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“O Brasil tem tudo para exportar a tecnologia dos biocombustíveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6 e
do−as para as subsidiárias.
Mas como o Brasil é rico em bio− massas, possui característica própria, sem precedentes no mundo.
Daí, entendemos que o País pre− cisa e deve se utilizar dessa riqueza, mantendo a economia em atividade, tanto no campo como na indústria. Sem dúvida, os veículos elétricos e eletrificados vão se estabelecer no Brasil.
Mas, diante de seu próprio ques− tionamento, primeiro vão atender aos nichos muito específicos de mercado.
Por enquanto, não vão atingir a grande massa de consumidores.
A engenharia automotiva já demonstrou sua capacidade técnica com o Proálcool, o flexfuel, biodiesel, gás, entre outras tecnologias
Mon nta adoras co om mo o a Volks e o grupo de tecnologia Bosch, de quem o s senho or é é presidente na Amér rica La− tin na a, entre outros, in nv vest tem em t tecno− logi ias de células de com mbustíve el a eta− nol e em m chips p para híb br ridos. São ap po ortes como esses que irão ditar o fut tu uro do e etanol?
Entendemos que sim. Precisamos acelerar esse processo para que o Bra− sil esteja pronto quando o setor e o mercado interno estiverem aptos a re− ceber essa tecnologia.
A ca ap pa acidade atual das 352 us sinas s de c can na ( (e e 16 de e etanol de milho) do País vai i a a 36 bilhões de litros anuais d de an nid dr ro e h hidratado. O incent tivo o a ao con nsu umo o de etanol, também por mei io de pro og gr rama as como o RenovaBio, ,es− ti im ma of ferta de 50 bilhões de litros até 2030. O Oc cor rre que o empresári io do set to or r p pr recisa investir para chegar a ta an nto e, , d di iante das incertezas e e con− cor rrên ncia a c co om os elétricos, demonstra in nseguranç ça. O que fazer para incen− ti ivá− −lo?
Entendemos que as palavras− chave são previsibilidade e consumi− dor. A decisão final sempre será do consumidor em optar por esta ou aquela tecnologia, cujo lastro tem na economicidade o ponto alto dessa escolha.
Se o consumidor brasileiro enten− der que o etanol traz benefícios eco− nômicos, certamente o seu consumo vai aumentar, até porque – do ponto de vista tecnológico – esse combustí− vel já está consagrado.
Em relação à previsibilidade, todos os players, e também o consumidor, precisam dessa condição sine qua non para se manter fiel. Caso contrário, em especial o consumidor vai migrar pa− ra outras tecnologias.
Com mo o o setor r s su uc croen nergético o e a ca adei ia de fo orn ne eced do or re es de bens de ca− pitai is e de servi iço os dess se e se etor pod de e − e dev ve − partic cip pa ar d da ampliação do co onsum mo de e etano ol l em outr ros países, ca aso da Í Índ di ia, q que ant te eci ipou a a am− pli iaçã ão o d de e mis st tu ur ra do bio ocombustí ível à ga aso olina e em 20 02 23 3? ?
Do mesmo modo que outros paí− ses tentam exportar a tecnologia de elétricos, o Brasil tem tudo para ex− portar a tecnologia dos biocombustí− veis.
Não podemos olhar apenas o mercado interno.
A engenharia automotiva nacional já demonstrou sua capacidade técnica, primeiro com o Proálcool, depois com o flexfuel, biodiesel, gás, entre outras tecnologias.
Temos tudo para mostrar ao mundo que a saída não é apenas por meio da eletrificação veicular, até porque precisamos e é nosso dever di− fundir o conceito “do berço ao túmu−
lo ” para demonstrar que o veículo elétrico nem sempre é o mais limpo.
Com mo o o senh hor av vali ia a a tendência do et ta an no ol no Brasil l, e enqua anto t tecno− lo og gi ia (et tano ol l ce elulósic co o ou 2G, d de e mi− lh ho) e mai io or pro od duçã ão o s se em afetar o mei io ambie ente? ?
É mais um ponto positivo para a indústria da cana. E, nós da indústria, acompanhamos muito de perto, por entender que novamente o Brasil po− de oferecer mais tecnologia ao mundo.
Quem é Besaliel Botelho
Graduado em Engenharia Eletrônica eTelecomunicações pela Universidade de Karlsru− he, na Alemanha, Besaliel Bo− telho possui MBA em Admi− nistração Internacional de Ne− gócios pela Universidade Esta− dual de São Paulo.
Está na segunda gestão se− guida à frente da presidência da Associação Brasileira de Enge− nharia Automotiva (AEA) no biênio 2021/2022.
Ingressou no Grupo Bosch no Brasil em 1985 e, desde en− tão, atuou em diferentes áreas de engenharia e desenvolvi− mento de produto e vendas técnicas, sendo responsável por projetos locais e internacionais. Entre outros, foi responsável pelo desenvolvimento da tec− nologia flex fuel.
Em 1997, Botelho assumiu a direção da divisão de negó− cios Gasoline Systems e poste− riormente em 2006 assumiu a vice−presidência executiva da Robert Bosch América Latina, onde atua como CEO desde outubro de 2011.
