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Espetáculo “Chapeuzinho Esfarrapado”: Uma Jornada de Transformação e Reflexão

A CAIXA Cultural Brasília recebe, até 16 de julho, o espetáculo teatral Chapeuzinho Esfarrapado, uma envolvente criação com texto inédito da premiada dramaturga carioca Marcia Zanelatto. Dirigida por Camila de Sant’Anna e Lidia Olinto, a peça mostra a jornada da personagem Chapeuzinho Esfarrapado em busca de uma melhor e mais corajosa versão de si mesma.

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Inspirada no jogo dos sete erros, a peça Chapeuzinho Esfarrapado dá a ver, num jogo de cena que se repete cinco vezes, o processo de amadurecimento da personagem Conceição. Nesse jogo, ela experimenta formas de se proteger da invasão do Trácado, personagem que insiste em se apoderar da sua cozinha - espaço mágico onde ela elabora seu desenvolvimento físico e espiritual através dos alimentos. Em cena, os talentosos atores Silvia Paes e Mattoso Ribeiro trazem à vida personagens cativantes e arquetípicos, conduzindo o público por uma narrativa mágica e reflexiva. Além de sua atuação marcante, Mattoso também é responsável pela trilha sonora, enriquecendo a experiência teatral com composições originais que serão executadas ao vivo.

A produtora gaúcha Tela Indígena desenvolveu por meio de laboratórios artísticos e estúdios de gravação nas comunidades indígenas Kaingang de Nonoai e Canela (RS), o projeto de um novo álbum musical e visual com canções inéditas e tradicionais de autoria indígena. O álbum Goj tej e goj ror, as águas são nossas irmãs nasce do encontro de diferentes gerações para dialogar e cantar sobre e para as águas.

A temática vem da atual crise hídrica brasileira e a importância de preservar e valorizar a água, além dos territórios e cultura Kaingang. A concepção, indicação e seleção das 19 faixas foi realizada pelos Kaingang em cada um dos territórios e os laboratórios artísticos e interdisciplinares reuniram kujá (pajés), músicos, artistas visuais e produto- res culturais não indígenas, nos territórios Konhún Mag, em Canela, e Nürvenh, em Nonoai, entre outubro/22 e janeiro/23. O repertório é composto por músicas inéditas criadas e gravadas para o próprio álbum, em que os indígenas se inspiraram durante o período de laboratório, e outras canções tradicionais, passadas de geração em geração, que remetem ao gufã (tempo antigo e mítico, geralmente a ver com a flora, rios, território, alimentos e animais presentes nas histórias). Entre os instrumentos utilizados estão o violão taquara, chocalho, flauta de bambu e apito. “Nasci neste rio lindo que vem tentando sobreviver e a música que canto conheci com meu avô”, diz Iracema Gah Teh, 59 anos, líder indígena e kujá envolvida em toda realização do álbum.

SERVIÇO:

Local:Teatro da CAIXA (SBS Quadra 4 Lotes 3/4)

Data: até 16/07

Programa social comemora formação de 1.017 jovens

Realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF), a montagem apresenta uma dramaturgia não-linear que convida o público a acompanhar a personagem enfrentando um desafio que se repete, mas que não encontra a mesma menina a cada vez. Inspirada no conceito de que nunca entramos no mesmo rio, pois nunca somos a mesma pessoa de antes e o rio também muda a cada momento em seu leito, a peça é um convite para mergulhar em uma história que a cada repetição surge de forma diferente, revelando novas perspectivas e possibilidades. O cenário e o figurino cuidadosamente desenvolvidos por Maria Villar complementam a imersão na narrativa, transportando o espectador para um mundo repleto de descobertas. A iluminação primorosa assinada por Ana Quintas proporciona uma atmosfera visualmente lúdica, envolvendo o público em cada cena. Os ingressos custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada para estudantes, professores, funcionários e clientes vez. Inspirada no conceito de mo rio, pois nunca somos a de

CAIXA, pessoas acima de 60 anos). A bilheteria fica aberta de terça a sexta e domingo, das 13h às 21h, e sábado, das 9h às 21h. Para mais informações, entre em contato pelo telefone (61) 3206-6456.

Horário: 16h, sábados e domingos (sessões gratuitas fechadas para escolas às quintas e sextas-feiras às 14h30)

Na quarta (12), o Museu Nacional da República tornou-se palco para a festa de formatura do Centro de Juventude (CJ). Protagonistas do evento, 1.017 formandos celebraram junto a familiares e amigos a capacitação nos cursos profissionalizantes e oficinas culturais e esportivas. A ação é uma iniciativa da Secretaria de Família e Juventude do DF (SEFJ), em parceria com a IECAP Agência de Transformação Social.

O evento marcou a conclusão das 64 turmas realizadas no CJ, realizadas de julho de 2022 a julho de 2023, nas regionais de Ceilândia, Estrutural e Samambaia Norte. Além dos cursos e oficinas, o espaço também ofereceu acolhimento e orientação psicossocial para jovens e familiares, somando mais de 750 atendimentos no último ano.

Repleta de emoção, a festa de cerimônia deu protagonismo aos jovens formandos, que se revezaram no palco emapresentaçõesartísticasde violão, teatro e breakdance. Em todas as vertentes de atuação - profissionalização, cultura e esporte -, o CJ tem destaques no cenário distrital e nacional. No muaythai, os jovens atletas da Estrutural que compõem o ranking do Juventude Team conquistaram 90% de rendimento nos campeonatos disputados, colecionando medalhas, troféus e cinturões no esporte. No teatro, o coletivo artístico CeinCena, formado por artistas do CJ de Ceilândia, lota os palcos da cidade com suas performances autorais envolventes e reflexivas sobre a realidade do cotidiano, e possuem dois troféus pelo FESTA – Festival Estudantil de Teatro Amador.

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