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Director: Luís Miguel Ferraz | Mensal | Ano XX | Edição 228 | Junho de 2016
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P. 2 e 28| Três dias de festa
• Reportagem da festa • Entrega da igreja pelo pároco • Homilia da Missa • Explicação dos ritos • Incenso veio de Omã • As contas e os agradecimentos • Apresentação feita pela Comissão
Centro Recreativo celebra 47 anos P. 3 e 28| Fim de ano pastoral
Comunidade cristã organiza espectáculo de dança e ginástica e uma sardinhada
P. 10 | Juramento de bandeira
Voluntários com mais 8 bombeiros
P. 19 | Com colega da Batalha
Estudante da Golpilheira vence concurso internacional
Golpilheira em festa com dedicação da igreja P. 4 | Grande certame regional
VII Torneio da Amizade fez justiça ao nome
P. 9 | Escolas da Golpilheira em convívio
P. 16 e 17 | Antigos alunos organizaram
Pais e filhos a brincar juntos
LMF
FIABA com cariz autêntico
LMF
P. 21 | Veteranos do CRG
Homenagem à professora Cândida
MCR
António Guerra
P. 5 a 8 | Bispo diocesano presidiu à celebração
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. abertura . história .
.editorial.
Jornal da Golpilheira
.história.
Um projecto para Portugal 10
Luís Miguel Ferraz Director
Centro há 47 anos Nesta edição, uma vez mais e por motivos óbvios, tem especial destaque a Comunidade Cristã da Golpilheira. Sobre o assunto, não é preciso dizer muito mais do que está dito nas quatro páginas em que a dedicação da Igreja de Nossa Senhora de Fátima tem lugar reservado. Este é um motivo de festa e de orgulho para toda a população da freguesia, tal como o são todas as instituições e iniciativas que promovem o desenvolvimento e a melhoria das condições de vida das nossas gentes. É o caso, também óbvio, do Centro Recreativo da Golpilheira, que há 47 anos tem sido um verdadeiro obreiro da cultura, do desporto, da diversão e do associativismo em geral. Por isso e porque vai festejar mais um aniversário nos próximos dias 15 a 18 de Julho, viramos para aí o nosso olhar. É importante que, tal como tem acontecido nos últimos meses com a Igreja, saibamos unir-nos para manter e fazer crescer a nossa colectividade. A população que servem ambas as instituições é a mesma e devemos saber acarinhá-las com o mesmo empenho. Por isso, aqui fica o apelo a que ajudemos a fazer a festa e participemos nas várias propostas do programa (ver última página). Vemo-nos lá... divulgação/apoio
Junho de 2016
Evidentemente que a Cultura não é só a Cultura Portuguesa, mas a um departamento ministerial da Cultura em Portugal compete, sobretudo, a prática, a defesa e a difusão da Cultura Portuguesa, porque se não o fizer não serão, com certeza, os organismos estrangeiros a fazê-lo. Infelizmente, não é o que tem acontecido. O Idioma, a Etnografia e o Património histórico não têm sido preocupações ministeriais entre nós, e isto repete-se com todos os governos. A Língua Portuguesa já quase não tem quem a use com os cuidados, o carinho, as atenções e o orgulho que nos deveria merecer o nosso principal valor identificativo. Não falo já do famigerado acordo ortográfico, cheio de incongruências, que se teima em manter, mas, e faço-o com tristeza e indignação, da inconcebível descaracterização e do lamentável empobrecimento do Idioma causados pela invasão maciça dos vocábulos ingleses que estão a eliminar, sistematicamente, todos os bons e expressivos termos portugueses. (Exemplos: hall – átrio, vestíbulo, entrada; shopping – centro comercial, armazéns; workshop – oficina, oficina de ideias, oficina de artes, mostra/venda; breakfast – primeiro almoço, pequeno almoço; party – festa, festa familiar, convívio, mas também grupo ou partido; ticket – talão, senha, bilhete; etc. ; etc.). A Etnografia e o Folclore são vistos pela gente do Poder como manifestações marginais e como tal ignorados. Não obstante a sua aparente simplicidade e as fragilidades de alguns dos seus praticantes, que não tiveram o cuidado de se esclarecer e de se dar ao trabalho de investigar, o
Pagela com selo editada há pouco pelos Correios, com a imagem dos magníficos painéis de S. Vicente, expressão máxima da Pintura Portuguesa do Século XV. Os Painéis pertencem ao Museu Nacional de Arte Antiga, de Lisboa.
Folclore é a expressão do melhor que há na alma popular e que frequentemente se reveste de aspectos surpreendentes, com um sentido não apenas festivo mas artístico e filosófico com indiscutível profundidade. O Património histórico não integra somente os grandes monumentos. Incluem-se nele, e são dele parte inseparável, os pequenos templos aldeãos, que continuam a ser destruídos sem ninguém que lhes valha, as inúmeras estações arqueológicas espalhadas pelo País, umas ao abandono, outras propositadamente escondidas e desmanteladas, os edifícios com carácter arquitectónico e história, em perigo de ruína ou já efectivamente arruinados, transformados e mal ocupados. Os exemplos são tantos, só na nossa região, que não chegariam todas as páginas de Jornal para os enumerar. O património que já está classificado (e há muito ainda por classificar) devia ser sujeito a obrigações particulares e oficiais na manutenção rigorosa do seu traçado, na ocupação que não deve colidir com a sua natureza ou prejudicar a sua conservação e na definição e
protecção efectivas do seu espaço. E, evidentemente, merecer o interesse e o apoio dos Governos, sobretudo dos seus Ministérios da Cultura, que repito o devem ser, particularmente, da Cultura Portuguesa.
11 A classificação oficial do Mosteiro de Santa Maria da Vitória como panteão nacional é, no fundo, a verificação duma realidade: o Mosteiro já era um panteão nacional, guardião de algumas das maiores figuras da História Pátria, e este aspecto nunca colidiu com a primeira natureza do Monumento: a religiosa, santuário que foi erguido em honra da Santíssima Virgem na sua invocação da Vitória. Por vezes, tende-se a esquecer esta sua natureza que é profundamente marcante e que nos cria obrigações especiais de respeito e que deveria suscitar algumas normas que no futuro evitem a desvirtuação dum espaço que é duplamente sagrado pelo espírito religioso que o insufla e pela História que exprime. José Travaços Santos
Jornal da Golpilheira
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. campanha .
Junho de 2016
Encerramento do ano pastoral na CCG
Agora que a obra está pronta...
Dança, ginástica e sardinhada
O seu donativo é mais CAMPANHA 200 telhas! necessário do que nunca
A melhor recompensa será a bênção de Deus, que conhece a intenção e o coração de cada um!
Donativos e empréstimos recebidos (objectivo: 200 mil euros)
NOME
Donativos Campanha Telhas
Saldo 2015 24.000,00 € Saldo Janeiro 2016 2.000,00 € Saldo Fevereiro 2016 2.000,00 € Saldo Março 2016 2.000,00 € Saldo Abril 2016 4.000,00 € Saldo Maio 2016 3.000,00 € Luís de Sousa Guerra – Paramentos Luís Miguel Ferraz – Evangeliário Licínio Monteiro – Lavanda Artur Jorge Monteiro – Forro e véu sacrário e panos António Lúcio Bagagem – Recuperação sacrário Joaquim Monteiro – Cálice, Missal e castiçais Anónimo - 1 Píxide + 2 bandejas Maria da Purificação Bagagem Alexandra Margarida Henriques Monteiro José Bento Monteiro Joaquim Lopes da Cruz 1.000,00 € Família de Luís Bento Monteiro Câmara Municipal da Batalha Irmã Margarida Vieira de Sousa César António Matos Gaspar 1.000,00 € Maria Lurdes Vieira Fernandes Mário Jesus Ferreira 1.000,00 € Joaquim Vieira Fernandes Anónimos Totais
40.000,00 €
OUTROS 885,00 € 6.347,87 € 285,00 € 1.180,00 € 24.080,00 € 13.570,00 € 385,00 € 101,00 € 160,00 € 320,00 € 840,00 € 789,20 € 203,90 € 2.000,00 € 100,00 € 53,00 €
Empréstimo 2.000,00 € 1.000,00 € 60.000,00 € 1.000,00 €
1.000,00 € 15.000,00 € 20,00 € DR
Vamos todos ajudar para garantir os fundos necessários sem recorrer à banca... Ainda precisamos de cerca de 90 mil euros. Temos telhas que sairam do velho telhado por donativos de 1.000 euros. Fique com esta recordação da cobertura que serviu a casa de Deus durante mais de meio século! Estas telhas representam o trabalho dos nossos pais e avós que sob elas rezaram... Cada telha será emoldurada e levará uma dedicatória desta campanha. Como é óbvio, além desta campanha, aceitamos donativos ou empréstimos de qualquer valor. Será passado o recibo, que poderá deduzir nos impostos. A sua ajuda será bem-vinda!
50,00 €
Em S. Bento
100,00 € 1.144,00 € 68.613,97 €
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Total Donativos 108.613,97 €
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A Comunidade Cristã da Golpilheira vai promover no próximo fim de semana, dias 24 e 25 de Junho, dois eventos para assinalar o final do ano pastoral de 2015-2016. A primeira iniciativa será um espectáculo de dança e ginástica artística e acrobática, na sexta-feira, dia 24, às 21h30, no pavilhão desportivo da Golpilheira. Contará com a participação do Ateneu Desportivo de Leiria, do Rans Studio de Dança, do grupo Urban Dance Fusion, do GCAL - Ginásio Clube Acrotumb de Leiria, e dos grupos Dali Crew e Upgrade Crew, ambos do Centro Recreativo da Golpilheira. No dia seguinte, sábado, a partir das 20h00, será realizada uma sardinhada dos Santos Populares, no salão do Senhor dos Aflitos, no centro da freguesia. Petiscos, bailarico popular e confraternização serão o mote para um encerramento do ano pastoral em festa. A animação contará com os talentos que quiserem participar, estando alguns já convidados, para juntos fazermos uma festa à maneira dos serões de antigamente.
igrejagolpilheira@gmail.com Miguel Ferraz - 910 280 820 José Carlos Ferraz - 914 961 543 Carlos Agostinho - 924 106 521 Cesário Santos - 962 343 232 Transferência Bancária - NIB: 0045 5080 4015 2316 6922 2 (enviar comprovativo de transferência)
Encerramento do Mês de Maria A Comunidade Cristã de Golpilheira assinalou o encerramento do Mês de Maria, no passado domingo 12 de junho, na igreja de São Bento. Cerca de uma centena de pessoas participaram na oração do Terço, em procissão, bem como no leilão de oferendas e no lanche que se seguiu. Sendo um momento já tradicional de oração e devoção a Nossa Senhora, é também uma importante ocasião de convívio. A organização esteve a cargo dos nascidos em 1981, que este ano organizarão a festa em honra de Nossa Senhora da Esperança, naquela igreja, no último fim de semana de Agosto.
Comissão da Igreja de São Bento Contas do Ano de 2015
SALDO INICIAL DO ANO RECEITAS
Protocolo Câmara da Batalha Caixa das Esmolas Saldo da Festa de N.ª Sr.ª da Esperança Outras receitas
(em euros) 9.887,73 3.880,00 28,00 15.774,50 202,00
TOTAL RECEITAS 29.772,23 DESPESAS
Colabore para a construção desta obra comum da Comunidade Cristã da Golpilheira!
Precisamos da sua ajuda!
Electricidade Água Serviços de Limpeza Conservação, ampliação do salão, cave e sala de reuniões Contributo para a diocese Outras despesas
720,22 215,35 210,00 20.142,55 150,00 445,37
TOTAL DESPESAS 21.883,49 Saldo do ano 7.888,74
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Jornal da Golpilheira
>> Galerias fotográficas em www.jornaldagolpilheira.pt
. actualidade .
Junho de 2016
Mais um grande certame regional “Mostra do Mundo Rural” e os espaços representativos das entidades públicas regionais. No final, uma breve sessão serviu para a outorga dos protocolos de apoio às actividades associativas e entrega de diplomas aos alunos deste primeiro ano de Academia Sénior da Batalha, dinamizada pela Associação Arte Sem Fim. Na ocasião, o presidente da autarquia frisou a importância que dá ao “associativismo como parceiro no desenvolvimento regional”, apontando o turismo como alvo estratégico. Por sua vez, o presidente do Turismo do Centro congratulou a Câmara por essa aposta, referindo a FIABA como exemplo de “evento de cariz nacional” que contribui para a correcta promoção turística dos territórios,
pela sua “matriz mais autêntica e identitária”. O resto da história conta-se em quatro dias de muitas refeições servidas, muita animação a passar pelo palco e muita gente a usufruir das propostas de artesanato e negócios locais do certame. A Golpilheira esteve bem representada na tasquinha do CRG, dinamizada pela equipa de Veteranos, mas também pelas escolas de dança e o rancho folclórico da colectividade, e, claro, por muitos golpilheirense que ajudaram a encher o recinto. LMF
Inauguração com brinde
Veteranos em trabalho
DR
Assumindo-se cada vez mais como uma referência regional, a 26.ª FIABA – Feira de Artesanato e Gastronomia da Batalha cumpriu todos os requisitos para o sucesso. O bom tempo que se fez sentir entre os dias 2 a 5 de Junho, ajudou a que o Largo Cónego Simões Inácio recebesse vários milhares de visitantes, numa das mais concorridas edições de sempre. Uma comitiva de forças vivas da região, presidida pelo presidente do Turismo do Centro, Pedro Machado, e o presidente do Município da Batalha, Paulo Batista Santos, percorreu na abertura cada uma das cerca de 60 bancas de artesãos de todo o País, alguns a trabalhar ao vivo, bem como as 16 tasquinhas das associações, as diversas tendas da
Fotos: LMFerraz
FIABA com “cariz autêntico”
Bombeiros Voluntários organizaram
Tasquinha do CRG sempre animada
3.º Passeio de Motorizadas Antigas No passado dia 5 de Maio, realizou-se o 3.º passeio de motorizadas antigas organizado pelos Bombeiros Voluntários da Batalha. Este evento, que integrou o programa da FIABA 2016, contou com a participação de cerca de 270 amantes de motorizadas clássicas, tendo sido realizado um percurso de cerca de 60 quilómetros, com início e fim na Batalha e passagem por Cortes, Caldelas – onde foi servido um pequeno lanche – e Arrabal. No final do passeio realizou-se um almoço de confraternização no quartel dos Bombeiros Voluntários da Batalha. Segundo Jorge Novo, vice-presidente da direcção dos Bombeiros. “este evento foi um enorme sucesso, quer pela quantidade de participantes quer pelo qualidade da organização”. Noites cheias de gente
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Jornal da Golpilheira
. especial “Igreja de Nossa Senhora. entrevista de Fátima”. .
Junho de 2016
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Bispo diocesano presidiu à celebração
Artur Monteiro
Bispo diocesano pediu Igreja unida e “no mundo” Como lembrou D. António Marto, este dia “de alegria e de emoção” coroou “os esforços, as fadigas, os sacrifícios e o empenho da comunidade para erguer este edifício”. Mas a dedicação
da igreja, uma celebração “muito rica de palavras e de símbolos” e de “valor profundo”, só ganha sentido se o edifício for “sinal visível da presença de Deus invisível”, tanto mais na época actual “em que se vive um ‘eclipse cultural de Deus’, um ocultamento do sentido da sua presença nas consciências, na cultura e na sociedade”, que nos deixa “mais sós, mais confusos e desorientados, mais tristes, divididos e violentos, menos solidários”. No mesmo sentido, “Deus quer habitar no meio de nós num templo de pedras vivas e não de pedras mortas”, sublinhou o Bispo, pelo que “de nada vale erguer templos de pedra, se não há lugar para Deus no templo vivo do nosso coração”. Uma Igreja que não é “uma estação de serviços religiosos, mas uma comunidade de fé, de esperança e de amor”, não deve deixar lhe “roubem o ideal da comunidade e do amor fraterno”. “Ide para o mundo; é lá a vossa missão” foi mais um dos apelos de D. António na sua homilia, que publicamos na íntegra nesta edição. Aos cerca de meio milhar de fiéis presentes, lembrou que “os dons de Deus que celebramos e recebemos na igreja, não são para ficarem encerrados dentro dela, mas para serem comunicados aos outros”, sobretudo “a todas as periferias humanas”.
“especializadas”. A animação musical esteve a cargo do coro litúrgico da Golpilheira e grupo de instrumentistas habituais, com algumas participações novas, todos com excelente desempenho. Começou com a entrega da igreja ao Bispo pelo pároco, padre José Ferreira Gonçalves, conforme texto também publicado nestas páginas. E teve como ritual central a unção do altar com o Santo Óleo, bem como a sua incensação e iluminação. Momento especial da celebração foi a “procissão” de mais de uma centena de crianças, levando as flores com que se enfeitou pela primeira vez a Imagem de Nossa Senhora, enquanto se cantava o Avé de Fátima. Momento emocionante, sublinhado por D. António Marto quando se dirigiu às crianças como “as flores mais bonitas e o futuro
Comunidade em festa A celebração foi especialmente solenizada, com a ajuda de cerca de uma dezena de acólitos, alguns deles vindos da equipa da paróquia, para funções mais
Artur Monteiro
“Finalmente tendes uma igreja acolhedora e funcional; uma igreja bela que favorece o recolhimento e suscita a alegria de poder celebrar dignamente a presença do Senhor e proclamar a sua palavra; uma igreja bem visível e atractiva que quer ser apelo constante a uma fé sólida presente no mundo.” As palavras são de D. António Marto, Bispo de Leiria-Fátima, ditas no passado dia 29 de maio, na Missa de Dedicação da Igreja de Nossa Senhora de Fátima, na Comunidade Cristã da Golpilheira. A igreja foi completamente remodelada nos últimos sete meses e voltou a encher-se de fiéis para a festa deste dia, presidida pelo Bispo diocesano e com a presença do reitor e do administrador do Santuário de Fátima, respectivamente, padre Carlos Cabecinhas e padre Cristiano Saraiva. Esta “representação” prendeu-se com o facto de o altar da renovada igreja ser o que esteve entre 1995 e 2015 na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, cedido pela instituição com outras peças do mobiliário litúrgico. Entre elas, a cadeira e bancos da presidência e a própria coluna onde estava a imagem de Nossa Senhora na Basílica – e agora voltará a estar, no templo desta comunidade da paróquia da Batalha.
António Guerra
Golpilheira em festa com dedicação da igreja
desta Igreja viva”, no final da Eucaristia. Após a celebração, a Comissão da Igreja apresentou à comunidade o resumo do processo da intervenção, que também aqui publicamos. A equipa de arquitectos explicou os principais conceitos da mesma, resumidos na palavra “luz”, que recorrentemente surge na descrição de Nossa Senhora feita pela Irmã Lúcia nas Memórias. O padre Carlos Cabecinhas referiu a ligação desta igreja ao Santuário de Fátima e, se ouviu por diversas vezes o agradecimento pela oferta feita, agradeceu também “ter sido esta comunidade a estabelecer essa ligação em primeiro lugar, ao dedicar este templo a Nossa Senhora de Fátima”. Depois do agradecimento do pároco a todos os que contribuíram para este grande dia e das
palavras finais do nosso Bispo, todos os fiéis saíram para o adro da igreja, onde foi descerrada uma lápide que perpetuará esta data. Por fim, todos os presentes foram convidados para um almoço volante, na estrada em frente à igreja, que prolongou a confraternização até ao final da tarde.
Balanço Conforme testemunho de várias pessoas e conclusão feita nas reuniões de avaliação pela Comissão de Igreja e pelo Conselho Administrativo e Pastoral, o balanço geral é muito positivo. A celebração, apesar de longa, não cansou e estava bem organizada, não havendo momentos mortos. Foi muito importante a presença do senhor Bispo e dos padres do Santuário, para dignificar ainda mais este dia especial da comunidade. Foi especialmente tocante para todos o momento da entrega das flores pelas crianças a Nossa Senhora, com participação acima do previsto. As intervenções no final também foram interessantes e muito apreciadas por todos. Também no almoço tudo correu bem, apesar de alguma pressão no início, mas a comida e a bebida foram suficientes para todos e a satisfação foi geral. LMF
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Jornal da Golpilheira
. especial “Igreja de Nossa Senhora de Fátima” .
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Excelência Reverendíssima, Senhor D. António Marto, Bispo de Leiria-Fátima, É com profunda alegria que o recebemos neste dia tão significativo para esta Comunidade Cristã da Golpilheira, da paróquia da Batalha. É um dia de festa, não só porque voltamos a celebrar nesta igreja, depois da completa renovação a que foi sujeita, mas também porque se encontrar reunida em tão grande número a Igreja Viva que nela celebra os mistérios da fé. Esta é, aliás, a melhor expressão do que significa esta obra e da união e participação que motivou em todos. Há alguns anos que este templo mostrava sinais da degradação provocada pelos anos, sobretudo ao nível da sua cobertura. Quiseram os cristãos desta comunidade aproveitar a busca de uma solução como oportunidade para o transformar num espaço com melhores condições de conforto, iluminação, estética e adequação às normas litúrgicas, no fundo, mais digno e convidativo à celebração da fé. Após uma cuidada e ponderada preparação nos últimos cinco anos, decidimos avançar, em Setembro passado, para a intervenção de fundo que pode agora ser apreciada e usufruída por todos. À alegria de vermos a obra concluída, acresce a de termos ficado com uma ligação umbilical ao Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, à qual também esta igreja é dedicada. Aproveito para agradecer a presença do reitor e do administrador do Santuário e a tão generosa oferta que tornaram possível. Receber nesta igreja o altar da Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, a coluna onde esteve tantos anos a primeira Imagem Peregrina de Fátima, e outro mobiliário daquele templo, é para nós motivo de grande júbilo. Além do valor material, é sobretudo o enriquecimento simbólico e espiritual que nos leva ao aceitar também o compromisso de uma maior devoção e Nossa Senhora, que tem naquele Santuário um dos seus maiores altares no mundo inteiro. É esta igreja assim enriquecida que lhe entregamos, como Pastor desta nossa diocese de Leiria-Fátima. Simbolicamente, a entregamos neste livro, onde se incluem alguns dos principais documentos que ajudam a ler o processo desta obra, bem como o da própria consolidação desta comunidade como Igreja Viva que pretende ser, para honra e glória de Deus, Nosso Senhor.
