Ano 1, nº07 - junho de 2011 - 20.000 exemplares
Um grito de liberdade! Veja como foi o Segundo Festival de Curimba em homenagem aos 12 anos da Aldeia de Caboclos
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Não esqueça esta data!
Mais detalhes na página 22
Escola de Curimba Umbanda e Ecologia
Grupo Emoriô
Escola de Curimba Umbanda e Ecologia
Escola de Curimba Aldeia de Caboclos - Louvando Iansã
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O Fenomenal Festival de Curimba ocorreu com extremo sucesso, harmonia e com uma alegria contagiante no dia 29/05/2011, no Clube de Regatas Tietê na cidade de São Paulo, sendo organizado com incrível dedicação de forma exemplar pela Escola de Curimba e Arte Umbandista Aldeia de Caboclos, tendo como seu idealizador nosso prezado irmão umbandista Engels B. Xenoktistakis (Engels de Xangô).
cante Festival a Curimba da Escola Tambor de Orixá liderada pelo nosso querido Ogan Severino Senna, a Curimba da APEU homenageando os sábios Pretos Velhos, o Grupo Tupã Oca da Cabocla Angaraí dos Raios com o Projeto voltado às crianças e o Ogan Benedito.
O evento contou com uma grande mostra de cultura indígena proporcionada por membros da Aldeia Kariri, que expuseram sua arte através de objetos confeccionados em sua aldeia e por meio de suas características apresentações de canto e dança.
Fraternamente, Escola de Curimba de Arte Umbandista Aldeia de Caboclos
O fantástico público presente, cerca de 1.500 pessoas, vibrou com as magníficas apresentações de Curimba realizadas ao longo do evento, sendo estas seguidas de belíssimas coreografias. Participaram deste tão esperado evento os seguintes Grupos e Escolas de Curimba: Escola de Curimba Umbanda e Ecologia, Escola de Curimba Caboclo Girassol, Escola de Curimba Umbanda Razão Para Viver, Escola de Curimba Filhos de Umbanda, Escola de Curimba Caboclos Tupinambá e Pai Joaquim de Minas, Escola de Curimba o Toque de Aruanda, Grupo Emoriô, Grupo Filhos Da Aldeia, Grupo Luz da Lei, Grupo Filhos do Cacique, Casa de Caridade Caboclo Pedra Vermelha, Templo Vinha de Luz, Tumobs e Sandro Bernardes. Parabéns a todos participantes pela garra, empenho e maestria de suas apresentações! destaques especiais para Escola de Curimba Umbanda e Ecologia grande vencedora do Festival e para Escola de Curimba Caboclo Girasol pelo belo desempenho seguindo ponto a ponto a 1ª colocada! A Escola de Curimba Aldeia de Caboclos mais uma vez contagiou a todos com empolgantes apresentações, e dentre elas destacamos uma das marcas da Escola alicerçada na espiritualidade que é o ponto de Pai José de Aruanda - “Um Grito de Liberdade”, bem como a nova e irradiante apresentação da Aldeia de Caboclos em homenagem a Mãe Iansã, tendo como intérprete Ivone d’Oxum, apresentações estas que foram acompanhadas sob forte emoção por todos os presentes. Ressalta-se ainda um momento de muita descontração e empolgação dos animados espectadores, qual seja, a apresentação do Projeto Dança na Aldeia dirigido por Alexandre da Aldeia de Caboclos. Foi entusiasmante ver a platéia reproduzir a irreverente, descontraída e bela coreografia desenvolvida no palco. Também se apresentaram engrandecendo o mar-
O nosso Muito Obrigado, um forte abraço no coração de todos e já na expectativa para o próximo Grande Festival de Curimba da Aldeia de Caboclos!
CLASSIFICAÇÃO GERAL DO 1º AO 7º LUGAR NESTE GRANDE FESTIVAL 1º Escola de Curimba Umbanda e Ecologia 2º Escola de Curimba Caboclo Girasol 3º Grupo Emoriô 4º Escola de Curimba O Toque de Aruanda 5º Escola de Curimba Filhos de Umbanda 6º Grupo Filhos da Aldeia 7º Escola de Curimba Razão Para Viver
PREMIAÇÕES POR CATEGORIA. DO 1º AO 5º LUGAR MELHOR TORCIDA 1º Grupo Emoriô 2º Sandro Bernardes 3º Grupo Filhos Da Aldeia 4º Escola de Curimba Umbanda Razão Para Viver 5º Escola de Curimba Umbanda Ecologia MELHOR COREOGRAFIA 1° Escola de Curimba Caboclo Girassol 2° Escola de Curimba Umbanda E Ecologia 3° Grupo Emoriô 4° Escola de Curimba Filhos de Umbanda 5° Escola de Curimba Caboclos Tupinambá e Pai Joaquim de Minas
3º Escola de Curimba O Toque de Aruanda 4º Grupo Emoriô 5º Escola de Curimba Filhos de Umbanda
GRANDES PRESENÇAS DESTACADAS DENTRE OUTRAS Equipe do Vereador Quito Formiga Vereador Cláudio Prado Sérgio Fontes Diretor da Aueesp Doutora Juliana Ogawa Membro da Comissão de Liberdade Religiosa da Oab/Sp Adriano Camargo - O Erveiro da Jurema Alexandre Cumino- Jornal Umbanda Sagrada Mãe Cidinha do Primado do Brasil Genildo do Instituto Tiradentes Nilo Massone – Presidente da Associação de Umbanda e Candomblé de Atibaia E Região
JURADOS DO GRANDE FESTIVAL Allan Barbieri Rádio Toques de Aruanda Luis Tadeu Cavaleiros da Ordem Babalorixá Marcelo de Logunede Fernanda Marques XenoktistakisEscola de Curimba Aldeia De Caboclos Gilvania Santos Silva Coreógrafa Profissional Pai Aguirre Um dos Grandes Decanos Da Umbanda Sandra Santos Diretora da Aueesp Pai Rogério Alves Grupo Aruanã Marcelo Fritz Diretor do Festival Atabaque De Ouro E Do Jornal Icapra Ogan Severino Senna Presidente da Escola De Curimba Tambor De Orixá
