Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 179 / ANO 8 / SÉRIE 4 TERÇA-FEIRA, 20.NOV.12
Miguel Bandeira, em entrevista
Página 11 e 12
academico.rum.pt facebook.com/jornal.academico twitter.com/jornalacademico
“O ICS defende os seus estudantes, docentes e não docentes em todos os casos” reportagem
local
universitário
Mas, afinal, o que se passa com o mail institucional?
“Balanço positivo” no fecho do Start Point com mais de 7 mil visitantes
Universidade. Uma “espécie” em vias de extinção?
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campus
especial
cultura
Listas candidatas para órgãos da AAUM já são conhecidas
Jovem bracarense publica pedaços da sua vida
Fernando Távora: a arquitectura deve passar por aqui
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FICHA TÉCNICA 20.NOV.12 // ACADÉMICO
EM ALTA
NO PONTO
EM BAIXO
Start Point - Feira de emprego e empreendedorismo Já se esperava algo de muito positivo. Esta que foi a primeira edição da feira teve um balanço positivo feito pela organização. Juntou cerca de 7000 pessoas no PEB, um número interessante para este tipo de eventos. A organização está, assim, de parabéns por conseguir erguer num “elefante branco” um evento de que muito se pode orgulhar. Foi este o “ponto de partida” para o futuro de muitos jovens.
Eleições AAUM Está dado o pontapé de saída para aquilo que irá marcar a agenda universitária (dos estudantes do Minho) nos próximos dias. Muito se falará sobre o futuro da AAUM numas eleições que irão ditar uma nova cara à frente dos desígnios da instituição. Muito será dito, ainda assim, muito ficará por dizer e fazer no ano de mandato. Da nossa parte prometemos empenho em informar, uma vez mais, com a imparcialidade dos últimos anos.
Tira-se ao pobre para dar ao nu Alguém não percebeu que castrando a educação, castra-se, também o futuro da nação. A confirmar-se, trata-se de uma brincadeira de mau gosto aquilo que o Ministério da Educação anda a fazer. Depois de ameaçarem as instituições de ensino superior, o governo resolveu dar um passo atrás e fazer a mesma “gracinha” do lado do ensino básico e secundário. Será que é esta a solução meus senhores?
SEGUNDA BARÓMETRO PÁGINA
FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // Terça-feira, 20 Novembro 2012 / N179 / Ano 8 / Série 4 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // Chefes de redacção: Cláudia fernandes e Rita Magalhães // REDACÇÃO: Adriana Couto, Alexandre Rocha, Ana filipa Gaspar, ana Pinheiro, Bárbara martins, Bruna Ribeiro, Bruno Fernandes, Carla Serra, Catarina Moura, Catarina silva, Cátia Alves, Cátia Silva, Cláudia Fernandes, Daniel mota, Dinis Gomes, Diogo Lemos, Filipa Barros, Filipa Sousa Santos, Isabel Ramos, Joana Martins, Joana Valinhas, Joana Videira, João Pereira, Judite Rodrigues, Marta Soares, Raquel Miranda, Rita Magalhães e Vânia Barros // COLABORADORES: Elsa Moura e José Reis // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: jornalacademico@rum.pt //TIRAGEM: 2000 exemplares // IMPRESSÃO: GráficaAmares // Depósito legal nº 341802/12
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LOCAL “balanço positivo” no fecho do start point com mais de 7 mil visitantes BÁRBARA MARTINS bjamartins@hotmail.com
No passado fim-de-semana, o Parque de Exposições de Braga (PEB) abriu portas à Feira Internacional de Emprego e Empreendedorismo, organizada pela Associação Académica da Universidade do Minho, através do seu gabinete do empreendedor, Liftoff, com o apoio de Braga 2012: Capital Europeia da Juventude (CEJ). Estiveram presentes neste evento mais de 90 entidades que procuravam, mas que também estavam dispostas a dar, novas oportunidades de apoio no âmbito do empreendedorismo e do emprego. A “Start Point - Orienta o Teu Futuro” encontrava-se organizada em três áreas distintas: empreendedorismo, emprego e conhecimento. A zona destinada ao emprego foi a mais requerida, destacando-se uma maior procura na internacionalização. Os desempregados foram uma presença bastante ativa no PEB, tendo sido notório o seu desejo de encontrar ali uma oportunidade de trabalho. No entanto, foram várias
as motivações que levaram as pessoas, com os mais diversos perfis, à grande nave do PEB. Firmino Machado, estudante de Medicina, afirmou: “quis marcar presença neste evento com o objetivo de perceber o que o mercado procura, de forma a condicionar, ou não, a minha formação”, e acrescentou: “é interessante vir cá para perceber como decorre o processo de recrutamento e seleção de pessoas”. Já Vera Duarte, doutorada em Química atestou: “vim assistir a umas palestras de empreendedorismo porque é a área que mais me interessa”. Já Maria Fernandes disse: “vim cá por causa do meu filho, que está à procura do primeiro emprego”. Foram múltiplas as atividades que decorreram ao longo dos dois dias, desde workshops a palestras com temas interessantes e, alguns deles, a marcar a atualidade. Uma das palestras com bastante adesão foi a intitulada de “Equipas vencedoras”, ministrada por Jorge Sequeira, onde este explicou “como é que se pode pegar num conjunto de pessoas e transformá-las numa equi-
Cerca de 7000 pessoas visitaram o certame nos dois dias
AAUM
pa vencedora”. Outra sessão que contou com uma forte adesão foi a relativa à construção de CV’s e Cartas de Apresentação, em que Lígia Pereira, a formadora, deixou algumas dicas: “O CV deve ser adaptado consoante a proposta de emprego. Quando nos candidatamos a um concurso público, os
CV’s têm de estar assinados e datados”. Já Paula Rocha, no seu workshop “Sonhos, objetivos e metas”, proferiu palavras de incentivo para todos aqueles que “não têm o hábito de correr atrás dos sonhos”: “Os sonhos não têm pernas, mas vocês têm, por isso corram atrás dos sonhos!” e reforçou ainda que
se o plano A falhar, não há mal, o alfabeto tem vinte e tal letras!”. Na cerimónia de abertura, Hugo Pires, presidente da Fundação Bracara Augusta, entidade organizadora de Braga 2012: Capital Europeia da Juventude, reforçou que esta feira “tenta dar aos nossos jovens a oportunidade de ficarem no nosso país”. Já Ana Rita Ribeiro, técnica do Liftoff, entidade organizadora do certame, afirma que “o balanço é bastante positivo”, e que as expectativas “foram superadas”. No geral grande parte dos visitantes mostrou-se satisfeita com a feira, mas houve algumas críticas, especialmente pelas poucas ofertas de emprego que existiam. Relativamente a esta matéria, Ana Rita Ribeiro explica que esse não era o objectivo da feira, mas sim o de orientar as pessoas, e o desenvolvimento de competências, daí todo o programa de actividades paralelas, com os workshops e seminários que decorreram, e que tiveram uma enorme adesão, com as vagas totalmente preenchidas em quase todos eles. PUB.
