As maravilhas da Chapada dos Veadeiros
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GERALDO CÉSAR MOREIRA
Brasília Capital traça roteiro de seis dias inesquecíveis num paraíso a pouco mais de 230 Km do Distrito Federal Ano XII - número 571
Brasília, 18 a 24 de junho de 2022
Geraldo César Moreira – Página 12
O xadrez eleitoral do DF
Política social de Ibaneis é um fraCRASso FOTOS: ANTÔNIO SABINO
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Todas as peças estão no tabuleiro. Só falta posicioná-las e começar o jogo
Iges censura funcionários Boletim semanal interno proíbe empregados de fazer declarações ou manifestações, inclusive nas redes sociais Pelaí – Páginas 2 e 3
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Atendimento precário no CRAS de Ceilândia prejudica Maria Firmo (à esq.), tia da primeira-dama do País. Em vídeo, Mayara Noronha (à dir.) faz pouco caso
Milhares de pessoas passam frio, fome e humilhações nas filas dos Centros de Referência de Assistência. Entre elas, uma tia de Michele Bolsonaro. Página 6 Secretária do GDF grava vídeo desdenhando a situação.
GDF ignora sentenças ambientais do TJDFT Secretário de Agricultura e presidente do Ibram podem responder por improbidade administrativa Chico Sant’Anna – Página 10
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Ex pedien te
Censurados – Envolvido em várias investigações de irregularidades e em inúmeras reclamações populares, o IgesDF proibiu seus empregados de conceder entrevistas, fazer declarações ou manifestações por qualquer meio, incluindo as redes sociais. A orientação integra o programa “Pílulas de Integridade”, enviado semanalmente aos funcionários.
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O xadrez eleitoral do DF Partidos e pré-candidatos trabalham com o limite temporal do início de julho – no máximo, a primeira quinzena do mês – para definir as composições visando as eleições de 2 de outubro. A disputa pelo GDF está diretamente atrelada à corrida presidencial. E é aí que começam as dificuldades. IBANEIS – Filiado ao MDB, o governador Ibaneis Rocha (foto) é o primeiro a abrir divergência, ao deixar claro que apoiará a reeleição de Jair Bolsonaro (PL), mesmo depois de seu partido ter lançado a senadora Simone Tebet (MS) ao Planalto. REGUFFE – Mas, se pode não contar com o palanque do correligionário, a emedebista tem a simpatia do segundo colocado nas pesquisas para o Buriti, senador José Antônio Reguffe (União Brasil). SIMPATIA – O problema é que Reguffe sequer definiu se será candidato, além de sua agremiação ter oficializado o deputado Luciano Bivar (PE) como postulante ao Planalto. “Tenho uma grande simpatia pela Simone”, disse Reguffe ao Brasília Capital, sem se manifestar quanto a Bivar. PAULA BELMONTE – Caso resolva disputar a sucessão de Ibaneis, Reguffe tende a reunir uma coligação com a federação PSDB-Cidadania. Neste caso, a deputada Paula Belmonte (Cidadania) seria sua vice. A chapa majoritária se completaria com o advogado Paulo Roque (Novo) ao Senado. IZALCI – Mas falta combinar com o senador Izalci Lucas (PSDB). O tuca-
AGÊNCIA BRASÍLIA
Rafael Parente. LEILA – A senadora Leila dialoga com todos e não se acerta com ninguém. De qualquer forma, está disposta a honrar o que combinou com Ciro Gomes: será candidata ao GDF em qualquer hipótese, para que o presidenciável tenha um palanque na capital da República.
no está convicto de que terá legenda para concorrer ao GDF. E quer Reguffe para o Senado. O problema é que Belmonte garante que a federação está prestes a fazer uma reunião em que o Cidadania ficará com 70% do colegiado local. Assim, de acordo com o estatuto, terá preferência para indicar o candidato majoritário. E a deputada não está disposta a abrir mão para o senador tucano. OPOSIÇÃO – A oposição terá pelo menos outros quatro palanques presidenciais com candidatos ao GDF: Ciro Gomes (PDT) com a senadora Leila Barros; Rafael Parente (PSB) com o petista Lula; o distrital Leandro Grass (PV), que encabeça a federação PT-PV-PCdoB; e Lucas Salles (Democracia Cristã) com José Maria Eymael. PARENTE – O debate entre as legendas de centro-esquerda é outro cenário de muita conversa e pouco entendimento. Comandante do PSB no DF, o ex-governador Rodrigo Rollemberg se diz favorável a uma ampla composição contra Ibaneis e Bolsonaro. Desde que o acordo seja em torno de
GRASS E ROSILENE – Sinais de pacificação surgem exatamente onde a discórdia já foi mais acentuada. Na federação PT-PV-PCdoB, estão assentadas as candidaturas de Leandro Grass (PV) ao Buriti e da professora Rosilene Corrêa (PT) ao Senado. DIVULGAÇÃO
MÁRCIA ROLLEMBERG – A meta agora é encontrar a vice (a preferência é por uma mulher) ideal. Na sexta-feira (16) surgiu o nome de Márcia Rollemberg. Mas o marido dela, o ex-governador Rodrigo, foi contundente: “Não tem a menor chance. O PSB concorrerá com Rafael Parente”, rechaçou. Márcia estava ao lado dele.
Brasília Capital n Política/ Pelaí n 3 n Brasília, 18 a 24 de junho de 2022 - bsbcapital.com.br AGÊNCIA BRASIL
MANINHA E FÁTIMA – O sonho petista de reunir toda a esquerda e centro-esquerda local em torno de Lula ainda passa por um possível acordo com a federação Rede-Psol, que lançou Keka Bagno ao Buriti. Do Psol poderia sair a vice de Grass – a ex-deputada Maninha ou a candidata ao GDF em 2018, Fátima Sousa.