MELHOR INTÉRPRETE
Luis Decaro Músico Profissional - Estúdios Spectrum
1º Escola de Curimba Umbanda e Ecologia 2º Grupo Emoriô 3º Escola de Curimba Filhos de Umbanda 4º Escola de Curimba Caboclos Girassol 5º Escola de Curimba O Toque de Aruanda
Ricardo Bauer Músico e Presidente da Fabrica De Atabaques Bauer
MELHOR MÚSICA E LETRA 1º Escola de Curimba Caboclos Girassol 2º Escola de Curimba Umbanda e Ecologia 3º Grupo Emoriô 4º Escola de Curimba Umbanda Razao Para Viver 5º Escola de Curimba O Toque de Aruanda MELHOR CURIMBA 1º Escola de Curimba Umbanda e Ecologia 2º Escola de Curimba Caboclo Girassol
Ogan Juvenal União de Tendas de Umbanda e Candomblé do Brasil Rafael Marques Escola de Curimba Aldeia de Caboclos Sandro Mattos A.P.E.U Agradecimentos Especiais aos Patrocinadores do Evento: Bauer Percussion, Casa de Velas Santa Rita, Imagens Bahia, Flora Xangô, A.U.E.E.S.P (Associação Umbandista e Espiritualista do Estado de São Paulo, SANU(Santuário Nacional da Umbanda), Rosset Produções, Escola de Curimba Tambor de Orixá e Cavaleiros da Ordem – Portais de Libertação.
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Templo Vinha de Luz
Escola de Curimba Caboclos Tupinambá e Pai Joaquim de Minas
Tumobs
Escola de Curimba Caboclo Girasol
Escola de Curimba Caboclo Girasol
Casa de Caridade Caboclo Pedra Vermelha
Aldeia de Caboclos - Hino à Umbanda
Escola de Curimba Tambor de Orixá
- Aldeia de Caboclos - Saudando os Pretos Velhos
APEU
Escola de Curimba Umbanda Razão Para Viver
Sandro Bernardes
Templo da Luz da Lei
Escola de Curimba Filhos de Umbanda
Grupo Filhos da Aldeia
Grupo Filhos do Cacique
Crianças do Tupã Oca da Cabocla Angaraí dos Raios
Escola de Curimba o Toque de Aruanda
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Editorial
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Prezados irmãos de fé e leitores, após a ocorrência na cidade São Paulo, no dia 29 de maio de 2011, do Grandioso 2º Festival de Curimba Aldeia de Caboclos “Um Grito de Liberdade”, importante salientar que através de mais este destacado evento do Universo Umbandista percebemos a relevância agregadora do retorno dos Festivais. Pois, os Festivais de Curimba sempre foram uma grande marca de união, talento e de forte expressão de nossa religião, grande marca esta que por um tempo ficou um pouco esquecida, mas que nos últimos anos tem se renovado e vem conquistando um excelente e harmônico espaço novamente. Fato este que engrandece e enobrece ainda mais a Nação Umbandista. Os festivais de Curimba se apresentam como uma grande fonte de união, divulgação e fortalecimento de nossas tradições e, igualmente, são uma eficaz forma de conhecermos novos talentos, de apre-
ciarmos a beleza das altamente criativas coreografias relacionadas aos Orixás e de semearmos um valioso e produtivo terreno para os ativos e exemplares Umbandistas de amanhã. Isto é, cultivarmos firmes ao nosso lado as nossas crianças que nos acompanham em vibrantes eventos como este e que desde já se empolgam, participam efetivamente e embelezam com sua pureza e alegria os nossos trabalhos e as nossas constantes atividades. Por tais motivos, é sempre válido e salutar ressaltar a importância da maciça presença dos nossos irmãos de fé nos mais distintos e diversos eventos que envolvam a nossa religião de alguma maneira, bem como é crucial dar todo suporte, amparo e estimular com propriedade, carinho e atenção a participação de nossas crianças nas referidas atividades. Desta forma estaremos construindo verdadeiramente um futuro de maior valor, harmonia e respeito perante toda a sociedade para a nossa
amada Umbanda e para os Cultos Afro-Brasileiros como um todo. Que Oxalá ilumine o caminho de todos nós! Salve a Umbanda, que é amor e caridade, Salve Zambi! Alexandros Barros Xenoktistakis EXPEDIENTE Diretor: Engels B. Xenoktistakis Direção de Arte: Daniel Coradini Redator: Engels B. Xenoktistakis Colaboradores: Adriano Camargo / Ronaldo Linares e Alexandros Xenoktistakis Assessoria Jurídica: Alexandros Barros Xenoktistakis – OAB/SP 182.106
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Dois Prefeitos, dois Partidos e um só Interesse: Impedir o Fechamento da Estrada do Montanhão Falando de Umbanda No último dia 28 de abril estiverem juntos no SANTUÁRIO NACIONAL DA UMBANDA os prefeitos de Santo André (Dr. Aidan Ravin – PTB) e de São Bernardo do Campo (Luiz Marinho – PT) na tentativa de impedir o fechamento da Estrada do Montanhão. Solicitado por uma ação judicial que pede o fechamento desde a década de 90, em detrimento de mais de 200 famílias que habitam no Bairro Baraldi, bem como a dificuldade de acesso para toda a família umbandista que utiliza regularmente o SANTUÁRIO. Em reunião entre Pai Ronaldo Linares e os prefeitos ficou acordada uma reunião com o Ministério Público para solucionar o problema.
