Ano 1, nº06 - maio de 2011 - 20.000 exemplares
Falando de Umbanda
Que saudade do compadre e da comadre!
Vale dos Orixás - CASA DE PAI BENEDITO DE ARUANDA Esses dias li uma crônica do Prof. José Antonio Oliveira de Resende* intitulada “QUE SAUDADE DO COMPADRE E DA COMADRE!” *José Antonio Oliveira de Resende – Professor de Prática de Ensino de Língua Portuguesa do Depto de Letras, Artes e Cultura, da Universidade Federal de São João del-Rei). Quando dei por mim estava lá, naqueles dias de infância, tão duros, mas tão belos. O professor diz: “Sou do tempo em que ainda se faziam visitas. Lembro-me da minha mãe mandando a gente caprichar no banho porque a família toda iria visitar algum conhecido. Íamos todos juntos, família
grande, todos a pé. Geralmente, à noite...” (...) “E os donos da casa recebiam alegres a visita. Aos poucos, os moradores iam se apresentando, um por um: - Olha o compadre aqui, garoto! Cumprimenta a comadre”.
nossa também era assim”.
Eram dias felizes. Lembro-me de visitar minhas primas (da parte rica da família) e ficar encantado com o luxo, o piano, a cantoria. Como eram lindas minhas primas. E o meu tio, como cantava bem!
E ele continua: “Juntava todo mundo e as piadas pipocavam. As gargalhadas também. Pra que televisão? Pra que rua? Pra que droga? A vida estava ali, no riso, no café, na conversa, no abraço, na esperança. (...) Era a vida respingando eternidade nos momentos que acabam... era a vida transbordando simplicidade, alegria e amizade... (...) Quando saíamos, os donos da casa ficavam à porta até que virássemos a esquina. Ainda nos acenávamos. E voltávamos para casa, caminhada muitas vezes longa, sem carro, mas com o coração aquecido pela ternura e pela acolhida. Era assim também lá em
Ele segue: “A conversa rolava solta. Meu pai conversando com o compadre e minha mãe de papo com a comadre. E eu meus irmãos ficávamos assentados todos num mesmo sofá, entreolhando-nos e olhando a casa do tal compadre. Retratos na parede, duas imagens de santos numa cantoneira, flores na mesinha de centro... casa singela e acolhedora. A
Eu não tinha irmãos, mas, também voltava para casa encantado com a visita. A barriga cheia de guloseimas e dormia como um anjo.
página 2 casa. Recebíamos as visitas com o coração em festa. A mesma alegria se repetia”. Não acho que o progresso seja ruim, nem tampouco que devemos negar os eletrônicos e o conforto que a vida moderna nos oferece. Mas por outro lado, penso que aquela simplicidade, de alguma forma, não só aproximava as pessoas, mas também as igualava. Apesar de alguns morarem melhor e ter mais conforto e benefícios que outros todos éramos amigos e a cumplicidade nos fazia muito bem. Brigas eram comuns, mas só o orgulho era ferido quando voltávamos para casa com um olho roxo. Ninguém andava armado. Não se falava palavrão diante de mulheres. A educação era valorizada, assim como o caráter e a palavra de um homem tinha mais valor do que sua assinatura. Ninguém precisava de álcool e drogas para se divertir e nos carnavais a delícia era sair fantasiado pela rua indo de casa em casa dos amigos em direção ao clube. Mais tarde, já casados, a diversão ficava por conta de por toda a família no carro e sair buzinando, jogando confete, serpentina e brincando com os vizinhos pelo bairro onde morávamos. A religião era um aglutinador da vizinhança e o respeito por Deus impedia as pessoas de fazer coisas erradas e até de cometer atos tão aterradores e cruéis como os de hoje em dia. A sociedade seguia uma ética e respeitava a moral por ela estabelecida, o que trazia segurança e confiança às pessoas. Claro que aconteciam maldades, mas chamar a Polícia dava a todos a sensação de tranquilidade, pois a lei era cumprida. O Prof. José Antonio prossegue: “O tempo passou e me formei em solidão. Tive bons professores: televisão, vídeo, DVD, e-mail... Cada um na sua casa e ninguém na de ninguém. Não se recebe mais em casa. Agora a gente combina encontros com amigos
fora de casa: - Vamos marcar uma saída!... ninguém quer entrar mais. Assim, as casas vão se transformando em túmulos sem epitáfios, que escondem mortos anônimos e possibilidades enterradas. Cemitério urbano, onde perambulam zumbis e fantasmas mais assustados que assustadores. Casas trancadas... Pra que abrir? O ladrão pode entrar e roubas a lembrança do café, dos pães, do bolo, das broas, do queijo fresco, da manteiga, dos biscoitos do leite. Que saudade do compadre e da comadre”.
• Todo mundo se chamava pelo nome; • O verdureiro vinha na porta; • O queijo era comprado de quem o fazia; • Todo mundo ia sozinho para a escola, que era pública e de boa qualidade;
Não quero parecer saudosista ou preso ao passado, mas gostaria de poder olhar para o futuro e ter apenas boas sensações. Coisa difícil atualmente!
