Editorial Prezados leitores e irmãos de fé, que as Sete Linhas da Umbanda e o nosso Pai Oxalá sigam iluminando a abertura e o decorrer de mais um ano de intensos trabalhos e realizações, frutificando e resplandecendo a nossa amada religião e os cultos afro em geral. Que seja mais um ano de muitos feitos em prol de nosso crescimento, e que sejam praticados grandes atos e desenvolvidas destacáveis ações transformadoras para o fortalecimento, valorização e ampliação do reconhecimento da Umbanda e das religiões de matriz africana como um todo. Que a caridade, a harmonia, a honestidade, a competência e a união componham o alicerce da nossa constante evolução. Que a perseverança, determinação, a solidarieda-
de e o espírito de superação estejam presentes na árdua, imprescindível e valorosa missão de difundir os ensinamentos do bem. Que o amor, a paz, a união, e o êxito regado a humildade e respeito ao próximo sejam o fruto indissolúvel do trabalho por nós concretizado. Que Oxalá ilumine o caminho de todos nós! Salve a Umbanda, que é amor e caridade, Salve Zambi! TE EXPEDIEN els B. Xenoktistakis i g n E r: iel Coradin Direto Arte: Dan ktistakis e d o ã ç e Dir eno ngels B. X rgo / Redator: E res: Adriano Cama o d ra Colabo inares e Ronaldo L Xenoktistakis Barros s Alexandro rídica: Alexandros Ju 6 a 0 P 182.1 Assessori r kis – OAB/Siadecaboclos.com.b Xenoktista e ld a l@ a rn contato: jo
Previsão Baralho Cigano Cartas: Navio, Crianças e lírios
Amor: Período excelente para renovar o relacionamento, colocar aquela pitadinha de pimenta na relação e renovar. Sair do comodismo da relação, ressaltar o lado positivo da pessoa amada, praticar elogios. Para quem está sozinho, fique atentos a novas paqueras, conhecer novas pessoas e se abrir para novos relacionamentos. Se você pretende fazer um passeio a dois, viagem é o momento ideal. Paz e harmonia conjugal é que reina nesse momento para sua relação afetiva. Para quem está sozinho, é momento de refletir, transformar e ir à luta com relação a sua felicidade. Profissional: - Financeiro- Entrando nessa fase de mudança, motivação, aproveite agora para organizar tudo o que você precisa no lado profissional, organize também seu lado financeiro para conseguir um bom progresso nesses aspectos. Se você está sem emprego, tranquilize-se e direcione nesse momento todos os seus objetivos e vá em busca, período bem favorável a novos caminhos.
Escola de Curimba Umbanda e Ecologia Formando os melhores mestres de curimba desde 1989
Um aspecto muito importante nesse período é que você tome cuidado com gastos impensados, por infantilidade ou impulsividade, pois estaremos atravessando um período propício a isso. Saúde: Você que pensa em aumentar a família, ótimo período de muita fertilidade. Para os homens um pouco de cuidado com a área da coluna ou parte óssea. Para as mulheres, parte hormonal e urinária. Crianças fiquem atentas a parte respiratória. Como temos a carta dos lírios, é o momento ideal para um bom relaxamento e meditação. Para você que quer uma previsão para o ano de 2013, agende agora mesmo a sua consulta. Carolina Amorim- Taróloga e Terapeuta Holística- 11- 984096944 ou 11 - 23694241 msn: esoterismoestreladooriente@hotmail. com ou www.facebook.com/esoterismo. estreladooriente
Congo Angola Ijexá Nagô Barra-Vento Venha aprender mais de 1000 pontos para voce tocar e cantar no seu terreiro para louvar seus orixás.
Rua Domiciano Ribeiro 442 - Bairro do Limão - V. Espanhola 6457-5473 7243-2406
Ano 2 número 23
página 3
Ano 2 número 23
página 4
Umbanda Legal
E O MUNDO NÃO ACABOU... O ano de 2012 foi marcado pela expectativa do “fim do mundo”. Para quem esperava um fim do mundo físico, com maremotos, terremotos, fogo, inundações, etc., nada aconteceu. Eu vi pessoas que realmente acreditavam nisso, e até fizeram abrigos; vi outras fazendo piada, achando graça, desdenhando. Realmente o mundo não acabou, mas ao longo da história constatamos que as civilizações passaram, reis foram depostos, heróis nasceram e morreram, milhões de vidas foram ceifadas por epidemias, inocentes foram mortos em guerras, mas o planeta Terra continua, e sempre vai continuar. Nós somos os convidados, e não os anfitriões. Nós é que somos passageiros. Nós é que nascemos, vivemos, morremos, às vezes deixando o mundo mais bonito, outras vezes mais feio... A tecnologia trouxe a interatividade, e com ela a distância, muitas facilidades, mas trouxe também a solidão e o individualismo. Na verdade, o mundo que conhecemos é a soma de bilhões de pequenos mundos. Cada um de nós tem seu mundo particular, sua história, seus sonhos, seus medos, alegrias e tristezas, e isso nos torna únicos e insubstituíveis. E a união de tudo isso forma o mundo que nós conhecemos. Pensando assim, o mundo acaba todos os dias... acaba quando os bons cruzam os braços, quando aceitamos a fome e a sede de nossos irmãos como coisas comuns. Acaba quando ignoramos o mendigo dormindo na rua, a criança órfã; quando, ao vermos uma tragédia, respiramos aliviados, afinal de contas, graças a Deus não é na nossa família, não é com quem amamos, é com os outros... Acaba quando achamos que somos donos da verdade, quando discutimos quem está com a razão, quando a intolerância religiosa domina o homem a ponto de
causar a violência, a segregação, o descaso e até mesmo o ódio. Acaba pelas preces que não fazemos, pela mão que não estendemos, pela ajuda que não oferecemos. Acaba quando nos lembramos de Deus somente nas horas de aflição; quando lembramos apenas de pedir, e nunca de agradecer. Acaba quando achamos suficiente ir à missa aos domingos, rezar um terço de vez em quando, orar antes de dormir; andar com a bíblia debaixo do braço; rodar no santo algumas vezes por ano; participar das giras e fazer oferendas por obrigação. Não, isso não é suficiente, precisamos de mais, o mundo precisa de mais. Precisamos mudar nosso padrão de consciência, vigiar nossos pensamentos, nos curvar diante daquele que nos criou, aceitar a vontade D’Ele e pedir que nos direcione, proteja e ampare. Precisamos parar de esperar que o outro mude, que o mundo mude, que as coisas se ajeitem sozinhas...não é responsabilidade dos outros, é de cada um de nós. Todos desejaram o tradicional “Feliz Ano Novo”, não é? Mas quem realmente vai fazer algo para que isso se torne realidade? Quem vai orar mais, vigiar mais, ajudar mais, estudar mais, trabalhar mais, evoluir mais? Quem vai deixar o preconceito e o julgamento de lado? Quem finalmente vai olhar o outro como seu irmão, e mais, ter a consciência de que já esteve ou poderá estar um dia no lugar dele? Quem de nós vai fazer algo para tornar o nosso mundo, nosso lar coletivo, um lugar melhor para se viver? Quem vai começar a procurar as respostas dentro de si mesmo, ao invés de aceitar o que é imposto por seus líderes? A luta entre o bem e o mal não vai acontecer num apocalipse teatral, com anjos descendo em nuvens e lutando com dragões com várias cabeças; ela já existe,
dentro de cada um de nós. Somos testados o tempo todo, e nossas escolhas é que vão determinar quem vencerá no final. Não, não existe paraíso, céu nem inferno, bandidos e mocinhos, certo e errado, bons e maus; existem escolhas e consequências. Que bom que o mundo não acabou...mas pode ter se encerrado um ciclo; a tão esperada colheita pode estar chegando; a separação do joio do trigo pode estar começando, afinal de contas, Ele não dorme. Que bom que o mundo não acabou, pois isto significa que temos uma nova chance, que podemos fazer diferente, podemos escrever um novo final para nossa história, a história de todos nós. Que bom que podemos ler os livros que não lemos, fazer o curso que não fizemos, dizer aquilo que ainda não dissemos, resolver as pendências que deixamos pra trás, dar o abraço que não demos. Quem sabe assim possamos viver cada dia como se realmente fosse o último, não por medo, mas por saber que estar aqui é uma oportunidade maravilhosa de crescimento e evolução. Que todos nós possamos fazer de 2013 um Feliz Ano Novo. Axé. Texto:
Mãe Valéria Siqueira Terreiro de Umbanda Pai Oxóssi, Caboclo 7 Flechas e Mestre Zé Pilintra Críticas e sugestões: t.u.paioxossi@hotmail.com valeriacrib@hotmail.com
Ano 2 número 23
página 5
Ano 2 número 23
página 6
Falando
de
Umbanda por Pai Ronaldo Lineares
HOMENAGEM A OXOSSE -SÃO SEBASTIÃO20 DE JANEIRO
Falando de Umbanda
SINCRETISMO RELIGIOSO A imposição da cultura branca ou negro recém escravizado, a obrigatoriedade de aceitação dos santos católicos que em nada se assemelhavam aos seus Orixás de origem levaram o ingênuo escravo a procurar pontos de concordância entre os seus principais Orixás africanos e os santos cultuados pelos católicos. Quando vemos a imagem de São Sebastião, vemos um homem seminu (caboclo?) amarrado a um tronco de árvore (mata?) e crivado de flechas (índios?). A única diferença destoante é um capacete romano geralmente depositado aos pés da imagem. O negro africano necessitava esconder seu otá (pedra sagrada) na base de uma imagem que, de alguma forma, lhe lembrasse o Orixá deixado na Pátria Mãe, a África, e, quem usa flechas e vive na mata conhece cada animal e os caça com auxílio do arco e flecha, é Oxossi. Consequentemente, o antigo centurião romano era o que mais se aproximava fisicamente do homem que vivia da caça e, por extensão, do próprio índio brasileiro (pouca roupa, arco, flecha e mata).
