MAIO DE 2015
NEGÓCIOS
Empresas de Uberlândia investem em painéis fotovoltaicos, que captam luz solar e ajudam a economizar energia
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AOS LEITORES
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Foto Capa: Araípedes Luz/PMU-SECOM ALGAR MÍDIA www.algarmidia.com.br Diretor Superintendente José Inácio Pereira Coordenador de Conteúdo Cezar Honório Teixeira Coordenadora Comercial Jurema Martinez Coordenadora de Operações Enéia Mendes Morais Supervisora de Marketing Anna Carolina Marques CORREIO Negócios revistas@correiodeuberlandia.com.br Edição e reportagens Adreana Oliveira Fernando Natálio Fotografia Adreana Oliveira Cleiton Borges Marcos Ribeiro Paginação House Gráfica Rápida - Wilson Vilela Revisão Victor Mariotto Palma Para anunciar nas revistas do CORREIO Uberlândia e região (34) 3218-7666 São Paulo Reinaldo Ramirez e Márcia Moraes (11) 3361-6319 | (11) 3338-1287 comecial@ramirezmarketing.com.br Belo Horizonte Simone Mendes (34) 3218-7666 | (34) 9991-6427 simoni@algarmidia.com.br SAC (34) 3218-7666 sac@correiodeuberlandia.com.br Esta revista é uma publicação da ALGAR MÍDIA, editora do CORREIO de Uberlândia. É parte integrante do jornal e não pode ser vendida separadamente. Avenida José Andraus Gassani, 4.555, Industrial CEP 38402-324 | Uberlândia, MG
VISÃO DE FUTURO
A
revista CORREIO NEGÓCIOS que vocês têm em mãos não poderia ter chegado em melhor hora. Em tempos de arrocho fiscal, vendas em baixa e câmbio maluco, as próximas páginas não tratam de crise, mas de oportunidades. Nossa intenção é inspirá-lo, instigá-lo. Mostrar por meio de exemplos de sucesso que nos momentos difíceis aparecem as melhores alternativas de negócios. Aqui você será incentivado a ousar, seja por meio das recorrentes histórias de empreendedorismo que, nesta edição, destacam pessoas que deram uma guinada de 180º na carreira, até trajetórias de sucesso como a da modelo Gisele Bündchen que, aos 34 anos, se aposenta das passarelas para continuar firme no mundo dos negócios da moda. A CORREIO Negócios também ajudará o caro leitor a planejar a carreira. Um exemplo, é o artigo de Dolores Affonso que lhe convida a começar a pensar agora o que fará em 2016. Na reportagem de Fernando Natálio, você se informa sobre as melhores alternativas de pós-graduação de olho nas demandas do mercado e descobre as áreas profissionais que estão em alta. Tecnologia da Informação (TI) é uma delas. Já a repórter Adreana Oliveira mostra que os uberlandenses descobriram na Flórida uma boa opção no mercado imobiliário que une lazer à valorização dos investimentos. Mas a área mais promissora parece ser mesmo a de produção de energia sustentável. Nesta direção, Uberlândia sai na frente. Enfim, o que nós queremos com mais esta edição da CORREIO Negócios é contagiar você no sentido de motivá-lo a aproveitar as oportunidades que o mercado oferece sempre com o olhar voltado para o futuro. Boa leitura! CEZAR HONÓRIO TEIXEIRA COORDENADOR DE CONTEÚDO
19 Anos
INFORME PUBLICITÁRIO | CENTRO DE APOIO À SAÚDE AUDITIVA
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CENTRO DE APOIO À SAÚDE AUDITIVA É REFERÊNCIA NA ÁREA Empresa proporciona qualidade e conforto auditivo aos pacientes O Centro de Apoio à Saúde Auditiva (CASA) nasceu, em 1996, da certeza que sua diretora proprietária, Alexia Toledo de Freitas, sempre teve de que como fonoaudióloga deveria ocupar um lugar à frente de um centro auditivo. A vontade era de que, com autonomia de proprietária, pudesse oferecer não só uma excelente marca de aparelho auditivo, mas também conhecimento e honestidade. Em 1994, Alexia de Freitas havia terminado o aprimoramento em fonoaudiologia no ambulatório de otorrinolaringologia no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (SP). Na sequência, foi contratada para trabalhar com seleção e adaptação de aparelhos auditivos por uma loja da ReSound Aparelhos Auditivos, que, na época, comercializava a marca Danavox, conceituada e conhecida no mercado. “Estava muito feliz, iniciando minha atividade profissional em uma área que eu me apaixonei durante o aprimoramento. Em 1996 assumi a representação da marca ReSound em Uberlândia”, disse Alexia de Freitas, lembrando a história que marcou o início do Centro de Apoio à Saúde Auditiva na cidade mineira. Ainda de acordo com a empresária, há 19 anos atrás, o objetivo profissional dela, de atuar com aparelhos auditivos de qualidade, era um desafio. “Quase não havia fonoaudiólogas responsáveis pela implantação e administração de um centro auditivo, função que era delegada a pessoas do comércio. Mas fui pioneira e atingi meu objetivo”, afirmou Alexia de Freitas. Hoje, a CASA conta com uma equipe de três fonoaudiólogas na loja de Uberlândia e com fonoaudiólogas parceiras em cidades da região. “Em Uberlândia ofere-
cemos serviço de avaliação audiológica (audiometria e imitanciometria), seleção, adaptação e acompanhamento do paciente. Também temos acessórios e planos de manutenção para o aparelho auditivo”, disse a empresária. Ainda segundo a empresária, outra marca característica da CASA é o carinho e atenção com que são recebidos os pacientes, que retornam periodicamente à loja. “Nosso diferencial é que, após a primeira adaptação ao aparelho auditivo, o paciente pode, em caráter de experiência, usar o aparelho auditivo por 5 a 7 dias, fazendo retornos com a fonoaudióloga, no Centro Auditivo, durante a experiência domiciliar”, afirmou. No fim desse período, segundo a proprietária da CASA, o paciente está seguro quanto à qualidade sonora do seu aparelho auditivo e ciente dos benefícios de ouvir melhor. “Ele experimenta o retorno ao mundo dos sons, a melhora na compreensão da fala. Ele sai do isolamento em que estava e volta a participar das rodas de conversa, volta a se comunicar”, disse. Também de acordo com Alexia de Freitas, o compromisso com a verdade e qualidade de vida foi o que sempre a impulsionou a cuidar e promover a CASA Centro Auditivo. “O sonho de construir um centro auditivo de referência, gerenciado por uma fonoaudióloga, foi concretizado. Encontrei profissionais de grande valor, compromissadas com os mesmos valores que prezo. E foi com a ajuda dessas pessoas que pude ver a CASA Centro Auditivo se tornar cada vez mais reconhecida”, disse. “Pacientes satisfeitos trazem novos clientes. Formamos uma rede de pessoas
Elyria Ochiro Zanferrari, Alexia Toledo de Freitas e Maria Clara Gonzaga Freire
envolvidas com a mesma causa: ouvir bem e viver melhor ainda. A classe médica acredita no nosso trabalho e nos coloca como umas das suas referências aos seus pacientes”, afirmou. Ainda segundo a empresária, o desejo dela é acompanhar o ritmo intenso da evolução tecnológica dos aparelhos auditivos, proporcionando cada vez mais qualidade e conforto auditivo aos seus pacientes. “E sempre acreditar que quando trabalhamos com promoção de saúde e qualidade de vida, o amor ao que se faz e o respeito àqueles a quem oferecemos nosso trabalho, devem vir em primeiro lugar. Essa fórmula, para mim, define o que é ter sucesso”, disse Alexia de Freitas.
SAIBA+MAIS Fundação: 1996 Número de funcionários: 4 Segmento: Saúde – aparelhos auditivos Endereço: Av. Cipriano Del Fávero, 80, Centro - (34) 3219-5557
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NESTAEDIÇÃO
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SEÇÕES Estante Artigos
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REPORTAGENS OPINIÃO A top model Gisele Bündchen anunciou a aposentadoria das passarelas neste ano, mas continuará com as campanhas publicitárias.
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MERCADO DE TRABALHO Profissões como Tecnologia da Informação (TI) e logística estão em alta em Uberlândia. Marketing e RH também têm espaço.
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ENERGIA SOLAR Painéis fotovoltaicos captam energia solar e ajudam a reduzir gastos com energia elétrica. CLEITON BORGES
MARCELO SOUBHIA-AGÊNCIA FOTOSITE/DIVULGAÇÃO
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PÓS GRADUAÇÃO Cursos de especialização, MBA, mestrado e doutorado são opções de capacitação para profissionais que estão no mercado de trabalho.
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INVESTIMENTO INTERNACIONAL Miami atrai cada vez mais investidores brasileiros. Em Uberlândia já existem imobiliárias com pessoal especializado na cidade norte-americana.
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EMPREENDEDORISMO Jovens, mulheres e pessoas que mudam de área têm seus no mundo dos negócios.
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ECONOMIA NA ESCOLA Alunos participam de projeto, em Uberlândia, que ensina a poupar dinheiro e a planejar os gastos.
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LISTA DA FORBES Saiba quem são os 30 prodígios brasileiros que se destacam em suas profissões.
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ESTANTE EM BUSCA DA POTENCIALIZAÇÃO
DE RESULTADOS DA REDAÇÃO
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COACH DE VENDAS RESPONDE A
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PERGUNTAS
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coach de vendas, empresário e palestrante Jaques Grinberg Costa lança o primeiro livro, “84 perguntas que vendem” (Ed. SerMais, 192 páginas, R$ 29,90). A obra, projetada em questões de trabalho do autor, tem como objetivo potencializar resultados de empresas com foco em vendas. O autor é ambicioso: quer que o livro se torne a “bíblia para os profissionais da área de negócios”. Costa reúne no livro aquelas consideradas as melhores questões do
seu ambiente de trabalho e as explica de forma acessível para todos os públicos. Outros temas abordados são questões sobre os perfis dos cliente, como conhecer objetivos das empresas, como buscar informações escondidas no cérebro, o despertar da confiança para atingir os objetivos desejados, entre outros assuntos. Segundo o autor, o uso de estratégias de coaching para potencializar os resultados de uma empresa com foco em vendas é comum fora do país, mas ainda pouco difundido no Brasil. As 84 perguntas estão dispostas de forma independente da ordem em que foram publicadas. Assim, o leitor escolhe a sequência que deseja seguir. “É um livro dinâmico e com leitura fácil, no qual o leitor entende, reflete e desenvolve uma nova pergunta de acordo com o que vende. O treino e a
prática são constantes durante a leitura, a cada pergunta. São 84 perguntas que irão mudar a forma de pensar, vender e fidelizar clientes, aplicando o coaching de vendas”, diz o material de divulgação do autor.