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CAMPUS
listas candidatas para aaum já são conhecidas catarina hilário katarina-kosta@hotmail.com
No passado sábado, dia 17, terminou o prazo de entrega das candidaturas para os órgãos de governo da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) - direção, Mesa da Reunião Geral de Alunos e Conselho Fiscal e Jurisdicional. A Comissão Eleitoral (CE) avançou, em primeira mão ao ACADÉMICO, o número de listas candidatas e quais os presidentes. Ainda sem
efetuar a devida análise das listas quanto à existência de irregularidades, há a destacar a entrega de quatro listas distintas para a direção da AAUM. Contactado pelo nosso jornal, Henrique Sousa, presidente da CE, mostrou-se muito satisfeito relativamente ao trabalho que foi desenvolvido até então e ao que virá a ser desenvolvido pelas listas candidatas. Garantiu que o comportamento da Comissão Eleitoral assentará, essencial-
mente, nos princípios de independência, imparcialidade e transparência ao longo do processo eleitoral e pretende que continue a destacar-se pela igualdade no tratamento concebido a todos os candidatos e respetivas listas. Henrique Sousa faz um balanço positivo quanto ao ano passado e diz ser uma enorme honra e um enorme prazer voltar a presidir a CE e as eleições. Quando questionado sobre as expectativas diz “não é possível avançar com gran-
Lista A Lista B
Carlos Sebastião Bretão da Silva (Direito)
Lista C Lista D
José Diogo Teles da Lista A
Lista E
Silva Pereira (Medicina)
Lista F
Alexandre Miguel Rodrigues da Silva Carneiro (Engenharia Civil)
Lista G
Marilia Martins Laranjeira (Estudos Port. e Lusófonos)
Filipe Costa Oliveira (LEI) Nuno Filipe Moura Rodrigues (História)
deixa um pedido: “Apelo a todos os colegas que sejam responsáveis no dia 4 de dezembro de 2012, participem nestas eleições e realizem o seu direito de voto, votem de forma livre e consciente, pois o voto de cada um de nós muito significa e significará para o futuro da Associação Académica da Universidade do Minho”. Aguarda-se, agora, o veredito final da CE para saber quantos listas irão, efectivamente, a votos no próximo dia 4 de dezembro.
RGA
Direção Carlos Alberto Fonte Videira (mestrado em Direitos Humanos)
de informação relativamente aos candidatos. Contudo, em perspetiva, creio que será desenvolvido um excelente trabalho de divulgação dos objetivos a prosseguir pelas listas que, naturalmente, poderá e deveria despertar o interesse de toda a comunidade académica. Um dos principais objetivos da campanha deste ano é, mais uma vez, combater a assombrosa abstenção de quase 90%. Desta forma, Henrique
CFJ Lista H
Nelson Pedro Monteiro Cerqueira (Economia)
Lista I
Tiago Emanuel Jesus Henriques (Direito)
Lista J
Luis Filipe Lopes Pinheiro (Psicologia) PUB.
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governo recua nos cortes feitos ao ensino superior CÁTIA SILVA catiaff_11@hotmail.com
gaccum
Na passada sexta-feira, o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) reuniu-se na sede da Fundação das Universidades Portuguesas (FUP), em Coimbra, para discutir os cortes orçamentais feitos pelo governo ao ensino superior. Foi 24 horas antes do encontro se dar que Nuno Crato, ministro da Educação, garantiu que os cortes seriam compensados com a reafectação de verbas do orçamento do Ministério da Educação e Ciência (MEC) e por um reforço das transferências. Fonte da assessoria de imprensa do MEC confirmou ao Jornal de Negócios que o corte deixará de
ser os 9,4 por cento anunciados em outubro, para os 3,2 por cento com que os politécnicos e universidades já sabiam desde julho, e a partir dos quais elaboraram os seus orçamentos. Sobrinho Teixeira, presidente do Conselho Coorde-
nador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) considerou esta posição do governo uma “evolução positiva” e diz que o importante é que se “garanta o funcionamento e a exequibilidade orçamental”. Já o CRUP entende que a
Ainda assim, instituições de ensino superior com “corda na garganta”
DR
“nova posição do Governo só responde parcialmente às questões” de financiamento que foram levantadas. Apesar da “comunicação solene” ao país ter sido desmarcada, foi deixada uma nota da reitoria da Universidade de Coimbra, a informar que foi conseguido um acordo entre as partes sobre o Orçamento de Estado para 2013. No entanto, a decisão continua a gerar dúvidas, desta vez por parte das escolas básicas e secundárias, pois a alteração do financiamento do Ensino Superior deverá passar pela reafectação das verbas do ensino básico e secundário. Manuel Pereira, dirigente da ANDE, foi duro nas críticas ao afirmar: “vai ficar muito caro ao país, a médio prazo, ter um gover-
no que vê as verbas gastas no ensino básico e secundário como uma despesa e não como um investimento”. O presidente do CCISP reconheceu o esforço que tem sido feito pelo Governo para encontrar verbas que causem o menor impacto e menor austeridade no Ensino Superior, no entanto, admite ser necessário esperar pela proposta final do orçamento para se perceber os cortes que terão de ser feitos. Os estudantes também não estão serenos com a situação, e reuniram-se algumas dezenas em frente à sede do CRUP, na Alta de Coimbra, enquanto decorria a reunião, com faixas de pano onde podia por exemplo ler-se “contra a privatização da saúde e da educação”.