FLÁVIA E DAMARES – O imbróglio retorna à direita quando o Republicanos ensaia o lançamento da ex-ministra Damares Alves (foto) ao Senado . Aí, surgem especulações as mais diversas. Entre elas, a de que a deputada Flávia Arruda (PL) pode desistir da disputa ao Senado para pleitear o Buriti. CELINA LEÃO – Neste caso, a deputada Celina Leão (PP) seria a vice numa chapa bolsonarista puro-sangue. Aí, o jogo volta ao começo. Ibaneis reconsideraria a pressão de correligionários como José Sarney e Renan Calheiros para apoiar Lula... E tudo o que foi escrito acima passaria por uma completa reavaliação...
Republicanos Comandado no DF pelas igrejas Universal do Reino de Deus e Sara Nossa Terra, o Republicanos tentará manter, no mínimo, as duas cadeiras na Câmara Legislativa (Martins Machado e Rodrigo Delmasso) e uma na Federal (Júlio César Ribeiro). A legenda lançará 25
candidatos ao Parlamento local e nove ao federal. DÚVIDA – Mas não há consenso quanto ao apoio à ex-ministra da Mulher, Damares Alves, para o Senado. Na chapa majoritária, o maior interesse é pela vaga de vice de Ibaneis Rocha (MDB), hoje ocupada por Paco Britto (Avante).
Roque e a Lei da Ficha Limpa Pré-candidato ao Senado, o advogado Paulo Roque (Novo) celebrou os 12 anos da sanção da Lei da Ficha Limpa, que estabeleceu, a partir de 4 de junho de 2010, inelegibilidade para políticos, entre outras providências do artigo 14, parágrafo 9º da Constituição Federal. Foi um avanço para o Parlamento, mas é preciso mais. É preciso que deputados e senadores abram mão de privilégios como gabinetes lotados de assessores, motoristas à disposição, plano de saúde pago pelo Estado e outras regalias”.
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I N FO RM E
Seminário “Caixa: um bem público na vida das pessoas”, discutiu o papel desempenhado pela instituição
A relevância da Caixa Econômica na vida dos brasileiros Leidiane Souza (*) Fazer um balanço da situação da Caixa Econômica Federal e sua relevância na vida dos brasileiros. Este o objetivo do seminário “Caixa: um bem público na vida das pessoas”, realizado na terça-feira (13), com apoio e par ticipação do Sindicato dos Bancários de Brasília, da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e do por tal Recontaí. O encontro reuniu diversos especialistas e debateu, entre outros pontos, “a Caixa que queremos a partir de 2023”; gestão e governança; cidades inclusivas; inovação e novas tecnologias; fundos públicos e a dinamização da atividade econômica no Brasil; o papel da cultura na reconstrução do Brasil e o reforço da identidade nacional. Conforme lembrou Sergio Takemoto, presidente da Fenae, a história da CEF se confunde com as principais movimentações sociais dos últimos 161 anos. “A Caixa representa, ao longo dos anos, grandes mudanças na vida da população, seja no acesso ao crédito, seja por meio da contribuição com a política econômica e estabelecendo-se como ferramenta para o desenvolvimento do país”, disse. Outro ponto discutido foi o protagonismo dos trabalhadores e da sociedade civil na direção das empresas públicas. Segundo a representante eleita dos empregados no Conselho de Administração da Caixa, Rita Serrano, a par ticipação dos tra-
balhadores nos comitês gestores das empresas é sinônimo de avanço. “A democratização do espaço público vem a reboque do protagonismo da classe trabalhadora”, afirmou. O economista, mestre em Estudos do Desenvolvimento, assessor pelo Dieese e representante da CUT nos Conselhos do FGTS e do FAT, Clóvis Scherer, falou da impor tância dos fundos. Ressaltou que existem, no governo federal, mais de 50 fundos ativos. Entre eles, Fundo Nacional de Saúde, Fundo de Assistência Social, Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES) entre outros, que, somente em 2018, movimentaram R$ 870 bilhões. “A Caixa já mostrou sua relevância no desenvolvimento social e econômico do Brasil. O banco é capaz de direcionar o futuro do País. Portanto, a eleição é apenas o começo da mudança”, explicou, referindo-se ao pleito de outubro. (*) Colaboração para o Seeb Brasília
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Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital
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A fome acima de tudo, o agro acima de todos! Júlio Miragaya (*) AGÊNCIA BRASIL
O título acima bem poderia ser o lema do desgoverno Bolsonaro. Exagero? Vejamos: enquanto Bolsonaro e seus comparsas do agronegócio se vangloriam de o Brasil ser o segundo maior exportador de alimentos do mundo, 33,1 milhões de brasileiros passam fome. Segundo a Rede Nacional de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan), 17,5 milhões (10% da população) passavam fome em 2002 (FHC), contingente que caiu para os ainda inaceitáveis 8,5 milhões (4,2%) em 2013 (Dilma), voltando a subir para 12 milhões (5,8%) em 2018 (Temer) e disparando para os atuais 33 milhões. São quase 17 milhões no Norte/ Nordeste (22% da população); 11,5 milhões no Sudeste (13%), 2 milhões no Centro-Oeste (12,7%) e 3 milhões
no Sul (9,8%). Isto porque, enquanto diminui a cada ano a área plantada com arroz, feijão, mandioca, banana e outros alimentos básicos – e, dada a limitação da oferta, os preços disparam, tornando-os inacessíveis aos mais pobres – a “turma do agronegócio” praticamente tornou o campo brasileiro numa imensa plantação de soja e milho voltada para alimentar porcos, vacas e aves no Brasil, na Ásia e na Europa. Produzem e exportam, ainda, açúcar, carnes, café e outros produtos, enriquecendo cada vez mais, pois faturam em dólar e são isentos de tributos, enquanto, para o povo pobre e miserável, sobram ossos e pés de galinha. Até no único aspecto positivo gerado pelo agronegócio no Brasil (o saldo na balança comercial), o resultado deve ser relativizado pelos crescentes gastos com a importação de insumos, como fertilizantes (U$ 15,2 bilhões em 2021). Aliás, aqui se observa mais um dos males da política neoliberal num setor estratégico, que impacta a segurança alimentar. Com a imposição,