PERGUNTAS INTELIGENTES SERVEM PARA: • conhecer o perfil do cliente; • levantar as necessidades dele; • conhecer claramente seus objetivos; • buscar informações escondidas em seu cérebro; • trazer à tona o que ele conhece, mesmo que bloqueado no momento; • despertar confiança para atingir o objetivo desejado; • gerar sentimento de ação, de atitude e muito mais. SERVIÇO
Encontre o livro: www.editorasermais.com.br
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Alana Trauczynski trocou a hotelaria pela literatura
DO LIVRO PARA A INTERNET
AUTORA LANÇA PROGRAMA ONLINE PARA QUEM BUSCA AUTOCONHECIMENTO
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á aproximadamente sete anos, Alana Trauczynski tomou uma decisão para mudar o rumo da própria vida. Com uma carreira de sucesso no ramo de hotelaria em Las Vegas, nos Estados Unidos, a norte-americana - que passou infância e adolescência em Blumenau (SC), cidade natal dos pais - largou a promissora e rentável carreira com o propósito de ser escritora. O primeiro fruto dessa empreitada nasceu em 2012. O livro “Recalculando a Rota” (Ed. Alana de Abreu, 240 páginas, R$ 39,90) rendeu boas críticas e a primeira edição já está esgotada. A frase que dá nome ao livro é familiar para quem está acostumado
DA REDAÇÃO com o GPS e, de vez em quando, erra o caminho. A publicação autobiográfica traz as aventuras e desventuras da autora, enquanto procurava a verdadeira vocação profissional e se passa em cinco países. Por meio das experiências pessoais, Alana trata de dilemas enfrentados na transição da adolescência para a idade adulta. A experiência do livro teve tanto sucesso, que ganhou repercussão na internet, em site homônimo, mantido por ela e alguns colaboradores. A pedido dos leitores, a autora criou o programa online “Recalculando a Rota”, voltado para quem começou o processo de autoconhecimento com o livro e quer evoluir. O programa online tem duração de
três meses. “Este programa é resultado de 20 anos de busca ativa, 13 anos de viagens internacionais, 37 anos de viagens internas e conhecimento empírico, 40 anos de sabedoria por osmose (via meus pais) e mais de R$ 80 mil gastos em cursos e workshops de autoconhecimento pelo mundo! Ou seja, é nada mais, nada menos, do que o trabalho da minha vida”, disse a escritora, em material de divulgação do programa, que já conta até com lista de espera para a próxima turma. SERVIÇO
Saiba mais no site: www.recalculandoarota.com.br Lista de espera para o curso online: http://bit.ly/1B5OB3S
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OPINIÃO
GISELE BÜNDCHEN UM NOVO COMEÇO PARA A TOP BRASILEIRA POR ADREANA OLIVEIRA
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isele Bündchen é uma estrela internacional. Porém a brasileira deixa transparecer uma simplicidade interiorana que cativa aqueles que acompanham seu trabalho. A top anunciou aposentadoria das passarelas em 2015, durante as celebrações dos seus 20 anos de carreira, iniciada aos 14 anos de idade. Nascida na pequena cidade de Horizontina (RS), hoje com pouco mais de 19 mil habitantes (segundo o IBGE), a gaúcha escolheu a São Paulo Fashion Week - a mais badalada semana de moda brasileira - para encerrar em grande estilo, e em seu país, a trajetória de desfiles. Ela subiu na passarela pela última vez com a coleção verão 2016 da Colcci, marca com a qual tem um relacionamento de longa data. Pelas redes sociais - nas quais é super ativa - a top dividiu com os seguidores os momentos que antecederam o desfile e os que sucederam o
ZÉ TAKAHASHI-AGÊNCIA FOTOSITE/DIVULGAÇÃO
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Gisele no desfile da coleção de verão 2016 da Colcci, no qual foi também homenageada
INFORME PUBLICITÁRIO | REFRIGERANTES DO TRIÂNGULO
CINCO DÉCADAS DE SABOR
50 Anos
Nem parece, mas já faz 50 anos que a família Massaro trouxe, de Ribeirão Preto, a tradição na fabricação de bebidas para Uberlândia. Franqueada por mais de 30 anos da Pepsi Cola, chegava a hora de buscar novos horizontes. E foi em Uberlândia que a família abriu a empresa Refrigerantes do Triângulo. Na década de 80 iniciou a produção do Guaraná Mineiro, o carro chefe de seus produtos. Inicialmente as garrafas eram de 180ml e 600ml vidro e nos anos 90 ganhou mais sabores e embalagens lata/pet e lançou a marca Zap no sabor cola. Com produção centralizada em Uberlândia que distribui para o Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - a marca rompeu barreiras e chega - via centros de distribuição em Goiânia e Taguatinga - à grande Goiânia e ao Distrito Federal. Neste mundo globalizado percebemos que o Guaraná Mineiro é de Minas para o mundo e ganhou inúmeras famílias que celebram suas alegrias ao sabor do Guaraná Mineiro. Observe ao seu redor: se o mineiro viaja quando volta quer o Mineiro na mesa. E se vem amigo de férias, é com orgulho que apresenta o produto. Para chegar a cinco décadas é preciso inovar e renovar. Hoje o Mineiro está disponível nos sabores guaraná (tradicional e zero), limão, laranja, uva e citrus; e o Zap Cola tradicional e zero. A empresa produz ainda a água mineral mineral Mineiro Cristal (com e sem gás) e a Cerveja Cerma. PRODUÇÃO Para que os produtos da Refrigerantes do Triângulo cheguem com qualidade aos lares brasileiros, os refrigerantes são fabricados com água retirada a mais de 100 metros de profundidade do solo, de lençóis puros, que percorre um rigoroso processo de filtragem e tratamento. Na fábrica, testes diários garantem o padrão internacional de qualidade. O concentrado (responsável pelo sabor) é adicionado à água, ao açúcar ou adoçante, e a outros componentes da fórmula e o líquido é gaseificado e envasado. Atualmente os produtos das marcas Mineiro e Zap estão em mais de 60 mil pontos de venda. São encontrados em estabelecimentos que vão desde o boteco da esquina de sua casa aos hipermercados em mais de 100 municípios. Uma equipe de vendas formada por mais de 250 profissionais ga-
MARLÚCIO FERREIRA
Guaraná Mineiro e Zap Cola alegram o dia a dia das famílias mineiras
rante a chegada do sabor Mineiro perto de você em no máximo 24 horas após cada pedido. MISSÃO Graças à missão de “Satisfazer o cliente através de uma postura ética nos negócios, diferenciando-nos pela qualidade dos nossos produtos e, especialmente, no atendimento”, a Refrigerantes Triângulo tem participação no mercado (market share) acima da média nacional das marcas regionais e é reconhecida em pesquisas como a Top of Mind Jornal Correio, da Algar Mídia. A empresa está entre as 10 maiores de Uberlândia. Tem quase mil colaboradores. Assim, a Refrigerantes do Triângulo está entre as empresas que mais geram movimentação de ICMS de Uberlândia e está listada no (VAF) Valor Adicional Fiscal, entre as maiores do Estado de Minas. Além de colaborar com a economia da região, a empresa torna sua produção cada dia mais sustentável. A empresa possui duas modernas Estações de Tratamento de Efluentes, para que a água usada no processo industrial seja tratada antes de ser devolvida ao sistema fluvial e estampa nas embalagens mensagens de estímulo à reciclagem das embalagens PET, lata e vidro. RESPONSABILIDADE SOCIAL E CULTURA Responsabilidade social também faz parte da Refrigerantes do Triângulo, responsável pela brinquedoteca “Brincar é Viver”, que funciona no andar da pediatria do Hospital do Câncer de Uberlândia, projeto que
rendeu ao grupo o selo de Empresa Cidadã e o título como melhor projeto no ano de 2004. A empresa apoia ainda as entidades Fundação Pró Luz e Instituto Ipê Cultural. No setor cultural, em 2014/2015 por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, a empresa patrocinou o Concurso de Bandas Minas Music, projeto de caráter cultural e de abrangência regional, que incentiva a cultura musical da região do Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba, Centro-Oeste de Minas e Zona da Mata Mineira. A marca Mineiro é uma família a serviço da sua, pronta para oferecer o melhor sabor para acompanhar seus melhores momentos. Saiba mais no site: www.guaranamineiro.com.br
SAIBA+MAIS Fundação: 1965 Número de funcionários: Aproximadamente 1.000 Segmento: Bebidas Endereço: Av. Paulo Roberto Cunha Santos, 2.305 – Distrito Industrial – CEP 38402-266 – Uberlândia –MG Telefax: (34) 3292 4500
acontecimento que mobilizou os fashionistas. Porém a aposentadoria de Gisele das passarelas não é o fim, é um novo começo para a top, que continuará com campanhas publicitárias e outras atividades no mundo da moda. Gisele é exemplo no mercado da moda pela forma como gerencia a carreira e pela imagem ligada a causas sociais e ambientais. Ter um produto vinculado ao nome dela é sinal de aumento nas vendas. FAMÍLIA Gisele Bündchen afirmou que deixa as passarelas para dedicar-se à família. Casada com o jogador de futebol norte-ameriano Tom Brady e mãe dos pequenos Benjamin e Vivian, a top sempre fala em suas entrevistas sobre o papel importante da família. Atualmente ela vive em Boston, cidade onde o marido defende o New England Patriots. Mesmo fazendo parte de um seleto grupo de celebridades e eleita mais de uma vez a modelo mais bem paga do mundo, Gisele parece ter saído ilesa das armadilhas do show business. Nunca teve seu nome ligado a escândalos ou má conduta pessoal ou profissional, o que, com certeza, ajudou ainda mais na valorização do seu nome, sua marca. Acompanhe a top: www.giselebundchen.com.br.
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ARTIGO LÍDER: OLHOS, OUVIDOS E CORAÇÃO DE UMA EMPRESA *POR ALEXANDRE SLIVNIK
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ecentemente ocorreu um fato que não podemos deixar de debater, principalmente para quem trabalha no segmento de gestão de pessoas. Trata-se do acidente aéreo da Germanwings. Atestados e avaliações impediriam o copiloto de voar naquele fatídico dia. Ao invés disto, escondeu da família, da empresa e dos colegas de trabalho que precisava “se cuidar”. Nas matérias publicadas, foi divulgado também que o copiloto teria tido uma depressão ligada ao esgotamento profissional em 2009, conhecida como síndrome de burnout, ou síndrome do esgotamento profissional. A principal característica é o estado de tensão emocional e estresse crônicos provocado por condições de trabalho físicas, emocionais e psicológicas desgastantes. A síndrome manifesta-se especialmente em pessoas cuja profissão exige envolvimento interpessoal direto e intenso. Porém a ideia neste artigo não é discutir o acidente nem se o copiloto estava saudável ou não. Afinal, sou um especialista não em aviação, mas sim em gestão de pessoas. Quero chamar a atenção sobre como são conduzidas as relações de trabalho. A importância de o líder ouvir, ver e sentir a sua equipe. Motivar com altos salários já não basta, porque cada colaborador é único e necessita da atenção de seu “chefe”, independentemente do porte da empresa em que trabalhe. Esse cuidado é fundamental, afinal, no caso do acidente, um “ vamos conversar? ”, “ o que está
acontecendo? ”, “ você precisa de algo? ” mudaria a história de mais de 150 pessoas. Nem todo talento, nem todo profissional extraordinário consegue encontrar o seu caminho na primeira tentativa. Nem sempre a organização dá as condições de que o colaborar necessita para demonstrar todo o seu talento e assim atingir o crescimento ou reconhecimento profissional que tanto almeja. Infelizmente, boa parte das empresas estão preocupadas somente em contratar bons profissionais e retê-los. O que vemos é que ainda as organizações estão desprezando a importância da valorização de seus próprios colaboradores. Não reconhecem um bom profissional, investem pouco em seu treinamento e não pensam duas vezes antes de cortar pessoal, quando a ordem é cortar custos ou programas de carreira e pacotes de incentivos. Esses profissionais estão cavando a própria sepultura, porque estão na contramão do que o mercado dita. Os prejuízos e os erros podem se tornar imensos para a organização e desestimulantes. Um outro fato que merece destaque dentro deste tema é um dado curioso que descobri durantes as pesquisas que realizei para escrever meus livros. Somente 41% das pessoas afirmaram ter potencial para ser insubstituíveis e extraordinárias. Se você não acredita, não pode fazer. Entretanto, se essas pessoas se depararem com uma organização que imprima novos conceitos e faça com que a sua equipe acredite em algo maior do
que as atividades diárias, essa realidade muda! E mudará também essa autoestima. Desta forma, os colaboradores passarão a enxergar o sentido e valor do trabalho que desenvolvem, agregando valor ao negócio e surpreendendo-se a cada dia com os benefícios que trarão para a empresa. Vão se sentir felizes, realizados, motivados.... e com seus conflitos internos resolvidos. Outro ponto a destacar é a resolução e antecipação dos problemas. Para isso, os líderes não podem ter medo de se deparar com um problema. Não se trata de uma coisa ruim, mas uma oportunidade de crescimento. Antecipar um problema é prestar atenção em tudo ao seu redor e perceber o que pode ser um transtorno e encontrar uma solução para isso, antes mesmo do pedido de ajuda . Um líder deve estar sempre atento e disposto a ajudar, dentro e fora da organização e, por fim, também deve trabalhar para criar uma conexão emocional entre a equipe e a empresa. Não se trata apenas de ter bons produtos ou serviços e atender de forma decente. Isso é o mínimo. Conectar-se emocionalmente é comunicar-se intimamente é essencial. *Alexandre Slivnik iniciou carreira aos 16 anos na ABTD - Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento. Graduado em Educação Física pela Universidade Mackenzie, com ênfase em Qualidade de Vida Empresarial. Autor do livro best-seller “O Poder da Atitude” (Ed. Gente, 2012) e com 17 anos de experiência na área de RH e treinamento. www.slivnik. com.br.
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ATUAÇÃO PROFISSIONAL QUALIFICAÇÃO
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MARCOS RIBEIRO
Célia Penatt menciona a importância da pós graduação
CURSOS DE PÓS REFORÇAM O PARA A COACH CÉLIA PENATT, CURSOS COMO OS DE ESPECIALIZAÇÃO E MESTRADO PROPORCIONAM SEGURANÇA NO COTIDIANO PROFISSIONAL A QUEM OS FAZ
CONHECIMENTO A POR FERNANDO NATÁLIO
té que ponto o investimento em pós-graduações vale a pena? A CORREIO NEGÓCIOS entrevistou uma coach para que ela apontasse a importância de se ter essas qualificações e como elas podem ajudar o profissional no mercado de trabalho. Para a coach Célia Penatt, que atua em Uberlândia e atende também clientes de fora, cursos como os de especialização e
mestrado proporcionam conhecimento a quem os faz e, consequentemente, segurança no cotidiano. “A aprendizagem obtida por meio destas capacitações dá à pessoa a autoconfiança necessária para agir, escolher e decidir”, afirma. No Brasil, existem dois tipos de cursos de pós-graduação. Um deles é o lato sensu, classificação na qual estão as especializações e os MBA, que têm menor duração. O outro é o stricto sensu, que conta
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com os mestrados e os doutorados, geralmente mais longos e que precisam de autorização do governo para funcionar. A avaliação do curso stricto sensu e recomendação para que ele possa funcionar são feitas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), fundação do Ministério da Educação (MEC). No lato sensu, a especialização é um curso que atualiza e capacita o profissional. Ela confere habilidades técnicas específicas a determinado tema. Tem duração de um a dois anos. Ainda na classificação lato sensu, o
MBA, do inglês Master in Business Administration, é um curso voltado para quem quer melhorar conhecimentos de administração. Mais procurado por empresários e executivos, permite ter um conhecimento geral do mundo corporativo. É muito procurado por empresários, executivos e gestores. Tem duração mínima de 360 horas-aula. No stricto sensu, o mestrado aprofunda o aprendizado da graduação. É voltado, principalmente, para quem quer crescer na área acadêmica, como professor ou pesquisador. Duração dois anos, em média. E há, ainda, o doutorado, que oferece
conhecimento teórico mais amplo e profundo. Leva de quatro a cinco anos para ser concluído e é feito, principalmente, por quem quer ser professor ou pesquisador. EXIGÊNCIAS Qualquer pós-graduação só pode ser feita por quem já concluiu o curso superior. O interessado deve possuir diploma de graduação válido, emitido por instituição de ensino superior reconhecida pelo MEC. Além disso, cada programa de pós determina suas exigências no edital de abertura de vagas. Existem cursos de pós presenciais e a distância.
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PERFIL
CONHECIMENTO DEVE VIR JUNTO COM SIMPLICIDADE As pós–graduações são importantes na consolidação da carreira de um profissional e o colocam em vantagem no mercado. A avaliação é da coach Célia Penatt. Mas, ainda de acordo com a especialista, fazer um MBA ou doutorado não basta. Para ela, a pessoa tam-
bém precisa ter simplicidade no dia a dia, para não ter problemas no relacionamento com os colegas de trabalho, e humildade, para manter a constante vontade de aprender. “Além do conhecimento, proporcionado pelos cursos de pós, quem
quer ter sucesso na carreira tem que gostar de gente e saber conviver com os outros. Somente formação não adianta. Tem que ter conteúdo, mas sem arrogância”, diz a coach. “O profissional não pode se embrulhar no diploma”, afirma a especialista.
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PÓS-GRADUAÇÕES ESPECIALIZAÇÃO
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É um curso de pós-graduação lato sensu que atualiza e capacita o profissional. A especialização confere habilidades técnicas específicas a determinado tema. - Duração De um a dois anos. Para ser reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC), o curso precisa ter duração mínima de 360 horas-aula. - Seleção É preciso ter diploma de curso superior.
MBA Do inglês Master in Business Administration, é um curso voltado para quem quer melhorar conhecimentos de administração e ter um panorama geral do mundo corporativo. - Duração Para ser reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC), o curso precisa ter duração mínima de 360 horas-aula. - Seleção Análise do currículo, entrevista, redação e avaliação de conhecimento em idioma estrangeiro.
MESTRADO
É um curso que aprofunda o aprendizado da graduação. Visa ampliar o conhecimento sobre um tema de interesse acadêmico. - Duração Dois anos, em média. - Seleção Análise do currículo, provas de conhecimentos gerais e específicos, teste de conhecimento em um idioma estrangeiro, entrevista e apresentação de projeto de pesquisa.
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DOUTORADO É um curso que oferece conhecimento teórico mais aprofundado. É voltado, principalmente, para quem pretende seguir carreira acadêmica. - Duração De quatro a cinco anos. - Seleção Inclui análise do currículo, aprovação do projeto de pesquisa e entrevista. Pode haver uma prova de conhecimentos específicos e gerais.