Pai Ronaldo Linares entre os prefeitos de Santo André e de São Bernardo do Campo caminhando em direção ao Vale dos Orixás no SANTUÁRIO NACIONAL DA UMBANDA
- “Vamos marcar uma reunião com a Promotoria e discutir as viabilidades para a Estrada do Montanhão, sempre pensando no bem-estar das famílias que dependem desse trajeto”, disse Aidan. - “Temos que achar uma alternativa ao fechamento. Mas abrir outra estrada de acesso é mais danoso ao meio ambiente do que manter a via acessível”- comentou Luiz Marinho em relação à sugestão dada pela Promotoria para que se fizesse um novo acesso. Durante a visita o prefeito Aidan entregou ao Pai Ronaldo a permissão para a colocação da imagem de Oxalá que está sendo confeccionada no próprio SANTUÁRIO. Fonte: Diário do Grande ABC Caderno Setecidades (29 de abril de 2011)
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mais compromissados com a espiritualidade. O espírito Emmanuel exemplifica bem esta afirmativa, quando relata no livro que leva o seu nome: “Os médiuns, em sua generalidade, não são missionários na acepção comum do termo; são almas que fracassaram desastradamente, que contrariaram, sobremaneira, o curso das leis divinas, e que resgatam, sob o peso de severos compromissos e ilimitadas responsabilidades, o passado obscuro e delituoso.
Reforma Íntima
M e d i u n i d a d e
“A MAIOR MEDIUNIDADE QUE UM HOMEM PODE DESENVOLVER É A CAPACIDADE DE AMAR”
Natallia Wigg O termo “médium” foi cunhado por Alan Kardec no século XIX, e deriva do latim “mediare”, que significa intermediário ou mediador. Uma das mais clássicas e concisas definições de mediunidade encontra-se no Livro dos Médiuns, onde Kardec relata: “Todo aquele que sente num grau qualquer, a influência dos espíritos é, por este fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, privilégio exclusivo, donde se segue que poucos são os que não possuem um rudimento dessa faculdade. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns”. Mediunidade é uma luz, Que no médium resplandece, Quanto mais ele se apaga, Mais ela fulgura e cresce. Formiga. Vamos encontrar nas palavras do doutor Sergio Felipe de Oliveira uma definição mais contemporânea deste termo, segundo ele: “Mediunidade é um atributo biológico, que acontece pelo funcionamento da pineal, que capta o campo eletromagnético, através do qual, a espiritualidade interfere e os transforma em estímulos eletroneuroquímicos”...
O seu pretérito, muitas vezes, se encontra enodoado de graves deslizes e de erros clamorosos. Quase sempre, são espíritos que tombaram dos cumes sociais, pelos abusos do poder, da autoridade, da fortuna e da inteligência, e que regressam ao orbe terráqueo para se sacrificarem em favor do grande número de almas que desviaram das sendas luminosas da fé, da caridade e da virtude. São almas arrependidas que procuram arrebanhar todas as felicidades que perderam, reorganizando, com sacrifícios, tudo quanto esfacelaram nos seus instantes de criminosas arbitrariedades e de condenável insânia”. Emmanuel. O médium que se proclama Missionário do mais alto, Ao andar, pisando nuvens, Do sapato quebra o salto... Formiga.
Mediunidade pode ser definida em apenas uma palavra: “Sintonia”. Toda vez que entrarmos em contato com energias mais sutis, que estão além dos cinco sentidos físicos e registrarmos, com maior ou menor sensibilidade, a presença destas forças, estaremos exercendo a função de médiuns. Mediunidade sublime, À qual se deve aspirar: Dar de si mesmo o melhor Em qualquer tempo ou lugar. Formiga. Ainda segundo André Luiz, “Mediunidade é um dom inerente a todos os seres, como a faculdade de respirar, e cada criatura assimila as forças inferiores ou superiores com as quais sintoniza. Mediunidade é sintonia e filtragem. Cada espírito vive com as forças as quais se combina, transmitindo-as segundo as concepções que lhe caracterizam o modo de ser. Em matéria de mediunidade não nos esqueçamos do pensamento. Nossa alma vive onde se lhe situa o coração”. Mediunidade não escolhe religião, posição social, raça, cor nem idade. E também não significa nenhum tipo de privilégio. Os seres humanos com maior sensibilidade mediúnica, geralmente, são também os
O aspirante à reforma íntima deve ter em mente que esta faculdade independe do seu desenvolvimento moral. Ela se radica no organismo. O bom ou mau uso desta ferramenta varia conforme as qualidades de quem as possuem. Procuremos deste modo, realizar todo o bem que pudermos, onde quer que sejamos chamados a servir e viver, pois estaremos em qualquer tempo e lugar, exercendo o intercâmbio com as energias sutis que povoam o universo, cabendo a cada um, o destino que irá fazer desta influência mútua com a espiritualidade. Estamos compromissados com a divina providência. Seremos responsáveis pelo bem ou pelo mau que espalharmos em nosso caminho. Assim, usemos os poderosos instrumentos da intuição, da vidência, da inspiração que a mediunidade nos proporciona para ajudar e educar, amparar e servir, sejam encarnados ou desencarnados, trabalhando de forma incessante em favor do nosso progresso pessoal e coletivo, na certeza de que seremos condenados ou justificados, conforme fizermos o uso dos nossos talentos. Há médium tão displicente, Devagar, sempre na mesma, Que nos transmite a impressão, De incorporar um lesma... Formiga. “A CADA UM SEGUNDO AS SUAS OBRAS” Jesus. Matéria por Vereador Quito Formiga
