6
REFLEXÃO
O JORNAL BATISTA Domingo, 01/08/21 VIDA EM FAMÍLIA
Jovens, firmem seus valores! Lembro-me muito bem, numa de minhas férias, ainda bem jovem e solteiro, escolhi para ler naqueles dias um livro de Charles Swindoll que tem como título “Firme seus valores”, publicado pela Editora Betânia. Como aquele livro fez bem à minha vida! Creio que, depois da Bíblia, esse livro deveria ser incentivado à leitura por parte dos jovens em nossas famílias e Igrejas nos dias de hoje. Temos visto, infelizmente, que muitos jovens de famílias cristãs e que frequentam nossas Igrejas estão com seus valores firmados não na Bíblia, a Palavra de Deus, mas em correntes ideológicas que tem suas bases distantes dos princípios judaico-cristãos. Como esse livro, ainda em circulação, foi importante para eu resistir as argumentações de professores ateus durante meus estudos de filosofia na Universidade do Estado do Rio de Janei-
ro (UERJ) na primeira metade da década de 80. Recentemente, presenteei esse livro a uma jovem que estava começando seus estudos de medicina numa universidade pública, pois estou certo de que serão anos de muita provação para que ela negue tudo o que aprendeu de seus pais e em sua Igreja. Recentemente recebi a ligação de um pai derramando suas lágrimas pela filha que tinha se desviado, por completo, dos caminhos do Senhor, após se ingressar numa universidade para cursar medicina. Um outro amigo meu também compartilhou, com tristeza, que sua filha tinha “virado a cabeça” ao entrar para a universidade. Por que isso? Precisamos trabalhar com nossos jovens, em nossas famílias e em nossas Igrejas, a importância de firmarem seus valores, acima de qualquer ideologia, na Palavra de Deus.
Certa vez, pregando em uma Igreja, cantou um lindo coro formado por jovens e adolescentes. Enquanto ouvia a bela música, perguntava a mim mesmo quantos jovens ali condenavam o aborto, a ideologia de gênero, preservavam sua virgindade guardando-a para o casamento, tinham o propósito de casarem “no Senhor”. Com certeza, muitos, mas posso garantir que muitos também não tinham o menor problema em estar na Igreja, mas com seus valores distantes dos ensinos da Bíblia. A tarefa de ajudar os jovens em firmar seus valores é da família, é da Igreja, é da denominação. A família é a primeira linha de fortalecimento dos valores na vida dos jovens. A Igreja deve estar atenta para ser relevante e ajudar os jovens a responderem os questionamentos do mundo com convicção, tendo como fundamento a ética cristã.
A denominação também tem um papel importante. Nos congressos, nas literaturas e nos encontros que realiza temas éticos, com o enfoque cristão, devem ser discutidos, debatidos e ministrados. Que nos preocupemos com essa faceta na vida dos jovens que estão ao nosso redor. Muitos já foram cooptados, outros estão sendo e muitos ainda o serão se não fizermos alguma coisa, em nossos lares, em nossas Igrejas e em nossa denominação. n
são humilde. Não é a criança que precisa se tornar adulta para fazer parte do reino de Deus, e sim, na linguagem de Jesus, é o adulto que se torna criança e, assim, se converte ao Senhor. As crianças foram usadas por Jesus como paradigma de conversão e humildade. Segundo Cristo, receber um pequenino em Seu nome é receber a Ele mesmo (cf. Mateus 18.5). Jesus ama as crianças, e, por isso, combateu o preconceito e desprezo social da época com elas e as incluiu no reino dos céus. Em outro contexto, o Mestre orientou Seus discípulos a não impedirem as crianças de terem acesso a Ele, e a justificativa é esclarecedora e desafiadora:
“dos tais é o reino dos céus”. Quando seguimos os passos de Jesus aprendemos a amar e a investir no mesmo foco do Mestre. A Igreja de Jesus Cristo precisa aprender a valorizar as crianças, tal como o Seu Cabeça. Se Jesus, como dono e cabeça da Igreja, ama e valoriza as crianças, o Seu Corpo também deve priorizar as crianças, uma vez que elas estão e são mais sensíveis e disponíveis para a semente do Evangelho. Se quisermos uma nova geração que levará s mensagem da Palavra adiante e continuará a fazer a vontade de Deus até Jesus voltar, precisamos investir esforços, recursos materiais e
humanos, preparar líderes capacitados e piedosos, a fim de que nossas crianças sejam ensinadas a trilhar o caminho do Senhor, a amar a Deus acima de todas as coisas, e a considerar o Senhor em todas as decisões. Seguir Jesus é nutrir um amor incondicional pelas crianças; é sentir muita responsabilidade com nosso cuidado para com os pequeninos. Somos responsáveis pela nova geração emergente, e como Igreja precisamos ser fiéis na instrução bíblica. Precisamos ensinar as crianças a louvar, amar, celebrar, seguir os passos de Jesus. Que nossas crianças sigam o Mestre! n
Por: Gilson Bifano Preletor, escritor na área de família e casamento. Siga-me no Instagram e no Twitter: @gilsonbifano. Facebook: facebook/gilsonbifano E-mail: oikos@ministeriooikos.org.br
Crianças seguindo Jesus Jeferson Cristianini
pastor, colaborador de OJB
Jesus ama as crianças e demonstrou em Seu ministério. Ele aproximou os pequeninos quando queriam afastá-los da presença dEle; abençoou as crianças enquanto os discípulos repreendiam; colocou a criança no meio, ou seja, no local de destaque e disse assim “Em verdade vos digo que, se não converter e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus” (Mt 18.3). Para Jesus, a entrada no reino dos céus está atrelada ao estado de humildade de uma criança. É necessária conver-