Editorial Prezados leitores e irmãos de fé, é com grande crença no poder transformador de nossa união que me dirijo a vocês para explicitar o valor de nossa atuação conjunta. Estejamos verdadeiramente unidos e atuantes em prol do crescimento, valorização e respeito a nossa amada Umbanda, bem como aos Cultos Afro como um todo. Entendamos que somente unidos, trabalhando com propriedade, harmonicamente e de forma ostensiva, teremos força real para fazer ruírem as barreiras da intolerância e do desrespeito religioso que se faz presente em nosso cotidiano. Não nos esqueçamos da máxima destacada por Santo Agostinho “A soberba provoca a desunião, o amor, a união.” Atuemos de maneira uníssona, conjunta e vibrante, façamos valer a importante interação entre a Umbanda e os Cultos Afro em geral. A essência do trabalho em equipe, do respeito mútuo e do amor deve prevalecer em nossas ações.
TE EXPEDIEN els B. Xenoktistakis g n E dini r: to Dire aniel Cora D : e rt A e Direção d gels B. Xenoktistakis o / n rg Redator: E res: Adriano Cama o d ra o Colab inares e Ronaldo L Xenoktistakis Barros s Alexandro rídica: Alexandros Ju 6 a 0 ri .1 o P 182 Assess r kis – OAB/Siadecaboclos.com.b Xenoktista e ld rnal@a contato: jo
Aproveitemos essa data tão importante que é a comemoração da 3ª Semana da Umbanda na Cidade de São Paulo para nos confraternizamos, demonstrarmos a nossa riqueza cultural, estarmos mais unidos e prestigiarmos os grandes eventos promovidos com muito carinho, qualidade e empenho pela Escola de Curimba e Arte Umbandista Aldeia de Caboclos, sob o comando do nosso queridíssimo Engels de Xangô, nos dias 13 e 15 de novembro de 2012.
Escola de Curimba Umbanda e Ecologia Formando os melhores mestres de curimba desde 1989
Congo Angola Ijexá Nagô Barra-Vento Venha aprender mais de 1000 pontos para voce tocar e cantar no seu terreiro para louvar seus orixás.
Rua Domiciano Ribeiro 442 - Bairro do Limão - V. Espanhola 6457-5473 7243-2406
Que Oxalá ilumine o caminho de todos nós! Salve a Umbanda, que é amor e caridade, Salve Zambi! Alexandros Barros Xenoktistakis
Previsão Baralho Cigano Cartas: Criança - Aliança - Sol
AMOR- Momento excelente para renovar a relação, período excelente para casamentos, agendar compromissos e ficar bons momentos com a pessoa amada. Nessa fase a comunicação de vocês estará mais clara, com menos discussões. E se você estiver só, se prepare, através da amizade você estará envolvida em novos contatos, novas amizades. Aproveite para expressar seu amor a pessoa amada, fale oque sente, esclareça algumas coisas que ficaram la para trás e seja feliz! SAÚDE- Para as mulheres, período ótimo para quem pensa em engravidar, período de muita fertilidade aos homens e pessoas de meia idade, devem tomar cuidado com a parte renal e urinária. Se você pensa em fazer um tratamento estético, esse é o melhor momento. PROFISSIONAL E FINANCEIRO- Um mês excelente para novos projetos, criatividade nesse período podem te auxiliar muito. Preste muita atenção a sua intuição para seguir em novos caminhos, momento ideal para novos projetos.Quem estiver pensando em vender algo, fazer algum projeto, deve analisar pois é o momento para isso, entradas financeiras a vista e resoluções. No aspecto profissional, novas oportunidades de trabalho para quem está parado, mas cuidado será também um período de muitas exigências. Boa sorte e caminhos abertos! RECONHEÇA E MENTALIZE AGORA MESMO TUDO O QUE VOCÊ JÁ CONQUISTOU NA SUA VIDA. NÃO OLHE APENAS PARA O LADO NEGATIVO OU DO QUE VOCÊ AINDA NÃO CONCRETIZOU. ACREDITE FIRMEMENTE NA SUA VITÓRIA E NA SUA CONQUISTA, ESSE É O PRIMEIRO PASSO PARA A VITÓRIA. CAROLINA AMORIM- AGENDE AGORA MESMO A SUA CONSULTA 11-23694241 OU 11- 984096944
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Umbanda Legal
O APRENDIZADO DE CADA DIA
Na minha caminhada espiritual, a Umbanda tem me ensinado que a vida é um eterno aprendizado, e a nós só é dada uma nova lição quando aprendemos a lição atual. Eu tenho uma visão muito particular sobre quase tudo, porque hoje, a mim não basta mais as opiniões de líderes, filósofos ou pensadores, eu quero conhecer tudo o que estiver ao meu alcance, e reter aquilo que ecoar no meu íntimo, ou seja, simplesmente o que for bom pra mim. O próprio Jesus Cristo, ensinava ao povo por parábolas, que a princípio parecem simples histórias; porém, ele sempre dizia: quem tem ouvidos ouça, e quem tem olhos veja... É exatamente isso que faz a diferença, ver ao invés de simplesmente olhar, e escutar ao invés de simplesmente ouvir. Uma parábola pode ser apenas uma parábola, uma lenda pode ser apenas uma lenda, um ponto cantado pode ser apenas um ponto cantado, uma frase dita por um guia espiritual pode ser apenas uma frase... ou não, e tudo depende de quem ouve, e de quem vê. Muitos irmãos, Umbandistas ou não, se assemelham a um pescador, que passou a vida inteira em busca do peixe grande, e deixou de ver que todos os peixes que ele pescou, ainda que pequenos, o alimentaria por uma vida inteira. Estas palavras não são minhas, mas do sábio Pai Joaquim de Aruanda, guia espiritual do Pai José Luiz, e encerram a sabedoria daqueles que aprenderam há muito a ver e escutar - os nossos amados Pretos-Velhos.
O Sr. Zé Pilintra é mestre em passar mensagens em seus pontos cantados, mas poucos são os que realmente escutam o que ele diz. E quem escuta se surpreende com a quantidade de informações e conselhos que por ele são passados. E assim se repete com os Caboclos, Boiadeiros, etc., pois eles não vêm até aqui à toa; nossos queridos guardiões, Exus, Pomba-Giras e Exus-Mirins, da mesma maneira, têm sempre uma mensagem a ser passada em cada encontro, mas infelizmente nem todos se apercebem disso. Todos os contos, lendas, histórias e mensagens que eles nos transmitem tem o objetivo de expandir nossas mentes para as verdades do espírito, para trazer sentido às nossas vidas, alentos aos nossos corações, e evolução aos nossos espíritos. Mas tudo isso é diretamente proporcional à nossa capacidade de ver e escutar, praticar as lições aprendidas, e aceitá-las, mesmo que isso às vezes seja difícil... É difícil, às vezes, quando você ouve uma mensagem que atinge diretamente suas atitudes, ou a falta delas, mas se você está preparado para ver e ouvir, também está preparado para aprender, entender e aceitar. A oportunidade de nos livrarmos de velhos e inúteis conceitos, de melhorar o que há de errado em nós, e não nos outros, é um presente de nossos guias espiri-
tuais, de nossos Orixás, e da nossa amada Umbanda Sagrada, que os trouxe pra perto de nós. Que não sejamos nós os pescadores citados por Pai Joaquim de Aruanda, mas sim aquele que agradece a cada oportunidade de aprendizado, tendo por objetivo melhorar a cada dia, aprender novas lições, ser um ser humano e um Umbandista melhor, e ser motivo de orgulho para nossa religião. Por Mãe Valéria Siqueira Terreiro de Umbanda Pai Oxossi, Caboclo Sete Flechas e Mestre Zé Pilintra Críticas e Sugestões: valeriacrib@hotmail.com t.u.paioxossi@hotmail.com
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Umbanda Legal
CUIDADO PARA NÃO BANALIZAR Dirigentes se voltem para suas casas com olhar crítico e disciplinador. Muitas casas já estão neste caminho, hoje temos escolas, cursos que oferecem esclarecimentos, mas infelizmente não são suficientes para que a Umbanda se apresente em todos os lugares como a religião que de fato é. Acolhedora e Comprometida com o bem. Se apontarmos todos os elementos que colaboram para esta banalização, resultaria em um livro e mesmo assim ficaria algum de fora. Vamos então tentar demonstrar numa síntese os mais gritantes e que urgem mudanças;
A Umbanda completará 104 anos no próximo dia 15 de novembro e ainda se encontra nos dias de hoje filhos de fé que não sabem de modo apropriado falar de sua religião, e mais ainda de se comportar diante dela. Esses, muitas vezes sem intenção acabam banalizando a sua própria fé. É necessário que todos se conscientizem e procurem olhar para dentro de seus terreiros para esclarecer e corrigir esses comportamentos. É preciso que os Sacerdotes,
- as oferendas arriadas na natureza com desleixo e materiais artificiais, altamente poluentes. (Lembrese que a natureza é reino de Orixá); - as vestes dos filhos de fé, transparentes, apertadas, decotadas; - falta de ética no trabalho mediúnico, usando de “incorporações” para manifestar seus próprios sentimentos; entidade não ofende, não ameaça e não perverte ninguém.