Artur Monteiro
P. José Ferreira Gonçalves, pároco da Batalha
Homilia da Missa
Dedicação da Igreja de N.ª Sr.ª de Fátima De todo o coração me associo à grande festa que aqui nos reúne, presidindo a um acontecimento tão significativo como é a dedicação da vossa igreja reconstruída para o culto divino e o serviço da comunidade cristã da Golpilheira, tendo como titular Nossa Senhora de Fátima. Finalmente tendes uma igreja acolhedora e funcional; uma igreja bela que favorece o recolhimento e suscita a alegria de poder celebrar dignamente a presença do Senhor e proclamar a sua palavra; uma igreja bem visível e atractiva que quer ser apelo constante a uma fé sólida presente no mundo. Vivemos hoje uma jornada que coroa os esforços, as fadigas, os sacrifícios e o empenho da comunidade para erguer este edifício. É dia de alegria e de emoção! Permiti que vos saúde e dê os vivos parabéns a todos os que contribuíram, de vários modos, para a realização deste belo projecto. Saúdo de modo particular o Pároco, o Conselho Administrativo e Pastoral, a Comissão da Igreja da Golpilheira, as excelentíssimas autoridades e os demais convidados. A celebração de hoje é muito rica de palavras e de símbolos que nos ajudam a compreender e interiorizar o significado e o valor profundo da dedicação da igreja. Seleccionei três pensamentos da Palavra de Deus que foi proclamada.
1. Sinal visível da presença de Deus invisível
A primeira leitura narra um momento chave da história do Povo de Deus: a festa da dedicação do templo de Jerusalém totalmente reconstruído por Salomão. Dentro do templo foi de novo colocada a arca da aliança que continha as dez Palavras (mandamentos) da aliança de Deus com o seu povo. Aí Salomão eleva uma comovente oração ao Deus fiel e misericordioso, Deus amigo dos homens que a todos quer bem, defensor dos pobres e dos prófugos rejeitados. A esta luz não é difícil compreender que o edifício da igreja existe como sinal visível que convida a levantar o olhar e o coração para o mistério de Deus, da sua presença como Deus connosco e da beleza do seu amor misericordioso que não abandona o seu povo: sinal visível da presença de Deus invisível. Isto é de grande significado numa época como a nossa em que se vive um “eclipse cultural de Deus”: um ocultamento do sentido da sua presença nas consciências, na cultura e na sociedade, em que se vota Deus ao esquecimento, se põe à margem como supérfluo ou se vive como se Ele não existisse. Com a consequência de que os homens sem
Deus ficam mais sós, mais confusos e desorientados, mais tristes, divididos e violentos, menos solidários. Esta é a grande tentação e o risco de sempre e de hoje de que Nossa Senhora nos veio advertir em Fátima. O próprio exemplo dos Pastorinhos é interpelador: eles dão-nos o testemunho de fascinados pela beleza de Deus e do seu amor em que se sentiam abraçados: “Oh como é Deus! Gosto tanto de Deus”! – exclamava o Francisco. Também nós devemos redescobrir o encanto, o gosto e o gozo de Deus amigo dos homens!
2. Sinal da Igreja comunidade de fé e de amor
A segunda leitura mostra-nos que Deus quer habitar no meio de nós num templo de pedras vivas e não de pedras mortas. De nada vale erguer templos de pedra, se não há lugar para Deus no templo vivo do nosso coração. A Igreja de pedras vivas é construída sobre a única pedra angular que dá solidez e coesão ao edifício espiritual: Jesus Cristo. Uma comunidade cristã viva existe onde reconhecemos Jesus como Senhor e Salvador e o seguimos na vida; edifica-se onde se escuta e lê o Evangelho de Cristo, se celebram os sacramentos do seu amor e se vive o amor fraterno. Não é uma Igreja de pedras mortas, uma estação de serviços religiosos, mas uma comunidade de fé, de esperança e de amor. Nesta perspectiva, o edifício da igreja existe para que nele se possa celebrar a festa da comunhão de Deus connosco e a alegria da comunhão fraterna. É esta beleza da comunhão que nos une e reúne na Eucaristia e nos leva a exclamar: ”Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo”! Amor que supera todas as diferenças e barreiras entre nós e faz de nós membros de um só Corpo de Cristo. Daqui resulta a forma de ser e o testemunho da comunidade cristã: igreja de portas abertas para acolher a todos; onde cada um é apoio de todos e todos apoio de cada um, partilhando as alegrias e as dores, com atenção particular aos pobres e necessitados. Mostrai que a fraternidade é possível! Não deixeis que vos roubem o ideal da comunidade e do amor fraterno!
3. Sinal da Igreja em saída ao encontro das feridas da humanidade
Os dons de Deus que celebramos e recebemos na igreja, não são para ficarem encerrados dentro dela, mas para serem comunicados aos outros. Entrando um dia numa pequena igreja dos Alpes italianos li sobre o pórtico esta inscrição que me impressionou: “Aqui entra-se para adorar a Deus; da-
António Guerra
Entrega da igreja pelo pároco ao Bispo
qui sai-se para amar os homens”! Por isso, as nossas celebrações terminam com um envio em missão: “Ide em paz; o Senhor vos acompanhe”. Ide para o mundo. É lá a vossa missão. O Senhor acompanha-vos para anunciardes e levardes o seu amor misericordioso a todas as periferias humanas: para cuidar dos feridos da vida e curar as suas feridas; para promover a cultura do encontro face à da indiferença e da exclusão; para levar a luz do evangelho aos afastados; para trabalhar em prol da fraternidade, da justiça e da paz e renovar o mundo. São Pedro, na carta que ouvimos, exorta-nos a viver em santidade no mundo, não nos deixando contagiar pelo cancro da corrupção que estende as suas metástases e mina as consciências e a sociedade. Sejamos pois plenamente cidadãos dignos do Evangelho de Cristo. Não deixemos que nos roubem o entusiasmo missionário! Caros irmãos e irmãs, pedimos a Jesus que ilumine e guie a vossa comunidade, a faça crescer na fé convicta e alegre, na comunhão fraterna e no testemunho da alegria do Evangelho. Confiamos esta nossa prece às mãos maternas de Maria, Nossa Senhora do Rosário de Fátima. Ela mostra-nos o que é a Igreja de pedra vivas. Mostrano-lo com um simples sim da fé e do seguimento de Jesus. Tomemo-la como modelo; invoquemo-la como Mãe que vela por nós: Vela por nós, filhos teus, Mãe de Jesus, nosso bem Tu podes, és Mãe de Deus, Tu queres, és nossa Mãe!
† António Marto, Bispo de Leiria-Fátima
Jornal da Golpilheira
. especial “Igreja de Nossa Senhora. entrevista de Fátima”. .
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Excertos do Pontifical Romano
Rito da Dedicação da Igreja
destinados à celebração dos outros sacramentos, sobretudo do Baptismo e da Penitência.
Ritos: unção, incensação, revestimento e iluminação do altar
Os ritos da unção, da incensação, do revestimento e da iluminação do altar exprimem, em sinais sensíveis, alguns aspectos daquela obra invisível que o Senhor realiza por meio da Igreja quando ela celebra os divinos mistérios, principalmente a Eucaristia. a) unção do altar: Pela unção do Crisma o altar torna-se o símbolo de Cristo, que é o «Ungido» de preferência aos demais e assim é chamado; na verdade, o Pai O ungiu pelo Espírito Santo e O constituiu o Sumo Sacerdote, para que oferecesse no altar do seu Corpo o sacrifício da vida pela salvação de todos. b) incensação do altar: O incenso é queimado sobre o altar para significar que o sacrifício de Cristo, que aí se perpetua de maneira sacramental, sobe
para Deus em odor de suavidade; mas também para exprimir que as orações dos fiéis sobem até ao trono de Deus, por Ele aceites e a Ele agradáveis. c) revestimento do altar: indica que o altar cristão é a ara do Sacrifício Eucarístico e a mesa do Senhor, em volta da qual os sacerdotes e os fiéis, numa mesma e única acção, embora com função diversa, celebram o Memorial da morte e ressurreição de Cristo e comem a Ceia do Senhor. Por isso, o altar é preparado e festivamente ornado como mesa do banquete sacrificial. Isto claramente significa que ele é a mesa do Senhor, da qual todos os fiéis se aproximam com alegria, para se alimentarem do alimento divino, o Corpo e o Sangue de Cristo imolado. d) A iluminação do altar, à qual se segue a iluminação da igreja, faz recordar que Cristo é «Luz para se revelar às nações», por cuja claridade resplandece a Igreja e por ela toda a família humana.
António Guerra
Incenso utilizado veio de Omã O incenso usado na celebração veio de Omã, oferecido pelo vigário geral da Diocese, padre Jorge Guarda. O Sultanato de Omã, país situado na Arábia, é donde vem o melhor de incenso do mundo, ali produzido há milhares de anos. Chegou a ser tão importante que o seu peso era avaliado em ouro e era considerado um dos produtos mais preciosos, pois trazia a cura afastava os maus espíritos. É retirado de árvores que só nascem nas montanhas de pedra, onde o clima é árido e quase não chove. Com pequenos cortes na sua casca, surge a preciosa seiva que resulta neste
produto raro, um dos que foi levado ao Menino Jesus pelos Reis Magos, do Leste da Árabia. O segredo do seu perfume está na qualidade da seiva e, muitas vezes, na mistura de essências como sândalo e cedro. Actualmente, além da função de perfumar pessoas e espaços, é usado em cerimónias religiosas, rituais de purificação, terapias e meditação. Na Igreja Católica, é empregado em missas solenes, como símbolo da oração que faz subir até Deus os aromas agradáveis do louvor. Em Jerusalém, no século IV, já se empregava em todos os grandes ofícios litúrgicos.
Contas da festa O peditório da Missa rendeu 3.793,12 euros. A caixa de ofertas colocada na rua durante o almoço rendeu 2.643,37. Algumas ofertas vinham identificadas, mas como não temos a certeza se as pessoas querem divulgar o seu nome, publicaremos apenas aquelas que nos fizerem esse pedido. A festa contou com as ofertas de um porco pelo Licínio Monteiro, quatro pernas de porco pelo Artur Monteiro, 25 frangos e 5 coelhos assados pelo Adelino Bastos, todo o vinho pelo José “Gateira”, 30 euros de pão pelo padeiro Simão, e trabalho de assadura dos porcos pelo “Zezinho” e pelo Tiago Bento, além de outras pequenas ofertas de bens e o trabalho de muitos voluntários das equipas e não só. Depois de pagas algumas despesas, no valor de 506,60 euros, o saldo do almoço foi de 2.136, 77 euros. Assim, no total de peditório da Missa e almoço, a comissão recebeu 5.929,89 euros. Agradecemos a todas as pessoas que contribuíram para este resultado. Há ainda a destacar a venda de 3 telhas, a mil euros cada, neste dia.
Artur Monteiro
Artur Monteiro
Pela sua morte e ressurreição, Cristo tornou-Se o verdadeiro e perfeito templo da Nova Aliança e congregou o povo que Deus tornou seu. Este povo santo, reunido na unidade que procede da unidade do Pai e do Filho e do Espírito Santo, é a Igreja, o templo de Deus edificado de pedras vivas, no qual o Pai é adorado em Espírito e em verdade. Com razão, pois, desde os tempos antigos, se chamou também «igreja» ao edifício onde a comunidade cristã se reúne para aí ouvir a palavra de Deus, orar em conjunto, receber os sacramentos, celebrar a Eucaristia. Pelo facto de ser um edifício visível, esta casa constitui um sinal peculiar da Igreja que peregrina na terra e uma imagem da Igreja que habita no Céu. É, pois, conveniente que a igreja, ao ser erigida como edifício destinado unicamente e de maneira permanente para nele se reunir o povo de Deus e se celebrarem os sagrados mistérios, seja dedicada ao Senhor por meio de um rito solene, segundo o antiquíssimo costume da Igreja. A igreja, como pede a sua natureza, seja apta para as celebrações sagradas, decorosa, brilhando por nobre beleza, não por mera sumptuosidade, e constitua verdadeiro símbolo e sinal das realidades celestes. «Portanto, o edifício sagrado, na sua disposição geral, deve, de algum modo, reproduzir a imagem da assembleia congregada, permitir a conveniente coordenação de todos os seus membros e facilitar o perfeito desempenho da função de cada um». Além disso, no que se refere à disposição do presbitério, do altar, da cadeira do presidente, do ambão e do lugar da reserva do Santíssimo Sacramento, observem-se as normas da Instrução Geral do Missal Romano. Do mesmo modo, ponha-se todo o cuidado no que se refere às coisas e lugares
António Guerra
Natureza e dignidade das igrejas
Texto colocado na caixa de ofertas: “Deus quer, o Homem sonha e a obra nasce.”
(Fernando Pessoa)
A população da Golpilheira é reconhecida pelo seu dinamismo, união e capacidade de acção. Desde as gerações dos nossos antepassados, foi construindo passo a passo a sua história e consolidando a sua afirmação como comunidade, tanto a nível social e humano como cultural e desportivo... e também religioso. Esta caixa é o testemunho disso mesmo: nela vinha embalado o primeiro amplificador sonoro que foi adquirido para a Igreja de Nossa Senhora de Fátima. Para angariar o dinheiro necessário, muitas pessoas se envolveram em iniciativas como as célebres récitas que ainda hoje perduram na memória de muitos de nós. E conseguiram! Também hoje damos mais um passo na construção e desenvolvimento da nossa comunidade cristã. E também hoje soubemos voltar a unir-nos e a concretizar os nossos objectivos. É um dia de festa de todos e para todos, pois só com a colaboração de todos é possível construir o presente e sonhar o futuro. Bem podemos dizer que o sonho foi nosso. Sabemos bem que só com a vontade de Deus ele se tornou realidade. E o facto é que a obra nasceu. Ainda temos de fazer mais um esforço para liquidar a despesa efectuada. Mas acreditamos que juntos cumpriremos essa missão. Contamos consigo! Deixe aqui o seu donativo!
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. especial “Igreja de Nossa Senhora de Fátima” .
Jornal da Golpilheira Junho de 2016
Apresentação da igreja pela Comissão
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Uma comunidade trabalhadora e agradecida A Igreja de Nossa Senhora de Fátima, principal centro de culto da Comunidade Cristã da Golpilheira (CCG), na paróquia da Batalha, construída na década de 1950, evidenciava alguns sinais de degradação, sobretudo na estrutura do telhado, o que levou a Comissão que tomou posse em 2010 a ponderar uma intervenção pela sua preservação. Sendo notórias algumas outras deficiências do edifício, algumas delas estruturais, foi evidente para nós que essa poderia ser a oportunidade para a elaboração de um projecto que dotasse o espaço de melhores condições de conforto, iluminação, estética e adequação às normas litúrgicas actuais. Contactámos, por isso, o gabinete dos arquitectos Humberto Dias e Pedro Gândara, que nos apresentaram soluções tendentes a transformar por completo o interior da igreja, com algumas implicações no exterior, visando torná-la um lugar aprazível e convidativo à celebração da fé. A escolha dos projectistas revelou-se acertada, tal foi a qualidade do trabalho e a cordialidade, correcção e permanente colaboração para que todos os problemas se convertessem em oportunidades de melhorar. Desde então, foram cerca de cinco anos em que tudo parecia parado, mas que se revelaram cruciais para o amadurecimento das ideias e para a necessária ponderação das várias opções, não só em relação à obra, mas também ao seu financiamento. Com o permanente acompanhamento do pároco, desde a primeira hora procurámos envolver toda a comunidade nos processo de ponderação e decisão, primeiro com a consulta regular a um grupo alargado de pessoas convidadas, e depois com a realização de uma grande Assembleia de toda a comunidade, onde mais de uma centena de participante aplaudiu o projecto e nos incentivou a concretizá-lo.
Avanço da obra Quanto à obra, após a necessária análise e aprovação pelo Departamento Diocesano do Património, avançou, finalmente, o concurso público, em 2014, para o qual convidámos as empresas da freguesia e outras de fora. A negociação foi renhida e, com um orçamento a rondar os 300 mil euros, a obra foi adjudicada ao empreiteiro Arlindo Lopes Dias, tendo entrado em execução no passado mês de Setembro. Também esta foi uma escolha acertada. Com um profissionalismo e uma disponibilidade a toda a prova, sempre dispostos a ouvir, a sugerir soluções e a trabalhar para que tudo correspondesse a um elevado padrão de qualidade, tanto os empreiteiros como os seus colaboradores merecem o nosso agradecimento e a nossa maior estima. O mesmo poderemos dizer de outras empresas que participaram no processo, algumas sub-contratadas, outras a nosso convite. Em todas verificámos o interesse em que a qualidade dos materiais e do
António Guerra
Igreja viva Permitam um parêntesis para referir que este processo tem, entretanto, sido acompanhado por um outro, também de renovação e revitalização, mas da igreja viva. Sem isso, a igreja de pedra de pouco valeria. Nesse sentido, esta parcela da paróquia da Batalha constituiu-se com uma identidade reforçada como Comunidade Cristã da Golpilheira em Outubro passado.
O seu primeiro Conselho Administrativo e Pastoral incluía mais de meia centena de pessoas directamente envolvidas, distribuídas por comissões e equipas de trabalho, em sectores como as celebrações litúrgicas, a catequese, a acção social e eventos religiosos. Entretanto, foi reforçado com a tomada de posse das duas novas comissões da Golpilheira e de S. Bento, no passado mês de Abril. Meio ano depois, o balanço é muito positivo, sobretudo no dinamismo criado e na maior comunhão que se tornou evidente entre os fiéis desta freguesia civil.
Entidades religiosas e civis representadas
serviço correspondesse ao espaço sagrado a que se dedicavam. Desde a estrutura do telhado aos alumínios, das alvenarias e forras de paredes ao chão, da electrificação e redes técnicas até cada pormenor de iluminação, revestimentos térmicos, carpintaria ou pintura, cada escolha foi criteriosamente feita, equilibrando um orçamento possível com a qualidade desejável. Terão reparado que há pormenores por acabar. Faltam ainda algumas portas de vidro ao fundo e no confessionário, por dificuldades surgidas na importação de peças. A zona do coro terá futuramente outro mobiliário. A escadaria e zona frontal da igreja será também revestida com a mesma pedra do restante espaço. Também os castiçais do altar e o lamparina do Santíssimo são provisórios, pois não foi possível a produção das peças em vidro artesanal que foram oferecidas pelos nossos arquitectos. Mas a paróquia já tem as suas Capelas Imperfeitas e esta não o será, com toda a certeza. Tudo ficará concluído nas próximas semanas.
Ofertas generosas Não podemos deixar de referir as ofertas de materiais e serviços que recebemos de algumas delas e tantas outras, como poderá ser verificado nas listas que expomos à entrada desta igreja. Permitam a referência a três delas, de fora da freguesia, a Calcidrata, que ofereceu todo o cimento-cola, a Sousa & Catarino, que ofereceu os dois blocos para toda as pedras aplicadas, e a Ruipedra, que ofereceu a maquinação das mesmas pedras. A gratidão é extensiva a toda
a população, que tem colaborado de forma surpreendente neste processo. Os fundos existentes inicialmente garantiam cerca de um terço da verba necessária e, nestes sete meses decorridos, já garantimos mais de outro terço em donativos, além dos empréstimos particulares, o que faz com que nos reste angariar cerca de 100 mil euros para liquidar o investimento. Recordo uma das campanhas em curso, a “venda” das antigas telhas do edifício pela quantia de mil euros cada, telha que é entregue emoldurada num quadro, como forma de agradecimento e para memória futura. A originalidade da proposta já convenceu quase quatro dezenas de “compradores”. E estamos certos de que outros irão ainda aderir, agora que podem ver o resultado final. Mas muitas outras ofertas têm surgido e todas merecem o agradecimento com o mesmo carinho, sejam os 10 mil euros oferecidos por um anónimo ou os 60 mil emprestados por outro, até à nota de 5 euros dada por outro ainda – sabe Deus com quanto custo. E também as pessoas que têm oferecido paramentos e objectos litúrgicos para a festa da inauguração. Não podemos esquecer o trabalho precioso de todos os membros do Conselho Administrativo e Pastoral da CCG, em especial das equipas de eventos, em cujos pequenos-almoços e outras iniciativas promovidas já se angariaram quase 10 mil euros. Ainda neste campo, cumprenos sublinhar o apoio de 15 mil euros da Câmara Municipal da Batalha para a mudança do telhado, a oferta de 10 mil euros pela
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Batalha, o testamento de 5 mil euros na extinção do Coro Infantil e Juvenil da Golpilheira, e a vinda de 5 mil euros da conta da Comissão da Igreja de S. Bento, fruto da união consolidada entre as duas comissões.