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ARTIGO O SEGREDO PARA BRILHAR EM TEMPOS MAIS DESAFIADORES
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izer que 2015 será um ano desafiador já não é novidade para ninguém. O que é realmente difícil é acertar os elementos que serão essenciais a todos nós, que vendemos nossos produtos, ideias, serviços e nós mesmos. No entanto, posso afirmar com muita certeza que um dos mais importantes “ingredientes” de sucesso das organizações e dos profissionais se chama “atenção aos detalhes”. E daí você para e pergunta: “O que vem a ser exatamente esta atenção aos detalhes?’”. Para ajudar nesta tarefa de prestar maior atenção a tudo que cerca o seu negócio, compartilho abaixo três dicas espetaculares para você implementar a partir de hoje. É uma espécie de “política de atenção extrema” a todos os detalhes que direta e indiretamente impactam o sucesso e a sustentabilidade do seu negócio: 1) Cuide de todos os detalhes que cercam seu produto ou serviço. Faça com que, desde a concepção do produto ou solução que você vende, todos os esforços estejam altamente orientados ao cliente. Na prática, isso envolve uma reflexão bastante profunda sobre o quão verdadeiramente sua empresa e seus profissionais estão focados nas necessidades, expectativas, desejos e sonhos do cliente (em inglês chamamos isso de “customer centric“, que se traduz
*POR JOSÉ RICARDO NORONHA DIVULGAÇÃO
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em empresas realmente voltadas ao cliente) ou na sua empresa (“company centric“, equivalente a empresas mais preocupadas em satisfazer suas necessidades e gerar o maior lucro possível). Tudo o que você e sua empresa fizerem precisa estar 100% conectado com os desejos, necessidades, expectativas e sonhos dos seus clien-
tes. Embora isso pareça um tanto quanto lógico, são poucas as empresas que pensam e agem desta forma. 2) Obsessão pelos detalhes. Estabeleça, como parâmetros mínimos de produção, atendimento e encantamento de clientes, os melhores e mais reconhecidos padrões de qualidade do mercado. Se uma empresa
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que você já conhece fornece experiências inesquecíveis e memoráveis, tome-a como base para criar um modelo de encantamento ainda mais incrível. Para que isso aconteça, preste atenção a todos (repito: todos!) os detalhes que envolvem seu negócio: pesquisa & desenvolvimento, produção, marketing, vendas, pós-vendas, financeiro, logística etc. Todos os detalhes, em toda a sua cadeia de negócio, são fundamentais para criar experiências sensacionais aos seus clientes. 3) Pesquise e entenda melhor os seus clientes o tempo todo. Faça de cada contato com seus clientes (atuais e futuros) uma nova oportunidade de absorver deles novas expectativas, desejos, sonhos e necessidades. E também para entender melhor as grandes experiências que
eles tenham vivido com outras empresas, produtos e serviços, que sejam marcadas exatamente pelo alto nível de encantamento. Isso é algo umbilicalmente ligado à atenção máxima a todos os detalhes, que é tão característico das empresas com maior e mais elevado nível de satisfação e lealdade. Quanto maior for este entendimento, maiores serão as chances de você customizar e personalizar seus produtos e serviços às necessidades e sonhos dos clientes. Não posso e nunca serei infame ao dizer que a implementação das ações acima se dá da noite para o dia. Trata-se de um processo árduo e gradativo, que inclui aspectos ainda maiores. Entre eles a existência de um grande propósito da empresa que seja vivido e percebido na práti-
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ca por clientes, colaboradores, fornecedores e toda a cadeia de negócios em que sua empresa estiver inserida, até mesmo a própria sociedade. No entanto, posso dizer desde já que, se você focar seus melhores esforços na construção deste modelo de excelência fortemente baseado na atenção aos detalhes, os resultados no médio e longo prazo serão incríveis. E, consequentemente, surgirá um negócio muito mais saudável, sustentável e o que é mais importante: querido e desejado pelo mercado. Bons negócios e ótimas vendas! *José Ricardo Noronha é vendedor, palestrante, professor, escritor e consultor. Formou-se em Direito pela PUC/SP e tem MBA Executivo Internacional pela FIA/USP. É autor dos livros “Vendedores Vencedores” e “Vendas. Como eu faço?”. (www.paixaoporvendas.com.br).
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investimento em imóveis é considerado um dos mais seguros do mercado. E para quem está pensando em expandir o patrimônio para além das fronteiras, um dos lugares mais procurados pelos brasileiros é a Flórida, especialmente a ensolarada Miami. Um dos principais destinos turísticos dos Estados Unidos tem atraído um número cada vez maior de brasileiros, e, claro, os uberlandenses estão entre eles. A viabilidade de negócios tem crescido tanto, que em Uberlândia já existem imobiliárias com pessoal especializado nessa região.
INTERNACIONAL MERCADO IMOBILIÁRIO
MIAMI ATRAI CADA VEZ MAIS INVESTIDORES BRASILEIROS POR ADREANA OLIVEIRA
INVESTIMENTO É CONSIDERADO SEGURO QUANDO BEM ASSISTIDO
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ECHO ADVENTURE PREVÊ ENTREGA PARA DEZEMBRO DESTE ANO COM APARTAMENTOS DE 2, 3 E 4 DORMITÓRIOS E VALOR A PARTIR DE
US$ 1.35 MILHÃO
Teresa Maria Guimarães Netto é diretora de marketing de uma imobiliária em Uberlândia que tem um braço internacional desde o final de 2013. Segundo ela, foi-se o tempo em que o cobiçado destino para Miami e Orlando era somente para passeio,
compras, parques e musicais. “Após o estouro da bolha americana em 2008, vários estrangeiros enxergaram a crise como oportunidade e começaram a investir na Flórida comprando imóveis cujos preços haviam despencado. Observamos a
progressiva recuperação da economia, assim como do mercado imobiliário, mais especificamente na Flórida, abrangendo toda a região de Orlando, com seus parques temáticos, a grande Miami, a costa leste da Flórida, o litoral norte do estado pas-
TERESA MARIA afirma que o mercado da Flórida é investimento rentável
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CLEITON BORGES
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sando por Fort Lauderdale, que é outra região que agrada os brasileiros”, diz. Segundo ela, o que mais atraiu os brasileiros, foi o baixo valor dos imóveis reforçado com as atraentes modalidades de financiamento com baixas taxas de juros, que variam de 3,5% a 7% ao ano, dependendo do prazo financiado, que pode chegar a 30 anos. “A baixa dos preços na crise foi tanta, que acredita-se que a média de preços na grande Miami hoje é quase a mesma de 2003, antes do ‘boom imobiliário’. É por isso que ainda existe muito espaço de valorização”, afirma.
O consultor Marcelo Prado, de Uberlândia, concorda com Teresa Maria. “Naquela época o dólar chegou a R$ 1,60 e quem comprou teve lucro. Os americanos estavam perdendo o crédito e lá, quando isso acontece, demora-se sete anos para consegui-lo novamente”, diz. Sendo assim, em 2015, os investimentos não só de estrangeiros, como de norte-americanos, também devem aumentar. Eles têm na Flórida uma segunda casa. Afinal, o clima é tropical e por lá pode-se fugir da neve nos invernos mais rigorosos. “A Florida lidera as vendas internacionais dos Estados Unidos e o ramo
imobiliário tem se recuperado rápido. Miami está se reinventando, com espetaculares e ousados projetos imobiliários”, afirma Teresa Maria. Prado afirma que o formato de negócios nos Estados Unidos também favorece o mercado imobiliário. “Todos os imóveis são cadastrados em um único sistema, disponível para todos os corretores devidamente licenciados, as comissões são justas e os imóveis geralmente são entregues em perfeitas condições”, diz o consultor, que recomenda que o comprador fique atento aos impostos e não deixe de prestar contas.
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ATÉ 2020
A diretora de marketing Teresa Maria afirma que a estimativa de investimentos na região da Flórida deve chegar a US$ 10 bilhões até 2020 e não há somente encantados com o local. “O mundo inteiro compra em Miami, o mundo inteiro visita Miami, os canadenses lideram o ranking dos investidores, seguidos pela América Latina e existem três perfis de clientes que compram em Miami e Orlando: aquele que visa tão somente o investimento para obter retorno frente à valorização do imóvel e renda de aluguel; tem o cliente que quer ter o imóvel para usufruir com a família, passar férias, estudar a língua, etc.; e
CLEITON BORGES
INVESTIMENTOS DEVEM CHEGAR A US$ 10 BILHÕES
o que mescla as duas vertentes e usa o imóvel determinada parte do ano e aluga o restante do período”.
“O MUNDO INTEIRO COMPRA EM MIAMI, O MUNDO INTEIRO VISITA MIAMI” Teresa Maria
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PREÇOS PRATICADOS EM SÃO PAULO SÃO “FORA DA REALIDADE”, DIZ CORRETOR Cláudio Teixeira é brasileiro e trabalha como corretor de imóveis nos Estados Unidos há mais de dez anos. O escritório dele cuida de todo o processo de compra, venda e administração do imóvel para aluguel. Para ele, o interesse do brasileiro pelo Sul da Flórida, em especial Miami, já é “um romance de muito tempo”. “Os brasileiros amam Miami. Desde o final de 2009, quando os preços estavam despencando, vários brasileiro passaram a investir mais nos Estados Unidos. Perceberam que o processo era simples e rentável. Alguns anos se passaram e os preços dos imóveis no Brasil subiram e ficou
mais barato investir nos Estados Unidos do que no Brasil”. Atuando direto na Flórida os fatores que fazem os brasileiros investirem nos Estados Unidos é a segurança em relação ao país. “Cada vez mais famílias se desfazem de tudo para morar nos Estados Unidos. Além disso, os preços dos imóveis no Brasil - e esta é minha opinião - estão fora de realidade, principalmente se compararmos com os preços aqui”. Os clientes do escritório de Teixeira têm perfis diferentes. Há milionários que compram apartamentos de US$ 1 milhão, cliente que tem só uma visão maior do mercado mun-
dial e investe em imóveis mais baratos, na faixa de US$ 200 mil e ainda os interessados nos chamados “vacation home”, casas que podem ser alugadas por curto período, especialmente na área de Orlando. “Em Miami a procura maior é por apartamentos, já em Orlando, casas. Percebi também que a maioria dos brasileiros que vêm para cá viaja com a família”, diz o corretor, que lembra da importância de se trabalhar com um agente licenciado, verificar se não há pendências financeiras do imóvel a ser comprado e escolher um imóvel bem localizado. “Aqui nos Estados Unidos localização é tudo.” DIVULGAÇÃO
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DE BRASILEIRO PARA BRASILEIRO
Flórida é destino de férias também para os norte-americanos
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Miami Jade
CONTRATO
COMPRA POR PESSOA JURÍDICA É A MAIS INDICADA Para aproveitar as boas oportunidades no mercado imobiliário da Flórida é recomendável que se tenha a assessoria imobiliária profissional e com expertise na área. Comprar ou financiar um imóvel nos Estados Unidos requer cuidados que vão além da variação cambial e preços atrativos. “Geral-
mente a compra deve ser feita em nome de uma pessoa jurídica, ou seja, o brasileiro abre uma empresa e faz a aquisição em nome da mesma, isto faz com que o peso tributário seja menor. Caso o imóvel seja de valor muito alto, o mais recomendado é abrir uma empresa offshore – que é totalmente le-
gal e que será dona da empresa americana. Existem simples alternativas que proporcionam economia em impostos americanos e que protegem a propriedade do comprador brasileiro de uma tributação alta em caso de morte do proprietário”, afirma Teresa Maria Guimarães Netto.
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CLIENTES COSTUMAM SER DISCRETOS NAS TRANSAÇÕES Eveline da Silva Mousinho é administradora, especialista em direito imobiliário, corretora de imóveis e empresária atuante no mercado imobiliário desde 2008. Natural de Brasília, com clientes também em outras cidades como Uberlândia, ela afirma que muitas razões impulsionam os brasileiros a irem para a Flórida, entre eles o clima, o estilo de vida, a segurança e a economia. “Mesmo com o dólar alto, Miami ainda pode ser considerada um paraíso das compras”, afirma. Em seu tempo de atuação, Eveline vislumbrou algumas características no perfil de quem procura um imóvel na Flórida. “Nem todos brasileiros que compram imóveis em Miami querem aparecer, seja por segurança, por não querer dar a impressão de serem esnobes ou simplesmente por serem discretos mesmo. Também observo que os brasileiros preferem imóveis com vista para a água e com boas áreas de lazer”, afirmou. Para Eveline, o ponto mais relevante atualmente para se investir em imóveis na Flórida é a segurança econômica. Mesmo que a pessoa compre para alugar, afinal, o aluguel será recebido em dólar. Mas, para que tudo saia de acordo com as leis, é bom que se tenha o acompanhamento de profissionais, como um contador, para abertura de empresa, e um advogado, para ajudar no entendimento contratual. Segundo Eveline, nos últimos anos, o mercado para os corretores de imóvel fora do Brasil tem melhorado. “E melhora em todos os aspectos, principalmente na profissionalização dos corretores de imóveis. Dessa forma, o mercado imobiliário amadurece e o cliente, que é o principal agente, agradece.”
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PERFIS
EVELINE MOUSINHO é especialista em direito imobiliário
CONFIRA OS PREÇOS DE ALGUNS IMÓVEIS NA FLÓRIDA
US$ 230 MIL #Apartamento de 110 m2 em Miami, já montado. Mais barato do que comprar num bairro médio de São Paulo.
US$ 1,5 MILHÃO A US$ 28 MILHÕES
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#Apartamento em condomínio de luxo em Bal Harbour e Sunny Isles. Estes condomínios oferecem serviço de praia, babá para crianças e para pets e toda a sofisticação que o dinheiro pode pagar, como a Torre Porshe, onde o proprietário pode subir até o apartamento dentro de seu carro, num elevador panorâmico e estacionar no meio da sala.
MIAMI JADE
US$ 380 MIL #Casa com cinco suítes em condomínio em Orlando. Pode ter até 10% de retorno líquido ao ano, disponibilizando-a para locação por temporada.
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CONFIRA AQUI O PASSO A PASSO FORNECIDO POR EVELINE MOUSINHO PARA FAZER TUDO COMO MANDA O FIGURINO
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Antes de iniciar a busca pelo imóvel, providencie passaporte e visto de turista válidos para os Estados Unidos;
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Busque uma consultoria imobiliária com experiência no Brasil e com atuação no exterior. Facilita os trâmites jurídicos e traz mais segurança para o comprador;
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Para as compras financiadas é necessário comprovar renda, apresentar imposto de renda e demais informações bancárias;
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Os principais documentos pedidos pelos bancos americanos são: • Aplicação do banco preenchida com os dados do comprador
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Cópia do passaporte e visto válidos Carta de referência do(s) banco(s) (de preferência em inglês). A carta deve mencionar o nome, endereço, data de abertura, saldo atual; Carta de referência do empregador (de preferência em inglês) mencionando nome, endereço, data do vínculo empregatício, cargo, remuneração anual, bônus; Caso tenha negócio próprio: carta do contador (de preferência em inglês), mencionando a natureza do negócio, nome, endereço, data de início, cargo ocupado, faturamento anual; Cópia dos últimos 3 meses de extrato bancário
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Comprovante de residência no Brasil: conta de água ou luz Lista de ativos
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Abra uma conta bancária nos Estados Unidos: não é obrigatório, mas o processo é simples e pode facilitar na economia de taxas e tarifas no momento das transferências de valores;
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Alguns bancos norteamericanos oferecem planos de financiamento específicos para os compradores estrangeiros. Basicamente, o plano consiste em 30% de entrada mínima do valor do imóvel, prazo de 30 anos para pagamento e taxas de juros fixas anuais de 5,5%, podendo haver variação após cinco anos. FOTOS DIVULGAÇÃO
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QUER INVESTIR NO MERCADO IMOBILIÁRIO DE MIAMI?