reguladores da comunicação em portugal não estão a funcionar A Televisão Digital Terrestre (TDT) voltou a ser tema de discussão na Universidade do Minho. Após a apresentação da tese de doutoramento “A implementação da TDT em Portugal” do investigador Sergio Denicoli surgiu um debate em torno do tema “Poder e Liberdade de Investigação” na sequência da ameaça de processo da parte da PT e da ANACOM. A sessão teve a participação do próprio investigador, da orientadora de doutoramen-
to, Helena Sousa, de Camilo Azevedo, da Comissão de Trabalhadores da RTP, de José Manuel Mendes, docente de Direito da Comunicação da Universidade do Minho e a moderação do catedrático Manuel Pinto. Para Camilo Azevedo, a regulação da comunicação não funciona em Portugal. “Temos uma regulação tão débil que acaba por se anular”, afirma também o docente de Direito da Comunicação, José Manuel Mendes. Helena Sousa apresentou
o seu testemunho enquanto orientadora, afirmando que “as instituições têm que aprender a lidar com ameaças”. A catedrática, especialista em Economia Política e dos Media, atestou a qualidade da tese de Sergio Denicoli referindo os cinco anos de trabalho que conduziram à sua aprovação. José Manuel Mendes enquadrou o assunto do ponto de vista legal. O académico apresentou ao auditório as bases legais que
garantem a autonomia das universidades e a liberdade de investigação académica. Referiu também que o processo proposto pela PT seria uma longa batalha nos tribunais completando a sua intervenção com críticas ao desempenho dos reguladores da comunicação (ANACOM e ERC) em Portugal e alerta para as possíveis interpretações desta “hiper-reactividade” da empresa. À intervenção de José Manuel Mendes, seguiram-se as intervenções da plateia,
composta na maioria por alunos e investigadores do departamento de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho. O GACCUM, entidade que organizou o debate, é a associação que representa os alunos de Ciências da Comunicação, incluindo Sergio Denicoli enquanto aluno de doutoramento. Existe desde 1994 e organiza frequentemente debates e conferências sobre a actualidade da comunicação em Portugal. GACCUM
gaccum
CAMPUS PÁGINA 06 // 20.NOV.12 // ACADÉMICO
jogo online ajuda jovens empreendedores a começar o seu próprio negócio JOÃO PEREIRA jpereira.uminho@gmail.com
Um consórcio liderado pelo Núcleo de Investigação em Políticas Económicas da Universidade do Minho (UM) criou um jogo online para ensinar potenciais empreendedores a criarem negócios bem-sucedidos. O “Serious Game for Immersive Entrepreneurs” (ou simplesmente “ENTRExplorer”) é um jogo online e completamente gratuito dedicado ao empreendedorismo, resultado de um projeto de Investigação e Desenvolvimento a nível europeu. O principal objetivo da criação do projeto “ENTRExplorer” foi desenvolver um jogo
de fácil acesso, sério e acima de tudo uma ferramenta de aquisição de competências empresariais necessárias para começar, “florescer” e gerir de forma bem-sucedida um futuro negócio. A plataforma procura incentivar a comunidade, mais concretamente os jovens com idades compreendidas entre os 15 e 25 anos, estimulando ideias inovadoras e a sua capacidade para criar o seu próprio futuro: a sua ocupação/emprego. Através do jogo os jovens potenciais empreendedores, para além de todas as competências fulcrais para a criação de um negócio com nome próprio, permite a construção do seu próprio plano de negócios,
avalia o perfil empreendedor do utilizador e permite a simulação, num ambiente apenas virtual, de uma ideia de negócio, permitindo assim uma “experiência sem risco”. Os principais impactos que o consórcio espera alcançar são, por exemplo, a promoção da utilização das novas tecnologias e ferramentas
inovadoras de trabalho para desenvolver competências e, por outro lado, o apoio a potenciais empresários na obtenção e retenção de conhecimentos e competências básicas para iniciarem o seu próprio negócio, aumentando o número de novas empresas em toda a Europa, isto numa altura especialmente delicada.
O consórcio responsável pelo desenvolvimento do projeto “ENTRExplorer” é liderado pelo Núcleo de Investigação em Políticas Económicas da Universidade do Minho, em colaboração com dois parceiros portugueses e três internacionais oriundos do Reino Unido, Áustria e Bulgária. O lançamento oficial do jogo «ENTRExplorer» teve lugar na sexta-feira, dia 16, no Parque de Exposições de Braga, integrado na Start Point, a Feira Internacional de Emprego e Empreendedorismo, promovida pela Associação Académica da Universidade do Minho, em parceria com Braga 2012: Capital Europeia da Juventude.
CRÓNICA ERASMUS: a (des)informação das (não) notícias Dinis gomes dinis_gomes@hotmail.com
Aluno da Universidade do Minho em ERASMUS em bruxelas, Bélgica O nosso país está demasiado “cheio” (de informações, imagens, bugigangas de toda a espécie) e quanto mais se enche mais se enterra o vazio essencial a que não se dá a importância que tem. Acreditamos que a informação que, por definição, vive da positividade do dado, do pleno, que nos enche os olhos e o cérebro criando a ilusão de pensamento, pode ser tratada de outra forma.
A massa de informação a que hoje temos acesso contribui para uma espécie de visão global que faz da realidade um conjunto de coisas e factos objectivos - de que decorre ao mesmo tempo a despoetização do mundo e um crescente caos afectivo. Contra isso, acreditemos nas virtudes do vazio.” José Gil 14 de Novembro de 2012. Uma das maiores greves da nossa história. Principal cobertura jornalística do dia? Os energúmenos que decidiram arrancar pedras da calçada e atirar às forças de intervenção após a greve. É isto.
PÁGINA 07 // 20.NOV.12 // ACADÉMICO
UNIVERSITÁRIO
universidade. uma “espécie” em vias de extinção? JOANA VALINHAS joana3960@gmail.com
No debate do OE para 2013, o ministro Nuno Crato afirmou: “Temos insistido muito numa real cooperação e coordenação de cursos e serviços nas instituições de ensino superior por todo o País, em particular nos institutos politécnicos”. Esta reorganização da rede de ensino superior pode ser uma das soluções que vai permitir ao Ministério da Educação e Ciência contribuir para atingir metas acordadas com a ‘troika’. O processo corrente da avaliação e acreditação de cursos superiores já ditou o encerramento de 107 licenciaturas, mestrados e doutoramentos. Há, de facto, cursos a mais, que devem
ser extintos, há mestrados abertos com 30 vagas que em países como a Holanda ou Alemanha têm duas vagas de dois em dois anos. A qualidade do ensino não é generalizada sendo que a rede de ensino superior está desajustada, pois não houve boa organização no passado. Em Portugal há, neste momento, 121 instituições de ensino superior (universidades, politécnicos e escolas superiores, públicas e privadas), num rácio de 12 instituições por milhão de habitantes. Um dos principais problemas da rede é que nas áreas metropolitanas de Porto e Lisboa existem, a curta distância, duas instituições com o mesmo curso. No entanto, já na última década, registaram-se nove
instituições que viram a sua atividade chegar ao fim: a Universidade Internacional de Lisboa, a Universidade Internacional da Figueira da Foz, o Instituto Superior Politécnico Internacional, o Instituto Superior de Informática e Gestão e o Instituto Superior de Administração, Comunicação e Empresa. De referir que das universidades que surgiram da cisão da Universidade Livre - instituição que esteve na origem do sistema universitário privado em Portugal, e cuja divisão se atribui ao facto de haver quem defendesse o propósito de obtenção de lucros do projeto -, a Universidade Independente e a Moderna já fecharam (encerrando o leque acima das nove instituições), mantendo-se ativas
a Universidade Lusíada, a Portucalense e a Universidade Autónoma. Partindo da anunciada fusão entre as universidades Clássica e Técnica de Lisboa, o representante dos alunos do privado, Rui Novais da Silva, considerou que esta pode ser uma boa experiência para testar se o
modelo de fusão apresenta vantagens. No entender do estudante é “inconcebível todas as instituições terem centros de investigação e aí as privadas saem prejudicadas por falta de condições financeiras” e, portanto, os centros de investigação deveriam resultar de sinergias entre as instituições.