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Bazar beneficente em homenagem ao Dia das Mães Amor ao próximo
Aos segundo sábado de cada mês, o Templo de Umbanda Caboclo Pena Branca, realiza em sua sede o bazar beneficente que vem ajudando a várias famílias carentes existentes no bairro. E no dia 14 de maio de 2011, uma semana depois do dia das mães, foi realizado o bazar onde as peças expostas eram vendidas a R$ 1,00 (um real ), e para homenagear as mães que lá estiveram, foi feito uma mesa de café da manhã para que elas pudessem fazer seu desjejum, uma vez que aguardam a hora de abrir o portão para poderem escolher as melhores peças. Com isto já foram beneficiadas várias famílias as quais não vêem a hora de chegar o próximo mês. E em conversa com uma das mães que lá estavam ela nos agradeceu pela oportunidade de estar comprando algo mesmo que seja usado, pois só assim ela teria condições de vestir algo mais novo. São palavras como estas que nos fazem repensar os nossos atos, pois enquanto muitos têm e nada dão, outros, tanto necessitam, e através de ações sociais como esta podem dignamente adquirir bens necessários ao seu dia-a-dia. Parabéns aos filhos de Pai Pena Branca por proporcionar aos nossos queridos irmãos e irmãs, o prazer de ser feliz independentemente de suas pequenas posses. Fotos e matéria Roncali (12) 9108.9466 Representante do Jornal Aldeia de Caboclos no Vale do Paraíba
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O maior santuário ao ar livre da América Latina
SANTUÁRIO NACIONAL DE UMBANDA
Santuário dos Orixás
Imagem de Oxossi restaurada Abertura do ano espiritual
Reserve sua área!
Faça uma excursão e venha conhecer! Loja
Oferendas e Trabalhos
Conheça os livros de Pai Ronaldo Linares
Amplo estacionamento, Lanchonete, Loja de Artigos Religiosos, Locais para trabalhos e oferendas. Como chegar no Santuário De ônibus: Existe uma única linha de ônibus que vem até o Santuário. A boa notícia é que temos um ponto de ônibus bem em frente à Portaria. Esta linha chama-se LINHA 26 - BARALDI e passa em frente aos seguintes terminais: Terminal do Paço Municipal de São Bernardo do Campo Terminal Ferrazópolis de São Bernardo do Campo Se você estiver na cidade de São Paulo, a melhor alternativa é dirgir-se à Estação Jabaquara do Metrô. Lá, pegue um Trólebus que venha até o terminal Ferrazópolis de São Bernardo do Campo. Em frente ao terminal, pegue o Linha 26 - Baraldi.
www.santuariodeumbanda.com.br federecaoabc@terra.com.br
Estrada do Montanhão 700 - Pq. do Pedroso - Santo André - SP
(11) 4338-0946 / 4238-5042 / 4338-0261
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Ervas na Aldeia
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Ervas na Umbanda e nos Cultos Africanos
Salve sagrado leitor. Bênçãos de Mamãe Natureza em nossas vidas.
mo, nos unimos pela diferença e aprendemos muito com isso.
É com muito respeito que traço aqui um comparativo de formas de uso das ervas dentro das várias religiões de matriz africana.
Na Umbanda, não se cultua diretamente o Orixá Ossain. No máximo, é dedicado um assentamento, simples e objetivo, ou um canto de reverência na abertura dos trabalhos, e assim mesmo, as casas de Umbanda cujo dirigente tem ascendência do culto de nação. Os dirigentes mais jovens sequer fazem essa reverência.
Como praticante da religião de Umbanda, vivencio a influencia dos cultos de nação em nossa religião, e não obstante, deparamo-nos com tentativas de interpretar e reinterpretar mitos, lendas e adstringi-las dentro de um contexto religiosos diferente do original. Falo diferente porque Umbanda, mesmo com toda essa influência, não é Candomblé. Tem características próprias e conceitos próprios para o uso das ervas. Seria necessário uma versatilidade na língua ioruba, isso porque não é uma língua escrita e sim verbal, e tonal até, ou seja é necessário certa destreza para “cantar” seus fonemas, para corretamente descrever todos os cantos das ervas e de seu Orixá sustentador, Ossain. Na Umbanda, há um conjunto de regras muito menos exigente para essa prática. Uma maleabilidade que permite que não somente os iniciados sejam aptos a manipular a erva. E tudo isso, essa diferença, é maravilhosa! Isso mes-
Já nos Candomblés, a máxima “Kosi Ewe, Kosi Orixá” é imperativa. Sem Folha não há Orixá. O respeito é fundamental. Conhecer os preceitos e fundamentos do Orixá, é prática de sobrevivência, e diria resistência cultural. Assim como a língua requer destreza, a prática vegetal requer o conhecimento da língua, sua aplicação e certo conhecimento botânico sobre o elemento, sem o qual não se consegue a ativação da magia. Só se ativa um elemento ao conhecer seu nome e sua aplicação. Resumidamente e bem a grosso modo, é o que podemos dizer como aforismo sobre o uso das folhas nas casas de santo. Na Umbanda, não há culto direto a Ossayn. Há culto direto a Oxóssi, o caçador que reúne em seu contexto mitológico, as características do “green man”, ou o homem da medicina da mata. A grande corrente dos caboclos e dos juremeiros, é a influência viva de Ossayn no culto umbandista.