Hoje as pessoas têm todas as facilidades e regalias. É proibido proibir. É a era do politicamente correto, da ecologia, do anti-racismo, da liberdade total. Só me faço algumas perguntas:
Oxalá fez de mim um líder religioso e, para agradecer tamanho presente divino, tenho tentado trazer cada vez mais as pessoas para o caminho do amor e da espiritualidade, pois, acredito ser a única forma de poder reverter o caos em que vivemos. Quando éramos jovens o mau elemento era reconhecido por toda a comunidade, que tratava logo de isolá-lo de seu convívio. Essa atitude acabava limitando sua atuação impune. Hoje, qualquer pessoa pode andar armada e drogada. Causam acidentes, matam, estupram e continuam impunes. Vamos contar aos nossos filhos e netos como nossa vida era dura: • Íamos comprar a galinha viva para nossos pais matarem e nossas mães depenarem; • Os bolos eram feitos em casa; • Não se comprava nhoque pronto; • Refrigerante só no domingo; • Tínhamos roupa de missa e roupa de brincar; • Andávamos a pé, de ônibus ou de trem; • Recados eram levados pelas crianças (só os ricos tinham telefones); • Os professores eram pessoas valorosas e respeitadas; • Receber o padre em casa era um orgulho;
Enfim... A vida era difícil, mas todos nós crescemos e nos tornamos homens e mulheres de caráter. Preocupados em criar nossos filhos para serem pessoas de sucesso e respeitadas.
• Se tudo é tão perfeito, porque nossa sociedade está tão deteriorada? • Porque nossos filhos são vítimas de tanta maldade? • Porque tanta gente é assassinada? • Porque todos estão tão afastados da religião? Ai meu Deus, que saudade do compadre e da comadre... Pai Ronaldo Linares – irmão-presidente da FEDERAÇÃO UMBANDISTA DO GRANDE “ABC”, mantenedora do SANTUÁRIO NACIONAL DA UMBANDA
A FEDERAÇÃO UMBANDISTA DO GRANDE “ABC” informa a todos os usuários do SANTUÁRIO NACIONAL DA UMBANDA que a partir de 15 de abril de 2.011, o valor da entrada passou a R$ 8,00 (oito reais) por pessoa. Lembramos a todos que o estacionamento é gratuito e crianças até 12 anos não pagam . TODO UMBANDISTA DEVE, AO MENOS UMA VEZ EM SUA VIDA, VISITAR a MECA DOS UMBANDISTAS no Vale dos Orixás do SANTUÁRIO NACIONAL DA UMBANDA
A ldeia J ornal
Editorial
de Caboclos
Prezados irmãos de fé e leitores, ressalto a vocês a importância de se hastear por onde passamos a bandeira da Umbanda, nossa amada religião, que significa em primeiro plano a conjunção do amor, da caridade, do respeito à natureza, da atenção para com o próximo e da força em perseverar. Pois bem, se é notório que a essência de nossa religião é composta pela união de princípios tão nobres e vitais ao ser humano que vive para o bem, necessário se faz termos mais garra, compreensão e propriedade para levar nossas raízes adiante e expandi-las com respeito, fé, firmeza, amor e real conhecimento de causa. Desta maneira estaremos contribuindo verdadei-
ramente para o fortalecimento e valorização da Umbanda, bem como dos Cultos Afro- Brasileiros e das doutrinas espiritualistas como um todo. Válido destacar que se omitimos ou fazemos de conta não ser parte integrante de nossas vidas a religião que seguimos, a fé que nos conduz ou a essência que pela qual nos pautamos, não podemos nos queixar da falta de espaço ou da tênue importância que é dada à nossa crença e aos nossos valores. Sigamos firmes no combate à lastimável intolerância religiosa que nos cerca, façamos a nossa parte em prol daqueles que tanto necessitam no diaa-dia, façamos tremular nos ares e com grande visibilidade a flâmula branca que representa a paz
que a nossa Umbanda prega, emana e traz. Que Oxalá ilumine o caminho de todos nós! Salve a Umbanda, que é amor e caridade, Salve Zambi! Alexandros Barros Xenoktistakis EXPEDIENTE Diretor: Engels B. Xenoktistakis Direção de Arte: Daniel Coradini Redator: Engels B. Xenoktistakis Colaboradores: Adriano Camargo / Ronaldo Linares e Alexandros Xenoktistakis Assessoria Jurídica: Alexandros Barros Xenoktistakis – OAB/SP 182.106
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Umbanda Legal
A
Essência
dos
Pretos
Velhos
nomia do nosso país. No entanto, deparar-me com esta carta despertou em mim uma real consciência do sofrimento daquele povo. Imaginar mais de cem pessoas presas num navio há meses, tratadas como qualquer outra mercadoria, já nos evidencia que envelhecer como escravo era tarefa árdua e para poucos. A maioria teria sua vida abreviada pelas torturas, maus tratos e humilhações. Com isso em mente, voltamos ao arquétipo do Preto Velho na Umbanda. Que tipo de lição se pode obter de uma egrégora de luz cujos espíritos representam todos os que passaram por todo o tipo de sofrimento, como o massacre de sua cultura, os sofrimentos corporais, o preconceito, a discriminação, as dores moral e física, a fome e a humilhação? A lição de luta, de sobrevivência, de amor e apego aos Orixás, de fé, de esperança. Nós umbandistas nos ajoelhamos diante de um pretinho velho num terreiro de Umbanda, beijamos suas mãos, pedimos suas bênçãos e não raramente choramos de emoção pelo amor, carinho, ternura e paciência com a qual eles nos transmitem ensinamentos profundos que revelam o mistério ancião de suas almas: almas que já viveram muito, que tiveram que superar todo o tipo de adversidade e de obstáculo, mas que não se desconectaram do amor divino do nosso Pai maior, da luz, da busca de sua ligação com Deus. Assim, pouco importa se efetivamente o preto velho da Umbanda foi ou não um escravo brasileiro. O importante é que se trata de um espírito que lutou contra a escravidão da alma, e sem dúvida alguma, venceu. Saravá os Pretos Velhos! Erica Camarotto – 26 de abril de 2011.