Ligação ao Santuário de Fátima Uma referência especial é merecida ao Santuário de Fátima. Além dos 7.500 euros em dinheiro, cedeu-nos um importante património material e espiritual, vindo da recentemente restaurada Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, também reinaugurada em Fevereiro passado. Em boa hora o vigário-geral da Diocese, padre Jorge Guarda, nos deu a “dica” que levou ao pedido, prontamente acedido pela reitoria e administração do Santuário, a quem publicamente aqui agradecemos uma vez mais. A peça mais importante é o altar, mas também a coluna para a imagem de Nossa Senhora, as três cadeiras do presbitério, três vasos, duas mesas e uma estante, tudo na mesma pedra e 2 belas toalhas do mesmo altar. É um valor simbólico e espiritual inestimável para a nossa igreja, também ela dedicada a Nossa Senhora de Fátima. Entrega de telhas Referimos a campanha das telhas. Entregámos já cerca de 40. Queremos assinalar a data de hoje com uma entrega muito especial, a algumas das entidades que referimos antes, e que bem as mereceram. Assim, entregamos este símbolo da nossa gratidão ao Santuário de Fátima, à Câmara Municipal da Batalha, à Junta de Freguesia da Golpilheira, aos arquitectos Humberto Dias e Pedro Gândara e ao empreiteiro Arlindo Lopes Dias. Damos graças a Deus Estes são apenas alguns dos motivos para que hoje todos nos sintamos verdadeiramente em festa e gratos a Deus. É normal que nos esqueçamos de referir alguém ou algum pormenor. Aliás, é impossível referir todas as graças que temos recebido. Creiam-se todos vós incluídos neste nosso gesto de agradecimento. Como diria Nossa Senhora, padroeira desta Igreja, poderá dizer cada um de nós: “A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito alegra-se em Deus, meu Salvador!” A Comissão
Jornal da Golpilheira
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. entrevista . sociedade . cultura. .
Junho de 2016
Escolas da Golpilheira em convívio de fim de ano
Plano Municipal de Defesa da Floresta aprovado
Preparação contra incêndios
LMF
Pais e filhos a brincar juntos
Feira do Livro molhada Por falta de espaço, não falámos deste assunto na edição passada. Desta vez sem a componente de jogos, mas com muita chuva a cair entre os dias 5 a 8 de Maio, a 15.ª edição da Feira do Livro da Batalha foi prejudicada pelo clima adverso. Ainda assim, muitas pessoas aproveitaram os habituais descontos para adquirir alguns livros e as escolas dinamizaram as visitas e as compras pelos mais novos, com ajuda do cheque-livro oferecido pela autarquia aos alunos. A componente de animação foi também afectada, com os espectáculos de rua cancelados. Transferido para o auditório municipal, teve sala cheia o “stand up” de João Seabra, com o espectáculo gratuito a ser aproveitado por muitas famílias. Os mais pequenos acabaram por ser os reis da festa, sobretudo quando entraram em cenas os bonecos dos números de ventriloquismo, como o Macaco Sidónio ou o Burro Zoina. O certame integrou a apresentação dos vencedores do concurso literário “Fio da Memória - O Conto”, na Galeria Mouzinho de Albuquerque, com a apresentação da obra “Madalena”, da autoria de Maria Francisca Gama.
Animação musical convidada
...e elas também
LMF
Guerra de balões de água
MCR
LMF
Todos a escorregar
Momento de homenagem aos professores e educadores
LMF
MCR
Ambiente natural paradisíaco
O Instituto da Conservação da Natureza e da Floresta (ICNF) aprovou, já em Março, o Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Município (PMDFCI) da Batalha. O documento, com uma validade de cinco anos, estabelece a estratégia municipal da defesa da floresta, bem como as medidas necessárias a implementar, com a definição do planeamento integrado das diferentes intervenções das entidades (locais, regionais e nacionais) com competências neste domínio. Com a aprovação do Plano, passam a vigorar regras urbanísticas mais favoráveis, associadas à edificação nas áreas de perigosidade reduzida do risco de incêndio. Focando a sua linha de acção em torno da estratégia municipal de defesa da floresta, o documento alude ainda para domínios relacionados com a redução da incidência dos incêndios, melhoria da eficácia do ataque e da gestão dos incêndios, recuperar e reabilitar os ecossistemas, adaptação de uma estrutura orgânica funcional e eficaz. Paulo Batista Santos, presidente da Câmara Municipal da Batalha, adianta que a aprovação do PMDFCI pelo ICNF se reveste de grande importância, salientando, com o aproximar de mais um período de risco, “considera-se essencial dotar o Município da Batalha deste instrumento de planeamento, adaptado à realidade local em estreita articulação com os níveis de planeamento superior”.
Chuva prejudicou o evento
LMF
A Quinta do Escuteiro, na Quinta do Sobrado, foi o “paraíso natural” escolhido para o grande piquenique de alunos, pais, professores e colaboradores do Jardim-de-Infância e da Escola do 1.º Ciclo da Golpilheira, no passado domingo 19 de Junho. Muitas dezenas de miúdos e graúdos partilharam a refeição e, sobretudo, a amizade, a alegria e a ao disposição. Não faltaram jogos para todos os gostos, incluindo uma “batalha” de balões de água e um divertido escorrega aquático improvisado, a que nem os adultos resistiram. A interacção entre os pais e as crianças foi o salutar exemplo daquilo que mais ajuda a crescer as crianças com saúde física e emocional. O convívio foi a palavra de ordem e, no final, também os parabéns à organização da Associação de Pais da Golpilheira. LMF
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João Seabra divertiu graúdos e miúdos
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. sociedade .
Jornal da Golpilheira Junho de 2016
Pia do Urso continua a dar prémios
O Município da Batalha, através da vereadora da Acção Social, Cíntia Silva, integra uma comitiva composta por representantes dos ministérios da Administração Interna e dos Negócios Estrangeiros, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, da Presidência do Conselho de Ministros, do Alto Comissariado para as Migrações, entre outros organismos, que participa, de 15 a 25 de Junho, nos Estados Unidos da América, no programa “Integração e Reinstalação de Refugiados”. O referido programa, promovido pela Embaixada dos EUA em Portugal, tem como principal objectivo promover a análise da forma como os governos centrais e as autarquias europeias desenvolvem políticas de integração de refugiados, bem como de matérias relacionadas com o acesso aos cuidados de saúde e ao emprego. O modelo de acompanhamento dos refugiados recebidos no concelho da Batalha será, assim, dado a conhecer nos EUA, em encontros a realizar em Washington, Phoneix, Arizona e Atlanta e Geórgia. O presidente da Câmara da Batalha, Paulo Batista Santos, aponta que a integração do Município da Batalha nesta comitiva “evidencia o trabalho empenhado e frutífero que vem sendo realizado pela autarquia no acompanhamento a estes cidadãos”, no que contou com a “extraordinária cooperação” de diversos organismos do Estado central e regional, empresas, instituições de solidariedade social, entre outros”.
Congresso em Santarém
Testemunhas de Jeová debatem o tema da “lealdade” “Continue leal a Jeová” é o tema do congresso que as Testemunhas de Jeová vão promover no CNEMA, em Santarém, de 8 a 10 de Julho deste ano. Durante três dias, serão realizadas 49 sessões sobre o tema da lealdade, com apoio de 35 vídeos temáticos e dois filmes. Um dos pontos altos será o discurso, no domingo às 11h20, sobre “Quando é que o Amor Leal triunfará sobre o ódio?”. Dentre os congressistas presentes, alguns milhares são do distrito de Leiria e algumas dezenas do concelho da Batalha. Um deles é o golpilheirense Luciano Monteiro, que em comunicado enviado ao nosso jornal refere: “No meio de um mundo cheio de injustiças espero, à semelhança dos congressos dos anos anteriores, encontrar entendimento e ajudas para lidar com esses desafios”. O congresso realiza-se em vários países, mobilizando cerca de 8 milhões de pessoas em todos os continentes. Segundo Paulo Madureira, responsável da comunicação do evento, “nós realmente acreditamos que a lealdade é uma parte fundamental de qualquer relacionamento” e “o congresso desse ano vai nos ajudar a fortalecer nosso relacionamento com os amigos, com a família e acima de tudo com Deus”.
DR
EUA estudam modelo de acolhimento batalhense
A requalificação e recuperação da antiga aldeia da Pia do Urso, na freguesia de São Mamede, cuja execução foi considerada “exemplar” pelos elementos de júri do concurso, valeu à Câmara da Batalha a conquista do prémio Município do Ano - Região Centro, na categoria de menos de 20.000 habitantes. O projecto decorreu, sobretudo, entre os anos de 2000 e 2005, mas continua a merecer o reconhecimento público, como foi o caso deste prémio, entregue numa cerimónia realizada no dia 3 de Junho, em Vila do Bispo, no Algarve. A organização é da Universidade do Minho, através da “Plataforma UM-Cidades”, e visa “reconhecer e premiar as boas práticas em projectos
Entrega do prémio
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Acompanhamento aos refugiados
Aldeia da Pia do Urso
das autarquia portuguesas com impactos assinaláveis no território, na economia e na sociedade”.
Na edição deste ano, foram recebidas 93 candidaturas, sendo 31 da região Centro. “Aspectos como a
qualidade da intervenção efectuada na antiga aldeia, a cooperação estabelecida com o sector privado e o carácter inclusivo associado a todo o projecto ditaram a decisão do júri nacional do concurso”, refere a autarquia em comunicado. O presidente, Paulo Batista Santos, considera que este é “um enorme orgulho” e “constitui um estímulo, atendendo ao elevado número de candidaturas recebidas e à qualidade geral dos projectos apresentados”. A este propósito, a autarquia anunciou que “muito em breve, a aldeia contará com um hostel de excelência, com o intuito de pontenciar o desenvolvimento do Turismo de Natureza e de Aventura no Concelho”.
Juramento de bandeira no quartel da Batalha
Voluntários com 8 novos bombeiros No dia 9 de Junho, realizou-se no quartel do Bombeiros Voluntários da Batalha o juramento de bandeira de 8 novos bombeiros, que receberam as respectivas divisas de bombeiro de 3.ª classe. Passam, assim, a integrar de pleno direito os Bombeiros Voluntários da Batalha Joaquim Coelho, Tiago Pereira, Nicolae Purice, Joni Vieira, Joaquim Meneses, Cátia Ferreira, Ana Repolho e Tânia Henriques. Nesta cerimónia, pequena mas de elevado valor simbólico, estiveram presentes a direcção, o comando e o corpo activo, bem como familiares destes novos bombeiros. Todos participaram também num convívio que se seguiu. Estes novos elementos concluíram com êxito o Curso de Instrução Ini-
DR
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Batalha é “Município do Ano”
Os novos bombeiros com o comandante
cial de Bombeiros, tendo já realizado o estágio e o período probatório, destacando-se o papel decisivo da actual equipa de comando dos Bombeiros da Batalha na conclusão do curso. Depois de uma carga horária de 350 horas de formação em 6 módulos
diferentes, foram sujeitos a avaliação teórica, pela Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) e pela Escola Nacional de Bombeiros (ENB). “Os Bombeiros Voluntários da Batalha dão as boas-vindas a estes oito novos Bombeiros que ago-
ra fazem parte desta grande família. Realçamos que só com a entrada de novos elementos para serviço Voluntário nos Bombeiros é que se garante de funcionamento e de continuidade desta instituição”, refere o vice-presidente, Jorge Novo, em nota enviada ao Jornal da Golpilheira. Este responsável informa ainda que está em fase inicial o processo de recrutamento de um novo curso, com 15 pessoas inscritas, podendo inscreverse outros interessados em www.bv-batalha.pt. “Este processo de formação traduz-se num esforço acrescido para o Comando do Corpo de Bombeiros, que é de louvar, e que permitirá futuramente dotar o Bombeiros da Batalha de um maior número de voluntários ao serviço”, conclui.
Jornal da Golpilheira
. sociedade. eclesial .
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Associação promove “arraial à portuguesa”
Catequética e Pedagogia da Fé
Curso de catequistas em Fátima
Uma casa cheia de mimo A Associação Casa do Mimo assegura às suas crianças e jovens, com e sem Necessidades Educativas Especiais (NEE), actividades pedagógicas, lúdicas e terapêuticas em horários pós-lectivos e nas férias escolares, bem como noutros períodos, nomeadamente aos finsde-semana. Para angariar fundos para a sua missão, realiza, no dia 2 de Julho, a partir das 18h00, nas suas instalações na rua dos Bombeiros, na Batalha, um arraial à portuguesa, com sardinhada e bem-disposto convívio. Todos estão convidados a participar e dar o seu contributo para uma causa que é de toda uma comunidade!
concelhos da Batalha e de Porto de Mós, foram referenciados 240 alunos nestas condições. Muitas destas crianças e jovens não têm resposta nos equipamentos de actividades de tempos livres já existentes, por necessitarem de um acompanhamento mais individualizado, que aqueles não possuem. Este é um desafio complexo mas recompensador quando a missão é dar uma resposta de qualidade às diferenças entre a população escolar, nomeadamente, às crianças com NEE. A Associação quer crescer em valências e recursos e garantir meios humanos qualificados mas também sensíveis e experientes numa área tão
Lembramos que esta associação oferece um ambiente acolhedor onde, além de um espaço de aprendizagem, as crianças encontram actividades criativas que as estimulam para a interacção com o meio envolvente e respostas terapêuticas à medida das suas necessidades e das respectivas famílias, sempre tendo em conta o princípio da equidade, da igualdade de oportunidades e do desenvolvimento biopsicossocial das crianças. A sua vocação primeira é dar uma resposta diferenciada a crianças e jovens com NEE, dos 6 aos 18 anos. Uma resposta diferenciada e necessária! Basta ver que, só nos
De 21 a 27 de Agosto de 2016, no Centro Catequético, em Fátima, decorrerá a semana de formação do Curso Geral, este ano com a disciplina de Catequética e Pedagogia da Fé. Este Curso é organizado pelo Centro Catequético das Missionárias Reparadoras do Sagrado Coração de Jesus, em colaboração com o Serviço Diocesano de Catequese de Leiria-Fátima e destina-se a catequistas que tenham concluído o Curso de Iniciação e possuam alguma experiência em catequese. É feito de uma forma intensiva, em duas etapas, de sete dias cada uma, em dois anos consecutivos. Assim, no Verão de 2017, serão leccionadas as disciplinas de Psicologia Evolutiva e Doutrina (formação bíblico-teológica). Em cada ano há também trabalhos práticos de catequese, além da formação espiritual que acontece através da vivência dos momentos de oração e celebração. As inscrições decorrem até ao dia 15 de Julho, podendo ser feitas a partir do sítio catequeseleiria. blogspot.pt.
delicada como a das crianças e jovens com NEE. Assegurar respostas individualizadas, à medida das necessidades de cada criança, nem ATL também inclusivo, já que tem as suas portas abertas a todas as crianças e jovens, com e sem NEE, e cuja área de intervenção abrange os concelhos de Batalha, de Porto de Mós, e concelhos limítrofes, como Leiria. Esta actividade, além da recolha de fundos, visa dar a conhecer a Casa do Mimo e o seu projecto social, que já está a criar sólidas raízes. E o apoio da comunidade é fundamental neste desafio.
Organista da Golpilheira no 2.º lugar No dia 26 de Maio, em que a Diocese saiu às ruas de Leiria em procissão, para celebrar o Corpo de Deus, os jovens desfilaram os seus talentos musicais à noite, no “MC’Fest” - Festival Diocesano da Canção Jovem de Mensagem Cristã. Azoia e Barosa, São Mamede, Caxarias, Caranguejeira, Marinha Grande e Fátima foram as paróquias representadas. Se cantar é rezar duas vezes, os seis grupos rezaram por duas dúzias. Subiram ao palco duas vezes: a primeira para apresentar a música que levavam a concurso, inspirada no Ano Santo da Misericórdia e no tema do biénio diocesano “Maria, Mãe de Ternura e de Misericórdia”, e a segunda para interpretar uma outra música, também de mensagem cristã, que animou o público enquanto o júri deliberava a decisão final.
Este ano, pela primeira vez, o evento organizado pela Pastoral Juvenil diocesana foi realizado no Mercado de Sant’Ana, no centro de Leiria. O facto de ter voltado a ser Dia Santo terá contribuiu para que o espaço ganhasse uma outra vida com os cerca de 300 apoiantes que vieram abrilhantar ainda mais a actuação dos jovens. No final, a música “Somos Teus Amigos”, da autoria de Bruno Lima e Nuno Reis e interpretada pelo Grupo de Jovens de São Mamede, foi a escolhida pelo júri para representar a Diocese no Festival Nacional da Canção Jovem, a 10 de Dezembro. Os jovens da Azoia e Barosa (Grupo Não Estamos Sós), que se estrearam neste concurso, iniciaram o desfile de talentos com a música “Vai e faz tu também o mesmo”, canção que ficou em 2.º lugar na clas-
Paulo Adriano
Jovens de São Mamede ganham “MC’Fest”
Grupo de Henrique Pereira ficou em 2.º lugar
sificação. Como curiosidade, o teclista é o Henrique Pereira, organista litúrgico da Golpilheira, e a sua irmã também integrou o grupo em flauta transversal. Também pela primeira vez a participar no festival esteve o Grupo de Jovens da paróquia da Caranguejeira. A música “Juntos em Oração” deu-lhes direito
ao 3.º lugar. Melhor letra foi entregue ao grupo de recém crismados que veio de Caxarias (Tributo a Deus) e que interpretou a música “No teu sim, meu sim”, da autoria de Célia Manalvo, a catequista que os motivou a participar. O prémio de melhor interpretação foi para os
jovens de Fátima (Banda Somos Um), pela terceira vez consecutiva a participar no festival, e que este ano apresentaram a música “Um Silêncio que me Chama”. O prémio “Ser”, escolhido entre todos os concorrentes, foi para a Marinha Grande e premiou a boa disposição, partilha e
amizade com que os Jovens Além Fronteiras viveram o “MC’Fest”. Os vencedores do “MC’Fest” receberam o troféu das mãos do padre Augusto Gonçalves, que lembrou a primeira edição do Festival Diocesano, no ano de 1985, proclamado Ano Internacional da Juventude. O sacerdote, que esteve à frente da Pastoral Juvenil da Diocese durante 25 anos, recordou a equipa que iniciou este festival e agradeceu, emocionado, tudo o que aprendeu com jovens ao longo dos anos. O público presente, os jovens concorrentes e a actual equipa da Pastoral Juvenil agradeceram-lhe toda a dedicação, numa ovação. No final, a opinião era unânime, de que tinha valido a pena a participação, sobretudo pela amizade vivida entre todos os grupos. Diogo Carvalho Alves
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. cultura .
Jornal da Golpilheira Junho de 2016
Rancho Rosas do Lena apresenta livro
Gala de 2015
Festibatalha e Gala de Folclore
Rosas do Lena em actividade No próximo dia 10 de Julho, na praça de D. João I e no Largo do Condestável, na vila da Batalha, entre as 15h30 e as 24h00, o rancho Rosas do Lena organiza o 11.º “FESTIBATALHA”, que comporta mostra/ venda de produtos regionais, música folclórica, festival nacional de folclore, marchas e bailarico popular. No dia 6 de Agosto, às 21h30, no largo do Condestável, decorre a 31.ª Gala Internacional de Folclore da Batalha, um dos maiores eventos do género em Portugal e que traz sempre ao público alguns dos melhores representantes do folclore nacional e de todo o mundo. A recepção aos grupos, na Câmara Municipal de Batalha, será às 18h30.
Na Galeria Mouzinho de Albuquerque
1.ª Exposição de Artes Plásticas da Academia Sénior da Batalha Será inaugurada no dia 2 de Julho, pelas 18h30, na Galeria Mouzinho de Albuquerque, no centro da vila, a 1.ª Exposição de Artes Plásticas da Academia Sénior da Batalha. Será uma boa ocasião para apreciar os trabalhos artísticos que os mais velhos têm desenvolvido nesta academia, que funcionou no concelho da Batalha este ano pela primeira vez. A mostra ficará depois patente no mesmo espaço.
Jogos em ecrã gigante
Europeu de futebol na Batalha A Câmara da Batalha volta a associar-se à grande festa do futebol, com a transmissão em ecrã gigante dos jogos de Portugal e da final do Campeonato da Europa, a decorrer em França, entre 10 de Junho e 10 de Julho. As transmissões serão na praça Mouzinho de Albuquerque, com visualização gratuita.