- as guias são elementos que compõem o sagrado, não podem acompanhar o médium no banheiro, enquanto fumam etc. - o terreiro é um local sagrado, manter o silêncio e respeito com todos é o mínimo que se espera de seus filhos, além da organização e limpeza. - os pontos cantados que contêm letras ameaçadoras ou diabólicas. - a transparência na distribuição de doações e da organização financeira; e muito mais. Cabe a cada liderança religiosa ter coragem e olhar para o interior de sua casa, corrigir e organizar. É muito mais fácil reclamar acusando as outras religiões de intolerantes. Porém, se olharmos para estes pequenos itens citados acima e analisarmos através de um olhar externo certamente não veremos nada de sagrado e religioso. E assim por muitas vezes sem intenção banalizamos a nossa própria fé.
Mãe Márcia Moreira T.U.CABOCLO PENA BRANCA
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Alegria “O riso é a distância mais curta entre duas pessoas”
Reforma Íntima
Quando vivemos sem alegria, o trabalho não rende, ficamos emperrados, perdemos a harmonia no lar, até os pequenos contratempos tornam-se um fardo, parece que os problemas tomam uma dimensão maior, ficam quase que intransponíveis. Com alegria, porém, tudo fica mais fácil, os obstáculos são vencidos, as barreiras são quebradas. Viver com entusiasmo proporciona paz ao coração, ânimo constante, além de contagiar os semelhantes e o ambiente a nossa volta. A alegria é o nosso “sim” à vida. Este sentimento superior está intimamente ligado a nossa autoestima. Em resumo, autoestima é entre muitas outras definições competência em lidar com as dificuldades básicas da vida, sentindo-se merecedor de felicidade e, portanto, capaz de enfrentar a existência com mais confiança, boa vontade e otimismo. Desenvolver a autoestima é expandir nossa capacidade de ser feliz. Com esta disposição e com a alegria, seremos capazes de conquistar todos os nossos sonhos.
Alegria de viver é uma das maiores virtudes do ser humano. A alegria é a mola propulsora do entusiasmo, da disposição de servir. O bom hábito de estar alegre eleva nosso padrão mental e emocional e projeta esta energia ao nosso redor, deixando o ambiente à nossa volta harmônico e positivo, propício às realizações superiores. Movido por sentimentos de alegria e gratidão, o ser cresce em direção a Deus. A alegria é um processo interior e pessoal, trata-se de uma disposição íntima perante a vida, quem a conquista efetivamente, obtém um poderoso recurso para evitar a depressão e a obsessão. Podemos afirmar que a alegria é um verdadeiro “antídoto” contra as doenças psicossomáticas advindas dos estados de tristeza e melancolia.
Por isto, convido-o a ser feliz, a manter-se sempre alegre e otimista, apesar dos problemas. Viaje pelo seu mundo interior, descubra-se, ame a sua vida, seu corpo, seus valores, conheça seu espírito, seus sentimentos. Ouse sonhar e realizar os seus objetivos. Faça chuva ou sol, deixe-se envolver pela imensa alegria que é viver. Hoje é o dia da sua felicidade! Hoje é o dia da sua libertação! Matéria Quito Formiga
página 7 Como você pode ajudar? Doando qualquer um dos itens abaixo nos locais identificados no Núcleo de Umbanda Águas de Oxum. • Leite em pó Aptamil 1 e 2 • Leite em pó NAH 1 e 2 • Leite em pó Ninho • Alimentos não perecíveis Objetivos Atender crianças em regime de abrigamento com vulnerabilidades sociais e/ou HIV/Aids de zero a cinco anos de idade.
Amor ao próximo
Com o aumento dos números de casos de HIV/AIDS em mulheres, surgem os primeiros casos de transmissão vertical, isto é, a mãe infectada transmite o vírus para a criança durante o período gestacional, durante o parto ou no aleitamento materno. Em São Paulo, os casos de AIDS em crianças começaram a ser notificados em 1987. Por este motivo o número de crianças abandonadas ou já doentes tornavam-se um problema social ainda maior. Em dezembro de 1987, o Centro de Convivência Infantil Filhos de Oxum surgiu como a primeira casa de apoio para crianças com sorologia HIV/AIDS, visando tanto a questão humanitária – procurando oferecer uma vida digna às crianças, pois a AIDS ainda
não tem cura, mas como é do conhecimento geral um tratamento adequado combinado com alimentação e carinho aumenta a expectativa de sobrevida. O CCI oferece uma vida digna às crianças abrigadas e um tratamento adequado combinado com alimentação balanceada em um ambiente acolhedor e seguro. Se mantém por meio de doações de pessoas físicas e pessoas jurídicas, bem como projetos sociais com patrocinadores e órgãos governamentais. Atualmente atende não só crianças com HIV, mas também com vulnerabilidades sociais (crianças com pais dependentes químicos, negligentes e maus tratos – violência doméstica).
Prestar assistência social, proporcionar convivência sadia, oferecer espaço e condições sócio cultural, oferecer condições de alimentação, higiene e de vestuário adequados, acompanhamento clinico ambulatorial, garantir que as crianças tenham acesso a instrução educacional interna e externa, defender as crianças por todos os meios legais possíveis e disponíveis. OBS: Vulnerabilidades Sociais: negligência de cuidados higiênicos e de alimentação; maus tratos; pais dependentes químicos. Fraldas descartáveis infantis de qualquer tamanho CONTRIBUA Leve essa causa adiante, sua contribuição é muito importante. AJUDE - NOS! CENTRAL DE ATENDIMENTO: (11) 4787-2830 www.larcci.org.br http://aguasoxum.wordpress.com
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A Umbanda, o Brasil e o Santuário Nacional da Umbanda Parte 5 Falando de Umbanda
Retomando a PARTE 4, quando falávamos sobre as dificuldades que encontraríamos com a administração do SANU sendo realizada pela municipalidade, digo que a portaria não tinha custo e era aberta a qualquer pessoa, portanto, entravam pessoas para o bem e para o mal (assaltantes, usuários de drogas, os que iam roubar coisas das oferendas, etc.). Não tínhamos custo de entrada, mas, em compensação, também não tínhamos nenhuma segurança e, nem tampouco, nenhum tipo de estrutura para os usuários. Depois de muitos problemas e dores de cabeça, a Prefeitura de Santo André finalmente entendeu que deveria entregar a administração a quem saberia fazê-lo da forma correta e entregou à FEDERAÇÃO UMBANDISTA DO GRANDE “ABC” a tutela
do SANTUÁRIO NACIONAL DA UMBANDA. Eu ia para lá todos os dias e pude contar com a valiosa e indispensável ajuda da minha filha de fé Babá Dirce, peça chave para o nosso sucesso. Como era de se esperar não foi nada fácil. Na casa ao lado da portaria morava a irmã do atual caseiro que o indicou para ocupar o cargo. A casa era muito precária, mas não tínhamos como fazer benfeitorias no momento. A segunda providência foi contratar uma equipe de segurança que garantisse a integridade dos usuários. Antes disso contamos com o apoio da Polícia Militar que, durante algumas semanas esteve conosco e efetuaram várias prisões. Aproveito para deixar aqui nosso agradecimento e reconhecimento pelo excelente trabalho desses profissionais indis-
pensáveis à comunidade. Desta forma conseguimos fazer os desocupados entenderem que aquele espaço não era mais “uma terra de ninguém”. Enfrentando terríveis dificuldades financeiras, fizemos uma Assembleia Geral com os filiados da F.U G.”ABC” para expor a situação. Foi então sugerido que se criasse uma taxa de manutenção para ajudar a custear as despesas que viriam. Desta forma, por votação da ampla maioria dos presentes, fixou-se um valor para a taxa de manutenção do SANU. A Federação propôs a seus filiados interessados a sessão da permissão de uso de uma área exclusiva com as seguintes regras a cumprir, sob pena de perder a sessão:
Como as coisas eram antigamente
Sanitários
Administração
Portaria