Embora hoje o sincretismo São Sebastião-Oxossi seja aceito em quase todo o Brasil, no passado e em lugares menos permeáveis, ainda se sincretiza Oxossi com Omulu Abadian. Em alguns dos candomblés da Bahia, sincretiza-se Oxossi com São Jorge. Em Cuba, Oxossi é cultuado com São Norberto, santo nascido em Xanten, na Alemanha, pelo ano de 1080, e falecido em 1134 em Magdeburgo, cidade da qual era arcebispo. Ossain, o Orixás das folhas, é cultuado como Orixá à parte no Candomblé e não tem equivalência na Umbanda, pois é absorvido pelas características de Oxossi. Na Bahia, Ossain é sincretizado ora com Santo Expedito, ora com Santa Luzia, em função de se tratar de um Orixá meta meta, parte do tempo masculino, parte do tempo feminino.
Pierre Verger (Orixás) nos diz que Ossain é divindade das plantas medicinais e litúrgicas. O nome das plantas, sua utilização e as palavras (ofò), cuja força desperta seus poderes, são os elementos mais secretos do ritual no culto aos deuses iorubás. O símbolo de Ossain é uma haste de ferro, tendo, na extremidade superior, um pássaro forjado; essa é cercada por seis outras dirigidas em leque para o alto. O elemento do Oxossi é o ar. Seus domínios são as matas, animais silvestres, caça e agricultura. Seu metal é o cobre, sua erva é a erva-doce e sua flor é a palma E, para encerrar deixamos aqui sua principal saudação: OKÊ CABOCLO! Pai Ronaldo Linares ‘o plantador de florestas’ federacaoabc@terra.com.br www.santuariodaumbanda.com.br www.casadepaibenedito.com.br
Ano 2 número 23
página 7
DOR E SOFRIMENTO... MOMENTO PARA REFLETIR E CRESCER.
O dia 27 de fevereiro será marcado por comemorações chorosas e doloridas das famílias que perderam seus entes queridos no incêndio da Boate Kiss em Santa Maria (RS). Essa dor irradiou-se pelo país inteiro como uma onda de terror, pois percebemos que nossas famílias estão todas tão vulneráveis quanto aquelas. Nossos filhos, netos, sobrinhos, etc. saem de casa para se divertir e não para morrer. Devemos sempre estar atentos e exigir provas de que os lugares que frequentamos está seguro. Só assim é que poderemos lutar contra um sistema corrompido que resolve as irregularidades na base ‘do por fora’. Mas hoje, em solidariedade as famílias profundamente machucadas, envio esta mensagem na tentativa de que seu sofrimento seja, apenas um pouquinho, diminuído: Morrer é voltar para casa... Ao chegar, a morte traz em sua bagagem mistérios, divergências e indagações. Quando o corpo fecha os olhos para a luz, o coração silencia e a respiração cessa. Terá morrido junto a essência humana? Logicamente não! O organismo voltará à Terra e restituiremos à natureza o que dela recebemos, mas o espírito jamais terá fim. Depois da morte existe a vida plena, pujante e encantadora porque cumprida mais uma jornada, seguem os espíritos para a pátria espiritual levando consigo os feitos acumulados em suas existências físicas. Somos seres imortais e o sopro que nos anima não se apaga com o toque da morte. Uma pequena prova dessa continuidade são as flores delicadas que nascem nas sepulturas. Aquele que buscou viver com ética e amor a morte é apenas o fim de um ciclo: a volta para casa. Com a consciência pacificada e o coração em festa, o homem de bem fecha os olhos do corpo físico e abre as janelas da alma com ética e amor. Os espíritos aportam no plano espiritual, nem anjos, nem demônios, apenas almas em aprendizagem despojadas de carne. As mesmas que eram antes. O desencarne não modifica seus hábitos e costumes, não lhes concede títulos e
nem conquistas. Não retira seus méritos ou realizações. Cada um se apresenta após a morte como sempre viveu. Apenas elevam-se para regiões diferentes e misteriosas, onde as leis que prevalecem são criadas por Deus. Mesmo os espíritos mais infelizes e até os voltados para o mal, não são esquecidos ou abandonados pelo auxílio Divino. Em toda parte e, sem cessar, os amigos espirituais amparam todos os seus irmãos, refletindo a Providência Divina. Parentes e amigos que já fizeram a passagem estarão lá para abraços calorosos, beijos de saudades e sorrisos de reencontro. Nesse dia as lágrimas regarão o solo dos túmulos e respingará nas flores, mas, haverá felicidade para o que foi em paz. Será descoberto um mundo novo, há muito esquecido, se sentirá amado e experimentará um amor poderoso e contagiante: O AMOR DE DEUS! Ao fechar os olhos para a vida material uma voz ecoará em sua alma, que dirá suavemente: - Vem, sê bem-vindo e volta à tua casa.
lhadas e sentir seu cheiro. Parece que perdemos uma parte de nós mesmas e que não vamos mais conseguir ficar aqui. Porém, como espiritualista, me sinto na obrigação de lembrar que a morte é tão somente um fenômeno orgânico e inevitável pois sabemos que a Lei Divina determina que tudo o que nasce, deve morrer. A morte espera-nos paciente e não sabemos quando a iremos encontrar. Nesse momento, alguns estarão mais preparados que outros. Ter essa consciência em relação a nós mesmos já é uma forma de adaptação para essa experiência, mas, quando falamos daqueles que amamos verdadeiramente, nos esquecemos por um tempo que estamos apenas vivendo o que para nós está reservado. O período do luto é muito importante, mas, não deixem que a revolta tome conta de seus corações. Eles deverão estar cheios de amor para que esses filhos não sofram pelo sofrimento de seus pais. Para que tenham leveza e paz para dedicarem-se aos ensinamentos Divinos.
Morrer, longe de ser o descansar eterno, é pura e simplesmente recomeçar a viver. Uma oportunidade de refletir, curar as chagas e evoluir espiritualmente. Na contabilidade Divina, a soma de ações nobres anula a coletânea equivalente de atos indignos. Todo amor dedicado ao próximo em serviço educativo à humanidade é degrau de ascensão.
O céu está em festa, cheio de alegria, espontaneidade e exuberância. Então, celebremos esse encontro de amor e regozijo. Quando eu era criança ouvia dizer que as pessoas que morriam viravam anjos e se chorássemos muito por elas, suas asas ficavam pesadas e elas não poderiam voar. Então, vamos pensar neles como anjos que precisam voar em direção ao Pai e deixá-los ir em paz.
A reencarnação é uma oportunidade bendita para a evolução do espírito. Chegamos a Terra abençoados para a luta diária no intuito do aprimoramento pessoal. Cada dia vivido é uma chance para adquirir os verdadeiros valores que resistem à própria morte.
