que pretende apresentar uma fusão entre o flamenco e o jazz, com a participação da WDR Big Band, sob a direção de Vince Mendoza. No dia seguinte, será a vez de Ron Carter apresentar o projeto “Golden Striker Trio”. No sábado, durante a tarde, irá decorrer a atuação de Ivan Paduart Trio “Ibiza”, e à noite, será Martial Solal a subir ao palco do Grande Auditório. Pela primeira vez em Portugal, irá apresentar o projeto “New Decaband” que consiste na atuação de um decateto. No dia 10, irá decorrer durante a tarde o concerto da Big Band, En-

semble de Cordas e Coro da ESMAE, sob a direção de Andrew D’Angelo. Este projeto surge com o objetivo de “criar dentro do festival um espaço de intervenção para os jovens”. À noite, atuará o Projeto TOAP / Guimarães Jazz 2013. Na quarta-feira, dia 13, a noite ficará a cargo de Andrew D’Angelo, John Egizi, Gerald Cleaver & Ben Street. O programa conta ainda com as atuações de Jack Dejohnette Group Feat. Don Byron, na quinta-feira, e Kenny Werner-David Sanchez Quintet, na sexta. O concerto de encerramento será no sábado, dia 16, com HR Big Band feat. John Abercrombie e Jim McNeely.


PÁGINA 17 // 05.NOV.13 // ACADÉMICO

RUM BOX TOP RUM - 44 / 2013 01 NOVEMBRO

12 DEERHUNTER Back to the middle 13 NIGHTMARES ON WAX Now is the time

1 ARCADE FIRE - Reflektor 2 CAYUCAS - High school lover 3 QUEENS OF THE STONE AGE I sat by the ocean 4 LUÍSA SOBRAL - Mom says 5 NOISERV Today is the same as yesterday, but yesterday is not today

14 PRIMAL SCREAM It’s alright, it’s ok 15 VAMPIRE WEEKEND Diane young 16 ALLAH-LAS Don’t you forget it 17 BONOBO Heaven for the sinner 18 MEN, THE - I saw her face

6 CHK CHK CHK - Slyd 19 RHYE - The fall 7 DEVENDRA BANHART Your fine petting duck

20 TRICKY - Bonnie & Clyde

8 NOME COMUM Ninguém fica só

POST-IT

9 GUTA NAKI - Ainda não sei

COLIBRI Santo António Travesti

4 novembro > 8 de novembro

10 MELODY’S ECHO CHAMBER I follow you

CUT COPY We Are Explorers

11 ARCTIC MONKEYS Do i wanna know

PORTUGAL THE MAN Modern Jesus

AGENDA CULTURAL BRAGA

TEATRO 07 Novembro Vamos lá então perceber as mulheres... Mas só um bocadinho Theatro do Circo

GUIMARÃES MÚSICA 07 Novembro Chano Domínguez with WDR big band CCVF – Guimarães Jazz

MÚSICA 08 Novembro Jane Monheit Theatro Circo

8 de Novembro Ron Carter CCVF – Guimarães Jazz

09 Novembro Viagem pela música barroca Theatro Circo

09 de Novembro Martial Solal Newdecaband CCVF - Guimarães Jazz

TEATRO 09 Novembro Deixem o pimba em paz São Mamede

FAMALICÃO MÚSICA 9 de Novembro Cristina Branco Casa das Artes FOTOGRAFIA de 7 Novembro a 21 Dezembro Pepe Brix Casa das Artes

LEITURA EM DIA

Para ouvir de segunda a sexta (9h30/14h30/17h45) na RUM ou em podcast: podcast.rum.pt Um espaço de António Ferreira e Sérgio Xavier.

1 - A Fraude de Ícaro de Seth Godin, Gestão Plus. Ícaro, filho de Dédalo, ao contrário da “estória/mito” não arriscou. Este guru da gestão propõe, contra a corrente, que se deve arriscar sempre. 2 - O Que é Um Escritor Maldito? de João Pedro George, Verbo. Tendo como referência a figura de Luís Pacheco, as suas atribulações e errâncias, o autor faz o

levantamento dos “malditos” na literatura 3 - Farmacêuticas da Treta de Ben Goldacre, Bizâncio. As farmacêuticas manipulam tudo e todos. Um ensaio a fazer pensar. Arrepiante.

Madrid. 5 - Diário dos Caminhos de Santiago de Abílio Machado, Edita-me. Um laico faz os cinco caminhos de Santiago. Num segundo momento, o Caminho de Navarra, o autor construiu um texto intimista e erudito.