página 9 • em hipótese algum poderia haver corte de plantas que eventualmente houvessem no local; • seria destinado um espaço para realização de suas práticas espirituais; • em todo entorno do espaço dos rituais deveria ser reflorestado, sempre sob orientação da administração. Outra dificuldade que enfrentamos foi com alguns dos próprios usuários. Explico: a grande maioria logo percebeu que o valor cobrado na entrada era indispensável para a manutenção, porém, alguns achavam que como eram filiados, amigos, conhecidos, etc. deveriam entrar sem pagar. Como eu ficava na portaria, não tinha coragem de insistir na cobrança (ficava com pena de um, indeciso com outro, sem paciência com alguns) e eles iam entrando, o que era injusto com os que pagavam. Um belo dia a Babá Dirce chegou na portaria e literalmente me expulsou de lá: - Pai, deixe que eu cuido da portaria! Vá cuidar do que tem que ser feito. Deixe que eu fico aqui na portaria senão nós nunca conseguiremos recuperar esse lugar. Não tive argumentos que a convencesse que eu poderia continuar ali. Depois de gastar muita saliva achei melhor não perder mais tempo e fui acompanhar de perto o dia-a-dia dos meninos que lá trabalhavam. Assim como não era fácil para mim, também não foi para ela, pois além das pessoas brigarem com ela por ter que pagar ainda insistiam em dizer que tinham minha autorização para isso. A portaria era um guarda-sol (ou guarda-chuva nos dias molhados) e uma cadeira. Calor ou frio era assim o local de trabalho da Babá. Nossa fé sempre foi maior do que as pedras que tínhamos que pular e nada nos fez desistir. A receita nos permitia pagar poucos funcionários e a Babá Dirce ficava na portaria, fazia almoço para todos, limpava a cozinha, os banheiros, etc. Os usuários (sentindo mais segurança) passaram a Era Assim
vir com mais frequencia e os dias da semana começaram a não ser tão longos como nos primeiros meses. Com a receita começamos as benfeitorias: banheiros, administração, portaria, casa do caseiro. Ao mesmo tempo íamos cuidando do espaço como um todo, ou seja, carpindo, limpando, preparando o solo árido, basicamente formado por pedras, para poder plantar o que o nosso recém-criado, berçário de mudas, começava a produzir. A receita não pagava nem os funcionários e as mensalidades dos filiados não custeavam todas as despesas. A solução era tirar do próprio bolso para manter o SANU em operação. Mas a frequencia ia aumentando a cada mês e fomos contratando mais funcionários e fazendo melhorias. Diante de tanta dificuldade acabamos virando uma família dividindo o pão nosso de cada dia. Nossos primeiros prestadores de serviço eram diaristas (alguns deles alcoólatras) e trabalhavam um ou dois dias da semana e voltando apenas quando o dinheiro da bebida acabava. Felizmente conseguimos recuperar a autoestima daqueles que bebiam e pouco a pouco também foram melhorando as condições de trabalho, sendo hoje todos amparados pela CLT. Apesar de nem todos serem umbandistas, nossos funcionários sempre respeitaram muito a religião e isso fez com que rapidamente ganhassem a confiança e o carinho dos usuários sendo que alguns deles fizeram grandes amigos ao longo desse tempo. Passo a passo o SANTUÁRIO NACIONAL DA UMBANDA foi ganhando uma forma e uma cor totalmente diferente daquela que todos conhecíamos. O solo árido, com ares de desolação foi sendo transformado gradualmente. E desta forma continu. E desta forma continuamos, dia após dia, durante todos esses anos. Assim que a receita nos permitiu começamos a confeccionar os monumentos. Que alegria a inauguração de cada imagem, pois acompanhávamos desde o molde no isopor, até a construção do Ficou Assim
monumento e os momentos imperdíveis da colocação de cada imagem no seu pedestal. São momentos que solidificam em nossa memória e passe o tempo que for elas sempre estarão presentes como se tivessem acabado de acontecer.
Preparação da área para monumento da Santa Sara Kali
Colocação d imagem do Seu Zé Pilintra
Construção de pedestal E assim, uma a uma fomos inaugurando todas as imagens e florindo os monumentos com as cores dos respectivos Orixás:
Rosa para Cosme Damião
Marrom para Xangô
Azul para Iemanjá Bom queridos, foi muito bom ter revivido mais uma vez todas essas emoções com vocês. Querem saber mais? Então aguardem a próxima edição!
Pai Ronaldo Linares ‘o plantador de florestas’ www.santuariodaumbanda.com.br www.casadepaibenedito.com.br
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terreiro, e isso mostrava falta de confiança no seu próprio ritual de Umbanda... Penso que se isso fosse “pecado”, levando em consideração que a Umbanda não lida com o aspecto “pecado x pecador”, um Preto Velho, figura sagrada da nossa amada religião, ao chegar (baixar) no terreiro, através do seu médium, não faria também o sinal da cruz no chão e no seu aparelho mediúnico, e não abençoaria em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, as três pessoas da santíssima trindade – Pai, Filho e Espírito Santo.
Ervas na Aldeia
Dá pra imaginar uma entidade espiritual da magnitude de um Preto Velho abolindo tudo isso do seu repertório sagrado, divino mesmo, das coisas de Deus, das coisas boas e sábias que trazem pra nós? Porque alguns não entendem e querem purificar a religião? De jeito nenhum!
O nome da nossa missa, é trabalho! Salve sagrada turminha das ervas e do amor à natureza. Que Olorum Nosso Pai Criador possa nos abençoar hoje e sempre com as bênçãos da simplicidade dos elementos naturais. A Umbanda é a religião da natureza. Temos nos elementos uma base fundamental, e no elemento humano e suas várias formas de ser. A nossa base arquetípica e paramétrica é vista na presença dos vários “tipos humanos” nas manifestações dos guias espirituais. Cada um, da sua forma, procura alcançar os corações necessitados levando a palavra amiga, o abraço reconfortante, o puxão de orelha adequado à situação, enfim, a espiritualidade, sapiente das coisas humanas e sua diversidade, traz a cada qual conforme a oportunidade e necessidade. Dia desses, fui questionado por um consulente sobre uma recomendação que um preto velho havia feito, para que mandasse rezar uma missa para um ente querido já falecido. O questionamento era sobre a real necessidade dessa prática, já que estava dentro de um terreiro de Umbanda, e nas giras e atendimentos vemos os guias pedindo para que o consulente escreva nomes para serem colocados na corrente vibratória. Não seria essa prática a verdadeira forma de um umbandista se comportar diante da necessidade de orações para um familiar falecido? Qual o poder que a missa católica teria a mais que não poderia se alcançado dentro do terreiro? A tradição, o poder do tempo que conta a seu favor, ou um poder maior por ser uma religião maior, mais forte, enfim, ser a igreja católica e trazer no seu bojo mil e tantos anos de historia? A principio, pensamos em dar razão ao questionamento do irmãozinho, mas quando avaliamos friamente os trabalhos de Umbanda, vemos quanto temos dessa raiz que nos sustentou até hoje. É muito mais difícil encontrar terreiros que não tenham uma imagem católica no congá, ou que não se servem de rezas consagradas por essa tradição. Eu mesmo no
