Jornal Brasília Capital 569

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Brasília Capital n Política/ Pelaí n 3 n Brasília, 4 a 10 de junho de 2022 - bsbcapital.com.br

Viva Taguá A Câmara Legislativa realizou uma sessão solene na sexta-feira (3) para comemorar os 64 anos de

Taguatinga. A celebração foi proposta pelo deputado Reginaldo Veras (PV), morador da cidade.

Por que as questões ambientais são urgentes? Rayssa Tomaz (*) DIVULGAÇÃO

PT em busca do consenso

DIVULGAÇÃO

Depois de acatarem decisão do Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE), da direção nacional do partido, que indicou o deputado distrital Leandro Grass (PV) como pré-candidato da federação PT-PV-PCdoB ao Palácio do Buriti, o ex-deputado Geraldo Magela e a sindicalista Rosilene Corrêa buscam entendimento para a vaga ao Senado. A decisão deve sair no sábado (4), no encerramento do Encontro Regional da legenda, que começa na sexta-feira (3) à noite, na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI), na Asa Norte de Brasília. RECALL – A corrente interna de Magela tem mais força na nacional. Porém, o grupo que apoia Rosilene é majoritário no DF. O ex-deputado, que está na vida pública há 30 anos, acredita que teria mais possibilidade, por seu recall, de se eleger senador e ainda ajudar na campanha presidencial de Lula em Brasília. A professora aposta na militância petista e nos sindicalistas (acaba de vencer a eleição no Sindicato dos Professores com 73% dos votos da categoria), além do fato de ser uma mu-

lher com “sangue novo” na política. LULA – Rosilene já avisou que não tem interesse em disputar cargos proporcionais – deputada distrital ou federal. Magela, no entanto, admite concorrer à Câmara Federal, mas que sua prioridade é a vaga de senador. “Não acredito que haverá confronto, mas, sim, um debate de ideias e de propostas. O importante, no final, é que o PT saia fortalecido e unido no Distrito Federal para ajudar na eleição de Lula”, diz o político.

O assalto ao Professor Israel Uma ocorrência registrada na 5ª DP (Plano Piloto), na madrugada de 20 de abril, pode mexer com o resultado da eleição de 2 de outubro. O deputado Professor Israel Batista (PSB) foi vítima de um assalto no Posto da Torre, no Setor Hoteleiro Sul. Mas a versão contada por um dos seus algozes e imagens das câmeras de vídeo mostram contradições graves. FETICHE – No inquérito, que corre sob sigilo de Justiça, há acusações de fetiche sexual e uso de crack. Israel divulgou nota alegando que estava

embriagado e havia tomado uma “hiperdosagem de Alprazolan”, medicamento usado no tratamento de distúrbios de ansiedade. LEGENDA – Com a confusão, o parlamentar, que é candidato à reeleição, pode perder votos e atrapalhar o ex-governador Rodrigo Rollemberg na soma da legenda. Israel é vice-líder do PSB na Câmara dos Deputados, integra a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da População em Situação de Rua e preside a Frente Parlamentar de Educação.

Você que me lê, deve morar em uma casa confortável, com acesso aos serviços básicos, como água tratada e esgoto. Tem condições mínimas alimentares garantidas e, sempre que possível, pode escolher consumir produtos orgânicos e livres de agrotóxicos usados de forma abusiva. E pode ser, ainda, que adote na sua rotina práticas ambientais, como economia de recursos como água e luz, separação de resíduos e ainda cuide de animais – os pets são uma realidade em um alto percentual de lares no Brasil. Se eu te contar que, em pleno ano de 2022, cerca de 46% da população brasileira não tem acesso ao saneamento básico ou reside em áreas afetadas por eventos ambientais e desastres, essa realidade pode parecer distante da sua. Mas isso tem mudado em uma velocidade incontrolável. Diversos eventos têm afetado as nossas cidades, mudado o regime dos fogos em determinados biomas, como o Pantanal e o Cerrado, alterado o regime de chuvas (que agora caem de forma bastante acentuada e em períodos que elas não costumavam aparecer durante o ano). O calor tem aumentado e, com isso, a sensação de conforto climático tem sido afetada. O frio tem sido mais cruel, afetando de forma implacável as populações que vivem nas ruas de nossas cidades. A retirada da vegetação nativa, que afeta diretamente o microclima, tem afetado a recarga dos mananciais e lençóis freáticos e impermeabilizado o solo, gerando crises de abastecimento em macrorregiões do País. Podemos falar da poluição, do aumento da incidência de raios ultravioleta, da qualidade de nossas águas, da perda de

espécies e riquezas biológicas. Uffa! Até cansei nessa descrição. E, certamente, deixei de explicar muitos outros efeitos que o avanço sobre as áreas ambientais tem apresentado à nossa realidade. O que eu quero mostrar com isso é, talvez, embora os impactos se deitem sobre toda a população do planeta, ele afeta invariavelmente, e de forma muito mais atroz, parcelas mais vulneráveis de nossa sociedade. Precisamos falar sobre meio ambiente porque, neste exato momento, uma chuva sem precedentes alaga o estado de Pernambuco, e muitas famílias pobres perderam tudo que tinham. Mais de 100 pessoas perderam a vida. Juntando aquelas que morreram na Bahia, em Minas e no Rio de Janeiro, mais especificamente em Petrópolis, meses atrás, o número de vítimas é assustador. É importante pensarmos no meio ambiente como fio condutor do desenvolvimento que queremos e da qualidade de vida que desejamos para os próximos anos. Hoje, apesar de parecer distante da sua e da minha realidade, amanhã as catástrofes e eventos ambientais decorrentes de alterações e mudanças climáticas serão cada vez mais implacáveis. O apelo que eu faço, na Semana Mundial do Meio Ambiente de 2022, é para que pensemos coletivamente em que cidade, estado e país queremos estar. Qual mundo teremos para viver? A defesa da nossa existência no planeta é um exercício que, embora pareça subjetivo, nos mostra um desafio coletivo inadiável. A convivência com os recursos naturais precisa ser uma meta de gestão, um caminho definidor para os nossos próximos anos. A Constituição Federal, em seu artigo 225, garante, especialmente, a proteção do meio ambiente para as gerações futuras. Esse direito depende, de forma imperativa, de nossa escolha de hoje. (*) Jornalista e ambientalista


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