Teve lugar no dia 18 de Junho, na sede do Rancho Folclórico Rosas do Lena, na Rebolaria, o lançamento do livro de memórias fotográficas que é o terceiro da série “Etnografia e Tradições”, coordenado por Adélio Amaro. A animação esteve a cargo do grupo “A Korda”, de música popular portuguesa, que interpretou algumas peças com muita qualidade, tanto vocal como instrumental. Três jovens da nossa região, com um longo futuro à sua frente. O coordenador foi o primeiro a intervir, informando a razão pela qual está a trabalhar neste projecto. A etnografia e as tradições estão de braços dados. É necessário deixar para as gerações vindouras o que os nossos antepassados nos transmitiram. Disse ter vindo a acompanhar nos últimos anos, não só a pesquisa de material, para os seus objectivos, como também a vivência com os próprios ranchos folclóricos. É uma emoção muito grande ver a representação do nosso folclore, especialmente no estrangeiro, onde é muito admirado e aplaudido. Este livro é uma homenagem a todos os elementos que trabalharam e trabalham neste grupo, ao longo dos seus 53 anos de existência. Tem 96 páginas com fotografias, apenas um
LMFerraz
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“Memórias Fotográficas”
Actuação de “A Korda” e painel de oradores
testemunho e um símbolo. São os grupos de folclore que divulgam o nosso País, mantendo a nossa identidade, usos e costumes. Unidos todos os grupos, conseguiremos ir mais longe. Por fim, reconheceu a presença da imprensa local neste evento e no apoio que dá sempre ao folclore. José Travaços Santos, um dos grandes mestres do folclore português, e não só, começou por informar que o livro tem duas intenções: é livro sem nomes, excepto o do Mestre Marques, o grande obreiro do Rosas do Lena; segundo, tem fotografias colectivas. Depois, afirmou a grande lealdade que existe e sempre existiu com o Município da Batalha. Sem a ajuda deste Município, ao longo dos anos, não teria sido possível realizar todos os eventos anuais a que se propõe e atingir o estatu-
to que tem hoje dentro e fora do nosso país. Dirigiu rasgados elogios a Adélio Amaro, pela forma como está a desenvolver este projecto. O livro é uma relíquia à disposição de todos, que poderão vê-lo daqui a 50 anos. Rodrigo Martins, presidente da Associação de Folclore da Alta Estremadura, começou por dar os parabéns ao Rosas do Lena. É importante perpetuar os grupos através da imagem. Partilhar, dar a conhecer aos outros é uma forma de espalhar a nossa cultura. Também Rita Leitão, representante da Federação do Folclore Português, afirmou que esta compilação, pela imagem do folclore, torna-a acessível a todos. A organização deste espólio é uma mais valia para o grupo. A divulgação do património documental
valoriza o nosso melhor. Por fim, Paulo Batista, presidente do Município da Batalha, começou por afirmar que o Rosas do Lena é um emblema da nossa região. O povo revêse e gosta do folclore, tanto em Portugal como na diáspora. O Município da Batalha sempre tem apoiado e continuará a apoiar o Rosas do Lena. Umas vezes é o Rancho que puxa pela Câmara, outras vezes é a Câmara que puxa pelo Rancho. O Rosas do Lena é um exemplo, por toda a divulgação de alto nível que faz, mas também pelo património que tem construído ao longo dos anos. No final, foi servido um lanche às cerca de meia centena de pessoas presentes, onde os doces foram reis, acompanhados de sumos, café, chá e outras bebidas. Manuel Carreira Rito
CEPAE promoveu tertúlia
“O território e o património nos discursos sobre Leiria e as suas regiões” No dia em que se comemoraram 471 anos da elevação de Leiria a cidade, 13 de Junho, o CEPAE – Centro de Património da Estremadura, o Museu de Leiria e a Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Leiria realizaram a tertúlia “O território e o pa-
trimónio nos discursos sobre Leiria e as suas regiões”. Cerca de meia centena de pessoas assistiram às intervenções dos professores e antropólogos Fernando Magalhães e Ricardo Vieira sobre a identidade e o património das regiões de Leiria. Gonçalo Lopes, vice-presidente da Câmara
Municipal de Leiria, partilhou também a sua visão e estratégia política cultural e patrimonial para Leiria, referindo-se em particular ao Museu de Leiria, o espaço que acolheu o evento, e ao projecto de “Leiria Capital Europeia da Cultura”, mas também a toda a dinâmica cultural
e desportiva que tem marcado Leiria. A moderação foi assegurada por Micael Sousa, presidente do CEPAE. Concluiu-se que a região tem património humano, natural, material e imaterial em abundância para se construir uma identidade que suporte uma região forte. Será
apenas necessária a vontade política e cívica para concretizar esse potencial. Muitos passos foram dados nesse sentido e as várias dinâmicas culturais que hoje se afirmem na região, tal como novas parcerias e redes que se vão constituindo, podem ajudar a lançar esse desígnio.
Este foi o primeiro evento organizado pela nova direcção do CEPAE que pretende dinamizar mais iniciativas pelos vários concelhos da região, continuando a sua missão de identificação, salvaguarda e valorização do património local e regional nas suas várias formas.
Jornal da Golpilheira
. cultura .
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Para promoção e divulgação do monumento
Amigos do Mosteiro da Batalha “A criação de uma Liga de Amigos do Mosteiro de Santa Maria da Vitória é uma aspiração de inúmeros cidadãos e que estou certo irá congregar muitas vontades com o espírito de contribuir activamente para a salvaguarda, valorização, dinamização e divulgação do Mosteiro”. Assim anuncia, em comunicado, o presidente da Câmara Municipal da Batalha, Paulo Batista Santos, a intenção de avançar com este nova entidade. E conta já com o apoio de Freitas do Amaral, “perso-
nalidade com um profundo conhecimento histórico e cultural do nosso País, bem como reconhecida internacionalmente pelos altos cargos que desempenhou, designadamente de presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, que é um enorme estímulo e uma grande responsabilidade”, acrescenta o autarca. Segundo nota do Município, a Liga de Amigos “irá centrar a sua acção em actividades que possam estimular o interesse pelo Mosteiro e ajudar à sua compreensão como centro
vivo de cultura, procurar novas formas de comunicação com os diversos públicos e valorizar o ambiente urbano em que está inserido”. Nomeadamente, “colaborar com o Mosteiro na organização de acções de sensibilização para o restauro e a conservação, apoiar estudos e publicações que divulguem o monumento, e ainda promover o mecenato cultural e o voluntariado de apoio às acções que sejam expressão das actividades culturais e artísticas do Mosteiro e da Comunidade”.
O processo será articulado com a direcção do Mosteiro da Batalha e com a Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC), entidade responsável pela gestão do património cultural, pretendendo igualmente “envolver várias personalidades associadas às dimensões histórica, cultural, patrimonial, religiosa e militar”, procurando atingir “uma dimensão consentânea com o estatuto nacional e internacional do monumento”.
Exposição de Vítor Ribeiro
“Lugar de Silêncios” no Mosteiro do a conhecer cada obra do escultor na sua relação com o lugar elegido. Um percurso que começa no ar nas Capelas Imperfeitas. Anima-se num sopro no Claustro de D. Afonso V, para chegar à terra, ao Jardim e ao Claustro Real. Tem uma pausa na água da Fonte, para se purificar pelo fogo, na Sala do Capítulo, e concluir a jornada na Capela do Fundador. A mostra constitui-se por 18 esculturas, em 13 lugares distintos do Mosteiro. Vítor Ribeiro nasceu DR
Inaugurada no dia 28 de maio, no Mosteiro da Batalha, a exposição “Lugar de Silêncios - Escultura em Diálogo Retrospetivo”, do artista Vítor Ribeiro até patente até 30 de Outubro deste ano. Com conceito e coordenação de João Prates, a mostra abrange várias fases do escultor e estabelece uma conexão com o secular silêncio dos lugares mais admiráveis do Mosteiro. Respeitando a sacralidade dos lugares, apresenta-se em forma de viagem às suas memórias, num périplo enquadrado nos quatro antigos elementos que definem a matéria ar, terra, água e fogo - dan-
no Porto em 1957. Formou-se no AR.CO, Lisboa, em 1985. Vive e trabalha em Mafra, Portugal. Realizou cerca de 20 expo-
sições individuais e inúmeras colectivas de escultura, tendo sido responsável por vários simpósios e oficinas de arte. Tem vasta obra pública por todo o país. No início dos anos 80, Vítor Ribeiro realizou três oficinas no Mosteiro da Batalha. Com notoriedade e reconhecimento, aqui regressa para partilhar a sua obra a cada visitante: permitindo um percurso reservado, que se pretende individual e íntimo. Um lugar de silêncios.
No jardim do Claustro Real do Mosteiro da Batalha
Concerto de Jazz com Nicolau Santos Tem lugar na próxima sexta-feira, 24 de junho, às 21h30, no jardim do Claustro Real do Mosteiro da Batalha, um magnífico concerto de concerto de jazz, no âmbito da realiza-
ção do 34.º Festival Música em Leiria. No palco, para além do conceituado Quarteto de Manuel Lourenço e da voz de Cláudia Franco, vai juntar-se Nicolau Santos, jornalista
e sub-diretor do Jornal Expresso, que dá, assim, voz ao projecto “Poesia & Jazz”. O concerto, com entrada gratuita, junta temas dos grandes mestres do
jazz. A abertura de portas do Mosteiro da Batalha terá lugar às 20h30, junto à entrada principal do monumento.
Programação para Julho
Cultura no Mosteiro da Batalha São várias as iniciativas programadas para o Mosteiro da Batalha durante o mês de Julho. Logo no dia 2, sábado, pelas 16h00, as “Conferências do Mosteiro 2016”, que contam com o altopatrocínio do Presidente da República, trazem à Batalha o conceituado cirurgião Manuel Antunes, para falar sobre “O coração ao longo da (nossa) história: da poesia à cirurgia”. A entrada é livre. No dia seguinte, domingo dia 3, o Coro Queen’s College Oxford apresenta-se em concerto coral na igreja, pelas 12h00, também com entrada livre. Este é um dos melhores e mais activos coros universitários do Reino Unido, radicado na Universidade de Oxford, fundada no século X e também ela uma da mais conceituadas do mundo. O coro canta durante o ano lectivo na belíssima capela barroca do Queen’s College e tem uma extensa actividade concertista que inclui actuações com várias orquestras, diversas digressões mundiais, várias obras gravadas e muitos prémios conquistados, entre os quais o “BBC Film Music of the Year”, pela banda sonora do filme Harry Potter e o Enigma do Príncipe, que lhe valeu também uma nomeação para o Grammy. É regido por Owen Rees, maestro e musicólogo que é um dos maiores especialistas de música portuguesa, sobretudo da Renascença e Barroco, também com vários álbuns editados e prémios conquistados. No mesmo domingo 3 de Julho, pelas 15h00, Rita Miguel conduzirá mais uma sessão do “Mosteiro Revisitado”, com visita guiada à cerca conventual, cuja participação exige inscrição prévia. Outra visita deste ciclo decorrerá no sábado dia 9, com o sistema hidráulico a ser apresentado por Virgolino Jorge, no Mosteiro e nos Terraços, a partir das 14h30, mediante inscrição.
Muitos concertos Segue-se uma série de concertos, sempre com entrada livre: - No domingo 10, às 15h00, com o Coral Ensemble da Catholic Central High School London, do Canadá, na igreja do Mosteiro. - No sábado 16, às 21h30, com o Coro Ninfas do Lis e a Orquestra Ars Lusitanae, dirigidos pelos maestros Mário Nascimento e Alberto Roque, nas Capelas Imperfeitas. - No domingo 17, às 17h00, com a música sinfónica da Mayo Youth Orchestra, da Irlanda, no âmbito do “Youth Lisbon Music Fest” (YLMF), nas Capelas Imperfeitas. - No dia 21, às 16h00, um ensaio aberto com o Coro do Festival Zezere Arts, nas Capelas Imperfeitas. - No mesmo dia 21, às 21h30, mais um concerto sinfónico do YLMF, com Winterthurer JugendSinfonieOrchester, da Suíça, nas Capelas Imperfeitas - No dia 23, às 17h00, outro concerto do YLMF, com o Hong Kong Children’s Choir, nas Capelas Imperfeitas. - No dia 27, às 22h00, haverá “Concerto(s) Noturno(s)” ao longo do Mosteiro, trazidos pelo Festival Zezere Arts. - Por fim, no sábado 30, às 15h00, nas Capelas Imperfeitas, actuará o Orfeão de Leiria, com o maestro Jean-Sébastien Béreau, no âmbito do Estágio Internacional de Orquestra.
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Jornal da Golpilheira
. eclesial .
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No passado domingo 5 de Junho, no Mosteiro da Batalha, o grupo do 6.º ano catequese da Golpilheira celebrou a sua Comunhão Solene e Profissão de Fé. A celebração juntou todos os catequi-
zandos da paróquia deste volume, tendo sido muito participada e vivida por todos. Foi mais um momento de muita fé e alegria destes meninos que assim caminham, passo a passo, no conhecimen-
to de Jesus e, sobretudo, numa vida mais próxima e íntima d’Ele. No final, o grupo da Golpilheira tirou a foto com a catequista. Estão todos de parabéns.
Adelino Bastos
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Jornal da Golpilheira Junho de 2016
Olá a todos! Chegou ao fim mais um ano. Mostramos os nossos últimos trabalhos e estamos a preparar tudo para a grande festa de final de ano, com as famílias, no dia 1 de Julho, no nosso Jardim.
. entrevista . página infantil .
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Jardim-de-Infância da Golpilheira
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Jornal da Golpilheira
. sociedade .
MCR
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Antigos alunos organizaram
Festa de homenagem à professora Cândida pela nossa terra. Da parte da professora, registamos com muito agrado a presença de todos os seus familiares mais próximos. A c o m i s s ã o organizadora, composta pelo Luís Fernando Cruz, José Frazão de Matos, Manuel Carreira Rito, José Jordão da Cruz e Cremilde Monteiro, tudo fez para proporcionarem à nossa professora um dia inesquecível. O palco estava transformado numa autêntica sala de aulas dos anos 60, com carteiras, secretária,
Orgulho de aluna Percorro agora os anos Da infância alegre e vivida, Na família, nos amigos, na escola Com a professora que marcou a nossa vida! Letra após letra a soletrar, Sempre aquele sorriso, doce Mais doce ainda o olhar Mesmo que de longe fosse… Sei de cor o meu primeiro ditado, Revejo a ansiedade do momento, E aquele sorriso estampado No seu rosto, de contentamento. Professora, Animadora e Amiga, Acolheu crianças, pai e mãe, Chegou a tratar-me a ferida, Que eu tinha e não mostrava a ninguém. Mas não foi adeus, foi até logo, Fez-se caminho e passaram anos E sabemos, sabemos todos Que valeu a pena Que as sementes por si lançadas à terra, Germinaram, cresceram e deram fruto, E sempre que da nossa escola falámos Referimos que a nossa professora foi a professora Cândida Martinho E dizêmo-lo com muito orgulho! Maria Eulália da Silva Teixeira
mapas, não faltando o quadro preto, a régua e a cana da índia. O salão estava com as mesas colocadas, de maneira a que se estabelecesse um diálogo fácil. Ainda antes da hora marcada, a professora chegou às imediações do CRG. Fomos esperá-la. A acompanhá-la, vinha o seu marido, filhos, nora, genro e quatro lindos netos. As emoções fortes começaram logo ali. À entrada do salão, foi-lhe entregue um bonito ramos de flores, pelo José Pragosa, com dez rosas vermelhas. Depois, a canção de boas-vindas: “ A Prima da América”, que ficou na memória da Piedade Bagagem, ensinada pela professora Cândida, nos longínquos anos 60. Seguiu-se a apresentação, um a um, dos seus exalunos. Foi comovente. O convívio começou logo ali. Dirigimo-nos para as mesas dos aperitivos e digestivos, onde a conversa continuou, uma vez que o tempo tinha de ser bem aproveitado. Aos poucos, lá nos fomos instalando, para iniciarmos o almoço propriamente dito. Antes deste, foram lembrados os nossos colegas que infelizmente já não pertencem ao mundo dos vivos. Após esta breve homenagem, foi cantada, por iniciativa da Gracinda Rito, a célebre “Canção da Família”. As crianças da actual Escola da Golpilheira também participaram na animação desta festa. Sen-
taram-se nas carteiras e, acompanhadas à viola pelo Luís Fernando, interpretaram em conjunto uma canção satírica da altura, escrita pela professora Cândida. Mas houve mais surpresas. Victor e Joaquim Cruz, radicados nos Estados Unidos da América há muitos anos, mandaram entregar pela Isabel Soares um lindo ramo de flores. A peça de teatro “Os Três Irmãos Unidos” também foi recriada pelos actuais alunos da Escola Primária e relembrada por três alunos dos anos 60. A certa altura do almoço, o Luís Fernando recebeu uma chamada (preparada por ele) de uma ex-aluna da professora, que se chama Eulália, engenheira ex-deputada à Assembleia da República e ex-presidente do Município de Castro Daire. Passou o telefone à nossa professora, que ficou muito emocionada ao saber quem estava do outro lado. Trocaram algumas palavras alusivas a este dia festivo. A engenheira Eulália tam-
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Após várias reuniões, muitos telefonemas, algum porta-a-porta, conseguimos levar a efeito, no dia 21 de Maio passado, a festa de homenagem à professora Maria Cândida dos Santos Martinho. Decorreu no salão de festas do Centro Recreativo da Golpilheira, com almoço servido pelo Restaurante Etnográfico. Estiveram presentes cerca de 90 pessoas, entre exalunos, familiares e outras pessoas com quem a professora conviveu de perto, aquando da sua passagem
Os convivas no almoço
bém tem grande estima e admiração pela nossa professora. Ao telefone, em “alta voz”, dedicou-lhe uma poesia de sua autoria, que tomamos a liberdade de publicar. Depois, o Luís Fernando convidou a professora ao palco, para lhe fazer uma pequena entrevista, a saber mais alguma coisa sobre a sua vida, depois da saída da Escola da Golpilheira. Por onde tinha andado, as vivências que teve, as recordações que guarda de largas centenas de alunos que ensinou. As histórias que tem dos alunos que conduziu na nossa Escola de 1964 a 1968. A nossa professora a tudo respondeu, com a humildade que lhe reconhecemos. O Luís Fernando convidou ainda os seus alunos a subir ao palco e a fazerem também algumas perguntas, ou relembrar alguns episódios ocorridos na nossa escola. Caminháva-mos a passos largos para o final deste dia memorável. O almoço farto e saboroso, assim
como todas as sobremesas. Luís Fernando voltou ao palco, para tocar e cantar algumas baladas, acompanhado pelas crianças da nossa escola. A Cremilde, com a sua simplicidade, também dedicou uma poesia à nossa professora. O Diamantino Grosso declamou alguns poemas dos nossos livros da 3.ª e 4.ª classes. Aproximou-se a altura da entrega de várias lembranças à professora Cândida, nomeadamente, alguns livros sobre a Batalha e seus monumentos, oferecidos pelo Município da Batalha. Dois livros oferecidos pela professora jubilada Purificação Bagagem, da sua autoria, relacionados com a sua experiência profissional. Um livro de poesia, oferecido pelo Luís Miguel Ferraz, director do Jornal da Golpilheira, também de sua autoria. Ainda outro livro da autoria de Maria da Piedade Vieira, ex-professora primária. Fernando Filipe, ex-aluno, especialista em artes gráficas, ofereceu-
Jornal da Golpilheira
entrevista . . .sociedade
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O carinho e a amizade fazem a saudade
MCR
lhe um quadro com o seu retrato, executado por ele. Não faltaram alguns chocolates fresquinhos, trazidos na véspera da Suíça pelo nosso colega e amigo Joaquim Lopes. Também lhe foi oferecida por todos uma pintura a óleo com o seu rosto àquela época. Carlos Santos, presidente da Junta de Freguesia da Golpilheira, também lhe ofereceu um quadro emoldurado com um voto de louvor, aprovado em Assembleia de Freguesia por unanimidade, pelos serviços prestados à comunidade da Golpilheira. Manuel Carreira Rito, após a entrega destas lembranças, leu um pequeno discurso, relacionado com este dia, que também reproduzimos nestas páginas. A professora Cândida agradeceu do fundo do coração a todos os presen-
Teatro com miúdos e graúdos no cenário da antiga escola
tes, e àqueles que por motivos vários não puderam vir, a organização desta festa, o carinho e o afecto para com ela, assim como a estima e admiração. Jamais esquecerá este dia e, como disse uma vez ao Frazão: “quando passarem por Abraveses, encontram em minha casa sempre uma porta aberta”. Depois, subiu ao palco toda a sua família, da qual os mais velhos proferiram algumas
palavras. Foi fácil verificar que comungavam da mesma opinião. Sabiam que a Golpilheira era mencionada muitas vezes pela professora, por alguma razão seria. Neste dia ficaram a perceber a razão pela qual ela não mais esquecerá a Golpilheira e que nós também não nos esquecemos dela. Não é normal, passados mais de 50 anos, que uma professora tenha uma ligação tão forte aos
seus ex-alunos. Diz-se na gíria que cada pessoa apenas se sentirá realizado na sua vida se tiver um filho, plantar uma árvore e escrever um livro. Na parte que me toca, troco o livro por esta bonita festa à minha professora. A todas as pessoas que tornaram possível esta festa de convívio, os agradecimentos da comissão organizadora. Manuel Carreira Rito
Discurso à professora Cândida Em primeiro lugar, em nome da comissão organizadora desta festa, quero agradecer a presença, hoje, neste lugar, da terna professora Cândida, marido, filhos e restantes familiares e alguns amigos, cuja participação muito nos honra. Este encontro começou a idealizar-se no dia 19 de Maio do ano de 2002, quando realizámos o encontro dos ex-alunos que frequentaram a Escola da Golpilheira, a mítica “Escola do Paço”, e os professores que ali leccionaram. Passaram 14 anos há precisamente dois dias. Estamos 14 anos mais velhos. Esta festa fazia-se agora, ou cada vez era mais difícil organizá-la. É que, sem nos apercebermos, estamos, se-
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gundo as leis da natureza, cada vez mais perto do fim e mais longe do princípio. Este nosso evento é prova da estima e consideração que todos temos pela professora Cândida. Ela foi, é e continuará a ser uma referência para aqueles que tiveram a felicidade de a ter como professora. Muito do que somos hoje, devêmo-lo a ela, que nos trabalhou lançando em nós a semente, durante os anos em que ensinou na Escola Primária da Golpilheira. Naquele dia 8 de Outubro de 1964, sentados nas carteiras, iguais àquelas que estão em cima do palco, entrou uma menina, alta, bonita, cuja beleza mantém, apesar dos anos
que já passaram. Todos nos levantámos, oferendo-lhe os nossos sorrisos tímidos, fazendo-lhe uma vénia. Era uma menina, sim, pois estava a poucos dias de completar 20 anos. Naquele dia, iniciava a sua profissão, na Escola da Golpilheira, talvez por obra do acaso, conforme há uns tempos me contou. Aqui assentou “praça”. Tenho a certeza de que não foi uma má experiência passar pela nossa bonita e acolhedora aldeia. Para nós, posso afirmar que foi muito bom. Apresentouse. Ficámos a saber que era da zona de Viseu. Passados alguns dias, uma sua colega disse que ela era lá de “xima”, mas que não falava “axim”, como é típico
daquela região. A sua integração no nosso meio foi muito rápida, até porque somos uma terra de gente pobre, mas hospitaleira e acolhedora. Para além de nos ensinar a ler, a contar e a escrever, “dava catequese”, como se diz na gíria. Revolucionou, à sua maneira, a forma de ocupar os tempos livres dos seus alunos. As festas de Natal, com peças de teatro, declamações, poesia, etc. No recreio, os exercícios físicos, os jogos, etc. Colaborou também em algumas peças de teatro levadas à cena nos antigos barracões do senhor Afonso Pereira. É por tudo isto que lhe estamos reconhecidos e demonstramos, hoje, toda
Na Golpilheira, sentimo-nos orgulhosos Com alegria, veio fazer-nos esta surpresa! A Senhora Professora Cândida E familiares vieram-nos visitar, Com carinho e amizade nos quiseram abraçar. Querida e amiga Sra. Professora Cândida Há tempos que andávamos a esperar, A esperança da vida é óptimo confiar Nunca é tarde para esse dia alcançar. Já sentíamos muitas saudades O tempo traz certezas e incertezas, Estarmos longe ou perto A esperança dá-nos surpresas. No fim de tantos anos passados O que nos ensinou faz recordar! Vários poemas que ficaram na memória Pensamos neste dia recitar. Ensinava num belo jardim Onde havia cravos de várias cores As crianças juntavam-se na brincadeira Entretidos, pareciam lindas flores. Entre momentos bons e difíceis Foi sempre muito nossa amiga, Foi professora e catequista De todos nós jamais é esquecida. O adeus é difícil de dizer! Desperta-nos uma lágrima Ou um sorriso no olhar Para sempre será inesquecível Este dia iremos recordar. Nota: Oferecido à Sra. Professora Cândida, marido e familiares. Muita saúde e sorte são os desejos sinceros de todos os golpilheirenses. 21/5/2016 - Cremilde Monteiro
a nossa gratidão. Nós, organização, pedimos à professora Cândida que viesse acompanhada pelo seu marido, filhos e restante família. Pelos afazeres profissionais destes, sabemos que não foi fácil conciliar as suas vidas para poderem estar aqui hoje. Temos a certeza de que valeu a pena o esforço. É que nós pretendemos que os vossos filhos e os vossos netos sejam portadores da mensagem que aqui transmitimos à professora Cândida.