em 1997, de tarifa zero para fertilizante importado; com a venda em 2017 dos ativos da Vale Fertilizantes para a Mosaic (Cargill) e com a desativação/arrendamento/abandono das plantas da Petrobras (capacidade de 7 milhões de toneladas/ano), o parque industrial de fertilizantes no Brasil mingou. O resultado foi a elevação das importações, de 40% da demanda em 1987 para 86% em 2021. Este é o “Agro”. Mediante grilagem, expulsam posseiros, roubam terras públicas, invadem terras indígenas e quilombolas; desmatam e degradam o meio ambiente; exploram trabalho infantil e escravo e montam bandos de jagunços para ameaçar e matar camponeses e indígenas. O Agro não é pop, como diz a Rede Globo, o Agro é podre! Conflitos e assassinatos no campo Historicamente, uma das atividades dos “homens de bem” do agronegócio é ocupar terras públicas e roubar terras dos camponeses. Segundo levantamento da Comissão Pastoral da Terra (CPT) da CNBB, nos três primeiros anos do desgo-
verno Bolsonaro, ocorreram nada menos que 4.078 conflitos por terra no Brasil, recorde histórico. Apenas em 2021, foram 1.769 conflitos, envolvendo 897 mil pessoas numa área de 71,2 milhões de hectares com 1.730 trabalhadores resgatados do trabalho escravo. Entre as vítimas dos conflitos, 26% são indígenas; 17% são quilombolas; 17% são posseiros; 14% são sem terras e 8% são assentados. Entre os causadores, 41% são fazendeiros/ empresários, 13% são grileiros, 6% são madeireiros, 5% são garimpeiros e 17% são agentes de governo. Desses conflitos resultaram, nos últimos dez anos, 403 pessoas assassinadas, sendo que 313 (77%) na Amazônia Legal. Possivelmente os desaparecimentos de Bruno e Dom engrossarão essas tristes estatísticas. Aliás, por que as FFAA, em vez de ficarem “empetelhando” o TSE, não combatem a criminalidade na Amazônia? (*) Doutor em Desenvolvimento Econômico Sustentável, ex-presidente da Codeplan e do Conselho Federal de Economia
Insegurança alimentar: “ecos” da pandemia? Fátima Sousa (*) DIVULGAÇÃO
O estudo “Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil”, lançado recentemente, aponta que a incerteza quanto ao acesso aos alimentos e o comprometimento da qualidade da alimentação atingem 28% dos brasileiros. A restrição quantitativa aos alimentos alcança atualmente mais de 30% dos domicílios, dentre os quais 15,5% têm convivido com a fome. São mais de 33 milhões em situação
de fome atualmente no Brasil e 125 milhões de pessoas vivendo diuturnamente com a insegurança alimentar batendo em suas portas. Isso se deve à crise sanitária sem precedentes que vivemos e, sobrepostas a ela, as crises política e econômica. As iniquidades da garantia do direito humano a uma alimentação adequada e saudável, expressas pelo acesso desigual e insuficiente a renda, bens e serviços, e por políticas públicas ineficazes, que preterem os que mais necessitam, não somente têm contribuído para o perpetuar-se das desigualdades, como também fizeram com que o Brasil retornasse ao Mapa da Fome. E no Distrito Federal? Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
divulgados em setembro de 2020, mostram que 49 mil famílias do DF vivem em situação de fome, agravada pelas dificuldades econômicas da pandemia, e 319 mil domicílios estão em situação de insegurança alimentar. O governador Ibaneis Rocha afirmou que a fome em 2021 seria um grande problema a enfrentar. Mas o que tem sido feito? Enquanto esse cenário é “analisado”, famílias lutam por uma refeição com arroz, feijão e carne. Em alguns lares, doações e auxílios têm sido as únicas possibilidades para se ter mais que água na geladeira. Progressivamente, a população padece do desemprego e vem empobrecendo. Como se isso não fosse o bastante, é estratosférica a alta dos
preços dos alimentos “básicos”, limitando o poder de compra de grande parte da população ou, por vezes, demandando dela a substituição dos alimentos na mesa. Mudar esse cenário requer a adoção de políticas e estratégias sustentáveis de produção, distribuição, acesso e consumo de alimentos de qualidade, além de promoção da saúde e de uma alimentação adequada e saudável, de forma equânime e universal. Fazer isso cabe a cada um de nós! Juntos, podemos fazer mais pelo Distrito Federal. Governantes são eleitos pelo povo e governam para (e com) o povo.
(*) Enfermeira e professora
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Milhares de pessoas aguardam atendimento e até dormem nas filas, entre elas uma tia da primeira-dama Michele Bolsonaro
O caos nos Cras
Milhares de pessoas dormem nas filas à espera de atendimento, entre elas uma tia da primeira-dama Michele Bolsonaro Diva Araújo e José Silva Jr
Os problemas de atendimento nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) parecem não ter fim. O descaso é tanto que atin-
ge até a família do primeiro mandatário do País. Ângela Maria Firmo Ferreira, tia da primeira-dama Michelle Bolsonaro, passa pela mesma aflição de milhares de pessoas em todo o Distrito Federal. Na segunda-feira (6), Ângela Maria madrugou na porta do CRAS, em Ceilândia, e quando chegou a sua vez as fichas haviam acabado. “Eu precisei insistir para me atenderem. Ainda assim, não resolvi meu problema, que é continuar com o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e com o auxílio-funeral, pois até hoje não me recuperei da perda do meu filho”, contou à reportagem do Brasília Capital.
