Jornal Brasília Capital 555

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Entrevista / Bispo Renato Andrade

“População dará mais 4 anos ao governador”

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DIVULGAÇÃO

Via Satélites – Página 8

O bom atendimento da Galeteria Serrana e o capricho da Doce Lu Café Ano XII - número 555

Brasília, 26 de fevereiro a 4 de março de 2022

Dedé Roriz – Página 12

DIVULGAÇÃO ANTÔNIO SABINO

Entrevista / Rosilene Corrêa

“Ibaneis é preconceituoso” ANTÔNIO SABINO

Diretora do Sinpro lamenta declaração do governador de que assembleia dos professores seria palanque para a pré-candidatura dela ao Buriti. Fala dos problemas vividos nas escolas públicas com a volta das aulas presenciais após dois anos e diz que 26 mil estudantes estão sem matrícula na rede oficial.

DIVULGAÇÃO

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Magela aposta na federação PT-PV-PSB-PCdoB Ex-deputado, que pretende concorrer ao GDF, foi o primeiro entrevistado do programa Brasília Capital Notícias – Eleições 2022, uma parceria do Brasília Capital com a TV Comunitária e o Blog do Chico Sant’Anna

Pesquisas antecipam cenários de outubro

“Marca do governo é a falta de sensibilidade”, diz Izalci

Página 6

Chico Sant’Anna – Página 7

Pelaí – Páginas 2 e 3


Brasília Capital n Política/ Pelaí n 2 n Brasília, 26 de fevereiro a 4 de março de 2022 - bsbcapital.com.br

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“Pré”-campanha antecipada? Enquanto a maioria dos políticos decide que rumo tomar nas eleições de outubro, o senador Izalci Lucas (foto) não tem dúvidas: quer concorrer ao Buriti. Na metade do mandato de oito anos, já é, oficialmente, o pré-candidato do PSDB. PANFLETO – E não perde tempo: está distribuindo um panfleto (foto), bem produzido, por sinal, com título “Porque sou pré-candidato a governador do DF”. E detona a gestão de Ibaneis Rocha (MDB). MARCA – A peça diz que “Ibaneis gasta milhões em propaganda para esconder o fracasso de sua administração

ROQUE DE SÁ/AGÊNCIA SENADO

na Saúde, na Educação e na Infraestrutura. “A marca do atual governo é a falta de sensibilidade social”, dispara. CORRUPÇÃO – Izalci conta sua história, cita realizações do mandato e lembra escândalos de corrupção no GDF nos últimos três anos. Entre eles, a Operação Falso Negativo, que prendeu a cúpula da Secretaria de Saúde no auge da maior crise sanitária da história. CIRCULAÇÃO INTERNA – Para não configurar campanha antecipada, Izalci se guarnece com um asterisco na última página do panfleto: “material para circulação interna nos eventos do PSDB-DF”.

Perde e ganha A possibilidade de o senador Reguffe (Podemos - foto) se filiar ao União Brasil o aproxima de uma boa soma de recursos do Fundo Eleitoral e de um expressivo tempo de TV, importantes na disputa ao GDF. Mas, ao mesmo tempo, o afasta de possíveis parceiros. Um dos que não deseja se aliar ao União (resultado da fusão PSL-DEM) é o ex-presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle (PDT). PRESSÃO – Joe estava a poucos passos de apoiar Reguffe ao Buriti, mas tem se aproximado da sena-

dora Leila Barros (Cidadania), que pode ir para o PDT para disputar o GDF. A pressão sobre Leila é menor. Afinal, ela está na metade do mandato de oito anos. Reguffe, caso não seja eleito, ficará sem mandato por quatro anos. DOBRADINHA – O certo, porém, é que o senador, para onde for, estará acompanhado da deputada Paula Belmonte, com quem formará uma dobradinha para o governo e para o Senado. Só falta decidir quem vai concorrer a quê.


Brasília Capital n Política/ Pelaí n 3 n Brasília, 26 de fevereiro a 4 de março de 2022 - bsbcapital.com.br

Transtornos da obra do BRT A população de Ceilândia promoveu um protesto, terça-feira (23), contra a obra do BRT, que vai ligar o Sol Nascente ao Plano Piloto. O assunto foi levado ao plenário da Câmara Legislativa pelo deputado Chico Vigilante (PT), morador da cidade.

PEDRO FRANÇA/AGÊNCIA SENADO

O Brasil, a guerra e a construção da paz

MUDANÇA – Vigilante esclareceu que o atual governo mudou o projeto aprovado na gestão de Agnelo Queiroz (PT), transferindo a pista do BRT, que seria no canteiro central, para as laterais das duas vias. CORREÇÕES – Com isso, está ocupando o espaço das calçadas e dos estacionamentos na via Hélio Prates. “É uma obra importante, mas foi desvirtuada. Portanto, peço ao governador que chame a Secreta-

ria de Obras para fazer as correções necessárias”, apelou. FALÊNCIA – O petista teme a falência de muitos comércios e a demissão de trabalhadores.

O papel do País é o de defender nos organismos internacionais os direitos humanos, a cooperação entre os países e a resolução pacífica dos conflitos Zélio Maia da Rocha (*)

Bolsonaro torna Brasil irrelevante Na quinta-feira (24), dia em que a Rússia atacou a Ucrânia, o mundo vivia a apreensão de uma guerra e mais de 500 brasileiros tentavam escapar do país invadido, o presidente do Brasil participava de uma motociata no interior de São Paulo. SOLIDARIEDADE – Bolsonaro (foto) inaugurou uma travessia feita pelo governo federal em Rio Preto e, durante o evento, não citou o conflito na Europa e nem se solidarizou com as famílias brasileiras retidas na Ucrânia. IRRELEVÂNCIA – Ao encerrar o discurso, proferiu seu slogan de campanha “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos” e finalizou com um grito de “iuhuuu”. Mais uma vez, o chefe do Executivo reafirmou sua irrelevância no cenário mundial. VENEZUELA – Além de desautorizar Hamilton Mourão, seu vice, Bolsonaro, que recentemente visitou o presidente Vladmir Puti, fez o

Itamaraty emitir uma nota sem se posicionar contra a Rússia – além dele, na América do Sul, apenas Maduro, da Venezuela, teve postura semelhante. FRACO – Mais cedo, o Ministério das Relações Exteriores emitiu nota pouco consistente em que “apela à suspensão imediata das hostilidades” entre os países europeus. MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL

D o i s anos de dolorosa crise sanitária já levaram mais de 5,4 milhões de pessoas em todo o mundo, dentre elas 674 mil brasileiros. No ano passado, mais de 82 milhões foram forçados a se deslocar em razão de perseguições, conflitos, violência e violação de direitos humanos em todo o mundo. Ao mesmo tempo, a insegurança alimentar aguda aumentou 40% e atingiu mais de 800 milhões no ano. Essas estatísticas testemunham que a Terra passa pela pior crise humanitária desde 1945, último ano da Segunda Guerra Mundial. Assim, perturba saber que o já deteriorado quadro mundial será agravado pelos últimos acontecimentos relativos à invasão russa na Ucrânia. Ainda que seja prematuro falar em um conflito de escala global, são inegáveis as repercussões econômicas e sociais negativas do conflito.

