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Cozimento contínuo ganha espaço no setor integram soja e cana por meiosi

Usina Cocal e Cocamar integram soja e cana por meiosi

Colheita da oleaginosa está programada para este mês

A cooperativa Cocamar e a Usina Cocal programam para este mês o início da colheita de soja cultivada com cana-de-açúcar pelo sistema meiosi. O cultivo é realizado em área do interior paulista próxima a Narandiba, município no qual a Cocal possui unidade produtora. Por esse sistema, o cultivo de soja ocorre em espaços intercalares às fileiras de mudas de cana.

A oleaginosa entra para reformar as áreas que, com o passar dos anos, vão perdendo produtividade. O sistema de integração soja e cana por meiosi já é celebrado pela cooperativa e pela empresa sucroenergética. O evento demonstrou a viabilidade do projeto, que teve início em 2019, após quase dois anos de estudos, destaca a cooperativa. O projeto, emenda,

envolveu 19 produtores selecionados pela cooperativa e 5,2 mil hectares.

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Nova oportunidade Para a Cocamar, a integração cana e soja oferece uma oportuni dade nova e sustentável aos seus cooperados, relata a cooperativa. Ela fornece insumos, orientação técnica e recebe toda a produção nas unidades de Iepê e Cruzália, ci dades próximas a Naranbida. Com essa estrutura, a Cocamar, ao lado Cocal, promove o desen volvimento social e econômico. Em nota da cooperativa, diretores da Cocal relatam que a reforma das áreas de canaviais com soja é uma forma de aumentar a produtividade da cana.

Além disso, melhora o perfil dos solos e reduz o custo das opera ções.

Dia de campo O funcionamento do sistema de integração soja e cana por meiosi foi apresentado em 27 de feverei ro em dia de campo promovido pela Cocamar e pela Usina Cocal. A iniciativa atraiu, também, repre sentantes de outras usinas paulistas e do Mato Grosso do Sul interessa dos em conhecer mais detalhes.

Custo do CTT varia até R$ 11 por tonelada de cana

Variação é na região Centro-Sul do país

O custo de Corte, Transbordo e Transporte (CTT) por tonelada de cana varia até R$ 11 na região Centro- -Sul do país. O menor valor do CTT está em Sertãozinho (SP), onde o custo por tonelada é de R$ 25. Por sua vez, o maior valor está em Olímpia, com R$ 36 por tonelada. Os valores são de amostras coletadas para o levantamento de custos de produção do Projeto Campo Futuro das safras de cana 2019/20 e 2018/19. O Projeto é empreendido pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). A gestão do levantamento é do Pecege-Esalq/USP.

Valor acompanha evolução dos custos O levantamento se baseia na evolução dos custos com CTT, entre as safras de 2018/19 e 2019/20, nas principais regiões produtoras do Centro-Sul. Por sua vez, para realizar as comparações, foram considerados os valores de CTT utilizando a base de 25 km, sendo os valores de CTT, para diferentes quilometragens, calculados para esta base. Os 25 km foram adotados como base na safra 2018/19, por ser a distância média ponderada pela quantidade de cana transportada. E, desta forma, essa distância média ponderada foi adotada para o cálculo do CTT da safra 2019/20.

CTT sobe de valor Segundo o levantamento, em metade das regiões analisadas houve aumento no valor de CTT. A média no estado de São Paulo foi de +1,37%, e nos demais estados foi, em média, +0,88%, em relação à 2018/19. Nas regiões em que houve a retração deste custo, a redução foi de -4,08%, em média. Por sua vez, nas regiões em que houve elevação do custo, esta foi, em média, de +6,14%. Variações (R$/t e %) para os custos com CTT (entre as safras 2018/19 e 2019/20)

As flutuações nos custos de cada região são atribuídas à variação dos preços dos insumos envolvidos, como o diesel. E, também à produtividade, pois se há menos toneladas colhidas o custo por tonelada é mais elevado. Em 7 das 12 regiões, houve redução no percentual de participação do CTT dentro do CT, uma queda de 4,73%. Cinco delas se situam no estado de São Paulo, acumulando uma redução média de 5,00%. Desta forma, a média geral da região Centro-Sul se reduziu em 1,41%, posição contrária ao aumento no custo com CTT, como apresentado anteriormente. Segundo os responsáveis pelo estudo, mesmo com o aumento no CTT de uma safra para a outra, este foi menor que o aumento em outras etapas produtivas. Foi, assim, uma queda em relação ao CT. Outrossim, isto pode indicar que, na maioria dos casos, houve um investimento no processo de colheita, transbordo e transporte.

Mais recursos alocados Se pelo aumento no valor dos insumos ou da mão-de-obra, por exemplo, ou pela melhoria no maquinário envolvido. Porém, o produtor teve que alocar mais recursos em outros pontos, e um dos fatores que pode estar atrelado a esta observação é a alta do dólar e do barril de petróleo entre as duas safras.

Isso afeta diretamente o preço de alguns fertilizantes e do combustível, sendo que o primeiro insumo não afeta o CTT. Por fim, mesmo com o aumento dos custos na etapa da colheita, o produtor deve se atentar também à outras etapas produtivas. Isso, considerando a condução que deve ser muito bem planejada e executada a fim de otimizar os recursos direcionados. Finalmente, deve concentrar esforços na redu ção dos custos de produção destas que, entre as 2 últimas safras, pesa ram mais no orçamento das propriedades visitadas.

2020 não terá El Niño e será um ano bom de chuvas, afirma Luis Molion

O ano de 2020 não registrará fenômenos como o El Niño e, assim, será um ano bom de chuvas, o que favorece a cana-de-açúcar. A previsão é do professor e pesquisador da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) Luiz Carlos Baldicero Molion. Ele é bacharel em Física pela USP, PhD em Meteorologia pela Universidade de Wisconsin (USA) e pesquisador aposentado do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE/MCT).

Molion fez palestra em 19/02 no auditório da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), em João Pessoa (PB). JornalCana destaca a seguir trechos da palestra de Molion, cujo tema é “Perspectiva do clima para 2020 e sua tendência para os próximos 10 anos”.

Boa notícia para o agro na Paraíba Molion trouxe boas notícias para quem vive da agricultura na Paraíba, dentre elas, a que não haverá fenômenos como o El Niño em 2020, ou seja, será um ano de boas chuvas.

É que os oceanos estão, na realidade, resfriando-se devido a uma oscilação natural de temperatura

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Molion: nos próximos 10 a 12 anos o planeta vai esfriar

das águas. Molion prevê um período de seca severa apenas em 2034. “Estamos muito honrados de ter o pesquisador e professor Molion aqui

conosco para que possamos ter uma perspectiva do nosso cenário hoje e para um futuro próximo. O produtor precisa de informação e clima é uma questão que nos afeta diretamente”, afirma José Inácio de Morais, presidente da Asplan.

Aquecimento global Não é novidade que o aquecimento global é um tema que vem moldando a política energética mundial. O dióxido de carbono (CO²) é apontado por um amplo time de cientistas como um dos responsáveis pelo aumento da temperatura no planeta e há em todo o mundo um movimento para eliminar ou diminuir o uso dessas fontes. Contudo, Molion é um dos especialistas que contestam a relação entre o CO² e a elevação dos termômetros. Em sua palestra, ele apresentou seus argumentos: “2019 foi o primeiro ano em que a taxa de CO² na atmosfera não aumentou. Imagine o efeito da cerveja choca. Quando está gelada ficam os gases ali em cima. É o CO². Quando está quente, fica sem o gás. Isso porque

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