A presença do caboclo reúne em si as características do índio, que enquanto caçador (Oxóssi) é hábil, forte e vigoroso, representa a maturidade, a meia idade, reúne a força da sobrevivência e o poder do guerreiro. Ao mesmo tempo, reúne a sabedoria das folhas, (Ossayn),das matas, remédios e receitas naturais, banhos, fumaçadas e defumações, garrafadas e chás que compõem seu conjunto de trabalho nessa farmácia natural. Já nas casas de santo, o dia de trabalho do babalossanyn começa antes do sol nascer. É ele o responsável pela colheita, preparo e manutenção dos aparatos vegetais. Sem folha não há Orixá, e sem seu manipulador natural não há o culto. O cuidado e conhecimento com as ervas é fator importantíssimo. Há uma regra que diz que ninguém pode controlar aquilo que não conhece, por isso essa importância. Por isso deve-se conhecer o nome correto de cada erva, e o verbo atuante que irá desencadear seu processo de magia, ou seja, o processo transformador. Ninguém usa magia para ficar como está. Magia é força transformadora, e usamos dessa força quando queremos mudar o estado de alguma coisa. Pensando por esse ângulo, uma iniciação é um processo de magia, pois transformará para sempre a vida do iniciado. E as ervas estão presentes em todos os processos de magia dentro dos cultos de matriz africana. Seja na Umbanda, seja no Candomblé, a presença viva das ervas é uma realidade. Seja em nome de Os-
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sayn, ou, na Umbanda e Catimbó, em nome da Jurema, a erva desempenha seu papel sustentador das magias. Vejamos algumas lendas africanas de Ossain, para que assim, nós possamos pelo menos tentar compreender a magnitude desse maravilhoso Pai: Lenda 1 - Ossain recusa-se a cortar as ervas miraculosas. Ossain era o nome de um escravo que foi vendido a Orunmila. Um dia ele foi à floresta a lá conheceu Aroni, que sabia tudo sobre as plantas. Aroni, o gnomo de uma perna só, ficou amigo de Ossain e ensinoulhe todo o segredo das ervas. Um dia, Orunmilá, desejoso de fazer uma grande plantação, ordenou a Ossain que roçasse o mato de suas terras. Diante de uma planta que curava dores, Ossain exclamava: “Esta não pode ser cortada, é a erva as dores”. Diante de uma planta que curava hemorragias, dizia: “Esta estanca o sangue, não deve ser cortada”. Em frente de uma planta que curava a febre, dizia: “Esta também não, porque refresca o corpo”. E assim por diante. Orunmilá, que era um babalawo muito procurado por doentes, interessou-se então pelo poder curativo das plantas e ordenou que Ossain ficasse junto dele nos momentos de consulta, que o ajudasse a curar os enfermos com o uso das ervas miraculosas. E assim Ossain ajudava Orunmilá a receitar a acabou sendo conhecido como o grande médico que é. Lenda 2 - Ossain dá uma folha para cada Orixá. Ossain, filho de Nanã e irmão de Oxumarê, Euá e Obaluayê, era o senhor das folhas, da ciência e das ervas, o orixá que conhece o segredo da cura e o mistério da vida. Todos os orixás recorriam a Ossain para curar qualquer moléstia, qualquer mal do corpo. Todos dependiam de Ossain na luta contra a doença. Todos iam à casa de Ossain oferecer seus sacrifícios. Em troca Ossain lhes dava preparados mágicos: banhos, chás, infusões, pomadas, abô, beberagens, etc. Curava as dores, as feridas, os sangramentos; as disenterias, os inchaços e fraturas; curava as pestes, febres, orgãos corrompidos; limpava a pele purulenta e o sangue pisado; livrava o corpo de todos os males. Um dia Xangô, que era o deus da justiça, julgou que todos os Orixás deveriam compartilhar o poder de Ossain, conhecendo o segredo das ervas e o dom da cura. Xangô sentenciou que Ossain dividisse suas folhas com os outros Orixás. Mas Ossain negou-se a dividir suas folhas com os outros Orixás. Xangô então ordenou que Iansã soltasse o vento e trouxesse ao seu palácio todas as folhas das matas de Ossain para que fossem distribuídas aos Orixás. Iansã fez o que Xangô determinara. Gerou um furacão que derrubou as folhas das plantas e as arrastou pelo ar em direção ao palácio de Xangô. Ossain percebeu o que estava acontecendo e gritou: “Euê Uassá!”. “As folhas funcionam!”