Perturba ainda mais saber que, diante desse quadro, a atuação internacional do Brasil é tímida e destoante de sua tradição diplomática. Isto porque, desde Barão do Rio Branco, os brasileiros têm um histórico de destaque nos organismos internacionais na promoção do equilíbrio do planeta. Podemos lembrar, por exemplo, da atuação do diplomata e político Oswaldo Aranha, que presidiu a primeira sessão da Assembleia Geral da ONU e foi determinante para a construção do Estado do Israel. Ou de Sérgio Vieira de Mello, diplomata da ONU que atuou em quinze missões de paz, dentre elas no Timor Leste, onde conduziu o processo de pacificação e independência daquele país. O soft power, compreendido como exercício do poder brando, realizado por meio do diálogo e do convencimento, é a característica da política externa brasileira ao longo das décadas, e conseguiu afirmar nosso país positivamente perante as nações. Ainda que não se possa ignorar o peso do poderio econômico e militar, o papel reservado a nós e que demonstramos ser competentes, é o de defender altivamente nos organismos internacionais os direitos humanos, a cooperação entre os países e da resolução pacífica dos conflitos. Essa postura, longe de ser uma pretensão utópica, precisa ser recuperada - a bem da defesa dos interesses nacionais e, ao mesmo tempo, dos esforços globais pela construção da paz e da justiça.

(*) Subprocurador-geral do DF, advogado (licenciado), professor de Direito Constitucional, atual diretor-geral do Detran


Brasília Capital n Opinião 4 n Brasília, 26 de fevereiro a 4 de março de 2022 - bsbcapital.com.br

Faça o que digo, mas não faça o que faço! Júlio Miragaya (*) AGÊNCIA BRASIL

Não se sabe quem criou o ditado popular do título acima. Mas ninguém faz mais uso dele que os EUA. Com a maior desfaçatez, o país que quase deflagrou a 3ª Guerra Mundial em 1962, quando a União Soviética pretendeu instalar mísseis em Cuba, hoje $eduz a Ucrânia a se associar à OTAN, possibilitando colocar seus mísseis a cerca de 50 Km de cidades russas, como Rostov, Belgorod e Gomel (Belarus). Os EUA condenaram a incorporação pelos russos, em 2014, da Península da Crimeia (território historicamente russo e decisão referendada por 77% dos eleitores da região). No entanto, sem qualquer consulta à população e com o uso da força, em 1836 os americanos tomaram o Texas do México; o extenso território envol-

vendo Califórnia, Nevada, Utah, Novo México e Arizona, também do México, em 1845; o Havaí, de sua rainha Liliuokalani, em 1893; Porto Rico, Cuba e Filipinas, da Espanha, em 1898; e o Panamá, da Colômbia, em 1903. Prática também corriqueira de seus aliados da OTAN, os decadentes imperialismos britânico e francês. Para ficar apenas no continente europeu, os britânicos ocuparam, pela força (e lá estão até hoje), o norte da Irlanda e o território espanhol de Gibraltar; os franceses ocuparam as “italianas” Córsega e Saboia. Olhem pros seus rabos, macacos! Agora os EUA condenam o apoio russo à secessão dos oblasts (províncias) de Donetsk e Luhansk, territórios historicamente russos, de maioria étnica russa e onde a esmagadora maioria fala o idioma russo. Mas, entre 1992 e 1995, fizeram o oposto, impondo à Iugoslávia, mediante bombardeios, a secessão da Bósnia Herzegovina, e voltaram a bombardear Belgrado em 1998/99 para impor a secessão do Kosovo, território integrante da Sérvia desde 1180 (mes-

mo quando administrado pelo Império Otomano de 1455 e 1912). Os exemplos de incentivo dos EUA à secessão de territórios são inúmeros: concitou a fragmentação da URSS na década de 1980; promoveu a secessão do sul do Vietnã em 1954, após o Viet Minh derrotar os exércitos coloniais japonês (1945) e francês (1954); sustenta econômica e militarmente Taiwan, província rebelde da China, assim como estimula movimentos secessionistas no Tibete e no Turquestão Chinês. A atuação dos EUA na Ucrânia, desde a desintegração da URSS, segue o velho modelo ianque: movimentação dos agentes da CIA acreditados como adidos militares na embaixada; “compra” da mídia local e internacional; manipulação de organismos internacionais para plantar suas versões dos fatos; financiamento a ONGs norte-americanas ou locais que promovam protestos “espontâneos” contra governos “inimigos”; etc. Foi assim na chamada Revolução Laranja (2004) e no Euromaidan (2013/14). Nada diferente do que fizeram no Chile em 1973; no Brasil em 1964 (IBAD,

IPES) e 2013 (MBL, VPR, Millenium); no Oriente Médio (financiamento do Taleban e do ISIS) e continuam fazendo em Cuba e na Venezuela. Na Ucrânia - cuja elite política anticomunista apoiou o Exército Branco contra o Exército Vermelho durante a Guerra Civil em 1918/21 e apoiou a invasão nazista à URSS em 1941/44 os EUA buscam desestabilizar a Rússia, forçando sua entrada na OTAN e financiando grupos neonazistas que perseguem a população de etnia russa no Donbass, o que, obvia e justamente, suscitou a intervenção de Putin. Biden parece se divertir jogando “pimenta nos olhos dos outros como se fosse refresco”. Mas o insosso presidente se esquece de que agora está mexendo com peixe grande, e se vê obrigado a engolir um outro ditado popular: “Quem semeia vento, colhe tempestade”.