livro RITUAIS COM ERVAS – BANHOS, DEFUMAÇÕES E BENZIMENTOS – tenho um capítulo falando das rezas tradicionais e do valor delas na nossa vida. Voltando ao assunto da missa, ao mandar rezar uma missa, ou colocar um nome para que seja lembrado durante o ritual católico é equivalente sim a fazer uma referência a esse falecido num trabalho de Umbanda. A diferença está na vibração emitida por um ou outro sistema religioso. Vamos pensar no lado espiritual da vida, especificamente no espírito que está recebendo a intenção das orações e rituais: a morte não demoniza e muito menos diviniza ninguém. O que se é aqui, será do outro lado, guardando o campo das afinidades e magnetismo que atrai o ser para locais compatíveis com seu mental e emocional. Algumas pessoas cujo padrão de entendimento está alicerçado em uma reza do Pai Nosso ou da Ave Maria, serão muito mais permeáveis a esse padrão energético vibratório desencadeado por uma missa católica, do que pelo toque do atabaque. As energias e vibrações recebidas a partir de um trabalho de Umbanda, não chegam até o espírito com um selo religioso, mas o espírito pode rejeitá-la se aqui no planeta era insensível às vibrações de elementos da natureza. E além disso, quando um guia espiritual recomenda algo assim, não é por incompetência religiosa como alguns podem pensar, mas porque emissor e receptor farão um bem enorme a si mesmos ao contato com essas vibrações de campos de ação diferentes do costumeiro. Lembro-me de uma ocasião que entrei em um terreiro, antigo por sinal, mas que estava passando por várias mudanças direção, de filosofia religiosa, cortando do seu ritual alguns elementos tradicionais como o fumo, o uso de algumas bebidas (mesmo que em quantidade ínfima), cortando até o trejeito arquetípico de algumas entidades, e ao entrar nessa casa eu cruzei o chão e fiz em mim o sinal da cruz, o que gerou um comentário infeliz e maldoso de que - “pessoas”, no caso eu, que se intitulavam professores e coisa e tal, faziam um gesto católico para entrar num
Então, mizifio, quando um Nêgo Véio recomendar que seja rezada uma missa para um ente querido, faça! Mesmo que isso custe alguns trocados, coisa que dificilmente você verá na Umbanda, alguém cobrar pra colocar um nome na corrente de orações. Uma coisa bacana que pode ser feita também; quebrando um mito de que não podemos acender velas ou fazer qualquer referência aos falecidos em nossa casa; é colocar uma vela branca, com o fundo colado (lado de baixo esquentado mesmo), em um prato branco, depois da vela fixa, derramar água de forma que a vela fique com a parte inferior um pouco dentro d´água. Sobre essa água, colocar algumas pétalas de rosas brancas, cor de rosa, ou crisântemos... somente as pétalas. Acenda e faça suas orações, e acima de tudo mande mensagens mentais, como se estivesse deixando um recado numa secretária eletrônica, que você pode ter certeza, se o seu familiar não ouvi-lo na hora, sua mensagem de Amor, Fé e Esperança ficará vibrando o tempo necessário até esse irmãozinho espiritual puder ouvi-lo. E isso faz um bem danado ao espírito, dos dois. Coloque flores num vaso e ofereça sua energia e vibração como um bálsamo de cura para espíritos enfermos. Ofereça sua gratidão aos ancestrais e verá como sua vida irá se tornando plena e grata também. Faça suas orações na natureza, junto a uma árvore, ao pé de uma cachoeira, na beira de um rio ou lago, numa pedreira ou à beira mar. Peça licença, bênçãos amparo e proteção aos Sagrados Orixás e peça que enviem vibrações benéficas para seus entes queridos. E para isso não precisamos esperar o dia de finados. Podemos lembrar deles sempre, de mente e coração gratos por terem sido algo em nossa vida, mesmo que esse algo, no nosso ponto de vista humano, não tenha sido tão bom. Se você não sabe rezar, cante um ponto! A gente na Umbanda reza cantando! Cante a Pai Obaluaiyê, Mãe Nanã, Pai Oxalá e a todos os Orixás, cante o que você se sentir bem cantando! Agradecer é uma arte e uma magia poderosíssima. Pratique e seja feliz. Muito obrigado, muito obrigado, muito obrigado, por hoje e por sempre!
Adriano Camargo / Erveiro da Jurema
4177-1178 www.erveiro.com.br email:adriano@ervasdajurema.com.br
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Projeto Algas Marinhas do Tipo Gracilaria As algas marinhas tipo gracilaria é uma alga vermelha filiforme formada de cordões cilíndricos de cor vermelho alaranjado, podendo alcançar de 30 a 50 centímetros de comprimento. Encontramos as algas marinhas verrugosa em todo o litoral do nordeste e, normalmente eram coletadas das arribadas ( algas atiradas nas praias pelas marés, era um tipo de colheita predatória). E as algas marinhas eram exploradas para a produção de agar-agar (gelatina ) e como alga alimentícia. Atualmente por orientações de técnicos, biólogos e engenheiros de pesca, comunidades litorânias, principalmente as mulheres, passaram a cultivar as algas marinhas a partir de brotos colhidos das algas nativas. A produção mundial da gracilaria era de aproximada-mente 400.000 Toneladas frescas por ano, das quais 150.000 Eram obtidas por cultivo na ásia (taiwan, vietnã, tailândia) e, na américa são encontradas no chile e no caribe. A produção da gracilaria representa 65% da quantidade mundial utilizada na produção de agar-agar, sendo então a primeira alga agarophyta do ponto de vista de sua produção.
Obs: na transformação das algas em agar-agar, são utilizados muitos produtos químicos, eliminando assim grande parte de seus nutrientes. O interesse nessa transformação é apenas comercial e financeiro ( maiores lucros ) para as empresas que o fazem. A cor e a textura firme dos seus filamentos são adaptáveis a numerosas utilizações alimentares, sendo que são ricas em fibras, proteínas, vitaminas e sais minerais. Os asiáticos consomem gracilarias frescas (ogonori) em saladas, secas ou como geléias produzidas a partir de folhas reduzidas a pó. No brasil o uso das algas estava limitada aos imigrantes destes países, principalmente os japoneses e chineses. No nordeste, após a conscientização das propriedades e dos nutrientes contidos na mesma, passaram a consumir as mesmas em saladas, nas so-
pas, refogadas, tipo macarronada e principalmente na preparação de sucos, gelatinasdoces e géis e, também utilizadas como merenda escolar nas escolas públicas e na área de cosmetologia.
Objetivo do projeto A produção de algas marinhas tipo gracilaria no brasil é muito pouca em relação a outros países. A quantidade produzida no brasil se restringe a pequenas comunidades familiares litorâneas com poucos recursos e incentivos à produção.
O objetivo é estar trabalhar junto a estas comunidades, levando recursos às mesmas para produzirem cada vez mais deste maravilhoso alimento, o qual, de acordo com 19 anos de experiências próprias com as algas (15 gramas da mesma = 1 refeição completa), sendo um produto fantástico para a conservação e dar resistência ao nosso organismo devido à sua composição (fibras, vitaminas, minerais e proteínas). As algas podem ser utilizadas como alimento em saladas, sopas, gelatinas, sucos, etc. e podem ser consumidas deste uma criança até a pessoa mais idosa. As algas marinhas tipo gracilaria é um vegetal que pode ser armazenado durante anos, porque é um vegetal que não deteriora. As algas liberam um conservante tão forte que são utilizadas pelas indústrias alimentícias como conservantes naturais. O objetivo é estarmos levando esta riqueza brasileira que é desconhecida da maior parte do povo brasileiro, distribuindo este produto a um preço acessível à população. Levarmos este produto para as escolas como merenda escolar devido ao seu alto valor nutritivo e custo baixo. Levarmos estas algas a serem consumidas pelos idosos, para que possam ter uma velhice mais sadia. Se eu fosse falar das experiências e dos benefícios que as algas marinhas proporcionam, teria que escrever um livro sobre as mesmas. Mas já existem muitas pesquisas feitas pelas universidades brasileiras sobre as mesmas, sua composição, seus benefícios e utilidades. Seu Epitácio Maiores informações. Fonte da juventude – fones (11) 28658213 – (11) 99286573 Epitácio aparecido pessoa – jacira garcia pessoa Email – epitacio.Jacira@gmail.Com
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Decanos
ZÉLIO FERNANDINO DE MORAES Parte 1 Zélio de Moraes, sua esposa Dona Isabel e Pai Ronaldo Linares, em 1972. Esta foto foi tirada na primeira visita de Ronaldo a Zélio de Moraes.