O clima é um dos atrativos da região
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Em Orlando brasileiros compram mais casas do que apartamentos
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MARCOS RIBEIRO
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Vianei Altafim faz orientações profissionais
MERCADO DE TRABALHO OPORTUNIDADES
ÁREAS DE LOGÍSTICA E TI ESTÃO EM
POR FERNANDO NATÁLIO
CANDIDATOS ÀS VAGAS DEVEM FAZER, PREFERENCIALMENTE, CURSOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO
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erminado o ensino médio, é hora de definir o curso superior a ser feito. É o momento de escolher a profissão que, muitas vezes, define o futuro de homens e mulheres. Mas qual área terá espaço no mercado de trabalho e perspectivas de boa remuneração nos próximos anos? A pergunta é feita pela maioria das pessoas que chegam a esta etapa da vida e precisam definir com o que vão trabalhar. Atualmente, os setores de logística e Tecnologia da Informação (TI) estão entre os mais promissores para atuação em Uberlândia. O primeiro requer, preferencialmente, formação em Administração, afirma a gestora na área de Recursos Humanos (RH) Vianei Altafim. O segundo, ainda de acordo com a es-
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Área de TI é uma das mais promissoras
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pecialista, pode ser desenvolvido por meio de cursos como o de Engenharia da Computação. Eixo de ligação direta entre os cinco maiores polos econômicos do Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Goiânia e Brasília), Uberlândia é chamada de Capital Brasileira de Logística. Esta condição facilita a abertura de empregos nesta área na cidade mineira, constatação que pode ser feita ao observar o mercado de trabalho local. No início deste mês, o Sine anunciava seis vagas para os postos de ajudante, auxiliar e assistente de logística.
Em outubro do ano passado, estimulado pelas vendas de Natal, um centro de distribuição de cosméticos fazia contratações temporárias para as operações de fim de ano. Das 100 vagas abertas, 80 foram preenchidas para operador de logística, segundo reportagem publicada pelo CORREIO de Uberlândia, na segunda quinzena daquele mês. Segundo Vianei Altafim, para trabalhar com logística, além de formação em Administração, é importante que o candidato também seja articulado. “Ele precisa transitar bem
por toda a empresa para que possa entender os diferentes processos de funcionamento dela”, afirma. Já para a área de TI, diz a gestora na área de RH, é necessário que o interessado em uma vaga seja criativo e inovador. “Além disso, tem de gostar da lógica de trabalho nessa função, que lida diretamente com tecnologia, com informática”, diz. “E é difícil encontrar bons profissionais para atuar nestes postos de trabalho. Por isso, quem realmente está disposto a atender estes requisitos tem um bom espaço para avançar”, afirma Vianei Altafim.
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Logística é uma das áreas com mais ofertas em Uberlândia
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ÁREAS EM ALTA EM UBERLÂNDIA
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- Logística - Tecnologia da Informação (TI) - Comercial (vendas) - Marketing - Recursos Humanos (RH)
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PROFISSÕES DE DESTAQUE NO PAÍS Estudo “Perspectivas Estruturais do Mercado de Trabalho na Indústria Brasileira – 2020” Realizado pela Fundação Getúlio Vargas-RJ (FGV-Projetos) Solicitado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) Apontou as nove profissões do setor industrial brasileiro que terão maior oferta de trabalho até 2020 no País.
FUNÇÕES • supervisor de produção em indústrias de transformação de plástico • engenheiro de mobilidade • técnico em mecatrônica • engenheiro de petróleo • técnico em sistema de informação • biotecnologista • desenhista técnico em eletricidade, eletrônica e eletromecânica • engenheiro ambiental e sanitário • trabalhadores de tratamento de superfícies de metais
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SETOR COMERCIAL TERÁ ESPAÇO PARA ATUAÇÃO O setor comercial terá um espaço importante no mercado de trabalho uberlandense neste ano e nos próximos, afirma a gestora na área de Recursos Humanos (RH), Vianei Altafim. “Muitas pessoas não querem vender porque o cenário econômico do País não está favorável. Está difícil comercializar, o que desanima os candidatos a atuarem neste nicho”, diz a especialista. “Consequentemente, vão surgir mais vagas para esta área”, afirma. Para ter sucesso no setor, segundo Vianei Altafim, quem quiser traba-
“MESMO COM O PAÍS E O MERCADO VIVENDO UM MOMENTO ESTRANHO, DIFÍCIL DE SER AVALIADO, TODA EMPRESA PRECISA VENDER SEU PRODUTO, TEM QUE APARECER” Vianei Altafim
lhar nele, mesmo em um período de incertezas econômicas, deve ser mais ativo e extrovertido. “Achar este perfil não é fácil. O postulante precisa ser comunicativo e persistente.” A especialista afirma que esta área sempre terá espaço para atuação. “Mesmo com o País e o mercado vivendo um momento estranho, difícil de ser avaliado, toda empresa precisa vender seu produto, tem que aparecer. Então, precisa de profissionais que façam este trabalho”, diz a gestora na área de RH. FOTOS DIVULGAÇÃO
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VENDAS
Setor de vendas ganhará espaço
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Marketing está em alta
MERCADO
MARKETING E RH SÃO OPÇÕES PARA PROFISSIONAIS As áreas de marketing e Recursos Humanos (RH) também devem ser vistas com atenção pelos uberlandenses que querem espaço no mercado de trabalho local. A afirmação é da gestora na área de RH Vianei Altafim, que acredita que ambas estarão em alta nos próximos anos. “Uma função interessante no marketing será a ligada às redes sociais, que, hoje, funcionam como um ecommerce. É diferente do que ocorria há poucos anos, quando ainda era apenas uma rede de relacio-
namentos”, afirma a especialista. Ainda de acordo com Vianei Altafim, a área de RH também tem um bom campo de trabalho porque, hoje, não tem profissional generalista à disposição no mercado. “É mais fácil encontrar RH na área de seleção. Por isso, a orientação que dou a quem quer ser generalista nesse setor é que leia muito, participe de eventos, palestras e workshops. Enfim, corra atrás do conteúdo ligado a esta profissão, pois terá chances de trabalho”, diz. Também segundo a especialista,
não há formação de ensino superior específica em RH, o que dificulta ainda mais o surgimento dos profissionais generalistas nesse setor. “Os cursos que preparam os universitários para atuar em RH são os de Psicologia, Administração e Pedagogia. Isso faz com que as áreas de RH de muitas empresas não tenham a estrutura ideal porque não têm os profissionais necessários para a área”, afirma. “O que temos no País, hoje, são bons cursos de pós-graduação nesse ramo”, diz a especialista.
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NO PAÍS
TÉCNICO EM MECATRÔNICA TERÁ MAIS VAGAS Engenheiros de mobilidade e técnicos em mecatrônica estão entre as nove profissões do setor industrial brasileiro que terão maior oferta de trabalho até 2020 no País. Os supervisores de produção em indústrias de transformação de plástico lideram o ranking apresentado pelo estudo “Perspectivas Estruturais do Mercado de Trabalho na Indústria Brasileira – 2020”, realizado pela Fundação Getúlio Vargas-RJ (FGV-Projetos). A pesquisa foi solicitada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Elaborado com 402 empresas brasileiras que empregam 2,2 milhões de empregados, o levantamento aponta também, como áreas que terão destaque nos próximos anos,
a de engenheiro de petróleo, de técnico em sistema de informação e biotecnologistas. Completam a listagem as funções de desenhistas técnicos em eletricidade, eletrônica e eletromecânica, engenheiros ambientais e sanitários e trabalhadores de tratamento de superfícies de metais. Mencionado como a ocupação que mais tem tendência de aumento dos postos de trabalho nesta década, o supervisor de produção em indústrias de transformação de plástico tem como responsabilidade coordenar e programar as atividades dos trabalhadores industriais. Seguindo ordens de serviços e programações estabelecidas por superiores, ele seleciona fornecedo-
res e requisita os materiais. Além disso, treina equipes para a execução de atividades, orientando-as em relação as medidas de segurança e diretrizes de trabalho. Indicada como segunda profissão com mais perspectivas de contratação, o engenheiro de petróleo trabalha na descoberta de poços e jazidas, bem como no desenvolvimento de projetos de exploração, produção e comercialização de petróleo e gás natural. Terceira colocada na pesquisa, a função de técnico em Sistema de Informação é responsável pela criação e análise de sistemas informatizados com o intuito de gerenciar, processar e armazenar informações em diversos setores de atividades.
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ARTIGO FOCO PRODUTIVO: UM MÉTODO SIMPLES PARA ALTO DESEMPENHO
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ara toda ação de sucesso, existe um componente comum e que faz toda a diferença quando pensamos em resultados e eficácia com otimização de tempo e de recursos. Qual é o segredo? Simples! Ele leva no nome a objetividade e simplicidade: chama-se foco. A Programação Neurolinguística estuda os padrões mentais e emocionais de profissionais que têm excelência e geram resultados. Todos eles, independentemente do perfil ou do segmento de atuação, apresentam a capacidade de ter e manter o foco em diversas situações. Pensando na atividade e nos desafios profissionais, o que pode ser feito para ter e manter foco e, ao mesmo tempo, realizar a gestão de todas as adversidades, imprevisibilidade e novas demandas que surgem? O foco pode ser muito simples, basta saber exatamente o que se quer e o quanto o resultado é importante para a empresa e para sua carreira. Essa relação é direta. Naturalmente, existe uma ligação entre a função que você ocupa e a meta alcançada, que se reflete automaticamente no resultado final da empresa. Um dos fatores que limitam um profissional a determinar o foco é considerar que a concentração só é viável através da sorte ou com muito esforço! O profissional se desgasta quando
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*POR MÁRCIA DOLORES RESENDE
deixa de determinar qual será o foco. Mas ele pode mudar essa realidade, a partir do momento que decide. Dessa forma, vai conseguir proporcionar o resultado esperado pela empresa e, na sequência, para a sua carreira. Afinal sabemos que todos têm foco! Quando algum profissional nos procura e diz que sua carreira está estagnada ou que está sendo pouco utilizado ou valorizado na empresa, a primeira pergunta que fazemos é “onde está o seu foco?”. Para ter sucesso na carreira e na vida, o importante é saber utilizar o seu foco! Muitas pessoas utilizam o foco de forma pouco produtiva, por desfocar do objetivo corporativo com facilidade. O que acontece? Simples! Quando queremos alcançar um objetivo é preciso canalizar a atenção e deixar de lado outros assuntos. Esse comportamento se transforma em um compromisso que vai gerar resultado. Essa situação pode transmitir certa tensão, fazendo com que alguns profissionais evitem colocar o foco no objetivo e responsabizando o meio para o seu insucesso. Outro dia, recebi uma pesquisa que levantava o tempo em que as pessoas, no ambiente profissional, utilizam verdadeiramente para manter o foco no que é importante. O estudo apontava que muito do tempo é desperdiçado com outras atividades, que são pouco relevantes para os objetivos. A pesquisa mostrava o foco presente na internet, em ligações pessoais, em atividades menos relevantes ou em conversa nos corredores que estavam desalinhadas ao objetivo. Quando você mantém a meta e faz todas as etapas para alcançá-la, o
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grande segredo da sua conquista é ter foco para seguir e perceber as oportunidades durante a sua jornada. O foco fornece flexibilidade para um profissional, pois, como tem claro o que quer e o como chegar, poderá fazer ajustes, ser maleável e inspirar mais pessoas a partir dos resultados. Quer ter mais foco? Defina sua meta em várias etapas, isso garante maior foco. Construa, para cada etapa, um ganho visível e relevante, assim quando finalizar cada uma das etapas, tem uma evidência. Utilize palavras que geram autonomia na sua meta e para o seu foco. Substituta o devo, preciso e tenho, por palavras de maturidade: quero, posso e vou fazer. Avalie o que o mantém com vontade de prosseguir e o que parece distrair. Identifique qual é o foco quando prossegue e qual é o foco quando se distrai. Compartilhar os resultados é uma boa estratégia para estimular cada vez mais esse foco.
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Nossa mente presta atenção em algo durante 45 minutos, solicitando uma pequena pausa. Sabendo disso, você pode construir pausas que coloquem a atenção em assuntos que distraem a mente durante cinco minutos. Essa prática oxigena a mente e gera um foco e motivações maiores. Muitos estudos estão sendo feitos sobre meditação. Meditar significa deixar a mente livre. Podemos fazer isso com a respiração. Pesquisas apontam que 10 minutos de manhã focados na sua respiração, em uma música ou uma imagem que o agrade pode aumentar seu foco! Vale experimentar!
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*Márcia Dolores Resende atua há mais de 30 anos em desenvolvimento humano no setor corporativo, na educação e na área da saúde. Atuou na gestão de pessoas em empresas do mercado financeiro e industrial. Em 2010 fundou o Instituto de Thalentos, dirige e coordena a equipe de consultores e todas as metodologias aplicadas (institutodethalentos.com.br).