O dia 13 de maio, data oficial da libertação dos escravos no Brasil, é dia festivo na Umbanda, destinado à louvação dos nossos amados Pretos Velhos. Essa linha de trabalho encanta e conquista até os não umbandistas, já que não é incomum adeptos de outras religiões vez ou outra buscarem as doces palavras e os benzimentos de um preto velho ou uma preta velha. Mas ao mesmo tempo em que é fascinante, essa linha de trabalho intriga e gera uma série de questionamentos. O mais recorrente é o de se os pretos velhos seriam efetivamente espíritos cuja uma de suas encarnações se dera no Brasil, na época colonial. E, como na grande maioria das vezes a resposta é “não necessariamente”, cabe a indagação do porque, então, da escolha de um corpo fluídico tão sofrido e estigmatizado.
Durante meu mestrado em Filologia e Língua Portuguesa na Universidade de São Paulo, deparei-me com um documento que me chamou muito a atenção, sendo, dentre as centenas de documentos similares que li na época, o que nunca mais saiu da minha cabeça. Tratava-se de uma carta datada de 16 de maio de 1719, assinada pelo Marechal Timótheo Correia de Góes e destinada ao então rei de Portugal D. João V. Esse documento relata o prejuízo que uma carga parada há meses no porto de Santos estaria dando e solicitava a venda da mercadoria. Pois bem. Essa carga era de negros, marfim, ferro e cera bruta. Essas eram as mercadorias em deterioração no porto. E o Marechal ainda afirma, com relação aos negros, que esses “eram cento e treze cabeças, entre grandes e pequenos”, ou seja, adultos e crianças.
A primeira resposta que vem à mente de todo o umbandista é a de que o preto velho assim se manifesta para nos ensinar a humildade. Só que isso é muito vago pra nós, encarnados, de modo que poucos são os que efetivamente debruçam-se sobre a reflexão de que lições de humildade e resignação estamos a falar.
A escravidão no Brasil não é novidade a ninguém. Ensina-se nas escolas que os negros eram tratados como animais, como mercadorias, e até onde minha memória consegue recordar, sem grande indignação, pois a escravidão é um mal que sempre existiu no mundo todo e sustentou por muito tempo a eco-
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página 6 banho de rio. No caminho de volta foram surpreendidos por uma onça, que saltou sobre eles e pegou um. Os demais voltaram apavorados para a aldeia. Desespero da família e revolta geral entre os homens. Duas dezenas deles saíram na batida da onça... Avisados da triste notícia, fomos até a aldeia. Perguntando sobre o Toporé, o grande xamã uaurã, fomos informados de que estava um canto, sem querer falar, comer nem beber.
Reforma Íntima
X a m ã
“SE APENAS HOUVESSE UMA ÚNICA VERDADE, NÃO PODERIAM PINTAR-SE CEM TELAS SOBRE O MESMO TEMA”. Picasso. A palavra xamã originou-se do dialeto dos povos Tungus da Sibéria, e significa “homem inspirado pelos espíritos”. Trata-se de um sacerdote, que pode ser tanto homem como mulher. Este vulto está presente em centenas de culturas tribais pelo mundo e seu objetivo principal é visualizar o sagrado, o invisível aos olhos do ser comum.
Pela manhã trinta homens munidos de arco e flecha, armas de fogo e tacapes estavam prontos para sair ao encalço da onça, quando surgiu o grande pagé Toporé, que falou em voz baixa: -- Não é preciso ir procurar a onça. Ela vai entrar aqui no pátio, com o sol aqui – a apontou o sol a pino. Ficou confuso o ambiente. Muitos não deram muito crédito à previsão do pagé e saíram para procurar a onça. Nós permanecemos mais para prestigiar o pagé do que pela crença na profecia. O tempo passou, o sol foi subindo e quando e, quando ficou a pino, surgiu uma enorme onça pintada, toda escalavrada de um lado, como se tivesse saído de uma luta, e foi mansamente de cabeça baixa entrando no pátio da aldeia. Quando chegou no ponto que havia sido indicado pelo xamã, deitou e pousou a cabeça no chão. Os índios se aproximaram cautelosamente e, armados de tacapes, mataram-na batendo no pescoço”. NO CÉU DO CÉU
detentores de grande sabedoria e amantes do meio ambiente. A bondade infinita de Deus programa a reencarnação de espíritos preparados para estes devidos fins e os colocam em culturas e tribos primitivas, no papel de pagés, xamãs, sacerdotes, caciques e curandeiros. Em seu livro, “A Arte dos Pajés”, o missionário do senhor e saudoso sertanista, Orlando Villas Boas, oferta-nos fatos sensacionais sobre o universo espiritual do índio xinguano, presenciadas por ele pessoalmente.
Para que isto aconteça, o xamã utiliza-se de rituais e instrumentos específicos, como o tambor, ervas medicinais ou alucinógenas, cantos, meditações, etc. Tudo com o intuito de acessar com maior plenitude o mundo dos espíritos e dos seres da natureza.
A correlação que almejamos com estas histórias, é a de usar o conhecimento de culturas tão distintas da nossa, buscando com estes arquétipos, instruir aqueles que desejam realizar o caminho libertador da reforma íntima. Ai vão três episódios do livro:
Os xamãs podem ser considerados grandes médiuns, com dons mediúnicos como os de cura, efeitos físicos, vidência entre outros. Geralmente, são também
A ONÇA QUE MATOU O MENINO “Dez ou doze indiozinhos saíram da aldeia para um
... “Arru, chegara do mato cansado da caminhada e, encontrando-nos na aldeia, sentou-se ao nosso lado. Não havia muita coisa a conversar. Seu mundo, monótono neste aspecto, valia pelo já havia acontecido. Foi por isso que ele, olhando para os lados, para a terra e para o céu, disse: -- Lá é o céu. -- Eu já sabia, respondemos. -- Lá é a aldeia dos que morrem. -- Eu já sabia. Depois de um breve intervalo, e de olhar bastante elevado para o céu, falou: -- Lá no céu do céu... Ela esta lá. Fomos tomados de surpresa. Céu do céu... O que viria a ser isso? Ela está lá, Ela quem? A figura de um índio velho? Daí perguntamos: -- Quem, um índio velho que sabe tudo?
página 7 -- Não – pronunciou com veemência, apenas uma sabedoria! E, com um gesto largo abrangendo o sol e o céu, deunos a idéia de que lá havia somente uma sabedoria, que, tal qual a concepção das seitas tibetanas, mantém a harmonia do universo.