Comecemos a semear o amor e o bem a partir de hoje para que, quando fecharmos os olhos nessa existência, possamos estar mais preparados e adaptados à nova vida e, assim, encontrarmos ainda mais rápido aqueles que amamos.
Que posso eu dizer às famílias enlutadas e com seus corações partidos senão que, como mãe, tenho ciência de quão aniquilante é a dor de ver um filho partir e perder seu convívio diário, ouvir sua voz, suas garga-
Babá Dirce P Fogo diretora espiritual da Casa de Pai Benedito (inspirado no texto de Divaldo Pereira Franco) www.santuariodaumbanda.com.br
Ano 2 número 23
página 8
Foto: Divulgação
Ervas na Aldeia por Adriano Camargo
PROSPERIDADE, ABUNDÂNCIA E FARTURA Salve turminha das ervas e do amor à Natureza. Abordar a prosperidade nos rituais, magia e principalmente na religião de Umbanda é um mito a ser desdobrado também. Muitos dirão que uma coisa não tem nada a ver com a outra, outros dirão que queremos comercializar a religião, enfim, ao negarem sua própria prosperidade espiritual, como querem fazer o bem ao próximo? Ou enxergam como sinônimo de prosperidade apenas dinheiro? Prosperar é multiplicar o que já trazemos em nós, como convicções e propósitos. Mitos, conceitos e preconceitos são o que mais encontramos nesse caminho. E como encontrar um caminho do meio? Como aliar o trabalho espiritual e a mediunidade com a prosperidade? Somos por definição seres prósperos. Seres humanos cuja natureza é o bem. Aquele que não está no bem, é porque ainda não compreendeu isso. Somos invadidos por uma torrente de informações motivadoras. Emails, propagandas, livros diversos sobre motivação e neurolinguística, e além de tudo isso, sobre oportunidades, prosperidade e sorte. Há uma grande contradição que diz que a sorte bate apenas uma vez à nossa porta. Se isso fosse verdade, seriamos condenados eternamente à pobreza, falta de sorte e outras coisas mais, pois
sempre estamos esperando uma confirmação das nossas intuições, ou das oportunidades que deixamos passar por acreditar que não estávamos preparados. Senso de prosperidade não combina com ambição desenfreada. A oportunidade não perdoa uma rejeição contínua e nem um apego escravizador. Equilíbrio, bom senso, ética, valores, inteligência emocional e moral, valem muito não só na busca, mas principalmente na manutenção da prosperidade e das oportunidades. Pensamento positivo. Parece fácil, não é? Muitos acreditaram que após O Segredo (livro e filme), surgiriam milhares de novos ricos, pessoas mais felizes, enfim, não foi o que vimos. Aliás, o surgimento de uma “nova crise” foi apenas o que ficou em evidência. É claro que não atribuímos essa crise mundial a “O SEGREDO”. E é realmente muito difícil, principalmente para nós ocidentais, nos concentrarmos num objetivo, como a proposta do livro. Eis as palavras: objetivo – propósito – meta. Para quem não sabe o que quer, qualquer coisa está bem. Qualquer coisa é bem vinda. Lidar com os aspectos naturais da prosperidade é observar que a abundancia está em toda a criação divina, basta que a gente se coloque a ela.
No estudo teológico da Umbanda, aprendemos que nossos Sagrados Pais e Mães Orixás são poderes da Criação Divina, manifestados religiosamente, naturalmente, espiritualmente, sincreticamente, etc. O uso dos elementos naturais é um fundamento nas religiões naturais e na Umbanda. As oferendas, sem dúvida nenhuma. Então o que falta para nós, praticantes de magia natural e umbandistas, para nos servirmos daquilo que temos a nossa mão, para alavancarmos vibrações que manterão nosso foco, estabilidade e força no caminho do sucesso espiritual e material? Crise e oportunidade andam juntas. Se você apenas olhar para a crise, verá apenas crise. Será que no conceito de amor e caridade da nossa filosofia de magia natural e Umbanda podemos ser bons apenas para os outros? É crime, pecado ou coisa parecida desejarmos prosperidade, oportunidade e abundancia para nós mesmos? Vocês estão apreensivos com a crise, com a situação mundial? Acreditam que a sorte e a felicidade fugiram de vocês? Estão errados! É preciso combater o desânimo, vencer a preguiça mental e física, persistir, não ligar para o possível e passageiro fracasso. Em vez disso, pensar no sucesso!
Ano 2 número 23
página 9
A necessidade é mãe da criatividade e muita vezes o trampolim do sucesso. O mundo mudou e a maioria de nós continua os mesmos. No passado, os jovens queriam mudar o mundo, agora querem mudar de celular ou computador, comprar um tablet, enfim, querem reciclar.
Louro - Laurus nobilis
É realmente um imã de energia material, catalisando assim o desejo de progresso e crescimento. Nós a associamos à vibração construtora, magnetizadora e iluminadora de Oxalá.
Algumas ervas nos ajudam nesse processo de magnetizar vibrações que nos colocam em sintonia energético vibratória com as oportunidades que levam á prosperidade e abundância. Podemos citar aqui o Girassol, as folhas e frutos do Cafeeiro (café), a Canela, o Cravo da Índia, a Erva Doce, a Nóz Moscada, o Louro, as folhas da Pitangueira (pitanga), as folhas e frutos do Romanzeiro (romã), o Abre Caminho e a Rosa Vermelha. Sucesso, saúde e muita prosperidade a todos! Adriano Camargo Erveiro da Jurema adriano@ervasdajurema.com.br www.erveiro.com.br Texto extraído do livro RITUAIS COM ERVAS – BANHOS, DEFUMAÇÕES E BENZIMENTOS
carregada na carteira durante o ano todo para que não falte dinheiro.
Energia leve, mas forte e potente na ação, pode ser usada em todos os preparos desse Pai Orixá, e nos preparos de todos os Orixás onde seja necessária uma ação intensa, de magnetismo firme e contundente para o propósito desejado. Erva tradicional no uso nas culturas e religiões antigas, os gregos, e depois os romanos já a usavam como condimento nobre e símbolo do sucesso, da sabedoria, da iluminação e da glória. Expressões como “os louros da glória” ou mesmo “laureado” que indica alguém homenageado ou premiado, tem origem nessa cultura. Os atletas e guerreiros eram adornados com essas folhas quando voltavam vitoriosos de suas pelejas. Essa erva de magnetismo atrator e material, masculina e forte por definição, é também associada à prosperidade. Indispensável nas celebrações de ano novo, é muito usada consagrada nessa ocasião e
Citamos energia masculina, pois traz firmeza de propósito, racionalidade e percepção reta, indicada como banhos e defumações para pessoas que viajam nas nuvens da imaginação e são pouco realizadoras.
Sinônimos populares: Loureiro, guacararaiba Indicações ritualísticas: firmar o magnetismo de outras ervas, firmeza de propósito, atração material, prosperidade, energia vital masculina Ação (verbos): Iluminar, crescer, construir, incentivar, atrair, firmar Cor energética: Verde cristalino Orixás principais: Oxalá e Oxóssi
Ano 2 número 23
página 10
Foto: Divulgação
Artigo
PELO FIM DA INTOLERÂNCIA RELIGIOSA Há 29 anos, no dia 25 de novembro de 1981, a Assembléia Geral das Nações Unidas (ONU) proclamava a “Declaração sobre a Eliminação de todas as formas de Intolerância e Discriminação com base em Religião ou Crença” (Resolução nº 36/55). Conhecer este importante instrumento internacional de direitos humanos e colaborar ativamente para sua efetivação é tarefa dos Estados, mas também da sociedade civil e de cada pessoa. Assim, é nosso interesse nesta breve artigo não mais do que trazer à lembrança este posicionamento. No preâmbulo da Declaração, a Assembleia da ONU reconhece que o conteúdo que estava promulgando é parte dos direitos humanos. Diz que “na Declaração Universal de Direitos Humanos e nos Pactos Internacionais de Direitos Humanos são proclamados os princípios de não discriminação e de igualdade diante da lei e o direito à liberdade de pensamento, de consciência, de religião ou de convicções”. Afirma que entende que “a liberdade de religião ou de convicções deve contribuir também na realização dos objetivos da paz mundial, justiça social e amizade entre os povos e à eliminação das ideologias ou práticas do colonialismo e da discriminação racial”, o que dá o conteúdo mais amplo no qual se interem os objetivos da Declaração.