Além de sua trajetória dentro da Bosch América La− tina, Botelho é membro da MEI (Movimento Empresarial para Inovação, da CNI – Con− federação Nacional da Indús− tria), e atua no conselho exe− cutivo do Sindipeças (Sindica− to Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores).Também repre− sentou a SAE Brasil (Society of Automotive Engineers) de 2009 a 2010 como presidente
Para especialistas a safra 2022/23 será de “folhas e falhas”
A volta das chuvas e maior estabilidade climática podem garantir preços melhores que o da safra passada
Herança de uma safra anterior marcada por grande seca, incêndios pós geadas, atraso na colheita, preços dos insumos em alta, disparada do pe− tróleo, somada às incertezas climáticas, deram o tom nas análises de especia− listas quanto às perspectivas da safra 2022/23.
Tema da Quarta Estratégica do JornalCana, o webinar contou com a participação de Luiz Carlos Corrêa Carvalho, presidente da ABAG e CA− NAPLAN, Rogério Bremm, diretor agrícola da BP Bunge Bioenergia e Tarcilo Rodrigues, presidente da Bioagência.
Com patrocínio das empresas AxiAgro, HRC e S−PAA, o webinar contou com a condução do jornalista e diretor da ProCana, Josias Messias.
“Duas realidades que compõem a safra: uma safra de folhas e falhas.Tem muito mais folha do que cana, mas com muitas falhas ” , ilustrou com ima− gens Caio Carvalho, que atribuiu essa situação como resultado da herança de duas safras secas, também marcadas por grande quantidade de incêndios após as intensas geadas.
“Como resultado teremos um canavial bastante atrasado ” , apontou Carvalho lembrando que compara− da com outros indicadores a safra 2021/22 foi marcada por um gran− de recuo, em termos comparativos, se constituindo numa safra muito complicada.
Caio ressalta, porém, que a boa quantidade de chuva que caiu no mês de janeiro, pode alterar a questão da produtividade em relação à cana atrasada gerando algumas dúvidas por esse fator. “Vamos precisar fazer o re− plantio em escala grande, mas temos o problema da falta de muda.Temos que olhar a competição com grãos. E o casamento com milho deve ser to− tal” , destacou.
Para o presidente da Canaplan, em relação ao mercado, pactos. Ele faz um alerta contra o ris− co do populismo. Caio lembrou que o preço mundial do etanol, seja no Bra− sil, nos EUA, ou na Europa, passou por um período de pico, e posteriormen− te os preços deram uma arrefecida.Ao comparar janeiro de 2020 com janei− ro de 2021, ele explica que houve uma queda na demanda.
Para a produção do canavial na safra 2022/23 ele prevê um cenário entre 540 e 550 toneladas, “ não me atrevo a falar mais do que isso. A sa− fra deve atrasar sim. Acredito que na média começamos em abril, talvez algumas usinas nem arrisquem no fi− nal de março ” .
Ele aponta, que para superar es− se atraso, o investimento deve ser direcionado no desenvolvimento da cana.
“Vamos rezar para que tenha− mos chuvas que completem o cana− vial até a chegada do inverno e pa− ra termos uma primavera com tem− po favorável. Em termos financeiros, apesar das eleições trazerem uma certa sombra, a tendência é imagi− nar preços bons. Devemos começar a safra com preços bons e devemos continuar assim e acredito que os preços devam ser melhores que os da safra 2020/21” aponta com cer− to otimismo.
Caio Carvalho Rogerio Bremm
Preço dos combustíveis
Tarcilo Rodrigues, presidente da Bioagência, através de uma análise do movimento das estradas peda− giadas, apresentou um cenário do que aconteceu com os combustíveis na safra 2021/22. “Tivemos uma depressão e uma euforia, e agora uma estabilidade. O motivo é sim− ples, o combustível está caro, para os padrões brasileiros. Oferta pequena de etanol, aumento da demanda, igual a pico de preço. Os combus− tíveis devem seguir o tamanho do PIB” , ressaltou.
Rodrigues explica que a definição do preço do etanol está atrelada a de− finição do preço do petróleo. Ele es− tima que teremos um superávit na sa− fra 2022/23. Segundo em relação aos preços, o galão de gasolina a U$ 2,62 para o americano está dentro da lógi− ca dos EUA.
“Já para nós, o que muda, além do preço do petróleo e da gasolina, é que temos ainda temos a variação do câmbio.A gente já começa 2022 num patamar mais elevado, trazendo pres− são para a Petrobrás.Vide o número de PECs falando em redução de com− bustível” , afirmou.
Segundo ele, a Petrobrás está de− vendo 0,42 centavos por litro da ga− solina. E as projeções indicam uma elevação nos preços do petróleo, esti− mado numa média de 80 dólares o barril em 2022.
Para Rodrigues existe uma de− manda de combustível, reprimida desde 2014, que já dura 7 anos, indo para o oitavo. A projeção é que os preços da gasolina na bomba fiquem em na média de R$ 6,58/l e o eta− nol R$ 4,74.
Tarcilo Ricardo Rodrigues