Zélio nasceu em família tradicional de Neves, distrito de São Gonçalo. Em fins de 1908, então com dezessete anos de idade, Zélio preparava-se para o ingresso na carreira militar, na Marinha do Brasil, quando foi acometido por uma inexplicável paralisia, que os médicos não conseguiam debelar. Certo dia, ergueu-se no leito, declarando “Amanhã estarei curado!”. No dia seguinte, de fato, levantou-se normalmente e voltou a caminhar, como se nada lhe houvesse acontecido: os médicos não souberam explicar o ocorrido. Os seus tios, padres da Igreja Católica, surpreendidos, também não souberam explicar o fenômeno. Um amigo da família, então, sugeriu uma visita à Federação Espírita do Estado do Rio de Janeiro (então sediada em Niterói), presidida, na ocasião, por José de Souza. Na ocasião, manifestou-se por intermédio de Zélio a entidade que se denominou Caboclo das Sete Encruzilhadas, que anunciou a fundação de uma nova religião no Brasil, a Umbanda. Foi fundada, no dia seguinte, em virtude dessa manifestação, a Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade. A partir de 1918, por orientação da mesma entidade espiritual, Zélio viria a fundar mais sete tendas de Umbanda:
Caboclo das Sete Encruzilhadas é a denominação da entidade espiritual que fundou a Umbanda. Este fato ocorreu na sessão da Federação Espírita do Estado do Rio de Janeiro (então sediada em Niterói), a 15 de novembro de 1908, por intermédio da mediunidade de Zélio Fernandino de Moraes, no distrito de Neves, em São Gonçalo, no estado do Rio de Janeiro. Naquela ocasião, tendo o dirigente determinado que Zélio ocupasse um dos lugares à mesa, em determinado momento dos trabalhos, tomado por uma força desconhecida e superior à sua vontade, contrariando as normas que impediam o afastamento de qualquer um dos integrantes da mesa, Zélio levantou-se e disse: “Aqui está faltando uma flor!”, retirando-se ato contínuo da sala. Retornou em poucos momentos, trazendo uma rosa, que depositou no centro da mesa. Esse gesto causou um princípio de polêmica entre os presentes. Restabelecida a “corrente”, manifestaram-se, em vários dos médiuns presentes, espíritos que se identificaram como de indígenas ou caboclos e de escravos africanos. O dirigente dos trabalhos convidou esses espíritos a se retirar advertindo-os acerca do seu (deles) atraso espiritual. De acordo com entrevista do próprio Zélio,nesse momento ele sentiu-se novamente dominado pela estranha força, que fez com que ele falasse, sem saber o que dizia. Ouvia apenas a sua própria voz, perguntando o motivo que levava o dirigente dos trabalhos a não aceitar a comunicação daqueles espíritos, e porque eram considerados “atrasados” apenas pela diferença de cor ou de classe social que revelaram ter tido na última encarnação.
• Tenda Nossa Senhora da Guia (c. 1918) • Tenda Nossa Senhora da Conceição • Tenda Santa Bárbara • Tenda São Pedro • Tenda Oxalá • Tenda São Jorge (1935) • Tenda São Jerônimo (após 1935) Aos 55 anos, passou a direção da Tenda Espírita Seguiu-se um diálogo acalorado, e os responsáveis Nossa Senhora da Piedade para as suas filhas Zélia pela mesa procuraram doutrinar e afastar o espíride Moraes Lacerda e Zilméia de Moraes Cunha (já to desconhecido, que estaria incorporado em Zélio, mortas). Feito isso, fundou a Cabana de Pai Antô- desenvolvendo uma sólida argumentação. Um dos nio, em Cachoeiras de Macacu, no estado do Rio médiuns videntes perguntou então: deConheça Janeiro. mais sobre os projetos do Vereador Quito Formiga www.quitoformiga.com.br
“-Afinal, porque o irmão fala nesses termos, pretendendo que esta mesa aceite a manifestação de espíritos que, pelo grau de cultura que tiveram, quando encarnados, são claramente atrasados? E qual é o seu nome, irmão?”
A resposta de Zélio, ainda tomado pela misteriosa força, foi:
“-Se julgam atrasados estes espíritos dos pretos e dos índios, devo dizer que amanhã estarei em casa deste aparelho (o médium Zélio), para dar início a um culto em que esses pretos e esses índios poderão dar a sua mensagem, e, assim, cumprir a missão que o plano espiritual lhes confiou. Será uma religião que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos os irmãos, encarnados e desencarnados. E, se querem saber o meu nome, que seja este: Caboclo das Sete Encruzilhadas, porque não haverá caminhos fechados para mim.”
O médium vidente insistiu, com ironia: “-Julga o irmão que alguém irá assistir ao seu culto?” Ao que a entidade respondeu: “- Cada colina de Niterói atuará como porta-voz, anunciando o culto que amanhã iniciarei!” Ainda de acordo com o relato de Zélio, no dia seguinte, a 16 de novembro, na residência de sua família, na rua Floriano Peixoto n° 30, em Neves, ao se aproximar a hora marcada, 20 horas, já ali se reuniam os membros da Federação Espírita, visando comprovar a veracidade do que havia sido declarado na véspera, alguns parentes mais chegados, amigos, vizinhos, e, do lado de fora da residência, grande número de desconhecidos. Às 20 horas, manifestou-se o Caboclo das Sete Encruzilhadas, declarando que, naquele momento, se iniciava um novo culto em que os espíritos dos velhos africanos, que haviam servido como escravos e que, desencarnados, não encontravam campo de ação nos remanescentes das seitas negras, já deturpadas e dirigidas quase que exclusivamente para trabalhos de feitiçaria, e os índios nativos do Brasil poderiam
trabalhar em benefício dos seus irmãos encarnados, qualquer que fosse a cor, a raça, o credo e a condição social. A prática da caridade (amor fraterno), seria a tônica desse culto, que teria como base o Evangelho de Cristo e como mestre supremo, Jesus. Após estabelecer as normas em que se processaria o culto, deu-lhe também o nome, anotado por um dos presentes como Allabanda, substituido por Aumbanda, que em sânscrito pode ser interpretada como “Deus ao nosso lado” ou “o lado de Deus”. O nome pelo qual se popularizaria, entretando, seria o de Umbanda. Fundava-se, naquele momento, a Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade, assim denominada “por-
que assim como Maria acolhe o filho nos braços, também seriam acolhidos, como filhos, todos os
que necessitassem de ajuda ou conforto”.
Após responder, em latim e em alemão, às perguntas de sacerdotes ali presentes, o Caboclo passou à parte prática da sessão, promovendo a cura de enfermos e fazendo andar aleijados. Antes do término dos trabalhos, manifestou-se um preto-velho, Pai Antônio, tendo este guia ditado o ponto hoje cantado em todo o Brasil: “Chegou, chegou, chegou com Deus, Chegou, chegou o Caboclo das Sete Encruzilhadas.”
Estava fundada a Umbanda no Brasil. Anos mais tarde o dia 15 de novembro seria considerado como Dia Nacional da Umbanda. Dez anos mais tarde, o Caboclo das Sete Encruzilhadas declarou que a iniciava a segunda parte de sua missão: a criação de sete templos que seriam o núcleo a partir do qual se propagaria a religião de Umbanda. A tarefa ficou completa com a fundação da Tenda São Jerônimo (a Casa de Xangô), em 1935. Em 1939, o caboclo determinou que se fundasse a Federação Espírita de Umbanda, posteriormente denominada como União Espiritista de Umbanda do Brasil, visando atuar como núcleo central doutrinário e congregar os templos umbandistas.
CABOCLO DAS 7 ENCRUZILHADAS Pintado pelas mãos do médium Jurandir da Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade.
A entidade trabalhou até meados da década de 1970, quando Zélio faleceu, aos oitenta e quatro anos de idade. Segundo Zilmeia de Moraes (filha de Zélio) após o seu falecimento, a entidade não mais se manifesta em terreiros, estando atualmente incumbido apenas de zelar pela religião. Na visão umbandista o caboclo foi, em uma das suas anteriores encarnações, o padre jesuíta Gabriel Malagrida.
Pai Antonio incorporado em Zélio de Moraes na Cabana de Pai Antonio, em Boca do Mato - Cachoeiras de Macacu - RJ.
Zélio de Moraes sendo homenageado na Tenda Nossa Senhora da Piedade na década de 1970.
SAIDENBERG, Thereza. Como surgiu a Umbanda em nosso país: 70° aniversário de uma religião brasileira. Revista Planeta, São Paulo, n° 75, dez 1978. p. 34-38. O fundador da Umbanda e sua missão na Terra. Seleções de Umbanda, nrs. 6 e 7, 1975. SOUZA, Leal de. No Mundo dos Espíritos. 1925. PINHEIRO, Robson. Aruanda (pelo espírito Ângelo Inácio). Contagem (MG): Casa dos Espíritos Editora, 2004. 288p. ISBN 97885-87781-14-7
Festividade de formatura de sacerdotes da Federação Umbandista do Grande ABC em 1977. Na primeira fila podemos ver (da esquerda para a direita): Dona Isabel (esposa de Zélio de Moraes), Dona Zélia de Moraes, Sr. Julio (esposo de Dona Zélia), Dona Zilméia de Moraes e Senhor Cunha (esposo de Dona Zilméia). Mãe Zilméia de Moraes (Filha de Zelio de Moraes)deu prosseguimento ao trabalho de seu pai durante toda sua encarnação, dedicando sua vida à pratica da caridade, sempre com muita simpatia e simplicidade. Mãe Zilméia, médium do Caboclo Branca Lua e da Preta-Velha Vó Tiana.