chegou o fim anunciado para alguns cursos ana pinheiro anafilipapinheiro1@hotmail.com
Depois da criação da Agência de Acreditação e Avaliação do Ensino Superior (A3ES), existem, atualmente, menos 847 cursos do que em 2009. As ex-
igências para a criação de cursos são muitas e este processo é dispendioso. Quem tem mais a perder e não vê com bons olhos a existência da agência são, muitas vezes, as instituições de ensino privado, pois mais de 80% dos cursos avaliados e reprovados
pela A3ES correspondem a ciclos de estudos das mesmas instituições privadas. Esta reformulação que vem a ser feita racionalizou um ensino superior que, até 2009, não continha qualquer regulamentação por parte do Estado. Como a missão dos 5262
cursos existentes era impossível passar pelas mãos da A3ES até o ano letivo de 2010/2011, a solução foi criar requisitos de aprovação, obrigando as instituições a fazerem uma triagem inicial. A partir daí muitos cursos encerraram e, atualmente, é possível distinguir dois conjuntos de ciclos de estudos: aqueles que tiveram acreditação preliminar em processo de avaliação (314), ou acreditação (3600), e os novos ciclos propostos e aprovados para acreditação entre 2009 e 2011 (643). As instituições que queriam manter os cursos em funcionamento passaram a ter de confirmar à A3ES uma informação completa como: corpo docente, currículo do corpo docente, número de alunos nos
vários anos, número de licenciados que se formaram, empregabilidade dos cursos. Entre 2009 e 2011 foram ainda propostos 1045 novos ciclos de estudos, 401 (38%) foram reprovados. Segundo dados da A3ES, 44 instituições recorreram mesmo destas decisões. Ainda assim, têm-se vindo a registar reestruturações na rede, feitas pelas próprias instituições, sendo elas o encerramento de ciclos de estudos, a fusão de outros e parcerias entre as universidades na oferta de ciclos de estudos. Entre os não acreditados está o curso de Ciências Aeronáuticas da Universidade Lusófona, cujos alunos conseguiam mais créditos por via da experiência profissional.
PÁGINA 08 // 20.NOV.12 // ACADÉMICO
REPORTAGEM
mas afinal o que se passa com o mail institucional? daniel mota danielmotap@gmail.com
Conhecido como repositório de informação proveitosa e de relevância avultada para a comunidade académica, o e-mail institucional tem dado bastante que falar nos últimos tempos. De acordo com o conceito criado pela Universidade, o “e-mail institucional é a forma mais prática e usual que a comunidade académica dispõe para comunicar (...) deve, portanto consultar regularmente a sua caixa de correio institucional e fazer a sua gestão”. O ACADÉMICO tentou, durante a passada semana, saber a opinião da “comunidade académica” relativamente a este utensílio. Ricardo Costa, aluno do segundo ano do curso de Ciências da Comunicação, admite não utilizar o e-mail institucional. “Não vejo qualquer vantagem no seu uso. Todos os contactos que efetuo, seja com colegas ou com docentes, é feito através do e-mail pessoal. Explica-se, sobretudo, pela facilidade e rapidez com que o faço. Após questionado acerca de uma possível mudança para melhorar este serviço e de
qual a maior vantagem neste meio, afirma que “é certo que se podem aplicar filtros, mas, com sinceridade, nunca me preocupei muito com isso. Contudo, tem uma enorme vantagem: é lá que surgem oportunidades de participar em iniciativas ou conhecer atividades realizadas na Universidade”. Docente na academia minhota, Luís Santos afirma que “deve ser feita uma personalização com, por exemplo, filtros spam”. O professor defende que “é essencial a competência de gerir a ferramenta de forma eficaz”, acrescentando que “há de facto uma debilidade ao existir um e-mail único para todos os alunos da instituição”. Quando questionado sobre qual o meio que utiliza para comunicar com os alunos “a plataforma blackboard” é a escolhida. No que diz respeito à sua exequibilidade, Luís Santos diz que “não é o meio perfeito, mas é a melhor solução”. Responsável por este meio, a Direção de Tecnologia e Sistema de Informação (DTSI) admite que “existe uma filtragem, onde a lista de alunos é moderada”. Isto significa que só são “aceites e enviados e-mails de outros
E-mail institucional tem sido alvo de algumas críticas por parte de alunos e professores que vão, aos poucos, deixando esta ferramenta.
DR
e-mails institucionais que contêm apenas informação relacionada com assuntos académicos; os e-mails enviados por contas não-ins-
titucionais são automaticamente eliminados”. Receber informação relevante de toda a universidade é o objetivo principal deste meio
onde cada um pode “criar regras através do browser que utiliza para escolher a informação que quer ou não receber”. PUB.
PÁGINA 09 // 20.NOV.12 //ACADÉMICO
INQUÉRITO
utilizas o mail institucional? “Para ser franco, não sou o utilizador mais assíduo do mail institucional” admite André, estudante de Direito, à semelhança de muitos outros que frequentemente se esquecem de verificar o correio electrónico das suas contas institucionais, e, adianta ainda “se tivesse de apontar alguma crítica ao mesmo, seria que por vezes poderá existir um certo excesso de informação, alguma prolixa, por vezes, o que pode levar a que haja perda de informações com um teor de relevância superior. “Porém, André destaca “pelo pouco conhecimento que detenho sobre o seu funcionamento, reconheço-lhe uma certa importância dado que nos dá conhecimento de alguns eventos de interesse, para não falar de todas as informações relativas às nossas unidades curriculares”, confirmando que este instrumento tem a sua utilidade no universo dos estudantes.
andré caetano 1º ano// direito
joana jorge 1º ano// ciências da comunicação
Joana diz-nos, em jeito de começo, que “dá uma trabalheira apagar aquilo tudo”, destacando assim um dos aspetos que torna a utilização do mail institucional pouco apelativa. A caixa de entrada fica cheia muito rapidamente, tal é o fluxo de e-mails que os estudantes recebem diariamente. “A maioria não se aproveita, tem informação a mais, às vezes, sobre coisas completamente irrelevantes” adianta a estudante de Ciências da Comunicação que, desta forma, destaca que o uso deste e-mail nem sempre vai de encontro a servir os estudantes da melhor forma. “Basicamente muito pouco se aproveita”, conclui Joana, evidenciando talvez as piores caraterísticas desta ferramenta.
“Acho que é um sistema fundamental para a Universidade (meio estudantil, funcionários, docentes e investigadores) em que dou e se deve se dar a importância necessária” diz este estudante de engenharia. “Contudo, tem havido um crescente uso desta ferramenta para meios de propaganda ou comerciais, o que está errado. Isto vem saturar a capacidade do servidor com assuntos que devem ser feitos para debate ou fora da universidade”. Alex evidencia desta forma a opinião de muitos outros estudantes e continua: “Ao mesmo tempo impedem que haja uma maior fluidez de mails importantes como as convocatórias das RGA’s ou informação realmente importante de docentes e investigadores”. Por fim, o estudante sugere que “deve haver uma reatualização dos serviços técnicos, já que estão aquém dos serviços atuais dos endereços electrónicos de mail”.
alexandre carneiro 4º ANO // eng. civil
diana amorim 3º ANO// relações internacionais
Esta estudante confirma que utiliza o mail institucional diariamente e pronuncia-se acerca dos conteúdos que nele circulam. “Alguns são realmente desnecessários e irrelevantes, o que não quer dizer que todos o sejam e que se deixe de consultar o mail por causa disso” admite Diana, que apesar da quantidade abundante de publicidade e anúncios desnecessários continua a utilizar esta ferramenta. A aluna de Relações Internacionais confessa que “na maior parte das vezes” presta a atenção necessária aos assuntos comunicados, porém também adianta que às vezes a informação mais importante é prejudicada por um sem número de mensagens desnecessárias.