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CLEITON BORGES
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FLÁVIO OLIVEIRA é diretor do projeto Granja Marileusa
SUSTENTABILIDADE AQUI SE CONSOME, AQUI SE PRODUZ
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ustentabilidade, energia limpa, qualidade de vida. Estes estão entre os assuntos que têm se tornado pauta não só entre os meios de comunicação, ambientalistas, políticos, engenheiros ambientais ou organizações não governamentais voltadas para o bem-estar social. São temas cada vez mais presentes no dia a dia do cidadão, nas rodas de conversas, nas universidades, nas escolas públicas e privadas, no encontro das famílias ao redor da mesa. Algumas iniciati-
QUANDO O SOL AGE A FAVOR DO SEU
BOLSOEDO PLANETA POR ADREANA OLIVEIRA
PLACAS FOTOVOLTAICAS GANHAM ESPAÇO NA PAISAGEM EM UBERLÂNDIA
vas fazem com que Uberlândia entre no rol das cidades que começam a pensar o futuro agora nos âmbitos privado e público. E um dos principais aliados de projetos que conhecemos durante a produção desta reportagem está a 150 milhões de quilômetros da Terra: o Sol. E há uma palavra que você ouvirá bastante: fotovoltaica. Projetos que envolvem sistemas fotovoltaicos que geram eletricidade a partir do Sol - se destacam em condomínios, empresas e até em uma escola municipal. “Uberlândia hoje é a cidade que mais tem potência instalada, muito disso graças ao Granja Marileusa, que representa cerca de 20% de tudo o há de energia fotovoltaica em Minas Gerais e 53% de tudo o que tem na cidade”. A afirmação é do técnico operacional da Alsol Energia Renováveis, de Uberlândia, Gustavo Malagoli Buiatti, que pode ser considerado um expert em energia solar. O Granja Marileusa é o bairro planejado - idealizado pelos acionistas do grupo Algar - em fase de construção na zona leste de Uberlândia, onde os módulos fotovoltaicos foram instalados em 30 edificações em dois condomínios do bairro. Algumas estruturas de áreas comuns do bairro também serão abastecidas com energia fotovoltaica, ou seja: produzirão a energia que vão consumir. Os módulos estão instalados também na sede do empreendimento, na primeira residência do bairro e no Data Center da Algar Tech – o primeiro Data Center Verde da América Latina a utilizar geração própria de energia elétrica a partir da luz do sol. “A quantidade de projetos instalados e em andamento é algo inédito na cidade e tem sido destaque no país. Temos perspectiva de instalar módulos em mais de 200 casas do Gran-
CLEITON BORGES
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Algar Tech é o primeiro Data Center Verde da América Latina ja Marileusa”, afirma Buiatti. A diversificação da matriz energética fazia parte da proposta do Granja Marileusa desde o início, já que o bairro foi concebido com perspectivas de longo prazo, com foco em sustentabilidade e baseado em conceitos e infraestrutura diferenciados. “Era impossível desconsiderar alternativas para suprir a necessidade de abastecimento de energia - o que foi reforçado com o cenário de escassez de água e crise energética que já se apresenta. Por ser uma tecnologia que contempla os propósitos do Granja Marileusa, decidimos incentivar o uso dos sistemas fotovoltaicos para geração de energia limpa”, diz Flávio Oliveira, diretor do projeto Granja Marileusa. Segundo ele, a aceitação por essa alternativa foi e tem sido boa e por isso o projeto sugere aos parceiros que implantem placas fotovoltaicas. “As empresas que estão desenvolvendo negócios e se instalando no Granja Marileusa, assim como as pessoas que estão construindo suas casas no bairro, estão envolvidas na
proposta do empreendimento e acreditam nesta nova maneira de morar”, diz. Alguns dos investimentos em sistemas fotovoltaicos, como os previstos para áreas comuns do Granja Marileusa – iluminação de rotatórias e ponto de ônibus - serão realizados pelos idealizadores do bairro. Os sistemas instalados em empresas e residências são custeados pelos proprietários. Oliveira diz que o empreendimento servirá como inspiração para outras iniciativas. O custo de instalação nestas residências varia de R$ 25 mil a R$ 30 mil, com financiamento em até 10 anos. “Os sistemas fotovoltaicos são uma solução viável financeiramente, com um payback (retorno) estimado entre seis e sete anos. A geração ou a cogeração de energia, sendo ou não por placas fotovoltaicas, irá acontecer em breve não só no Granja Marileusa, como em todo o Brasil. E esperamos que, com o nosso pioneirismo, sejamos exemplo de comprometimento com as pessoas e com o meio ambiente”, afirma o diretor.
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MERCADO EM EXPANSÃO
MAIOR DESAFIO É VIABILIZAR O FINANCIAMENTO A Alsol Energias Renováveis, criada em 2011 como Malagoni Engenharia, tornou-se o primeiro case da Incubadora de Negócios da Algar em 2014. A principal área de atuação é com sistemas fotovoltaicos (FV) conectados à rede elétrica. Entre os projetos em destaque estão 100% da área comum do Residencial Village Paradiso II – no bairro Granja Marileusa, em Uberlândia, que será o primeiro condomínio do Brasil com 100% dos telhados da área comum cobertos com módulos fotovoltaicos, o Data Center verde da Algar Tech e mais projetos de varejo e Granja Marileusa. Segundo o diretor técnico-operacional Gustavo Malagoli Buiatti, atualmente o maior desafio que a empresa enfrenta é o de viabilizar os financiamentos dos projetos, feitos junto aos programas de eficiência energética da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e com a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). “Temos o cuidado em explicar bem o funcionamento dessa tecnologia para quem vai utilizar, até que o cliente adquira confiabilidade de que é um sistema que funciona”, afirmou. Porém, Buiatti afirma que, nos últimos anos, o cliente final já enxerga o valor que emprega para instalação dos módulos fotovoltaicos mais como investimento do que como despesa. Com os recentes reajustes da tarifa de energia, a energia solar – tanto residencial quanto industrial – já é viável em termos de payback e paridade de rede. No caso da residencial, é como se a energia solar custasse menos do que a energia da concessionária. E essa visão de que instalar um sistema fotovoltaico é
CLEITON BORGES
Gustavo Malagoli Buiatti é diretor técnico-operacional da Alsol
um investimento já está mais disseminada”, disse. Em uma pesquisa da empresa junto com um grupo da Universidade de Cambridge que passou quatro meses estudando a Alsol, eles obtiveram respostas indicando que a principal motivação para investir em energia fotovoltaica foi a sustentabilidade, mas mais de 40% das pessoas indicaram que já observam economia. “Além disso, com o aumento da tarifa de energia, quem investiu no ano passado com a perspectiva de um retorno entre oito e nove anos já teve esse tempo reduzido para seis e sete anos. E como a vida útil dos sistemas fotovoltaicos é de aproximadamente 30 anos, quem teve um payback de seis anos terá pela frente 24 anos de energia de graça”, afirma o técnico-operacional.
Buiatti acredita que a energia fotovoltaica no Brasil vai seguir a tendência mundial de um crescimento exponencial. “Entre 2001 e 2013, a taxa de crescimento anual no mundo foi de 40%. Aqui no Brasil, por mais que a gente ainda tenha poucas instalações, esse crescimento tem acontecido da mesma forma. No final de 2013, eram em torno de 30 a 40 instalações. Já 2014 encerrou com 285 instalações. Esta informação está registrada na Aneel, mas na Cemig já constam mais de 170 pedidos, dos quais 38 estão em Uberlândia”, afirmou. A Alsol forma a própria equipe técnica e tem apoio da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), referência nacional neste assunto, para formação adicional e reciclagem dos talentos humanos.
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ESCOLA ABRIGA PROJETO DO GREENPEACE A ONG internacional Greenpeace escolheu duas escolas públicas no Brasil para abrigar um projeto de geração de energia solar. Uma está em São Paulo e a outra no bairro Segismundo Pereira, em Uberlândia. Os 48 painéis fotovoltaicos foram instalados entre abril e maio na Escola Municipal Professor Milton de Magalhães Porto dentro do projeto “Greenpeace: mais sol por um futuro melhor”. A escola recebeu um sistema que produz o equivalente a 55% do que consome em eletricidade. Em contrapartida, o dinheiro economizado será aplicado em atividades culturais para os estudantes, como viagens, visitas a museus e cursos. Segundo Gilberto Sampaio da Fonseca, assessor da Secretaria Municipal de Gestão Estratégica, Ciência e Tecnologia (SMGECT), que apoia a inciciativa junto com a Secretaria de Educação, o projeto vir para Uberlân-
dia é motivo de orgulho para a cidade. “Fizemos de tudo para ajudar na execução deste projeto sem burocracia. Os alunos serão os divulgadores e espero que no futuro mais escolas tenham a mesma oportunidade”, diz Fonseca. A prefeitura não entra com dinheiro. O investimento de quase R$ 200 mil (para as escolhas de Uberlândia e São Paulo) foi conseguido por meio do sistema de financiamento coletivo crowdfunding, no qual as pessoas contribuem com pequenas quantias e ganham recompensas ligadas ao projeto - foram alcançados pouco mais de R$ 139 mil via plataforma kickante. O Greenpeace capacita estudantes e professores e ajuda a implantar medidas de eficiência energética nas escolas. A partir daí, por meio das crianças, a comunidade começa a conhecer mais o assunto e a economia da escola deve continuar
também em casa. A Alsol Engergias Renováveis fornece os painéis fotovoltaicos e o diretor Gustavo Malagoli Buiatti foi quem levou o projeto do Greenpeace ao conhecimento da Prefeitura de Uberlândia, segundo Fonseca. As escolas selecionadas pelo “Mais sol por um futuro melhor” no Brasil devem economizar juntas R$ 25 mil ao ano, segundo estimativas do Greenpeace. Os painéis fotovoltaicos têm vida útil de 30 anos. Em abril o secretário da SMGECT, Vitorino Alves da Silva, recebeu a coordenadora do Greenpeace, Bárbara Rubim para dar início ao projeto em Uberlândia. Na ocasião, a diretora da escola Milton Porto, Isabel Cristina Silva Carrijo, disse que o Greenpeace é muito bem-vindo. “O trabalho deles se soma ao nosso projeto pedagógico de levar aos alunos o máximo de conhecimento ecológico.” ARAÍPEDES LUZ-PMU-SECOM
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SEGISMUNDO PEREIRA
Instalação dos painéis fotovoltaicos na Escola Municipal Milton Porto, em Uberlândia
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VALOR DE CADA GRAU
AR-CONDICIONADO DEIXOU DE SER O GRANDE VILÃO lema aqui na empresa entre todos os funcionários é: se tem sol, tem ar-condicionado. Se não tem sol não precisa”, afirmou o empresário. Segundo ele, em dias de pouco sol não é possível utilizar todos os aparelhos ao mesmo tempo em 21°C, por isso trabalharam a conscientização da equipe. “Aumentamos conscientemente a temperatura para 24°C ou 26°C para que consumam menos energia e todos da empresa possam utilizar o ar, outra atitude consciente é que, na sala do administrativo, o ar nem sempre fica ligado o tempo todo”, diz. Segundo Araújo, a equipe poderia
ficar despreocupada se colocassem mais módulos fotovoltaicos, mas optaram por deixar esse consumo de energia limitado em 4000w para que todos entendam o quanto cada grau custa. “Se todos colocarem seus ares-condicionados em 18°C, o sistema apita obrigando cada um a reconfigurar a temperatura de suas salas de forma todos sobrevivermos com 4000w.” Para Araújo, enquanto algumas empresas adquirem geradores a gasolina ou diesel, para momentos sem energia eles optam pelo sistema fotovoltaico. O meio ambiente e as futuras gerações agradecem. CLEITON BORGES
No prédio onde funciona a empresa de João Paulo Cruz Araújo, o ar-condicionado deixou de ser o grande vilão da conta de luz. Para alimentar quatro aparelhos de 9 mil BTUs cada ele e os sócios instalaram 16 módulos fotovoltaicos da Esol Brasil, empresa que Araújo iniciou com o pai em 2011. O sistema é offgrid, ou seja, funciona independente da Cemig. O primeiro impacto sentido com a iniciativa foi no bolso. “Imediatamente tivemos um impacto financeiro os aparelhos de ar-condicionado eram os maiores vilões da conta de luz. Porém, o impacto maior que tivemos foi o uso consciente da energia. O
João Paulo Cruz Araújo e os sócios trabalham conscientização da equipe
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UFU TEM PESQUISAS NA LINHA DE ENERGIA SOLAR A reportagem da CORREIO NEGÓCIOS teve acesso ao material referente a quatro linhas de pesquisas (leia mais nas páginas 58 e 59) de professores e alunos da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Com apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa em Minas Gerais (Fapemig) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), os docentes Luiz Gustavo Martins Vieira, Marcos Antonio de Souza Barrozo e João Jorge Ribeiro Damasceno, da Faculdade de Engenharia Química, encabeçam trabalhos que fazem a gente acreditar que há uma luz no fim do túnel e esclarecem dúvidas principalmente sobre a utilização da energia solar. Vieira concordou em responder a algumas perguntas sobre energia renovável. CORREIO NEGÓCIOS: O Brasil é mesmo privilegiado geograficamente para receber iniciativas que usem o sol para a geração de energia? PROFESSOR LUIZ GUSTAVO MARTINS VIEIRA: Sim, é verdade. De maneira geral, todo o país recebe uma boa taxa de insolação e pode receber iniciativas que usem luz solar para produzir energia (térmica, elétrica ou química). As regiões semiáridas do Brasil (Nordeste Brasileiro e Norte de Minas) são as geograficamente mais privilegiadas em face da pouca nebulosidade ao longo do ano. Nossa região é favorecida? Por quê? Sim, ela é favorecida. O Triângulo Mineiro também tem condições favoráveis de incidência solar, principalmente entre abril e novembro,
quando há pouca ou nenhuma nebulosidade.
CLEITON BORGES
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MEIO ACADÊMICO
Se o uso da energia solar se tornar mais comum, que impactos o planeta sentiria? O impacto da utilização da energia solar representaria menos consumo de energia elétrica advinda da forma convencional. Em outros termos, representaria uma política ambiental porque teria reflexo na redução da queima de combustíveis fósseis, da fissão nuclear ou de áreas alagadas pelas hidrelétricas. O custo da captação da energia solar (em termos da estrutura a ser montada para o aproveitamento desta energia) ainda é muito alto para nossos padrões? Há iniciativas que tentam mudar esse panorama? A maior parte dos custos para o aproveitamento da energia solar está na aquisição das placas fotovoltaicas. Tenho conhecimento que um projeto elétrico para utilização de placas fotovoltaicas e acoplamento à rede elétrica de uma residência de tamanho médio, teria um custo de R$ 15 mil a R$ 20 mil, a depender da localidade. Realmente ainda não é tão atrativo frente aos nossos padrões. Porém, em se tratando apenas de aquecimento de fluidos para uso em chuveiros ou lavanderias, estes custos caem substancialmente (10% a 20% das instalações fotovoltaicas). Acredito que estes custos tendem a cair nos próximos anos devido à concorrência entre fabricantes e prestadores de serviço. Muitos municípios brasileiros estão começando a exigir
Luiz Gustavo Martins Vieira em suas políticas públicas de habitação que as moradias entregues nos programas sociais tenham necessariamente um sistema de placas solares de aquecimento de água para chuveiro e cozinha. Com o aumento do consumo da energia solar, as crises hídricas, como a que tivemos neste ano, tendem a diminuir? Se a função da água nos reservatórios for para geração de energia elétrica, certamente a utilização da energia solar ampliará a matriz energética do país aliviando a pressão sobre as hidroelétricas ou termoelétricas brasileiras na produção de eletricidade. A crise hídrica não será atenuada pelo aumento ou incentivo do consumo da energia solar, mas sim pela ocorrência de chuvas intensas e regulares sobre os principais reservatórios brasileiros.