“Podeis pensar hoje que somente vós o possuís, como desejais possuir a terra, mas não podeis.
Teria o índio, em sua introspecção, a mesma visão daqueles sábios?
“Esta terra é querida dele, e ofender a terra é insultar o seu criador. Os brancos também passarão, talvez mais cedo do que todas as outras tribos. Contaminai a vossa cama, e vos sufocareis numa noite no meio dos seus próprios excrementos” ...
Outro grande xamã, o cacique Seatlle, em sua célebre carta ao presidente dos Estados Unidos, no ano de 1855, deixou-nos um grave alerta para as gerações futuras: “O homem não tece a teia da vida: É antes um dos seus fios. O que quer que faça a essa teia faz a si próprio”... “Mesmo o homem branco a quem Deus acompanha e com quem conversa como amigo, não pode fugir a este destino comum. Talvez, apesar de tudo, sejamos todos irmãos”... “Nós os veremos. De uma coisa sabemos, é que talvez o homem branco venha a descobrir um dia: Nosso Deus é o mesmo Deus” ...
Ele é o Deus do homem e a sua compaixão é igual tanto para o homem branco, quanto para o homem vermelho”...
Nos tempos atuais, a maioria dos povos ocidentais, ditos civilizados, anda esquecido que o ser humano, não é a única espécie viva no planeta, e que nós não estamos sós. Existe uma interdependência entre todas as coisas vivas. Os animais são nossos companheiros de viagem e evolução. A “mãe terra” deve ser respeitada e amada por seus filhos, que se dizem seres pensantes. Do contrário, certamente, num curto período de tempo, seremos convidados pelas condições climáticas adversas e pela falta de alimentação, a sermos retirados deste abençoado planeta, para continuarmos nossa escola evolutiva em outras paragens.
“ISTO SABEMOS, A TERRA NÃO PERTENCE AO HOMEM, O HOMEM PERTENCE À TERRA”. Chefe Seatlle. Matéria por Vereador Quito Formiga
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Encontro De Curimbeiros em prol do Projeto Social Vivencer Amor ao próximo
No Ultimo dia 10/04/2011 o Templo de Umbanda Anjo Divino Salvador, Casa Dirigida por Pai Luis Renato, realizou em Evento “Encontro de Curimbeiros” junto aos Guerreiros de Aruanda. Neste dia se confraternizaram várias Famílias Umbandistas com o objetivo de reverter toda verba arrecadada no Evento para o Projeto Social Vivencer, projeto este que vem fazendo um grande Trabalho na Comunidade onde está situado o Centro na Zona Norte de São Paulo. O Evento contou com a Participação de Várias Curimbas de outras casas, trazendo pontos inéditos e também alguns já conhecidos para a alegria dos irmãos presentes. O Intuito maior além de ajudarmos o Projeto Social, era também a integração dos irmãos umbandistas, portanto resolvemos fazer um Evento onde todos se apresentariam com a mesma meta, qual seja, a de Louvar os Orixás e ajudar a quem precisa. Pregamos uma Umbanda que também olha pelo Social e pra isto também contamos com uma Equipe de Colaboradores que estão a frente deste Projeto fazendo a integração Médiuns e Colaboradores. A Umbanda precisa ser melhor vista e pra que isto aconteça nós “Umbandistas” precisamos começar a fazer nossa parte antes de cobrar da Sociedade. No Evento tivemos também atrações de Capoeira apre-
sentada Pela Academia União “Mestre Mancha” que,igualmente, é um grande colaborador do Projeto e que estará disponibilizando aulas de Capoeira para as Crianças assistidas, isto não só com o objetivo de afastar a violência, mas mostrar a Cultura de Nossos Ancestrais e muito mais. Nosso Evento contou também com a presença das Crianças do Axé Mirim, Projeto pioneiro dentro da Umbanda que ensina nossas crianças sobre nossa religião. Fomos agraciados com as Curimbas de outras casas e também com a presença de alguns Cantores da Nossa Querida Umbanda. Quero desde já parabenizar todas as casas que nos apoiaram em mais esta iniciativa, dizer que todos somos vencedores quando o objetivo é único...Fazer a Caridade, e que a religião precisa disso para que ela seja respeitada. Nossa Casa realiza seus Trabalhos nos dia de Sábado a partir das 15h:00min na Rua Mucugê, 344 - Jd Maracanã - Freg. do Ó - São Paulo-SP. Aceitamos doações para que possamos continuar assistindo o Projeto Social VIVENCER, situado a Rua Dom José dos Santos, nº 246. Freg, do Ó. Por Ogan Tequinho - TUADS
PROJETO SOCIAL VIVENCER
Projeto Social Vivencer trabalha para oferecer condições de reestruturação a famílias de baixa renda da Freguesia do Ó. Procurando resgatar a dignidade humana, estimular o sentido de cidadania de crianças e jovens e busca a inclusão social dos seus integrantes. Para isto realiza várias ações integradas e de naturezas distintas junto a comunidade, variando desde entregas de cestas básicas, roupas e calçados, como medidas assistências diretas e intervenções educativas até orientação e o acompanhamento para a inserção de ao menos um membro da família no mercado de trabalho. Atualmente, o grupo está empenhado na estruturação do Espaço Vivencer, visando estimular atividades de ensino profissional e esportivas para manter as crianças e jovens em ambiente propício à interação social e ao desenvolvimento intelectual, reduzindo seu tempo ocioso fora da escola.