Ossain ordenou às folhas que voltassem às suas matas e as folhas obedeceram às ordens de Ossain. Quase todas as folhas retornaram para Ossain. As que já estavam em poder de Xangô perderam o Axé, perderam o poder da cura. O Orixá Rei, que era um orixá justo, admitiu a vitória de Ossain. Entendeu que o poder das folhas devia ser exclusivo de Ossain e que assim devia permanecer através dos séculos. Ossain, contudo, deu uma folha para cada Orixá, deu uma euê (ewé) para cada um deles. Cada folha com seus axés e seus efós, que são as cantigas de encantamento, sem as quais as folhas não funcionam. Ossain distribuiu as folhas aos orixás para que eles não mais o invejassem. Eles também podiam realizar proezas com as ervas, mas os segredos mais profundos ele guardou para si. Ossain não conta seus segredos para ninguém, Ossain nem mesmo fala. Fala por ele seu criado Aroni. Os Orixás ficaram gratos a Ossain e sempre o reverenciam quando usam as folhas. (do Livro Mitologia dos Orixás de Reginaldo Prandi ) [ Lenda 71 do Livro Mitologia dos Orixás de Reginaldo Prandi ] Moral da história: Na lenda 1, entendemos e aprendemos que por mais poderoso que seja o babalawo, é vital que tenha junto consigo a força das ervas. E na lenda 2, entendemos que na Divina Criação, todas as forças se completam, ou seja, é vital que cada Orixá tenha seu axé no reino vegetal também. Aqui temos um comparativo bem superficial desse universo maravilhoso que é o reino vegetal. Há muito para aprender e as folhas são verdadeiras enciclopédias, dispostas a ensinar quem, com coração aberto, muito Amor e Bom Senso, souber se dirigir a elas e clamar por cura (de nossos conceitos), conhecimento (de como fazer) e sabedoria (de como usar o conhecimento). Sucesso e muita saúde a todos. Bênçãos das folhas em nossas vidas! Salve Ossain, Salve Oxóssi, Salve Mãe Terra, Salve Mãe Natureza, e Salve as Forças de Jurema! Adriano Camargo / Erveiro da Jurema www.erveiro.com.br adriano@ervasdajurema.com.br Adriano Camargo é escritor, erveiro, babalaô, umbandista, e idealizador da empresa Ervas da Jurema. Desenvolve um trabalho de propagação do conhecimento e desmitificação do uso das ervas e elementos naturais, magia e ocultismo através dos seus livros, cursos, palestras e matérias.
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Umbanda O Médium é uma caixinha de ferramentas Legal Quanto mais cheia ele deixa cheia essa caixa, mais fácil torna-se o trabalho de suas entidades. E pensemos assim: os guias certamente não se sentirão constrangidos em trabalhar com um médium que entenda o que tem sido feito nas giras. Muito pelo contrário! Sentir-se-á feliz ao deparar-se com um médium motivado, ciente dos fundamentos da sua religião e disposto a um trabalho sério. E assim como a Umbanda se apropriou de elementos da cultura indígena, africana, católica e espírita, seus médiuns podem dedicar-se ao estudo de terapias com ervas, cristais, reiki e magia, sem que isso comprometa o trabalho de suas Entidades. O que move um médium de Umbanda é o amor, a disposição de fazer o bem, o respeito com que lida com os Orixás e com os guias. Se tudo isso for regado a cursos, leituras e a um sério processo de reforma íntima, ótimo! Além de fortalecer-se e de incutir uma maior segurança em sua mente e em seu espírito, aquele que se dedica a um estudo sério e dedicado não tem tempo de mazelas, fofocas e maledicências, que são os males que mais têm atacado os Terreiros... muito mais do que trabalhos mandados, cordões negativos ou magias negras. Não é o estudo ou a teorização que tendem a quebrar a tradição. É a má vontade, a falta de respeito com o próximo, a intolerância, a soberba. Com amor no coração e preparo teórico e prático, os sentidos da Fé, do Amor, do Conhecimento, da Justiça, da Lei, da Evolução e da Geração irão solidificarem-se cada vez mais nas vidas dos médiuns, no dia-a-dia dos Terreiros e na nossa religião como um todo. Erica Camarotto – 24/05/2011 SETO – Seara Espírita Três Oguns
Grandes são as expectativas, dúvidas e anseios dos que se iniciam na religião de Umbanda. Há anos atrás era muito comum depararmo-nos com “ex-umbandistas” em Centros Espíritas, pois encontravam na teoria de Allan Kardec as respostas que a Umbanda não lhes dava. Tudo o que circundava os preceitos religiosos era envolvido em segredos e mistérios cuja chave de revelação encontrava-se, supostamente, nas mãos dos pais e mães de santo. A exemplo do catolicismo, os dogmas religiosos da Umbanda fascinavam, mas também afastavam muitos dos que sentiam-se perdidos sem esclarecimentos básicos da religião. Esse afastamento, não raramente, gerava um preconceito por parte dos que, sem entender os fundamentos da religião de Umbanda, atribuíam como mistificação e folclore tudo o que não podiam explicar. O mundo mudou, as relações sociais mudaram e o
modo de ver e entender a Umbanda também mudou. Peço licença aos mais ortodoxos, aos que lutam fervorosamente contra os atuais cursos e livros sobre desenvolvimento mediúnico e sobre formação sacerdotal, mas discordo totalmente da visão de que tais cursos denigrem a tradição e ferem os princípios da Umbanda. Muito pelo contrário. A meu ver, um número cada vez maior de locais que buscam teorizar e explanar os pontos básicos da nossa religião valoriza e engrandece a tradição da Umbanda. O conhecimento não afasta, agrega. Não exclui, integra. Não é para poucos privilegiados, mas sim para muitos interessados. Na verdade, o conhecimento fortalece o espírito. O médium é um instrumento, uma caixa de ferramentas.