OXUM
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Orixá originário da terra de Ijexá. Genitora por excelência, ligada particularmente à procriação. Deusa das águas doces, reina sobre os rios, também divindade do ouro e dos metais amarelos. Coquete e vaidosa foi segunda esposa de Xangô, tendo vivido anteriormente com Ogum, Orunmilá e Oxossi. Oxum é o nome de um rio em Oxogbo, região da Nigéria. É ele considerado a morada mítica do Orixá. Apesar de ser comum a associação entre rios e Orixás femininos da mitologia africana, Oxum é destacada como a dona da água doce, e por extensão, de todos os rios. Portanto seu elemento é a água em discreto movimento nos rios, a água semi-parada das lagoas não pantanosas, pois as predominantemente lodosas são destinadas à Nanã, e principalmente as cachoeiras são de Oxum, onde costumam ser-lhe entregues as comidas rituais votivas e presentes de seus filhos-de-santo. Oxum tem a ela ligado o conceito de fertilidade, e é a ela que se dirigem às mulheres que querem engravidar sendo sua a responsabilidade, de zelar tanto pelos fetos em gestação como pelas crianças recém-nascidas, até que estas aprendam a falar. Oxum, foi reservado o posto da jovem mãe, da mulher que ainda tem algo de adolescente, coquete, maliciosa, ao mesmo tempo em que é cheia de paixão e busca objetivamente o prazer. Sua responsabilidade em ser mãe se restringe às crianças e bebês. Começa antes, até, na própria fecundação, na gênese do novo ser, mas não no seu desenvolvimento como adulto. Oxum também tem como um de seus domínios, a atividade sexual e a sensualidade em si, sendo conside-
“Mãe da água doce, Rainha das cachoeiras, Deusa da candura e da meiguice, Dona do ouro”. “Ai Ei Eiô, Mamãe Oxum” rada pelas lendas uma das figuras físicas mais belas do panteão mítico iorubano. Ambiciosa; sua cor é cobre com raias de ouro.Segundo a tradição ioruba, seu metal é o cobre – mas a correlação com o ouro não está basicamente errada, pois, de acordo com os historiadores, o cobre era o metal mais caro conhecido naquela região. Oxum, portanto, gosta das riquezas materiais, mas não numa perspectiva de usura nem uma mesquinhez de quem quer ter riquezas para escondê-las. A iniciação (na Umbanda ou no Candomblé) é um nascimento e o poder da fecundidade tem de estar presente, pois Oxum mostrou que a menstruação, em vez de constituir motivo de vergonha e de inferioridade nas mulheres, pelo contrário proclama a realidade do poder feminino, a possibilidade de gerar filhos. Além disso, o fluir nada fixo da água doce pelos diversos caminhos, a maneabilidade do elemento se manifestam no comportamento de Oxum. Sua busca de prazer implica sexo e também ausência de conflitos abertos – é dos poucos Orixás iorubas que absolutamente não gosta da guerra. Maternal, carinhosa e muito afetiva às crianças, amante da beleza e do adorno. Também é chamada de Iyálòóde, título conferido à pessoa que ocupa o lugar mais importante entre todas as mulheres da cidade. Seus axés são pedras do fundo do rio Oxum, jóias de cobre, no Brasil, pedras de rio e adornos de metal amarelo. Sua cor e contas é amarelo-ouro, sua saudação: Ore Yèyé o!!!, chamemos a benevolência da mãe!!
ARQUÉTIPO:
(Do livro “Orixás - Pierre Fatumbi Verger - Editora Corrupio”)
O arquétipo de Oxum é o das mulheres graciosas e elegantes, com paixão pelas jóias, perfumes e vestimentas caras. Das mulheres que são símbolos do charme e da beleza. Voluptuosas e sensuais, porém mais reservadas que Oyá. Elas evitam chocar a opinião pública, à qual dão grande importância. Sob sua aparência graciosa e sedutora, escondem uma vontade muito forte e um grande desejo de ascensão social. Mãe da água doce, Rainha das cachoeiras, deusa da candura e da meiguice, dona do ouro. Oxum é a Rainha de Ijexá. Orixá da prosperidade, da riqueza, ligada ao desenvolvimento da criança ainda no ventre da mãe. Oxum exerce uma ampla influência no comporta-
página 17 mento dos seres humanos, regendo principalmente o lado teimoso e manhoso, além daquele espírito maquiavélico que existe em todos nós. Dizem que “a vingança é um prato que deve ser servido frio” e a articulação da vingança e seus pormenores têm a influência desta força da Natureza. No bom sentido, Oxum é o “veneno” das palavras, é o comportamento piegas das pessoas, é a forma “metida”, esnobe, apresentada, principalmente pelo sexo feminino. Oxum é o cochicho, o segredinho, a fofoca. Geralmente está presente quando um grupo de mulheres se reúne. É o seu habitat, pois está encantada nas conversas, nos risinhos, nos comentários, nas intriguinhas. Oxum rege o charme, o it, a pose. Tudo que está ligado à sensualidade, à sutileza, ao dengo, tem a regência de Oxum. Esta força é que desenvolve tais sentimentos e comportamentos nos indivíduos, sendo o sexo feminino o mais influenciado. Oxum também é o flerte, o namoro, a paquera, o carinho. É o amor, puro, real, maduro, solidificado, sensível. Oxum não chega a ser a paixão. Esta é Iansã. Oxum é o amor, aquele verdadeiro. Ela propicia e alimenta este sentimento nos homens, fazendo-os ser mais calmos e românticos. Realmente, Oxum é a
Deusa do Amor. Sua força está presente no dia-a-dia, pois quem nunca amou de verdade? Embora o mundo de hoje esteja tumultuado demais, ainda existe espaço no coração dos homens para o amor. Ele ainda existe, e Oxum é quem gera estes sentimentos mágicos... Oxum é o sentimento doce, equilibrado, maduro, sincero, honesto. É o sentimento definitivo, aquele que dura a toda a vida. Oxum é a paz no coração, é o saber que “amo e sou amado”. Mas ele se encanta também na manha, no denguinho feminino, na vontade de ter algo, apenas por ter. Ela é o mimo, a menininha mal acostumada. É a sensualidade do “biquinho” feminino, quando quer uma coisa. É o charme! Oxum também é a água doce, o olho d’água, onde encanta seu filho Logun-Éde. É a cachoeira, o rio, que também tem a regência de seu filho. É a queda da água da cascata. Regente do ouro, ela está presente e se encanta em joalherias e outros lugares onde se trabalha com ouro, seu metal predileto e de regência absoluta. É a protetora dos ourives. Oxum é o próprio ouro, e está presente em todas as peças e jóias feitas com este metal. Entretanto, a regência mais fascinante de Oxum é
a fecundação, melhor, o processo de fecundação. Na multiplicação da célula mater – que vai gerar a criança, a nova vida no ventre – Exu entrega a regência para Oxum, que vai cuidar do embrião, do feto, até o nascimento. É Oxum que vai evitar o aborto, manter a criança viva e sadia na barriga da mãe. É Oxum que vai reger o crescimento desta nova vida que estará, neste período de gestação, numa bolsa de água – como ela, Oxum, rainha das águas. É sem duvida alguma, uma das regências mais fascinantes, pois é o início, a formação da vida. E Oxum “tomará conta” até o nascimento, quando, então, entregará para Yiá Ori (Iemanjá), que dará destino àquela criança. Como disse antes, Oxum é uma força da Natureza muito presente em nossas vidas, já que todos nós fomos gerados no útero materno; todos nós convivemos ainda na barriga da mãe, com Oxum e, num breve sentimento de carinho e amor, estaremos desenvovendo esta força dentro de nós. Oxum é o amor e a capacidade de sentir amor. E se amamos algo ou alguém é porque ela está viva dentro de nós.