JOANA VIDEIRA joana_fgv@hotmail.com
O mail institucional, tal como o nome indica, é uma ferramenta à disposição dos estudantes da Universidade para facilitar a comunicação entre os docentes e os alunos, bem como para manter a comunidade académica informada acerca de atividades, eventos, debates, workshops que possam interessar a qualquer membro da academia. Contudo, a plataforma utilizada na UM torna-se, por vezes, exaustiva de utilizar, na medida em que é também utilizada para divulgar muita informação que nada tem a ver com o meio académico, político ou cultural. O ACADÉMICO conversou com alguns estudantes para ter uma visão acerca da utilização desta ferramenta.
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ENTREVISTA miguel bandeira Nuno Gonçalves
Miguel Bandeira anuciou publicamente a sua retirada no dia do ICS
Depois de oito anos à frente do Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade do Minho, o professor Miguel Bandeira anunciou a sua retirada do cargo. O ACADÉMICO esteve à conversa com o professor, fazendo um balanço dos anos de direção do ICS, que culminou num tempo “enriquecedor do ponto de vista pessoal, embora desgastante”. O doutoramento de Sérgio Denicoli e a ameaça do desemprego no final de curso dos estudantes também foram temas de conversa.
“Em todos os casos que estão no foro das suas competências o ICS defende os seus estudantes, docentes e não docentes” claúdia fernandes alaufernandes@hotmail.com
Quem é o professor Miguel Bandeira? É isso mesmo, um professor e também um cidadão, até porque uma coisa não existe sem a outra. Nascido no Porto e radicado em Braga
desde o tempo em que ainda havia eléctricos. De condição, é geógrafo, e de vocação, humanista, que tem por sonho buscar a síntese entre Deus e o desporto. Tem como mentor Ulisses… depois da viagem, o regresso a Ítaca. A mulher, os filhos, e essas coisas todas que hoje estão fora de moda…
O professor Miguel Bandeira está há alguns anos à frente do ICS. Como vê o seu percurso enquanto presidente do ICS? De facto, vai para oito anos, desde que, inicialmente, acompanhámos o professor Moisés Martins nesta demanda. Agora que con-
cluímos o nosso mandato como presidente do ICS, ainda não sentimos aquele distanciamento para fazer balanços. Contudo, temos consciência que ninguém é bom “juiz em causa própria”, por isso sempre preferimos ir adiantando que foi muito enriquecedor do ponto de vista pessoal, embora
desgastante, sobretudo, nos tempos em que vivemos. Ficámos a conhecer melhor a universidade e o seu funcionamento, mais até, do que a Escola, que já conhecíamos muito bem. Anunciou recentemente que vai fechar o ciclo à frente do ICS. Porquê? Sente que a
ENTREVISTA PÁGINA 11 // 20.NOV.12 // ACADÉMICO
Nuno Gonçalves
Miguel Bandeira confessa que viu com surpresa toda a polémica em torno da tese de Denicoli sua missão já foi cumprida?
tos?
Fechar um ciclo?! Só se for mais uma fase da vida pessoal. Continuamos a ser um membro do ICS. Não perspetivamos as nossas funções como se tratasse de um desígnio individual. Candidatámo-nos a um serviço que mereceu a confiança clara dos membros da nossa Escola. Não pedimos para ser presidente nem isso foi o cumprimento de um desejo ou projeto privado. Enquanto nos mantivermos ativos a nossa missão estará permanentemente inacabada. Entendemos convictamente que quem exerce cargos públicos não deve permanecer neles demasiado tempo. Como dizia o nosso mestre de Coimbra, somos apenas os elos de uma cadeia.
Retemos os que nos exigiram um verdadeiro exercício de diplomacia, quer internamente ao nível da própria escola, bem como com as demais parceiras, a reitoria, e outras entidades externas à universidade. A satisfação pessoal de termos promovido o entendimento entre as partes. De ter conseguido formar uma equipa com os vice-presidentes (os professores, Carlos Veiga, Teresa Ruão e Rui Morais). A esta equipa e, sobretudo, ao conjunto dos trabalhadores não docentes do ICS, se deve os pontos mais altos deste mandato.
Que balanço faz dos anos que passou à frente do ICS? Como referimos, é ainda prematuro fazê-lo, sobretudo, para quem foi e é presidente na era da troika. Nunca se sabe o dia de amanhã. Do ponto de vista da experiência pessoal até agora é gratificante, mas é também muito absorvente, ao ponto de ter limitado as demais competências de missão que são solicitadas a um professor universitário. Entendendo, porém, como fundamental, o exercício da autonomia das escolas, pelo qual nos batemos, e que devem continuar a ser dirigidas democraticamente pelos seus eleitos e não por uma nomenclatura profissional. Quais foram os pontos al-
E pontos baixos? Dirigir a Escola num quadro crescente de constrangimentos, gerir cortes, anunciar as más novas em que se tornou o nosso quotidiano. Lidar com a crescente desmotivação dos que cá trabalham, pela deterioração da qualidade de vida, devido aos cortes salariais, à sobrecarga de tarefas burocráticas e administrativas, quantas vezes mais onerosas do que foram no passado. Que desafios ficam por cumprir? No quadro atual do RJIES os desafios das UOEI dependem mais das prioridades/ benevolência das reitorias do que propriamente das Escolas e das suas subunidade orgânicas. Hoje em dia os reitores das universidades portuguesas são uma espécie de príncipes, ainda que de um reino penhorado, que podem pôr e dispor de tudo. Contudo, uma Escola
dinâmica como é o ICS não tem mais do que dispor de metas circunstanciais, já que desafios e sonhos fazem parte do nosso modo de estar permanente na academia. Continuaremos a perseguir novos desafios e sonhos, para os quais a Presidência que se segue contará com o nosso empenho e apoio. A tese de doutoramento de Sérgio Denicoli suscitou reações e ameaças por parte da PT e da Anacom. Como é que o ICS viu todo esse processo? O ICS viu com surpresa uma das atividades quotidianas da sua missão ter sido motivo de um caso político nacional. Enquanto presidente do Conselho Científico, só podemos congratularmo-nos com o sucesso das provas, confirmar que o candidato revelou elevada qualidade científica, e que estas foram aprovadas por unanimidade, por um júri que incluía membros externos à universidade. Neste sentido só nos podemos sentir satisfeitos pela obtenção bem-sucedida de mais um grau de doutor
em Ciências da Comunicação, e também, por essa via, com o contributo dado por este trabalho para o conhecimento científico e para a sociedade, que é a finalidade última do sentido de serviço público que prestamos. Como presidente do ICS não podemos ignorar que a natureza da nossa missão implica estudar os problemas sociais do nosso tempo. Se não nos embrenharmos a fundo na investigação e na compreensão participada dos desafios da nossa sociedade e da contemporaneidade em geral, mesmo que estes sejam delicados, politicamente incorretos e, diria, até ameaçadores, então não cumprimos a nossa finalidade científica. É aí que está também a parte mais genuína da nossa linha da frente de inovação. Não existem escolas de ciências sociais desligadas dos problemas da sociedade e do seu tempo, bem como não existem universidades sem escolas de Ciências Socias. Nestes casos, o ICS defende o aluno? Em todos os casos que estão no foro das suas competências o ICS defende os seus estudantes, docentes e não docentes, nem que fosse somente pelo direito que todos têm à liberdade de pensamento e investigação, e à defesa do trabalho que é realizado com reconhecimento no quadro da sua missão. O ICS é composto por 5 cursos - Arqueologia, Sociologia, Geografia, História e Ciências da Comunicação – que correspondem a um significativo número de alunos, pois todos os anos as vagas são praticamente preenchidas. Como vê isso face ao desemprego que ameaça