A ONU também reconhecem que “o desprezo e a violação dos direitos humanos e das liberdades fundamentais, em particular o direito à liberdade de pensamento, de consciência, de religião ou de qualquer convicção, causaram direta ou indiretamente guerras e grandes sofrimentos à humanidade”. Também manifesta sua preocupação “com as manifestações de intolerância e pela existência de discriminação nas esferas da religião ou das convicções que ainda existem em alguns lugares do mundo” e, por isso, entende que devem ser tomadas “todas as medidas necessárias para a rápida eliminação de tal intolerância em todas as suas formas e manifestações e para prevenir e combater a discriminação pôr motivos de religião ou de convicções”.
religião ou as próprias convicções estará sujeita uni-
Neste espírito, a Declaração estabelece, em seu artigo 1º que “1. Toda pessoa tem o direito de liberdade de pensamento, de consciência e de religião. Este direito inclui a liberdade de ter uma religião ou qualquer convicção a sua escolha, assim como a liberdade de manifestar sua religião ou suas convicções individuais ou coletivamente, tanto em público como em privado, mediante o culto, a observância, a prática e o ensino. 2. Ninguém será objeto de coação capaz de limitar a sua liberdade de ter uma religião ou convicções de sua escolha. 3. A liberdade de manifestar a própria
fundada na religião ou nas convicções e cujo fim ou
camente às limitações prescritas na lei e que sejam necessárias para proteger a segurança, a ordem, a saúde ou a moral pública ou os direitos e liberdades fundamentais dos demais”. Observe-se que o conteúdo e o significado do direito reconhecido pela Declaração é abrangente e profundamente consistente. A mesma Declaração também prescreve os sujeitos a quem protege. O artigo 2º diz que “1. Ninguém será objeto de discriminação por motivos de religião ou convicções por parte de nenhum estado, instituição, grupo de pessoas ou particulares. 2. Aos efeitos da presente declaração, entende-se por “intolerância e discriminação baseadas na religião ou nas convicções” toda a distinção, exclusão, restrição ou preferência efeito seja a abolição ou o fim do reconhecimento, o gozo e o exercício em igualdade dos direitos humanos e das liberdades fundamentais”. Importante ressaltar também que a Declaração afirma, no artigo 3º, que “a discriminação entre os seres humanos por motivos de religião ou de convicções constitui uma ofensa à dignidade humana e uma negação dos princípios da Carta das Nações Unidas, e deve ser condenada como uma violação dos direitos
Ano 2 número 23
página 11
humanos e das liberdades fundamentais proclamados na Declaração Universal de Direitos Humanos e enunciados detalhadamente nos Pactos internacionais de direitos humanos, e como um obstáculo para as relações amistosas e pacíficas entre as nações”.
A Declaração também estabelece responsabilidades públicas no artigo 4º ao determinar que “1. Todos os estados adotarão medidas eficazes para prevenir e eliminar toda discriminação por motivos de religião ou convicções no reconhecimento, o exercício e o gozo dos direitos humanos e das liberdades fundamentais em todas as esferas da vida civil, econômica, política, social e cultural. 2. Todos os Estados farão todos os esforços necessários para promulgar ou derrogar leis, segundo seja o caso, a fim de proibir toda discriminação deste tipo e por tomar as medidas adequadas para combater a intolerância por motivos ou convicções na matéria”. Enfim, conhecer este importante instrumento de proteção da dignidade humana como forma de subsidiar a atuação pública e cidadã é fundamental. Nele, as convicções religiosas de cada pessoa estão protegidas pelas Nações Unidas. Ao mesmo tempo, também se pode encontrar neste instrumento subsídios para afastar todo tipo de obscurantismo, de intolerância e de fundamentalismo que em nada ajudam ao desenvolvimento das próprias crenças e religiões e menos ainda para a convivência pacífica e justa entre as pessoas. O texto completo da Declaração pode ser encontrado em português em www.direitoshumanos.usp.br. Por Paulo César Carbonari Fonte: http://cdhpf.org.br/artigo/pelo-fim-da-intolerancia-religiosa/ Artigo Publicado no ano de 2010
E S C O
T E
L A
Z
E
L
D
A
L U
TEMPLO ESCOLA UMBANDISTA LUZ ESMERALDA
L O
M
P
S M A R
E
Cursos: TEOLOGIA DE UMBANDA SAGRADA INÍCIO 20/03 - 20 HS MAGIA DIVINA DAS SETE ERVAS SAGRADAS INÍCIO 28/02 ÀS 20 HS MAGIA DIVINA DAS SETE CHAMAS ( FOGO) INÍCIO 23/03 ÀS 10 HS SACERDÓCIO DE UMBANDA SAGRADA INÍCIO 23/03 ÀS 13HS( AULA MENSAL) PORTAIS DE LIBERTAÇÃO: MÓDULO I : FORMANDO TURMAS - INÍCIO PREVISTO EM JULHO
email: luzesmeraldascs@yahoo.com.br
R. Senador Roberto Simonsem, 641, Centro, São Caetano do Sul SP Fone: 11- 97372-8383 Giras de atendimentos Sextas feiras ás 20 hs Trabalho de desenvolvimento mediúnico: segundas 20 hs Corrente médica espiritual gratuito: Primeira segunda-feira de cada mês às 20 hs
Ano 2 número 23
página 12
Foto: Divulgação
Artigo por Rubens Saraceni
A GERAÇÃO DE YEMANJÁ Olorun tem uma matriz geradora onde gera a vida em seu sentido mais amplo, pois nela são geradas todas as formas de vida. Dentro dessa matriz existem tantos “compartimentos” geradores de formas de vida quanto possamos imaginar, e ainda assim não chegamos à milionésima parte da sua capacidade de gerar formas de vida. Nossas mais bem informadas fontes revelam que até o plasma divino que deu origem aos Orixás foi gerado nela, fato esse que confunde um pouco intérpretes dos Orixás pois, como Yemanjá foi gerada por Olorun nessa matriz, então é atribuída a ela a maternidade dos Orixás. Mas o assunto é mais complexo do que parece ser e preferimos não elocubrar sobre algo que escapa á nossa imaginação e entendimento sobre o nosso Divino Criador Olorun. A verdade, segundo todas as fontes, é que Yemanjá foi gerada na matriz geradora da vida...e ponto final. Bom, de posse dessa informação confiabilíssima, Yemanjá é um Orixá que traz em si tantos mistérios que é melhor nem tentar quantificá-los, porque a vida tem tantos mistérios em si que seu número é infinito. O que importa é que todos saibam que, se a vida é gerada nessa matriz geradora e Yemanjá é a mãe Orixá gerada nela, então, em certo sentido, a lenda que lhe atribui a maternidade de diversos Orixás não está errada, pois eles, mesmo sendo seres divinos, são uma das muitas formas que a vida tem para fluir. Só que neles ela flui de forma divina, não é mesmo? Então, ela é de direito a mãe de todos, ainda que não o seja de fato, pois, na realidade, quem é a mãe de todos eles, que são vidas, é a matriz geradora de “vidas”.
Mas como todas as matrizes são suas realidades em si mesmas e a que a gerou é em si a realidade da vida, então Yemanjá, que a rege, é de fato a mãe da vida. Ou não? Bem, como o assunto é muito complexo e envolve elaboradíssimos conceitos teogônicos e metafísicos, então o melhor é simplificarmos as coisas para que possamos entender a importância de Yemanjá na criação ou na morada exterior de Olorun, certo? Inclusive, o homônimo nigeriano de Édipo, e que é Orungã, não resistiu ao desejo de possuir Yemanjá, fato esse que, na lenda nigeriana, levou-a a fugir dele e durante a fuga acabou sofrendo um acidente que abriu seus fartos seios, que... etc. etc. etc., sabem? Mas Exu, o mais bem informado dos Orixás, ainda que seja o mais indiscreto, revelou-nos que as coisas têm outra versão, tão intrigante quanto essa. E isso, segundo Exu, criou a mais humana das ciências, ainda que ela seja a mais inexata de todas, pois é a “Achologia”, e todos os que a adotaram e nela se formaram são chamados de “achólogos”. Fonte: Lendas da Criação. Rubens Saraceni. Ed. Madras (www.madras.com.br)
Olorum cria e gera em Si mesmo tudo o que existe e tem nesta Sua faculdade criativa e geradora uma de Suas qualidades, através da qual Sua gênese divina vai surgindo e concretizando-se, já como o meio e como os seres que nele vivem. A qualidade genésica do Divino Criador é a Fonte da Vida e das coisas que dão sustentação a ela. Olorum cria e gera em Si mesmo, e criou e gerou nessa Sua qualidade uma divindade criativa e geradora, que é essa Sua qualidade em si mesma.