www.templodeogum.com
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História Que o Vovô Conta - “Xangô” Mensagem recebida por: Douglas Elias
Por Vovô Florentino de Agodô escrita por Douglas O Elias (http://douglas-elias.blogspot.com) Machadinho já não sabia mais como se comportar diante dos eventos da sua vida. Tanto sofrer que não compreendia o porquê, afinal, sabia que tinha um bom coração e amor pelas pessoas e desde criança foi determinado em sua fé enquanto procurava entender e conhecer Deus , Seus Mistérios Divinos e a Vida. Sempre se esforçou nos estudos, no trabalho, na dedicação à sua família e as outras pessoas mas sempre vinham problemas. Era só uma conquista de seus objetivos, por menor que fosse, e sua alegria era desmerecida por quem mais amava e por outros, transformando-se a graça em desgraça atraindo novos problemas. E ele sempre conseguia resolvê-los, de alguma forma, mas agora,maduro de idade, estava cansado. Achava que já deveria ter conquistado pela dedicação de amor, amparo e caridade a todos que se relacionou, uma tranquilidade para sua vida, porém, esta parecia estar se destruindo. Sentia-se solitário e permitiu-se desequilibrar em seus pensamentos pela tristeza, mágoas e solidão. Começou a procurar eventos errados que fez no passado, para justificar seu sofrimento , mas mesmo assim, considerava que foram maiores os acertos, o que, apesar da positividade, lhe emprestava a dolorida dúvida : -Será que agi acertadamente me dedicando para os outros serem felizes? Por que será que me perseguem tanto? Porque gostam de me ver infeliz? Fechou-se em si e sofria calado, resignado acreditando que realmente este seria seu carma. Numa bela noite, lembrou-se da oração, o que não fazia há tempos e a ela dedicou alguma gratidão, clamando por ajuda, e assim, foi interrompido pelo telefone que tocava e atendendo, surpreendeu-se pela sua amiga Mariângela preocupada com sua ausência. Emocionado, desabafou e contou-lhe como estava, sendo perfeitamente ouvido pela amiga que sem maiores considerações,o convidou para uma consulta ao Caboclo na Tenda de Umbanda que frequenta-
va. Apesar de o depressivo Machadinho guardar resistência à Religião Umbanda pois a considerava misticismos e magias negras, aceitou. No dia marcado, acompanhado por sua amiga, Machadinho entrava no Templo de Umbanda, postando-se na fila de atendimento e observando, travando novas amizades onde ouvia vivências de problemas e das graças alcançadas . Comoveu-se ao sentir a pureza da Fé daqueles crentes e encheu-se de esperança, sentindo-se melhor e animado. Chegando sua vez de atendimento, bem assessorado pelo Cambone, chegou na frente do médium de trabalho já incorporado pelo Caboclo que o recepcionou amável mas objetivo. Recebendo os passes, sentiu como uma ventania penetrando em todo seu corpo, limpando-o, deixando-o leve, e com os olhos fechados, percebia seu espírito ser envolvido numa aura luminosa, clareando seus pensamentos. Sentiu-se feliz e renovado e abrindo os olhos, percebeu por instantes a imagem sobreposta no médium de um Grande Anjo Índio com Cocar com penas vermelhas,o que numa sua piscadela de espanto, se desfez.
E Machadinho fez. Com muito respeito e Fé, apesar do nervosismo devido ao medo de fazer algo errado, este não manifestou e sua tranquilidade na emoção e na razão fez com que Seu Guia de Trabalho pudesse manifestar ali,nele e para ele, a lhe dizer: -Se Filho ficar ressabiado frente aos problemas da vida, se desequilibra e assim, se permite amarrar nos problemas, caindo e abrindo tudo o que é das trevas que vem pelas pessoas que não lhe tem afeição pois estão desequilibradas... E fazem isso com você...fizeram tantas rezas, tantas amarrações, tantos vodus e amaldiçoamentos que vigorou pesado no seu espírito e suas proteções também foram molestadas...Sua Fé através destes elementos já as anula e terá seu equilíbrio e proteção novamente...mas convêm saber que : * Se alguém sofre perante a Lei, é que deve sofrer e para ele, é graça pois errou bastante e tem que se recuperar pela mesma forma que errou, aceitando e procurando se corrigir em novas ações; * Quando outro alguém sofre e também acha que não fez para sofrer, também é graça pois aí, tem a oportunidade de fortalecer a sua Fé, aprender e incorporar os Mistérios que lhe confere os Seus guias e Protetores ,e que são dos Orixás para, a partir daí, ser também um servidor do Pai Maior para si e para os outros, atraindo felicidades e as realizando * Se houver alguns que não entenderam desta forma, que o sofrimento é graça e aviso para mudança de ações, terá a visita da loucura e tudo o que fará será em vão para a Luz, enviando-lhes a visita dos negativados e trevosos, o que também é uma graça e um grande aprendizado para recuperação.
Olhos marejados, agradecido, cumprimentou e já ia se retirar, mas ouviu do Guia:
*Atalhos a estas Verdades são indiferentes às Leis Divinas porquanto todos estão em aprendizado, porém, sempre às remetem A Elas para que saiba que os atalhos que alguns insistem em ativar, seja pelo mau comportamento nos relacionamentos onde inveja, ódio, fúria, zanga, mentiras, falsificações, provocações e tristeza que tanto projetam no dia a dia, são as verdadeiras magias negras, e que atraem outras piores, que deve e tem que combater.
-Não se apresse, homem porque tem receita para tu. Faças assim : (...)
*Este combate é feito dentro do seu campo de ação, e não nos deles.
Recebeu o abraço do Caboclo e retirou-se leve, feliz mas pensativo, com a anotação perfeitamente escrita com a ajuda do médium Cambone. Assessorado ainda por Mariângela,noutro dia, estava lá, no Sitio de Luz Dedicado às Oferendas dos Umbandistas, contemplando a beleza natural e a organização ritualística que pensava em aprender. Dirigiu-se à Excelsa Pedreira. Conferiu todos os elementos: - Sim,: cravos vermelhos,cerveja escura,velas brancas e vermelhas, panos vermelho e marrom, charuto,(...) sim, estava tudo certo , concluía.
-Quer isso dizer que Se Está em Paz e Na Luz, mesmo tendo problemas, sabe que serão solucionados e trarão aprendizados que deverá usar . É a partir dela – A Luz, a Paz e a Fé – é que devem ser ativadas as ações onde são projetado o que necessário for para proteger e anular a oposição que estão nas trevas.
-Fez a firmeza para sua esquerda antes de vir, pedindo licença e proteção, como lhe orientei?, Questionava-o Mariângela. - Sim, minha irmã . -Então, faça. Estarei aqui para auxiliar-lhe.
-Pois Tu sofreste para aprender e doravante deverá utilizar o que aprendeu para não sofrer mais. Esta é a sua Fé, portanto, viva a sua vida de maneira pacata e alegremente, sem se preocupar com coisa alguma, só com Olorum,Deus Pai pois Tudo é Obra Dele, e observe tua serventia para quem necessitado for, que estará enfim na felicidade do equilíbrio da razão, da emoção e dos sentidos. Machadinho compreendeu. Hoje, de “branco” veste sua Fé, que é projetada pelo
Caboclo do Orixá da Justiça, em Todas as irradiações e Vibrações dos Senhores e Senhoras Orixás, ativando as VERDADES Divinas para as pessoas que pela Fé, sabem que Deus – Olorum – é Pai de Amor,de Perdão e de Alegrias Infindas. Merece sempre nossa aceitação, compreensão, humildade, reconhecimento e nossa Gratidão! “XANGÔ KAO, KABECILÊ”
T.U OGUM MEGÊ CABOCLO FLEXEIRO E BAIANO ZÉ DO COQUINHO
Sessões às sextas-feiras, a partir das 20:00 horas. Orientação espiritual do Babalorixá Luciano ty Ogun.
Rua Professor Alberto Levy, n° 6 - Bairro Vila Leonor
Tel.: (11) 2218.2790
Pai Infinito e Misericordioso, Contemple minhas mazelas ! Veja como sofro, como me machucam tanto ! Minha vida não está em paz! Conceda-me Pai, da sua Realeza O Beneficio do Perdão para tudo que fiz Pois se fiz sofrer, ignorei ao irmão. Mas se me fazem sofrer, desejar seus sofrimentos não terá razão!
Pois Sei que A Lei Maior está na Sua Realeza, Amado Orixá, E assim, na minha fé em Ti,reconheço e tenho a certeza Que estarei acima do ódio, transformando-o em paz. Kaô,Kabecilê, Senhor Orixá Xangô Kaô,Kabecilê a Todos os Pais e Mães Xangô Abenção para Todos ! Abenção de Olorum e de Todos os Orixás.