a nossa sociedade? Esse é um problema estrutural e transversal que se estende hoje, praticamente a todas as áreas de formação, indo, por isso, muito para além da esfera de intervenção das universidades e das escolas. A origem e a natureza da universidade teve muito pouco a ver a profissionalização do conhecimento e muito menos com o mercado do que quer que fosse. Aliás este caso, do Sérgio Denicoli, é um bom exemplo de que as universidades e o mercado não são assim tão linearmente compatíveis. É evidente, porém, que não podemos descurar os atuais compromissos que a universidade tem com a sociedade. E isso obriga-nos a pensar em novas soluções e a diversificar as frentes de aplicação dos nossos ramos do conhecimento. É o que temos vindo a fazer nos últimos anos, na adaptação dos curricula dos nossos cursos, em especial das pós-graduações, às novas solicitações da vida ativa. Temos vindo a alargar o leque das entidades que oferecem estágios aos nossos estudantes, e a obter uma crescente carteira de serviços de extensão à comunidade. Contudo, estamos conscientes que isso não chega. Temos de nos empenhar mais em demover o preconceito enraizado que campeia no senso-comum, e não só, de que as ciências sociais têm menor aplicabilidade no mercado de trabalho do que outro tipo de formações. Temos é de ser transparentes e rigorosos na informação que se presta ao exterior. E no entanto, continuamos a ser procurados e as vagas a serem preenchidas. Testemunho de que a oferta é de qualidade. Isto dá que pensar… Nuno Gonçalves
O desemprego dos jovens licenciados foi uma das preocupações do ICS
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ESPECIAL jovem bracarense publica pedaços da sua vida A jovem bracarense Cláudia Fernandes vai lançar a sua primeira obra de poesia. ‘Pedaços de Vida – Marcas do Tempo’ é o título que dá capa ao livro, que reúne poemas que a autora escreveu ao longo dos últimos sete anos. Segundo Cláudia, o livro conta pedaços da sua vida “que o tempo não conseguiu apagar” e revela um lado seu que ninguém conhece.
Das redações para os livros Natural de Braga, foi nesta cidade que Cláudia viveu grande parte da sua vida. Licenciada em Ciências da Comunicação pela Universidade do Minho, aqui também terminou o mestrado em Informação e Jornalismo. Enquanto estudante, a jovem minhota foi diretora do departamento de Projetos do GACCUM. Com estágio curricular no Jornal de Notícias, Cláudia já
Cláudia Fernandes
DR
PEDAÇOS DE VIDA - Marcas do tempo
m,Com apenas 29 anos, Cláudia Fernandes, mestre em Informação e Jornalismo, lançou-se no mundo da literatura, realizando um sonho que tinha desde pequena. O desejo era antigo e, por isso, a autora admitiu que só agora teve coragem de mandar os textos para uma editora. “Em setembro fui ao lançamento do livro de um colega meu e pensei que se ele conseguiu, eu também consigo”, contou a jovem, que acrescentou: “Nessa semana enviei os meus poemas para a CorposEditora, que rapidamente respondeu com uma proposta editorial”. A jovem jornalista escolheu a poesia para a sua obra de
estreia, que aborda momen- alguém com quem tivesse tos da sua vida e que, segun- um laço de amizade”, revedo a bracarense, revela um lou a jovem escritora, que lado seu que ninguém co- ficou “muito grata quando nhece. “Gosto muito de po- ele aceitou o desafio”. esia e penso que em poesia A apresentação do livro vai consigo transmitir melhor decorrer no próximo dia 24, o que me vai na alma”, afir- na Vidioteca Municipal, e mou Cláudia. Com poemas vai contar com a presença do que a autora foi escrevendo cantor Ricardo Azevedo e do O Jornalismo como paixão sete ao longo dos últimos professor e investigador acaanos, ‘Pedaços defoi Vida – dedémico Sérgio Denicoli. EsO jornalismo sempre a grande paixão Cláudia Fernandes, daí que a jornalista refira de 2009 veio para sempre vida. “Estagiei no jornal especiais com o qual Marcasquedoo ano Tempo’ é mudar constitasa suasão presenças me identificava e que lia todos os dias, o Jornal de Notícias, e ainda por cima, rodeada tuído por pedaços da vida de para a autora, que confessou de excelentes profissionais e colegas que me ensinaram muito”, explica. No Secundário Cláudia, “que o tempo “o segundo Ricardo foi aa decisão primeientrou para a área de Ciências,não no entanto,que no décimo ano, tomou de voltar para trás, e ingressar na suafaárea: Humanidades. Seguiu-se, então, o do tão desejado conseguiu apagar” e que ra pessoa a saber livro e curso de Ciências da Comunicação e o Mestrado em Jornalismo. zem dela aquilo que é hoje. da apresentação”, já que é Portista de coração, adora desporto, seja ele ciclismo, snooker, ténis, fórmula 1 e até O prefácio é de Vieira um dos seus melhores amiluta livre. NasDaniel suas referências constam personalidades desta área, tais como Michael Schumacher, Lance Armstrong e Francescogos. Totti. Cláudia descobriu ainda Silva, jornalista na Rádio Cláudia Fernandes revela que gosta de “marcar pela diferença”. Assume que por vezes, Universitária do Minho e da a ponta do véu, ao revelar perde a paciência muito rápido, mas lá no fundo, tem um coração do tamanho do Mundo. editor-executivo do ACADÉestão previstas algumas É teimosa, persistente e orgulhosa. Gosta que da verdade, sinceridade e de pessoas directas. é algo tão natural como Um dos seus maiores medos é “perder a MICO Escrever e Cláudia admite querespirar.surpresas musicais. Já Sércapacidade de comunicar com os outros”, diz. a escolha foi fácil. “Queria gio Denicoli é considerado uma pessoa que conhecesse pela jovem um dos melhobem a minha maneira de res professores que teve até escrever e queria que fosse hoje e com quem aprendeu muito sobre jornalismo.
PEDAÇOS DE VIDA Marcas do tempo Cláudia Fernandes Prefácio de Daniel Vieira da Silva
WAF
catarina sousa silva catarinassilva92@gmail.com
colaborou também com o Diário e Correio do Minho, ou mesmo com o site PT Eurovision. Atualmente, é cronista semanal no PT Jornal e colaboradora do ACADÉMICO. O jornalismo sempre foi o sonho desta jovem que considera que é cada vez mais difícil ingressar neste mundo. “Penso que só conseguirei trabalhar nesta área emigrando”, confessou Cláudia, que apesar de achar que o
livro pode dar mais visibilidade ao seu trabalho, não acredita, contudo, que isso signifique estabilizar-se na área do jornalismo. Luís de Camões, Paulo Coelho e Mário Quintana são os eleitos como referências para a jovem autora, que adora escrever sobre sentimentos. “O céu é o limite, porque ele é infinito” é um dos ideais de Cláudia, que acredita que se pode “fazer sempre mais e melhor”.