Queremos que fiquem a saber pessoalmente quanta estima e ternura temos por si, professora Cândida. Abençoada professora Cândida, e que Deus lhe dê muita saúde para continuar a ver crescer os seus netos, transmitir-lhes tudo aquilo que sabe, que aprendeu ao longo dos quase 72 anos de vida. Muito obrigada, professora Cândida, por nos ter dado oportunidade de termos realizado este convívio. MCR pub
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. economia .
Jornal da Golpilheira Junho de 2016
Muitos participantes da Golpilheira
Vários eventos
Batalha leva vinhos a Lisboa A Câmara da Batalha vai associar-se ao Município de Lisboa e à Comissão Vitivinícola daquela região com o intuito promover o património turístico e os vinhos na capital portuguesa. Para tal, o Município e a Adega Cooperativa da Batalha vão participar em diversos eventos, com destaque já para os dias 30 de Junho, 1 e 2 de Julho, no Mercado da Ribeira, seguindo-se depois uma feira e mostra de vinhos e produtos da Região de Lisboa, a ter lugar na Rua Augusta.
Carlos Vieira abriu o bolo
mude. O diálogo não cessou, durante todas aquelas horas que durou o jantar, que estava muito saboroso. As senhoras, apesar de em menor número, neste campo levaram de vencida os homens. Perto da meia-noite, Luís Sousa, porta voz da organização, agradeceu a todos os presentes a adesão a este 1.º Encontro e também aos colegas contactados, mas que por um ou outro motivo não puderam vir. Depois, passou a palavra a Carlos
Vieira. Com a sabedoria e inteligência que todos lhe reconhecemos, começou por afirmar que se sentia muito feliz por este encontro. É bom saber que, passados tantos anos, um evento destes se tornou realidade. Registou também a sua satisfação por ver os seus ex-colaboradores bem na vida. Fez uma breve resenha do seu percurso de vida. Disse com orgulho que começou por baixo, numa mercearia a pesar açúcar e a cortar muitos bacalhaus, e que não tem
vergonha nenhuma de o dizer. Foi com a sua batuta que se iniciaram as vendas das máquinas Volvo VM em Portugal, a menina dos seus olhos. Foram muitos degraus, subidos a pulso, por vezes com alguns recuos, provocando depois avanços mais rápidos e consolidados. As diversas transformações na empresa e a sua administração não lhe estão alheias. Esteve nas muitas e decisivas mudanças de estratégia da empresa, muitas vezes mostrando o seu diálogo,
mas com firmeza. Depois de desenvolver ao longo de mais de 50 anos, instalar os negócios nos quatro cantos do mundo, chegou a hora de desanuviar a cabeça e partir para outros projectos. Pouco a pouco, está a resolver algumas situações que tem entre mãos. Investiu nalguns terrenos muito bem situados. Os seus projectos não têm fim, já que é feito de uma fibra que não pode estar parado. Para além dos seus negócios, está também integrado nalgumas associações de carácter social. Como empresário que é, está também ligado a diversas organizações empresariais. Deseja também ter mais tempo para dedicar à sua esposa. Tudo isto disse com grande emoção, que contagiou todos os presentes que o ouviram atentamente, de pé, e aplaudiram com grande intensidade, durante muito tempo. Depois, já recomposto deste emotivo discurso, convidou os presentes a saborear o bolo, mandado fazer para o efeito, e beber um copo de champanhe.
Perto da uma da manhã, foi altura de se começarem a despedir, ficando um adeus até ao próximo encontro. Eu tive o privilégio de ter sido funcionário da Volvo-Leiria, entre 1979 e 1985. Falei apenas uma vez com o senhor Carlos Vieira. Foi no dia da entrevista, para a minha possível admissão. Já tinha preenchido uma ficha com alguns dados, quando a sua secretária me mandou entrar para o seu gabinete. Com licença para me sentar, travamos um pequeno diálogo. Disse-me que estava satisfeito com a ficha, mas tinha um pequeno reparo que era a caligrafia. Eu de imediato lhe respondi: “os médicos também são médicos e ninguém percebe aquilo que eles escrevem”. Mal me deixou acabar, replicou: “já viu se houvesse algum médico que escrevesse bem, diziam logo que ele não era médico”. Para mim e para muitos dos meus colegas, a VOLVO foi uma grande escola para a vida. Manuel Carreira Rito
Restaurante Mosteiro do Leitão
Batalha tem o “Melhor Arroz de Portugal” 2016 O “Risotto com Crocante de Leitão”, do restaurante Mosteiro do Leitão, da região da Batalha, é “O Melhor Arroz de Portugal 2016”. A grande final do concurso decorreu a 6 de Junho, no “Time Out Mercado da Ribeira”, em Lisboa, onde o título do melhor prato de arroz do País foi disputado entre os 10 restaurantes mais votados pelo público. Os 10 finalistas, provenientes de regiões como a Batalha, Esposende, Sesimbra, Tarouca, Pombal, Vila Nova de Poiares, Peso
da Régua e Lamego, foram avaliados por um painel de júri, constituído pelos chefes António Boia, capitão
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Realizou-se no passado dia 18 de Junho o 1.º Encontro de Ex-colaboradores da Volvo, no Restaurante “Mário”, no Brogal. Foi uma iniciativa promovida por cinco ex-colaboradores desta empresa: Luís Sousa, Mário Silva, Artur Sousa, Norberto e Lemos. Estiveram presentes cerca de noventa pessoas, muitas delas da Golpilheira, e também Carlos Vieira, o grande cérebro e dinamizador daquela filial, cujo arranque se verificou em 1968. Não deve ter sido fácil contactar todos e outros por diversos motivos não puderam vir. Foi um serão de muito convívio, cujo tempo passou a correr. Rever colegas que não se viam, alguns há dezenas de anos, foi extraordinário. Alguns ainda conseguíamos reconhecer, mas outros, apesar dos esforços, não era possível. Tornava-se necessário perguntar o nome, para nos avivar a memória e localizar a pessoa no tempo. Os anos não perdoam e por isso não é de estranhar que a fisionomia das pessoas
MCR
1.º Encontro de Ex-colaboradores da Volvo
O certificado
da Equipa Olímpica Júnior de Culinária, Paulo Pinto, capitão da Equipa Olímpica Sénior de Culinária, e
Carlos Madeira, executive chef na Unilever Food Solutions. O segundo lugar foi atribuído ao restaurante Castas e Pratos, vencedor da edição de 2015, que em 2016 apresentou o prato “Risotto de Bacalhau com Todos”. O terceiro lugar foi atribuído ao restaurante Vintage pelo seu “Risotto de Cogumelos Selvagens com Entrecôte”. Os 10 finalistas foram eleitos pelo público, através dos votos submetidos por um total de 30.928 pessoas, que garantiram, só
por si, a doação a instituições de solidariedade social de 3,1 toneladas de arroz – o equivalente a mais de 5.000 refeições de arroz. O concurso “Melhor Arroz de Portugal” é uma iniciativa da “Unilever Food Solutions”, que tem como objectivo promover a visibilidade dos restaurantes portugueses e fomentar a sua aproximação aos seus clientes. Nesta 4.ª edição do concurso, 1.625 restaurantes foram a concurso e apresentaram um total de 1.661 pratos de arroz. www.melhorarrozdeportugal.pt
Jornal da Golpilheira
entrevista .. . educação
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Com colega da Batalha, são os primeiros portugueses a ganhar
Eduardo Silva e Francisco Caetano
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Francisco Caetano e Eduardo Silva, ambos do concelho da Batalha e este último da freguesia da Golpilheira, estudantes da licenciatura em Engenharia Mecânica da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Leiria (ESTG/IPL), são os grandes vencedores da edição de Março do concurso internacional “Siemens PLM Software Student Design Contest”. É a primeira vez que este prémio é atribuído em Portugal, tendo sido entregue a 24 de maio, na Academia Siemens PLM da ESTG/IPL, a primeira e única a nível mundial. Esta cerimónia contou com a presença de João Paulo Rodrigues, da empresa Cadflow, representante da Siemens PLM em Portugal, do presidente do IPL, Nuno Mangas, do diretor da ESTG/IPL, Pedro Martinho, e ainda de Nuno André, coordenador deste
projecto vencedor, de docentes e membros da coordenação da licenciatura em Engenharia Mecânica, e estudantes deste curso. Pedro Martinho salientou a importância deste primeiro prémio para em Portugal e a oportunidade de poder ser um exemplo para que outros estudantes sejam ousados e apresentem as suas ideias. Falou igualmente da importância que este reconhecimento traz para a instituição, ideia reforçada por Nuno Mangas,
que sublinhou a parceria com a Siemens, afirmando que “estamos a fazer um caminho e esse é um caminho que se está a consolidar e a intensificar”. Desafiou ainda outros estudantes a seguirem esse caminho, com o apoio do Politécnico de Leiria para serem melhores pessoas, melhores engenheiros e melhores profissionais. João Paulo Rodrigues frisou a parceria com o IPL, que tem trazido resultados muito positivos, nomeadamente este prémio, mas
sobretudo os projectos que tem sido possível concretizar e a criação na ESTG da primeira Academia Siemens PLM no mundo. Eduardo Silva – que também já havia concluído um CTeSP na ESTG/IPLeiria – e Francisco Caetano, visivelmente satisfeitos com o prémio, contaram que foi uma surpresa e, simultaneamente um grande desafio: o projecto que apresentaram, o Kyosho RC Car, um carro telecomandado realizado no software Solid Edge, uma das soluções CAD 3D criada pela Siemens, tinha mais de 70 peças que era preciso desenvolver e, por fim, era preciso que todas encaixassem na montagem, o que acabou por resultar. O concurso, de carácter mensal, decorre a nível internacional e destina-se a estudantes de todo o mundo que utilizem soluções CAD da Siemens PLM.
Sarau Cultural do Agrupamento de Escolas da Batalha
Uma celebração da língua e da literatura Jovens da Batalha. A peça de teatro “As Criadas” foi outro momento alto. Escrita e encenada pela professora Rosário Cunha, traduziu-se numa homenagem a Fernando Pessoa. Nesta, foi particularmente
DR
O Agrupamento de Escolas da Batalha realizou, no passado dia 25 de Maio, um Sarau Cultural organizado pelo Departamento de Português. O evento decorreu no auditório municipal da Batalha, que se revelou pequeno para acolher todos os que quiseram assistir. O espectáculo abriu com um momento musical bem marcante, interpretado pelas vozes afinadas dos pequenos cantores, alunos do 6.º A, dirigidos pela professora Rita Pereira. Seguiu-se um concurso - “Olimpíadas da Oratória” - no qual os concorrentes, alunos do ensino secundário, expuseram e defenderam, perante a plateia, os seus pontos de vista em relação a problemáticas da juventude e da cidadania. Esta actividade teve a parceria da Comissão de Protecção de Crianças e
Momentos
interessante a inclusão de momentos musicais, declamação de poesia, dança clássica e vídeo. As excelentes interpretações dos actores são dignas de nota, tendo merecido forte ovação do público.
Foram ainda revelados os nomes dos premiados no “Campeonato de Língua Portuguesa”, actividade já levada a cabo durante as Jornadas Culturais, bem como os das “Olimpíadas da Oratória”. Luís Novais, director do Agrupamento, dirigiu palavras de muito apreço pela qualidade do espectáculo e pelo empenho de todos os que se envolveram no mesmo, no que foi secundado por Paulo Batista dos Santos, presidente da Câmara da Batalha. A professora Fátima Gaspar, co-responsável pela organização, fez subir ao palco uma avó e uma mãe e realçou a importância da família na função educativa e o no desenvolvimento integral dos jovens.
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Estudante da Golpilheira vence concurso internacional da Siemens
Escola Tecnológica, Artística e Profissional de Pombal
Vários alunos da Batalha optam pelo ensino profissional A Escola Tecnológica, Artística e Profissional de Pombal (ETAP) é a primeira Escola Profissional de Portugal, tendo sido criada a 19 de Setembro de 1989 com o intuito de constituir uma alternativa aos percursos tradicionais de ensino vigentes na altura e ajudar a suprir a necessidade de formar técnicos para as empresas, dando dessa forma resposta às necessidades do mercado de trabalho. E são vários os alunos do concelho da Batalha que têm optado por esta via de ensino. A este modelo inovador que esteve subjacente à criação da ETAP têm-se juntado inúmeras inovações ao longo dos já 26 anos de actividade da Escola. A própria selecção das áreas de formação que integram a sua oferta formativa tem sido exemplo de tal, quando, por exemplo, se passou a ministrar, na ETAP e pela primeira vez em Portugal, o curso profissional de Técnico de Transformação de Polímeros, curso este que se juntou a muitos outros que, não sendo comuns na Região, são em áreas de enorme procura de técnicos por parte das empresas. Mas falar de inovação na ETAP é falar também do seu modelo singular em termos de estrutura accionista, onde estão presentes mais de 40 das principais empresas da região, bem como dos seus órgãos de gestão, onde os empresários estão em maioria. Este modelo visa transpor o conhecimento e experiência do mundo empresarial para a formação dos alunos e incrementar os níveis de empregabilidade. Esta postura de forte aproximação e de comunhão com o tecido socioeconómico da Região Centro tem permitido uma elevada inserção dos alunos no mercado de trabalho o que, em conjunto com o prosseguimento de estudos dos jovens recém-formados pela ETAP, tem permitido alcançar taxas superiores aos 90% e, outrossim, aumentar o número de alunos que nos últimos anos procuram esta Escola - e que em 2016 atingiram o valor mais alto nos 26 anos da ETAP, atingido os 368 alunos para aí desenvolverem as competências necessárias para poderem alcançar um futuro profissional de sucesso. A oferta formativa actual da ETAP passa pelos cursos profissionais, com equivalência ao 12.º ano, de Técnico de Vendas, Técnico de Electromecânica, Técnico de Transformação de Polímeros, Técnico de Programação e Maquinação (CNC), Técnico de Mecatrónica, Técnico de Turismo e Técnico de Mecatrónica Automóvel e pelo cursos de educação e formação (CEF), com equivalência ao 9.º ano, com duração de 1 ou 2 anos, nas áreas de Mecânica Automóvel, Informática e Saúde/ Acção Educativa. A opção por cursos profissionais em áreas de forte procura pelo mercado de trabalho, como é o caso dos cursos oferecidos pela ETAP, poderá revelar-se uma escolha inteligente porquanto este tipo de ensino permite, após o 12.º ano, aceder a uma profissão ou, caso seja esse o desejo do aluno, prosseguir estudos no ensino superior.
Ângela Susano
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Jornal da Golpilheira
. desporto .
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Veteranos
11-06 - VII Torneio da Amizade C. R. Golpilheira - 0/AD Pontassolense - (Madeira) – 1 C. R. Golpilheira - 1/Tó-Mané – (Braga) – 3 AD Pontassolense – (Madeira) - 2/Tó Mané – (Braga) – 1 Vencedor do VII Torneio Amizade – AD Pontassolense – (Madeira) Outras Actividades 26-06 – Convívio de final da época 2015/2016, com uma sardinhada no Parque de Merendas da Praia das Paredes.
FUTSAL
Campeonato Nacional de Seniores Femininos 28-05 – Golpilheira – 2/Benfica – 3 04-06 – Quinta dos Lombos – 5/Golpilheira – 5
Taça Nacional de Juniores Femininos 29-05 – Sporting – 6/Golpilheira – 4 05-06 – Golpilheira – 7/Rio de Moinhos – 0 12-06 – Benfica – 5/Golpilheira – 0
Torneio Complementar de Juvenis Masculinos – Série B 28-05 – Golpilheira – 0/Casal Velho – 4
Torneio Inter-associações da Batalha
Série A 13-06 – R. F. Penedo – 7/C. R. Golpilheira – 1 16-06 – C. R. Golpilheira – 1/C. S. C. R. Brancas – 1 20-06 – A. R. Amarense – 2/C. R. Golpilheira – 3 22-06 – C. R. Golpilheira – 4/C. R. Rebolaria – 3 Série B 15-06 – F. I. P. B. São Bento – 1/C. R. Pinheiros – 4 21-06 – A. R. C. Alcaidaria – 5/F. I. P. B. São Bento - 3
Balanço
Todas as equipas já cumpriram os seus calendários. Agora, é tempo de férias para carregar baterias para a nova época. O Centro Recreativo da Golpilheira está grato a todos atletas, treinadores, massagistas e outros directores, pela forma como dignificaram e defenderam a camisola da nossa associação. Uma palavra de agradecimento aos nossos sócios e apoiantes, que sempre acompanharam as nossas equipas, assim como aos nossos patrocinadores e entidades oficiais: Município da Batalha e Junta de Freguesia da Golpilheira. | MCR
A XIII edição do Torneio de Futsal Município da Batalha, a decorrer de 13 de junho a 8 de julho, junta 14 associações e cerca de 200 atletas do concelho da Batalha. Com organização conjunta do Município e da Associação Recreativa Amarense, que venceu a edição do ano passado, realiza-se no pavilhão gimnodesportivo da Vila e continua a promover como principal objectivo “fomentar o espírito do associativismo e a proximidade dos seus agentes”. Entre as equipas em competição, estão duas da nossa freguesia, uma em representação do Centro Recreativo da Golpilheira e outra da Comissão da Igreja de São Bento. As duas equipas estão em séries diferentes. Cada série tem sete equipas. Na primeira fase, todas disputam seis jogos, passando à fase seguinte, as equipas classificadas nos quatro primeiros lugares de cada série. A composição das séries é a seguinte: Série A – AR Amarense,
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Futebol 11
Futsal | Torneio inter-associações da Batalha
Equipa do Centro Recreativo da Golpilheira
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Equipas do CRG
Equipa da Comissão da Igreja de São Bento
Casa do Benfica da Batalha, CR Golpilheira, CRJ Demó, CR Rebolaria, CSCR Brancas e RF Penedo; Série B – ACDRC São Mamede, AR Batalhense, ARC Alcaidaria, CCR
Quinta do Sobrado, CR Pinheiros, FIPB São Bento e SR Relvense. Os resultados até esta data estão assinalados ao lado. Esperamos que as nossas equipas cheguem à
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Zelamos pela sua segurança!
final, a realizar no dia 8 de julho. Mesmo sem a taça, farão, com certeza, parte da festa de encerramento, com todos os atletas e a participação do DJ Miguel Chagas.