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Tenda de Umbanda Estrela da Manhã faz distribuição de sopa em Taubaté
O Templo de Umbanda Estrela da Manhã tendo como Dirigente a Mãe Denise, depois de verem tantos irmãos moradores de rua, calamidade que crescente em nosso país, resolveu montar um grupo o qual leva o nome de “Grupo Estrela da Manhã”, para poder auxiliar estas pessoas que vivem ao relento.
Barracão de Pai Jorge Realiza uma Grande Homenagem ao Orixá Ogum
Mães Denise juntamente com os filhos de fé começaram distribuir sopas no dia 22 de março de 2010, sendo distribuídas todas as quartas-feiras após as 23h00min. No início começamos com 40 marmitex e hoje com a demanda de irmãos que encontramos nas ruas distribuímos em média quase 60 marmitex. Além das sopas distribuímos pão, café, refrigerante, roupas, sapatos, cobertores e etc.
O Xirê começou por volta das 20h00min horas, também teve a Cantiga de Rum, que são as cantigas executadas para o Orixá dançar em uma festa, costuma dizer-se (dar Rum ao santo), nessas cantigas os Orixás fazem a coreografia conforme a cantiga e o desempenho do alagbê no atabaque maior (Rum).
“Nossa maior preocupação além dos alimentos é fazer com que eles se sintam amparados, que se sintam cidadãos, sintam-se gente”, comenta Mãe Denise.
A festa teve seu término às 01h00min, onde era aguardada a tão esperada FEIJOADA DE OGUM, que por sinal estava uma delícia, e também foi regado com muito chopp bem geladinho. Parabéns ao Pai Jorginho, por mais uma linda festa apresentada em seu Barracão. Parabéns também ao nosso irmão ANDRÉ, que com muita fé e determinação, percorreu vários caminhos, podendo hoje ter se encontrado na sua atual casa.
Quando saímos às ruas, conhecemos cada irmão pelo seu nome, sabemos a história de cada um (quando o irmão é novo procuramos adquirir a confiança...), nosso grupo entende e é preparado para o não julgamento. Pelo menos às quartas-feiras, eles sabem que as pessoas que vão até eles, estão fazendo seu trabalho com amor e dedicação. Aos poucos eles vão ganhando confiança, e estamos tendo retorno, pois já teve um morador que conseguiu sair das ruas, arrumou moradia e emprego. E assim seguimos nosso trabalho, tentando dar esperança a cada um. Gostaríamos que cada vez mais, pessoas aderissem ao nosso trabalho, pois a caridade não se limita apenas nas atividades em nossas casas, e sim se estende ao nosso dia a dia.
No dia 30 de abril de 2011, o Barracão Ilè Asé Ode (Pai Jorge de Oxossi ), realizou um lindo Xirê em homenagem ao Orixá Ogum. Foi um dia muito festivo como sempre tem sido suas festas, principalmente porque neste dia também teve a saída de Santo de seu filho ANDRÉ, que, com muita firmeza, dedicação e determinação, foi feito no Orixá Ogum.
Que Pai Oxalá e todos os Orixás, abençoe ao Pai Jorginho e a todos os seus filhos e filhas de fé, são os votos desta Aldeia.
Matéria e foto Roncali (12) 9108.9466 Representante do Jornal Aldeia de Caboclos no Vale do Paraíba
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Babá Tania - Uma Guerreira 40 Anos De Umbanda
Babá Tania Maria Braghirolli Simões, nascida em 27 de fevereiro de 1958, na cidade de Santo André. Foi batizada na umbanda em 23 de janeiro de 1971. Casou-se na Umbanda em 31 de outubro de 1981. Ficou no Templo de Umbanda Oxosse e Cabocla Jandira até julho de 1988,no falecimento de seu Babalaô Antonio Barreto. Se formou em junho de 1991 e desde então ajuda nos Barcos e Solenidades da F.U.G.A.B.C. Dirigente do Templo de Umbanda Zé do Coco fundado em 18 de abril de1990. Parabéns Babá Tania por uma vida exemplar em prol da Umbanda!
página 13 No ultimo dia 23-04-2011 foi realizada a 6° feijoada em louvor a Ogum. Esta festa já em seu 6° ano se tornou uma tradição na região da Vila Missionária, Zona Sul de São Paulo. Esse ano foi especial, pois marcou a comemoração dos 7 anos de Umbanda do Dirigente da casa. Sustentada na espiritualidade pelo Sr. Ogum Naruê das 7 Espadas e Sra Iansã das Almas e guiada na matéria pelo Sr. Exú Tranca Ruas das Almas e Vovô João 7 Estrelas, a casa comemorou realizou esta grande festa que contou com presença de Mãe Aleluia do Terreiro Estrela Guia de Mogi das Cruzes, Mãe Rozi de Iemanjá, Pai Engels de Xangô e integrantes da Aldeia de Caboclos que abrilhantaram ainda mais a festa. Agradecimentos a minha querida Mãe e irmão carnais, Dona Maria Abadia e Leandro D. Vasconcelos. Aos meus braços direito e esquerdo da casa, Mãe Neusa e Madrinha Camila e Minha mãe no Santo Rozi, por sempre estarem ao meu lado nas dificuldades e nas alegrias. Ao irmão, pai e professor Engels D’ Xangô, Cadu, e Sr. Ari da Aldeia de Caboclos que estiveram presentes. Em um agradecimento muito mais que especial gostaria de dedicar tudo isso ao meu Pai Jaime S. Vasconcelos (In memória), que Olorum já chamou de volta. Matéria: Pai Guilherme Duarte Vasconcelos Fotógrafo - Edmilson Santa Tel.: 011 4745-0846 Cel.: 011 7403-9187
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Feijoada em Louvor ao grande Orixá Ogum Eventos
No ultimo dia 23-04-2011 foi realizada a 6° feijoada em louvor a Ogum. Esta festa já em seu 6° ano se tornou uma tradição na região da Vila Missionária, Zona Sul de São Paulo. Esse ano foi especial, pois marcou a comemoração dos 7 anos de Umbanda do Dirigente da casa. Sustentada na espiritualidade pelo Sr. Ogum Naruê das 7 Espadas e Sra Iansã das Almas e guiada na matéria pelo Sr. Exú Tranca Ruas das Almas e Vovô João 7 Estrelas, a casa comemorou realizou esta grande festa que contou com presença de Mãe Aleluia do Terreiro Estrela Guia de Mogi das Cruzes, Mãe Rozi de Iemanjá, Pai Engels de Xangô e integrantes da Aldeia de Caboclos que abrilhantaram ainda mais a festa.