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No ultimo dia 23-04-2011 foi realizada a 6° feijoada em louvor a Ogum. Esta festa já em seu 6° ano se tornou uma tradição na região da Vila Missionária, Zona Sul de São Paulo. Esse ano foi especial, pois marcou a comemoração dos 7 anos de Umbanda do Dirigente da casa. Sustentada na espiritualidade pelo Sr. Ogum Naruê das 7 Espadas e Sra Iansã das Almas e guiada na matéria pelo Sr. Exú Tranca Ruas das Almas e Vovô João 7 Estrelas, a casa comemorou realizou esta grande festa que contou com presença de Mãe Aleluia do Terreiro Estrela Guia de Mogi das Cruzes, Mãe Rozi de Iemanjá, Pai Engels de Xangô e integrantes da Aldeia de Caboclos que abrilhantaram ainda mais a festa. Agradecimentos a minha querida Mãe e irmão carnais, Dona Maria Abadia e Leandro D. Vasconcelos. Aos meus braços direito e esquerdo da casa, Mãe Neusa e Madrinha Camila e Minha mãe no Santo Rozi, por sempre estarem ao meu lado nas dificuldades e nas alegrias. Ao irmão, pai e professor Engels D’ Xangô, Cadu, e Sr. Ari da Aldeia de Caboclos que estiveram presentes. Em um agradecimento muito mais que especial gostaria de dedicar tudo isso ao meu Pai Jaime S. Vasconcelos (In memória), que Olorum já chamou de volta. Matéria: Pai Guilherme Duarte Vasconcelos Fotógrafo - Edmilson Santa Tel.: 011 4745-0846 Cel.: 011 7403-9187
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XXXX Festa “Vamos Saravá Ogum” Eventos
A União Regional Umbandista da Zona Oeste da Grande São Paulo - U.R.U.Z.O.G.S.P., promoveu no último dia 15 de maio mais uma grande festividade, “Vamos Saravá Ogum”, em comemoração aos seus 40 anos de trabalhos prestados em nome da Umbanda.
As festividades iniciaram-se com a carreata e procissão da sede da UNIÃO até o Ginásio, a entrada triunfal do andor com a imagem do Senhor Ogum, a entoação dos Hinos Nacional, da Umbanda e da UNIÃO, seguida de gira especial a Ogum, aos Caboclos e Pretos-Velhos.
O evento ocorreu no Ginásio Municipal de Esportes Professor José Liberatti, em Presidente Altino, na cidade de Osasco, São Paulo, contando com a presença dos terreiros filiados à UNIÃO, do Secretário Municipal de Cultura da cidade, Luciano Jurcovichi Costa, do jovem vereador Fábio Yuiti Yamato, de Sandra Santos, Sérgio e Regiane Perine da AUEESP – Associação Umbandista e Espiritualista do Estado de São Paulo, Iyá Ekedji Ogunlade representando o Primado do Brasil, Pai Milton Aguirre da União de Tendas, Dra. Juliana Ogawa da Comissão de Direito e Liberdade Religiosa da OAB-SP, Marcelo Nascimento, entre outros convidados. Mensagens de congratulações foram enviadas pelo Pai Rubens Saraceni e pelos decanos Pais Jamil Rachid e Ronaldo Linares.
A UNIÃO é presidida pelo sacerdote, o grande guerreiro, Pai Cláudio Franco, que conta com o apoio da Prefeitura do Município de Osasco, neste grandioso evento. Por Sandra Santos
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Festa de Pretos Velhos em Pindamonhangaba
Mais um importante evento comemorativo aconteceu no Templo de Umbanda Pai Joaquim das Almas e Ogum Beira-Mar, na cidade de Pindamonhangaba. Pai Nenê, o sacerdote desse terreiro umbandista, abriu os trabalhos comemorativos à sexta-feira, 13 de maio, fazendo uma palestra sobre a importância de todos os religiosos praticarem o exercício da fé, incondicionalmente. Destacou como a simplicidade ajuda as pessoas a serem mais autenticas, mais sinceras, citando o exemplo dos negros africanos, trazidos em navios negreiros e colocados em terreno desconhecido, sofrendo todo tipo de privações, mas sem perderem a dignidade e a fé. Com seu jeito simples de abordar os mais importantes assuntos, Pai Nenê consegue, sempre, transmitir a essência das mensagens a todas as pessoas que freqüentam seu Terreiro. “A Cartilha da Umbanda é, talvez, a menor de todas as cartilhas. Contém apenas três palavras, mas que representam a força da nossa religião: Paz, Amor e Caridade. Se conseguirmos trabalhar esses elementos, contribuímos para melhorar o mundo de todos nós”, disse o religioso. Os atabaques soaram mais fortes, os pontos começaram a ser cantados e um dos médiuns incorporou um Erê, que veio à terra para abençoar a farta mesa de doces e salgados que seriam consagrados, depois, pelos Pretos Velhos e, em seguida, distribuídos ao
público assistente, em comemoração à data especial. Os médiuns autorizados deram passagem à corrente dos Pretos Velhos, ao som dos belos pontos cantados pelos Ogans e acompanhados pela assistência. É emocionante perceber como as pessoas cultuam a Corrente dos Pretos Velhos. Amparadas pela maravilhosa e forte imantação desses Orixás, as pessoas ganham mais confiança em sua rotina do dia a dia, conseguem superar as dificuldades, ganham mais razões de continuarem lutando pelos seus objetivos. Em sua palestra inicial, Pai Nenê abordou o valor de se observar que a palavra de cada Preto Velho tem poder de curar as dores dos sentimentos, promove a melhor orientação e resgata as pessoas de seus mais complicados sofrimentos. “Porém, não basta à pessoa procurar ajuda espiritual simplesmente por precisar de ajuda. É necessário ela estar ciente da importância de promover o seu merecimento pela graça solicitada. Quando exercitamos a fé, a imantação reveste mais forte cada um de nós”, destacou o sacerdote. O ensinamento vem por meio das palavras de cada Preto Velho que, de sua experiência terrena, armazena as receitas de poder ajudar cada filho que busca se encontrar na fé. “Acender uma vela; tomar banho de defesa com as ervas e plantas para fazer a proteção pessoal e do seu cazuá, levar na carteira um patuá, portar uma guia, preparar um chá de cura, são algumas das orientações que um Preto Velho pode fazer aos seus filhos de fé”, explicou Pai Nenê. A festa em homenagem aos Pretos Velhos é uma es-