(*) Doutor em Desenvolvimento Econômico Sustentável, ex-presidente da Codeplan e do Conselho Federal de Economia

Brasil, país com extrema desigualdade social J. B. Pontes (*) O Brasil é, há muito tempo, um dos países com maior DIVULGAÇÃO desigualdade social do mundo. A informação - que não é surpresa consta do relatório divulgado em dezembro de 2021 pelo Laboratório das Desigualdades Mundiais, vinculado à Escola de Economia de Paris, que contou com a participação de cerca de 100 pesquisadores internacionais. E aponta alguns dados gritantes: 1) Os 10% mais ricos no Brasil ganham quase 59% da renda nacional. Na Europa, esse grupo detém de 30% a 35% da renda. Já o 1% mais rico no Brasil leva mais de um quarto (26,6%) dos ganhos nacionais. 2) A metade mais pobre da nossa

população só ganha 10% do total da renda nacional. 3) As desigualdades patrimoniais são ainda maiores: a metade mais pobre no Brasil possui menos de 1% da riqueza. Em 2021, os 50% mais pobres possuíam apenas 0,4% da riqueza. Na Argentina, essa fatia da população possui 5,7% da fortuna do país. 4) O 1% mais rico concentra quase a metade da fortuna patrimonial brasileira. Nos EUA, país com grande desigualdade social, o 1% mais rico detém 35% da fortuna. Tudo isso origina uma situação drástica, onde cerca de 52,7 milhões de pessoas vivem na pobreza, das quais 13,5 milhões em condições de extrema pobreza ou indigência, de acordo com os critérios do Banco Mundial. E sobrevivem sem um mínimo de bem-estar, submetidas à privação de renda, do acesso à saúde, à educação, à localização geográfica e alimentação adequadas, ao ensino público de boa

qualidade, oportunidades de emprego, ao transporte público e à cultura. Os níveis extremos de desigualdade vinham sendo reduzidos, por força das políticas de transferência de renda, a exemplo do Programa Bolsa Família e dos aumentos reais do salário mínimo. Dado à descontinuidade dessas políticas pelo desgoverno Bolsonaro, que voltou as costas para os pobres e tem governado somente para favorecer os ricos, a desigualdade social voltou a se agravar. Ela é o maior problema para o desenvolvimento harmonioso do Brasil, dada a sua estreita correlação com os índices de criminalidade e violência. Com desigualdade não há cidadania, nem democracia, nem justiça social, nem paz. No entanto, os governantes parecem ignorar este fato, uma vez que muito pouco fazem para reduzi-la. É inaceitável que um país rico como o Brasil continue com uma estrutura social desigual e uma

péssima distribuição da renda, fatores determinantes de tanta pobreza e exclusão social. O que precisa ser feito para a redução das desigualdades no País? Diversas fontes apontam que as ações mais urgentes e essenciais são: equilibrar o sistema tributário, de forma a alcançar mais a elite econômica (tributar mais patrimônio, lucros, dividendos e heranças); promover gastos sociais de qualidade e com transparência, especialmente nas áreas de saúde e educação, tendo esta como pilar de desenvolvimento; promover a oferta de trabalho formal e decente; aumentar de forma real o salário-mínimo; combater a discriminação, o racismo, a corrupção e a concentração de terras, promovendo uma profunda reforma agrária. Um país com tamanha desigualdade não pode almejar a paz social! (*) Geólogo, advogado e escritor


Brasília Capital n Cidades n 5 n Brasília, 26 de fevereiro a 4 de março de 2022 - bsbcapital.com.br I N FOR M E

E a fantasia na propaganda de governo, quando vão proibir? Rasguei a minha fantasia O meu palhaço Cheio de laço e balão Rasguei a minha fantasia Guardei os guizos no meu coração Lamartine Babo, 1932 Virou meme nas redes a declaração do secretário do DF Legal sobre o uso de fantasias de carnaval em bares e outros estabelecimentos do Distrito Federal. Segundo ele, “é difícil conter um público fantasiado depois de ingerir bebida alcoólica. Certamente, irão para as ruas ou para pistas de dança, gerando uma série de aglomerações.” A restrição às fantasias se refere ao Decreto 42.898/21, de 6 de janeiro, que proibiu eventos carnavalescos – medida

acertada diante do estágio da pandemia que enfrentamos, com vistas a não criar circunstâncias para aumento da disseminação do coronavírus. Depois da declaração sobre a periculosidade dos indivíduos fantasiados, o GDF teve que fazer remendo sobre o que é o carnaval na interpretação do governo. A declaração do secretário seria um prato cheio para o Pacotão – que há dois anos sem sair, nos deixa saudosos. O fato, no entanto, é que o comando do DF Legal se perde em discussões esdrúxulas, em vez de simplesmente enfatizar que as pessoas devem evitar aglomerações e que devem manter os cuidados sanitários em toda e qualquer circunstância, pois a pandemia não acabou. Simples assim. A proibição de fantasias, no entanto, merece maior discussão. É uma medida mais acer tada para outra área do governo: a Comunicação, na qual o marketing extrapola os limites da divulgação de ações e descamba quase no surrealismo.

EN L ANÇ AM

As inaugurações de prédios de Unidades de Pronto Atendimento e de Unidades Básicas de Saúde (sem profissionais, equipamentos e insumos) e entregas de reformas de escolas (sem cadeiras), são como os carros alegóricos dos desfiles de carnaval: uma fachada espetacular, brilhante, pirotécnica até, mas oca e, mesmo quando motorizada com um carrinho elétrico do VEM DF, dependente de um pequeno grupo de pessoas – a “ala da força” –, que empurra ou, no mínimo, direciona o carro alegórico para ele não tombar na avenida. As explicações do GDF também são outro tópico que merece atenção. Nossos foliões interiores, esses que vão deixar a fantasia e a purpurina no armário por mais um tempo, podem tocar a vida sem a explicação do que nossos dignatários entendem por evento carnavalesco. Mas gostaríamos muito que fossem explicadas e resolvidas de uma vez por todas as denúncias e suspeitas de corrupção e desvio

Dr. Gutemberg Fialho Médico e advogado Presidente da Federação Nacional dos Médicos e do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal

na área da Saúde. Enfim, a fantasia a ser proibida não é a do cidadão, que almeja esperançoso pelo fim da pandemia e vai fazer o sacrifício de se conter mais este ano. Camuflar com purpurina e lantejoulas a realidade do descaso e dos desmandos nos serviços públicos oferecidos à população, em especial o de Saúde, é que tem de ser proibido.

** Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital

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Brasília

Acompanhe também na Internet o blog Brasília, por Chico Sant’Anna, em https://chicosantanna.wordpress.com Contatos: blogdochicosantanna@gmail.com

Por Chico Sant’Anna

Cenários para a eleição de outubro Pesquisas para consumo interno orientam partidos e candidatos na formação de alianças para a campanha Em período de pré-campanha, pesquisas não registradas na Justiça Eleitoral circulam de mão-em-mão. Elas servem para apresentar prováveis cenários, cacifar candidatos e descredenciar outros. No passado, circulavam em fotocopias. Hoje, estão massivamente nas redes sociais. Registradas ou não, muitas vezes elas revelam cenários reais. Por isso, candidatos de diferentes matizes as consideram em seus cálculos eleitorais. Semana passada, duas pesquisas viralizaram em grupos de

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WhatsApp. Uma delas mostra que Reguffe (Podemos) seria o único com cacife para derrotar o governador Ibaneis Rocha (MDB) no segundo turno. A outra demonstra que a vaga no Senado para a deputada Flávia Arruda (PL) não está garantida. ARQUITETURA ELEITORAL – Para a esposa do ex-governador cassado José Roberto Arruda, uma proliferação de candidatos à sua esquerda a permitiria vencer com cerca de 40% dos votos, ou menos. Entretanto, caso os partidos e candidatos – peguem esses dados como referência e optem por uma arquitetura eleitoral que fortaleça a deputada Erika Kokai, sua candidatura ao Senado estará em condições bem próximas a de Flávia Arruda. A vantagem de Flávia não é tão grande e uma união em torno da petista poderia dar às esquerdas a única vaga em disputa. E Flávia precisa conter o centro-direita para

Igreja na Praça dos Três Poderes

Erika pode se beneficiar proliferação de candidaturas da direita ao Senado

evitar a proliferação de candidaturas. Se a federação PSDB-Cidadania, o União Brasil, o Novo, o PP e outras legendas desse espectro lançarem candidatos próprios, desidratarão o potencial da deputada do PL.