Homenagem a Ogum pelo Templo Amor E Caridade Caboclo Pena Verde forma exemplar em conjunto com os filhos da casa, contando sempre com forte trabalho e apoio integral da Escola de Curimba e Arte Umbandista Aldeia de Caboclos. A homenagem contou com a maciça presença dos filhos do Templo de Umbanda Aldeia de Oxossi Ogum e Iansã, dirigido por Mãe Silvia de Iansã.
Agradecimentos a minha querida Mãe e irmão carnais, Dona Maria Abadia e Leandro D. Vasconcelos. Aos meus braços direito e esquerdo da casa, Mãe Neusa e Madrinha Camila e Minha mãe no Santo Rozi, por sempre estarem ao meu lado nas dificuldades e nas alegrias. Ao irmão, pai e professor Engels D’ Xangô, Cadu, e Sr. Ari da Aldeia de Caboclos que estiveram presentes. Em um agradecimento muito mais que especial gostaria de dedicar tudo isso ao meu Pai Jaime S. Vasconcelos (In memória), que Olorum já chamou de volta. Matéria: Pai Guilherme Duarte Vasconcelos Fotógrafo - Edmilson Santa Tel.: 011 4745-0846 / Cel.: 011 7403-9187
Momento de grande emoção para os presentes foi a entrada dos filhos de fé com a tradicional feijoada para Ogum.
O Templo Amor e Caridade Caboclo Pena Verde reverenciou em sua sede no dia 21/04/2011 o Grande Orixá Ogum, o Grande Guerreiro que abre nossos caminhos e que nos livra de toda as demandas, por meio de uma bela festividade dirigida por Mãe Juveni Xenoktistakis e por Engels D’ Xangô e realizada de
Por fim, agradecemos a família do Templo Amor e Caridade Caboclo Pena Verde por toda união e empenho na realização deste evento e agradecemos de forma especial aos irmãos de fé Sandoval e Adriana pela grande dedicação na organização desta vibrante festividade. Saravá Ogum, Ogunhê meu pai!
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Tenda de Umbanda Pai ferreira faz Homenagem ao Senhor Ogum alvo de furto, onde levaram uma linda espada, que na época Pai Sebastião tinha ganhado de um General do Exército em gratidão a graças recebidas naquela casa, já teve também a luz cortada por vândalos e outras coisas mais. Mas nada como um dia após o outro, e o grande dia chegou. Justo na homenagem ao Senhor Ogum grande General da Umbanda, que Pai Alberto e seus filhos receberam o novo estatuto, passando a casa se chamar: “TENDA DE UMBANDA CABOCLO SETE FLECHAS E PAI FERREIRA DE ARUANDA”.
A Tenda de Umbanda Pai Ferreira de Aruanda, realizou no dia 17 de abril 2011, a homenagem ao Orixá Ogum, com muita dança, alegria e muita comida, a famosa feijoada. Alegria esta que contagiou a todos que lá estiveram presente, não só pela linda gira como, também para a surpresa de seu atual dirigente Pai Alberto de Ogum, que sem saber de nada foi agraciado pela entrega no novo estatuto, dando maior segurança para aqueles que lá freqüentam. Só para lembrarmos, do motivo maior desta alegria, para nossos irmãos que não sabem do que se passou com a Tenda, na edição nº 03 deste jornal, foi publicado uma matéria a respeito das dificuldades que Tenda de Umbanda Pai Ferreira de Aruanda estava
passando, depois que os familiares do falecido Pai Sebastião procurou o Pai Alberto pedindo-lhe que reabrisse a casa. Com isto gerou algumas brigas da oposição gentil, dizendo que a casa não poderia ser tocada pelo Pai Alberto, alegando que aquele local seria usado para fazer um museu da Umbanda no Vale do Paraíba, devido à história que se tem por trás dela. História esta, que está em um dos filmes do saudoso Mazaropi em “O JECA E A ÉGUA MILAGORSA“, onde foi gravado a maior parte do filme. Pai Alberto sem medo nenhum, e sabendo que estava fazendo um trabalho em Prol da Umbanda, continuou com as giras conforme o pedido da família, pois a caridade vem em primeiro lugar. A casa já foi
Parabéns ao Pai Alberto e a todos os seus filhos pela coragem e determinação de manterem um sonho vivo, e mais uma vez mostrando que o amor pela religião se ganha qualquer guerra, ainda mais tendo Ogum em nossa frente. Jamais devemos nos esquecer que, por mais dificuldades que tenhamos em nossa vida, quando se anda por caminhos certos a verdade e a vitória sempre há de prevalecer. Saravá Senhor Ogum o grande General que nos conduz a vitória. Meu fraterno saravá ao Pai Alberto e a todos os seus filhos, e saiba meu Pai que pode sempre contar conosco. E que Pai Oxalá e todos os Orixás nos abençoem.