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A pedido da CORREIO NEGÓCIOS o professor Luiz Gustavo Martins Vieira fez o cálculo que explica a diferença entre um banho quente de 10 minutos no inverno utilizando energia fotovoltaica e convencional. Confira e depois faça as suas contas e saiba quanto custa o seu banho. O Sol bombardeia diariamente nosso planeta com vários tipos de radiação, principalmente nos comprimentos de onda correspondentes aos espectros do ultravioleta, da luz visível e do infravermelho. A luz visível e o infravermelho são denominados de micro-ondas e têm a capacidade de excitar termicamente um determinado corpo quando são interceptadas. As placas solares fazem exatamente este papel: interceptam as micro-ondas e, por isso, são aquecidas. Numa etapa posterior, o calor da placa é transferido para a água que circula dentro delas. Uma vez quente, a água já poderia ser consumida diretamente ou ser armazenada em um boiler (aquecedor de água por acumulação). Considerando as atuais tarifas da Cemig e do DMAE, no inverno um banho de 10 minutos gastaria aproximadamente 65 L de água (40°C), 1,98 kWh de energia e custaria aproximadamente R$ 1,53. Considerando uma residência com quatro pessoas (marido, mulher e dois filhos) em que cada um tome pelo menos um banho diário, ao final do mês seriam gastos com o chuveiro R$ 22,80 (água) e R$ 183,60 (energia elétrica).
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QUANTO CUSTA O SEU BANHO?
Três placas solares poderiam suprir com tranquilamente a demanda do chuveiro desta família. Para um sistema de aquecimento por placas solares de 3 m2 bastaria seis horas de incidência solar sobre as placas para que os quatro banhos diários fossem garantidos. Nestas condições, um investimento inicial de aproximadamente R$ 3 mil com as placas e o boiler seria resgatado em um ano e meio. Depois de um ano e
meio da instalação do sistema de aquecimento solar, a família somente pagaria a conta da água, haja vista que o aquecimento sairia totalmente gratuito. Como a vida útil de um sistema de aquecimento solar é por volta de 10 anos, significa dizer que esta família, ao longo de oito anos e meio, não se preocuparia com a conta de energia do chuveiro. Na verdade, nestes oito anos e meio, a família acabaria poupando quase R$ 19 mil.
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LINHAS DE PESQUISAS DA UFU SOBRE ENERGIA SOLAR Linha 1: Utilização da Energia Solar para Dessalinização de Água O objetivo deste trabalho científico foi aproveitar a energia solar (renovável, abundante e gratuita) para prover o aquecimento de águas salobras ou salinas, produzindo água potável a partir da respectiva separação dos sais dissolvidos. Em certas localidades (regiões insulares, semiáridas, marítimas) há abundância de água, mas que, quase sempre, está contaminada por sais que impossibilitam o consumo direto por pessoas ou animais. Nesta pesquisa, capta-se a luz solar por dispositivos denominados de concentradores solares que, pelos fenômenos de reflexão ou refração, a concentramos sobre as águas salobras/ salinas. Estas soluções quando bombardeadas pela radiação solar concentrada têm subitamente sua temperatura elevada em algumas dezenas de graus Celsius até alcançar, rapidamente, o ponto de ebulição (produção de vapor de água). O vapor de água produzido é separado e condensado, havendo, portanto, uma produção de água limpa e potável para o consumo imediato. A ideia de nossa pesquisa não foi propor um sistema desta natureza para suprir um abastecimento público de uma cidade como Uberlândia ou de qualquer outra cidade brasileira. Objetivou dar uma alternativa tecnológica prática e barata a famílias ou pequenas comunidades que têm carência de recursos hídricos. Somente a título de ilustração, nossa unidade foi capaz de produzir 5l de água potável a partir da água do mar (40 g de sal/L) por metro quadrado de área de captação ao longo de sete horas de luz solar (das 9h às 16h). A priori, parece ser pouca a quantidade de água potável
produzida, mas uma unidade desta natureza já seria hábil para saciar a sede de pelo menos duas pessoas. Este sistema é infinitamente mais barato e simples do que os dessalinizadores convencionais utilizados, por exemplo, no Oriente Médio ou em Fernando de Noronha. Estes sistemas tradicionais de dessalinização fazem uso de osmose e resinas de troca iônica. A tecnologia tradicional requer equipamentos mais complexos (bombas, tanques, válvulas etc.), químicos industriais (resinas aniônicas ou catiônicas) e, sobretudo, energia elétrica. São processos mais caros que produzem mais água potável, mas não são ambientalmente sustentáveis. A conclusão deste trabalho será em julho de 2015 com uma tese de doutorado a ser defendida por Gustavo Otero Prado. Linha 2: Utilização da Energia Solar para Produção de Biocombustíveis a partir de Resíduos Agroindustriais Semelhantemente à energia solar, a biomassa (matéria orgânica de natureza vegetal) é uma excelente fonte de energia química ou térmica com características também renováveis. Mesmo quando esta biomassa é incorporada ao solo ou simplesmente queimada (combustão), acaba, num ciclo posterior, sendo reabsorvida ao longo do crescimento da espécie vegetal que anteriormente lhe deu origem. Sabe-se que a combustão da biomassa é o meio mais rápido e direto para se obter energia (calor). Porém a potencialidade das biomassas não se reduz apenas à geração de calor por combustão, mas também à conversão em outros compostos químicos por meio de uma decomposição térmica denominada de pirólise. Assim, a piróli-
se consiste em uma decomposição térmica direta de qualquer biomassa, na ausência total ou parcial de oxigênio, para obtenção de líquidos (bio-óleo), sólidos (char) e gases. Geralmente, estas decomposições térmicas ocorrem entre 300°C e 800°C (temperaturas que podem ser facilmente alcançadas nos concentradores solares do tipo paraboloide de revolução ou lentes de Fresnel). A decomposição térmica da biomassa em outros compostos não é mera especulação acadêmica desprovida de qualquer aplicabilidade. A pirólise representa uma rota alternativa para obtenção de biocombustíveis (bio-óleo, char ou gases de síntese) com capacidade calorífica superior à biomassa in natura ou para produção de compostos orgânicos essenciais que serviriam de matéria-prima para outras indústrias químicas (hidrocarbonetos, alcoóis, ácidos orgânicos, cetonas, aldeídos, aromáticos, fenólicos etc.). Considerando que o Brasil é um grande produtor agrícola no cenário mundial, sabe-se também que grandes são as quantidades de resíduos agroindustriais gerados por este setor (cascas, sementes, bagaços etc.). Estes resíduos quase sempre ocupam um volume expressivo, exigindo da indústria investimentos e logísticas para fins de armazenamento ou adequado descarte. Neste aspecto, a pirólise representa uma alternativa técnico-econômica para reduzir volumes gastos com armazenamento e ao mesmo tempo para transformar uma matéria-prima de baixo valor econômico em compostos que energética e quimicamente são mais atraentes para outros setores da economia (solventes, pigmentos, fertilizantes, precursores de sínteses orgânicas etc.). A combinação técnica desses dois assuntos
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(energia solar e pirólise) representa uma alternativa totalmente sustentável para que muitos setores do agronegócio deem maior visibilidade a suas atividades e produtos, haja vista que seus resíduos poderiam ser tratados localmente e transformados em químicos essenciais a outros setores da economia. Ocorreria, indubitavelmente, a ampliação dos negócios e possibilidade de lucro que poderia mover a economia, aumentar a arrecadação estatal, gerar novos empregos, ampliar a matriz energética e contribuir com o meio ambiente. Este trabalho já originou uma dissertação de mestrado defendida pela aluna Laiane Alves de Andrade, que estudou a pirólise do tegumento do caroço de manga de uma indústria de sucos de Araguari (MG). Nesse estudo, conseguimos produzir a partir do resíduo da manga um bio-óleo rico em alguns tipos específicos de hidrocarbonetos e fenólicos - produtos químicos de grande interesse para a indústria, obtidos atualmente pelo refino do petróleo (recurso não renovável). Os estudos continuam agora sob a forma de uma tese de doutorado desta mesma discente a ser desenvolvida no período de março de 2015 a fevereiro de 2019. Linha 3: Utilização da Energia Solar para Produção de Hidrogênio O gás hidrogênio (H2) é denominado pela literatura científica como o combustível do futuro. Sua queima produz uma quantidade muito grande de energia e não gera gases tóxicos porque o produto formado é apenas água (H2+1/2O2→H2O). O hidrogênio é um dos elementos químicos mais abundantes do universo. Todavia, por ser muito reativo, ele não se encontra em nosso planeta na forma de gás (H2) pronto para o consumo. O hidrogênio aparece principalmente combinado com ou-
tros elementos químicos, tais como o carbono, nitrogênio e oxigênio. Sabe-se que é possível produzir gás hidrogênio a partir da eletrólise da água (H2O→ H2+1/2O2). Este fenômeno não ocorre espontaneamente. Requer a interferência humana mediante a manipulação de dois fatores: utilização de um hidróxido (pode ser de alumínio, de um metal alcalino ou de um metal alcalino terroso) e o fornecimento de energia elétrica. Industrialmente, isso já é feito: uma energia (elétrica) gerando outra energia (química). Qual seria a contribuição da UFU? A contribuição da universidade seria produzir hidrogênio a partir da eletrólise da água mediante o uso de energia elétrica advinda de células fotovoltaicas. As células fotovoltaicas geram eletricidade a partir da incidência de luz solar sobre elas. Neste aspecto, a geração da eletricidade por células fotovoltaicas para a produção de hidrogênio seria sustentável porque viria da luz solar (abundante, gratuita e renovável) e não da eletricidade da rede pública, que provém de termoelétricas ou hidrelétricas (não renováveis). Atualmente estamos acompanhando uma dissertação de mestrado da discente Dayana de Fátima D’Arc Palhares, cuja conclusão dar-se-á em julho de 2016. Linha 4: Utilização da Energia Solar para Resfriamento Indiscutivelmente, o aquecimento de fluidos é algo interessante para utilização em chuveiros ou demais aplicações em casas e comércios. Provavelmente, em regiões tropicais, como a taxa de radiação solar é alta (centro-oeste, norte e nordeste do Brasil), o aquecimento de água para utilização doméstica ou comercial é mais facilmente alcançado do que em regiões mais frias (subtropicais). Logo, onde se tem mais radiação solar disponível é
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onde se tem a menor demanda por calor, pelo menos em se tratando de aquecimento. No entanto, ao invés de utilizar calor para aquecer determinado sistema, imaginemos se pudéssemos transformá-lo em “frio”. Neste aspecto, nas regiões mais quentes poderíamos ter sistemas de refrigeração que poderiam ser utilizados para conservar alimentos ou garantir condições climáticas confortáveis de salas, escritórios, escolas, creches, hospitais, repartições públicas, granjas etc. Hoje, a refrigeração (diminuição da temperatura de algum sistema) é obtida por meio de ciclos termodinâmicos que trabalham com compressão mecânica (câmaras frias, ares-condicionados, geladeiras, freezers etc.). A refrigeração convencional (por compressão) é eficiente, mas por outro lado faz uso de máquinas que requerem demanda significativa de energia elétrica da rede pública. Além dos ciclos de compressão, há também os ciclos termodinâmicos de absorção para se obter o mesmo efeito (refrigeração). Nos ciclos por absorção não há necessidade de fornecer energia mecânica por compressão. Basta existir uma mistura de fluidos com propriedades específicas que por absorção de um em outro, possibilitaria a “produção de frio”. A manutenção do ciclo por absorção é feita por meio de uma fonte de calor e não eletricidade. Neste aspecto, a luz solar concentrada poderia ser perfeitamente utilizada como esta fonte de calor para proporcionar o resfriamento de algum sistema de interesse residencial, comercial ou industrial. Uma dissertação de mestrado está prevista para ser oferecida neste assunto para ter vigência de agosto de 2015 a julho de 2017.
MARCOS RIBEIRO MARCOS RIBEIRO
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Luciano de Almeida Jorge é dono de um fast-food com toque artesanal
EMPREENDEDORISMO NEGÓCIOS
EMPRESÁRIOS CHAMAM A ATENÇÃO PELOS
DIFERENTESPERFIS POR FERNANDO NATÁLIO
PESSOAS QUE MUDAM DE ÁREA TÊM SEUS ESPAÇOS NO MUNDO DOS NEGÓCIOS E UTILIZAM SUAS CARACTERÍSTICAS PARA TEREM ÊXITO
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N
anos, na qual é mais comum ver homens e mulheres donos dos próprios negócios. Segundo o empresário, o fato de ser jovem o ajuda na administração do fast-food. “Tenho responsabilidade, mas não tenho medo de arriscar. Por isso, dou passos maiores, que me favorecem no mercado. Além disso, consigo dar esta característica jovial à minha empresa, o que é bom, pois o público frequentador do estabelecimento é este”, afirma. Inaugurado em dezembro de 2013, o fast-food já passou por uma expansão na estrutura física em 2014, durante a Copa do Mundo. “Tive a chance de ampliar e não abri mão desse passo. Aumentei o quadro profissio-
nal de cinco para 11 funcionários”, diz o empresário. Ainda de acordo com Jorge, o fast-food foi aberto por ele e seu irmão, Ricardo de Almeida Jorge, que não está mais presente no empreendimento. O negócio começou ao assistir ao seriado norte-americano “Breaking Bad”, afirma Luciano Jorge. “Eu e meu irmão somos fãs dessa série e nela existe uma rede de restaurantes famosa pelo frango frito, a Los Pollos Hermanos. Identificamos que não tinha esse tipo de estabelecimento na cidade e resolvemos montá-lo”, diz Luciano Jorge. “Vimos que seria algo inusitado e inovamos com este negócio.” A abertura do fast-food em UberlânMARCOS RIBEIRO
o mundo empresarial atuam pessoas com diferentes perfis. Destes, alguns chamam a atenção, como os jovens, que costumam ser mais ousados, e as mulheres, que ganham cada vez mais espaço. Em Uberlândia, o cenário não é diferente. Na cidade mineira, também há aqueles que saíram de uma área e foram para outra e tiveram êxito. Luciano de almeida Jorge, proprietário de um fast-food com toque artesanal localizado no Centro de Uberlândia, é um exemplo de empresário jovem que sai do perfil imaginário habitual. Com 24 anos, para muitos, Luciano Jorge surpreende, pois está longe da faixa etária acima de 40
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Cambraia continua ligado ao esporte
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Breda deixou a carreira de bancário e se tornou dono de gráfica
dia ocorreu após Luciano Jorge voltar ao Brasil, depois de uma temporada de estudos na Europa. Ele fazia curso de graduação em Designer Industrial no Mackenzie, em São Paulo, em 2009. No ano seguinte decidiu mudar de área e de país. Foi para Bruxelas estudar na Escola de Artes Visuais da Bélgica, onde terminou o curso no início de 2013. Ao retornar ao Brasil, resolveu vir para Uberlândia, cidade na qual seu irmão estava. “Ele fazia curso de gestão na Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Tínhamos um capital reservado e decidimos investi-lo. Montamos o Frango Frites e aplicamos, neste negócio, os conhecimentos que tínhamos”, diz Luciano Jorge. “Ele dominava gestão e eu tinha a técnica para desenvolver o visual, além do conhecimento em culinária”, afirma o proprietário do estabelecimento. O resultado da ousadia e da influên-
cia jovial, segundo Luciano Jorge, foi um fast-food que tem como destaque receitas com carne de frango frito, oferecendo no cerrado mineiro um cardápio muito popular nos Estados Unidos. E com perspectivas de crescimento. “Quero franquear este negócio. A ideia é ter a primeira franquia até o fim deste ano. E desenvolver, também, uma linha express para shopping”, diz. DAS QUADRAS PARA O BUSINESS Outro perfil empresarial que chama a atenção em Uberlândia é o do empresário Luis Henrique Miranda Cambraia, que foi mostrado em reportagem publicada pelo CORREIO de Uberlândia, em dezembro de 2011, na seção de empreendedorismo. Ele deixou a prática profissional do esporte e passou a ser um empreendedor na mesma área. O ex-jogador de basquete, que teve
uma teve uma carreira de sucesso como ala – chegou até a seleção brasileira e conquistou vários títulos no time masculino do Uberlândia -, é proprietário desde agosto de 2008 de uma indústria na cidade mineira. A empresa confecciona uniformes e roupas esportivas para tradicionais equipes do vôlei. O sucesso da marca Cambs e das confecções das roupas feitas pela empresa de Cambraia correu o país. Hoje, mais de seis anos após a abertura da indústria, ela fornece os uniformes para clubes de futebol e para corredores do atletismo profissional. “Pesquisei bastante sobre o ramo em que atuo empresarialmente, para obter sucesso como tenho hoje. Tive tempo para buscar as informações necessárias e isso foi decisivo. O fato de continuar ligado ao esporte, também agilizou minha adaptação”, disse.