Incertezas na briga pelo Buriti De acordo com as mesmas pesquisas, a campanha ao GDF está muito indefinida. Na verdade, só dois candidatos estão efetivamente colocados: Izalci Lucas (PSDB) e Ibaneis Rocha (MDB). Nas demais legendas, Leila Barros se prepara para deixar o Cidadania rumo ao PDT e especula-se que Reguffe deixará o Podemos. Iria para o União Brasil ou para o Solidariedade. O PSB também já foi cogitado, mas se a federação PT-PSB-PV-PCdoB

vingar, esse destino ficaria descartado, pois essa frente apoiará Lula ao Planalto. E Reguffe sempre busca se posicionar nem tão distante, mas também não tão perto, da esquerda. Mas evita se misturar com o PT. IMAGINÁRIO – Rafael Parente (PSB) e Leandro Grass (PV), vingando a federação petista, terão que cortar um dobrado para serem o protagonista da esquerda. O PT-DF já soltou nota em que diz que não furtará de apre-

sentar um candidato – o ex-deputado Geraldo Magela e a professora Rosilene Corrêa brigam pela vaga. Criar um imaginário social em que Reguffe seria o único capaz de derrotar o atual inquilino do Buriti. É nesse cenário que a segunda pesquisa que circulou nas redes sociais tenta influir. Se ela surtir efeito, terá por objetivo torná-lo o centro das articulações oposicionistas. Resta saber se os demais irão se convencer, tirar o time de campo e apoiá-lo.

A Praça dos Três Poderes por pouco não abrigou uma Catedral Matriz. Oscar Niemeyer chegou a rascunhar um croqui em que situava a igreja onde hoje está o Panteão da Democracia. A revelação é da revista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), em artigo do pesquisador Diego Viana. Seguindo a tradição do urbanismo ibérico, as mais antigas cidades brasileiras são construídas em volta de uma praça com uma igreja. Na América espanhola, era chamada de “a praça de armas”. Ali se estabeleciam a coroa, a igreja e o exército. O Plano Piloto de Lúcio Costa rompeu com essa lógica, mas por pouco ela não prevaleceu. Viana relata que os arquitetos Rafael Urano Frajndlich, da faculdade de Engenharia Civil da Universidade de Campinas (Unicamp), e Alexandre Benoit, da faculdade de Arquitetura Paulistana, localizaram na biblioteca de Niemeyer “discretos esboços”, feitos a lápis, da praça dos Três Poderes. Os croquis foram rabiscados na folha de rosto de uma edição em francês de Guerra e Paz, do escritor russo Liev Tolstoi (1828-1910). Niemeyer desenha uma semiesfera de boca para cima – parecida com a cúpula da Câmara dos Deputados - com uma cruz ao centro. “Lúcio Costa é enfático ao afirmar que a igreja deveria estar fora da praça dos Três Poderes, porque no Brasil a religião é separada do Estado”, relata Frajndlich. Assim, a Catedral migrou para a ponta oposta da Esplanada. E ganhou um formato bem diferente do desenhado no livro. O projeto que prevaleceu, reconheçamos, é bem mais bonito e criativo.


Brasília Capital n Cidades n 7 n Brasília, 26 de fevereiro a 4 de março de 2022 - bsbcapital.com.br

Ao comentar sobre a assembleia de terça-feira (22), o governador Ibaneis Rocha tentou politizar o movimento, ao dizer que você queria palanque para sua pré-candidatura ao GDF. – Eu lamento. Me pareceu preconceito dele contra a candidatura de uma mulher professora. Como sindicalista, me senti desrespeitada. Mas isto mostra a ignorância do governador com relação à história do Sinpro e da categoria. Mas a categoria percebeu qual era a intenção. Isso te prejudicou de alguma forma? – Por incrível que pareça, eu acho até que ele acabou me prestando um bom serviço. Primeiro, divulgou a pré-candidatura e chamou a atenção da categoria para qual é a posição dele, qual será o tratamento que dará a isso e, principalmente, chamou a atenção da sociedade para o debate da educação. Ainda que algumas pessoas tenham prestado atenção a isso, criticando o sindicato por chamar uma assembleia com uma semana de aula depois de tanto tempo com os alunos em casa, nos deu a oportunidade de contar para a sociedade de que escola estamos falando, como nesta entrevista. O tiro saiu pela culatra? – Ele tentou tirar o foco do problema, porque o nosso papel é mostrar para a sociedade o que está faltando dentro das nossas escolas. E ele acabou nos ajudando com essa tentativa de criminalizar a política. Porque eu sou sindicalista não posso me colocar na política partidária? Ele misturou as coisas, dizendo que a assembleia foi oportunismo. Basta puxar pelo histórico do sindicato para ver que é tradição fazermos assembleia no início de ano letivo. O governador antecipou uma disputa que talvez nós faremos.

FOTOS: ANTÔNIO SABINO

Entrevista Rosilene Corrêa

“Ibaneis é preconceituoso” Orlando Pontes

P

ré-candidata do PT diz que ataque do governador projetou seu nome na corrida sucessória ao Buriti. Como diretora do Sinpro, aponta pro-

blemas vividos pela categoria

Será que a intenção dele é criar no DF a mesma polarização nacional? – Não sei. Pode ser. Ficou muito ruim para ele. Primeiro que ele antecipou o debate de greve. A única pessoa que falou em greve foi o governador. Nenhum sindicalista ou professor ou material nosso fala em greve. O que nós queremos é diálogo. Juntos, vamos buscar alternativas. Olhar para o GDF como um todo e as prioridades que do governo. A assembleia uma semana depois da volta às aulas presenciais era necessária? – Fazer assembleia é uma tradição, uma necessidade e obrigação de qualquer entidade classista. É assim que se mobiliza os trabalhadores para tomar decisões. Qual a necessidade hoje? – Passamos dois anos sem assembleias presenciais. Isso, por si só, já justificaria uma assembleia. Com a volta 100% das aulas presenciais,