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Jornal da Golpilheira
. entrevista desporto .
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CRG com a equipa do Pontassolense
CRG com a equipa do Tó Mané
Futebol 11 | Veteranos do CRG muito activos
VII Torneio da Amizade fez justiça ao nome A equipa de Veteranos do Centro Recreativo da Golpilheira levou a efeito, no passado dia 11 de Junho, a 7.ª edição do seu Torneio da Amizade, no Campo de Jogos Municipal da Batalha, com a participação das seguintes equipas: CR Golpilheira, AD Pontassolense e Tó Mané-Braga. Os jogos decorreram com disciplina, espírito de camaradagem e desportivismo, fazendo justiça ao nome do torneio. Os resultados foram os seguintes: Golpilheira – 0/Pontassolense – 1; Golpilheira – 1/Tó ManéBraga – 3; Tó Mané-Braga – 1/ Pontassolense – 2. Com estes resultados, a classificação geral ficou assim ordenada: 1.º – AD Pontassolense – 6 pontos; 2.º – Tó Mané-Braga – 3 pontos; 3.º – C. R. Golpilheira – 0 pontos. Foi uma manhã bem passada, em são convívio, com muitas bifanas e bebidas, onde a imperial foi rainha, beneficiada por estar muito calor. Depois, foi o almoço, no salão de festas do Centro Recreativo da Golpilheira, muito bem confeccionado pelo Restaurante Etnográfico da associação. Mais uma prova de bem receber e bem servir por parte da nossa equipa de Veteranos, que deixou os nossos visitantes surpreendidos. Antes da entrega dos prémios e troca de lembranças, actuou para todos o Grupo de Cordas da Fajã da Ovelha, do concelho da Calheta, Madeira. Este grupo de música tradicional portuguesa
acompanhou o senhor Sérgio Silva, nosso grande amigo, responsável pela ida da nossa equipa de Veteranos à Madeira, em 2010 e 2016. Interpretaram várias músicas populares, onde não faltou o eterno “Bailinho da Madeira”, muito aplaudido. A comitiva da AD Pontassolense era composta por 25 elementos, entre os quais estava o vice-presidente do Município da Ponta do Sol, Inácio Silva, o director do AD Pontassolense, Orlando Sousa, atletas e outros. O Grupo de Cordas da Fajã da Ovelha era composto por 13 elementos, incluindo Sérgio Silva. Após esta actuação, estavam criadas as condições para a entrega dos prémios. Paulo Batista, presidente do Município da Batalha, dirigiu algumas palavras de circunstância, em primeiro lugar aos nossos convidados. Foi salutar a forma como todo se entregaram e respeitaram, no sintético da Batalha. Estes en-
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contros servem para criar novas amizades e outros intercâmbios. Inácio Silva, vice presidente do Município da Ponta do Sol teceu rasgados elogios à nossa organização, assim como à pujança da nossa colectividade. Afirmou que deve ser um exemplo a seguir pelo nosso país fora. Quanto à nossa recepção, está a ser uma agradável surpresa e espera que assim continue até à sua partida. Orlando Sousa também nos dirigiu algumas palavras, enaltecendo a forma como foram recebidos e tratados. Teve oportunidade de nos dirigir algumas palavras um director do Grupo de Cordas da Fajã da Ovelha. Descreveu um breve historial do grupo, assim como os seus objectivos. A pesquisa e divulgação da música popular portuguesa é a sua grande meta. Já gravaram alguns CD, o que atesta a sua posição no meio musical onde se insere. Por fim, interveio Manuel Rito, director dos Veteranos do
CR Golpilheira, que agradeceu a presença de todos, especialmente os que vieram da Madeira e de Braga. Agradeceu também a todos aqueles que tornaram possível este maravilhoso encontro. Agradeceu duma forma especial à Câmara Municipal da Batalha, na pessoa do seu presidente, Paulo Batista, todo o apoio que deu, sem o qual não teria sido possível levar por diante este intercâmbio. Procedeu-se de imediato à entrega dos prémios e troca de lembranças. Antes de terminar, agradeceu uma vez mais a presença de todos, assim como uma boa viagem de regresso às suas casas. Viagem atribulada mas rica Este intercâmbio chegou a estar em risco, uma vez que houve grande dificuldade nos voos. No entanto, tudo se resolveu. A comitiva do Pontassolense chegou na manhã do dia 9 ao aeroporto Sá Carneiro, no Porto. A comi-
Momento de convívio encheu a tarde
tiva do Grupo de Cordas da Fajã da Ovelha chegou na manhã do dia 10 ao aeroporto de Lisboa. As duas viagens de regresso foram na manhã do dia 13, dos mesmos aeroportos. No primeiro dia, a comitiva da Ponta do Sol almoçou em Coimbra, instalou-se no Motel São Jorge e fizeram uma visita à Vila da Batalha. O jantar foi no Restaurante Etnográfico da Golpilheira. No dia 10, visitaram o Santuário de Fátima e a Pia do Urso, onde almoçaram. Da parte da tarde, visitaram o Museu da Comunidade Concelhia da Batalha e jantaram no Restaurante da Golpilheira. O Grupo de Cordas da Fajã da Ovelha, no dia 10, viajou directamente de Lisboa para Santarém, para actuarem no Stand da Madeira e visita à Feira Nacional da Agricultura. Regressaram à noite e instalaram-se na Residencial Batalha. No dia 11, os grupos estiveram no programa organizado para o VII Torneio da Amizade dos Veteranos do CRG. No entanto, à noite, o Grupo de Cordas da Fajã da Ovelha actuou nos tradicionais festejos em Honra de Santo António, na Rebolaria. No dia 12, ambos os grupos visitaram o Centro Histórico de Alcobaça, com almoço livre. Visitaram a praia da Nazaré. À noite, jantaram no Restaurante D. Duarte, na Batalha. No dia 13, da parte da manhã, voos de regresso para a formosa Ilha da Madeira. MCR pub
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Jornal da Golpilheira
. temas .
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. museu de todos.
. combatentes .
Coluna da responsabilidade do Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes
Ana Moderno e Emilie Baptista
Equipa do Museu da Comunidade Concelhia da Batalha
Peça do mês: São Miguel Arcanjo O Mosteiro de Santa Maria da Vitória é Panteão Nacional. A Lei n.º 14/2016, de 9 de Junho, foi alvo de promulgação do Presidente da República, conferindo ao monumento nacional tais honras. O monumento, Património da Unesco, morada eterna da Ínclita Geração, é memória de figuras incontornáveis da História de Portugal. Entre os diversos espaços que acolhem túmulos no Mosteiro, destaca-se a Capela do Fundador, elevação máxima da representação do Gótico Flamejante em Portugal. De acordo com algumas teorias, o Mosteiro da Batalha foi o primeiro local eleito por um monarca português para a construção do seu próprio panteão. Terá sido em 1426 quando D. João I ordenou a construção da Capela do Fundador, para ali ser sepultado juntamente com a sua esposa, a D. Filipa de Lencastre. Nesta mesma sala foram, mais tarde, incluídos os túmulos dos infantes, filhos dos reis fundadores do Mosteiro, que integram a Ínclita Geração: D. Fernando, D. João, D. Henrique e D. Pedro. Na zona poente da Capela do Fundador, onde outrora existiram armários de madeira destinados à guarda de alfaias religiosas de apoio à oração, foram instalados, já nos finais do século XIX, inícios do século XX, os túmulos dos reis D. Afonso V e D. João II e ainda o filho deste, o príncipe D. Afonso. Para além da sua função de Panteão, a Sala do Fundador terá sido ainda utilizada como capela onde se realizariam diversas actividades religiosas de devoção aos Infantes. A parede que se encontra virada a nascente estaria ocupada, de acordo com o testemunho de Frei Luís de Sousa, pelos altares dos quatro infantes, ornados cada um com seu pequeno retábulo pintado, com a invocação do santo “segundo a devoção que cada um teve em vida”. O Infante Santo D. Fernando, seria a invocação de D. Henrique; São João Batista, seria o santo de invocação de D. João; Nossa Senhora da Assunção, seria de devoção do Infante D. Fernando e, finalmente, o Arcanjo São Miguel seria a devoção de D. Pedro, cujo vestígio desta capela se encontra em exposição no MCCB. E é a São Miguel Arcanjo que nos dedicamos nesta edição. A escultura, do século XV, terá integrado a capela em devoção ao Infante D. Pedro. Trata-se de uma estátua de qualidade assinalável, tan-
to no tratamento da indumentária como no da fisionomia (REDOL, 2014: 19), feita em calcário e representa São Miguel Arcanjo com o demónio aos seus pés. A peça encontra-se incompleta. Supõe-se, contudo, que teria, numa das mãos, uma balança com que o arcanjo pesava as almas e, na outra, uma lança usada para perfurar a tentação diabólica. Esta e outras peças que ornamentariam as capelas dos Infantes terão sido retiradas no século XIX, aquando de uma campanha de restauro no monumento. Actualmente não existem quaisquer vestígios de alfaias ou decoração de cariz religioso nesta sala. Reforçamos o convite aos leitores do Jornal da Golpilheira a conhecer a estátua de São Miguel Arcanjo, bem como outras peças de arte provenientes do Mosteiro da Batalha. Recorde-se que todos os primeiros domingos do mês a entrada é gratuita a naturais e residentes no concelho da Batalha (mediante apresentação de comprovativo de residência) e que, às 11h30, há visita guiada para todos os interessados em conhecer melhor o nosso Museu. Fontes: Catálogo - Mosteiro da Batalha | Centro de Interpretação, edição produzida pela Direcção-Geral do Património Cultural no âmbito do Centro de Interpretação, patente no Mosteiro de Santa Maria da Vitória, 2014. REDOL, Pedro (2014), São Miguel Arcanjo, O Infante D. Pedro e a oficina de escultura quatrocentista do Mosteiro da Batalha, Boletim Semestral do MCCB, edição n.º 2; Município Batalha.
Coisas & Loisas De há anos a esta parte que os órgãos de comunicação social nos vêm bombardeando com notícias ligadas a desumanos actos terroristas, e, ultimamente, com mais uma das suas tremendas consequências directas: o êxodo incomensurável de refugiados que vem causando. Inicialmente, este dramático flagelo verificava-se mais no longínquo Afeganistão, Somália, Eritreia e ainda num ou noutro país do interior africano e, enquanto assim foi, creio que nunca chegámos a ter verdadeira consciência da sua real gravidade. Porém, mais recentemente, com as guerras intestinas na Líbia, Iraque, e especialmente na Síria, tremendamente agravadas com o aparecimento do auto-denominado e radicalíssimo “estado islâmico”, cuja base principal está exactamente no Iraque e na Síria, cremos que, finalmente, todos começamos a ter a noção de que, de alguma forma, também poderemos vir a ser atingidos por estes cataclismos. Pelo menos dois factores contribuirão para assim pensarmos: 1.º, especialmente dois destes países – Síria e Líbia – localizam-se bem mais próximo da Europa; 2.º, a maior parte destes refugiados procuram exactamente o nosso continente como destino. Sabemos que o problema não é pacífico, tanto a nível dos dirigentes europeus, como dos cidadãos dos próprios países, o nosso incluído, e se calhar todas as argumentações terão algum fundo de verdade e realismo. Mas deixaríamos estes aspectos para próxima abordagem e iríamos debruçar-nos sobre um pormenor que também faz muita confusão às pessoas. Pelo que, de igual modo, nos é dado ver e ouvir diariamente, em especial nas televisões, estes refugiados vêm em embarcações precaríssimas e superlotadas e quase todos os dias há tragédias no Mediterrâneo, donde resultam centenas de mortos e mais não serão porque as marinhas de vários países europeus, Portugal incluído, não têm mãos a medir, procedendo a salvamentos constantes. Também nos é dado a saber que há uns quantos engajadores e traficantes, exploradores da miséria humana, que estarão a ganhar fortunas com estes movimentos migratórios, ao venderem aos refugiados barcos obsoletos, como se de iates de luxo se tratassem, e as passagens a preços entre mil e 3 mil euros! E são estes pormenores que também geram grandes dúvidas e confusões: estando os ditos países em guerra civil há vários anos, com as suas infra-estruturas e aparelhos produtivos praticamente destruídos, donde vem o dinheiro com que os refugiados compram os barcos e as passagens, sabendo-se que, mesmo antes destas guerras devastadoras, o nível de vida da generalidade destas populações, agora migrantes, já era inferior ao nosso, e com uma diferença entre ricos e pobres ainda maior que em Portugal?
Não conhecemos a resposta, mas que o assunto dá que pensar, é verdade, porque não raro vemos pessoas a interrogarem-se sobre ele e, como sabemos, quando não há certezas, vingam a desconfiança e a especulação… Aproveitemos agora para aflorarmos outro assunto que também anda por aí a gerar muita confusão e discussão: os contratos de associação com o ensino privado, particularmente em locais onde a oferta do ensino público é suficiente para as necessidades. Cada qual puxa a “brasa à sua sardinha”, mas parece-nos que há quem o esteja a fazer de uma forma pouco ética, para não dizermos reprovável, designadamente quando se fazem manifestações com crianças que, pela sua tenra idade, ainda não terão consciência plena da verdadeira realidade. Mais nos parece que quem decidiu enveredar por este caminho, em vez de procurar atenuar o diferendo pelo diálogo e no recato dos gabinetes, está a perder terreno, pois as reacções de que nos vamos apercebendo, mesmo de gente que até agora tem sido adversária acérrima do actual governo, está esmagadoramente do seu lado neste imbróglio. 3.º assunto: em 28 de Maio concretizou-se a 1.ª peregrinação, de âmbito nacional, de combatentes a Fátima. Terão estado presentes mais de mil participantes, em representação de cerca de 45 Núcleos, com o da Batalha em destaque, designadamente por ter sido o nosso Coral que acompanhou a Eucaristia, celebrada na Basílica da Santíssima Trindade, pelo reverendíssimo Bispo das Forças Armadas, D. Manuel Linda.
.carta ao director. O Gaiato A propósito das notícias acusatórias, senão condenatórias, trazidas recentemente a público pelos diversos órgãos de comunicação social, tendo como alvo a nossa casa CALVÁRIO e quem a construiu e dirigiu nos seus 59 anos de vida, o nosso Padre Baptista, publicamos para conhecimento e esclarecimento a seguinte nota: 60 anos de serviço inigualável aos mártires da doença, aos olhos do mundo são motivo para achincalhamento e desprezo. O nosso companheiro Padre que fez algo que nunca havia sido feito, nem em Portugal nem em qualquer outra parte do mundo, depois de ter sido condecorado, mais que uma vez, na terra que o acolheu, vindos dos cantos mais escondidos e abandonados deste Portugal, os seus irmãos Doentes, recebe agora, próximo do fim, esta alta condecoração: exaltado na ignomínia pelos
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CONSTRUÇÕES
Jornal da Golpilheira
. temas .
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.vinha.
.saúde.
José Jordão Cruz Engenheiro Téc. Agrário (Insc. 0755 O.E.T)
Ana Maria Henriques Médica Interna
Casta de uva Ansonica ou Inzoia Esta casta de uvas é enxertada num dos maiores viveiristas do mundo, em Itália, na região de Rauschedo, que encontrámos na feira de Montpelier, em Novembro. Devo informar que um enxerto pronto, isto é, o que resulta da enxertia, podemos dizer que se trata de uma clonagem. Com a junção entre o porta-enxerto, vulgo bravo, e a vara de uma videira adulta seleccionada, esta nova planta passa a denominar-se enxerto pronto, que depois de plantada no local definitivo designa-se de cepa ou videira. Esta é uma casta que requer locais soalheiros, com boa exposição solar, onde demonstra todo o seu potencial qualitativo. Nativa da Itália, chama-se Inzolia na Sicília e Ansonica na Toscana, mas tem outros nomes: Nebbilo Blanco, Biancheta dÁlba, Bianchetto. “Atribui-se a origem da Inzolia à Sicília, maior ilha do Mediterrâneo, mas há estudiosos que tentam relacionar o nascimento da Inzolia à Grécia. E há quem afirme ser possível rastrear a sua origem na Normandia. Não há consenso sobre o tema.
falsos amigos dos Homens. Senhores, que só a ignorância e um olhar rasteiro justificam esta atitude, descalçai os pés que o lugar que pisais é santo! O nosso companheiro Padre amou até ao fim os seus doentes, brincou com eles, lavou-os, deitouos, levantou-os todos os dias pelo nascer do dia, alimentou-os, cuidou das suas enfermidades com qualificação técnica sem canudo (há 60 anos não havia Centros de Saúde, nem nada para os incuráveis), estudou, reflectiu, aprendeu da única forma que era possível e ficou a saber fazer mais e melhor que muitos dotados
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Nutricionistas
A notoriedade da Inzolia devese, principalmente, por ela fazer parte do corte do vinho siciliano fortificado Marsala. Mas, na própria Sicília, o seu papel tem mudado, com avanços nas técnicas de vinificação e novas tendências de consumo influenciando os produtores. O facto é que a Inzolia tem sido cada vez mais vista em versões secas de vinho branco, tanto em cortes como também em varietais. Os seus parceiros mais comuns na Sicília são o Catarratto e o Grillo, com quem a Inzolia contribui oferecendo o seu carácter amendoado. Já na Toscana, sob o nome Ansonica, ela encontra um bom par quando combinada com a Vermentino. A cor do vinho da Inzolia é dourada, com eventuais reflexos esverdeados. Os aromas mais reconhecidos nos vinhos produzidos com Inzolia são amêndoas, frutas cítricas, frutas tropicais e ervas frescas. Uma característica peculiar da Inzolia é o facto de ela apresentar uma quantidade relativamente grande de taninos, para uma uva branca. Os seus vinhos, aliás, podem ser considerados bem estrutu-
de canudo… Era melhor passar ao lado dos completamente abandonados, que até os hospitais mandavam “viver” para “debaixo da ponte”, cuja imagem era desprezível e repelente ao comum dos mortais? Senhores detentores da injustiça humana: a Justiça nunca deixa de se realizar, embora confiemos que a Misericórdia que o nosso Papa Francisco vem proclamando, vencerá todo o mal, entre o qual está o que sai das vossas obras.
A Direcção da Obra da Rua ou Obra do Padre Américo
rados e costumam ter certo potencial de envelhecimento. Por outro lado, outra característica da Inzolia é a perda de acidez ao final da estação. Assim, ela exige cuidado por parte do produtor com foco em qualidade. Dicas de harmonização para um bom vinho branco seco, elaborado com a Inzolia? Risoto de funghi com nozes. Sashimi de salmão ou salmão na manteiga. Mariscos. Muitos mariscos... Uma curiosidade: tanto a grafia Inzolia como Insolia são aceites, por exemplo, pela OIV (Organização Internacional da Vinha e do Vinho). E é difícil entender o motivo da diferença. Aparentemente, textos em italiano dão preferência para Inzolia, enquanto textos em inglês priorizam a escrita Insolia. Outra curiosidade: o escritor romano Caio Plínio Segundo, conhecido como Plínio-o-Velho, na sua obra “História Natural”, menciona uma uva chamada Irziola. Mas, apesar da semelhança do nome, não há nenhuma evidência de ser a mesma uva que conhecemos, actualmente, como Inzolia”.
. suspiros .
O que comemos faz de nós o que somos e é na cozinha que prevenimos uma grande parte das doenças. Por ter um papel tão importante na nossa saúde, existe um grupo profissional que se ocupa única e exclusivamente com a nossa alimentação. Os profissionais da nutrição frequentam um curso universitário de Ciências da Nutrição que lhes fornece conhecimentos sobre as propriedades dos alimentos e sobre as necessidades do nosso organismo. Este profissional estuda, orienta e vigia a alimentação e nutrição, quanto à sua adequação, qualidade e segurança, em indivíduos ou grupos, na comunidade ou em instituições. Avaliando também o estado nutricional, tem por objectivo a promoção da saúde e bem-estar e a prevenção e tratamento da doença, de acordo com as respectivas regras científicas e técnicas. Estes profissionais fazem parte integrante de hospitais, escolas, lares e em muitos outros locais onde é preciso gerir a alimentação de grupos de pessoas. Aqui desenvolvem programas de alimentação e nutrição adequados à população em causa e detectam problemas, identificando grupos populacionais de risco nutricional, e propondo actuações específicas. A avaliação do estado nutricional e
dos hábitos de consumo alimentar e nutricional de grupos populacionais é a base de todo o seu trabalho, sendo o ponto de partida para a execução de acções de educação alimentar e nutricional. Neste campo, a elaboração de acções específicas dirigidas para a promoção da saúde é um ponto fulcral para o desenvolvimento do trabalho dos nutricionistas. No âmbito da nutrição clínica, os nutricionistas são responsáveis pela avaliação do estado nutricional do utente, realizando para isso uma investigação sobre a alimentação individual. Depois da elaboração de um diagnóstico nutricional (com base nos dados clínicos, bioquímicos, antropométricos e alimentares), é elaborada uma prescrição nutricional. Depois, cabe a estes profissionais a supervisão e avaliação de planos alimentares terapêuticos. Em casos específicos, pode ser adequada a prescrição de nutrição artificial e alimentos básicos adaptados. A segurança alimentar, a vigilância dos produtos alimentares, a participação em estudos e a colaboração na gestão da qualidade dos produtos alimentares, entre muitas outras, são também funções destes profissionais. Deste modo, são profissionais essenciais para a promoção da saúde comunitária e saúde pública.