Matéria e foto feita por Roncali Representante no Vale do Paraíba do Jornal Aldeia de Caboclos (12) 9108.9466
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SETO – Seara Espírita Três Oguns. Homenagem a Ogun “No dia 23 de abril a SETO – Seara Espírita Três Oguns - prestou a sua homenagem ao nosso Pai Ogum, com uma emocionante cerimônia e uma feijoada nota dez! Foi um dia lindo, cheio da vibração positiva e que contou com a presença da Aldeia de Caboclos, representada por Engels D’ Xangô e pelo Kadu, que abrilhantaram a nossa Curimba. Que Ogum continue a abençoar a nós todos e a nos dar força para que sigamos nesta senda de fé e dedicação à Umbanda. Saravá, Ogum!” Erica Camarotto - SETO
A.U.E.E.S.P. Homenagem a Ogun
por Sandra Santos
Dia 01 de maio, a AUEESP – Associação Umbandista e Espiritualista do Estado de São Paulo, prestou mais uma homenagem ao glorioso Ogum, nas dependências do Clube Parque da Mooca, em São Paulo.
Dentre as várias mensagens de congratulações recebidas, foram lidas mensagens dos irmãos Carmen Balhestero da PAX, deputado federal Vicentinho do PT e pai Jamil Rachid.
A imagem foi conduzida pela GCM – Guarda Civil Metropolitana, e acompanhada pela diretoria da União Regional Umbandista da Zona Oeste da Grande São Paulo, tendo à frente seu presidente, pai Cláudio Franco, nosso grande parceiro de sempre, seguido pelos doutores Jáder Macedo Jr e Juliana Ogawa da OAB-SP, vereador Quito Formiga, sua esposa e seu chefe de gabinete Nélson Alves, e pai Sílvio Mattos da APEU.
Nesta data a AUEESP auxiliou duas entidades sociais: Lar Dona Cotinha, um abrigo para 55 crianças e adolescentes, de 0 a 18 anos, abandonadas, ou cujos pais foram destituídos do poder familiar, situado à Rua Messia de Pina, 77 - Mooca - fone (11) 2292-1806 e a Casa Amor ao Próximo, com 125 crianças de 02 a 04 anos, provenientes de famílias de baixa renda e Casa Abrigo para mais 21 crianças e adolescentes também em risco pessoal e social, situada a Rua Dilermano Reis, 148 INOCOOP - Guarulhos - fone (11) 2431-9696.
A imagem foi entronizada sob o comando de uma vibrante curimba, composta por três grandes escolas de irmãos dos mais competentes: Tambor de Orixá de Severino Sena, Aldeia de Caboclos de Engels de Xangô, e APEU de Sandro Mattos. Pai Waldir Persona proferiu a oração de abertura desta celebração, invocando o poder das falanges espirituais para atuação na vida dos presentes e de seus familiares.
Gostaríamos de deixar registrado mais uma vez nosso agradecimento a GCM através do Comandante Joel Malta de Sá e da Inspetora Yara Batista Cipriano, ao pai Ronaldo Linares e ao querido amigo Nélson Dias, da Casa de Velas Santa Rita, pelo empenho na realização de mais esta cerimônia, a todos os diretores e colaboradores da AUEESP pela dedicação, e aos nossos Associados, a quem dedicamos essa grande homenagem.
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Homenagem ao Orixá Ogum Pela Fucabrad caíram no mais original samba do recôncavo baiano com Samba de Roda Nega Duda! Ogunhê,Patak’ori!
Janaína Teodoro Coordenadora Ponto de Cultura Erê Mí!
Dia 1 de maio, a FUCABRAD - Federação de Umbanda e Cultos AfroBrasileiros de Diadema, presidida pelo Pai Cassio Ribeiro, realizou a 20ª Edição da Festa em Homenagem ao Orixá Ogum. Apesar da fortechuva, os devotos do Glorioso Pai Ogum mostraram sua garra eresistência e lotaram o Ginásio Municipal Ayrton Senna em Diadema. Iniciada pelo lindo cortejo a Festa recebeu Comunidades Tradicionais de Terreiros de diversas regiões, bem como simpatizantes da cultura afro-brasileira
que comemoraram conquistas como o Ponto de Cultura Erê Mí, O Dia do Umbandista na Cidade de Diadema. São vinte anos de luta e resistência manifestados em momentos de fé e adoração, com seriedade e competência a Festa do Ogum entrou para o calendário religioso-cultural da cidade, votado em Câmara Municipal com apenas uma representação contra. Após as manifestações de fé e adoração ao Orixá Ogum o povo do Santo e os simpatizantes presentes
União de Tendas - Homenagem a Ogun
A União de Tendas de Umbanda e Candomblé do Brasil e a Associação Paulista de Umbanda, sob coordenação do Babalorixá Jamil Rachid, realizaram com grandeza, muita fé e alegria, no dia 01/05/2011, a 54ª Homenagem a São Jorge Guerreiro – Orixá Ogum, no Vale dos Orixás em Juquitiba-SP. Os nossos Parabéns pela exemplar continuidade e beleza deste evento!