também precisávamos retomar nossa rotina. No ensino remoto, muita coisa passava despercebida. Com o retorno presencial, foi ficando evidente o caos nas escolas. Qual a realidade encontrada? – Tivemos um processo seletivo de contratos temporários muito complicado, sem transparência. Desorganização total. Muita gente com larga tradição em contratos temporários ficou fora. A contratação temporária precisa ocorrer. Inclusive, nós deixamos de ter alguns direitos garantidos por não termos contratos temporários suficientes. A Secretaria de Educação adotou a política de não fazer concurso e não nomear professores efetivos para a rede. 2021 com 60% dos professores em sala de aula temporários. Isto é normal? – Nunca imaginei que eu fosse viver uma situação dessa na capital do País. Há regionais que

já não têm mais professores para serem contratados. Tudo indica que voltaremos a viver uma realidade de estudantes sem aula. Temos também a educação inclusiva, a educação integral, onde é preciso ter monitores nas escolas como auxiliares dos professores para atender os ANEE (alunos com necessidades educacionais especiais). Tem monitores concursados e a Secretaria coloca para ocupar esse espaço os educadores sociais voluntários, pessoas desempregadas que ganham R$ 30 por dia. E mesmo esses voluntários a Secretaria cortou pela metade. Sem falar dos sete anos de salários congelados. Você acha que o governo priorizou uma categoria, que são os policiais civis? – Sem dúvida, não há nenhuma justificativa para isso. Eu acho que é preciso ter um equilíbrio, e quando o governo tem esse descuido com seus servidores, na verdade

está se descuidando com a população, porque nós prestamos serviço. Fica parecendo que ele está preterindo, que alguém é mais importante para a gestão pública. No caso, a polícia. E aí, nenhum problema com os trabalhadores da polícia, mas tem que ter isonomia. Mas tem eleição em outubro. Aí o discurso dos políticos será de que educação é prioridade. Com uma candidata professora e sindicalista isso ficará só no discurso de campanha? – Com certeza, não. E eu acho que não é só uma questão de salário, mas também de ter educação. Todos os países que evoluíram fizeram forte investimento na educação. Isso é inteligente. Foi oportuna essa assembleia na segunda semana de aulas presenciais após dois anos de aulas remotas? – Posso garantir que o que está acontecendo dentro das escolas é um prejuízo infinitamente maior do que um dia sem aula para uma assembleia. E é importante registrar que nós sempre fizemos a reposição do dia de trabalho em que ocorreu assembleia. Na assembleia também foi falado sobre a superlotação das salas de aula... – É outra triste realidade. Não foram construídas novas escolas e tivemos 26 mil novas matrículas na rede, segundo a própria Secretaria. O quê que a Secretaria fez para solucionar, sem discutir com o sindicato? Historicamente, isso é discutido conosco. Mas a Secretaria, unilateralmente, publicou a estratégia de matrícula com as alterações que bem entendeu, aumentando muito o número de estudantes em cada sala em plena pandemia. Como fica o distanciamento recomendado pelas autoridades da Saúde?


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Satélites Por Gabriel Pontes

Administrador de Taguatinga fala das obras na cidade, promete religar a Comercial Norte-Sul em abril e aposta na inauguração do túnel e na reeleição do governador em outubro.

Entrevista / Bispo Renato Andrade ANTÔNIO SABINO

Orlando Pontes

Falemos um pouco de política. O senhor é homem de confiança do governador e pré-candidato a distrital. Como vê este cenário? – Eu estou focado em administrar Taguatinga até o dia 31 de dezembro.

O

túnel de Taguatinga será entregue no prazo previsto? – A obra está dentro do cronograma de dois anos estipulado pelas empresas. Se der tudo certo, estará pronto em julho. Então a população só deve esperar esse alívio em outubro? – Não. Em abril, vamos religar a Comercial Norte e Sul e os ônibus e os carros voltarão a passar de um lado para o outro. Mas a circulação de pedestres continuará prejudicada pelos tapumes... – Permanecerá o tapume por causa das obras e do perigo de acidente. Com o desvio do trânsito, as vias paralelas à Avenida Central estão muito esburacadas. Como pretende resolver esse problema? – Juntamente com a Boulevard, que será construída no Centro, todas as vias internas vão ser restauradas e receberão asfalto novo. As vias laterais ao túnel também ganharão um novo asfalto. Além do transtorno causado pelas obras, o comércio também sofre com o aumento da presença de ambulantes. Como é feito o controle da atuação dos camelôs? – A fiscalização é feita pelo DF Legal. Mas, sempre que solicitado, nós trabalhamos em conjunto. E tem um detalhe: não apenas os camelôs; pessoas que se dizem sem

Administrador vai se desincompatibilizar do cargo para concorrer a uma vaga de distrital em outubro

“População vai dar mais quatro anos a Ibaneis” teto, ou que ficaram sem moradia por causa da pandemia, enchem o centro de Taguatinga. Mas há uma determinação do Ministério Público de que sequer as forças policiais possam agir em relação a essas pessoas, embora a PM e a Polícia Civil combatam o tráfico e a marginalidade no centro da nossa cidade. Mas já foram criadas duas feiras permanentes em Taguatinga para abrigar camelôs... – Não resolveu, mesmo com a Feira dos Importados e a do Pistão Sul. Eu criei uma comissão de ordenamento territorial para tentar achar lugares para onde possamos levar essas pessoas. Outro fenômeno que se observa é a ocupação de áreas residenciais por atividades econômicas, como o centro de treinamento

Cabana, na QNA 37, interditado por determinação judicial. Como conciliar as duas coisas? – Decisão judicial não se discute. Cumpre-se. O que precisa, e nós temos trabalhado para isso junto à Secretaria de Habitação, é adequar a nova realidade de ordenamento territorial. Taguatinga mudou. A cidade cresceu. Hoje, o que era um ponto residencial virou área mista, ou área comercial. A gente tem trabalhado essa mudança na Lei de Uso e Ocupação do Solo, na Câmara Legislativa, para que esses pontos estejam dentro da legislação e a cidade volte a crescer como antes. A sensação é de que Taguatinga parou no tempo... – Travou. Mas, com o túnel e a Boulevard, pode ter certeza de que o mercado imobiliário e o comércio voltarão a pulsar.

Esta também era a promessa quando adotaram a mão única na Comercial e na Samdu... – Em relação à mão única, eu, particularmente, fui contra. Mas o governo era outro. Prometeram uma coisa que não foi entregue. Qual a garantia de que será entregue agora? – O governo Ibaneis apresentou uma alternativa com o projeto Drenar Taguatinga. São três licitações para resolver o problema das águas pluviais, que hoje tumultuam o trânsito, criam buracos e crateras nas pistas. São três lotes de obras. Com isso, resolve-se o problema da Comercial e da Samdu. Não se pode mexer na estrutura da Comercial e da Samdu sem fazer a drenagem correta das águas pluviais. Viraria um caos novamente.

