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Motor híbrido amplia as perspectivas do etanol no processo de eletrificação . . . . . . . . . . . . . . .12 e

Metalúrgicos do Estado de São Paulo.

Gandini destacou a convergência de ações de organismos federais, en− volvendo Ministério do Meio Am− biente, Ministério de Minas e Ener− gia, Ministério da Economia, MAPA e todas as suas coligadas com o obje− tivo de nascermos convergência das diferentes políticas governamentais para uma mesma direção.

“É a integração dos objetivos ini− cialmente do RenovaBio, do Procon− ve e do Rota 2030, que envolve tan− to as metas de eficiência energética, quanto a etiquetagem veicular. De− vemos lançar até 30 de junho, a parte relacionada aos corredores sustentáveis a gás natural e biometano, logísticos nas estradas e depois passamos as redes de carregamento rápido para veículos. O Marco Legal está sendo construído dentro de uma lógica de que ao go− verno cabe dar a direção não dizer qual será a rota tecnológica ” , explicou Gandini.

Erick Silva, presidente da Federa− ção dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo, inclusive questionou se oferecer subsídios a pessoas que têm a possibilidade de pagar mais caro por um veículo elétrico. “Veículo elétrico que custa caríssimo e não tem nada de tecnologia nacional, não paga IPVA. Quem custeia isso? Faz sentido?” , provocou Silva.

“Temos uma oportunidade ím− par, nestes dois painéis trouxemos debate que nos projeta para o futu− ro. Mostra que estamos abertos a to− das as tecnologias no Brasil, mas que não precisamos jogar fora o que a gente tem ” , disse o presidente da UNICA, Evandro Gussi. “Não pre− cisamos andar nas ondas e modelos pré−fabricados por outros. Temos que mirar onde queremos chegar: governo, iniciativa privada e traba− lhadores pensando no melhor para o país ” . Participantes do evento, a Toyota já tem veículos híbridos flex no Brasil e aVolkswagen planeja vá− rios lançamentos com essa alternati− va de motorização.

Gussi disse que é necessário di− versificar a produção de etanol e in− cluir na discussão, o biometano (90% que vem do setor sucroenergético) que já está substituindo o diesel. “Es− taremos daqui a 10 dias na Índia, que vem se consolidando como grande parceiro estratégico para a difusão do etanol no mundo ” , adiantou.

Segundo ele, a Indústria Automo− bilística trabalha com possibilidades de larga escala e poderá olhar o Brasil, América Latina e Índia como merca− dos para motores híbridos a etanol. Segundo o presidente da UNICA, Tailândia, Paquistão e alguns países africanos também têm potencial de explorar o etanol como combustível alternativo limpo à gasolina.

Etanol a solução para a crise energética

Seminário sobre mobilidade sustentável, debate o etanol como solução para o emprego, energia e meio ambiente

Especialistas reunidos em um seminário sobre mobilidade sus− tentável, vislumbram que o mundo deve caminhar no sentido de pro− mover uma verdadeira revolução energética, em busca de fontes al− ternativas para fazer girar a roda da economia global, de forma a pre− servar o meio ambiente e as condi− ções de vida no planeta.

Neste cenário, o etanol da ca− na−de−açúcar desponta com gran− de potencial de ser protagonista nesta mudança de matriz energéti− ca, desde que o mundo se conven− ça que a eletrificação dos veículos não seja a única solução.

Para Alex Giacomeli, diretor do Departamento de Energia do Mi− nistério das Relações Exteriores, a preocupação global com a seguran− ça energética despertada pela guer− ra entre Rússia e Ucrânia, abre es− paço para a necessidade de diversi− ficar as fontes de energia. “É isso que o Brasil vem defendendo e vem fazendo muito bem. E nesse cená− rio que o etanol deverá ter um pa− pel significativo não só para o Bra− sil, mas para o mundo ” .

O professor da UNIFEI e pes− quisador do Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético da UNICAMP, Luiz Horta, afirma ser muito difícil, a curto prazo, substi− tuir todo o sistema energético ba− seado no gás natural, no carvão. “Mas certamente, estamos passando a viver um tempo novo nesse sen− tido, que reconheça que uma de− pendência tão concentrada de al− guns países é um risco, uma incon− veniência ” , disse.

Segundo ele, a médio prazo, e, talvez mais breve do que se ima− gina, pode surgir uma grande oportunidade para o Brasil ofere− cer seu combustível limpo, reno− vável, competitivo em termos de preço, além de mostrar todo seu Know how no segmento. veis ” , explica.

Segundo o professor Paulo Sal− diva, titular do Departamento de Patologia da USP, a política de combustível, geralmente focada na questão do preço, também deve le− var em consideração os custos que os gases do efeito estufa provocam na saúde humana.

“O etanol com tecnologia ade− quada é neutro, praticamente na emissão de gases de efeito estufa. Ele reduz a emissão de partículas, reduz a emissão de hidrocarbone− tos, reduz a produção de compos− tos, portanto, o etanol daria lucro e essa externalidade deveria ser con− sultada na discussão da matriz energética ” , aponta o professor.

O deputado federal Arnaldo Jardim, da Frente Parlamentar pela Valorização do Setor Sucroenergé− tico, lembrou que setenta países no mundo já têm normas hoje de adi− ção do etanol ou de uso do etanol, portanto caracterizando um movi− mento que é internacional. “Desta− co a votação da legislação sobre o RenovaBio que desdobrou se em normas definidas pelo CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) estabelecendo hori− zontes para que os CBIOs pudes− sem ser emitidos ” , disse.

Para o parlamentar, o etanol é a mais sofisticada moeda verde que o Brasil tem hoje. “Porque ela é transacionada na bolsa de valores, na B3, tem parâmetros de certifi− cação muito bem estabelecidos, auditados, portanto, criando uma possibilidade de exatamente quan− tificar e monetizar, esse aspecto das externalidades que são beneficia−

das ” , disse.

Jardim também citou o lança− mento do plano decenal de expan− são de energias do MME, onde es− tá previsto para o biodiesel um crescimento de 26,8% e 40,8% na produção de etanol, ou seja, o que pode nos consolidar internacional− mente, como o país de vanguarda na produção de biocombustíveis ” .

Com relação à legislação, apesar

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