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PAULO AUGUSTO - 22/08/2011
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INICIATIVA
MUDANÇA DE ÁREA ESTIMULA DONO DE GRÁFICA A trajetória de José Oscar Bredariol, o Breda, no mundo dos negócios também demonstra que Uberlândia tem diferentes perfis empresariais que chamam a atenção de quem olha para o mercado. Em 1987, ele trocou de área profissional, deixando a função de bancário, e passou a atuar em um ramo que não conhecia. A alteração não o intimidou, mas, ao contrário, o estimulou. Hoje, ele tem a Gráfica Breda, consolidada no bairro Osvaldo Rezende, no setor central. “Eu trabalhava no Citibank e prestava assessoria para o proprietário da Gráfica Santa Mônica, que enfrentava, naquele período, dificuldades financeiras. Acreditei
ser um bom negócio me tornar sócio dele e minha escolha deu certo”, afirmou Breda, que, em 1987, se tornou sócio da Gráfica Santa Mônica, cujo controle assumiu no mesmo ano, seis meses depois do início da sociedade. Em 1989, a empresa passou a se chamar Gráfica Breda, nome que permanece até hoje. Com a experiência de 21 anos de trabalho na área financeira, realizado no Citibank, onde era bancário, Breda disse que o planejamento da área administrativa de uma empresa é o primeiro passo para o sucesso. E é a este trunfo que ele credita o crescimento de seus empreendimentos. “O aprendizado
que tive no banco me mostrou, muitas vezes, o caminho a seguir nesta minha segunda vida profissional.” Em cerca de 15 anos, de 1990 a 2005, Breda comprou quatro impressoras offset. E, nos últimos anos, obteve mais uma conquista no setor, ao adquirir o sistema CTP, que permite fazer a gravação de chapa pelo computador. “Poucas gráficas da região possuem esse sistema, que exigiu um investimento de R$ 200 mil”, diz o empresário, que contratou mais dois funcionários para operar a tecnologia, chegando a 45 empregados no quadro profissional.
MULHERES Outro diferente perfil empresarial é o das mulheres empreendedoras. Dos cerca de 6 milhões de micro e pequenas empresas existentes no País, 35% são lideradas por pessoas do sexo feminino, segundo dados do Sebrae. Entre os novos negócios, 52% dos empreendedores com menos de três anos e meio de atividade são do sexo feminino, ainda de acordo com o mesmo levantamento. No País e em Uberlândia, as mulheres apa-
recem cada vez mais no contexto empresarial. E um exemplo desse perfil é Alzira Almeida, que fez da educação o seu negócio. Após mais de 30 anos como professora universitária e participando da diretoria de um centro universitário de Uberlândia, ela e três professoras fundaram o Rhaízes, um espaço de formação e capacitação contínua. Para Alzira Almeida, os sinais do mercado, controlar custos e inovar os processos, são decisivos
para se ter sucesso nos negócios. “Para empresários e empreendedores, pensar os negócios pressupõe utilizar os conhecimentos técnicos e reconhecer suas potencialidades e limites”, afirmou a psicóloga Alzira Almeida, que também é mestre em política, planejamento e gestão da educação. “É esse conjunto de conhecimentos que dá origem ao discernimento tão necessário à qualidade das decisões que precisam ser tomadas a todo instante”, disse a empresária.
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Alzira Almeida fez da educação o seu negócio
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ARTIGO VOCÊ JÁ PLANEJOU SUA CARREIRA PARA 2016? *POR DOLORES AFFONSO
É
isso mesmo. Não é um erro de digitação, nem você leu errado! Estou falando do planejamento da sua carreira para 2016 sim. Se você deseja estar em um nível diferente, numa outra empresa, num cargo específico; ou seja, ter o sucesso que você quer em 2016, precisa começar a se mexer já! Isso não significa que o ano de 2015 está perdido ou será só de planos; muito pelo contrário, será de planejamento e aplicação prática! Mas o planejamento tem que começar agora. Você deve saber que todas as empresas que não querem ficar “apagando incêndios” diariamente fazem planejamentos de curto, médio e longo prazos, que são revistos periodicamente e constantemente adaptados à nova realidade. E você? Tem feito isso com sua carreira? Todo profissional que não quer ficar para trás e que tem objetivos definidos deve fazer o mesmo. Você já deve ter ouvido falar que, num bom planejamento, as empresas avaliam o mercado, buscando oportunidades que possam aproveitar e ameaças que devem evitar e se avaliam internamente, observando as forças que precisam manter e as fraquezas que devem superar. Para isso, costumam usar a Matriz SWOT. A Matriz SWOT - Forças (Strengths), Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças
(Threats) - tem o objetivo de ajudar nesta análise e na construção de cenários para planejamento das ações. Na gestão de carreira, com um coaching, é possível fazer o mesmo: planejar, construir cenários e realizar ações, alcançando os objetivos. Para você entender melhor e começar já a aplicar as ferramentas de coaching para obter os resultados que almeja e estar no patamar que deseja em 2016, ou quem sabe ainda em 2015, compartilho uma das ferramentas mais poderosas: a Matriz SWOT. Transportando a matriz empresarial para sua carreira, podemos considerar que: Análise Externa: diz respeito ao mercado de trabalho, com suas oportunidades e ameaças. Neste contexto, você deve analisar e listar todas as oportunidades: novas posições na empresa, outras empresas, novos nichos, novas leis, ou seja, os movimentos do mercado. Com relação às ameaças, deve ficar atento aos concorrentes diretos e indiretos dentro da empresa e fora dela, mudanças na empresa, movimentos do mercado etc. Análise Interna: diz respeito a você, seus pontos fortes e fracos. Deve ser muito sincero e crítico consigo mesmo nesta etapa, pois é preciso analisar-se com cuidado. Liste suas habilidades, competências, po-
tencial, mas avalie também suas dificuldades e limitações em todas as áreas. Após listar tudo isso, reflita sobre cada quadrante que combina: Fraquezas e Ameaças: identifique como suas fraquezas, se combinadas às ameaças, podem prejudicar sua carreira e como você pode diminuir este impacto negativo. Trabalhe nas suas fraquezas, melhorando-as. Busque um novo conhecimento, uma nova habilidade etc. Fraquezas e Oportunidades: desenvolva estratégias que possam minimizar os pontos fracos, juntamente com o aproveitamento das oportunidades. Busque crescimento, desenvolvimento, mudança. Forças e Ameaças: tire o máximo proveito dos seus pontos fortes. Use-os para minimizar as ameaças. Utilize suas competências e habilidades. Força e Oportunidades: aproveite ao máximo as oportunidades, sempre usando seus pontos fortes para potencializá-las. Pense nisso, aplique e veja os resultados em sua carreira! *Dolores Affonso é coach, palestrante, consultora, designer instrucional, professora e idealizadora do Congresso de Acessibilidade. Especialista em Marketing pela FGV e em Design Instrucional para EaD pela Facel, é graduada em Administração de Empresas e pós-graduanda em Educação Especial pela UCDB. www.congressodeacessibilidade.com.br.
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Estudantes do Colégio Nacional têm aulas sobre economia
ORIENTAÇÃO FORMAÇÃO
A
dministrar o orçamento de uma família é uma tarefa que muitas pessoas consideram difícil, mesmo fazendo esse trabalho há décadas. Mas, para crianças que aprendem ainda na escola esta atividade, ela pode se tornar fácil com o passar do tempo. É o caso de Francisco Queiroz Borges, 8 anos, em Uberlândia, que teve aula de noções de economia no segundo ano do ensino fundamental no Colégio Nacional.
NOÇÕES DE ECONOMIA COMEÇAM NA
ESCOLA POR FERNANDO NATÁLIO
ALUNOS DO SEGUNDO ANO PARTICIPAM DE PROJETO QUE ENSINA A POUPAR DINHEIRO E A GASTAR DE FORMA PLANEJADA
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Na instituição em que ele estuda, em agosto do ano passado, foi desenvolvida uma atividade chamada Quem poupa tem, que visava fazer o estudante conhecer o valor da moeda. A iniciativa ganhou força, segundo a professora Ellen Bahia Pereira, responsável pelo ensino. Por isso, passou a ter como meta fazer com que os alunos aprendessem a economizar na prática. Para a produtora de eventos corporativos Ismália Queiroz, mãe de Francisco, a atividade, também chamada de Projeto do Cofrinho, fez com que seu filho passasse a ter consciência da importância do dinheiro. E também da necessidade de controlar os gastos. “É claro que isso será reforçado à medida que o tempo passar, pois depende da maturidade. Mas, hoje, ele (Francisco) já tem noções de como guardar o dinheiro e como gastá-lo de forma adequada, sem excessos”, diz. “Além disso, sabe que é difícil economizar e conhece formas interessantes para empregá-lo”, afirma. Ainda de acordo com Ismália Queiroz, além do ensinamento escolar, seu filho recebe noções de economia ainda na infância também em casa, com a ajuda do pai, o gerente comercial André Borges. “Eu e ele orientamos nossos filhos (além de Francisco, Ana Clara Queiroz Borges, de 5 anos) sobre como guardar um pouco de dinheiro, para que isso seja mais fácil para eles no futuro. Também vamos dando, aos poucos, independência a eles”, diz. “Mas, não transferimos as responsabilidades econômicas a eles. Fazemos esse trabalho de forma moderada”, afirma a mãe de Francisco e Ana Clara. Para Francisco Queiroz Borges, que tinha 7 anos quando participou do projeto, esta foi a chance de se diver-
tir com os colegas de classe em um passeio por um shopping da cidade e ainda fazer uma ação social. “Fomos no cinema e comemos um lanche com o dinheiro que economizamos e, como sobrou um pouco, compramos duas cestas básicas para ajudar pessoas que precisavam.” De acordo com a professora Ellen Pereira, para realizar esta programação, as crianças planejaram o passeio. “Elas fizeram pesquisas de preços para achar um lanche bom, mas em conta. Escolheram o cinema, en-
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tre esta opção e uma pizzaria, e calcularam o que daria para fazer com o dinheiro que sobrou”, afirma. Participaram do projeto 27 crianças, que pouparam, inicialmente, cerca de R$ 600. “Foi uma ação bastante positiva, que servirá de aprendizado do meu filho para o resto da vida dele”, diz a psicóloga Débora Vieira Andrade Cury, mãe de Rafael Andrade Cury, estudante que também participou do Quem poupa tem.
Rafael Andrade Cury(E) e Francisco Queiroz Borges participaram do projeto Quem poupa tem
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ATIVIDADE PRÁTICA SERÁ MANTIDA EM 2015 O resultado positivo do projeto Quem poupa tem, iniciado em agosto de 2014 no segundo ano do Colégio Nacional, fez com que a atividade ganhasse força e fosse mantida em 2015. A nova edição será realizada, mais uma vez, no segundo semestre, afirma a professora responsável pela iniciativa Ellen Bahia Pereira. “Em 2014, os estudantes entenderam que, para fazer o dinheiro render, tinham que ir ao cinema no dia mais barato. Também encontraram, entre muitas opções com preços variados, um lanche que cabia no orçamento deles”, diz. “É isso que queremos mostrar às crianças, que com controle financeiro, eles podem multiplicar o dinheiro. E fazemos isso de forma simples, fácil de entender, mas sem colocar o peso da responsabilidade neles,
pois são crianças”, afirma a professora. Ainda segundo Ellen Pereira, a atividade desenvolvida em 2014, também chamada de Projeto do Cofrinho, era para durar até setembro, ou seja, durante dois meses. Mas, ainda de acordo com a professora, como as crianças foram gostando da iniciativa, ela foi esticada até dezembro, permanecendo durante cinco meses, o que deve ocorrer, novamente, em 2015. “As crianças têm capacidade maior que a gente pensa. Aprendem rapidamente a trabalhar com orçamentos, quando isso é apresentado a eles na prática”, diz. “E o melhor é que os pais dos alunos também gostaram deste conteúdo. Disseram que perceberam o entendimento de seus filhos sobre aquilo que explicamos”, afirma Ellen Pereira.
Também de acordo com a professora, no início, o projeto, que contava com alunos de 6 e 7 anos, ensinava o valor do dinheiro em espécie. “Mostrávamos que precisava juntar 10 moedas de R$ 0,10 para alcançar R$ 1, 10 moedas de R$ 1 para chegar a R$ 10, e assim por diante. Mas, depois, como sentimos que os alunos já estavam dominando o conteúdo, aprofundamos e os levamos para a economia prática”, diz. Na sequência, os estudantes participantes do Projeto do Cofrinho passaram a poupar dinheiro, e, com o valor economizado (cerca de R$ 600), foram ao cinema. Depois, comeram um lanche na praça de alimentação de um shopping da cidade. E, ainda, compraram duas cestas básicas com o dinheiro que sobrou e doaram os alimentos para pessoas carentes. FOTOS DIVULGAÇÃO
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QUEM POUPA TEM
Francisco e Ana Clara, com seus pais, Ismália e André
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Professora Ellen Bahia orienta alunos no Projeto do Cofrinho
AVALIAÇÃO
PAIS APONTAM APRENDIZAGENS E GANHOS PARA FILHOS Os pais dos alunos participantes do projeto Quem poupa tem, que ensina noções de economia aos alunos do segundo ano de um colégio de Uberlândia, apontam os ganhos que seus filhos tiveram com o ensinamento. No segundo semestre de 2014, eles foram ao cinema, comeram lanche e compraram cestas básicas com o montante poupado. “Meu filho Rafael (Andrade Cury), que tem 8 anos, aprendeu bastante com a atividade e a busca dele por segurar o dinheiro para ajudar sua turma a reunir o valor necessário para fazer um passeio no shopping
foi tão boa que estimulou meu outro filho. O Henrique (Andrade Cury), que na época tinha 4 anos e agora está com 5, ajudou o Rafael a economizar”, diz a psicóloga Débora Vieira Andrade Cury, mãe de Rafael. Ainda segundo a psicóloga, junto com seu marido, o advogado Marcelo Balli Cury, ela tenta manter os ensinamentos financeiros iniciados na escola, agora, no âmbito familiar. “É algo que vamos fazendo aos poucos, não só com o Rafael e com o Henrique, mas também com nossa outra filha, a Maitê (Andrade Cury), que tem 3 anos”, afirma.