E a desincompatibilização? – (risos) – Ela pode ocorrer no dia 31 de março. Como faço parte de uma equipe política, preciso saber o que as lideranças políticas do meu partido e o governador vão decidir em relação a isso. O senhor não tem dúvida quanto à reeleição do governador... – Ibaneis está revolucionando o DF. São mais de 1.400 obras em andamento. A maior é o túnel de Taguatinga. Sem contar a revitalização e requalificação da Hélio Prates; o Pistão Sul, que está ganhando uma roupagem nova, com a licitação que deve terminar em abril ou maio para trocar todo asfalto, construir a terceira faixa de rolamento, calçadas e águas pluviais. Taguatinga é prioridade para Ibaneis? – A prioridade é todo o DF. Então, hoje eu não tenho dúvida de que a população do DF vai apoiar a reeleição para que o governador Ibaneis continue por mais quatro anos.

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Brasília Capital n Cidades n 9 n Brasília, 26 de fevereiro a 4 de março de 2022 - bsbcapital.com.br I N FOR M E

GDF não está dando reajuste aos professores DIVULGAÇÃO

Ibaneis diz que vai pagar parcela devida à categoria, mas é só o cumprimento, após um ano, de determinação do TJDFT Após um ano da decisão unânime do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) pelo pagamento do reajuste conquistado há dez anos pelos profissionais do magistério público, o governador Ibaneis Rocha finalmente afirma que vai pagar a parcela. Mas fala como se fosse novo reajuste concedido. Trata-se da sexta parcela do reajuste conquistado em 2012, depois de uma greve de 52 dias, e devido à categoria desde setembro de 2015, quando Rodrigo Rollemberg suspendeu seu pagamento. O reajuste seria pago em seis parcelas – de março de 2013 a setembro de 2015 –, o que não aconteceu. Desde então, a categoria vem se mobilizando e fazendo greves para exigir o pagamento devido e o fim do calote. Diante das negativas do GDF, em 2017 o Sinpro ingres-

A categoria mostrou união durante a assembleia: 8 mil presentes

sou com ação coletiva no TJDFT. Em março de 2021, a Corte determinou, por unanimidade, que o GDF efetuasse o pagamento retroativo daquele reajuste. Segundo levantamento do Dieese, se considerados os valores devidos desde setembro de 2015, quando a tabela salarial atualizada deveria começar a valer, professores inseridos na classe A, com graduação, teriam a receber do GDF, em média, R$ 18.800. Em setembro de 2021, Ibaneis ingressou no STF com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) pedindo a suspensão de todos os processos referentes ao reajuste da

categoria, inclusive a ação coletiva do Sinpro, e tornasse a lei de 2012 ineficaz. O ministro Ricardo Lewandowski negou. No mês seguinte, Ibaneis vetou o artigo 56 da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que permitia o pagamento da parcela do GDF com os servidores. O governador usou de todas as ferramentas de que dispunha para evitar o pagamento à categoria. Felizmente, os distritais derrubaram esse veto. O reajuste que não foi pago desde 2015 representava 1,5% sobre valores da época, o que está muito distante dos 49% de perdas salariais referentes ao período, se considerada a infla-

ção pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), do IBGE. Ao cumprir a decisão judicial, o GDF está sanando pendência de 2015. O pagamento dessa parcela é insuficiente diante dos prejuízos já acumulados. É necessária a recomposição salarial e avanços reais na valorização da educação, da escola pública e de seus profissionais. Já houve uma primeira reunião entre a comissão de negociação do Sinpro e a Secretaria de Economia para negociar novos reajustes. Nova rodada está agendada para 9 de março. A diretoria do Sinpro reforça para que toda a categoria participe do calendário de lutas aprovado pela assembleia geral de terça-feira (22). Haverá assembleias regionais dias 10, 15, 17 e 22 de março, e nova assembleia geral, com paralisação, dia 24 de março.

Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital

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I N FOR M E

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 10A REGI AO 22ª VARA DO TRABALHO DE BRASÍLIA - DF ACC 0000038-82.2022.5.10. 0019 AUTOR: SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTAB BANCARIOS DE BRASILIA RÉU: BANCO DO BRASIL SA

Restabelecida liminar que protege a saúde e condições de trabalho dos funcionários do BB A 22ª Vara de Justiça do Distrito Federal restabeleceu a liminar que assegura aos funcionários do Banco do Brasil, que estavam em home office em 2021, a permanecer nesse regime de trabalho. Também garantiu o encerramento do expediente nas agências onde for confirmado algum caso de covid-19. “É imprescindível o provimento liminar no sentido de assegurar o trabalho remoto aos empregados que se encontravam nesse regime de trabalho em 2021, bem como o encerramento do expediente nas dependências em que se verifique caso confirmado de covid-19, diante do aumento dos casos de contaminação decorrentes da pandemia do covid-19”, escreveu a magistrada. Breve histórico – Em janeiro, a liminar havia sido concedida determinando

ao BB prazo de 48 horas para alocar em trabalho remoto todos os empregados que se encontravam nesse regime de trabalho em 2021, e encerrar o expediente nas dependências em que se verificar caso confirmado de covid-19. O Banco ingressou com mandado de segurança e o Tribunal Regional do Trabalho suspendeu a decisão obtida pelo Sindicato, determinando a oitiva do BB. “O restabelecimento da limiar é um passo fundamental na defesa da saúde e condições de trabalho no BB, que restabelece os temos defendidos pelo movimento sindical nas negociações com o banco,” destaca o presidente do Sindicato e funcionário do Banco, Kleytton Morais. Ele reforça que a decisão mais uma vez corrige as distorções im-

https://pje.trt10.jus.br/primeirograu /VisualizaDocumento/Autenticado/ ...

postas pelo BB ao adotar afrouxamento das medidas de segurança no trabalho com alterações unilaterais do manual de trabalho presencial, dentre outras questões. “Esperamos que a direção do BB, em respeito aos funcionários, retome o processo de negociação, a fim de estabelecer o teletrabalho, também não cause óbices ao cumprimento da decisão liminar”, afirma Kleytton Morais, informando que o processo é acompanhado pela assessoria jurídica do sindicato.