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Mayara Noronha secretária da Sedes-DF ironiza em redes sociais “Se fosse fácil, já teriam resolvido”
Secretária grava vídeo irônico Os CRAS’s são vinculados à Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), comandada pela primeira-dama do DF, Mayara Noronha Rocha, que, aparentemente, não está muito preocupada com o caos instalado nos Centros de Referência. Há poucos dias, Mayara publicou um vídeo em seu perfil numa rede social em que aparece a bordo do seu carro de luxo. “Êita, que hoje não tá fácil não, viu? Tô abalada. Tá difícil, e hoje eu resolvi colocar foi música de fogo”,
diz a esposa do governador Ibaneis Rocha na gravação. E antes de entoar um hino de louvor evangélico, ela ainda emenda: “Se fosse fácil, já teriam resolvido. Hoje eu vim à base do fogo aqui”. A repercussão foi péssima. Fontes palacianas chegaram a dizer que a situação de Mayara tornara-se insustentável. Deputados da base aliada do governo pediram a cabeça da secretária. Enquanto isso, quem estava na ponta, como a tia de Michelle Bolsona-
ro, sentia na pele o frio das madrugadas mal dormidas nas filas dos CRA’s. Que o diga Marize Hilarino, 46 anos, moradora do Sol Nascente. Ela tentava fazer a renovação do seu cadastro no CRAS de Ceilândia para continuar recebendo benefícios. Mesmo acordando cedo e, literalmente, dormindo na fila durante três noites seguidas, só conseguiu atualizar seus dados cadastrais na quarta-feira (8). “É muita dificuldade. Mas graças a Deus consegui”, aliviou-se.
Servidores apresentam soluções O mesmo aparente descaso ocorre com a pauta de reivindicações dos servidores da Sedes. Mobilizada, a categoria paralisou os trabalhos para uma assembleia no dia 8 e tem nova paralisação marcada para o dia 23 de junho, na Praça do Buriti. Na última assembleia, a adesão foi de 80% dos servidores. A categoria reivindica ampliação da capacidade de atendimento nos CRAS e demais unidades da assistência social. E fixou alguns pontos apresentados ao GDF que ajudariam a reduzir a alta demanda de pessoas que esperam por atendimento nas filas quilométricas. Segundo o diretor de comunicação do Sindicato dos Servidores da Assistência Social e Cultural (Sindsasc), Clayton Avelar, 188 auxiliares estão desviados de função, podendo ser realocados nas unidades e reforçar o atendimento. Além do retorno dos servidores às unidades, outro ponto que pode contribuir para a redução da fila de espera seria a mudança da carga horária dos servidores que solicitaram aumento de 36 para 40 horas semanais, resolução que não acarreta nenhum custo a mais do que já previsto no orçamento de 2022, e resulta em 7.360 horas a mais para atendimentos. Diante da insustentável situação nos CRAS do DF e sob forte pressão do Sindsasc, o GDF autorizou, na terça-feira (14), a ampliação do atendimento nas unidades, com alteração na carga horária dos servidores efetivos da Sedes de 30 para 40 horas semanais, medida reivindicada pelo sindicato.
Confira os pontos elencados pelo Sindsasc: - Zerar o cadastro de reservas com a nomeação dos aprovados no último concurso público (270 candidatos); - Resolver administrativamente a situação dos servidores auxiliares em desvio de função para que retornem às atividades; - Melhores condições de trabalho das unidades de atendimento.
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I N FOR M E
Sinpro solicita dados oficiais sobre contágio por covid nas escolas O Sinpro-DF enviou à Subsecretaria de Segurança e Saúde no Trabalho (Subsaúde) solicitação, via carta externa e via Sistema Eletrônico de Informações (SEI) para ter acesso aos dados oficiais sobre o número de profissionais do Magistério contaminados por covid-19 nas escolas. Os diretores(as) do sindicato têm recebido denúncias de escolas nas diversas regionais dando conta do crescimento do contágio, com a infecção de muitos educadores (as). O objetivo do Sinpro é ter dados concretos para embasar o diálogo com a Secretaria de Educação e cobrar atitudes para proteger a comunidade escolar do vírus. Os índices de transmissibilidade continuam altíssimos no DF (atingiu 1,80 no dia 10.
Recomendação – No sábado (11), o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública, da Secretaria de Saúde, emitiu nota recomendando fortemente o uso de máscaras “em todos ambientes das unidades de ensino públicas e privadas do DF para todos frequentadores”. O comitê também defende que haja campanhas educativas de estimulo à vacinação contra Covid-19 nas escolas e a adoção de estratégias para evitar aglomerações na entrada, intervalo e saída dos estudantes. No dia 2 de junho, a Secretaria de Saúde já havia recomendado o retorno da proteção facial em ambientes fechados e em locais ao ar livre com aglomeração de pessoas. O uso não é obrigatório, “contudo, tecnicamente, é
recomendado o uso da máscara”, aponta a Vigilância Sanitária. Ações de prevenção – A comissão de negociação do Sinpro pautou essa questão junto ao governo em reunião no dia 8, e cobrou que sejam tomadas providências diante da situação da contaminação por covid-19 no DF. A SEDF afirmou que está em diálogo com a Secretaria de Saúde e aguardando o estabelecimento dos próximos protocolos. A diretoria colegiada do Sinpro tem sugerido às escolas que orientem firmemente o uso de máscaras por todos. A máscara é um aliado fundamental para controlar a circulação do vírus. A ciência já comprovou que o uso cor-
reto do equipamento – cobrindo inteiramente nariz e boca – evita o contágio, mais ainda se combinado com outros mecanismos, como o distanciamento social, ventilação dos espaços e testagem em massa. Da mesma forma, é muito importante manter hábitos como a correta higienização das mãos. No momento, também, é desejável a suspensão de eventos que gerem aglomeração.
Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital
Meditação acalma crianças da EC 415 Norte de Brasília Se, para adolescentes e adultos, é difícil prestar atenção na aula após um intervalo recreativo, imagine para crianças de 6 a 10 anos a dificuldade que é se concentrar após o recreio na escola. Avalie daí a dificuldade de uma professora ou de um professor para canalizar a energia que vem das brincadeiras e das correrias para uma plena atenção ao conteúdo ministrado. Acalmar crianças após o recreio não é fácil. Mas a Escola Classe 415 Norte (EC 415 Norte) está conseguindo, com sucesso, promover a concentração das crianças após o recreio. A meditação é o método utilizado. E é tão poderoso e bem-sucedido que, por causa dessa prática, a escola já foi destaque na mídia local e nacional e já concorreu a prêmio na educação. Após uma parceria com a Sociedade Vipassana de Meditação, a EC 415 Norte adotou o projeto Plena Atenção, que levou a meditação para a sala de aula. A experiência está demonstrada no vídeo-reportagem que o Sinpro-DF fez na escola. (Confira no final desta matéria). A diretoria colegiada do Sinpro-DF vê na iniciativa um excelente trabalho pedagógico. Afinal, em vez de militarizar a escola e tratar adolescentes debaixo do tacão e da brutalidade, a EC 415 Norte demonstra que existem outras possibilida-
Projeto Plena Atenção promove a concentração das crianças após o recreio, com meditação em sala de aula
des pedagógicas pensadas por educadores(as), com resultados eficientes, de tranquilizar crianças e adolescentes por meio da paz, do respeito humano, da serenidade e do conhecimento. A “volta à calma” por meio do projeto Plena Atenção extrapolou as salas de aula e, hoje, faz parte do cotidiano e do comportamento dos estudantes de tal forma que modificou até a visão de mundo de vários pais e mães. Inquietação – A descoberta aconteceu há mais de sete anos, por causa da inquietação de uma professora que via na meditação a
possibilidade de trazer a experiência que ela tinha tido na educação infantil denominada “volta à calma” após o intervalo. Adepta da meditação, Ana Márcia Correia, professora e coordenadora pedagógica, passou a utilizar algumas práticas da “volta à calma” no Ensino Fundamental da EC 415 em 2015. A escola é inclusiva e tem 310 estudantes. A equipe da escola viu o que estava acontecendo e, aos poucos, foi aderindo à metodologia. “A meditação, para mim, sempre foi uma necessidade, uma inquietação, uma dúvida e uma vontade. Como eu venho
de experiências da educação infantil em que a gente fazia a volta à calma depois do recreio, sempre carreguei essa prática quando migrei para o Ensino Fundamental”, conta.
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VIA
Satélites
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Idosos – O Sesc lançou, quarta-feira (15), a campanha de sensibilização da violência contra a pessoa idosa, um manifesto em oposição ao ageismo, ou idadismo, que é a discriminação sofrida por uma pessoa devido à sua idade avançada. Serão realizados seminários, oficinas, dinâmicas e jogos durante todo o mês de junho, em parceria com a UnB.
ÁGUAS CLARAS
Justiça barra venda de lotes de escolas José Silva Jr Quando o Poder Executivo falha, é a Justiça que deve entrar em ação para impedir atos que vão na contramão da Lei e da vontade da sociedade. O exemplo mais recente disso foi a decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) que suspendeu a venda de lotes públicos destinados à Educação e à Saúde públicas em Águas Claras. Um desses casos já havia sido denunciado pelo Brasília Capital há dois meses. A reportagem contava que, nos estertores de 2020, a Terracap vendeu uma área de 6 mil m² na Quadra destinada à construção de uma escola pública. A Justiça acatou a argumentação da Associação dos Moradores e Amigos de Águas Claras (Amaac) de que a mudança de uso fere princípios da Constituição e do direito ambiental. A Amaac é a autora da Ação Civil Pública (ACP) contra essa e outras vendas de terrenos públicos destinas à construção de escolas e à construção de unidades hospita-
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lares naquela cidade. “A alienação do imóvel originalmente destinado à instalação de equipamento comunitário de educação, e de vários outros em situação análoga não vem seguindo à diretriz de garantia de bem-estar à população, tampouco de distribuição adequada de equipamentos urbanos em conformidade com as necessidades da comunidade local. O imóvel é tratado pela Terracap como mera mercadoria em estoque”, salientava a petição dos moradores. MORADORES COMEMORAM VITÓRIA – A decisão é comemorada pelos moradores como uma vitória. “A decisão vem em boa hora. Certamente, todos os terrenos destinados à saúde, educação e lazer deveriam ser preservados desde a sua destinação inicial. O governo atual está indo contra a população tentando desviar esses terrenos para finalidades comerciais e residenciais”, disse o diretor da Amaac, Rodolfo Rodrigues. “A associação atua para que essas atrocidades não aconteçam e
que obras com sua destinação inicial sejam realmente implantadas de acordo com a sua finalidade, como equipamentos para saúde, para educação e de lazer. Não podemos enxergar essas trocas de desti-
nação de terrenos com naturalidade. Precisamos enfrentar o sistema de forma conjunta, para que, no futuro, possamos usufruir de mais benefícios públicos, que é do nosso direito”, completa Rodrigues.
Empreiteira quer fazer prédio de luxo A intenção da compradora do terreno não seria nada boa para a comunidade. A Real Engenharia Ltda., que pagou R$ 31 milhões pelo terreno, pretendia construir três torres de 19 pavimentos cada, num total de 136 apartamentos de alto padrão, com quatro quartos. O impacto, tanto no trânsito quanto na qualidade de vida dos moradores de Águas Claras, seria imensurável. Segundo a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílio (PDAD),
da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), a população local utiliza automóveis como principal meio de transporte para deslocamentos. Os veículos dos novos moradores se somariam a essa frota, que já causa transtornos como engarrafamentos e falta de estacionamentos. A Real Engenharia avisou que recorrerá da decisão. Enquanto isso, os moradores podem dormir e acordar sem esse barulho extra.