4 - Erupção de João Meneses Machado, Esfera do Caos. O conflito político, linguístico, cultural que opõe a Nação Basca ao poder hegemónico de

CD RUM

a “alma perdida” dos cut copy foi resgatada

JOSÉ REIS jose.reis@rum.pt

Os Cut Copy são apreciadores confessos da música dos anos 80, seja ela rock, pop ou música electrónica. Esta é uma verdade inquestionável, até porque o admitem, sem receios de comparações fáceis. Ao quarto álbum de originais, os australianos regressam a um lugar onde já foram muito felizes: a música de dança, sem medo de

se assumir como tal. Depois de em “Zonoscope”, o último registo de originais, a agulha ter virado para o um rock com toadas electrónicas, nalguns casos falhando rotundamente o objectivo pretendido, eis que o novo disco resgata a alma deixada aprisionada em “In Ghost Colours”, o segundo (e até agora melhor) disco da vida da banda australiana, já com 5 anos de vida. E a prova disso são temas como “We Are Explorers”, “Footsteps” ou

“Meet Me in the House of Love”, onde o apelo à dança é feito aos primeiros segundos de cada tema. E estes são os melhores Cut Copy, aqueles que se deve reter na memória, aqueles que levarmos na memória quando tudo acabar; gente sem medo de ser o que é, excelentes produtores de música electrónica com predisposição para as pistas de dança. Nem todo o disco é digno de boa nota (o registo ambiental de “Mantra, por exemplo,

DR

não lhes fica bem!), mas no equilíbrio dos dois pesos –

positivo ou negativo -, o primeiro leva a melhor.


PÁGINA 18 // 05.NOV.13 // ACADÉMICO

DESPORTO SUSANA SILVA msusana.silva@hotmail.com

O ACADÉMICO esteve à conversa com o monitor de judo, Nuno Gonçalves, que nos falou um pouco sobre o passado, o presente e aquilo que espera para o futuro da modalidade na Universidade do Minho. Ao contrário dos últimos anos, marcados pela pouca adesão, a prática do judo encontra-se revitalizada. São mais de vinte as pessoas inscritas, o que na opinião do técnico “é muito bom.” Depois de uma boa prestação no último campeonato nacional universitário, onde o atleta Rui Duarte conquistou uma medalha de prata, o treinador reiterou a esperança de repetir a proeza este ano: “Neste campeonato nacional universitário o objetivo é conquistar FADU pelo menos uma medalha, através do Rui. Estou confiante que isso será possível porque ele é um atleta com boa formação. Também estamos expectantes no que diz respeito ao feminino. Gostávamos de obter uma medalha nos 48 quilos com a Carolina Tevez. ” Na sua opinião, os objetivos a longo prazo passam, acima de tudo, por angariar cada vez mais praticantes. Mas lembrou que “não é ao fim de um ano ou meio ano que vão estar prontos”, destacando o elevado nível nas competições universitárias:

“há sempre espaço para toda a gente no judo da uminho” “Se vir que a margem de progressão for boa eu posso inscrever. Mesmo assim muito dificilmente vão conseguir um resultado em termos competitivos porque quando chegamos ao campeonato universitário o nível é bastante elevado.” Este ano foi aberta na Universidade do Minho uma nova categoria, o judo infantil, que abrange crianças dos 6 aos 15 anos. O técnico saudou esta iniciativa e mostrou-se satisfeito com aquilo que observou até ao momento: “Em termos infantis temos cinco ou seis inscritos, o que é muito bom para nós. Queremos continuar com esta classe e esperar que estes miúdos não desistam para que no futuro entrem na universidade, sejam cinturões pretos e os próximos a conquistar medalhas.” Um passo importante rumo aos tempos que se avizinham: “Queremos ter uma boa formação para no futuro colhermos frutos”, afirmou. O treinador destacou tam-

Nuno Gonçalves

bém uma particularidade do judo que considera uma grande vantagem face aos outros desportos. É que no judo “ existe espaço para toda a gente.”Tal é possível comprovar em “pessoas de todos os espetros sociais, idades, altos e baixos, gordos e magros” que praticam a modali-

dade, o que em muito se deve “às diversas categorias onde se podem inserir.” Por último, Nuno Gonçalves deixou um apelo a quem queira experimentar a modalidade: “Os treinos são três vezes por semana: segunda e quarta das 21h às 22h30 e aos sábados das 9h30 às 11h30.

Para vir experimentar não precisam de pagar, basta trazerem um fato de treino antigo. Temos pessoas de várias idades, rapazes, raparigas e o ambiente é descontraído. Estamos de braços abertos para acolher aqueles que queiram praticar a modalidade para depois os projetar.” PUB




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