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Inauguração do Núcleo Religioso Umbandista Sagrado Coração do Amor Divino - Cidade De Presidente Prudente-Sp
No dia 02 de abril de 2011, foi inaugurado o Núcleo Religioso Umbandista Sagrado Coração do Amor Divino, localizado a Rua Marechal Floriano Peixoto, nº 386, Vila Marcondes, em Presidente Prudente-SP; que contou com a presença de personalidades da cidade representantes do Candomblé entre eles o Sr. Paulo Salomão e da Umbanda os Srs. Mauro de Souza e Miguel da Silva e do Kardecismo o Sr. Antonio Roberto e a Srª Celina Neves, , assim como o representante do D.D. Prefeito Municipal o Sr. Faise Abudi. Fizeram-se presentes também representantes da Umbanda do Rio de Janeiro, os Sacerdotes José de Brito e Simone Soares, membros da Egrégora do Sacerdote e Mago Rubens Saraceni de São Paulo. Juntamente com os Sacerdotes Lucimeire Nogueira e Wagner Nogueira, ambos também da Egrégora do Sacerdote e Mago Rubens Saraceni de São Paulo, D.D. Dirigentes do Núcleo Religioso Umbandista Sagrado Coração do Amor Divino, abriram a festa com os cumprimentos aos presente e na primeira etapa composição da mesa Diretora, posterior entoaram o Hino Nacional e o Hino da Umbanda Sagrada, onde cada representante ali convidado fez seu pronunciamento, seguido após do pronunciamento da
Presidente da casa a Srª Lucimeire Nogueira, e na segunda etapa todos foram convidados a participar do culto e louvor aos Orixás e guias de trabalho, sobre o canto harmonioso do som da Curimba da Aldeia de Caboclos dirigida por Engels D’Xangô, que veio de São Paulo, prestigiar e participar do evento, agradecendo a abertura de mais um núcleo de fé e devoção.
DIAS DE CULTO NO NÚCLEO RELIGIOSO UMBANDISTA SAGRADO CORAÇÃO DO AMOR DIVINO - AS SEGUNDAS E QUARTAS–FEIRAS DAS 20H:00MIN ÀS 23H:00MIN
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Dia do Cidadão Solidário
No dia 19 de março na cidade de Taubaté, foi realizado no Centro Social dos Cabos e Soldados da Polícia Militar, o “DIA DO CIDADÃO SOLIDÁRIO”. Evento este que reuniu várias lideranças religiosas como, a Igreja Católica representada pelo Sr. DON CARMO (Arcebispo de Taubaté ), o Templo de Umbanda Caboclo Pena Branca representado pela sua Dirigente Mãe Márcia, a Escola de Curimba Caboclo Girasol representado pelo seu Prof. Roncali e a Igreja Evangélica Leões de Judá representada pelo Pastor Kota, entre outras autoridades civis que também lá estiveram.
ção da Banda Gospel e também da Escola de Curimba Caboclo Girassol cantando a música “ DEUSA DOS ORIXÁS ” composição de Romildo/Toninho e a apresentação da música “FEITICEIRO NEGRO” de Carlos Buby, música esta que vem sendo cantada contra o preconceito religioso.
O encontro teve por objetivo ajudar o LAR ESCOLA SANTA VERÔNICA, entidade sem fins lucrativos que cuida de mais de 240 crianças carentes de Taubaté, e que esta passando por várias dificuldades, e uma delas é a falta de bolacha, biscoitos e balas. Motivo este que a Tv Talk Brasil ( www.talktvbrasil.com.br ) através de sua representante ELIANA, teve a brilhante idéia de promover este Encontro Ecumênico.
O Templo de Umbanda Caboclo Pena Branca e a Escola de Curimba Caboclo Girasol agradecem a todos que lá estiveram presentes, mostrando a muitos que independente de culto religioso, quando se une em prol do ser humano, é possível sim não existir preconceito.
Também estiveram presentes neste evento várias Bandas como: Janis Joplin Cover, Raul Seixas Cover, Creedence Cover e outras mais. Houve apresenta-
No final da festa foram homenageadas as autoridades presentes com o Certificado de CIDADÃO SOLIDÁRIO, entregue pela Irmã Elza Coordenadora do Lar Escola Santa Verônica.
Agradecemos a Tv Talk Brasil, em especial a Eliana por esta oportunidade, e nos colocamos à disposição para qualquer evento que venha engrandecer a nossa religião, e o mais importante estamos à disposição para eventos em prol da sociedade e de nossos irmãos de fé.
Meu fraterno Saravá e que Pai Oxalá e todos os Orixás iluminem a todos nós.
Mãe Márcia / Roncali
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DICA CULTURAL 28/04 a 29/05 – Exposição Grande Mural dos Orixás – Carybé - a mostra homenageia o centenário de nascimento do artista Carybé, incluindo 19 painéis representando os deuses d’África no Candomblé da Bahia. As obras que formam o Grande Mural dos Orixás pertencem à coleção do Banco do Brasil BBM S/A, em comodato no Museu AfroBrasileiro da Universidade Federal da Bahia. A representação dos deuses africanos é composta de pranchas de madeira, com 3 metros de altura de cedro entalhadas, levando ainda incrustações de ouro, prata, búzios da costa, cobre, latão, vidros e ferro conforme a simbologia do culto. O argentino, radicado no Brasil, Hector Julio Paride Bernabó, nasceu em 7 de fevereiro de 1911, na cidade de Lanús. Inquieto e irreverente ficou conhecido simplesmente como Carybé. A exposição apresenta pinturas, relevos, esculturas e esboços que marcaram a trajetória deste maravilhoso artista. A ele são creditadas as principais representações simbólicas e míticas do universo africano da Bahia, resultado de sua vivência e dedicação à terra que adotou. Carybé morreu no dia 2 de outubro de 1997, em Salvador.
Av. Pedro Alvares Cabral, s/n - Parque Ibirapuera - Portão 10 São Paulo/SP - CEP: 04094-050 / Tel: (11) 3320-8900 de ter a dom das 10h as 17h - Entrada Gratuita www.museuafrobrasil.org.br