DISTRITO FEDERAL
Vagas para cursos técnicos e profissionais em música A Secretaria de Educação do DF publicou edital de processo seletivo para os cursos profissionais e de nível médio nos cursos de qualificação da Escola de Música de Brasília (CEP-EMB) para o segundo semestre de 2022.
São diversas modalidades de instrumentos e canto, além do curso técnico em processos fonográficos e de qualificação profissional em elementos técnicos de palco (práticas e projetos). São 621 vagas para técnicos de nível médio (497 para am-
pla concorrência e 124 para pessoas com deficiência ou TEA). As inscrições serão exclusivamente pelo site da SEEDF (www. educacao.df.gov.br), de 14 a 29 de junho. Todas as etapas do processo seletivo são gratuitas.
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Da esperança à decepção Em 2018, terminamos um período de governo que promoveu uma desorganização ainda maior do que havia no sistema público de saúde do Distrito Federal. A expectativa era, minimamente, de reversão da política equivocada adotada na atenção primária (o Converte) e de extinção do Instituto Hospital de Base (IHB) – compromissos de Ibaneis Rocha, candidato que venceu as eleições daquele ano. Mas, nos primeiros dias após a posse, veio a primeira demonstração de que a gestão atual não atacaria os erros da anterior. Ao contrário, aprofundaria os equívocos de Rollemberg. Em vez de reincorporar o Hospital de Base à administração pública direta, sob comando da Secretaria de Saúde, vazou um Projeto de Lei pelo qual o governador propunha que o IHB fosse transformado na Organização Hospitalar do Distrito Federal. Na prática, isso equivaleria a privatizar quase toda a estrutura da saúde do DF. O projeto previa, também, que os servidores da Saúde passariam a integrar quadro em extinção na Secretaria de Saúde.
O ano de 2019 começou com uma luta diuturna contra medidas que precarizariam ainda mais o sistema público e, consequentemente, a assistência à saúde da população. Do plano original previsto pelo GDF, surgiu o Instituto de Gestão Estratégica da Saúde, o IGESDF, e toda a coleção de escândalos e suspeitas de corrupção que vemos desde sua criação. Isso já demonstra que a expressão “gestão estratégica” não passa de argumento de marketing para florear a entrega, pelo Estado, da obrigação constitucional de garantir a saúde da população à exploração privada, que visa lucro – o que é incompatível com a função de Estado. Que fique claro: a participação da iniciativa privada na prestação de assistência à saúde da população é, mais que lícita, necessária. E está prevista na Constituição Federal naquilo que o Estado não tem a capacidade de prover. Limite que tem de ser respeitado, sob o risco de (por omissão estatal) parte considerável da população ficar desassistida. E a pandemia da covid-19 deixou claro que
essa é uma perspectiva desastrosa. Saúde é uma questão coletiva: se parte da população não tem acesso, toda a estrutura da sociedade sofre. Seja por disseminação de doenças infectocontagiosas, seja pela oneração do sistema previdenciário. População sem saúde implica tanto em decadência na qualidade de vida quanto na queda da capacidade produtiva e na riqueza de cada cidade e do conjunto da nação. Ao longo de toda a atual gestão, como nas anteriores, tenho acompanhando de perto o funcionamento do sistema público de saúde, cobrando, em especial no período de pandemia, solução para a falta de insumos e de pessoal, e tenho estado de olho nas denúncias e indícios de irregularidades no IGESDF. Soluções para a Saúde existem e temos apontado várias – para as questões pontuais e estruturais. Ao nos aproximarmos das eleições, destaco o que é mais básico: é necessário que aqueles que se propõem a governar assumam a responsabilidade que a Constituição impõe ao Estado, que é garantir o direito
Dr. Gutemberg Fialho Médico e advogado Presidente da Federação Nacional dos Médicos e do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal
fundamental de cada cidadão à saúde. Sem essa noção e sem esse compromisso, governo nenhum vai dar solução aos problemas da saúde, que se prolongam e aprofundam a cada gestão. A beleza da democracia é que a cada quatro anos as esperanças de renovam.
** Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital
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Por Chico Sant’Anna
Tempo quente entre a Justiça e o GDF O governador Ibaneis Rocha (MDB) costuma se gabar de seu bom relacionamento com o Judiciário. Mas o clima está quente entre a Vara do Meio-Ambiente do Tribunal de Justiça do DF e o GDF. O TJDFT reclama de o governo ignorar sentenças e demandas judiciais que determinam preservação do meio-ambiente de áreas no Park Way e ameaça com improbidade administrativa o secretário de Agricultura, Candido Teles de Araújo, e o presidente do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), Cláudio Trinchão. E pode sobrar até para o governador Ibaneis Rocha, tendo em vista ser ele a autoridade máxima do DF. A tensa relação entre a Vara de Meio Ambiente e instâncias diversas do GDF não é de hoje e não se limita a Ação Civil Pública nº. 14.662/1991, que transitou em julgado há mais de 30 anos - condenando o GDF a proteger as nascentes existentes na Apa Gama Cabeça do Veado - e que as autoridades locais fazem vistas grossas para a grilagem, desmatamento e ocupação irregular do solo.