TERMO DE CONCLUSÃO (Pje/JT) Conclusão ao(à) Exmo(a). Juiz(a) do Trabalho feita BRUNO PERPÉTUO FERR pelo(a) servidor(a), EIRA, em 24 de fevereiro de 2022. DECISÃO INTERLOCUTÓ RIA Vistos. Trata-se de Ação Civil Colet iva proposta pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Brasília, com pedido de tutela de urgência em face do Banco do Brasil. O Banco do Brasil impetrou Mandado de Segurança diante liminar proferido por este Juízo do deferimento de origem. A liminar no mandamus foi parcia lmente deferida nos seguintes

termos: “Pelo exposto e, num exame prévio, próprio das tutela provisórias, defiro parcialment s e a liminar no presente mand amus para suspender os efeito da tutela liminar concedida s na origem, oportunizando-se prazo , não inferior a 72 (setenta e duas) horas, para que o Impet rante se manifeste previamente nos autos da Ação Coletiva 0000038-82.2022.5.10.0019, especificamente em relação à tutela provis ória requerida na dita ação, ocasião em que dever á ser proferida outra decisã o pelo MM. Juízo, confirmand ou revogando a tutela provis o ória ora fustigada.” Devidamente intimado o Banco do Brasil se manifestou às 1ad435d), com documentos. fls. 526/545 (id. Pois bem. Em face da relevância das informações constantes da imprescindível o provimento inicial, entendeu-se liminar no sentido de assegurar o trabalho remoto aos empre encontravam nesse regime gados que se de trabalho em 2021, bem como o encer ramen to do expediente nas dependências em que se verifi que caso confirmado de covid -19, diante do aumento dos casos de contaminação decorrentes da pandemia do covid-19. Tratase de resguardo do direito trabalhadores e por um ambie à saúde dos nte laboral saudável, conforme preco niza o artigo 7º, XXII da Constituição Federal e art. 223-C da CLT.

Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital 1 of 2

25/02/2022 10:06


Brasília Capital n Geral n 10 n Brasília, 26 de fevereiro a 4 de março de 2022 - bsbcapital.com.br

eleiç ões

2022

Magela aposta na federação PT-PV-PSB-PCdoB Petista foi o primeiro entrevistado do programa Brasília Capital Notícias – Eleições 2022 na TV Comunitária

REPRODUÇÃO TV

José Silva Jr Estreou segunda-feira (21/2), na TV Comunitária, o programa Brasília Capital Notícias – Eleições 2022. Até outubro, os jornalistas Chico Sant’Anna, Orlando Pontes e Paulo Miranda receberão candidatos para debater temas relacionados à agenda política local, especialmente a sucessão no GDF. Na edição inaugural, o convidado foi o ex-deputado Geraldo Magela, vice-presidente do PT-DF e pré-candidato da legenda ao Buriti, juntamente com a diretora do Sindicato dos Professores, Rosilene Corrêa. FEDERAÇÃO – Magela acredita que a esquerda virá forte nas próximas eleições majoritárias no DF e aposta na criação de uma federação composta pelo PT, PV, PCdoB e PSB. E que até abril sairá o nome

Pré-candidato a governador, petista admite que disputa no DF depende de acordo nacional

do candidato do bloco ao Buriti. “Minha avaliação é de que estamos muito próximos de definir quem representará o bloco na candidatura ao GDF. Claro que depois vamos buscar outros partidos, como o Psol, o PDT, o Cidadania e outros que puderem compor conosco seja no primeiro ou no segundo turno”. COMPARAÇÃO COM 2018 – Magela trouxe um levantamento de pesquisas que corroboram com a sua pré-candidatura fazendo um paralelo

com as eleições passadas. Segundo ele, em 2018, o eleitor buscava neófitos na política, os chamados de outsiders. Já nas campanhas municipais de 2020, buscou-se experiência. “Na eleição deste ano, o eleitor quer experiência e competência. Tudo isso será colocado pelo PT com os outros partidos para definirmos o nome”. No cenário atual, apenas duas pré-candidaturas estão confirmadas: Ibaneis Rocha (MDB), que busca a reeleição, e Izalci Lucas (PSDB). Outras estão sob suspense, como as de Antônio Reguffe (Podemos) e de Leila Barros (Cidadania). Magela acredita que a eleição no DF, assim como a nacional, será polarizada. “Eu acho, com todo o respeito que tenho pelos candidatos de centro, que aqui a eleição será disputada pelo Ibaneis, ao lado de Bolsonaro, e por algum candidato de esquerda aliado de Lula”, vaticinou. REJEIÇÃO – Para Magela, apesar de Ibaneis liderar as pesquisas, sua rejeição é alta. E isso injeta ânimo nos candidatos do pelotão de trás. “Uma pesquisa me colocou em segundo lugar com o Izalci”, afirma. “A esquerda no DF é muito forte. Ainda mais com o Lula”, emendou.

Composição nacional “Lula e o PT estão olhando o Brasil inteiro e, naturalmente, também o DF. Nós não somos uma ilha, e temos que estar integrados no plano nacional. Certamente a direção nacional vai opinar aqui também”, emendou. Sempre citando Lula, que lidera as pesquisas para presidente, Magela tentou atrair para si um pouco da boa avaliação do petista no País. “Imagina Lula na Presidência e Magela no GDF? Não faltaria recursos para Brasília”. Mas quem vai decidir se essa combinação virá ou não é o eleitor. E o Brasília Capital Notícias – Eleições 2022 será uma fonte de informação para o brasiliense ter condições de dirimir dúvidas e votar com consciência.

Formato híbrido Em respeito às recomendações quanto aos cuidados com a covid-19, a entrevista foi feita em formato híbrido: presencialmente, no estúdio, estavam Magela e Sant’Anna. Orlando Pontes participou à distância, da Redação. E contestou Magela sobre a força de uma candidatura de esquerda no DF. Ao contrário do que afirmou o petista, o jornalista argumentou

que as pesquisas apontam Reguffe como mais provável adversário de Ibaneis no segundo turno. “Pesquisa é um retrato do momento”, respondeu Magela. E voltou às eleições de 2002, quando disputou contra o falecido Joaquim Roriz (PMDB). “Ele tinha 60% e eu, 2%. Na reta final, ele tinha 42% e eu 40%”. Ele acredita que Reguffe tenha

um índice de lembrança muito grande. “Mas na campanha o PT tem uma militância que faz a diferença. E é essa diferença que levará uma candidatura da nossa federação para o segundo turno”. Mas se recusou a cravar uma chapa com o candidato do PT na cabeça. “Não podemos afirmar isso, pois seria uma deselegância do PT entrar num debate de fazer compor

uma Federação impondo nomes ou impondo condições”. “Sabemos que o PV tem o nome do Leandro Grass, que o PCdoB tem o João Vicente Goulart, que PSB tem o Rafael Parente e que o PT tem o meu nome e nome da Rosilene. Só vamos decidir o nome que nos representará dialogando entre os partidos e ouvindo as direções nacionais”.