Por Luísa M. Monteiro
O mosteiro Em vez de ir à feira do livro num destes dias, sim todos os meus planos apontavam para a feira do livro, caminhei para norte, visitei um templo antigo, que apesar de erigido com muito amor e devoção muitos anos faz, viveu toda a vida atormentado pelas águas do rio, pelas areias das margens. Uma santa vivia nele mas nada podia fazer se vorazes eram as forças da natureza, quando muito construir um segundo piso. Mais tarde as religiosas porém, cansadas, mudaram-se para uma nova casa, no alto da colina. O velho mosteiro lá ficou adormecido anos e séculos, até virem os dias de restauro. Num dia de sol eu fui a altura do templo, as pedras dos claustros devolvidas à vista, os pratos, os potes azuis e brancos das cerâmica medievais, os túmulos com palavras inscritas e até as campainhas que pareciam brinquedos de louça que as religiosas usavam para se chamarem umas às outras consegui no vagar percorrendo as ruínas sentir a vivência das clarissas, quando no início de tudo trocaram o fausto, as vestes bordadas, as joias pelo silêncio e pela abnegada vida em comunhão. pub
Dr. Luís Alvelos Dias Gomes
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Jornal da Golpilheira
. livros .
Junho de 2016
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Paulus Editora . Espiritualidade
A Lista do Padre Carreira: O Anjo de Fátima Pe. William Wagner 100 anos se passaram desde que o Anjo de Fátima preparou os três Pastorinhos, Lúcia, Jacinta e Francisco, para a revelação e a mensagem de Nossa Senhora. Ambas as aparições são um credo do catecismo popular.
Vida de Santo António de Lisboa Aloísio Tomás Gonçalves O autor, consciente da abundante literatura sobre Santo António, desejou escrever esta biografia unicamente com a preocupação de reconstruir com os materiais antigos, que as lendas e a tradição nos trouxeram, uma obra actualizada e ajustada às exigências da historiografia a moderna.
Contra a Eutanásia
A Garça e a Serpente
Lucien Israël
Francisco Costa
Devemos aceitar a eutanásia para as pessoas com doenças incuráveis? Quem pode decidir pôr fim à vida de uma pessoa? Quem sofre mais: o doente ou aqueles que o rodeiam? Num momento em que a eutanásia está no centro de um áspero debate, a voz autorizada de Lucien Israël – um homem de ciência, um leigo, um não-crente – convida-nos a refletir, quaisquer que sejam as nossas convicções e também à custa de pôr em dúvida as opiniões mais acreditadas. Para o autor, a eutanásia não é nem um gesto de humanidade nem um ato de compaixão, mas um projecto que põe em discussão a profissão médica e, mais em geral, a ligação simbólica entre as gerações. O médico tem não só o dever de não se render à morte mas também deve infundir no seu paciente a esperança, a confiança, a vontade e a força de lutar. E também quando a sua vida chegar ao fim, deverá transmitir-lhe sempre o sentido profundo da sua «arte», que é a de «cuidar» de quem se lhe confia. Porque existem doenças incuráveis, mas não existem doenças intratáveis. Nas nossas sociedades há muitos anciãos, muitas pensões a pagar, muitos cuidados a prestar e, na mente de Lucien Israël insinua-se uma dúvida inquietante e provocatória: E se a eutanásia (com tudo o que gira à volta dela) fosse uma «solução económica», uma resposta técnica a um problema prático, que se esconde atrás de uma morte digna?
«A garça e a serpente permite-nos tomar contacto com o confronto, numa sociedade como era a portuguesa, entre o mundo que se abria às mudanças, por um lado, e uma mentalidade fechada, protegida e algo complacente, confrontada com os novos ventos da História, por outro. É verdade que o drama ocorre contemporaneamente à Primeira Grande Guerra, mas são já os problemas que se anunciarão depois de 1945 a ditar a sua influência. Albertina e Maria Ana são duas personalidades contrastantes e muito diferentes, perante as quais Manuel se sente atraído. Sintomaticamente, Arthur Duarte escolherá Teresa Cazal para o papel de Albertina Miranda, a insinuante serpente; e Carmen Dolores para Maria Ana Albalonga, a doce garça; cabendo a Rogério Paulo ser Manuel da Cunha e Silva. O protagonista é um bancário melancólico, céptico e descrente, que vai para África e se vê envolvido nos efeitos da grave crise económica e nas suas repercussões em Portugal, pelo que assistimos à evolução da roda da fortuna, bem como ao desmoronar de algumas supostas certezas económicas. Há encontros e desencontros pessoais, afectivos e amorosos; paixões, contradições, traições, fraquezas e forças… E o sucesso da obra fica a dever-se a esse conjunto de ingredientes que prende os leitores e que dá verosimilhança a um romance do seu tempo…» - Guilherme d’Oliveira Martins, in prefácio.
Naus I e Naus II Patrícia Faria e Mariana de Melo Bertrand Editora Estes são dois livros dirigidos ao público juvenil, entre os 10 e os 14 anos, que dão a conhecer a história dos Descobrimentos portugueses e o tempo dos inquisidores. De uma forma simultaneamente lúdica e pedagógica, sempre pautado por um rigor histórico, os jovens são convidados a apreenderem mais sobre a história de Portugal. O primeiro volume de Naus havia sido publicado pela primeira vez em 2004 e foi um sucesso, encontrando-se esgotado. A Bertrand Editora reedita agora este título, ao qual junta o segundo volume, que é uma completa novidade. As aventuras de Naus I arrancam em 1500, com a armada de Pedro Álvares Cabral a rumar em direcção à Índia. Magdala, Maria de Jesus, Raimundo, Mateus, Afonso e Diogo são os seis amigos que vão viver uma série de aventuras e episódios nesta grandiosa época dos Descobrimentos portugueses. Já em Naus II a história foca-se sobretudo em Magdala e na sua mãe, que são muçulmanas e acreditavam em Alá, revelando-nos um tempo de intolerância que acabou por determinar a emigração para vários destinos daqueles que eram perseguidos por motivos religiosos. As autoras, Patrícia Faria e Mariana de Melo, partem da observação privilegiada que as suas actividades profissionais permitem para escreverem estes dois livros.
Acredita em Ti
Para Cá da Crónica
Eduardo Silva
João Resende
Guerra e Paz | Clube Livro SIC
Coisas de Ler
Ao longo da minha vida tive a oportunidade de constatar que o crescimento interior, contrariamente ao biológico, que acontece a um ritmo muito semelhante para todos, resulta das nossas vivências, aprendizagens e influências culturais. Vejo a mudança e o crescimento como dois elementos que interagem de forma contínua, orientando-nos em direcção ao nosso propósito de vida. Só aqueles que acreditam podem algum dia mudar e crescer! Quero revelar-te que nem sempre acreditei em mim! Houve períodos em que me senti vazio, incompleto, só e totalmente perdido. A sequência deste percurso vivido na primeira pessoa foi impulsionadora na concepção desta obra. Um livro que pretende inspirar-te para viveres uma vida equilibrada, livre, plena, confiante e feliz no presente.
Concebido numa linguagem muito particular, e explorando universos muito próprios, este é um rol de crónicas, contos, ou contoscrónicas, escritos em épocas distintas, daí alguma imprecisão temporal de alguns textos. O leitor terá acesso a crónicas já publicadas na comunicação social e também a textos inéditos e revisitados pelo autor. Seguindo um pouco pelo que foi o seu primeiro livro, «Manuskritica nº 243», João Resende caminha na direcção da construção definitiva da sua própria linguagem, onde algumas reminiscências pessoais coabitam com a realidade circundante e com a sátira, conduzindo o leitor a cosmos improváveis, ainda que não distantes da nossa própria existência, seja através desses famigerados contos-crónicas ou de pequenos “teatrinhos” sobre o quotidiano.
A História Desconhecida do Português Que Escondeu Refugiados durante a Segunda Guerra Mundial António Marujo Vogais Nascido no lugar do Souto de Cima, paróquia da Caranguejeira, a 8 de setembro de 1908, Joaquim Carreira, sacerdote leiriense, viveu grande parte da sua vida em Roma, onde desempenhou diversos cargos na Igreja, um dos quais o de reitor do Colégio Pontifício Português, a partir de 1941. Foi nessa condição que ali acolheu dezenas de perseguidos pelo nazismo, alguns deles judeus, salvando-os da morte certa. António Marujo, duas vezes vencedor do Prémio Europeu de Jornalismo Religioso na Imprensa Não-Confessional, oferece-nos uma visão pormenorizada do homem e do momento histórico em que viveu, resultado de uma longa investigação iniciada em 2012 para o Público – e graças à qual foi «descoberta» esta notável figura portuguesa. Apoiado por documentação inédita do próprio Colégio Português, o autor apresenta-nos um dos homens que, em conjunto com figuras como Aristides de Sousa Mendes, Oskar Schindler ou Irene Sendler, foi responsável pelo salvamento de centenas de vidas durante a Segunda Guerra Mundial. Pelos seus feitos e coragem, a 15 de abril de 2015, 70 anos depois do final da Segunda Guerra Mundial, Joaquim Carreira foi tornado «Justo entre as Nações» pelo Yad Vashem, o Memorial do Holocausto de Jerusalém. Esta é a maior distinção para não-judeus que pode ser emitida em nome do Estado de Israel e do povo judeu, sendo uma honra atribuída apenas a heróis. Um destes heróis é o padre Joaquim Carreira, e esta é a sua biografia definitiva.
Propósito: Ideias para trabalhar ligado Miguel Pina e Cunha Arménio Rego Filipa Castanheira Rh editora As pessoas podem trabalhar por três razões principais: para obter um salário, para singrar na carreira ou para fazer algo com significado para as suas vidas. As organizações também «trabalham» por três possíveis razões: (1) para simplesmente ganharem dinheiro; (2) para serem reconhecidas, reputadas e bem-sucedidas; (3) para alcançarem objectivos de bem comum. Naturalmente, os três objectivos não são necessariamente incompatíveis. Mas é um facto que muitas pessoas realizam trabalho sem significado para as suas vidas - e, na base do problema, está frequentemente a «pobreza» dos objectivos pelos quais a organização se move. Este livro discute a relevância do tema e a importância do trabalho e das missões organizacionais realmente valiosas. Também chama a atenção para o risco de a gestão se apropriar da matéria para simplesmente manipular as pessoas e delas extrair esforços como se extrai «mais leite de vacas contentes».
Até Que o Amor Me Mate - As mulheres de Camões Maria João Lopo de Carvalho Oficina do Livro
Onde Está a Minha Mãe? António Mota Asa O Bitó e a Fabi são dois irmãos à descoberta um do outro e do mundo fora da sua pequena toca, enquanto tentam encontrar a mãe. Esta pode não estar presente fisicamente, mas os dois coelhinhos relembram, a cada passo, os seus conselhos e recomendações. Resta saber como será o reencontro entre mãe e filhos.
São sete as mulheres que aqui cruzam a vida de Luís Vaz de Camões. Sete as mulheres que mais o amaram ao longo dos seus 55 anos de vida. Esta é a história do homem, do poeta, do soldado, do marinheiro. Uma história de conquistas e esperas, de amores e desamores, de tempos de ventura e desventura, de ódios e paixões; uma história contada no feminino a sete vozes que, vindas de longe e atravessando terras e mares, encontram porto de abrigo na intimidade dos nossos corações. Esta é a história de um homem que em palavras, versos, estrofes consegue viajar no tempo para nos trazer a história singular de um mundo maior e de um amor maior. Uma história imortal que 500 anos depois continua viva, nova, próxima e presente.
Heinrich Himmler: Correspondência Katrin Himmler Michael Wildt Bertrand Editora Durante muito tempo se pensou que estava definitivamente perdida a correspondência que Heinrich Himmler manteve com a esposa Marga assim como outros escritos pertencentes a este dignatário nazi. No entanto, mais de sessenta anos após a captura de Himmler pelas tropas inglesas e seu posterior suicídio, estes documentos apareceram e com o apoio de Michael Wildt, reconhecido estudioso do regime nazi, que contextualiza historicamente as cartas e o seu autor, foram organizadas por Katrin Himmler, sobrinha-neta de Heinrich e de Marga Himmler. Uma correspondência de aparência comum, uma incursão na vida privada de um dos principais assessores de Hitler que dissipa qualquer dúvida de que ele foi o arquitecto da Solução Final e um homem muito mais próximo do ditador do que os historiadores pensavam. Um documento excepcional.
Doze Segredos da Língua Portuguesa Marco Neves Guerra e Paz Editores Um livro essencial para quem se preocupa com o português e, ao mesmo tempo, não quer ficar preso a mitos e ideias-feitas sobre a nossa língua. Sabia que andam a circular por aí erros que não são erros? Sabia que as crianças precisam de muitas palavras para crescer bem? Sabia que há uma relação entre o acordo ortográfico e a guerra na Ucrânia? Sabia que a palavra «saudade» não é impossível de traduzir? Sabia que todos os portugueses têm sotaque? Sabia que o português e o galego estão tão próximos que, às vezes, se confundem? Sabia que os palavrões fazem bem (mas não convém abusar)? Num estilo claro e bem-disposto, o autor desmonta mitos e revela segredos da língua, com algumas histórias curiosas à mistura — e sem esquecer uma ou outra dica para escrever cada vez melhor.
Jornal da Golpilheira
. história .
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.história. Miguel Portela Investigador
Francisco dos Santos, mestre dos azulejos da Igreja de S. Sebastião de Peniche: da atribuição à contratualização - Contributo documental inédito Na transição do século XVII para o século XVIII, a região de Peniche evidenciou-se pelas várias empreitadas artísticas de relevância manifesta, onde afluíram um conjunto significativo de artistas, - pedreiros, aparelhadores, entalhadores, pintores, escultores, azulejadores, entre tantos outros -, estimulados pelas empreitadas artísticas que nessa época se executavam nesse território (PORTELA, Miguel, “António de Oliveira: Mestre Entalhador Setecentista em Serra d’El-Rei. Contributo documental inédito”, Jornal da Golpilheira, Diretor: Luís Miguel Ferraz, Ano XX, Edição 226, abril - 2016, p. 21; PORTELA, Miguel, “Uma oficina de entalhadores em Serra d’El-Rei no século XVIII. Contributo para o estudo da obra de Luís Correia, mestre entalhador da tribuna da Igreja Matriz de Maiorga - parte I”, Cadernos de Estudos Leirienses- 8, Editor: Carlos Fernandes, Textiverso, 2016, pp. 287-303). A igreja de S. Sebastião evidencia-se nesse enquadramento tendo beneficiado nas primeiras décadas do século XVIII de importantes empreitadas artísticas, particularmente no que concerne à execução dos retábulos em talha dourada e à aplicação de painéis em azulejos. Atribuição dos azulejos da Igreja de S. Sebastião de Peniche Os azulejos relativos a esta igreja têm sido atribuídos ao mestre P.M.P., sobretudo por José Meco, que exclui o painel da Anunciação e os azulejos da capela baptismal, atribuindoos a Bartolomeu Antunes, e os da capela-mor atribuindo-os a Teotónio dos Santos (MECO, José, O azulejo em Portugal, 2.º ed. Lisboa, Publicações Alfa, 1993 [1986], p. 228), por Vítor Serrão, que é do entendimento serem os azulejos uma parceria com Teotónio dos Santos e Valentim de Almeida (SERRÃO, Vítor, História da Arte em Portugal - o Barroco, Barcarena, Editorial Presença, 2003, p. 222), ou por Santos Simões, que vê nesses azulejos influências dos Oliveira Bernardes (SIMÕES, João Miguel dos Santos, Azulejaria em Portugal no século XVIII, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 1979, p. 52). Recentemente Maria do Rosário de Carvalho procedeu a uma análise criteriosa dos estudos que fazem menção aos diversos mestres azulejadores atribuindo também os painéis de azulejos dessa igreja ao mestre P.M.P. (CARVALHO, Maria do Rosário Salema Cordeiro Correia de, “A pintura do azulejo em Portugal [1675-1725]. Autorias e biografias - um novo paradigma”. Tese de Doutoramento em História, especialidade História da Arte. Faculdade de Letras, Departamento de História da Universidade de Lisboa., 2012, pp. 1052-1056 do anexo B, p. 288, 291 da tese). Analisando o estudo de Flávio Gonçalves, sobre as Obras setecentistas da igreja de Nossa Senhora da Ajuda de Peniche, e no que respeita à análise que esse autor fez sobre as cenas do Cântico dos Cânticos presentes em algumas igrejas no nosso país, verificamos que os painéis de azulejos do subcoro da Igreja de S. Sebastião de Peniche seguem essa iconografia setecentista alusiva à Imaculada Conceição (GONÇALVES, Flávio - “As obras setecentistas da Igreja de Nossa Senhora da Ajuda de Peniche e o seu enquadramento na arte portuguesa da primeira metade do século XVIII”, Separata do Boletim Cultural da Assembleia Distrital de Lisboa, II Série, N.º 89, 1.º Tomo, Lisboa, 1983. In Arte em Portugal II, Instituto de História de Arte, Faculdade de Letras do Porto,1984, pp. 54, 56-57). Este autor situa esses azulejos, assim como os da capela-mor e da nave na órbita do mestre P.M.P. (Ibidem, p. 57). Francisco dos Santos mestre azulejador Sabemos agora que em 22 de abril de 1718, foi lavrada uma escritura de contrato e obrigação entre os oficiais da Confraria de Nossa Senhora da Conceição de Peniche e Francisco dos Santos, mestre pintor de azulejo da cidade de Lisboa para a execução dos azulejos da Igreja de S. Sebastião de Peniche (doc. 4). Refere essa escritura que “estavão consertados e contratados com o dito Francisco dos Santos azolejarem a igreja da dita Senhora por cujo respeito se obrigavam a dar a elle Francisco dos Santos trimta e tres mil reis por cada milheiro de azolejo posto e assentado na dita igreja cortado e recortado e aparelhado de tudo o qual a faz azoleijo sera da impreza nova de arquitetura, e de paineis com figuras da vida da dita Senhora bem cozido e do mais fino vidro da mesma sorte do que esta assetado na Ssé orien-
tal da cidade de Lixboa e milhor se milhor puder ser a contento delles dittos offeciais e mais os mais da ditta Confraria”. A documentação indica-nos assim que Francisco dos Santos foi, não só o autor das cercaduras e rodapés dos painéis em azulejos, como também se deslocou de Lisboa a Peniche para os assentar. Cremos, que os painéis historiados são do mestre P.M.P., podendo ser colhida esta asserção quando se afirma explicitamente que os azulejos deveriam ser do «mais fino vidro da mesma sorte do que esta assetado na Ssé oriental da cidade de Lixboa». Os azulejos foram transportadas de Lisboa, afirmando-se que Francisco dos Santos ficava “obrigado a embarcar o ditto azolejo em caixois na Ribeira da dita cidade tudo a sua custa // [fl. 95] correndo outrosim por conta da ditta Irmandade o frete que fizer do gasto o ditto azolejo como tambem os pagamentos necesarios para haver de se asentar nas paredes da ditta igreja cujo asento fara o dito mestre a sua custa pela dita porsão de trinta e tres mil reis o milheiro e sera obrigado a dallo asentado e acabada a dita igreja por todo o mez de outubro deste prezente anno”. De acordo com esta escritura conclui-se sem margem para dúvidas que estes azulejos foram executados e assentes justamente entre abril e outubro de 1718, tendo Francisco dos Santos recebido 33 000 réis por cada milheiro de azulejo, obrigando-se “elles dittos officiais a sastifação della em tres pagamentos a saber o primeyro logo no primeyro desta obra como de prezente logo e a entregarão na mão delle dito mestre vinte moedas de ouro, o segundo no meyo da obra e ou treserio no fim della sem inovação alguma mais”. Dados genealógicos de Francisco dos Santos Francisco dos Santos filho de Domingos Francisco e de Ana Rodrigues foi batizado na igreja paroquial em Santos-o-Velho em Lisboa, a 16 de outubro de 1672, sendo irmão de Isabel, batizada na mesma igreja em 14 de julho de 1675 (doc. 1 e 2). Com 32 anos de idade, Francisco dos Santos, morador na Travessa do Benedito, casou a 1 de novembro de 1704, na paróquia de Santa Catarina de Lisboa com Maria da Luz, viúva de António Dias que havia falecido no mar, moradora em Santo Estevão dessa cidade. É de realçar o facto de terem sido presentes como testemunhas, nesse ato, Manuel da Costa, pintor de azulejo, morador na Rua de São Bento, em Santos-o-Velho e Manuel Luís, ladrilhador, morador na Rua de João Brás (doc. 3). A 27 de agosto de 1718, Francisco dos Santos, surge arrolado como testemunha, no registo do consórcio de Manuel Ramos com Catarina Josefa (I.A.N./T.T. [Arquivo Distrital de Lisboa (A.D.L.)], Livro de Casamentos da Paróquia de Santa Catarina de Lisboa [1718-1724], Livro C8, Caixa 35, at. n.º 1, fl. 10). Surge também, em 16 de janeiro de 1719, no registo de matrimónio de João Latino Faria com Antónia Maria, sendo referenciado como mestre de oficina de oleiro (I.A.N./T.T. [A.D.L.], Livro de Casamentos da Paróquia de Santa Catarina de Lisboa [1718-1724], Livro C8, Caixa 35, at. n.º 1, fl. 28). Pertinente referir que Pedro de Almeida, mestre ladrilhador, morador na cidade de Lisboa Ocidental, recebeu em 23 de janeiro de 1723 uma procuração por parte da viúva do capitão Sebastião Vaz Domingos, D. Antónia de Jesus,
assistente em São Mamede, para que pudesse ser ajustada a aquisição de umas casas a Maria da Luz, viúva, residente nessa cidade (A.D.L. Livro Notarial de Óbidos, Dep. V-90-E-34, fl. 1-1v). Efetivamente, trata-se da esposa de Francisco dos Santos, o qual faleceu em Lisboa, na freguesia de Santa Catarina a 10 de janeiro de 1722, surgindo Pedro Almeida, ladrilhador, como um dos seus testamenteiros (doc. 5). Esta ligação de Pedro de Almeida, ladrilhador, à família de Francisco dos Santos, através dessa procuração poderá ser reveladora de alguma parceria entre estes dois mestres que no início da segunda década do século XVIII se encontravam a executar trabalhos para Confrarias de igrejas da região das Caldas da Rainha e de Peniche. Tenhamos presente que entre janeiro de 1731 e julho de 1732, foram levadas a efeito importantes obras na Igreja de Nossa Senhora do Rosário das Caldas da Rainha, conforme ficou registado no livro da confraria de Nossa Senhora do Rosário a despesa efetuada com “Pedro de Almeida mestre azelegador que veyo de Lixboa a tomar a medida da igreija para o azolejo tres mil e dozentos reis” (PORTELA, Miguel, “As obras setecentistas na Igreja de Nossa Senhora do Rosário das Caldas da Rainha”, in Jornal da Golpilheira, Diretor: Luís Miguel Ferraz, Ano XIX, Edição 221, novembro de 2015, p. 17). O facto de surgir aludido no registo de óbito de Maria da Luz, sucedido em 7 de agosto de 1734, o nome do Capitão José Melo de Castro, morador no lugar de São Mamede do termo da vila de Óbidos, como um dos seus testamenteiros é denunciador de afinidades entre a esposa do mestre azulejador e familiares de D. Antónia de Jesus, justamente assistente em S. Mamede, que merecem ser estudadas e profundadas para melhor entendimento e conhecimento da vida e obra destes dois azulejadores (doc. 6). Em síntese Com os elementos aqui apresentados, revisitámos uma página pouco conhecida da História de Peniche, sobretudo de um mestre de azulejos, cuja atividade permanece bastante incógnita e que sendo de Lisboa foi escolhido para executar a empreitada dos painéis da Igreja de S. Sebastião, assim como contribuímos para um maior conhecimento da História do azulejo nesta região e no país. Esperamos que a revelação destes novos elementos conduza à reescrita da biografia de Francisco dos Santos, que carece de uma reposição célere levando em linha de conta a verdade historiográfica dos factos alicerçados nestes documentos inéditos, investigados e revelados pelo autor Miguel Portela.