Então surgiu Yemanjá, divindade unigênita gerada na qualidade criativa e geradora de Olorum, que a tornou em si mesma a Sua qualidade criativa e geradora. Ela é unigênita e por isso tanto gera em si quanto gera de si. Quando gera em si, dá origem à sua hierarquia de tronos da Criação e tronos da Geração, que são divindades que manifestam uma dessas duas naturezas de Yemanjá. Quando gera de si, ela irradia essa sua dupla faculdade, e quem a absorve torna-se criativo e gerador no aspecto da vida a que se dedicar. A lenda nos diz que Yemanjá é tida como a mãe de todos os orixás, e ela está relativamente certa, já que se algo existe é porque foi gerado. E, porque Yemanjá é em si mesma essa qualidade geradora do Divino Criador, então ela está na origem de todas as divindades. Mas as coisas de Deus não acontecem assim, e Ele, quando começou a gerar, já havia ordenado sua geração. Então Ogum já existia e ordenava a geração de Yemanjá. Oxum já existia e agregava o que ela estava gerando, etc. Bem, o caso é que Yemanjá é a “Mãe da Vida”, e como tudo o que existe só existe porque foi gerado, então ela está na geração de tudo o que existe. Ela tem nessa sua qualidade genésica um de seus aspectos mais marcantes, pois atua com intensidade na geração dos seres, das criaturas e das espécies, despertando em cada um e em todos, um amor único pela sua hereditariedade. O amor maternal é uma característica marcante dessa divindade da Geração e quem se coloca de forma reta
Ano 2 número 23
página 13
sob sua irradiação, logo começa a vibrar este amor maternal, que aflora e se manifesta com intensidade. Yemanjá, por ser em si a Geração, está na gênese de tudo como os próprios processos genéticos. E se a qualidade Oxum agrega, ou funde o sêmen e o óvulo, Yemanjá é o processo genético que inicia a multiplicação celular, ordenada por Ogum, comandada por Oxossi, direcionada por Iansã, equilibrada por Xangô, estabilizada por Obaluaiyê e cristalizada num novo ser por Oxalá. Viram como um orixá não dispensa a atuação dos outros e como todos são fundamentais e indispensáveis a tudo o que existe? Bem, Yemanjá, a nossa Mãe da Vida é por demais conhecida em alguns de seus aspectos. Mas em outros, é totalmente desconhecida. Ela, por ser em si mesma a qualidade criativa e geradora de Olorum, então gera de si duas hierarquias divinas: uma é regada pelo Trono da Criatividade, que gera em si mesmo essa qualidade e a irradia de forma neutra a tudo o que vive, tornando todos os seres, criaturas e espécies muito criativos e capazes de se adaptarem às condições e meios mais adversos; outra, é regida pelo Trono da Geração, que é em si mesmo a qualidade genésica do Divino Criador, e gera e irradia essa qualidade a tudo e todos, concedendo a tudo
e todos a condição de se fundirem com coisas ou seres afins para multiplicarem-se e repetirem-se. - minerais afins fundem-se e dão origem aos minérios; - elementos afins fundem-se e dão origem a novos elementais; - energias afins fundem-se e dão origem a novas energias; - cores afins fundem-se e dão origem a novas cores; - seres afins (machos e fêmeas de uma mesma espécie) fundem-se e dão origem a novos seres. Os tronos da Geração regem sobre este aspecto a gênese, e não só sobre o sexo. O campo desses tronos é tão vasto na vida dos seres e na criação divina, que os definimos melhor se simplesmente dissermos: “Os Tronos da Geração estão na gênese de tudo e de todos porque são uma das características de Yemanjá, que é em si mesma a Geração Divina”. Portanto, Criatividade Geração são os dois lados de uma mesma coisa: Gênese Divina! E Yemanjá as manifesta em suas duas hierarquias de tronos: os da Criatividade e os da Geração. Por ser a divindade da Criatividade e da Geração, Yemanjá está em todas as outras qualidades divinas, mas polariza com o Orixá Omulu e faz surgir a irradiação da Geração, que tem nele o recurso de paralisar
todo processo criativo ou gerativo que se desvirtuar, se degenerar, se desequilibrar, se emocionar ou se negativar. Yemanjá rege sobre a geração e simboliza a maternidade, o amparo materno, a mãe propriamente. Ela se projeta e faz surgir sete pólos magnéticos ocupados por sete Yemanjás intermediárias, que são as regentes dos níveis vibratórios positivos e são as aplicadoras de seus aspectos, todos positivos, pois Yemanjá não possui aspectos negativos. Estas sete Yemanjás são intermediárias e comandam incontáveis linhas de trabalho dentro da Umbanda. Suas orixás intermediadoras estão espalhadas por todos os níveis vibratórios positivos, onde atuam como mães da “criação”, sempre estimulando nos seres os sentimentos maternais ou paternais. Oferenda: velas brancas, azuis e rosas; champagne, calda de ameixa ou de pêssego, manjar, arroz-doce e melão; rosas e palmas brancas, tudo depositado à beira-mar. Água de Yemanjá para lavagem de cabeça (amaci): água de fonte com pétalas de rosas brancas e erva cidreira maceradas e curtidas por sete dias. Fonte: Doutrina e Teologia de Umbanda. Rubens Saraceni. Ed. Madras (www.madras.com.br)
Ano 2 número 23
página 14
Foto: Divulgação
Artigo
QUANDO O MÉDIUM VAI VIAJAR Muitos não sabem como proceder com suas firmezas e assentamentos nas férias, quando precisam viajar. Gostaria de esclarecer que existem algumas alternativas. Nesse período de férias, as velas podem ser substituídas por: • Pedras imersas em água mineral na quartinha ou em uma bacia de louça; • Um pote de barro com um pouco de terra e algumas sementes ou grãos; • Elementos simbólicos.