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Improbidade administrativa
GDF ignora sentenças e demandas judiciais que determinam a preservação do meio-ambiente
Mais uma vez, o GDF não acatou a demanda judicial e não apresentou o Prad. Isso levou o magistrado a assinalar em novo despacho que “a coisa julgada produzida no feito, que se iniciou desde 1991, queda sem cumprimento até hoje, passados vergonhosos trinta anos, desde a instauração do feito, fato que indicia a ocorrência de improbidade administrativa, senão delito”. A irritação do magistrado se evidencia quando ele deixa de tratar o tema com a pessoa jurídica - a Secretaria da Agricultura e o Ibram – para responsabilizar a pessoa física dos titulares das instituições. Em procedimento atípico, decide apertar os calos dos gestores, que poderão responder a inquérito cível por improbidade administrativa ou cri-
minal, por possível prevaricação em decorrência de ter “desprezado” as demandas do Tribunal. O condenado por improbidade administrativa está sujeito a perda da função pública e suspensão dos direitos políticos de 8 a 10 anos. Se for constatada a lesão ao patrimônio e/ou ao erário público, o condenado poderá ficar imputado de ressarcir o dano causado. A PGDF informou à coluna que o DF contestou a demanda, “demonstrando que a administração pública não se omitiu no cumprimento de seus deveres de fiscalização. Ademais, o DF aderiu ao polo ativo da Ação Civil Pública, de modo a auxiliar o MPDFT no processo, e não deixou de atender a nenhuma determinação ou requisição da Justiça”.
Chacareiros que nada produzem no Park Way A Apa responde por 1/3 das águas do Paranoá. Os córregos do Mato Seco e o do Cedro alimentam o Ribeirão do Gama, que desemboca no Lago. Esses fluxos d’água estão sendo agredidos por moradores, grileiros e por aqueles que se identificam como chacareiros, mas que nada produzem. Em dezembro de 2021, a Vara do Meio-Ambiente determinou ao GDF que, em 30 dias, a Procuradoria Geral do DF apresentasse o Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (Prad), previsto na sentença de
1991, e determinou que fosse elaborado um cronograma de execução. Ao secretário de Agricultura, determinou que em cinco dias fosse encaminhada uma relação das “ditas chácaras” existentes no Park Way, especificando quais possuíam autorização e quais aguardavam autorização da Seagri. Proibiu, ainda, a concessão de qualquer nova autorização de uso de terras públicas no Park Way. Passou-se o prazo e Teles de Araújo ignorou o TJDF. Isto levou, à época, o juiz Carlos Maroja a instaurar inquérito cível por improbidade admi-
nistrativa ou criminal, por possível prevaricação, contra o secretário de Agricultura, Candido Teles de Araújo, por ter “desprezado” as demandas do Tribunal. Teles pediu desculpas e disse que iria providenciar a papelada. O caso se repete. O Prad não foi apresentado até 25 de maio, cinco meses após a determinação judicial. Demonstrando impaciência com o descaso do GDF, Maroja voltou a oficiar a PGDF, concedendo 72 horas para que Prad, dentre outras medidas demandadas em dezembro de 2021, fosse cumprido.
Os córregos que alimentam o Ribeirão do Gama, são agredidos por moradores e grileiros
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NUTRIÇÃO
Caroline Romeiro Você sabe o que é flexitarianismo? Movimento busca reduzir o consumo de carnes e de alimentos de origem animal Flexitarianismo é o movimento de consumo alimentar que busca reduzir a ingestão de carnes e alimentos de origem animal. Isto não significa
que essas pessoas querem deixar de comer esses alimentos. A intenção é apenas diminuir o consumo. Não necessariamente esses indi-
ESPÍRITA
José Matos A superação da tentação ao suicídio Vivemos uma época de pessoas psiquicamente frágeis, criadas com muitas facilidades e com baixa resistência a frustrações, decepções e derrotas Victor Frankl, psiquiatra e sobrevivente dos campos de concentração nazista, em seu livro “Em busca de sentido”, ensina que só sobreviveram aqueles que desejavam encontrar as pessoas amadas ou que tinham um ideal a realizar. No caso dele, o ideal era escrever sobre os horrores nazistas.
Além de superar a tentação pelo suicídio ou se entregar à morte, Dr. Victor desenvolveu a técnica de superação de traumas profundos, conhecida como logoterapia, e dedicou o resto da sua vida a ajudar traumatizados e ensinar sua técnica. Viveu 90 anos.
víduos são considerados vegetarianos, mas, certamente, estão muito mais próximos desse padrão alimentar do que dos onívoros tradicionais da nossa cultura alimentar. A pesquisa “O consumidor brasileiro e o mercado plant-based” (2021), da The Good Food Institute Brasil, mostra um caminho promissor e repleto de desafios para o mercado plant-based no País. Nela, observa-se o crescimento do público flexitariano. Em 2021, 49% dos participantes da pesquisa afirmaram ter diminuído o consumo de carne nos últimos 12 meses. Dentre os motivos relacionados às questões ambientais, os fatores associados à saúde também são grandes motivadores para essas escolhas. Uma dieta baseada em vegetais proporciona maior quantidade de
fibras na dieta, o que previne doenças intestinais e diabetes tipo 2, de auxilia no controle de peso corporal. Além disso, os vegetais são as grandes fontes dietéticas de vitaminas, minerais e compostos antioxidantes. O mundo mudou rapidamente nos últimos dois anos, especialmente por causa das demandas que a pandemia nos trouxe. Com isso, a população parece estar mais preocupada com a saúde e a alimentação. Certamente, rever o seu padrão de consumo e seguir a tendência do mercado plant based pode ser uma boa estratégia para quem não sabe por onde começar. Pense nisso!
Vivemos uma época de pessoas psiquicamente muito frágeis, criadas com muitas facilidades e com baixa resistência a frustrações, decepções e derrotas. Por não serem ensinadas sobre a transcendência da vida e estimuladas ao enfrentamento das dificuldades com determinação, desistem, com muita facilidade, até por questões simples, tais como: desilusão amorosa, perda de emprego ou um simples bulling. Chico Xavier, o médium que foi criado durante certo tempo sob torturas e espancamentos, dizia: “Jamais aceitaria voltar e ser criado passando pelo que passei, mas também não aceitaria a criação de pais que não me corrigissem”. Carinho, diálogo e energia, quando necessária, é a indicação para a criação de pessoas afetivas, democráticas e firmes. Como ensinou o psicólogo americano Carl Rogers: “abordagem
centrada na pessoa; abordagem que leve a pessoa à reflexão e à descoberta por si. Como dizia o filósofo Sócrates: “Eu sou apenas uma parteira”. Além da baixa resistência a perdas, percebida nos jovens de hoje, há também o vazio existencial, principalmente para os que receberam muito, que em algum momento, deprimem-se, e muitos suicidam-se por não se satisfazerem somente com o preenchimento material, embora falte-lhes o discernimento para entenderem que sem o preenchimento espiritual, que leva à transcendência, à visão de continuidade da vida, ela não tem sentido. Busque. Encontre o conteúdo espiritual lógico, adequado. Encontre um lugar em que se sinta acolhido e seja feliz e pleno.