“Parece pouco o que estas crianças fizeram, mas não, foi uma conquista delas, inclusive, com valor social, pois fizeram doações de cestas básicas. Foi um dia especial, projetado durante parte do ano, que se tornou realidade”, diz Ismália Queiroz, mãe de Francisco Queiroz Borges, que, assim como Rafael Cury, também participou do projeto do Cofrinho. “Eles levarão essa experiência e o conhecimento que alcançaram para a vida profissional e pessoal. Foi muito bacana, pois tiveram ganhos nas áreas da matemática, social e de empreendedorismo”, afirma.
REPERCUSSÃO LISTA
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CLEITON BORGES
Chris Graef é personal coach em Uberlândia
OS 30 PRODÍGIOS
DO BRASIL POR ADREANA OLIVEIRA
ANTES DOS 30 ANOS ELES SE DESTACAM EM SUAS PROFISSÕES. SAIBA COMO E POR QUÊ
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les têm menos de 30 anos e são destaques em suas áreas. Alguns, são referência no mercado, seja arte, internet, gastronomia ou comércio virtual. A lista da revista “Forbes” publicada em fevereiro deste ano mostra quem são os 30 prodígios brasileiros - 37, se contarmos os sócios citados. No entretenimento, estão nomes que vão dos cantores Mallu Magalhães a Lucas Lucco, passando pela atriz Marina Ruy Barbosa e o ator e cantor Tiago Abravanel. Esses têm rosto conhecido do grande público e trabalham muito com a imagem. Por outro lado, há nomes dos quais poucos devem ter ouvido falar, como Felipe Cataldi e Luan Gabellini, sócios fundadores da Betalabs, empresa que desenvolve software na nuvem, sistema de gestão online e plataforma e-commerce que alcançou sucesso nacional. A diversidade da lista não é uma novidade, mas o que essas pessoas têm em comum? Como chegaram a esta lista? E você, jovem brasileiro, o que pode fazer para figurar nela? O que esta lista diz sobre o mercado para os jovens no Brasil atualmente? Segundo a personal coach Chris Graef, de Uberlândia, o mercado brasileiro sempre gera oportunidades em todas as áreas e em determinadas épocas algumas estão mais em evidência, devido ao aumento de demanda. “O que precisa ser ressaltado é que em todas as áreas é sempre bom descobrir quais são as nossas reais habilidades e aprimorá-las para nos mantermos competitivos”, diz a profissional. Para ela, o mundo oferece hoje recursos que nos colocam um passo
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à frente de gerações anteriores. Esses recursos são o acesso à internet, a conexão e interação nas mídias sociais, a facilidade de acesso à informação, que, se bem usadas por jovens brasileiros, podem ser considerados privilégios. “Podemos mais hoje se soubermos usar a era da informação para chegarmos
à era da sabedoria” afirma. Porém, para que esses jovens não caiam no ostracismo e mantenham o sucesso, é preciso não tirar os olhos de si. “O mercado nunca esteve tão competitivo, por isso é preciso lembrar e praticar a capacidade de autorrenovação. O ostracismo ou a obsolescência se devem à aco-
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modação que gera autoconfiança demasiada; e assim estacionados na zona de conforto proporcionamos que outros passem à nossa frente”, diz a coach Chris Graef. Para ela, inovar é a palavra do momento. E inovação, juntamente com a renovação, encanta independente da idade ou da conta bancária.
IMAGEM
No mercado da arte e entretenimento a imagem é muito importante. Os jovens brasileiros abaixo dos 30 anos considerados prodígio pela “Forbes” nesse segmento precisam tomar cuidado para não se tornarem escravos da imagem ou da beleza. Chris Graef, personal coach, afirma que o marketing pessoal é fundamental independentemente da profissão e da imagem física. “O conceito de beleza e juventude é amplo. O que eu posso como coach orientar é que a imagem jovem e bela deve estar alicerçada em valores e comportamentos positivos”, afirma. E ela completa que beleza sem educação, humildade, gentileza, um bom e verdadeiro sorriso, será sempre somente beleza. “E isso passa. Escravidão aprisiona e nunca é bom estar aprisionado. Imagem com leveza e felicidade liberta, impulsiona e nos faz mais amados e aceitos sempre.” Os 30 prodígios da “Forbes” listada em 2015 têm a paixão pelo que fazem e o foco na sequência da carreira. A atriz Marina Ruy Barbosa, que recentemente interpretou Maria Ísis na novela “Império”, da TV Globo, em horário nobre, disse que tem calma na gestão da carreira. “Sei bem o que quero. Pretendo cursar uma faculdade de cinema”, diz a atriz à “Forbes”.
TV GLOBO/DIVULGAÇÃO
CONCEITO DE BELEZA E JUVENTUDE É AMPLO
Maria Ísis colocou Marina Ruy Barbosa novamente na mídia
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SAIBA MAIS
PERSONAL COACH AJUDA A DIRECIONAR A CARREIRA E AJUDA NA HORA DE MUDAR DE RAMO As orientações de carreira recebem o nome de coaching (treinamento, em tradução livre). Segundo a coach Chris Graef, são processos divididos em sessões nas quais o foco é identificar o estado atual (EA) da pessoa e aonde ela deseja chegar, o estado desejado (ED). O objetivo do processo de coaching faz o indivíduo conhecer bem o caminho que vai trilhar por meio de metas e estratégias. “Todos podemos chegar onde desejamos, mas dificilmente na correria diária paramos para dar
atenção à nossa carreira e em projetos pessoais ou profissionais e por isso ter um professional coach e um horário definido semanal para pensarmos estrategicamente é um investimento diferenciado”, diz Chris Graef. A filosofia de trabalho de Chris é fazer com que os cliente se encontrem primeiramente enquanto pessoas. “É alcançar o autoconhecimento.” Assim percebam o que mais gostam de fazer e como gostam de colocar em prática suas habilidades.
Em alguns casos as pessoas podem querer mudar de profissão ou de ramo de atividade e isso é discutido nas sessões de coaching. Os clientes da coach são estudantes, funcionários de empresas, empresários, profissionais liberais que têm idades e planos de vida diferentes. “Têm de 15 a 80 anos. Independentemente da idade, eles estão em busca de aprimoramento constante. Em comum, eles possuem uma característica latente: a vontade de empreender diariamente.”
SERTANEJO UNIVERSITÁRIO
LUCAS LUCCO TRANSFORMOU SONHO EM TRABALHO Assim como Marina Ruy Babosa, o cantor mineiro Lucas Lucco tem o foco na carreira e acredita no sonho. À revista CORREIO NEGÓCIOS o cantor mineiro, que completou 24 anos recentemente, disse que o importante é, quando se tem um sonho, não desistir; se cercar de pessoas que podem te ajudar em áreas nas quais o seu domínio não é total e sempre valorizar aqueles que te apoiaram. Natural de Patrocínio, cidade a cerca de 100 km de Uberlândia, ele tem dois discos lançados, “Nem te conto” (2013) e “Tá diferente” (2014). Considerado um expoente do sertanejo universitário, em pouco tempo de carreira ele conseguiu atingir milhões de jovens em todo o Brasil com sua música. É presença obrigatória em festivais por todo o país e suas músicas estão entre as mais tocadas nas rádios. Tem ainda as
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participações em diversos programas de TV, o que ajuda, e muito, na divulgação do trabalho do cantor e compositor que começou a tocar violão aos 10 anos de idade e hoje vive de sua arte. Antes, trabalhou como office boy, vendedor, modelo e produtor de eventos. Confira a entrevista com Lucas Lucco
Lucas Lucco está entre os 30 prodígios brasileiros
REVISTA CORREIO NEGÓCIOS: Lucas, quando começou sua carreira, imaginava atingir tanto sucesso e ser citado em uma lista de uma revista como a “Forbes”, principalmente entre os 30 jovens prodígios brasileiros? Como se sentiu quando recebeu a notícia? LUCAS LUCCO: Me senti muito honrado , surpreso e feliz por saber que
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“SEJA DIFERENTE E FAÇA DIFERENTE DOS DEMAIS” LUCAS LUCCO
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CONFIRA A LISTA DOS 30 PRODÍGIOS BRASILEIROS ABAIXO DOS 30* • Mallu Magalhães, 22 anos - cantora e compositora • Bruno Queiroz, 24 anos - criador da The Original Cupcake • Gabriel Medina, 21 anos - surfista • Igor Faria, 21 anos - produtor
isto é fruto do meu trabalho e da realização de um sonho meu que é ser cantor. É um grande reconhecimento ser lembrado por uma revista conceituada como a “Forbes” e com menos de três anos de carreira conseguir levar a minha música por todo Brasil. Só tenho a agradecer à “Forbes”, minha família por me apoiar e a todos os profissionais envolvidos neste projeto.
• Luan Santana, 23 anos - cantor sertanejo • Felipe Cataldi e Luan Gabellini, 25 anos - fundadores da Betalabs • Thiago Castanho, 27 anos - chef de cozinha • Marina Ruy Barbosa, 19 anos - atriz • Chay Suede, 22 anos - ator e músico • Bella Falconi, 29 anos - empresária • Fabiana Justus, 28 anos - empresária (Pop Up Store) • Rene Silva, 21 anos - presidente da ONG Voz das Comunidades • Everton Ribeiro, 25 anos - jogador de futebol • Camila Coutinho, 27 anos - blogueira
Tem alguém que o ajuda a administrar sua carreira também financeiramente falando? E o que pretende fazer para que a fama não seja passageira? Como pretende potencializar sua carreira de forma sólida e por longos anos? Estou com a FS Produções Artísticas (Fernando & Sorocaba), que administra minha carreira artística juntamente com Rodrigo Peres do grupo AGT , aqui também da região, em Patos de Minas. A minha gravadora, Sony, também gerencia um pouco desta parte e faz minha agenda de imprensa; e meu pai Paulo Roberto administra minhas finanças. Ainda sou novo e com pouco tempo de carreira, pretendo compor e cantar muito, acho que estou no caminho certo pra continuar por um bom tempo no meio musical. Só manter a cabeça no lugar e como disse anteriormente ser diferente no meio, Valorizar quem está do seu lado e agradecer a todos pelo carinho que você recebe.
• Tiago Abravanel, 27 anos - ator e cantor • Mariana Penazzo, 27 anos e Barbara Diniz, 29 anos - fundadoras da Dress & Go • Helena Bordon, 28 anos - blogueira • Lucas Lucco, 24 anos - cantor • Pedro Franceschi, 18 anos e Henrique Dubugras, 19 anos - fundadores da Pagar.me • João Pedro Motta, 19 anos - criador do Plaay • Lais Tavares, 25 anos - designer • Caio Guimarães, 24 anos - inventor • Rafael Belmonte e Daniel Arcoverde, ambos com 25 anos - fundadores da NetShow.me • Roberta Vasconcellos, 26 anos - CEO da Tysdo • Gean Chu e Gilberto Veron, ambos com 25 anos - fundadores da Los Paleteros • Amanda Gomes, 19 anos - bailarina • Rodrigo Salvador, 25 anos e André Simões, 28 anos - fundadores do Passei Direto • Etiene Medeiros, 23 anos - nadadora • Felipe Buranello, 27 anos e Eduardo Pirré, 25 anos - sócios da Maria Brasileira • Tássia Magalhães, 25 anos - chef de cozinha *Fonte: Revista FORBES-fevereiro de 2015
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ARTIGO
ATENDIMENTO MÁGICO:
COMO SURPREENDER E ENCANTAR O CLIENTE *POR ERIK PENNA
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ma das principais atitudes do empreendedor de sucesso é atrair, reter e encantar seus clientes internos e externos. Mas será que para encantar e surpreender nossos clientes precisamos de muito dinheiro? Em um dia descontraído de passeio com minha família, descobri a resposta para essa pergunta. Eu e minha filha Mariana estávamos no parque Magic Kingdom da Disney, em Orlando, esperando na fila para embarcar na atração Dumbo. Durante a espera, minha filha avistou e me pediu um sorvete com a forma da cabeça do Mickey. Saí correndo para comprar e voltei bem na hora da nossa vez. Acontece que, o funcionário responsável pela atração, nos advertiu de que não poderíamos ingressar no brinquedo com o sorvete. Nessa hora em que a decepção de minha filha se misturava com sua expectativa, outro funcionário da Disney observando o que se passara, disse a ela para não ficar triste, pois ele seria o guardião do sorvete, e que, ao final da atração, ele estaria lá, esperando por ela na saída com o sorvete intacto. Ela adorou a ideia, subimos no elefantinho voador, e eu fiquei pensando como ele faria para entregar o sorvete intacto para a Mariana após cinco minutos de exposição ao intenso
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calor da Flórida. Esgotado nosso tempo no brinquedo, Mariana saiu correndo para encontrar o funcionário e ficou surpresa quando ele apareceu de repente e lhe entregou o sorvete novinho conforme prometido. Ela saiu pulando de alegria e eu perguntei ao funcionário como ele havia conseguido tal proeza.Ele respondeu: sempre queremos propiciar momentos mágicos aos convidados Disney, meu líder me dá autonomia para eu tomar decisões para que isso aconteça. Então, fiquei observando o brinquedo e, quando sua filha veio correndo em minha direção, peguei um sorvete novo no carrinho, tirei a embalagem e entreguei a ela”. Fantástico, com menos de US$ 3 eles conseguiram surpreender e encantar! Não é por acaso que, conforme pesquisa da APCO Worldwide, a Disney é a marca mais amada do planeta. Precisamos levar mais a sério o pensamento de Alan Ryan: “Não trabalhamos apenas para ganhar dinheiro, mas para encontrar o significado de nossas vidas. O que fazemos é grande parte do que somos.”. Repare que, com o advento e crescimento constante do comércio eletrônico, as lojas físicas terão que se aprimorar, principalmente no atendimento ao cliente, se quiserem sobreviver. Devem especializar-se no pós-
-venda, no relacionamento com as pessoas, proporcionando experiências diferenciadas e, sobretudo, descobrindo, contratando e retendo pessoas que fazem a diferença com atitudes que contribuem para melhores resultados da organização. Fazer o fácil, muita gente faz. Fazer o que é preciso, ou algo mais, isso pouca gente faz. Somente os profissionais extraordinários, capacitados e apaixonados pela profissão oferecem um verdadeiro atendimento mágico e, assim, encantam e fidelizam. *Erik Penna é especialista em vendas, consultor, palestrante e autor dos livros “A divertida arte de vender” e “Motivação Nota 10”. Site: www.erikpenna.com.br.
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