Jornal Brasília Capital 570

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Brasília Capital n Cidades n 8 n Brasília, 11 a 17 de junho de 2022 - bsbcapital.com.br I N FOR M E

Não é verdade que está tudo bem

Começou no sábado (11), em Ceilândia, a campanha Sinpro com você. Ações mostrarão a política desastrada do GDF na educação Cidadãos e cidadãs do Distrito Federal participaram, no sábado (11), na Praça da Feira da Ceilândia, do ato “Sinpro com você: não é verdade que está tudo bem”. Uma das ações aprovadas na assembleia do dia primeiro de junho, o ato realizado pelo Sinpro chamou a população a discutir as dificuldades do dia a dia, consequência da política desastrosa do GDF, principalmente no que diz respeito à educação. Falta de professor, falta de concurso público com vagas suficientes para suprir a demanda, salas superlotadas, escolas em estado precário, categoria há sete anos com

salários congelados, são os exemplos da educação no Distrito Federal. Mas o GDF atua com descaso em todas as áreas da gestão governamental. Pior: diz que está tudo bem, tudo normal. Está tudo bem mesmo? No ato em Ceilândia, os cidadãos e cida-

dãs foram convidados (as) a denunciar os problemas de sua cidade. Este foi o primeiro de vários “Sinpro nas cidades: não é verdade que está tudo bem”. Outras cidades do Distrito Federal também receberão o ato, e tão logo sejam marcados, serão comunicados nas redes sociais do Sinpro-DF.

Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital

Um exemplo de combate ao analfabetismo funcional Desde 2015, uma escola de Samambaia aplica um projeto pedagógico exitoso que já retirou muitos estudantes do analfabetismo funcional. O Leitura do CEF 407 foi criado para ensinar crianças e adolescentes a ler, entender, compreender e aprender o conhecimento ministrado na escola. Cinco anos antes da pandemia do novo coronavírus, a equipe de docentes da escola pública detectou o problema e começou a enfrentá-lo. Josuel Santos da Silva, professor de História e vice-diretor do CEF 407, é o autor, juntamente com as professoras de língua portuguesa Márcia Videira e Teresa Cunha, do projeto. “O projeto de leitura foi elaborado com a preocupação de criar formas de ensinar o estudante a gostar de ler e foi encampado pela escola. No início de cada semestre, os professores se unem para escolher um livro de literatura paradidático, que será lido por todos em todas as disciplinas juntamente com os estudantes na sala de aula, quer seja na aula de História, Geogra-

O CEF 407 de Samambaia demarca a educação com projeto de leitura e a construção de uma proposta educacional de resistência

fia, Matemática ou Química”, explica. O resultado é extraordinário. “Temos, agora, estudantes se propondo a escrever livros. Hoje, eles perguntam: ‘Professor, como posso escrever um livro?’. Ou seja, se o livro era um objeto afastado numa estante, essa criança agora pensa na possibilidade de ser um escritor, uma escritora”, comemora. DO MURO AO CONCRETO – Este ano, o projeto trabalha com autoras negras,

como Meimei Bastos, moradora de Samambaia; Kiusam de Oliveira, Carolina Maria de Jesus e a nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie. O CEF 407 vem demarcando uma resistência na educação. Recentemente, a comunidade plantou um baobá (foto) no estacionamento da escola. Para o professor Josuel, o muro da escola é uma escolha política. Aliás, o muro e o baobá são um sinal de resistência ao modelo de gestão militarizada imposto pelo

governo Ibaneis Rocha (MDB) em 2019. O Gisno e o CEF 407 foram duas escolas que resistiram a esse modelo de gestão.

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