(*) Presidente do Conselho Regional de Nutricionistas 1a Região Instagram: @carolromeiro_nutricionista
Professor e palestrante
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Seis dias no paraíso da Chapada dos Veadeiros FOTOS: GERALDO CÉSAR MOREIRA
Dicas para um passeio inesquecível a poucos quilômetros de Brasília Geraldo César Moreira “Nenhum homem pode banhar-se duas vezes no mesmo rio, pois na segunda vez o rio já não é o mesmo, nem tão pouco o homem”, disse Heráclito de Éfeso, um dos principais filósofos da Antiguidade. Podemos ressignificar a frase, não só no sentido de alerta, mas porque a natureza sempre se renova. É o caso da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, paraíso das águas, da flora e da fauna do Cerrado. A região tem o título de Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco. Um roteiro de seis dias em Alto Paraíso de Goiás, a 230 Km de Brasília, inclui de pequenos poços com duchas naturais a imponentes saltos e cataratas. A Chapada pode ser visitada durante todo o ano, mas a dica é aproveitar os meses de maio a setembro, quando há menor risco de cabeça d´água. Pela manhã é melhor A visita ao Parque Nacional da Chapada deve ser feita, preferencialmente, chegando pela manhã. Assim se tem mais tempo para aproveitar os circuitos, que são apresentados em palestra e vídeo no Centro de Visitantes. O parque fica perto da Vila de São Jorge, outra atração local. Uma das trilhas é a Saltos-Carrossel-Corredeiras, que dá acesso ao mirante do Salto do Rio Preto, cuja queda tem 120 metros; e banhos nos poços da cachoeira do Garimpão, de 80 metros, e nas Corredeiras. O aplicativo do celular contou mais de 17 mil passos dados, cerca de 16 Km, somando ida e volta. Portanto, use roupas e tênis confortáveis, chapéu ou boné, filtro solar e leve água.
Um dos poços da cachoeira do Segredo; chuveirinho, flor do Cerrado; o Vale da Lua; e a cachoeira Almécega I
Cachoeira dos Cristais Para quem chega no início da tarde em Alto Paraíso, uma boa sugestão é a Cachoeira dos Cristais, que fica bem perto da cidade. O complexo tem, em um terreno de declive, várias quedas d´água e termina na bela cachoeira Véu da Noiva. Há estrutura no local, como um bar onde se pode provar saborosos pastéis, como os de palmito e de pequi. Vale da Lua Uma atração “do outro mundo” é o Vale da Lua. A formação geológica de milhões de anos é impressionante. O rio São Miguel, que passa pelas pedras, forma uma piscina natural que convida ao mergulho. Chegando pela manhã, é possível fazer outro passeio à tarde. De volta para Alto Paraíso, uma sugestão é visitar a Pousada Fazenda São Bento. O lugar tem história, remonta ao período da mineração do ouro, no século XVIII. Atualmente, a riqueza do lugar está na beleza das suas cachoeiras: Almécegas I, Almé-
cegas II e a São Bento. Para os admiradores de cervejas artesanais, tem a São Bento, produzida e vendida lá. Cachoeira do Segredo Uma das mais belas, a cachoeira do Segredo tem cerca de 100 metros de queda. A trilha é moderada, na maior parte à sombra da vegetação e às margens do rio. É irresistível o mergulho nas piscinas de cor verde e transparentes. As Cataratas dos Couros As Cataratas dos Couros ficam no Parque Estadual Águas do Paraíso. É
possível chegar sem auxílio de guia turístico, mas é recomendável o uso de algum aplicativo de locomoção. O local não cobra taxa de visitação. As principais atrações são a cachoeira da Muralha e a cachoeira Almécegas 1000. Numa outra trilha é possível chegar ao cânion, mas nessa é necessário um guia. Onde Comer Em Alto Paraíso, há opções gastronômicas para todos os bolsos. Na rua principal, o Vendinha 1961 tem rodízio de caldos, pizzas e diversos pratos, além da cerveja artesanal Vendinha UP. O restaurante La Vita é Bella tem uma saborosa e bem servida comida italiana. O dono é italiano e, em muitos momentos, podemos vê-lo a trabalhar a massa no balcão. Uma curiosidade: a maior parte dos funcionários são simpáticos e atenciosos indígenas de etnia de Roraima. O Jambalaya é uma opção sofisticada, com menu brasileiro e internacional, e dá a opção de se ficar no salão ou em tendas de palha à luz de velas, o que torna as noites mais romântica e agradáveis. Fotografias e pão de mel Além da cachoeira do Segredo, há um outro segredo em Alto Paraíso: o Pão de Mel Sabor do Paraíso. Entre os sabores, nozes, castanha do Pará, brigadeiro e café. Você pode adquirir diretamente onde são produzidos, na casa da dona Margarete, também conhecida por Vídya; contato pelo telefone (62) 3446-2211. Como não é permitido retirar plantas, flores etc de um parque natural, além das fotografias, trazer pães de mel é uma boa lembrança. Ao prová-los você vai ao paraíso.
Serviço As taxas de visitação variam de R$ 20 a R$ 70, sendo que em alguns lugares só é aceito pagamento em espécie. Então, é sempre bom conferir antes.