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AFCP inaugura laboratório de análise de solo e foliar

AFCP inaugura laboratório de análise de solo e foliar

Local vai contribuir no diagnóstico prévio dos canaviais e demais culturas agrícolas em Pernambuco

A fim de contribuir na melhora da fertilidade e produtividade dos canaviais dos seus 7,1 mil associados, a Associa− ção de fornecedores de cana de Per− nambuco (AFCP) investiu mais de meio milhão de reais em equipamentos e estrutura em um laboratório próprio em sua sede no Recife, onde analisará e indicará a correção das propriedades fí− sica e química do solo e da cana.

O novo laboratório foi inaugura− do em agosto, ocasião na qual, o atual presidente da AFCP, Alexandre An− drade Lima homenageou um ex− presidente da entidade, Severino Ade− mar de Andrade Lima, nome no qual foi batizado o novo laboratório.

“Essa homenagem a Severino Ademar é mais que justa. Em suas duas gestões à frente da AFCP (1984/86, 1989−92), foi um período de refor− mas e muitas mudanças para o setor. Foi criado, por exemplo, o Sistema de Pagamento de Cana pelo Teor de Sa− carose – modelo usado até hoje, bem como a construção do Laboratório de Fungos para controle biológico da Cigarinha (praga da cana) – funcio− nando até os dias atuais ” , destacou Alexandre.

Para Frederico Carrazzoni, inte− grante do corpo de agrônomos da AFCP, que recebeu inclusive treina− mento pelo IPA no Recife, e em um laboratório especializado em Petroli− na, o laboratório de análise de solos e foliar suprirá várias necessidades do produtor.Atenderá as questões técni− cas, como na identificação de solos arenosos e argilosos, bem como dos elementos químicos, para assim fazer as correções de solo e uma adubação adequada para a cultura, incrementan− do o seu desenvolvimento e conse− quentemente a sua produtividade.

O especialista também destaca vá− rios benefícios econômicos.A análise do solo funciona como um exame de san− gue no corpo humano. Ela faz o diag− nóstico completo e indica os elemen− tos em falta e em excesso para poderem ser balanceados. “Assim,ao invés de fa− zer uma adubação com formulações sem certeza de sua eficácia, o que ain− da costuma ocorrer infelizmente na re− gião com frequência, na maioria das vezes copiando o que acontece no ca− navial do vizinho, agora o produtor realizará o diagnóstico exato,evitando o desperdício e custos desnecessários e ainda garantindo a fertilidade do seu canavial” , explica Carrazzoni.

Andrade Lima, que também é en− genheiro agrônomo, reforça essa im− portância desse diagnóstico na pro− priedade do produto rural, do seu so−

lo.

“Vai otimizar o uso de adubo de fertilizantes, os quais estão bastante caros e que não podem ser desperdi− çados. Assim, não se usa de mais nem de menos, mas a quantidade adequa− da para garantir a melhor fertilidade e produtividade da sua atividade agrí− cola, seja ela qual for ” , conclui Lima.

Outro benefício para o produtor vai evitar até a dor de cabeça na hora do financiamento bancário para o custeio da safra. O presidente da AFCP alerta que a liberação do crédito so− mente é concedida mediante a apre− sentação da análise de solo. Logo, este laboratório preencherá também essa questão de extrema necessidade para o setor canavieiro e das demais culturas agrícolas de Pernambuco.

O novo laboratório também aju− dará os 7,1 mil associados da AFCP em um dimensionamento antecipado da adubação foliar, visto que a análise das folhas também será realizada, in− dicando um diagnóstico dos produtos que devem ser utilizados com maior eficácia, reduzindo os custos.

Manutenção linear abre caminho para ganhos operacionais

A perda provocada pela quebra de máquinas e equipamentos vem sendo reduzida aumentando a confiabilidade agrícola

Produtores do setor sucroalenergé− tico estão aderindo ao conceito de ma− nutenção linear.Além de reduzir custos, esse sistema aumenta o período de dis− ponibilidade das máquinas e agrega mais confiança ao setor. O assunto foi tema do webinar “Inovações & Confiabili− dadeAgrícola ” promovido pelo Jornal− Cana, no dia 8 de setembro.

O evento contou com a participa− ção de Alisson Henrique, gerente cor− porativo de manutenção agrícola da BP Bunge Bioenergia, Darci Conche, ge− rente agrícola da Zilor − Unidade Quatá,Jairo Luis Rubem,gerente ope− racional do programa Clean Cut e Luiz Dalben, diretor da Agrícola Rio Claro.

Com patrocínio das empresasAxiA− gro, HRC e S−PAA Soteica, o webinar contou com a mediação do jornalista Alessandro Reis, do JornalCana.

Para Alisson Henrique, da BP Bunge, que conta com 11 unidades agroindustriais, distribuídas em cinco Estados,trabalhando com 100% da co− lheita mecanizada,o setor passa pela era da confiabilidade. "Durante muito tempo a gente falou muito de dispo− nibilidade e hoje estamos na era da confiabilidade. Precisamos realmente ter a confiança que aquele ativo estará disponível no momento que você pre− cisar. Não ter oscilações ao longo do dia e conseguir que as nossas máquinas entreguem o máximo da confiabilida− de com o menor custo ” , afirmou.

A Bunge conta com uma Central Integrada de Manutenção, localizada na unidade de Moema e que presta serviços para as 11 usinas do grupo, com foco em padronização, seguran− ça e elevar a confiabilidade dos nossos ativos. “O centro ocupa uma área de mais de 7.000 metros quadrados, de− mandando investimentos de infraes− trutura na ordem de 10 milhões, nos últimos cinco anos ” , contou.

Segundo Alisson, no modelo linear a manutenção é feita durante todo o período, descongestionando aquele período da entressafra. “As colhedoras passam por manutenção a cada 4 mil horas. Quando chegam no Centro de Manutenção, elas são desmontadas, passam por uma lavagem completa do chassi e componentes, passando ainda por caldeiraria, pintura, montagem e finalização ” , explica.

Dentre os resultados do sistema, Alisson aponta a diminuição de aci− dentes no período de entressafra, estabilização da disponibilidade mensal ao longo da safra, aumento da vida útil, otimização da mão− de−obra e redução de custos com terceirização.

Para Darci Conche, gerente agrí− cola da Zilor, a implementação da

“Tanto o operador como o mecânico tem que estar muito comprometido com o custo de operação no que estão trabalhando

Alisson Henrique

Darci Conche

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