Orixás
Pedras
Sementes/Grãos
Elementos simbólicos
Oxalá
cristal, quartzo branco
canjica, arroz, trigo
cruz, cajado, chave
Oiá
quartzo fumê rutilado, sodalita
aniz estrelado, sementes de maracujá
espiral, ampulheta, espada
Oxum
quartzo rosa, pedra da cachoeira sementes de maça, cravo da Índia sem a pimenta
trevo, coração, gruta
Oxumarê
fluorita, cianita, sodalita
sementes de atemóia, sementes de pêssego
arco-íris, serpente, fita colorida
Oxóssi
quartzo verde, esmeralda
soja, milho, todas as semen- arco e flecha, ofá, eloquerê, tes e grãos penas
Obá
hematita, madeira petrificada
canela em pau, raiz, cipó
escudo, espada
Xangô
pedra do sol, pedra da cachoeira, olho de tigre, pirita
café em grãos
machado, pedra, pedreira
Egunitá
topázio, ágata do fogo
sementes de abóbora, lentilha
espada, cálice de cobre
Ogum
granada, hematita
feijão preto
capacete, escudo, espada, lança, âncora, corrente
Iansã
citrino, pedra enxofre, brita
feijão fradinho
espada, punhal, leque, raios, girassol, espelho, búzio, sabre
Obaluaiê
turmalina negra, pedra da cruz
olho de boi, sementes da fruta do conde, pipoca
cruzeiro, palha da costa, xaxará
Nanã
ametista
sementes de melancia, lágrimas de Nossa Senhora
cabaça, fechadura, moringa, iberi
Yemanjá
água marinha, madre pérola
sementes de melão
concha, estrela, areia do mar
Omulú
ônix preto
caveira, foice, cajado
Ano 2 número 23
página 15
DOUTRINA E CULTURA UMBANDISTA QUARESMA Muitos terreiros não trabalham na quaresma alegando que: - Os quiumbas estão soltos... - É perigoso porque os guias podem ser presos pelas forças do mal... - Que os espíritos pagãos podem desarmonizar os trabalhos... Chegam ao cúmulo de dizer que os “exus” ficam totalmente sem disciplina e que perdem suas forças na tronqueira... E eu pergunto: - Qual é o REAL fundamento em não trabalhar na quaresma, sendo que é um preceito católico, acrescido em nosso calendário por imposição do cristianismo no Brasil? Nós somos umbandistas, a nossa religião é fundamentada ao culto às Divindades. Possuímos nossos próprios fundamentos, nossa teologia, nossa doutrina e uma liturgia própria. “Toda religião tem na sua teologia os conhecimentos superiores que a define, que a amolda e a caracteriza, individualizando-a entre tantas outras religiões. A Umbanda reúne num mesmo espaço (a tenda) o culto às divindades naturais regentes do planeta (os orixás) e as práticas religiosas realizadas pelos espíritos que incorporam nos médiuns e dão consultas, orientações, esclarecem, cortam magias negras, afastam obsessores, desmancham trabalhos feitos(despachos), desenvolvem a mediunidade de pessoas possuidoras desse dom, falam em nome dos orixás (das divindades), são manifestadores de mistérios e dons, etc. Os fundamentos da Umbanda são: • Aceleração da evolução do ser por meio de ensinamentos doutrinários, mediúnicos, religiosos e espiritualistas; • Auxilio religioso e magístico; • Culto aos Sagrados orixás; • Integração do ser às hierarquias Divinas; • Esgotamento e transmutação do carma do ser. Como religião, a Umbanda oferece a seus fiéis tudo o que as outras oferecem e até um pouco mais. Como “via evolutiva”, reconduz às hierarquias naturais regidas pelos Orixás os seus filhos naturais que foram afastados de seus domínios, pois foram conduzidos para o estágio humano da evolução.” (texto extraído do livro: Doutrina e Teologia de Umbanda Sagrada de Rubens Saraceni Pág. 17 e 18. Capítulo 1.5). Sabemos que os trabalhos e atendimentos socorristas, dentro dos templos de Umbanda, não param, pois as equipes de trabalhadores (os espíritos) estão em atividades todos os dias, mesmo o terreiro estando fechado. Então, por que não perguntar aos guias chefes dos templos, se há necessidade de parar os trabalhos na quaresma?
Deus está todo o tempo e o tempo todo se manifestando e multiplicando em toda a sua magnitude na Criação, abrangendo seres, criaturas, plantas, animais, pessoas etc.
“Os 40 dias que vão da Quarta-feira de Cinzas até o Domingo de Páscoa, destinados, pelos católicos e ortodoxos, a penitência; Cumprir os preceitos religiosos quaresmais.”
Já se perguntaram se os Orixás só irradiam seus mistérios nos dias específicos escolhidos por nós? Eu costumo dizer que as Divindades de Deus não atuam somente no horário comercial, pois são mistérios de Olorum...
Por isso é que nós temos a responsabilidade de utilizarmos nossa própria codificação, ou seja, os umbandistas devem falar a mesma língua...
Maldades, coisas ruins, energias negativas sempre existiram e sempre existirão. No processo natural da criação de Olorum tudo que nos cerca neste plano da vida é DUAL, ou seja, dia e noite, luz e trevas, bem e mal, amor e ódio, masculino e feminino etc. Vamos ser umbandistas e crermos nos nossos próprios fundamentos, precisamos sim, de conhecimento doutrinário e elevarmos nossa religião, buscando aprimoramento nos estudos, descortinando a ignorância e a falta de humildade em não querermos aprender, alegando que já somos umbandistas há tantos anos que não precisamos estudar, é muito comum ouvirmos afirmações como esta: - Imagine “eu” não preciso de curso, sou médium há 18 anos, o que eu preciso saber, os guias ensinaram tudo. Já param para refletir a respeito deste pensamento? Quem é que precisa de aprimoramento espiritual e elevação, vocês ou os guias? Já param para pensar que os guias já estão evoluídos? Nós é que precisamos evoluir com as nossas próprias pernas, não utilizando os guias como muletas. Isso para mim é uma máscara de acomodação, é não querer mudar-se de dentro para fora... Bem, voltando ao assunto da quaresma, vejamos a definição do Dicionário Aurélio:
Até uns anos atrás, faltavam material escrito para nos orientarmos, os guias foram maravilhosos nos enviando nossa codificação. Agora eu lhes pergunto: - O QUE MAIS NOS FALTA? CORAGEM? HUMILDADE? Talvez alguns ainda queiram praticar a sua “Umbanda pessoal e diferente”, pois devem achar que ser exclusivo é o mais importante... UMBANDISTAS, FILHOS DE FÉ, VAMOS PRATICAR A UMBANDA! Um grande abraço Yalorixá Monica Berezutchi
Colégio Umbandista Luz Dourada Templo da Luz Dourada INSCRIÇÕES ABERTAS Magia das Sete Pedras Sagradas Segundas das 20h30 às 22h30 Início em Fevereiro (duração de 4 meses) Magia dos Sete Raios Sagrados Sábados das 18h às 20h Início em Março (duração de 4 meses)
WORKSHOP Portal de Luz do Pai Obaluaiê 24 de fevereiro das 14h às 20h Exu Mirim de Trabalho 07 e 14 de março das 20h30 às 22h30 Pomba Gira Menina de Trabalho 21 e 28 de março das 20h30 às 22h30
Avenida Vila Ema, 3593 (11)2302-4087 Atendimento Espiritual Gratuito às Sextas-feiras às 20h30 DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO Terças às 20h30 e Sábados às 15h Cursos à Distância • Doutrina e Cultura Umbandista • D.C.U. – Módulo Pai Oxalá
Ano 2 número 23
página 16
Foto: Divulgação
Artigo
ASCENÇÃO E QUEDA DE UM MÉDIUM Texto proferido por Pai Ronaldo Linares em 1969 no programa “Umbanda em Marcha” na extinta Rádio Cacique de São Caetano do Sul, este texto também faz parte da apostila do, 25 Barco de Babalaô, “Curso de Sacerdócio”, da Federação Umbandista do Grande ABC. Publicado no Jornal de Umbanda Sagrada em Setembro de 2006. Dizem que os fatos na história estão sempre se repetindo. Também na Umbanda observamos fatos, como a história do “Pai X”, que segundo contam, em sua juventude era dotado de privilegiada inspiração cósmica. Apesar de pouca instrução, possuía grande imaginação; falava como filósofo, podendo até prever acontecimentos futuros.
Sacerdote de Umbanda, abriu um Templo e teve
Tinha grande respeito às religiões e bastante inclinação para estudos místicos e religiosos.
exclusi¬vismo, considerava-se autônomo e único
Filiou-se, posteriormente, a algumas escolas e freqüentou várias religiões. Cursou algumas escolas de origem oriental, onde adquiriu algumas noções de misticismo.
das Leis, que exprimem o pensamento de Deus,
Ingressou no espiritismo e, por algum tempo, estudou com entusiasmo as instruções kardecistas. Mais tarde, ingressou na Umbanda, onde dizia ter se encontrado, pela ritualística, pela magia e encantamento. Revelou-se bom médium, realizando inclusive, curas com sucesso.
ilusão de crescer e subir. Muitos manuscritos de
Mais tarde, com a graduação de Babalorixá, ou
cósmico, em virtude da violação das Leis do Uni-
seus próprios discípulos. Ensinou de início algo que admitia, não era dele. Tornou-se conhecido e, passou a gostar da notoriedade e popularidade. Posteriormente passou a declarar que os ensinamentos eram seus, assim como todas as coisas que estava fazendo e dizendo. Pensava com
verso. Na ilusão de crescer e subir, ficou aprisionado em seu próprio desespero. Tornou-se uma vítima de suas obsessões e desencarnou após anos de terrível sofrimento íntimo. A vaidade, a tentação de procurar poder e a ânsia pela popularidade em ver-se chamado de mestre supremo, o levou à queda espiritual, material e física.