Brasília Capital n Geral n 11 n Brasília, 26 de fevereiro a 4 de março de 2022 -.com.br

NUTRIÇÃO

Caroline Romeiro Nutricionismo foca nutrientes e ignora qualidade dos alimentos Uma forma reducionista de fazer ciência, que destaca de forma isolada benefícios ou malefícios dos nutrientes Nutricionismo é um termo que tem sido usado por alguns pesquisadores referindo-se à contração de reducionismo nutricional. Esse conceito foi criado por um autor

chamado Scrinis para definir o que ele vê como uma distorção da maneira de estudar os alimentos atualmente. O nutricionismo tem um foco restrito aos nutrientes,

ESPÍRITA

José Matos A psicologia dos mestres Eles não admitem ego, ilusões, e cortam na primeira oportunidade, principalmente quando o candidato está mesmo interessado é em conquistas materiais Conhecer a psicologia dos Mestres nos ajuda em nossos relacionamentos. Há livros de diálogos entre mestres e discípulos, principalmente orientais. que podem nos ajudar muito. A primeira qualidade exigida por eles é sinceridade. A segunda é boa vontade. Portanto, curiosos estão excluídos. A terceira é o desapego. A quarta é a capacidade.

TV Comunitária lIGADA EM BRASÍLIA

Por que Jesus agia de forma diferente com quem queria segui-lo? Porque, como Mestre, tinha critérios, como os já citados. Por que Jesus não aceitou o moço rico que era virtuoso? Porque não passou no critério do desapego: Vai! Dá teus bens aos pobres e segue-me. O moço retirou-se triste porque era muito rico.

ignorando a qualidade do alimento em si e a combinação entre os alimentos que formam o nosso padrão alimentar. Tudo isso começa e tem sido reforçado por uma forma reducionista de fazer ciência e que destaca de forma isolada benefícios ou malefícios apenas dos nutrientes, Tal forma de tratar a alimentação tem sido rapidamente incorporada pela indústria dos ultraprocessados, que amplifica alguns conceitos para vender mais produtos. Afinal, esse é o interesse maior da indústria. Além disso, hoje enfrentamos uma realidade nas redes sociais cheias de pseudocelebridades que se apropriam de algumas informações e se acham no direito de dar orientações nutricionais – na maioria das vezes equivocadas –, o que traz confusão para a população sobre o que é saudá-

vel de fato e o que não é! A ciência da Nutrição preza pelo respeito à cultura alimentar e pelo bom relacionamento das pessoas com os alimentos. A construção de um padrão alimentar saudável precisa ter como base os alimentos, afinal nós comemos cereais, leguminosas, frutas, hortaliças, carnes. E não carboidratos, proteínas e gorduras. Claro que os nutrientes estão inseridos nos alimentos, mas a nossa relação precisa ser construída com os alimentos. O reducionismo abre espaço para o chamado terrorismo nutricional, o que traz uma série de repercussões negativas para essa construção saudável da alimentação.

Por que Jesus tratou carinhosamente, como filhinha, a prostituta que lavou seus pés com perfume? Porque não olhava para rótulos. Olhou a humildade, a sinceridade e o amor dela! Por que Jesus convidou um moço para seu Ministério sem ele ter pedido? Porque ele sabia que o moço estava pronto. Por que desestimulou um moço que queria segui-lo dizendo que não tinha nem um travesseiro? Porque, provavelmente, identificou no moço interesses materiais. Mestres não admitem ego, ilusões, e cortam na primeira oportunidade, principalmente quando o candidato está mesmo interessado é em conquistas materiais, fama, reconhecimento e aplauso. Ramakishna, Mestre de Vivekananda, ao receber um candidato a discípulo, pediu que ele fosse buscar lenha e depois, lavar o banheiro. O rapaz, decepcionado, afastou-

-se, imediatamente, não entendeu que o Mestre queria testá-lo na humildade e boa vontade. Chico Xavier, recebendo a visita de Carlos Pastorino, informa-lhe que seu guia é Fabiano de Cristo. Pastorino, admitindo que ficou vaidoso, tenta negar: Não, Chico, você deve estar enganado. Chico, percebendo a vaidade, o repreende: “É Fabiano, não se meta a besta porque quanto pior o cavalo, melhor tem que ser o cavaleiro”. É assim. Se alguém que se diz mestre elogia, passa a mão na cabeça e mantém o pobre discípulo dependente, endeusando-o, não é absolutamente um Mestre. Como ensina o Mestre indiano, Osho: se um Mestre não liberta você dele próprio, então ele não é absolutamente um Mestre.

(*) Presidente do Conselho Regional de Nutricionistas 1ª Região

(*) Professor e palestrante

CANAL 12 NA NET WWW.TVCOMUNITARIADF.COM @TVComDF

TV Comunitária de Brasília DF


Brasília Capital n Gastronomia n 12 n Brasília, 26 de fevereiro a 4 de março de 2022 - bsbcapital.com.br

Gastronomia Bastidores dos restaurantes

Dedé Roriz

CLASSIFICAÇÃO $ - BARATO $$ - MÉDIO $$$ - ALTO $$$$ - CARÍSSIMO

Empresário e radialista divulgando a boa gastronomia e eventos de Brasília Instagram: @dederoriz Fotos: divulgação

GALETERIA SERRANA

Bom atendimento de Norte a Sul A galeteria Serrana tem unidades na 404 Sul e na 716 Norte. Não importa o endereço. As equipes lideradas pelo Luziano, na Asa Sul, e pelo filho dele, Maninho, na Asa Norte, são treinadas para oferecer o melhor serviço e atendimento aos clientes. Os dois grupos são os responsáveis pela qualidade da comida que vem conquistando quem gosta de um bom galeto acompanhado de polenta frita e a deliciosa maionese caseira. A escalação do time de colaboradores da parte Sul da cidade tem Vandick, Max, Luciano, Bruno, Ivan, Anderson, Cleyton, Fernando, Edvaldo, Felipe e Flávio (foto).

DOCE LU CAFÉ

Um time muito caprichoso

MAIS INFORMAÇÕES Instagram: @galeteriaserranadf Endereços: 404 Sul e 716 Norte Telefone: 61-3224-3447

Aquele café coado na hora, com um bolo mais gostoso que o outro, não seriam possíveis apenas com o talento da proprietária Luciana. Nos bastidores da casa inspirada no sucesso da mãe de Lu, dona Mea, existe um time muito caprichoso. Além do exemplo de dona Mea, que sempre fez muito sucesso com suas comidas na Vila Planalto, também tem seu parceiro de vida, o marido Rodrigo, “um ombro de apoio para toda hora”. O time é completado pelo garçom Ivan, sempre muito simpático, e pelas auxiliares de confeitaria JaMAIS INFORMAÇÕES: naína e Graça. Juntos eles Instagram: @docelu_cafe tornam a visita à Doce Lu Vila Planalto, Rua 5 um passeio ao mesmo temAberto de terça a domingo po agradável e delicioso.


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