TECNOLOGIA E INOV científico nos vossos produtos? Esse é um dos pilares. As pessoas utilizam os produtos tradicionais muito na base do que ouvem falar, sem saber o que é o produto. Nós credibilizamos o mesmo. Separamos o trigo do joio, algo que nem sempre é feito, infelizmente. Mas é importante esclarecer que é preciso muito trabalho
DANIEL VIEIRA DA SILVA daniel.silva@rum.pt
Até chegarmos ao produto final, o que acontece para que saia com esta qualidade? Atualmente trabalhamos com poucos produtores nacionais. É um desafio que estamos a lançar. Fomos procurar forncece-
twittadas BRUNO FERNANDES micanandes@gmail.com
Adeus Messenger! Olá Skype! A Microsoft anunciou que irá descontinuar o MSN Messenger em detrimento do Skype. A empresa refere, num artigo no blogue oficial do serviço, que quer “focar os esforços e tornar as coisas ainda mais simples para os utilizadores”. O Messenger será descontinuado até ao primeiro trimestre de 2013, mas a possibilidade
num processo muito longo. Até se ter um produto que possa parecer banal, existe um processo que implica forncedores, pesquisa de mercado, análise, marketing, design. Todo o processo parece fácil, mas demora muito tempo. E foi esse processo que nos demorou bastante tempo, mas que nos permitiu ter as marcas que temos atualmente.
dores externos que tivessem as certificações necessárias e o nosso trabalho baseia-se numa avaliação em parceria com o departamento de Biologia, da qualidade do produto e depois, por exemplo, existe um trabalho de investigação sobre a planta em causa (efeitos secundários), factores esses que muitas das vezes são ocultados. Nós temos esse trabalho. Acrescentam um know-how
de junção das contas já está disponível: basta atualizar o Skype para a nova versão e fazer o login, seguindo as instruções de junção das duas contas. Os contactos do Messenger surgirão no programa. 75% dos smartphones vendidos são Android A International Data Corporation revelou, no ínicio do mês, um estudo que refere que três em cada quatro smartphones, vendidos no terceiro trimestre deste ano, eram Android. O sistema desenvolvido pela Google foi incluído em 181,1 milhões de aparelhos, correspon-
dendo a cerca de 75% de quota de mercado, um aumento de cerca 18% face ao ano passado. Os smartphones da Apple também registaram um aumento de 14% de quota de mercado, sendo que o sistema da “maçã” esteve presente em cerca de 26,9 milhões de equipamentos vendidos. “PME Digital” ao serviço das empresas e da economia O Governo lançou o programa “PME Digital”, um projeto que tentará estimular a atividade económica das PME através do uso de novas tecnologias. Na apresentação do programa,
Álvaro Santos Pereira, ministro da Economia, referiu que o “PME Digital” “não tem custos para o Estado”, sendo uma iniciativa que é paga pelos parceiros operacionais. O projeto permitirá que as empresas tenham acesso, por exemplo, a um conjunto de serviços para ter espaço na internet ou para a inclusão de jovens qualificados. O programa pretende incluir cerca de 30 mil empresas. Net em excesso? Há jovens a sentir o mesmo! Segundo um estudo da EU Kids Online, cerca de metade dos
jovens portugueses já sentiram sinais de uso excessivo de internet. O estudo revelou que os jovens, entre os 11 e os 16 anos, “gerem bem o tempo online” e o problema revela-se em jovens mais velhos. 42% dos jovens dizem que já estiveram, pelo menos uma vez, na internet sem estarem interessados e 17% referiram que não tinham comido ou dormido por causa da web. As crianças que se identificam como utilizadoras excessivas da internet, também enfrentam problemas psicológicos e emocionais offline, conclui o estudo.
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OVAÇÃO
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“Start Point” em imagens AAUM
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CULTURA fernando távora: a arquitectura deve passar por aqui A obra, grandiosa, de um arquitecto cuja relevância é inquestionável, estaciona em Guimarães durante alguns meses, para mostrar que o mestre (e a sua obra) é ainda actual. e institucional dos locais de ensino que Fernando Távora foi acompanhando e construíndo ao longo da carreira”, destaca o comissário. Assim, desde projectos a maquetes, passando por contributos externos, a vida de Távora tem diferentes dimensões que podem ser vistar até Fevereiro de 2013. Conferências agendadas A par da exposição, o projeto integra conferências, visitas guiadas, um catálogo da exposição e a publica-
JOSÉ REIS jose.reis@rum.pt
“Fernando Távora Modernidade Permanente” é muito mais que uma exposição de arquitectura. É um momento de reflexão, de conexão, de pesquisa profunda de um arquitecto que marcou (e ainda marca) gerações de profissionais. A Escola de Arquitectura da Universidade do Minho presta tributo ao nome maior da arquitectura nacional com esta
mostra, uma parceria entre a Guimarães 2012 – Capital Europeia da Cultura, a Família Fernando Távora, a Associação Casa da Arquitetura e a Fundação Instituto Marques da Silva. “É uma exposiçao que presta tributo a um dos nomes maiores da arquitectura. É possível ver nesta exposição o valor pedagógico que nunca abandonou. A ideia de ensinar está cá muito presente, uma dimensão indissociável da figura [de Fernando Távora]”, revela José António
Bandeirinha, comissário responsável pela mostra. Mostra de vida Nome forte da arquitetura nacional, Fernando Távora foi um dos primeiros a lançar as bases do modernismo em Portugal. E isso pode ser visto na exposição que inagurou no passado fim-de-semana. “Uma parte consideravel do seu espólio de arquitectura e dá-nos ainda uma vista panorâmica sobre o seu enquandramento pedagógico
ção fac-símile do Diário de “Bordo” (1960). Na quinta-feira, dia 22, das 9h30 às 19h00, no Auditório Nobre da Universidade do Minho, em Guimarães, um ciclo de conferências, comissariado por Alexandre Alves Costa, convida académicos e curiosos a conhecer a obra de Fernando Távora pela visão dos oradores: assim, passarão por Guimarães nomes como William Curtis, Jorge Figueira, Manuel Mendes, Max Risselada e Daniele Vitale.