orientador espiritual capacitado, esquecendo-se dos Orixás. Violou a Lei do Amor Fraterno, invertendo a direção da verdadeira Lei da Espiritualidade na natureza altamente espiritual afir¬mam que não há pecado maior na matéria, do que a vaidade, filha dileta do egoísmo. Com esta atitude, Pai X foi decaindo, também na saúde um exemplo típico que foi rejeitado pelo
POIS QUEM SE FAZ DEUS, POR DEUS SERÁ PUNIDO. Será que o que aconteceu com o Pai X vem acontecendo em nossos dias? É necessário que se encare a doutrina como algo muito sério, principalmente o médium deve conscientizar de que é apenas um instrumento para servir as Leis do Universo e espirituais
Ano 2 número 23
página 17
A MAIOR E MAIS COMPLETA LOJA DE UMBANDA e CANDOMBLÉ DA ZONA SUL
TÁ BARATO DEMAIS!!! VELAS 7 DIAS
CONJUNTO POMBA-GIRA
ESTE ZÉ DE 2 METROS PODE SER SEU!!! POR APENAS R$
30
,00
O N° DA RIFA
12x
PARCELAMOS EM
SEM JUROS NO CARTÃO
FABRICAÇÃO PRÓPRIA: -VELAS -ROUPAS EM GERAL -CD’S E DVD’S CHAMA PRODUÇÕES -ARTIGOS CIGANOS -BANHOS LÍQUIDOS -ERVAS -PÓS DE MIRONGA
FABRICÃO PRÓPRIA
ATACADO E VAREJO LOJA 1
LOJA 2
AV.:YERVANT KISSAJIKIAN, 745 AV.:ENGENHEIRO GEORGE CORBISIER, 1009 VILA JOANIZA - PRÓX.SHOP.INTERLAGOS ABRIMOS TODOS OS DIAS AO LADO DO METRÔ JABAQUARA
11- 2503-6310 11-4323-3055 / 4324-3055 De 2ª à 6ª Feira das 8 às 20h 7769-7977 (Nextel) ID 84*112370 7769-5604 (Nextel) ID 84*112369 Sábado das 9 às 19h lojascasadocigano@bol.com.br Domingos e Feriados das 10 ás 14h WWW.CASADOCIGANO.COM.BR
Ano 2 número 23
página 18
Sempre na Memória
SESSÃO SOLENE COMEMORA O DIA NACIONAL DA UMBANDA A defesa da liberdade de culto e as críticas ao preconceito religioso marcaram a comemoração do Dia Nacional da Umbanda, em sessão solene realizada ontem na Câmara. O Dia da Umbanda (15 de novembro) foi instituído pela Lei 12.644/12, sancionada em maio pela presidente Dilma Rousseff. A lei teve origem no projeto 5687/05, do ex-deputado Carlos Santana (PT-RJ). A realização da sessão foi proposta pelo deputado Vicentinho (PT-SP). Ele leu mensagem do presidente da Câmara, Marco Maia, na qual lembra que a Constituição assegura a liberdade de culto, em respeito ao pensamento majoritário da sociedade brasileira. “Entretanto, vez por outra, ainda surgem aqui e ali lamentáveis manifestações de preconceito. É fundamental puni-las”, afirmou Marco Maia. O presidente da Câmara disse ainda que há mais de 400 mil adeptos da umbanda no Brasil, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e que essa religião preconiza a igualdade, a caridade e a união. Religião brasileira - Segundo Vicentinho, a umbanda é a mais genuína religião brasileira, alicerçada
nas práticas africanas e indígenas e resultado do sincretismo religioso com o catolicismo e o espiritismo. Ele condenou as perseguições do passado e do presente contra a umbanda e conclamou as pessoas a visitar terreiros. “Nosso povo precisa visitar terreiros, para ver como é bonita a manifestação de solidariedade e amor. Não há preconceito, todos são acolhidos. É por isso que é uma das religiões que mais crescem no Brasil”, afirmou. A deputada Erika Kokay (PT-DF) afirmou que “falar em umbanda é falar em amor, em solidariedade, em inclusão, pois o terreiro é de todos”. O deputado Amauri Teixeira (PT-BA) também defendeu a liberdade religiosa e disse que a umbanda é a matriz religiosa mais brasileira de todas. Já o deputado Jean Wyllys (Psol-RJ) afirmou que a Câmara está aberta a todas as manifestações ,principalmente à umbanda, que até hoje é estigmatizada. Selo - Durante a sessão, o vice-presidente jurídico dos Correios, Jefferson Guedes, lançou um selo e um carimbo em homenagem à umbanda, com a figura do criador do culto religioso, Zélio Fernandino de Moraes. FONTE: JORNAL DA CÂMARA Brasília, terça-feira, 13 de novembro de 2012 - Ano 12 Nº 2895
LEI Nº 12.644, DE 16 DE MAIO DE 2012 Institui o Dia Nacional da Umbanda. A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1o Fica instituído o Dia Nacional da Umbanda, que será comemorado, anualmente, em 15 de novembro. Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 16 de maio de 2012; 191o da Independência e 124o da República. DILMA ROUSSEFF Anna Maria Buarque de Hollanda Luiza Helena de Bairros
Ano 2 número 23
página 19
A UMBANDA PEDE RESPEITO E FIM AO PRECONCEITO Fonte: www.vicentinho.com
A Câmara realizou, dia 12/11, sessão solene em homenagem ao Dia Nacional da Umbanda. Participaram representantes de diversas entidades umbandistas do ABC Paulista, da Baixada Santista e do DF, além de representantes do Governo Federal e do GDF. Na ocasião, foi realizada o oblituração do selo comemorativo ao evento, com a participação do Vice-Presidente dos Correios. Segundo Vicentinho, a Umbanda agora tem o seu dia nacional reconhecido oficialmente, pois a nossa Presidenta da República, a companheira Dilma Rousseff, sancionou a Lei 12.644/12 que decreta o Dia Nacional da Umbanda, a ser comemorado anualmente, em 15 de novembro.
O documento foi sancionado a partir do Projeto de Lei 5687/2005, apresentado pelo companheiro Carlos Santana, então deputado federal pelo PT do Rio de Janeiro, que propõe em sua justificativa, o direito constitucional à liberdade de crença e o livre exercício dos cultos religiosos, conforme o inciso VI do art. 5º da Constituição. Além de defender a valorização, a origem e a difusão da religião umbandista no país por tratar-se de uma religião genuinamente brasileira. Mas foi somente em 2010, que o Senado apro-
vou a proposta convertida para o Projeto de Lei da Câmara, número 187/2010. Sendo preciso, portanto, cinco anos de debates e discussões, ouvindo a todos, para que a proposta fosse definitivamente aprovada. O retrospecto legislativo referente à Umbanda, aqui na Câmara, é muito antigo. Existiram proposições, em reconhecimento a terreiros de umbanda, desde 1958. Também em 1986 tramitou outro projeto do então deputado Agnaldo Timóteo, instituindo o Dia Nacional da Umbanda, que foi arquivado.
Ano 2 número 23
página 20
Foto: Divulgação
Evento
DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA No dia 20 de novembro 2012, a Escola de Curimba Caboclo Girassol, prestou uma singela homenagem na Câmara Municipal de Taubaté em comemoração ao Dia da Consciência Negra. Homenagem esta que foi presidida pelo Exmo Sr. Vereador Luizinho da Farmácia e pela oradora Exma Sra. Vereadora Prof. Pollyana, que em sua fala destacou a importância da data, da desigualdade social e do preconceito que os negros ainda sofrem nos dias de hoje. Também fez uso de sua fala a Presidente da CECCAB (Centro de Estudos Cultural Comunitário Afro Brasileiro) Dona Zenaide, que refletíssemos sobre o preconceito e discriminação racial, que não é exclusivo da população negra, mas sim da sociedade como um todo, e se quisermos ter um país mais igualitário, temos que combater todo e qualquer tipo de preconceito. Foram homenageados neste dia o Sr. ANTONIO JOSÉ DOS SANTOS, nascido em 12 de fevereiro de 1930, natural de Petrópolis RJ e sua esposa Dona MARIA APARECIDA SOUZA SANTOS, nascida em 21 de fevereiro de 1935, natural de Ponte Nova MG. Após a homenagem o Sr. Antônio também proferiu suas lindas palavras:
“SER NEGRO NÃO SE RESUME NA QUESTÃO DE PELE, NÃO SE RESUME NA QUESTÃO DE CABELOS CRESPOS. SER NEGRO É SENTIR-SE NEGRO, NUM PAÍS MIXIGENADO, ASSUMIR SUAS RAÍZES. SER NEGRO É TER CORAGEM, ATITUDE. SER NEGRO É LUTAR PARA SER IGUAL NAS DIFERENÇAS, ACREDITAR QUE NÃO É INFERIOR A NINGUÉM. SER NEGRO É SER HUMANO “ . Após tantas palavras lindas que nos chama de volta a realidade e, que muitas vezes deixamos passar despercebido, a Escola de Curimba Caboclo Girassol agradeceu a oportunidade de poder estar prestando esta singela homenagem cantando uma das músicas da imortal Clara Nunes, o “CANTO DAS TRÊS RAÇAS“. Parabéns a todos nossos irmãos Afro-brasileiros, que trouxeram suas culturas para nosso amado Brasil, e que através delas não temos como negar nossas raízes.