Apêndice documental Documento 1 1672, outubro, 16, Lisboa [Santos-o-Velho] - Registo de batismo de Francisco dos Santos, filho de Domingos Francisco e Ana Rodrigues. I.A.N./T.T. [A.D.L.], Livro de Batismos de Santos-o-Velho de Lisboa [1670-1688], Livro B9, Caixa 3, at. n.º 6, fl. 23. [fl. 23] < Francisco > Em o mesmo dia [16 de outubro de 1672] baptizei a Francisco filho de Domingos Francisco e de Anna Rodrigues. Forão por padrinhos: Vicente dos Santos e Antonia Rodrigues. a) O Padre Francisco Ferreira.
Documento 2 1675, julho, 14, Lisboa [Santos-o-Velho] - Registo de batismo de Isabel, filha de Domingos dos Santos e Ana Rodrigues. I.A.N./T.T. [A.D.L.], Livro de Batismos de Santos-o-Velho de Lisboa [1670-1688], Livro B9, Caixa 3, at. n.º 7, fl. 56v. [fl. 56v] < Izabel > Aos quatorze de julho [1675] baptizei a Izabel filha de Domingos Francisco e Ana Rodrigues, por padrinhos Fernão Pires da Cunha, e Benta Simõis. a) Peixoto Documento 3 1704, novembro, 1, Lisboa [Santa Catarina] - Registo de casamento de Francisco dos Santos, filho de Domingos dos Santos e Ana Rodrigues, morador na Travessa do Benedito, com Maria da Luz, viúva de António Dias. I.A.N./T.T. [A.D.L.], Livro de Casamentos da Paróquia de Santa Catarina de Lisboa [1695-1707], Livro C6, Caixa 34, at. n.º 1, fl. 252v. [fl. 252v] < Francisco dos Santos com Maria da Lux veuva > Em o primeiro de novembro de mil e setecentos e quatro sem embargo de senão correrem os banhos via ordinaria em virtude de hum mandado do Senhor Provisor dos Cazamentos a porta desta Igreja de tarde e em minha prezença se receberão por marido e mulher na forma ordinaria e disposição do Sagrado Concilio Tridentino Francisco dos Santos filho de Domingos Francisco e de Anna Rodrigues natural desta cidade baptizado na freguezia de Santos e Maria da Lux veuva de Antonio Dias, que faleceo no mar moradora na freguezia de Santo Estevão de Alfama e o contrahente meu fregues. Forão testemunhas, Manoel da Costa pintor de azolejo morador na Rua de São Bento freguezia de Santos e Manoel Luiz morador na Rua de João Bras ladrilhador e outras muitas pessoas que prezente estavão de que fis este termo que por verdade assinei com as ditas testemunhas no mesmo dia e era assima = a) O Padre Cura Manoel de Aguiar Madeira a) Manoel da Costa a) Manoel Luis Documento 4 1718, abril, 22, Peniche - Contrato entre os oficiais da Confraria de Nossa Senhora da Conceição de Peniche e Francisco dos Santos, mestre de azulejo da cidade de Lisboa. Arquivo Municipal de Peniche, Livro Notarial de Peniche [1714-1719], Caixa 33, fl. 94v-95. [fl. 94v] Escriptura de contrato e obrigação que fazem os officiais da Confraria de Nossa Senhora da Conceição e Francisco dos Santos mestre de azolejo morador na cidade de Lisboa para effeito de se asolejar a Igreja de S. Sebastião desta dita villa. Em nome de Deos Amem. Saibão quantos este publico instromento de contrato e obrigação virem que no Anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil e setecentos e dezouto annos aos vinte e duos dias do mes de abril nesta villa de Peniche e casas de morada do Doutor Pedro Sercantes de Alarcão onde eu taballião ao diante nomeado fui e sendo ahi prezentes parte outrogante o Cappitam Luis Domingues e o Cappitam João Rebello e Domingos Ramalho escrivão thezoureiro e procurador da Confraria de Nossa Senhora da Conseisão desta dita villa e nella moradores e bem asim os mais mordomos abaicho asinados e da outra Francisco dos Santos mestre pintor de azolejo morador na cidade de Lixboa todas pesoas de mim taballião conhecidas e logo pelos ditos offeciais e mordomos da dita Senhora foi dito a mim taballião perante as testemunhas ao diante nomeadas e asinadas que estavão consertados e contratados com o dito Francisco dos Santos azolejarem a igreja da dita Senhora por cujo respeito se obrigavam a dar a elle Francisco dos Santos trimta e tres mil reis por cada milheiro de azolejo posto e assentado na dita igreja cortado e recortado e aparelhado de tudo o qual a faz azoleijo sera da impreza nova de arquitetura, e de paineis com figuras da vida da dita Senhora bem cozido e do
mais fino vidro da mesma sorte do que esta assetado na Ssé oriental da cidade de Lixboa e milhor se milhor puder ser a contento delles dittos offeciais e mais os mais da ditta Confraria como tambem se devia elle dito mestre Francisco dos Santos obrigado a embarcar o ditto azolejo em caixois na Ribeira da dita cidade tudo a sua custa // [fl. 95] correndo outrosim por conta da ditta Irmandade o frete que fizer do gasto o ditto azolejo como tambem os pagamentos necesarios para haver de se asentar nas paredes da ditta igreja cujo asento fara o dito mestre a sua custa pela dita porsão de trinta e tres mil reis o milheiro e sera obrigado a dallo asentado e acabada a dita igreja por todo o mez de outubro deste prezente anno e faltando a qualquer das condeçõis desta escriptura perderia elle ditto mestre vinte moedas de ouro para a dita Irmandade e isto como pena a qual levada ou nam queriam que service lougo e a sastifação da importansia da dita obra se obrigarão elles dittos officiais a sastifação della em tres pagamentos a saber o primeyro logo no primeyro desta obra como de prezente logo e a entregarão na mão delle dito mestre vinte moedas de ouro, o segundo no meyo da obra e ou treseiro no fim della sem inovação alguma mais que o que ditto them e logo pelo ditto mestre Francisco dos Santos foi ditto a mim taballião perante as ditas testemunhas que elle modo propio sua boa e livre vontade e sem constragimento de pesoa alguma aseitava a dita obra em preso [sic] dos ditos trinta e tres mil reis por cada milheiro do dito azolejo na forma asima ditta como tambem se sometia e se sesugeitava as clauzulas desta escriptura dereito que as penas nellas inserta como tambem confesava ter recebido da mão dos ditos offeciais de Nossa Senhora as ditas vinte moedas de ouro do principio da primeira paga e o que mais enportava dereito e complemento da importancea da dita obra recebaria nos doos pagamentos assim a declarados e para seguransa do que dito them eformava [sic] de sua obrigação dava por fiador ao Doutor Pedro Servantes de Alarcão desta villa o qual sendo prezente dice ficava por fiador do dito mestre na forma referida e logo pelo ditto Francisco dos Santos foi mais dicto que sendo cazo que pelo dicto mes de outubro não dece comprimento a dicta obra queria que os dittos offeciais de Nossa Senhora não pagasem nada da dita obra digo queria perder as ditas vinte moedas de pena como tambem repor na mão dos dittos offeciais tudo o que delles havia recebido em fé e testemunho de verdade assim o otrogar e disendo pedirão a mim taballião fose dfeito este instromento nesta minha parte della dar o tresllado que deste theor comprirem que pediram e aseitarão e eu taballião asseito em nome de quem tocar possa abzente como pesoa publica estepulante e aseitante testemunhas que a tudo forão prezentes o Padre Andre Rodrigues Cura da dita igreja e Padre Antonio dos Santos clerigo do habito de Sam Pedro todos nesta villa e ambos moradores que dou fé conheser a todos e serem os proprios que se obrigarão nesta minha nota com os ditos outorgantes de seos sinais que deserão custumavão fazer Antonio da Foncequa taballião do publico judicial e notas nesta villa que o escrevi. a) Francisco dos Santtos a) O Padre Andre Rodrigues da Costa a) Pedro Servantes e Alarcão a) João Rebello a) Luiz Domingues Pachão a) Manoel da Costa Franco a) Amaro de Oliveira Documento 5 1722, janeiro, 10, Lisboa [S. Catarina] - Registo de óbito de Francisco dos Santos esposo de Maria da Luz, morador na Travessa do Benedito. I.A.N./T.T. [A.D.L.], Livro de Óbitos da Paróquia de Santa Catarina de Lisboa [1698-1724], Livro O7, Caixa 55, at. n.º 3, fl. 161. [fl. 161] < Francisco dos Santos testamento > Em dez de janeiro de mil setecentos e vinte e dous faleceu com todos os Sacramentos na Traveça do Benedicto desta freguezia Francisco dos Sanctos cazado com Maria da Lux, e foi sepultado no Convento de Nossa Senhora de Jezus desta cidade. Não lhe ficarão filhos, e fes testamento, são testamenteiros Jozeph de Campos, morador na Rua Nova dos Ferros, mercador de chapeos, e Pedro de Almeida, ladrilhador, morador por detraz da Igreja de São Pedro de Alcantara. a) O Padre Cura Antonio da Cruz e Abreu Documento 6 1734, agosto, 7, Lisboa [S. Catarina] - Registo de óbito de Maria da Luz, viúva de Francisco dos Santos. I.A.N./T.T. [A.D.L.], Livro de Óbitos da Paróquia de Santa Catarina de Lisboa [1724-1738], Livro O8, Caixa 55, at. n.º 2, fl. 130v.
Pormenores dos azulejos na Igreja de S. Sebastião de Peniche atualmente de Nossa Senhora da Conceição.
[fl. 130v] <Maria da Luz testamento> Em sete de agosto de mil setecentos e trinta e quatro faleceu com todos os Sacramentos na Rua Nova de Jesus desta freguezia, Maria da Luz, veuva segunda vez de Francisco dos Sanctos, e foi sepultada no Convento de Nossa Senhora de Jesus desta freguezia. Fes testamento, e nomeou por testamenteiros ao Capitão Jozeph de Melo de Castro, morador no lugar de São Mamede, termo da Villa de Óbidos, e a Jozeph Carlos, cabeleireiro, morador na Rua das Gaveas, freguezia da Incarnação desta cidade. a) O Padre Cura Antonio da Cruz e Abreu
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Jornal da Golpilheira
. poesia . obituário .
Junho de 2016
.poesia. A Igreja da Golpilheira em Festa
Estagnação ou evolução
Insondáveis desígnios
A fé iluminou Jesus e Maria! E os nossos corações sorriram! Naquele dia foi inesquecível Cânticos de louvor se ouviram.
Calcorreamos estradas sem jeitos Sapatos gastos e corroídos Hábitos e preconceitos Somos vagabundos e doídos
Não importa tua religião Deus perscruta teu coração Nem teu estado de emoção Deus transforma “peixinho” em tubarão
Pelo Senhor Bispo de Leiria A Missa foi celebrada! E o Sr. Reitor do Santuário de Fátima Deu uma linda mensagem A casa de Deus Salvador, e do povo Nesse dia foi tudo abençoado.
Vemos sinais e mutações Distinguíamos com a idade Destrinçamos paixões e emoções Irresponsabilidades e austeridade
Dá tua boca sai Jesus Buda, Allah, Moisés Não importa o que te seduz Com lágrimas, Jesus lava teus pés
Tornamo-nos tolos ou génios Perdemos ou ganhamos Fotogénios ou oxigénios Paramos ou ansiamos
Todos nós cremos em algo Nós somos aquilo que cremos Camponês, tecelão ou fidalgo Um dia perceberemos
Determina teu ser Perscruta teu coração Vive ou deixa viver Enquanto chega outra geração Vaz Pessoa
Uns serão inumados Outros serão cremados Outros irão para o paraíso conformados Outros para o inferno inflamados
Epitáfio Vaz (Pessoa)
Até mesmo os ateus e agnósticos Sem crença ou de crença mal formada Alvitram eles prognósticos Na hora da morte designada
A igreja estava cheia Em Jesus e Maria é preciso confiar, A casa de Deus é o nosso refúgio Para reflectir e amar. Transmite ao povo da Golpilheira Mais fé e esperança no vosso valor, O amor quando é reconhecido Dá-nos mais confiança no Redentor. A festa pensa-se que teve êxito As pessoas estavam bem animadas, Com a colaboração de todos Foi melhor organizada. Houve convívio e alegria O trabalho vitorioso foi alcançado, A alegria e a união Será por muitos recordados. 24/6/2016 Cremilde Monteiro
No meu epitáfio Onde irão repousar Nesse último lugar Neste corpo em desfio Exijo respeito tácito Uma simples estaca Com dizeres de quem me ataca Aqui jaz O poeta Vaz Vaz Pessoa
Agradecimento
O que somos nestes porquês No fundo pendente do livre-alvedrio Avançado; tentamos entender os para-quês Encarnação plena de mistério Vaz Pessoa
.obituário.
Agradecimento
Maria das Dores Santos N. 13-04-1919 • F. 17-05-2016 Natural da Golpilheira Residente em Vale da Gunha
Sua família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente como era seu desejo, vem por este meio agradecer de forma muito especial a todas as pessoas de suas relações e amizade que neste momento de dor e tristeza manifestaram o seu pesar. A todos, o nosso muito obrigado.
Manuel Rodrigues Vieira N. 29-05-1930 • F. 31-05-2016 Bico Sachos
Seus filhos, genros, noras, netos e família, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer de forma muito especial a todas as pessoas de suas relações e amizade que neste momento de dor e tristeza manifestaram o seu pesar. A todos, o nosso muito obrigado.
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Agência Funerária Santos & Matias, L.da SERVIÇOS
FÚNEBRES
Brancas (Residência e Armazém) – 244 765764 Batalha (Escritório) - 244 768685 fune_santosematias@sapo.pt • 96 702 7733
Grato pela vossa presença
Obituário
Informamos que a publicação dos agradecimentos por ocasião de falecimento é gratuita para naturais e residentes na Golpilheira. Publicaremos apenas quando nos for pedido pelos familiares ou agências funerárias.
É este o justo momento, Que senti estar convosco Para reviver o quem sou É apenas um dia Que com significado Vou lutando Pelo amanhã E é tê-los em união Que sou feliz. É hoje que dou O justo valor Tudo o resto nada importa É terra é pó Foi passagem Alegria e tristeza Pouco vale a pena Se o viver é isto Obrigado. Com a esperança de cada dia, E este momento de união Continue a ser de alegria Serão vividos Com muita emoção. Obrigado pela vossa presença, Hoje de certeza não estou só É dia vinte e oito de Maio Resta-me estar feliz Contigo a meu lado A melhor prenda. 28-05-2016 José António Carreira Santos
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. a fechar .
Junho de 2016
Número europeu de emergência Número de emergência para fogos florestais Bombeiros Voluntários da Batalha G.N.R. Batalha Junta de Freguesia Golpilheira Câmara Municipal Batalha Centro de Saúde da Batalha Centro Hospitalar N. S. C. - Brancas Hospital de Santo André Farmácia Padrão – Golpilheira Farmácia Padrão (Batalha) Farmácia Ferraz (Batalha) Escola Primária da Golpilheira Jardim-de-Infância da Golpilheira Agrupamento Escolas Batalha Segurança Social (Geral) Conservatória R. C. P. C. Batalha Finanças da Batalha Misericórdia da Batalha Correios (CTT) - Batalha Biblioteca Municipal Batalha Cinema/Auditório Municipal Museu Comunidade Concelhia Batalha Mosteiro de Santa Maria da Vitória Águas do Lena (Piquete: 939 080 820) Rodoviária – Agência Batalha Táxis da Batalha Centro Recreativo da Golpilheira Linha de Saúde Pública Linha de emergência Gás EDP - Avarias (24 horas)
112 117 244 768 500 244 769 120 244 767 018 244 769 110 244 769 920 244 769 430 244 817 000 244 767 856 244 765 449 244 765 124 244 766 744 244 767 178 244 769 290 808 266 266 244 764 120 244 765 167 244 766 366 244 769 101 244 769 871 244 769 870 244 769 878 244 765 497 244 764 080 244 765 505 244 765 410 244 768 568 808 211 311 808 200 157 800 506 506
Então, o que estás a achar deste problema que a Europa está a viver com a potencial saída da Inglaterra?
Estás mal informado... a Inglaterra passou em 2.º lugar do grupo!...
... melhor do que alguns que só andam lá a empatar! Pois... se calhar, está bem visto!
Bolexit .fotos do mês.
LMF
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Quem é grande ... é grande e precisa, obviamente, de muito espaço.
.piada. Pinto da Costa foi a um restaurante de luxo onde até os talheres eram de ouro. De repente, viu o Valentim Loureiro, que jantava noutra mesa, pegar em duas colheres de ouro e escondê-las no bolso. Pinto da Costa ficou chateado por não
ter tido a ideia primeiro e, para mostrar que ainda é o Presidente do Porto, decidiu que também ia roubar duas colheres, mas dando uma de génio! Pinto da Costa pensou um pouco e, como exímio enganador, perguntou ao empregado: - Bocê quer que eu faça uma MAGIA?
– Quero! - respondeu o empregado. – Beim, então pegue nessas duas colheres de ouro e ponha-as no meu bolso. E o empregado assim fez. Pegou nas colheres e pô-las no bolso de Pinto da Costa: – Ok senhor, e agora? – Agora bocê conta até 3 e em seguida bai tirá-las do bolso do Balentim Loureiro!...
Recordar é viver…
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Esta fotografia é do início dos anos noventa. Foi tirada no Campo de Futebol da Batalha (pelado). É uma foto muito completa, onde para além de muitos atletas, directores, treinador, massagista, tem ainda filhos de alguns jogadores, hoje já bastante crescidos. Os anos não perdoam… | MCR
. divulgação .
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Jornal da Golpilheira • Junho de 2016
Com transmissão do jogo Portugal / Croácia em ecrã gigante