pécie de agradecimento dos humanos para com esses espíritos iluminados que se dedicam em trazer, para cada um dos umbandistas, serenidade, paz, harmonia, fraternidade, respeito e bem estar geral. O evento foi bastante frequentado, com os Orixás atendendo a todos os que estavam na platéia, os quais recebiam passes e orientações espirituais de acordo com a linha de trabalho de cada Preto Velho. Pai Nenê, ao encerrar a comemoração, agradeceu os donativos oferecidos pelos fiéis freqüentadores do Templo e ressaltou que a realização da festa foi coberta de sucesso exatamente pelo oferecimento das contribuições. O Templo de Umbanda Pai Joaquim das Almas e Ogum Beira-Mar está localizado à rua Pedro Amadei, nº 60, Bairro São Benedito, em Pindamonhangaba, SP. Trabalhos às quartas e sextas-feiras, a partir das 20h, devendo os interessados retirar sua senha com antecedência, a partir das 18h. Às segundas-feiras, a partir das 8h, é possível consultar com o Preto Velho Pai Joaquim das Almas. Texto e fotos: Marcos Ivan de Carvalho Jornalista MTB 36.001 (12) 9131-9548
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Festa de homenagem aos Pretos Velhos e homenagem às Mães A Tenda de Umbanda Pai Domingos D’Angola núcleo Mãe Francisca da Guiné, situada na Rua 13 de Maio, 73 - Chácara do Visconde na cidade de Taubaté, tendo como Dirigente Espiritual Mãe Regina, realizou no dia 21 de maio de 2011, a homenagem aos Pretos Velhos e também prestou uma singela homenagem às mães que lá estavam presentes. Mãe Regina expressou seus sentimentos a todas as mães, exaltando a importância do papel materno em nossa vida, pois sente muita falta de sua mãe carnal. Após ter se expressado com muito carinho, passou a palavra a Mãe Denise (Tenda de Umbanda Estrela da Manhã) a qual também ressaltou seu grande carinho. As mães receberam das mãos de cada filho, um vaso de flor, de forma bem singela e com muitos pontos cantados receberam um abraço fraternal de todos os presentes. Depois de toda homenagem às mães, deu-se início a gira dos Pretos Velhos, a qual foi posta a mesa com as deliciosas comidas. E à medida que às pessoas que compunham a assistência se consultavam com as queridas entidades, elas já recebiam seus pratinhos com as especiarias. Parabéns à Mãe Regina e a todos os seus filhos, que proporcionaram uma linda homenagem aos Pretos Velhos e as Mães que lá estavam, homenagem esta sempre digna de respeito e carinho de todos que lá freqüentam.
Foto e matéria Roncali ( 12 ) 9108.9466 Representante do Jornal Aldeia de Caboclos no Vale do Paraíba
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Inauguração do Templo de Umbanda Luz de Oxalá
Casa de Caridade Legião de oxóssi e ogum
Curso: doutrina, Teologia e sacerdócio de umbanda.
No dia 17 de abril de 2011 foi inaugurado o Templo de Umbanda Luz de Oxalá e Xangô Sete Pedreira, filiado a Federação do grande ABC – FUGABC. A casa tem como dirigente espiritual Pedro d’ Xangô e sua esposa Cláudia, acompanhados por seus filhos de fé. Após sete trabalhos fechados aos médiuns, iniciou sua jornada de trabalho espiritual para a assistência no dia 21 de Maio de 2011, com a realização de uma festa cigana. Contou com a presença da Curimba da Aldeia de Caboclos dirigida por Engels d’ Xangô que veio abrilhantar a magia do povo cigano e estiveram presentes o Pai de Santo Joaquim Santos e médiuns de sua casa, assim como outros dirigentes espirituais da Umbanda e do Candomblé. Dias de Trabalhos Espirituais: Terças-Feiras, das 20h as 22h:30min, desenvolvimento mediúnico Sábado, das 13h as 17h, atendimento à assistência – Engira Localização do Templo: Rua Luiza Viezzer dos Fincos, 115, Bairro dos Fincos, Riacho Grande, São Bernardo do Campo.
Inicio: 22/06/2011 quarta-feira das 20:30h as 22:30h. Valor do Investimento: R$ 40,00 Mensal.
Telefone: 9622-3315 com Sandra Fontes Rua Ilhéus do Prata, 26 – Imirim – Zona Norte de São Paulo Esta Rua fica na altura do nº 3466 da Av. Imirim.
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Casa de Velas Santa Rita homenageia São Jorge/Ogum No ultimo dia 23 de abril a Casa de Velas Santa Rita rendeu homenagens ao nosso glorioso Ogum. Uma estátua de São Jorge de 160cms de altura foi confeccionada pela Imagens Bahia exclusivamente para o evento no qual foram distibuídos cerca de 3.000 santinhos ao publico. As pessoas que passaram pela Praça da Liberdade, em frente a loja, reverenciavam a imagem do santo guerreiro e chegavam a bater cabeça ali mesmo! Enquanto outros fiéis relatavam, emocionados, as graças alcançadas por intemédio de São Jorge. Para os diretores da Casa de Velas Santa Rita, estes eventos preservam e enaltecem a cultura religiosa brasileira, além de motivar a tolerância e o respeito por todas as crenças.
por Michelle Costa