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! U E C E ACONT
Eventos
Parte 1 e estival d F ° 3 o d es aboclos Campeo C e d a i e Ald mbanda 84,60 U a b im Curimba r e Cu
Escola d gia : han- 82,75 1° Lugar e Ecolo : Camin m u x O e Templo d Luz m 45 2° Lugar tes da nda Ogu a 79, a b m U de e Lu Terreiro oclo Set b a C e iro 3° Lugar Guerre
É com imensa honra, alegria e satisfação que a Aldeia de Caboclos vem à presença de todos os queridos e vibrantes participantes do Grandioso III Festival de Curimba Juventude Umbandista - Um Grito de Liberdade, para agradecer o comparecimento e o compartilhamento das emoções, mostras de arte e cultura e da grande vitória que foi a realização deste grandioso evento. Obrigado a tão querida Nação Umbandista e aos que apóiam e simpatizam com esta nobre causa e com esta iluminada religião. Obrigado por terem tornado realidade a concretização deste Festival de forma magnífica, obrigado por vocês terem feito parte de um momento antológico tanto para arte Umbandista como para Umbanda em sua essência. Agradecemos de coração as energias ultrapositivas emanadas do cativante, participativo e animado público que cantou, aplaudiu, vibrou, se maravilhou e se
emocionou com o beleza do que viu. Pois, todo o trabalho que ali se exteriorizou foi desempenhado com muita competência, esforço, união, harmonia, aplicação, determinação, alta capacidade, espírito de superação e acima de tudo com muito amor real a causa por toda a equipe da Aldeia de Caboclos e seus apoiadores. Os nossos agradecimentos a toda mídia presente pela bela cobertura do memorável evento, aos empenhados patrocinadores, bem como o nosso muito obrigado a organização da Casa de Shows Expresso Brasil pela integral dedicação demonstrada, e a Secretaria de Cultura da Cidade de São Paulo pelo exponencial suporte ao Festival. Felizes por termos a certeza do vastamente positivo rompimento de grandes barreiras e paradigmas no dia 23/09/2012, incomensurável a satisfação em poder proporcionar tanto ao Universo Umbandista como ao
dos Cultos Afro-Brasileiros em geral, o prazer de ver de perto a força de nossas origens e de nossa cultura brilhando no canto de cerca de R$ 3.500 pessoas.Um momento antológico para nação Umbandista! Um belíssimo trabalho que se desenvolveu sob o comando de Pai Engels de Xangô com suporte integral da exemplar equipe da Aldeia de caboclos, contando, igualmente, com o apoio do atuante vereador Quito Formiga. Força aos Festivais, alegria e cada vez mais beleza aos nossos toques e cantos, cada vez mais união e harmonia entre os Umbandistas e as religiões como um todo. Obrigado a Todos e Muito Axé! Salve a Umbanda e os nossos Orixás! Escola de Curimba e Arte Umbandista Aldeia de Caboclos
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LANÇAMENTO DO LIVRO:
Rituais com Ervas-Banhos, Defumações e Benzimentos
Eventos
No dia 30 de Setembro último, Adriano Camargo, conhecido por todos nós da Umbanda e dos meios espiritualistas como O Erveiro da Jurema, lançou seu fantástico livro RITUAIS COM ERVAS – BANHOS, DEFUMAÇÕES E BENZIMENTOS. A sede Templo Escola Ventos de Aruanda, em São Bernardo do Campo ficou pequena para acomodar os amigos que vieram prestigiar o evento. A Escola de Curimba Aldeia de Caboclos esteve presente, assim como Severino Sena e Cida Sena da Escola Tambor de Orixá prestigiando o evento e abrilhantando com seu toque e canto. O novo livro do Erveiro traz um bom conjunto de ervas, formas de uso, aplicações, classificação, em uma linguagem simples e de fácil aprendizado.
Principais Locais de Venda: Casa de Velas Santa Rita (11) 3208-7022 ou (11) 3208-7314 Praça da Liberdade, 248 Liberdade - SP em frente a estação Metro Liberdade www.srita.com.br
Colégio de Umbanda Pai Benedito de Aruanda – confirmar horário por tel. (11) 4221-4288 Rua Serra da Bocaina www.colegiodeumbanda.com.br
Escola de Magia (11) 6583-5544 ou (11) 6585-5544 Rua Apeninos, 306 – Aclimação - SP www.escolademagia.com.br
Colégio de Umbanda Pena Branca – confirmar horário por tel. (11) 5072-2112 Rua Paracatu, 220 – Saúde
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O maior santuário ao ar livre da América Latina SANTUÁRIO NACIONAL DE UMBANDA
Santuário dos Orixás
Imagem de Oxossi restaurada Abertura do ano espiritual
Reserve sua área!
Faça uma excursão e venha conhecer! Loja
Oferendas e Trabalhos
Conheça os livros de Pai Ronaldo Linares
Amplo estacionamento, Lanchonete, Loja de Artigos Religiosos, Locais para trabalhos e oferendas. Como chegar no Santuário De ônibus: Existe uma única linha de ônibus que vem até o Santuário. A boa notícia é que temos um ponto de ônibus bem em frente à Portaria. Esta linha chama-se LINHA 26 - BARALDI e passa em frente aos seguintes terminais: Terminal do Paço Municipal de São Bernardo do Campo Terminal Ferrazópolis de São Bernardo do Campo Se você estiver na cidade de São Paulo, a melhor alternativa é dirgir-se à Estação Jabaquara do Metrô. Lá, pegue um Trólebus que venha até o terminal Ferrazópolis de São Bernardo do Campo. Em frente ao terminal, pegue o Linha 26 - Baraldi.
www.santuariodeumbanda.com.br federecaoabc@terra.com.br
Estrada do Montanhão 700 - Pq. do Pedroso - Santo André - SP
(11) 4338-0946 / 4238-5042 / 4338-0261
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PRÊMIO SETE MINISTROS DA CURIMBA Eventos
O prêmio Sete Ministros da Curimba foi um evento esplendoroso, realizado domingo dia 14 de outubro na Casa de Portugal, centro de São Paulo. Entre os principais laureados estava Pai Élcio de Oxalá, que com sua música ajuda a espalhar a religião, Rádio Raízes de Umbanda, Rádio Vinha de Luz, Jornal Aldeia de Caboclos, Obá José Ferreira Mendes tetraneto do Zumbi dos Palmares, Juiz Marcelo Roland, Monsenhor Marcos Fontana, Pai Barbosa da FTU (Faculdade de Teologia Umbandista), Advogado Dr. Ruy Chagas, Dr. Donizete Aparecido Pinton, Diretora jurídica da Folha de São Paulo Dr. Maria Helena Souza Leite, Pai Ortiz Bello, Pai Vladmir, Pai Maurício de Xangô, Mãe Margarete presidente da FECUNCANB (Organização Federativa De Candomblé e Umbanda Das Nações Do Brasil), Pai Genildo do Oxóssi presidente do Instituto Cultural Umbandista da Cidade Tiradentes, Luci Rosa, Mãe Roberta da Oxum, Marques Rebelo - revista Espírita de Umbanda e Sandro Bernades. O evento teve como objetivo juntar pessoas que fazem algo pelo culto afro-brasileiro, como os artistas plásticos José, Sonia e Renaldo como também o grupo de capoeira do representante Sônic, que de alguma forma ajudam a expandir os seus limites e com isso quebrando a barreira do preconceito. Dia 14 de Outubro de 2012 ficará marcado na memória das pessoas, pois foi o dia que Armando de Ogum, Diretor Presidente do Jornal Umbanda Brasil conseguiu reunir o povo das religiões afrodescente como também a cultura do povo Cigano para uma única festa. O Jornal Umbanda Brasil está veiculando desde 2010 e a pesar do pouco tempo de vida deste jornal, ele já se encontra entre os principais meios de comunicação da religião. O Jornal veio com o propósito de ensinar as pessoas tanto que já praticam como os não praticantes e até mesmo os leigos sobre o culto religioso. Sendo está uma das formas de mostrar a beleza da nossa religião.
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página 26 No dia 06 de outubro próximo passado, foi realizado em Curitiba, o 1º ENCONTRO ÍBÀ OJÍSÈ DE CURIMBA E OGÃS. Foi uma festa maravilhosa, por onde passaram por volta de 1.100 pessoas, tivemos apresentações de varias curimbas e ogãs, numa clara e límpida demonstração de fé...
1º ENCONTRO ÍBÀ OJÍSÈ DE CURIMBA E OGÃS.
Tivemos também apresentações de Capoeira, Maculelê e Puxada de Rede, com o grupo Senzala. O ponto alto do evento foi a apresentação/estréia do grupo ÍBÀ OJÍSÈ, que foi formado por Ogãs, Dançarinos e Cantores, de terreiros variados, que se reuniram para expressar sua fé através da música e da dança. A organização do evento foi dos Terreiros de Curitiba ASSEMA, TUROMM E SANANDA Participaram deste encontro: De São Paulo: Aldeia de Caboclos Rogério Xorôque Suellen Luz Nego Raiz
Do Rio de Janeiro: Tião Casemiro José Carlos de Oxóssi Léo Batuke Helena de Oyá Marcio Barravento
De Curitiba: ASSEMA Sananda Turomm Guerreiros de Oxalá Tufoy Tio Antonio Pai Maneco Caboclo Tupinambá
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