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RUM BOX TOP RUM - 46 / 2012
14 LIARS No. 1 against the rush
1 MIRALDO - The ancient days
15 ARCTIC MONKEYS R U Mine?
16 NOVEMBRO
2 CAT POWER - Ruin 3 B FACHADA - Carlos T 4 BLACK KEYS, THE Lonely boy
16 MELODY’S ECHO CHAMBER I follow you 17 CHARLOTTE GAINSBOURG Terrible angels
5 DIABO NA CRUZ - Luzia 6 MANUEL FÚRIA Que haja festa não sei onde 7 GRIZZLY BEAR - Yet again 8 CAIS SODRÉ FUNK CONNECTION Summer days of fun 9 SUPERNADA Arte quis ser vida 10 A NAIFA - Gosto da cidade 11 SOFA SURFERS Word in a matchbox
18 HEAVY, THE What makes a good man 19 JULIA HOLTER In the same room 20 CORSAGE Chuva no meu verão
POST-IT 19 novembro > 23 novembro SIR SCRATCH Por Medo
AGENDA CULTURAL
BRAGA
MÚSICA 21 de Novembro Conservatório de Música Calouste Gulbenkian Concerto de música de câmara Theatro Circo 23 de Novembro MUSA – Ciclo no Feminino Movimentos Diferentes Theatro Circo 24 de Novembro World drums Theatro Circo
25 de Novembro Hagen Quartet CCVF DANÇA 24 de Novembro Guimarães 2012 JIM – Paulo Ribeiro CCVF
COMÉDIA 24 de Novembro LX Comedy Club São Mamede
FAMALICÃO
MÚSICA 24 de Novembro GNR - 30 anos – Voos Domésticos Casa das Artes EXPOSIÇÃO 7 a 30 de Novembro Tráfico Desumano Casa das Artes
LEITURA EM DIA
Para ouvir de segunda a sexta (9h30/14h30/17h45) na RUM ou em podcast: podcast.rum.pt Um espaço de António Ferreira e Sérgio Xavier.
O Projecto Lazarus de Aleksandar Hemon Civilização. Um grande romance de um grande escritor, este sim, um daqueles romancistas que vale a pena seguir a carreira literária.
12 Testes para te Conheceres Melhor - 100% Rapariga de Béatrice CopperRoyer - Educação Nacional. Um guia, muito útil, para as adolescentes e as jovens. Sem paternalismos.
Patati Patatá de João Manuel Ribeiro. Ilust. Sónia Cântara - Tropelias e Companhia. Um conjunto de pequenas poesias que ajudam os mais pequenos a trabalhar a dicção e fonética da língua materna. Um excelente utensílio de trabalho para pais e educadores.
Estação Central de José Tolentino Mendonça - Assírio e Alvim. O último livro de uma das vozes mais produtivas da moderna poesia portuguesa.
GUDRUN GUT Garten
12 PETITE NOIR - Disappear 13 WE TRUST - Again
GUIMARÃES
MÚSICA 23 de Novembro 10 anos Synergy (after paarty recoil) São Mamede
YOUNG RIVAL Nothing You Know Well
CD RUM
dancemos contra a crise! moullinex ensina como o fazer JOSÉ REIS jose.reis@rum.pt
Em “Flora”, há a descontrução do arquétipo do “disco” e a soma de funk, soul, dos ritmos intemporais da Motown, do melhor R&B e, inquestionavelmente, a adição suplementar da roupagem pop. Tudo misturado, e sabendo que é uma forma redutora de a apresentar, esta é música pop feita para dançar. O disco “Flora”, com assinatura do
produtor Luís Clara Gomes aka Moullinex, é um bom disco de música de dança – seja isso o que for ou tudo aquilo que quisermos que ele seja. A começar pelo single, “Sunflare”, uma música de verão, tons amarelados ao final da tarde, a lembrar finais de tarde com 30 graus numa praia qualquer, sem horários, sem tempos definidos. Destaque ainda para a festiva “Take My Pain Away” [“24 hours a day/take my pain away” bem que podia ser o elixir para a crise...]
ou a instrospectiva “Darkest Night”, a lembrar a espaço Kate Bush e a escola italo-disco – e muito se agradece o contributo de vozes como Peaches (na recriação do clássico “Maniac”) ou de Da Chick (uma das companheiras de Moullinex na mui recomendável D.I.S.C.O.Texas). “Flora” acaba de ser editado pela Gomma Records, influente selo das electrónicas europeias, uma boa premonição para um artista que tem o mundo como o limite.
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DESPORTO
taça de portugal: oitavos de final sem moreirense FILIPA SOUSA SANTOS filipasantos_sousa@hotmail.com
A Liga Zon Sagres fez este fim de semana uma pausa para dar protagonismo à quarta eliminatória da Taça de Portugal. O SC Braga foi a primeira equipa minhota a entrar em campo. Os jogadores às ordens de José Peseiro deslocaram-se à “terra dos leitões”, onde derrotaram o ‘modesto’ Pampilhosa da Serra, por 1-3. Ironicamente ou não, a defesa de honra dos anfitriões coube a Leitão, autor do único tento dos locais. Após a vitória dos bracarenses, o Moreirense subiu ao relvado do Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas para receber o Benfica. A luz faltou e os ven-
cedores foram os visitantes. Anílton Júnior marcou um auto-golo e Óscar Cardozo, já em período de descontos, sentenciou o resultado final. A formação de Moreira de Cónegos encontra-se desta forma afastada da Taça. No duelo entre os dois ‘Vitórias’ quem levou a melhor foi o de Guimarães. As emoções estiveram ao rubro tendo sido necessário recorrer-se ao desempate por grandes penalidades. Os ares do Sado acabaram por ser favoráveis aos vimaranenses, que se saíram melhor nos penálties (3-5) e, por isso, seguem em frente na competição. Também o Gil Vicente carimbou a passagem aos oitavos de final, depois de ter ganho ao Mirandela, por 1-2. Os barce-
lenses quebraram assim um ciclo de três derrotas consecutivas. Na próxima jornada do campeonato nacional, os Gverreiros recebem o campeão em título, FC Porto. Porém, antes disso, os arsenalistas têm que concentrar as suas atenções no desafio a contar para Liga dos Campeões, contra o Cluj, da Roménia. Por sua vez, o Sporting vem ao Minho defrontar o Moreirense. Já o Guimarães desloca-se a Aveiro e o Gil Vicente visita Coimbra. Segunda Liga a meio gás Contrariamente ao que vem sendo habitual, a 15ª jornada da Segunda Liga decorreu a meio gás, uma vez que nem todos os emblemas entraram
em ação. O Freamunde, única equipa do Minho a entrar em ação durante o fim de semana, perdeu em casa com o FC Porto B, por 0-3. As
formações B do Braga e do Guimarães jogam apenas no próximo dia 28 de novembro, contra o Arouca e Tondela, respetivamente.
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Moreirense afastado da Taça depois de ter eliminado o Sporting na ronda anterior
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CINEMA CICLO DEDICADO AO CINEASTA LUSO-BRASILEIRO
SILVINO SANTOS 19 A 21 NOV 21H30 PLATAFORMA DAS ARTES E DA CRIATIVIDADE - BLACK BOX ENTRADA GRATUITA TODAS AS IDADES
TEATRO O EXOTISMO E A MAGIA QUE SE ESCONDEM NO QUOTIDIANO
MUNDO MARAVILHA 23 NOV 22H00 FÁBRICA ASA - CAIXA NEGRA
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HAGEN QUARTET 25 NOV 22H00 CENTRO CULTURAL VILA FLOR / COM LUKAS HAGEN, RAINER SCHMIDT, VERONIKA HAGEN, CLEMENS HAGEN 10€ M/12
WWW.GUIMARAES2012.PT WWW.FACEBOOK.COM/GUIMARAES2012 INFO@GUIMARAES2012.PT 300 40 2012 (09-20H, 7/7)