Ano 2 número 23
O maior santuário ao ar livre da América Latina página 21
SANTUÁRIO NACIONAL DE UMBANDA
Santuário dos Orixás
Imagem de Oxossi restaurada Abertura do ano espiritual
Reserve sua área!
Faça uma excursão e venha conhecer! Loja
Oferendas e Trabalhos
Conheça os livros de Pai Ronaldo Linares
Amplo estacionamento, Lanchonete, Loja de Artigos Religiosos, Locais para trabalhos e oferendas. Como chegar no Santuário De ônibus: Existe uma única linha de ônibus que vem até o Santuário. A boa notícia é que temos um ponto de ônibus bem em frente à Portaria. Esta linha chama-se LINHA 26 - BARALDI e passa em frente aos seguintes terminais: Terminal do Paço Municipal de São Bernardo do Campo Terminal Ferrazópolis de São Bernardo do Campo Se você estiver na cidade de São Paulo, a melhor alternativa é dirgir-se à Estação Jabaquara do Metrô. Lá, pegue um Trólebus que venha até o terminal Ferrazópolis de São Bernardo do Campo. Em frente ao terminal, pegue o Linha 26 - Baraldi.
www.santuariodeumbanda.com.br federecaoabc@terra.com.br
Estrada do Montanhão 700 - Pq. do Pedroso - Santo André - SP
(11) 4338-0946 / 4238-5042 / 4338-0261
Ano 2 número 23
página 22
Fotos: Divulgação
Amor ao Próximo
LAR DONA COTINHA O Lar Dona Cotinha é uma instituição que tem por finalidade atender crianças e adolescentes de ambos os sexos, na faixa etária de 0 a 18 anos, em caráter excepcional e provisório, afastados do convívio familiar por impossibilidade do cumprimento das obrigações das mesmas, visando posterior retorno à família de origem ou substituta. Sua conduta e cultura estão embasadas nos seguintes pilares: Missão: Zelar pela criança e pelo adolescente em situação de risco social ou familiar, contribuindo para o seu desenvolvimento humano, bio psico-social e integração comunitária, por meio de atividades culturais e artísticas que resgatem a auto-estima e o fortalecimento dos vínculos familiares. Visão: Promover o desenvolvimento de crianças e adolescentes conscientes, autônomas e resilientes, com base em seu potencial criativo, buscando seu retorno à vida familiar e comunitária. Valores: Ética, Respeito, Carinho, Solidariedade, Confiança, Honestidade, Responsabilidade e Coragem. “Você pode sonhar, criar, desenhar e construir o lugar mais maravilhoso do mundo... Mas é necessário ter pessoas para transformar seu sonho em realidade...“ Walt Disney HISTÓRICO Dona Maria Felipe da Silva, conhecida como “DONA COTINHA”, foi uma senhora de origem humilde, que dedicou toda sua vida em ajudar ao próximo. Era uma senhora parteira que atendia suas parturientes sem recursos, aliviando suas preocupações
e acalentando as dores do momento. Tinha ainda, a preocupação em atender as crianças, adolescentes e seus familiares desorientados com problemas sociais aconselhando-os e mostrando-lhes os caminhos para uma vida honrosa. Sua casa sempre tinha abrigo para alguém que estivesse desamparado procurando um auxílio. Mas como sempre a vida nós traz momentos difíceis, Dona Cotinha faleceu em 1989. Sua filha Maria Graça Luiza Usui, conhecida como “Mara”, trouxe consigo uma experiência familiar e com o falecimento de sua mãe, e seu pai que era um senhor órfão que foi ajudado por uma senhora que o fez ser um homem digno resolveu dar seguimento ao trabalho o qual ela tinha afinidade e também concretizar e continuar com o sonho de sua mãe que era poder oferecer assistência as crianças e adolescentes que por algum motivo ficaram sem o apoio necessário para sua sobrevivência, oferecendo-lhes um espaço que pudesse suprir essa necessidade e os auxiliassem no seu desenvolvimento. Em 22/05/1992, Mara juntamente com o seu esposo Sr. Kiyoshi Usui, conhecido como Léo que também tinha um desejo em adotar uma criança e o casal resolveu juntos fundar o LAR DONA COTINHA na casa onde Dona Cotinha morava localizada a Rua Dr. João Batista de Lacerda, no bairro da Mooca atendendo inicialmente 12 crianças. Conforme o número foi aumentando sentiram a necessidade de mudarem (1995) para uma casa maior localizada na Rua Guaimbé no bairro da Mooca mesmo, onde foi estendido o número de atendimento para 20 crianças, sempre buscando manter a entidade em consonância com a ECA (Estatuto da Criança
e do Adolescente), bem como relacionamento com os órgãos representantes e esferas governamentais (Conselho Tutelar, Conselho Municipal, Estadual e Federal, Fóruns e Secretarias). Em 1997 conseguiram um terreno em concessão de uso da Prefeitura Municipal de São Paulo onde Mara e Sr. Léo venderam sua casa e iniciaram a construção da sede própria juntamente com os membros da Diretoria e voluntários. A construção cresceu a cada dia, bem como o número de abrigados e os trabalhos oferecidos. Foi um período de muita luta e desafios, pois reeducar crianças e adolescentes vítimas de risco social é muito difícil, pois esse tipo de trabalho envolve muito amor em primeiro lugar, porque acreditamos em mudanças e o futuro deste país depende das crianças de hoje que se forem orientadas a tempo conseguirão ser um cidadão respeitado. Enfim assim surgiu o LAR DONA COTINHA, abrigo que hoje atende 25 crianças e adolescentes na unidade I e 22 crianças e adolescentes na unidade II dando a assistência necessária ao desenvolvimento e também são tratados com muito amor e carinho por toda a equipe de funcionários e voluntários. Lar Dona Cotinha Rua Messias de Pina, 77 – Mooca – São Paulo CEP: 03162-090 - São Paulo - SP Tel. (11) 2692.0565 / 2292.1806 Contato: larcotinha@ig.com.br ; contato@lardonacotinha.com.br www.lardonacotinha.com.br
Ano 2 número 23
página 23
Tenda de Umbanda Caminhos de Aruanda Aldeia do Caboclo Tupinambá Todos estão convidados a participarem das nossas atividades. Sejam bem vindos a Aldeia do Sr. Tupinambá. Pai Cristiano D´Oxosse
11- 2765-6908
Rua Morro do Espia, n 218 - Altos - Jardim Imperador São Paulo - SP - Tel: (11) 9947-5097
Avenida Vila Ema, 3248- Vila Ema São Paulo/SP
Tel 2604 5524 / 85641207
informativofenug.blogpost.com AMOR UMBANDA
PAZ
CANDOMBLÉ
UNIÃO
Email-silvio.humberto@hotmail.com
T.U OGUM MEGÊ CABOCLO FLEXEIRO E BAIANO ZÉ DO COQUINHO
ORDEM
A FOUCESP – Federação Ordem de Umbanda e Candomblé do Estado de São Paulo é uma entidade religiosa, gerenciadora e protetora dos direitos e deveres da comunidades de Umbanda e Candomblé federacaofoucesp.blogspot.com Avenida imperador 4790,pq guarani Tel.: 11 4102-1687/ 4102-2216 8558-3557
Sessões às sextas-feiras, a partir das 20:00 horas. Orientação espiritual do Babalorixá Luciano ty Ogun.
Rua Professor Alberto Levy, n° 6 - Bairro Vila Leonor
Tel.: (11) 2218.2790
Quintas-feiras: