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Cartaz das festas: Golpilheira - Batalha - São Bento www.jornaldagolpilheira.pt facebook.com/jgolpilheira google.com/+JornaldaGolpilheira twitter.com/jgolpilheira flickr.com/photos/jgolpilheira
O Banco da (nossa) terra.
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Preço: 2€ | Director: Luís Miguel Ferraz | Bimestral | Ano XXII | Edição 250 | Julho / Agosto de 2018
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Reportagem do 49.º aniversário do CRG
Grande festa da associação
Golpilheirense expõe em Leiria
Inácio Valério mostra sonhos de criança
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2•
Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2018
abertura
.editorial.
Luís Miguel Ferraz Director
Prevenções Tempo de festas e férias, de calor e passeios, de dias maiores e noites mais livres, o Verão chegou mais tarde, mas promete não falhar com tudo aquilo que torna os nossos rostos mais alegres e as nossas vidas mais cheias. No entanto, a experiência dos últimos anos mostra-nos que este é também um tempo de sofrimentos e trabalhos esforçados, de incêndios e acidentes rodoviários, de dias negros e noites em claro. Assim, se nas páginas deste jornal poderá encontrar tantos motivos para festejar, nestas breves linhas fica o alerta para múltiplas prevenções: cuidados mil com o uso do fogo e os terrenos por limpar, com o sol sem protecção e as praias e piscinas não vigiadas, com o álcool e a velocidade na estrada, e por aí fora. Como diz o ditado, “cautelas e caldos de galinha, nunca fizeram mal a ninguém”! Boas férias e boas festas!
.carta do Brasil.
E Jesus os enviou...! Queridos amigos, colaboradores e familiares da Golpilheira e Batalha! A missão é atraente e há mais de 50 anos um vosso filho deixava a família, paróquia, comunidade e amigos para viver uma proposta nova que vinha do Alto, através dos Missionários da Consolata. Era o dia 15 de Outubro de 1952. Este jovem entrava no Seminário em Fátima, enviado pelo então pároco, padre Gonçalves, e acompanhado pelos pais José Monteiro da Felícia e Maria Joaquina. No seminário, fui muito bem acolhido pelo padre assistente, Venturi Ernesto, bem como por todos os outros padres e colegas. Iniciava a caminhada que me levaria ao sacerdócio missionário. Em 1966, a 17 de Dezembro, com outros 46 colegas, era ordenado sacerdote na cidade de Turim, Itália, e recebia a minha primeira destinação, Moçambique. No decorrer dos anos, recebi muitas tarefas em várias situações e países. Por tudo isso, Deus seja louvado! O importante era partir e levar a Boa Notícia às comunidades onde a obediência me colocava. O meu desejo era ir sempre um pouco mais além.... era e ainda hoje é levar a Palavra “ad gentes”. A missão aos mais afastados, mais carentes, mais empobrecidos da sociedade em todos os sentidos da vida humana e cristã e reforçar e fortalecê-los na fé. Lembro muito bem todo o acompanhamento que recebi de todos vocês, com orações e bens materiais, que fui usando nas diferentes situações. Lembro-me muito bem da minha primeira Missa aí
na Golpilheira e depois no Mosteiro da Batalha, a paróquia. Lembro a celebração dos meus 25 anos de sacerdócio, que para mim foi muito emotiva, mas cheia de alegria. Duma maneira especialíssima, lembro-me da grandiosa festa que vocês me ofereceram nos meus 50 anos de sacerdócio e dos meus 80 anos de vida. Sou muitíssimo grato a todos os que me ajudaram. Um obrigado especial vai para o nosso pároco, padre José, que me acompanhou sempre, que muito me ajudou. A paróquia estava sempre aberta para mim. Peço perdão por não mencionar a todos vocês, que me ajudaram sempre. Os textos bíblicos me ajudam a partilhar todos estes pensamentos e muito mais que não escrevi aqui, mas que estão subentendidos: Mc 6, 6-13; Mt 10, 1.9-14; Lc 9, 1-6.10-17. Os Apóstolos foram levar a Palavra e voltaram mais entusiasmados ainda com o que eles conseguiam fazer em nome de Jesus. Com Mc 1, 16-39 quero recordar como é bom seguir Jesus e realizar com Ele a mesma missão que sempre entusiasmou e continua a entusiasmar a todos os missionários que levam a Palavra e implantam a Igreja de Jesus no meio do povo “ad gentes”. O meu muitíssimo obrigado. Nestes últimos tempos, para ser mais eficiente na pregação e ligado às línguas que Jesus falou, decidi estudar algo mais. Estudei hebraico bíblico, aramaico bíblico e a geografia da terra de Jesus. Foram 6 anos de estudo e estou muito contente. A escola em Israel me mandou os diplomas
que eu estou apresentando a vocês. Não é nada de especial e apenas quero partilhar, como filho vosso, que missiona em vosso nome, mas sempre ligado à origem. Agradeço também as orações e ajudas materiais que ainda hoje me ajudam na missão, até que o bom Deus me dê saúde e vida. Um abraço amigo. Quando celebro a Missa, vocês estão sempre no altar. Fiquem com Deus e Nossa Senhora de Fátima, P. João Monteiro da Felícia, missionário no Brasil
. agenda regional . 4 a 6 de Agosto - Festa em honra do Senhor Bom Jesus dos Aflitos, padroeiro da Comunidade Cristã da Golpilheira (Missa da festa, domingo, às 11h30) 4 de Agosto, sábado, 21h30 - Gala Internacional de Folclore da Batalha 5 de Agosto, domingo, às 16h00 – Exposição “Ver-a-Deus”, do rancho Rosas do Lena, na Adega dos Frades do Mosteiro (até Outubro). 10 a 15 de Agosto - Festas da Batalha (cartaz na última página) 14 de Agosto, terça-feira - Feriado Municipal da Batalha 14 de Agosto, terça-feira, 16h00 – Inauguração da exposição “Capela do Fundador – A espada do Rei”, no Mosteiro (até Agosto de 2019) 15 de Agosto, quarta-feira - Solenidade da Assunção de Nossa Senhora - Feriado Nacional e Dia Santo de Guarda. 19 de Agosto, domingo, 11h00 – Bodas de Ouro Sacerdotais do P. Abel, no Mosteiro 25 a 27 de Agosto - Festa em honra de Nossa Senhora da Esperança, em São Bento (Missa da festa, domingo, às 11h30) Até 31 de Agosto - Exposição de pintura de Inácio Valério na Biblioteca de Leiria 7 de Setembro, sexta-feira, às 21h00 - Concerto de guitarra portuguesa, por Henrique Borges, nas Capelas Imperfeitas. 14 a 16 de Setembro – Festa do Sagrado Coração de Jesus, na paróquia da Batalha 20 de Setembro, quinta-feira – Concertos operáticos no Mosteiro, no Claustro Real (15h00) e nas Capelas Imperfeitas (17h30) 21 de Setembro, sexta-feira – Concertos operáticos, no Claustro Real (15h00) e nas Capelas Imperfeitas (17h30); Ensaio assistido, no Lg. do Infante D. Henrique (21h30) 22 de Setembro, sábado – Concerto operático no Claustro Real (15h00); Ópera Eugene Onegin, de Tchaikovsky, no Largo do Infante D. Henrique (21h30) 23 de Setembro, domingo, 17h30 – Coral Sinfónico “A Criação”, de Joseph Haydn, na Igreja Matriz da Batalha 23 de Setembro, domingo das 15h00 às 18h00 - Mercado do Século XIX, na Praça Mouzinho de Albuquerque, na Batalha 29 de Setembro, sábado – Colóquio do Ano Europeu do Património Cultural. 29 de Setembro a 7 de Outubro, festa de Nossa Senhora do Fetal, no Reguengo do Fetal (tradicionais procissões dos caracóis, em ambos os sábados) 5 e 6 de Outubro – Congresso Pastoral da Diocese de Leiria-Fátima, em Leiria 7 de Outubro – Dia da Igreja Diocesana (Assembleia na Sé) Até 28 de Outubro – Exposição de escultura “Sacrificio”, de Mircea Roman, no Claustro Real do Mosteiro Até 9 de Junho de 2019 - Exposição fotográfica “Gente da Batalha”, de António Barreto, na Capela do Fundador, no Mosteiro
reportagem • 3
Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2018
49.º aniversário da fundação do CRG
Realizaram-se, entre os dias 13 e 16 de Julho, as comemorações do 49.º aniversário do Centro Recreativo da Golpilheira. Depois de todos os preparativos, tudo estava pronto para a abertura, na sexta feira, contando com a animação musical de “Rock iu Band”. Além dos bares, restaurante, quermesse e café da avó, na praça anexa à colectividade estavam patentes duas máquinas antigas, que preparavam as vergas para a cestaria e empalhamento de garrafões. Estiveram também ao serviço algumas barraquinhas, com a venda de vários produtos, e o carro das pipocas, para gáudio dos mais novos. No sábado, dia 14, repetiu-se o arraial e a animação musical foi feita pelo duo “Zé Café & Guida”, muito do agrado dos presentes. O domingo teve a especial animação da 18.ª edição das “Rodas D’Aço”, que relatamos noutra notícia e a noite musical contou com “Elsa Gomes & Friends”, também muito aplaudidos. O encerramento do arraial, na segunda-feira, foi ao som da “Banda Kroll”, conjunto muito apreciado na nossa região e não só. Tudo correu do agrado das muitas
MCR
Grande festa da associação
Animação não faltou
centenas de pessoas que contribuíram para o sucesso da festa, com boas receitas garantidas. A direcção do CRG agradece a todos, não esquecen-
do os patrocinadores e voluntários que ajudaram na organização. Foi um grande grupo de sócios e não sócios, mas seria reconfortante que para o
ano, no qual se comemora meio século do início da nossa colectividade, fossem muitos mais a ajudar. Manuel Carreira Rito
18.º Rodas d’Aço
Os rolamentos coloridos voltaram
A caminho de um grande malhanço...
de todas as formas e feitios, alguns muito originais. O “comboio”, com onze concorrentes, fez a delícia da multidão, que presenciou as três rampas. Um pequeno acidente não impediu que se chegasse ao fim. Como o título indica, os concorrentes foram “brindados”, em todas as rampas, com pó azul, amarelo e cor de rosa. Apesar de alguns pequenos acidentes, sem consequências de
maior, a prova foi muito animada. Quanto aos carros, alguns precisaram de ir às “boxes”, para verificar a mecânica e reparar alguns rolamentos furados. Nas três descidas, estavam duas rulotes com bebidas diversificadas, nas quais se destacava a cerveja. A direcção do CRG agradece a todas as pessoas que colaboraram para que este evento fosse mais uma vez um sucesso. Estes agrade-
MCR
MCR
Integrada nas comemorações do 49.º aniversário do CRG, a 18.ª edição das “Rodas d’Aço” foi mais um êxito. Participaram cerca de meia centena de carros de rolamentos, alguns pela primeira vez, mas também muitos repetentes. Foram descidas três rampas, sempre com um público entusiasta, e os concorrentes destemidos e habilidosos. Apareceram veículos
Até há quem suba...
cimentos são extensivos a todos os concorrentes, público em geral e aos moradores que ofereceram a energia eléctrica, para alimentar as máquinas da cerveja. Esperamos que as próximas “Rodas D’Aço” sejam ainda mais grandiosas, nas comemorações dos 50 anos da constituição da nossa colectividade, no próximo ano. MCR
LMF
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Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2018
reportagem
Todos ao palco no final
Fim de ano da Escola de Dança do CRG
Grande noite de hip-hop Com o tema “A História da Nossa História – Musical”, realizou-se no passado dia 29 de Junho mais um “Dançarte”, a festa de fim de ano lectivo da Escola de Dança do CRG, sempre ao ritmo do hip-hop. Participaram seis turmas e algumas exalunas, orientadas pelos professores Liliana Ramos, David Brás e João Ferreira. Como em anos anteriores, o salão de festas estava repleto de público, composto na sua maioria por familiares e amigos dos alunos. De ano para ano, o espectáculo sobe de nível, o
que é extraordinário. Isto só é possível devido à disponibilidade de todos os alunos, com o empenhamento, carinho e trabalho dos professores. É de enaltecer a evolução dos alunos desde que entram para esta escola, a partir dos 4 ou 5 anos, até à sua maioridade. A elegância com que pisam o palco é digna de ser apreciada. A sincronia e a simbiose entre a música e os gestos enchem de alegria todos os que apreciam, a começar pelos professores, pois vêm aqui o fruto do seu trabalho. Quem não veio a este evento deve
estar muito arrependido. As alunas, alunos e professores foram muito aplaudidos. No final, foram todos chamados ao palco para a habitual fotografia. Como lembrança, tinham sido distribuídas camisolas a todos. Aos professores foi entregue um ramo de flores. Proferiram algumas palavras, que foram comuns, agradecendo aos seus alunos, familiares, professores e CRG.
Despedida da professora Liliana
A professora Liliana Ramos, com
uma lágrima no canto do olho, informou que, possivelmente, este foi o último ano que ministrou o seu saber nesta escola. A mesma tristeza era evidente nos dançarinos, familiares e muitas pessoas que têm acompanhado o seu trabalho. Foram muitos anos a ajudar a construir esta família, mas a vida é mesmo assim. Neste momento, ainda restam algumas esperanças de que continue. Nós gostamos muito dela. Deixou obra feita. Se não for possível, desejamos-lhe o maior sucesso para a sua nova etapa. Manuel Carreira Rito
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Zelamos pela sua segurança!
reportagem • 5
Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2018
Golpilheira presente na XXVIII FIABA
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Zona de exposição de artesanato
de Veteranos, como já acontece há alguns anos. Foram dias dum trabalho intenso, com ajuda dos elementos do grupo, alguns familiares e amigos, bem como das cozinheiras e ajudantes do nosso Restaurante Etnográfico da Golpilheira. A localização que nos calhou em sorte no recinto não foi muito favorável e o tempo também não ajudou muito. No entanto, os resultados foram bastante positivos, como tem vindo a acontecer nos anos anteriores. A todos quantos tornaram possível o bom desempenho da nossa “tasquinha”, a direcção do CRG e a equipa de Veteranos agradecem. MCR
MCR
Realizou-se, entre os dias 30 de Maio e 3 de Junho, a 28.ª edição da FIABA – Feira de Artesanato e Gastronomia da Batalha. As “tasquinhas” são uma das grandes atracções desta iniciativa, asseguradas este ano por 17 colectividades do nosso concelho.Outra é o artesanato, de Norte a Sul do País, uma enorme mais-valia da feira. Não faltou também a mostra de produtos agrícolas da região, assim como a presença de diversos pavilhões em representação de várias associações de carácter social e cultural. A animação também foi uma constante em todos os dias, com artistas e conjuntos de renome, não faltando também a tenda electrónica. Algumas colectividades estiveram presentes com as suas escolas de dança, música e folclore, enriquecendo assim o programa artístico deste certame. O CR Golpilheira marcou a sua habitual presença com uma “tasquinha”, com o rancho folclórico “As Lavadeiras do Vale do Lena” e a Escola de Dança da colectividade. A “tasquinha” realizou-se numa parceria da direcção com a equipa
LMF
“Tasquinhas” e artesanato voltam a brilhar
Turmas de ginástica geriátrica na abertura do certame
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Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2018
sociedade
Senhor Bom Jesus dos Aflitos e Senhora da Esperança
Festas animam a Golpilheira em Agosto posta pelos nascidos em 1968 e 1998, também naturais ou residentes cá. Os programas destes festejos podem ser consultados nos cartazes que publicamos nesta edição. Como habitual, haverá celebrações religiosas e animados arraiais, com todas as condições para o convívio da população e dos muitos visitantes que a aldeia recebe com carinho por estes dias.
Mastro dá sinal de festa
Como sabemos, estas festas dão muito trabalho às respectivas comissões e a muitas dezenas de voluntários, sobretudo nos dias da preparação mais próxima. E alguns sinais vão sendo visíveis. Uma das tradições mais antiga na Golpilheira é o levantar de um imponente mastro, uns 15 dias antes da festa. Assim se cumpriu, no pas-
sado dia 22 de Julho, pela Comissão de Festas e outros voluntários, bem como de uma máquina habilmente manobrada pelo Carlos Soares (foto ao lado). Após o serviço de calçar o pé do grande eucalipto seco, para não ficar com folgas, o pessoal dirigiu-se ao bar do CRG, para tomar uma merecida bebida. Tive curiosidade em investigar qual era o significado de “mastro”. O dicionário esclarece: “Qualquer haste de madeira ou de ferro, mais ou menos alta e grossa, que sustenta as velas da embarcação; madeiro alto para uso de ginastas, para içar bandeiras, sustentar fios eléctricos, etc.; madeiro alto e esguio, revestido de verdes ou flores, e que serve para ornamentações, por ocasião de festas e romarias; pessoa desmedidamente alta.” No ano passado, os nascidos em 1977 tiveram uma surpresa deixada pela comissão anterior, quando abriram o buraco para colocar o mastro. Este ano, quiseram dar continuidade ao “ritual”, deixando uma mensagem de incentivo e votos de sucesso, bem como algumas “pistas” para o cumprimento das primeiras tarefas (as fotos abaixo documentam). MCR
DR
Realizam-se entre os dias 4 e 6 de Agosto os grandiosos festejos do padroeiro da Comunidade Cristã da Golpilheira, Senhor Bom Jesus dos Aflitos, a cargo dos “quarentões”, nascidos em 1978 naturais ou residentes na freguesia. Ainda neste mês de Agosto, de 25 a 27, realiza-se a festa de São Bento, em honra de Nossa Senhora da Esperança, cuja comissão é com-
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sociedade • 7
MCR
Com mais de 300 figurantes Mercado do século XIX na Batalha
Momentos da colocação do mastro
Realiza-se a 23 de Setembro, entre as 15h00 e as 18h00, na Praça Mouzinho de Albuquerque, na Batalha, mais uma edição da reconstituição de um mercado típico do século XIX. Com o envolvimento de mais de 300 figurantes, a maioria dos quais provenientes dos ranchos folclóricos da região, será revivido uma vez mais o ambiente que se vivia em redor do Mosteiro em dias de mercado. Além da compra e venda de produtos, sobretudo agrícolas, a iniciativa é animada por danças e cantares da época, não faltando a representação cénica de profissões tradicionais e de personagens como o oleiro, o tira-dentes, a bordadeira, o latoeiro, entre outros. Como habitual, o rancho folclórico “As Lavadeiras do Vale do Lena” marcará presença activa no certame.
Reguengo do Fetal Nossa Senhora iluminada a cascas de caracóis A ancestral festividade de Nossa Senhora do Fetal tem assumido especial popularidade nos últimos anos, restaurando o sucesso que tornava a freguesia do Reguengo um local de peregrinação em tempos remotos. Um dos principais motivos de interesse são as procissões de Nossa Senhora, entre o seu santuário e a igreja matriz, cujo percurso é iluminado por candeias de azeite feitas de cascas de caracóis. Os desenhos feitos com estas luminárias são apreciados pelas centenas de visitantes e resultam do trabalho que envolve toda a população durante vários meses. A festa repete-se anualmente, entre o último fim-de-semana de Setembro e o primeiro de Outubro. Assim, estará de regresso no próximo dia 29 de Setembro, com a primeira procissão do Santuário para a matriz, terminando com a grande procissão de regresso da imagem, no sábado 6 de Outubro. Durante a semana, organizam-se celebrações religiosas e um animado arraial.
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Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2018
cultura
Golpilheirense expõe em Leiria
“Ventos que sonhos de criança transportam” é o nome da exposição de pintura do golpilheirense Inácio Grosso Valério, inaugurada no passado dia 28 de Julho e que estará patente na Biblioteca Municipal de Leiria, no Terreiro, até ao próximo dia 31 de Agosto. A mostra surgiu a convite da Câmara de Leiria, em reconhecimento da “qualidade artística” do autor, explicou a vereadora Anabela Graça, considerando admirar “as sensações que consegue exprimir através da sua obra, seja em pintura, em escultura ou até na escrita”. Por isso, espera que “esta seja a primeira de muitas outras”, indicando que “as portas do Município estão sempre abertas à sua arte”. Na sessão inaugural, Inácio Valério agradeceu a amabilidade e o total apoio logístico do município leiriense, perante cerca de duas dezenas de familiares e amigos, entre os quais os presidentes de junta da União de Freguesias de Leiria, Pousos, Barreira e Cortes, José Cunha, e da freguesia da Golpilheira, José Filipe. Depois, partilhou algumas curiosidades sobre a sua vida e o seu trabalho, especialmente o modo como gosta de dar cor e sentido aos diversos materiais que utiliza e os principais temas que motivam a sua criatividade.
A obra de uma vida
LMF
O título desta exposição remete para o imaginário da infância e da fantasia e bem pode resumir a obra e a própria vida do autor. Nascido
LMF
Inácio Valério mostra sonhos de criança
Vereadora Anabela Graça enalteceu valor do artista
no Carvalhal do Picoto, freguesia da Golpilheira, em 1952, Inácio Valério partiu para a Alemanha em 1976, à procura de novos horizontes de vida. Os primeiros anos de emigração foram de “aventura”, mas em 1978 casava com Suzel Évora, também emigrante, natural de Monte Redondo, e em 1980 já estava legalmente instalado na cidade de Jülich e empregado na fábrica de extrusão de plástico onde se manteve durante os últimos 38 anos. O trabalho industrial, no entanto, não o preenchia. Dos tempos da Escola Industrial e Comercial de Leiria e do contacto com o professor de trabalhos manuais tinha-lhe ficado o gosto pela arte. “Mestre Magalhães” deixava-o ajudar na elaboração das suas esculturas e “adorava a sensação de tocar com as mãos na pedra e na madeira”. Sonhou seguir para Belas Artes, mas os tempos eram outros e
Inácio Valério e a esposa no espaço da exposição
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teve de ir trabalhar, tal como tinham feito os irmãos. O “bichinho” ficou e foi já na Alemanha que começou a dedicar os tempos livres a “fazer umas pinturas e esculturas”. Autodidacta, queria integrar a vida cultural da sua cidade, mas não tinha coragem para mostrar o que ia fazendo. Até que um padre viu o seu trabalho e o convidou a fazer uma exposição na paróquia, a primeira das mais de sete dezenas que já fez, em 1985. O mesmo sacerdote entregoulhe a tarefa do restauro de uma imagem de São Cristóvão, que aceitou sem pensar como iria fazer. Foi para as bibliotecas, estudou técnicas, esteve seis meses a olhar para a estátua sem ver por onde começar… até que chegou o prazo de entrega e teve de lançar mãos à obra. Num único fim-de-semana chegou ao resultado que mereceu do padre a exclamação “perfeito!”. Isso deu-lhe confiança nas suas capacidades, mas foi nas esculturas de autor que investiu mais de si. Interessava-o, sobretudo, explorar materiais diferentes. Pedra, barro, gesso, madeira, metais diversos e até o plástico da empresa em que trabalhava serviam para dar largas à imaginação. Assim, ao longo dos anos, foram-se somando as exposições, 48 individuais e 19 colectivas, não só na Alemanha, mas também na Bélgica, Holanda, Luxemburgo e Portugal. A primeira que trouxe ao seu país foi nos finais dos anos 90,
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com o título “Ferida na Golpilheira”, numa referência à poluição que nessa altura era tema de preocupação na sua terra natal. Hoje, tem mais de 1700 obras espalhadas por colecções públicas e privadas em vários países, mas sobretudo nas suas casas em Portugal e na Alemanha. O reconhecimento da cidade onde reside fez com que seja sócio do Clube de Artes Plásticas local, tendo já sido assumido cargos directivos também no Centro Cultural Português de Jülich. Recentemente, descobriu também o gosto pela escrita e, em Janeiro deste ano, veio a Leiria apresentar a sua primeira obra, intitulada “O Nosso Convívio – Internato Distrital de Leiria”. Tem mais uma dezena de livros prontos a editar, em poesia e prosa, mas os custos que os livros implicam estão a fazer adiar a decisão. Dos projectos que ficam por realizar, aponta o que estava a preparar com a recentemente falecida pintora batalhense Carla Cerejo, que “seria uma coisa grandiosa, em redor do Mosteiro”. A esse propósito, lamenta o inesperado desaparecimento da amiga, com quem fizera uma exposição colectiva, na Alemanha, há alguns anos, e preparava outra para breve, no Canadá, onde aquela residia. Mas é no futuro que coloca o olhar e espera voltar a expor em breve em Portugal, se possível com as suas esculturas… Luís Miguel Ferraz
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Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2018
“As Lavadeiras do Vale do Lena”
Rancho da Golpilheira em festivais autocarro decorreu sem sobressaltos e o acolhimento foi feito na Junta de Freguesia local, onde receberam as tradicionais lembranças. Após o jantar de convívio, os membros dos vários agrupamentos foram trajar-se e apresentaram-se em desfile. Depois, deu-se início ao festival onde cada um representou com dignidade a respectiva região de proveniência. Foi um bom festival de folclore. MCR MCR
Estamos em pleno Verão, embora não pareça. É nesta época que se realizam a maioria dos festivais de folclore, com o rancho folclórico “As Lavadeiras do Vale do Lena”, do CR Golpilheira, a ter também uma agenda mais cheia. No passado dia 7 de Julho, o agrupamento fez uma digressão a Sermonde, em Vila Nova de Gaia. Nesta simpática terra, participou, com mais quatro grupos no VII Festival de Folclore, organizado pelas Danças e Cantares de Sermonde. A viagem de
Actuação do rancho da Golpilheira
XII Festival Internacional de Folclore de Kozje
Moção aprovada pela Assembleia Municipal
Batalha apoia candidatura de Leiria a Capital da Cultura A Assembleia Municipal da Batalha, em sessão do passado dia 27 de Junho, aprovou por unanimidade uma moção de apoio à candidatura de Leiria a Capital Europeia da Cultura em 2027. O documento refere a “inequívoca dimensão regional deste projecto que, a concretizar-se, representará uma enorme mais-valia para cultura, criatividade e promoção das indústrias criativas de toda a região de Leiria e Oeste”. Já em Fevereiro de 2016, a Câmara Municipal da Batalha tinha expressado formalmente ao município leiriense o apoio a esta candidatura, considerando-a “da maior importância para toda a região”. O reforço desta posição pela Assembleia Municipal sublinha a mais-valia que é ter como parceiro da candidatura “um município detentor de Património da Humanidade, como o Mosteiro da Batalha, e de um Museu distinguido com o prémio Kenneth Hudson do Fórum Europeu dos Museus.
Foto tirada na Eslovénia
O rancho folclórico Rosas do Lena, da Rebolaria, fez a sua 32.ª digressão ao estrangeiro, no final do passado mês de Maio, com uma deslocação à Eslovénia. “Fomos muito bem recebidos, hospedados numa instância termal com excelentes condições, em Podčetrtek, e aproveitámos para fazer algumas visitas turísticas, como ao museu do chocolate e a um mos-
teiro”, refere o presidente do rancho, José António Bagagem. O principal palco foi o XII Festival Internacional de Folclore em Kozje, que reuniu grupos da Croácia, Ucrânia, Rússia, Servia e Itália, além do anfitrião, mas o Rosas do Lena teve oportunidade de actuar por quatro vezes, duas em Kozje, uma em Smarje pri Jelsah e outra em Podčetrtek.
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Rosa do Lena na Eslovénia
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Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2018
cultura
Programação cultural diversificada
Fotografia de António Barreto
Inaugurada no passado dia 24 de Junho, patente até 9 de Junho de 2019, está na Capela do Fundador a exposição fotográfica “Gente da Batalha”, do conceituado sociólogo, escritor e político António Barreto. Confessando uma antiga ligação afectiva a este monumento, decidiu fazer várias visitas, durante os últimos meses, para o fotografar. O processo e o resultado estão magnificamente descritos no texto de Ângela Camila Castelo-Branco, curadora da exposição, que passamos a transcrever. “Com a sua objectiva e de binóculos ao peito, António Barreto procurou dissecar este monumento construído em louvor a uma batalha. Não descobriu vestígios de guerra. Encontrou, isso sim, sinais claros de amor, igualdade e cosmopolitismo, armas de paz, depois de terminada a guerra. Sem distinção de género e hierarquia, deu vida a todos quantos habitam o mosteiro. No silêncio cerimonioso da catedral, em mísulas e capitéis onde reina uma rara aproximação entre o sagrado e o profano, na solidão
Exposição “Gente da Batalha”
do Panteão, onde repousam reis e rainhas de mãos direitas dadas para a eternidade, o fotógrafo deu luz ao amor que ali se vive. Das colunas da nave da Catedral e das Capelas Imperfeitas, obra-prima do mosteiro, o fotógrafo resgatou das trevas um mundo de carantonhas formidáveis que passam despercebidas aos visitantes. Fotografou a atmosfera dos lugares e dos guardiões de pedra que calam pecados e segredos seculares. Em presença de gárgulas trocistas, fantasiou com ironia uma postura humana para estes símbolos dos males terrenos. Numa visão muito íntima da Batalha que escolheu celebrar, juntou cenas que fazem deste mosteiro uma Casa Encantada, um «Mosteiro de Batalha, Mosteiro da Vitória. Mosteiro da paz. Mosteiro da Humanidade. Mosteiro da Gente».”
dreescu” de Cluj, Roménia, em 1984. Venceu o Prémio de Escultura da Trienal de Osaka, o mais prestigioso prémio deste tipo no mundo inteiro. No ano seguinte, recebeu uma bolsa de estudo da Delfina Studio, que, por 14 anos o fez viver e criar em Londres, onde lhe foi colocado um trabalho monumental, “O Homem-barco”, nas margens do Tamisa. Com inúmeras exposições individuas e colectivas nos mais prestigiados certames de arte, as suas obras encontram-se em importantes colecções públicas e privadas por todo o mundo.
Roupas de “Ver-a-Deus”
Uma interessante exposição organizada pelo rancho folclórico Rosas do Lena será inaugurada no próximo dia 5 de Agosto, às 16h00, mas pode já ser visitada, no espaço de entrada para a Adega dos Frades. Trata-se de
“Sacrifício” de Mircea Roman
No dia 14 de Julho, uma outra exposição foi inaugurada, no Claustro Real, da autoria do conceituado escultor romeno Mircea Roman, contando com a parceria do Instituto Cultural Romeno e Contemporanii. Intitulada “Sacrifício”, incorpora um conjunto de grandes esculturas onde este tema se transforma em arte e, apesar de tratado conceptualmente, quase nos faz entrar a dor e a angústia pelos olhos dentro. Mircea Roman licenciou-se pela Academia de Belas Artes “Ion An-
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O Mosteiro da Batalha tem registado nos últimos tempos uma intensa actividade cultural, que passa por exposições, concertos, colóquios, apresentações de livros, visitas guiadas e outras iniciativas promovidas pela direcção do monumento, algumas delas em parceria da Direcção Geral do Património Cultural com o Município e outras entidades públicas e privadas. Dada a nossa proximidade com o Mosteiro, podemos pensar que já o vimos muitas vezes e já o conhecemos muito bem, correndo o risco de perder a novidade permanente que nos pode oferecer, também através destas iniciativas que nos ajudam a descobrir olhares novos e, sobretudo, experiências diferentes que nos pode proporcionar. Devemos, por isso, voltar frequentemente e aproveitar a riqueza que leva tanta gente a vir de longe. Passamos a indicar alguns exemplos do que poderá ali encontrar neste momento e nos próximos meses.
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Exposições e música no Mosteiro da Batalha
Exposição “Sacrifício”
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“Ver-a-Deus – Trajos Domingueiros do Povo da Alta Estremadura nos Séculos XIX/XX”, que retrata em fotografias legendadas, em manequins vestidos e em alguns objectos o modo de vestir – que revela também o modo como era a relação – dos nossos antepassados com o Mosteiro. Um dos responsáveis por esta mostra, José Travaços dos Santos, acompanhou o Jornal da Golpilheira numa visita e explica o seu contexto. Até 1834, a relação do povo com o Mosteiro era mínima, já que este era habitado pelos frades dominicanos. Mas nesse ano, em que foram expulsos, como todas as ordens religiosas portuguesas, a paróquia e o seu povo pediram à rainha D. Maria II que deixasse instalar ali os serviços paroquiais, até porque a igreja matriz estava praticamente em ruínas. O pedido foi autorizado e iniciou-se uma fase de relação muito próxima dos batalhenses com o seu monumento, que durou especialmente até 1938, ano em que foi feito o primeiro grande restauro à igreja matriz. Explica Travaços Santos que “o povo tinha grande respeito por este espaço, sobretudo com a sua igreja, e vestia-se o melhor que podia para frequentar ali os actos de culto”. Era interessante, por exemplo, o facto de “apenas aos pedintes de rua se tolerar que entrassem sem calçado; todos os outros, mesmo quando andavam descalços a maior parte do tempo, tinham sapatos ou botas para vir ao Mosteiro”. E como vinham vestidos? “Pelas
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Segundo Joaquim Ruivo, director do Mosteiro, “durante um ano, a espada original do rei D. João I e os elmos atribuídos a D. João II e D. Afonso V vão voltar ao lugar onde estiveram centenas de anos até cerca de 1810, altura da 3.ª invasão francesa”. Para além destes três objectos, serão colocadas também naquele espaço “reproduções da espada e do escudo de D. João II, a partir dos desenhos de Domingues Sequeira, que por aqui passou em 1807”.
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Música e não só
Exposição “Ver-a-Deus”
fotos de época, vemos que a maioria envergava o trajo camponês típico do concelho da Batalha e da Alta Estremadura, embora se encontre um ou outro burguês, mais rico, ou com trajos do Ribatejo ou de outras regiões do País”, explica. Assim, “vestidos para «ver-a-Deus», nome que se dava à frequência da igreja, as mulheres trajavam chapéus de prato ou de aba vertical, lenços de cabeça de variadas cores, blusas de armur e de chita, saias de armur, de chita, de riscadilho ou de estamanha, saias de ombro, capas, sapatos de atacar ou de
botão lateral, e os homens envergavam chapéus de aba larga, carapuços, jalecos, camisas de linho, coletes, calças de boca-de-sino, bota de atacar ou de elástico e de cintas com as duas pontas pendentes atrás”. O que ficava à porta era o pau ou cajado, que normalmente os acompanhava por todo o lado e se pode observar também nos modelos expostos. Servia “tanto para apoio nas longas caminhadas a pé, por caminhos incertos de pedra e terra batida, como para usar em caso de necessidade de defesa pessoal”. A mostra apresenta também
várias ofertas típicas das seculares procissões da festa da Santíssima Trindade, bem como um tradicional balão de ar quente, que nelas era lançado ao ar. “E não há registo de que alguma vez tenham causado algum incêndio”, comenta o etnógrafo batalhense.
“A Espada do Rei”
No dia 14 de Agosto, Feriado Municipal, será inaugurada mais uma exposição, intitulada “Capela do Fundador – A espada do Rei”, em parceria com o Museu Militar.
“7 Maravilhas à Mesa”
A organização das “7 Maravilhas de Portugal”, que tem a missão de promover os patrimónios que marcam a nossa identidade nacional, está neste sétimo ano de edições a promover a escolha das “7 Maravilhas à Mesa”. Concorreram 182 “mesas” propostas por municípios, juntas de freguesia, confrarias, associações, restaurantes, etc., das quais um painel de 77 especialistas de todas as regiões do País seleccionou 49 pré-finalistas, sendo a Batalha a única da região de Leiria. Em cada uma das 7 galas transmitidas na RTP serão escolhidas 2 finalistas para a gala final, a decorrer a 16 de Setembro em Albufeira. A segunda pré-eliminatória realizou-se na Batalha, no passado dia 29 de Julho, onde a mesa da Batalha estava a votação, mas não passou à fase final. Ainda assim, a transmissão televisiva, em directo, com apresentação de Catarina Furtado e José Carlos Malato, serviu para promover a gastronomia e o turismo locais,
DR
Batalha acolheu gala, mas não venceu
Gala na Batalha
com vários apontamentos sobre as riquezas do concelho, cujo Mosteiro integra a mais importante lista das “7 Maravilhas de Portugal”. Resta referir que foi editado um livro sobre este concurso, onde se descrevem as 49 mesas pré-finalistas, nos 3 pilares que as compõem: gastronomia; vinhos e azeites; e roteiros, como património histórico e
natural, eventos de afirmação territorial e experiências únicas. A Mesa Batalha junta o bacalhau e o leitão, vinho Real Batalha e azeite da Pia do Urso, sendo a aposta na acessibilidade uma das suas marcas distintivas, com a disponibilização de ementas em braille e vários recursos inclusivos de apoio a cidadãos portadores de deficiência.
Também a música, que tem sido uma constante neste mês de Julho, voltará a 7 de Setembro, às 21h00, num concerto de guitarra portuguesa por Henrique Borges, nas Capelas Imperfeitas. Nos dias 20 a 23 de Setembro, decorrerá o ciclo “Ópera no Património”, com obras de Tchaikovsky e Rossini, organizado pelo Turismo do Centro e o Município da Batalha. A 29 de Setembro, regressam os colóquios no âmbito do Ano Europeu do Património Cultural, com António Barreto, Marçal Grilo, Guilherme d’Oliveira Martins, Luís Raposo, Virgolino Jorge, Maria João Branco, António Candeias, Joana Ramôa, Mendes Ribeiro, Álvaro Domingues e outros convidados. LMF
Adega da Batalha participou
Promoção de vinhos em Lisboa Entre 17 e 22 de Julho, a Batalha voltou a promover-se numa das ruas mais movimentadas do País, participando pela terceira vez no evento “Vinhos de Lisboa na Rua Augusta”. A iniciativa, organizada pela Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa, Comunidade Intermunicipal do Oeste, com o apoio da Câmara Municipal local, visa a promoção de vinhos, mas também do património e da gastronomia da região e de outros municípios convidados. Foi o caso da Batalha, cuja Adega Cooperativa deu a conhecer aos milhares de visitantes nacionais e estrangeiros do certame os vinhos de eleição produzidos na Batalha. A participação, considera a Autarquia, é uma “mais-valia” para a “promoção do concelho, do património e dos produtos endógenos”.
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cultura
Arma de Cavalaria e Município da Batalha
Com o apoio do Município da Batalha, o Regimento de Cavalaria nº. 3 de Estremoz prestou a homenagem anual a Joaquim Mouzinho de Albuquerque, no dia 21 de Julho, junto ao seu busto, na praça com o seu nome. Este distinto e corajoso militar nasceu no concelho da Batalha, mais concretamente na Quinta da Várzea. O seu percurso militar foi recheado de diversos episódios brilhantes, nos quais demonstrou toda a sua valentia, nomeadamente na antiga província ultramarina de Moçambique. É o Patrono dos Cavaleiros, que estão sempre presentes nestas homenagens em grande número. Todos os discursos enalteceram os feitos deste distinto militar. Foi lembrado que as nossas Forças Ar-
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Homenagem a Mouzinho
Actuação da Orquestra Ligeira do Exército
madas são o garante da paz no nosso país. Também foram lembradas as diversas missões militares que estas
forças efectuaram e efectuam, há mais de vinte anos, em várias partes do mundo, com sucesso. É nosso dever acarinhá-las, respeitá-las e apoiá-las. Esta cerimónia foi presenciada por muito público.
MCR
Concerto com a Orquestra Ligeira do Exército
Integrado nestas cerimónias de evocação do Patrono da Arma de Cavalaria, Joaquim Mouzinho de Albuquerque, na noite anterior, dia 20 de Julho, a mesma Praça Mouzinho de Albuquerque recebeu um grande concerto com a Orquestra Ligeira do Exército, presenciado por várias centenas de pessoas, entre as quais algumas entidades oficiais, civis e militares.
Desfile a cavalo
. museu de todos . Museu da Comunidade Concelhia da Batalha No largo do Infante D. Henrique, nas imediações das Capelas Imperfeitas do Mosteiro da Batalha, marca-se no chão, em cor branca, o traço que recorda a primeira igreja da Batalha. Construída no final do século XIV, a singela igreja de Santa Maria-a-Velha foi o primeiro espaço de oração e de convívio durante a construção do grande convento da Batalha. De traça simples, possuía dois corpos rectangulares e uma só nave. No interior, ostentava um altar-mor com um retábulo em pedra, contendo o nicho que albergava a imagem de Nossa Senhora da Vitória. Nela foram sepultados alguns dos principais mestres do Mosteiro, entre os quais Huguet, Guilherme e Boytac. Parte das pedras que se conservam, embora de edificação posterior, relembram o seu total desaparecimen-
A orquestra é composta por cerca de 25 músicos, exímios tocadores de diversos instrumentos musicais. Nas vozes, tem três excelentes executantes, duas cantoras e um cantor, que estiveram à altura do prestígio deste espectacular agrupamento. A orquestra começou por interpretar diversas peças em inglês, voltando-se depois para a música portuguesa. O fado, tanto do gosto do nosso povo, esteve em alta. Perto do final, um tributo aos “Xutos e Pontapés”, especialmente dedicado ao saudoso José Pedro, recentemente desaparecido, levou a vibrar ainda mais o público, tanto acompanhando as canções como batendo as palmas. Um serão inesquecível. Manuel Carreira Rito
Em Memória de Santa Maria-a-Velha
Remate de nicho, semi-cúpula – Altar de Santa Maria-a-Velha. Final do século XVI, início do século XVII.
to em 1965, quando a antiga vila da Batalha foi destruída dando lugar a um novo plano urbanístico. No MCCB evoca-se a memória desta igreja, numa área que a procura recriar, evocando a estrutura do seu
altar, através de uma composição, em tamanho aproximado ao real, de alguns fragmentos arquitectónicos que restam do templo. De entre as peças expostas, destacam-se uma semicúpula, fragmentos de coluna e
de uma arquitrave e também o que resta da lápide funerária do mestre Boytac. Parte destes elementos expõese no Museu, por cortesia da DGPC/ Mosteiro da Batalha. É a homenagem que se presta ao primeiro de culto da vila, também ele mandado erigir por D. João I. Aproximando-se a data em que se comemora a Batalha de Aljubarrota 14 de Agosto - renovamos o convite aos munícipes a visitarem o MCCB. Lembramos que aos 1.ºs domingos do mês as visitas são gratuitas para os residentes e os naturais do Concelho. Sugestão de Leitura: Vieira, S., “Santa Maria-a-Velha da Batalha – a Memória da Igreja (séc. XIV a XX)”, CMB, 2018.
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Armindo Vieira Jordão e José Batista de Matos
Batalha perdeu dois cidadãos de valor Com poucos dias de intervalo, a Batalha perdeu dois cidadãos a quem muito fica a dever, sobretudo no que se refere ao associativismo, desenvolvimento local e defesa da vida democrática. Várias foram as manifestações de pesar que se tornaram públicas, tanto de pessoas que com eles privaram como de instituições públicas e privadas em que colaboraram, como foi o caso do Município da Batalha.
Armindo Jordão
da Rebolaria, a ligação ao rancho Rosas do Lena, à Associação de Melhoramentos da Freguesia da Batalha e à Santa Casa da Misericórdia da Batalha são apenas outros exemplos. Por todos é referido como um homem bom, honesto, dedicado e que deixou o legado do “dever cumprido”.
Batista de Matos
No dia 1 de Julho, falecia José Batista de Matos, nas Alcanadas,
DR
No dia 28 de Junho, faleceu o conhecido empresário batalhense Armindo Vieira Jordão, natural da Rebolaria, aos 78 anos de idade. A sua obra mais visível foi a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Batalha, tendo feito parte do grupo fundador e assumindo a sua direcção durante muitos anos. Mas a sua vida de dedicação aos outros e ao serviço público, sobretudo através do associativismo, foi muito mais abrangente, sempre demonstrando grande preocupação pela melhoria das condições da vida dos batalhenses. A fundação do Centro Recreativo
DR
Armindo Jordão
Batista de Matos
de onde era natural, aos 84 anos de idade. Emigrou para França em Abril de 1963, para fugir à perseguição política que a sua luta contra a ditadura motivava, instalando-se na cidade de Champigny, nos arredores de Paris. Ali começou a trabalhar nas obras do metro, chegando à posição de encarregado, onde deu nas vistas na defesa dos trabalhadores, sobretudo nas revoltas de 1968. Defensor acérrimo da liberdade e da democracia,
tornou-se o rosto da emigração portuguesa, imortalizado no Museu Nacional da História da Imigração, em Paris. Foi Conselheiro das Comunidades Portuguesas durante oito anos, fundou a Associação Portuguesa de Fontenay-sous-Bois e esteve na origem da geminação desta cidade com a Marinha Grande, promovendo a construção do único monumento ao 25 de Abril existente fora de Portugal. Tinha recebido, no mês passado, a Medalha de Honra pelo presidente daquela cidade francesa. Mas nunca esqueceu a sua aldeia natal, onde voltava frequentemente, sendo fundamental na fundação e dinamização do Centro Recreativo das Alcanadas e das suas famosas semanas culturais, bem como presença assídua nos principais momentos da vida pública concelhia e colaborador da comunicação social local, também com presença esporádica no Jornal da Golpilheira. Recebeu do Presidente da República Cavaco Silva, a 10 de Junho de 2011, a distinção do Estado Português como Comendador da Ordem de Mérito. LMF
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Missões de socorro no topo da intervenção
Bombeiros pedem pessoal Os Bombeiros da Batalha têm em vigor uma campanha de recrutamento para o ano de 2018-2019, aberto a todos os interessados entre os 17 e os 45 anos, com o 9.º ano de escolaridade completo. As inscrições podem fazer-se nos quartéis da Batalha ou de São Mamede, bem como pelos contactos 244 765 411 ou geral@bv-batalha.pt. Quanto à actividade presente, apesar de não ter chegado ainda um período de calor muito intenso, espera-se que a qualquer momento aconteça, pelo que “nos próximos dois meses a prioridade será para o Dispositivo de Combate aos Incêndios Rurais (DECIR)”, esclarece o presidente da direcção, Jorge Novo, em declarações ao Jornal da Golpilheira. A esse propósito, comenta que os “neste momento e até final de Setembro, contribuímos para o DECIR 2018 com uma Equipa de Combate a Incêndios, composta por uma viatura e cinco bombeiros em permanência 24 horas por dia, para resposta em caso de emergência”. Esta participação representa a disponibilização de apenas 5% dos
efectivos, “uma das menores taxas de esforço do Distrito, graças ao bom número total de bombeiros”. Recordamos que a Batalha conta com cerca de 110 efectivos, mas nunca são demais, dado que o maior número de pedidos de intervenção é para a emergência. Segundo os dados disponibilizados pela Autoridade Nacional de Protecção Civil e pela Liga dos Bombeiros Portugueses, no primeiro semestre deste ano, o número de bombeiros presentes nas missões de socorro superou os 95%, em relação ao total de operacionais envolvidos. A mesma taxa se verifica no combate aos incêndios. E é de salientar que, embora não seja uma realidade muito evidente, este ano já ocorreram 6.035 incêndios rurais e florestais, tendo ardido 5.327 hectares em Portugal. Outra forma de apoiar os nossos Bombeiros é participar em eventos de angariação de fundos, como será o caso da tasquinha que manterão no recinto das festas de Agosto, na Batalha, ou a inscrição nas provas de atletismo do dia 15, cujas receitas reverterão para esta corporação.
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sociedade
Cristina Agostinho e Licínio Monteiro
O casamento foi a 24 de Julho de 1993 e a festa voltou a fazer-se 25 anos depois, no passado dia 28. Cristina Agostinho e Licínio Monteiro, residentes na Cividade, com as suas filhas Ângela, Mariana e Patrícia, quiseram comemorar as suas Bodas de Prata Matrimoniais com Missa na igreja de Nossa Senhora de Fátima, presidida pelo pároco da Batalha, padre José Gonçalves. Juntaram cerca de uma centena de familiares e amigos na celebração e num jantar de convívio que ofereceram a sua casa. Pela festa e pela fidelidade à vocação familiar, estão de parabéns.
LMF
Bodas de Prata matrimoniais
“Noivos” e convidados à porta da igreja
Surpresa a Leonor Filipe Normalmente estas festas demoram algum tempo a preparar, nomeadamente, quando há filhas graúdas pelo meio. Foi o que aconteceu à Leonor Filipe: as suas filhas Vanessa e Mónica convenceram-na de que o festejo do seu aniversário seria só com a família próxima, num restaurante. Mas convidaram familiares e amigos e o local seria outro, o Parque do Rato, perto das Matas de Espite. Trata-se de um local aprazível, com muita sombra, fresco, muitas mesas, e uma grande piscina, bem tratada, para júbilo dos mais novos e também dos graúdos. Este espaço é propriedade particular, mas aberto gratuitamente a quem o queira usar, sendo as despesas de manutenção assumidas pelo dono.
A surpresa resultou em cheio. Os familiares e amigos foram chegando, enchendo as mesas de comida e bebida. Leonor foi trazida pelas filhas, de olhos vendados, e ficou estupefacta com aquilo viu quando lhe retiraram a venda. De certeza que o seu coração bateu a alta velocidade. Notou-se que ficou um pouco perturbada. Aos poucos recuperou e agradeceu este gesto a todos os presentes. Depois, foi comer e beber até ao cantar dos parabéns. O bolo era grande, bonito e saboroso. Foi uma tarde maravilhosa, que proporcionou muita felicidade a esta família. A festa não acabou aqui. Como estava na sua mente que ia almoçar ao restaurante, preparou algumas iguarias e bebidas para a noite. Fomos intimados a ir a
MCR
Festa de aniversário imprevista
Momento da surpresa
sua casa, acabar a empreitada. Não nos fizemos rogados e lá continuámos na tarefa, para não ficarmos envergonhados. Foi um dia em cheio,
repleto de emoções. Parabéns à mãe e, por arrasto, também às suas lindas filhas. MCR
Um testemunho
“Repasto” de convívio
O Dia dos Avós
DR
Nascidos em 1954
Poucos, mas bons
No passado dia 26 de Maio, os nascidos em 1954 decidiram juntar-se para conviver, no solar da Barreira.
Apenas 8 puderam comparecer, faltando cerca de 20, mas a festa fez-se… José Cruz
O dia 26 de Julho é o Dia dos Avós e são várias as iniciativas que muitas entidades e famílias promovem, com mais frequência nos últimos anos. Sobretudo nos jardins-de-infância, que ainda tem muitas crianças em tempos livres por esta altura, promovem-se bonitos convívios para s quais são convidados os avós. Actualmente, torna-se cada vez mais importante a participação dos avós, no crescimento dos seus netos. Esta ajuda é muito importante para os pais e fruto da maior disponibilidade dos avós para os ajudar. Não é por acaso que se diz com muita frequência que os avós
são os segundos pais. Estão sempre na retaguarda, para o que der e vier. São, para todos os efeitos, um refúgio e uma grande ajuda para os pais. Tenho a felicidade e o privilégio de também ser avô. É uma sensação indiscritível. Acompanhar o seu crescimento, proporciona cada vez mais a ligação à minha neta. Quando estou uns dias sem a ver e estar com ela, sinto muitas saudades. Aproveito este testemunho para desejar muita saúde para todos os avós, para continuarmos a ajudar os nossos netos a crescer e a aliviar as tarefas dos nossos filhos, que muitas vezes são triturados pelo trabalho. MCR
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A Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Básica e Jardim-de-Infância da Golpilheira organizou um bonito convívio de encerramento do ano lectivo, com crianças, pais, familiares, professores, auxiliares e muitos amigos. Foi no dia 24 de Junho, no parque de merendas da freguesia das Pedreiras, no concelho de Porto de Mós. À chamada responderam muitos alunos e grande parte dos seus familiares. As mesas ficaram fartas de
boa comida e bebida, indo a pouco e pouco ficando vazias, mas de imediato era reposto o “stock”. Houve também animação, com música e dança apresentada por crianças e alguns pais, em ambiente de brincadeira. Cantaram-se os parabéns a dois aniversariantes, que ficaram muito felizes. Foram umas horas bem passadas, num local muito acolhedor. Parabéns à organização! MCR
As mães bebem...
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Chegaram as Férias!
Jogo de força
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Convívio de fim de ano escolar
...os pais cantam
Vizinhos em convívio
Sardinhadas populares
No Paço
em que todos se juntam, incluindo alguns emigrantes que se deslocam de propósito para este fim. Este ano, a organização e despesas estiveram a cargo dos “regedores” Manuel Grosso, Miguel Prior e Isabel Carvalho. Para o ano de 2019, já se voluntariaram novos responsáveis, a saber: José Custódio e Francisco Grosso. De ano para ano, os “regedores” esmeram-se e melhoram
o petisco. Continuamos à espera do aparecimento do leitão… Noutro local da freguesia igualmente pequeno, o Carvalhal, realizou-se também uma sardinhada popular, promovida pelo casal Guida e Armando Matos, no dia 1 de Julho. Esta teve lugar à tardinha. A sardinha foi a rainha, não faltando ainda outros petiscos. Pão, broa caseira e doces também fizeram parte da
MCR
MCR
Cumprindo uma tradição iniciada no Paço pela saudosa Elvira Patrício, há muitos anos atrás, realizou-se na noite de 30 de Junho uma sardinhada de convívio entre vizinhos daquele lugar e alguns amigos convidados. É um lugar muito pequeno, mas com moradores muito bairristas, reforçados ainda com aqueles que saíram, mas nunca se esquecem do local onde nasceram. É uma época
No Carvalhal
ementa. E para acompanhar estes petiscos, várias bebidas, entre as quais reinou o vinho. Sabemos que também os habitantes da Rua do Valebom costumam encontrar-se para conviver à volta do petisco. São salutares iniciativas das nossas gentes, que aproveitam para estreitar laços de amizade e vizinhança. MCR
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Município não desiste da luta
Ligação ao IC 9 em São Mamede volta a ser pedida Aproveitando a discussão pública do Programa Nacional de Investimentos 2030 – Plano Estratégico dos Transportes e Infra-estruturas (PETI 3), a Câmara Municipal da Batalha volta a reclamar a execução do Nó IP1/ IC9, no lugar de Casal do Meio, na freguesia de São Mamede. O Município sustenta esta reivindicação, que se repete desde que a obra foi inaugurada, “atendendo ao já consignado Programa de Va-
lorização de Áreas Empresariais, estando previstos significativos investimentos em Áreas de Localização Empresarial (ALE) no concelho da Batalha, permitindo a ligação ao IC9 uma melhoria significativa da rede de estradas existentes ao Itinerário complementar”. No caso da futura ALE de São Mamede, conta já com a implantação de um importante investimento estrangeiro, pelo grupo italiano Fassa Bortolo, bem como com
a Matceramica, a maior empresa produtora de faiança de toda a Península Ibérica e uma das maiores da Europa. A autarquia batalhense recorda que “esta intervenção é elegível no âmbito do Portugal 2020, cuja reprogramação foi recentemente aprovada pela Autoridade de Gestão” e defende que é “imperiosa e de relevância estratégica para toda a região”, disponibilizando-se para “comparticipar financeiramente o
projecto, com um custo estimado de 600 mil euros”. O presidente, Paulo Santos, reforça que se trata de “uma opção fundamental” para garantir o desenvolvimento empresarial, mas também turístico de toda a região, apontando que “a ligação Fátima/Batalha representa o principal fluxo de tráfego rodoviário do IC9, justificada pelo crescente número de visitantes do Mosteiro da Batalha, o 3.º monumento mais visitado do País”.
Câmara aceita 7 km
Batalha recebe estradas nacionais A Câmara da Batalha deliberou por unanimidade receber para o domínio público rodoviário municipal cerca de 7 km de estradas da Infraestruturas de Portugal: 3.530 metros da estrada EN356-2, 3.140 metros da EN356, incluindo a designada variante da vila da Batalha e rotundas, e 198 metros do troço antigo da EN1. São troços localizados nos perímetros urbanos e não estão incluídos no Plano Rodoviário Nacional. O acordo define como receitas próprias do Município as resultantes da gestão dos espaços, equipamentos e infra-estruturas neles existentes, designadamente da exploração e da atribuição de títulos de utilização privativa da zona de estrada, bem como da publicidade junto às estradas desclassificadas. Tratou-se de “um trabalho cuidado e de boa parceria entre as partes,
que viabiliza a concretização de importantes projectos de mobilidade e segurança que se encontram em cur-
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so”, refere o presidente da autarquia, Paulo Santos, como “requalificação urbana, prolongamento de passeios PUB
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Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2018
Câmara assume os serviços e prevê poupanças
Empresa municipal Iserbatalha vai fechar A empresa municipal Iserbatalha, detida integralmente pelo Município, tem dada de encerramento marcada para Janeiro do próximo ano. Actualmente com 107 colaboradores, esta empresa foi constituída em 1999, tendo como objecto a “promoção e gestão de equipamentos colectivos, operações de limpeza e conservação de infra-estruturas e espaços públicos, assim como a prestação de serviços nas áreas da educação, acção social, cultura e desporto”. Esta decisão tem vindo a ser
ponderada pelo executivo e foi agora aprovada pela Assembleia Municipal, por existirem garantias de que os postos de trabalhos estão salvaguardados e se manterá a mesma prestação de serviços, agora assumidos directamente pela Câmara. Segundo nota da autarquia, a Iserbatalha não cumpria já as regras impostas pela actual legislação aplicável a estas sociedades, quanto aos limites dos capitais próprios e ao valor dos subsídios à exploração atribuídos pela Câmara. Por outro lado,
a sua extinção permitirá “uma nova organização municipal, centrada na qualidade do serviço aos cidadãos e promovendo a racionalização de algumas áreas, com destaque para a função Educação que na Batalha é uma competência descentralizada desde 2015 para o Município”. O presidente, Paulo Batista Santos, acredita, ainda, que “o processo de internalização da empresa municipal assegura também significativas poupanças ao nível fiscal e funcionais, estimadas em mais de 150 mil
euros anuais, valor que assim será orientado para novos investimentos locais”. A este propósito, o presidente sublinha que “a empresa municipal cumpriu a sua missão e foi um instrumento relevante na realização de novas funções municipais, como sejam a rede municipal de ATL ou na expansão de projectos culturais”, e assegura que “estão hoje criadas as condições para continuar a assegurar essas tarefas pela Câmara Municipal”.
Batalha pondera providência cautelar
Ambiente dá luz verde à exploração de petróleo Em parecer emitido no início de Junho, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) anunciou que não se irá pronunciar sobre o projecto de sondagem de prospecção e pesquisa de hidrocarbonetos na área de concessão Batalha, por “não aferir a necessidade de uma Avaliação de Impacto Ambiental” (AIA). Segundo o Município da Batalha, “tal decisão, embora nesta fase circunscrita à zona de Alcobaça
(Aljubarrota), pode configurar um deferimento tácito do pedido de pesquisa, conforme ordena a lei, para que a empresa australiana Australis Oil & Gas proceda, sem entraves, à sondagem e posterior exploração de gás natural em toda a região, conforme o contrato de concessão assinado com o Estado português”. Na verdade, a Câmara continua a afirmar “a sua maior preocupação relativamente aos impactos ambientais
do projecto” e a defender que “todas as actividades a desenvolver deverão estar em total concordância com os instrumentos de ordenamento do território de âmbito nacional, regional e municipal em vigor, sendo sempre necessário assegurar a preservação do património histórico e ambiental, bem como garantir a qualidade de vida das populações”. Em consequência, em nota enviada à imprensa, anuncia-se que
“o presidente, Paulo Batista Santos, determinou a imediata avaliação das consequências do parecer da APA sobre projecto e pondera interpor uma acção cautelar de suspensão eficácia do acto administrativo, requerendo nova avaliação ambiental”. Temendo “uma intervenção sem critério e com consequências para os territórios envolvidos”, o presidente avisa que “iremos reclamar esse direito junto dos tribunais, se assim se justificar”.
Câmara encomenda estudo de opinião
Batalhenses dizem o que pensam... Com o objectivo de “conhecer a percepção dos eleitores do concelho da Batalha sobre alguns assuntos da gestão autárquica do concelho”, a Câmara Municipal encomendou um estudo de opinião IPOM - Instituto de Pesquisa de Opinião e Mercado, realizado no início de Junho. Uma das questões foi referente a um dos assuntos mais mediáticos dos últimos meses, a intervenção realizada pelo Município na frente do Mosteiro (foto ao lado). Mais de 84% dos inquiridos conhecem a obra e 44% concorda com ela. São 16% os que não concordam, 15% os que acham que não era necessária e 25% os que não manifestam opinião. Quanto aos serviços públicos, este estudo de opinião, realizado sob a coordenação do Professor Aguiar Falcão de Castro, revelou que a distribuição de água recebe nota positiva de 56% das pessoas e que cerca de metade concorda com a opção de o Governo entregar aos municípios a gestão dos Centros de Saúde. Nesta área, a prioridade indicada é o aumento do
número de médicos e enfermeiros (47%), seguindo-se o alargamento dos horários dos centros de saúde (30%), com apenas 9% a desejar a construção de um novo centro de
Ficha técnica do estudo
saúde na Batalha. Questionados sobre os projectos prioritários para o futuro, a maioria dos batalhenses querem ver realizada a ecovia nas margens do rio Lena
Universo – Indivíduos de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 18 e 80 anos, recenseados e eleitores no concelho da Batalha. Amostra – 693 entrevistas telefónicas: Masculino 312 (45%), Feminino 381 (55%); 18-25 anos 76 (11,05%), 25-29 anos 60 (8,7%), 30-39 anos 147 (21,2%), 40-49 anos 92 (13,3%), 50-59 anos 116 (16,7%), 60-65 anos 66 (9,5%), 65 anos 136 (19,6%); Golpilheira 68 (9,8%), Reguengo do Fetal 78 (11,3%), Batalha 457 (65,9%), São Mamede 90 (13,0%). Erro de amostragem, para um nível de confiança de 95,5%: +/- 3,8%. Taxa de resposta: 75%. Recolha feitas nos dias 4, 5 e 6 de Junho, das 15h00 às 21h00.
(52%). São 36% a querer a reabilitação do antigo campo de futebol da Batalha e só 12% sentem necessidade do Pavilhão Desportivo de São Mamede. A melhoria da rede viária municipal (47%) e a ampliação das redes de saneamento (37%) continuam a ser projectos necessários para a maioria, seguindo-se a ampliação da zona industrial da Jardoeira (16%). “Os resultados deste estudo de opinião serão avaliados pelo executivo municipal em próxima reunião e estou certo que será um indicador importante para a construção do orçamento municipal de 2019, porquanto representa um contributo dos cidadãos na definição das políticas locais”, refere Paulo Batista Santos, presidente do Município. Na nota em que a Câmara revela este estudo, o presidente comenta, ainda, que “existe uma percepção positiva da população, mas temos de reforçar alguns aspectos na comunicação aos cidadãos da importância estratégica das áreas ambientais para futuro do concelho”.
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religião
Golpilheira em pleno na Festa da Fé
Celebrar a “memória” e a “vida” da Diocese “É este o motivo da nossa festa: fazer memória agradecida pela história recente de há 100 anos, um século cheio de tantos trabalhos, de muitas angústias, de tantas faltas que ofuscaram a beleza da Igreja, mas também de incontáveis alegrias que importa agradecer e celebrar. Fazemos festa de aniversário, não apenas de uma data, mas da vida eclesial que encheu estes cem anos e nos interpela e impele a caminhar.” Assim falou D. António Marto, na sessão de abertura da Festa da Fé, no passado dia 15 de Junho. Para muitos diocesanos, a Festa da Fé começou há cerca de um ano, quando D. António Marto a anunciou, na carta pastoral “A alegria de ser Igreja em Missão”. Desde logo, várias equipas de trabalho se constituíram, não só a nível diocesano, mas também nas vigararias, paróquias, comunidades, movimentos, congregações e outros grupos eclesiais. Foi este o ponto de partida para a preparação de muitas das iniciativas e da mostra de carismas e dinamismos pastorais que puderam observar-se nos vários espaços do centro da cidade, no fim-de-semana de 15 a 17 de Junho.
Três espaços de referência
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Pode dizer-se que a Festa da Fé encheu toda a cidade, percorrendo muitas das suas ruas e praças, bem como espaços culturais e eclesiais, desde os teatros e museus municipais à Catedral, ao Seminário e aos conventos, igrejas e outros edifícios históricos. Mas houve uma centralidade, repartida pelo Mercado de Sant’Ana, Jardim Luís de Camões e Praça Paulo VI. No Mercado de Sant’Ana, esteve patente em permanência a “Festa dos Carismas”, com exposições, oficinas e
Bispo D. António Marto visita o “nosso” bar
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Ponto de partida
Alguns dos grupos da catequese da Golpilheira
animação teatral e musical assegurada por duas dezenas de instituições. Cada uma delas pôde mostrar o seu carisma e revelar a sua identidade e missão em Igreja, sobretudo no diálogo com os visitantes, onde se destacaram as centenas de crianças e adolescentes da catequese que participaram no “Festeja”. No Jardim Luís de Camões, ao passar o pórtico simbólico, podia ser vista uma estrutura de exposição do Santuário de Fátima, onde a forma de um coração (e também de uma coroa) remetia para o centro da Mensagem: a manifestação do amor de Deus pelos homens, através da “visita” de Nossa Senhora, em 1917. Depois, a “Tenda da Memória”, onde era possível percorrer algumas das datas mais marcantes, bem como dados estatísticos, edifícios, os bispos e outros rostos da história desta Igreja Particular, sobretudo nos últimos 100 anos. Era
também neste jardim que estava o palco e, não menos importante, o bar dinamizado pela Comunidade Cristã da Golpilheira e as tasquinhas servidas por outras paróquias. Por fim, a Praça Paulo VI, onde se instalou o mapa gigante da Diocese, em cerca de 1000 m2, com o recorte das nove vigararias em alcatifas de diferentes cores. Aí foram “instaladas” as respectivas paróquias, cada uma delas representada pela maqueta da igreja matriz e por uma bandeira que foi preparada desde o início deste ano e que participou já na peregrinação diocesana a Fátima, a 18 de Março, e na procissão do Corpo de Deus, a 31 de Maio.
Abertura musical
Depois de um périplo pelos espaços expositivos, o Bispo diocesano, acompanhado por padres, leigos e representantes de algumas autoridades da cidade, dirigiu-se ao Teatro José Lúcio da Silva, onde decorreu a sessão solene de abertura da Festa da Fé, pelas 21h30 de sexta-feira. O espaço principal foi dedicado à música, com um excelente concerto pela Banda Sinfónica da Polícia de Segurança Pública, entidade que se juntou a este evento para a comemoração do 144.º aniversário do seu Comando Distrital de Leiria. Antes, houve discursos, pelo comandante distrital da PSP, superintendente Paulo Quinteiro, pelo presidente da Câmara Municipal, Raul Castro, e pelo Bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, com a tónica colocada na colaboração existente entre estas três
instituições, em prol do bem comum da população. A música continuou no Jardim Luís de Camões, com o grupo “Combos”, do Instituto Jovens Músicos e Rockschool, em toada mais ligeira e propícia ao convívio.
Sábado longo
Sábado foi um grande dia, abrindo com a verdadeira “enchente” causada pelas cerca de 2.000 crianças do 1.º ao 7-º ano da catequese e escuteiros de idades equivalentes, bem como o quase meio milhar de catequistas e outros acompanhantes. A Catedral ficou a “rebentar pelas costuras” na Missa, presidida por D. António Marto, que falou aos mais novos da importância de descobrir o tesouro de Jesus e de O levar a toda a gente. Foi o que fizeram durante o dia, em pequenos grupos, por toda a cidade. No final, pelas 17h30, era visível o cansaço, sobretudo dos mais pequenos, mas também a alegria da missão cumprida e do dia cheio que viveram em aventura e convívio. No jardim, na hora da despedida, voltou a aparecer Bispo, que ouviu a confirmação disso mesmo, em coro uníssono de satisfação. Durante este dia, foram também muitos os adultos a circularam pelos vários espaços da festa e viveram as mesmas emoções. Ao início da tarde, algumas dezenas de pessoas reuniram-se na Sé, para a oração do Rosário pelos doentes e idosos, e outras no Museu de Leiria, onde o Santuário de Fátima organizou uma visita guiada à exposição mariana aí patente e uma conferência sobre as
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Oração do Terço
Em São Bento
Grupos da catequese em descanso
três Rosas de Ouro e outras ofertas dos Papas a Fátima. Enquanto fechava o ciclo de cinema sobre a família, no teatro Miguel Franco, a noite foi dedicada à juventude, com mais uma edição do Festival de Música de Mensagem, no jardim Luís de Camões. O Bispo diocesano deu o tom inicial, sublinhando a importância da música para cantar a mensagem de Cristo e como forma de expressão privilegiada do rosto jovem desta Igreja. A fechar, um concerto com os Maresia, de Aveiro. A oração foi também parte importante do dia, com a exposição do Santíssimo na igreja do Espírito Santo, culminando com a bênção pelas 23h30. Na mesma igreja, também os jovens protagonizaram um momento de oração Shemá, a encerrar este longo dia.
Grande encerramento
O domingo abriu com a chegada de cerca de 800 adolescentes do 8.º ao 10.º ano e mais de 200 catequistas e acompanhantes, que percorreram os principais edifícios diocesanos e outros pontos da cidade, investigando a riqueza histórica desta Igreja e da sociedade em que vive. Ao início da tarde, o Jubileu das Vocações juntou 56 casais, 4 consagradas e 4 padres que neste ano celebram os 25, 50 ou 60 anos de fidelidade à sua vocação. Entre eles,
a celebrar bodas de prata, o casal golpilheirense Cristina Agostinho e Licínio Monteiro representou a paróquia da Batalha. Todos estes os grupos se juntaram aos cerca de 3.500 fiéis que encheram a Praça da República, para a Missa de encerramento, presidida por D. António Marto. “Foram belos estes dias e é bela esta celebração”, referiu o Bispo diocesano, sublinhando a beleza da moldura humana que observava, num colorido diversificado de origens, carismas e vocações. Seguiuse uma longa procissão para a Sé, com os dois padroeiros diocesanos, Santo Agostinho e Nossa Senhora de Fátima, a quem os presentes fizeram a sua consagração.
No passado dia 10 de Junho, organizou-se em São Bento a habitual celebração do encerramento de Mês de Maria, com a oração do Terço presidida pelo pároco, padre José Gonçalves, seguida de procissão. Como é tradição, a tarde continuou com o leilão das oferendas e o convívio dos presentes à volta de variados petiscos, onde a sardinha foi rainha e o carapau foi rei.
A proposta pretendia assinalar também o encerramento da catequese da Comunidade Cristã da Golpilheira, mas a fraca adesão de crianças, catequistas e pais fez com que esse objectivo não se cumprisse. A organização foi dos festeiros de Nossa Senhora da Esperança, nascidos em 1968 e 1998, cuja festa irá realizar-se no último fim-desemana de Agosto deste ano.
Golpilheira activa
Uma nota final para referir a participação activa da Comunidade Cristã da Golpilheira, tanto pela organização do bar, a cargo dos festeiros do Senhor Bom Jesus dos Aflitos, nascidos em 1978, como pela presença de muitos nossos conterrâneos nos vários espaços e momentos da festa. A título de exemplo, nos dois dias de actividades da catequese, participaram cerca de 60 crianças e adolescentes da nossa catequese, nos únicos 10 grupos que representaram a paróquia da Batalha neste evento diocesano. Luís Miguel Ferraz
Batalha geminada com o Olival O último momento da Festa da Fé, na Praça Paulo VI, foi a geminação entre paróquias. Escolhidas por sorteio, duas a duas assinaram o documento que oficializou o compromisso de continuarem a desenvolver este espírito de festa e união em Igreja diocesana. Começaram por levar as maquetes das igrejas paroquiais trocadas em si, para motivar futuros encontros, celebrações e o mais que a imaginação vier a suscitar, nos próximos meses. A paróquia da Batalha ficou geminada com a do Olival. No próximo ano pastoral, teremos, com certeza, algumas actividades em conjunto. A festa, portanto, continuará!
DR
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Celebração mariana e convívio
Ordenação foi há 50 anos
Bodas de Ouro do padre Abel O batalhense Abel José da Silva Santos foi ordenado sacerdote há 50 anos, no dia 15 de Agosto de 1968. Apesar de bastante debilitado fisicamente, a residir há alguns anos na Casa do Clero, em Fátima, o padre
Abel estará presente na Missa das 11h00, no Mosteiro da Batalha, no dia 19 de Agosto, para se juntar à comunidade local na celebração de Acção de Graças pelas suas Bodas de Ouro sacerdotais.
Paróquia da Batalha
Festa do Sagrado Coração de Jesus A paróquia da Batalha irá organizar a festa do Sagrado Coração de Jesus, nos próximos dias 14 a 16 de Setembro. Não será festa de arraial, mas apenas religiosa, “para celebrarmos o amor de Deus para connosco e pedirmos perdão porque, tantas vezes, correspondemos tão mal a esse amor”, refere
o boletim paroquial. Assim: no dia 14, às 21h00, haverá uma celebração penitencial; no dia seguinte, a partir das 19h00, será feita a adoração ao Santíssimo Sacramento, com celebração de Vésperas e Missa vespertina; no domingo, a Missa dominical, às 11h00, será seguida de procissão.
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Meia dúzia de jovens da Golpilheira participaram
Na semana de 11 a 18 de Fevereiro de 2018, realizou-se a primeira Missão País na Batalha. Os universitários da missão da Escola Superior de Tecnologias da Saúde de Lisboa (ESTeSL) deram o melhor que tinham no contacto com a população, encontraram-se com as pessoas na proximidade de um porta-a-porta, visitaram doentes da Unidade de Cuidados Continuados e os utentes do Centro Comunitário e partilharam o entusiasmo da juventude com os estudantes do Agrupamento de Escolas da Batalha: com todos demonstraram a alegria de serem cristãos! No final da semana havia um sentimento comum a todos: «É muito mais o que levamos do que aquilo que demos.» A partir desta experiência, no coração de dois jovens daquela missão – Carolina Ramos e Artur Gomes da Costa – surgiu a vontade de retribuírem àquelas gentes um pouco do muito de que receberam. Surge assim a ideia de um campo de férias para os jovens da Batalha, para que também eles, à semelhança dos universitários da Missão País (futuros engenheiros, médicos, fisioterapeutas..., mas profundamente crentes em Jesus Cristo) pudessem fazer a experiência da partilha e da vivência da fé entre jovens: afinal, são os jovens que evangelizam os jovens. O projecto ganhou rostos, pois vários dos participantes da Missão País da ESTeSL na Batalha a ele se uniram: David Braz, Diogo Mimoso, Francisco Gomes, Guilherme Ramos, Joana Ferreira, Maria Lourenço, Miguel Dias, Rita Santos, Catarina Simão, Madalena Malcata, Francisco Ayala, Mariana Garcia, Carina Silva,
DR
“Campo de Batalha” deu férias felizes com Jesus
Grupo dos participantes
Carlota Grilo e Margarida Nunes… pessoas normais, que saem à noite, namoram, estudam, mas cuja vida é profundamente marcada por Deus. Os rostos deram um nome à ideia: “Campo de Batalha”. O nome deu origem a um objectivo: permitir aos jovens da Batalha viver uma semana de férias diferente (sem telemóveis, internet, televisão ou outros ambientes tecnológicos), um tempo para conhecer, estar e fazer a experiência de ser Igreja, enquanto comunidade, na viva esperança de que cada um pudesse encontrar-se e ser encontrado por Deus. O objectivo final era que cada participante pudesse responder à pergunta de Jesus: «E vós, quem dizeis que Eu sou?», frase inspirada em Mt 16, 13-20.
O campo
A pergunta foi lançada no dia 15 de Julho a 43 participantes (da Batalha, Golpilheira, São Mamede, Mira de Aire, Parceiros, Maceira, Marrazes
e Urqueira), com idades compreendidas entre os 14 e os 18 anos, e começou uma verdadeira aventura: o “Campo de Batalha” (campo de férias católico), num acampamento na Quinta do Escuteiro, na Batalha, com um programa diariamente bem definido e estruturado. Entre jogos e brincadeiras, entre reflexões e orações, em cada sorriso, abraço ou lágrima, a pergunta foi ganhando acolhimento no coração de cada um. Com total disponibilidade para os outros e num conceito de despojamento, fez-se assim uma semana diferente, em comunidade, com jogos de equipa, mas tarefas também! Divididos em equipas também para turnos das tarefas (lavar a loiça, arrumar as tendas, limpar as casas de banho), mantiveram o espaço do campo limpo e arrumado, num grande sentido de responsabilidade e organização. No final, no domingo 22 de Julho, no sentimento de dever cumprido
dos animadores, na emoção dos pais ao ver os seus filhos com um sorriso rasgado no rosto e no misto de alegria pelas vivências e tristeza pela partida de cada jovem, todos estavam convictos de que não é possível viver feliz sem Jesus! O Campo de Batalha 2018 terminou e todos foram vencedores, por isso, para o ano há mais! É agora nossa responsabilidade continuar a alimentar estes jovens, para que não se dispersem, continuarmos com eles só é possível se o fizermos com eles e com Deus, com muita oração, não privando os nossos filhos de Jesus Cristo. Resta um especial agradecimento a este grupo da Missão País, que nos proporcionou esta maravilhosa oportunidade e também a todas as pessoas e entidades que colaboraram, das mais variadas formas, nesta tão grande e gratificante “missão”. Obrigado por confiarem em nós! Missão País e Isabel Costa
Mais 1200 atletas presentes
Decorreu entre os dias 21 e 24 de Junho, em diversos pavilhões e outros espaços adaptados para esta modalidade, em várias localidades do concelho da Batalha, o Encontro Nacional de Andebol Jovem. Esta iniciativa foi apoiada pelo Município da Batalha, Federação de Andebol de Portugal, Associação de Andebol de Leiria, pelo BAC – Batalha Andebol Clube e algumas empresas e empresários da região. Para além de directores, técnicos, massagistas e outros, a iniciativa movimentou cerca de 1200 atletas. Estes encontros já se realizam
MCR
Batalha foi capital do andebol
Pavilhão da Golpilheira acolheu jogos
há alguns anos, com o objectivo de valorizar a formação que o desporto
proporciona, a quem o pratica e não só. Assim, também com passagem
pelo pavilhão da Golpilheira, foram quatro dias de intensa actividade e convívio, que estes jovens jamais esquecerão. Assistiram-se a excelentes jogos, tanto masculinos como femininos. Não tardará muito para que alguns destes jovens representem as nossas selecções nas camadas jovens e depois nas selecções seniores. A presença de todas estas comitivas ajudou a dar ainda mais vida ao nosso concelho. Toda a logística não deve ter sido fácil, mas os frutos deste encontro nacional foram reconfortantes. Parabéns a todos! MCR
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Distrital de futsal feminino
Após o jogo com o Marítimo, disputado no passado dia 10 de Junho, no pavilhão desportivo da Golpilheira, foram entregues as faixas e os troféus relativos à conquista do campeonato e da taça distrital da Associação de Futebol de Leiria (AFL) à equipa de futsal feminino do Centro Recreativo da Golpilheira (CRG). Para além de muito público e familiares das atletas, estiveram presentes vários directores do CRG e representantes das entidades oficiais, entre as quais a AFL e o Município da Batalha. Nas palavras que proferiram, todos realçaram o trabalho desenvolvido há longos anos nesta colectividade, com especial referência à treinadora Teresa Jordão e sem esquecer as atletas e os restantes membros das equipas técnica e directiva. Foi um momento alto, que encheu de orgulho o desporto da associação e os golpilheirenses em geral, mas que nos compromete a tentar fazer melhor ou pelo menos igual no futuro. No final, escusado será dizer
LMF
Campeãs da Golpilheira receberam faixas e troféus
A equipa com alguns familiares
que a alegria voltou ainda com mais intensidade, colorindo de felicidade aqueles rostos jovens. De seguida, a equipa dirigiu-se a uma refeição de convívio e celebração, com familiares e amigos, no CRG.
Despedida à Irina
A festa teve outro motivo de celebração: a atleta sénior Irina Araújo anunciara dias antes que dava por terminada a sua carreira no futsal
feminino, notícia por todos recebida com muita emoção. Esta era a ocasião para colocar em acção a surpresa que vinha a ser preparada. Assim, foi chamada ao palco, e se já ia com o coração a bater, mais forte foi a emoção quando as cortinas do palco se abriram e mostraram os seus pais e vários colegas seus de Peniche. Foi um momento de emoções fortes e alegria pela surpresa. Na ocasião foram-lhe entregues
várias lembranças, para perpetuar a sua passagem pela Golpilheira durante cerca de 14 anos, e dirigidas algumas palavras de homenagem por directores, treinadora e capitã de equipa. Todos sublinharam as qualidades da atleta, sobretudo a responsabilidade, assiduidade, respeito, carinho e exemplo que sempre deu. Transcrevemos abaixo alguns excertos do discurso feito por Manuel Rito, em nome da direcção do CRG.
Hoje, dia 10 de Junho de 2018, é uma data deveras importante para o desporto mais emblemático da nossa associação, o futsal. Mais um dia histórico na vida já longa do nosso clube, que vai comemorar no dia 5 de Março do ano de 2019 os 50 anos da sua fundação. Após o jogo da nossa equipa de futsal juniores femininos, com a sua congénere da Madeira, seguiu-se a entrega das faixas e troféu correspondentes à vitória no Campeonato Distrital, por um director da Associação de Futebol de Leiria. Esta nossa equipa venceu também a Taça Distrital, fazendo assim a chamada “dobradinha”. A nossa atleta sénior, Irina Sofia Silva Araújo, com o nome de “guerra” de Irina, no passado sábado 2 de Junho, em Vermoim, comunicou às suas colegas, directores, colaboradores, treinadora e fisioterapeuta, a sua decisão de que aquele seria o último jogo que iria efectuar. Temos a certeza de que esta decisão não deve ter sido fácil de tomar. Foram muitos anos de dedicação ao CRG, mais concretamente 14 épocas, ou seja, de 2004/2005 a 2017/2018. Penso que a Irina teria ainda condições para fazer mais duas ou três épocas. No entanto, resolveu terminar a sua actividade amadora nesta época, o que percebemos e aceitamos. Foram catorze épocas, com grande intensidade e com muita dedicação, durante as quais ajudou a conquistar os seguintes
MCR
Homenagem a Irina Araújo
Irina com os pais e representantes do CRG e da Câmara
troféus: 6 campeonatos distritais, 7 taças distritais, 6 supertaças distritais e 1 campeonato nacional. A Irina é natural de Peniche. Apesar da distância, esta não era obstáculo para ser assídua aos treinos e jogos, desempenhando sempre com grande brio esta sua actividade desportiva. Foram milhares de quilómetros percorridos, durante todas estas épocas, deixando muitas vezes para trás a companhia da sua família e a sua zona de conforto, conseguindo sempre superar os perigos que o carro e as estradas representam. Foi uma atleta exemplar, disciplinada, educada, aplicada, estando sempre disponível para ajudar quem precisasse. Com esta sua atitude, foi um modelo e exemplo de simplicidade para todas as suas colegas e para as mais novas, que vêm nela uma atleta invulgar. O ponto mais alto de toda esta carreira foi a conquista do campeonato
nacional, na época de 2013/2014. Foi a primeira época em que se disputou este campeonato. Para muitos, éramos uma equipa desconhecida e ninguém apostava em nós. Mas, fruto do trabalho e da orientação da treinadora Teresa Jordão, conseguimos suplantar os “tubarões” de Lisboa e da zona do Porto. Os jogos iam sendo disputados com resultados positivos a acontecer. Chegámos a uma determinada altura em que era visível ser possível vencer este campeonato. O encontro determinante, já perto do fim, foi no pavilhão de Vermoim. Nesta altura, tínhamos dois pontos de avanço sobre esta equipa. Era um jogo que não podíamos perder, pois perderíamos o primeiro lugar. Iniciámos o encontro a todo o gás e, em poucos minutos, marcámos 3 golos. O Vermoim reagiu e reduziu para 2-3. No entanto, a nossa vontade era tão forte e tão grande e a disponibilidade total das nossas atletas
ao jogo, que conseguimos marcar o 4.º golo, alimentando as nossas ambições. A vitória estava ali tão perto. Estávamos ainda a alguns minutos do fim. A equipa da casa atacava, mas encontrava pela frente uma excelente organização. Após o apito final, registou-se uma explosão de alegria entre toda a equipa, contagiando os nossos apoiantes. Com este resultado, ficámos com 5 pontos de avanço sobre o nosso opositor, o que nos dava uma certa folga e a possibilidade de gerir esta vantagem até ao fim. Foi o que aconteceu. Conseguimos a conquista do campeonato, antes da última jornada. Foi uma época épica, na qual muito poucos acreditavam nesta memorável vitória. No último jogo, realizado no pavilhão desportivo da Golpilheira, recebemos o Benfica, cuja equipa vencemos por 4-2, com alguns excelentes golos. A assistência era tanta que não coube nas bancadas. Houve muitos assistentes que viram o jogo no espaço entre o interior do pavilhão e o muro das bancadas. Voltando à Irina, à nossa Irina, porque ela também é nossa: 14 anos não são 14 dias. Estamos-te muito gratos e reconhecidos pela tua dedicação ao CR Golpilheira. As portas da associação estão sempre abertas para te recebermos com o carinho e a amizade que tu mereces. A direcção do CRG
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desporto
. equipas do CRG. FUTEBOL 11 Veteranos
IX Torneio Amizade – Resultados 09-06 – Braga – 3/Barreiros – 0 09-06 – Golpilheira – 1/Braga – 2 09-06 – Golpilheira – 4/Barreiros – 2 Próximos jogos 13-10 (Batalha) – Golpilheira/Mafra 27-10 (Batalha) – Golpilheira/Viseu e Benfica 10-11 (Alqueidão da Serra) – Alqueidão/ Golpilheira 17-11 (Batalha) – Golpilheira/Nisa e Benfica 01-12 (Batalha) – Golpilheira - “Os Idosos”
FUTSAL Seniores Femininos
Apuramento Campeão Nacional
02-06 – Vermoim – 2/Golpilheira – 5 Este foi o último jogo da época 2017/2018. Conseguimos um excelente resultado, num pavilhão sempre muito difícil. Terminámos com chave de ouro. Agora merecidas férias. Para a próxima época, continuamos a disputar o Campeonato Nacional de Futsal Feminino. Parabéns às atletas, à nossa grande treinadora Teresa Jordão e à restante equipa técnica e dirigentes. | MCR
Juniores Femininos
Taça Nacional - 2.ª fase
03-06 – Golpilheira – 0/Benfica – 6 10-06 – Golpilheira – 4/Marítimo - 1 Nesta época de 2017/2018, a nossa equipa de juniores conseguiu vencer todas as provas distritais que disputou. A saber: Campeonato de Abertura, Taça Distrital e Campeonato Distrital, fazendo assim o pleno. Disputaram ainda a Taça Nacional, ultrapassando com brilhantismo a primeira fase. Tombámos na segunda, cuja série era composta, para além da Golpilheira, por Marítimo, Benfica e Sporting. Cumprimos a nossa missão. Fizemos bons jogos com o Sporting e com o Benfica, tanto em Lisboa como na Golpilheira. Vencemos os dois jogos com o Marítimo. Excelente comportamento destas jovens, superiormente comandadas pela treinadora Teresa Jordão e restante equipa de apoio. Aqui também uma palavra de apreço para os pais das atletas, que as acompanhavam quase sempre aos treinos e jogos, apoiando sempre com entusiasmo a nossa equipa. | MCR
15.º Torneio do Município decorreu na Golpilheira
Futsal do Relvense repete vitória A 15.ª edição do Torneio de Futsal “Município da Batalha” decorreu entre os dias 11 de Junho e 14 de Julho, no pavilhão desportivo da Golpilheira. Participaram 17 equipas masculinas e 2 femininas, em representação das várias associações do Concelho da Batalha. Em parceria com o Município da Batalha, o torneio foi organizado pela Sociedade Recreativa Relvense, que repetiu o feito do ano passado, sagrando-se campeã também desta edição de 2018. As equipas foram sorteadas para três séries, as duas primeiras com seis equipas e outra com cinco, transitando para a fase de “play-off” os dois primeiros de cada série e os dois melhores terceiros. Assim, as equipas que ultrapassaram a fase de grupos foram: Série A – Amarense e Demó; Série B – Penedo e Rebolaria; Série C – Relvense e ARB; melhores terceiros: Torre (série B) e Brancas (série C). O Centro Recreativo da Golpilheira também participou, com uma equipa bastante jovem. Os resultados nos jogos disputados foram os seguintes: Golpilheira – 1/Quinta do Sobrado – 4; Reguengo do Fetal – 3/Golpilheira – 4; Amarense – 6/Golpilheira – 3; Golpilheira – 1/Demó – 8; Casal de São Mamede – 1/Golpilheira – 2. No decorrer deste torneio, houve excelentes jogos, muito bem disputados, presenciados por numeroso público e alguns num ritmo infernal. Algumas equipas beneficiam de ter no seu plantel vários atletas que disputam campeonatos nacionais e distritais. Esta situação é uma mais valia, que em muito valoriza este torneio.
MCR
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Equipa vencedora
foi o Relvense a iniciar as “hostilidades”, através dum potente remate correspondido por uma excelente defesa do guarda-redes do Amarense. A iniciativa pertencia ao Relvense e o golo adivinhava-se. Este veio a acontecer por volta dos 10 minutos, colocando assim justiça no marcador. A equipa do Amarense, passados poucos minutos, desperdiçou uma grande oportunidade de empatar. O jogo estava mais equilibrado. O empate surgiu, cerca dos 14 minutos de jogo, na recarga a uma excelente defesa do guarda-redes do Relvense. Fomos para intervalo com as equipas empatadas. Era grande a expectativa para a segunda parte. No recomeço, foi uma vez mais o Relvense que entrou a todo o gás. A cerca dos 10 minutos, vencia por 4-1. A equipa da Amarense estava impotente para segurar os atletas adversários. A cinco minutos do fim, o Amarense optou por jogar com o guarda-redes volante. Não deu resultado, uma vez que apenas marcaram um golo e sofreram mais dois. Vitória justa, duma equipa aguer-
Relvense – 7/Amarense – 2
A final foi disputada entre o Relvense e o Amarense, no dia 14 de Julho. Previa-se um jogo bastante equilibrado, dada a composição do plantel de cada uma delas. Os primeiros minutos foram dum estudo mútuo. Ultrapassado este período,
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rida e lutadora. O Amarense também tem estes adjectivos, mas neste dia o Relvense foi melhor. Grande festa no final do encontro entre toda a equipa, associados e simpatizantes. Honras aos vencedores e respeito aos vencidos. Para o ano de 2019, a organização deste torneio de futsal estará a cargo da AR Amarense, finalista vencida 2018, pois o regulamento não permite que a mesma equipa organize dois torneios seguidos. Manuel Carreira Rito Classificações e prémios 1 – Sociedade Recreativa Relvense 2 – Associação Recreativa Amarense 3 – Centro Recreativo e Jardim Infantil da Demó 4 – Racho Folclórico do Penedo 5 – Centro Recreativo da Rebolaria 6 – Associação Recreativa Batalhense 7 – Centro Recreativo e Desportivo da Torre 8 – Centro Social Cultural e Rec. das Brancas 9 – Centro C. R. Quinta do Sobrado e Palmeiros 10 – Centro Recreativo dos Pinheiros 11 – Centro Recreativo da Golpilheira 12 – Ass. Cult. Desp. R. Casal de São Mamede 13 – Sociedade Recreativa da Jardoeira 14 – Comissão da Igreja de São Bento 15 – Casa do Povo do Reguengo do Fetal 16 – Centro Cult. Rec. de Calvaria de Baixo 17 – Casa do Benfica da Batalha Taça Disciplina - SR Relvense Troféu Fair Play - RF Penedo Melhor Jogador - Xavier Cabral (SR Relvense) Melhor Marcador - Xavier Cabral (SR Relvense) Melhor Defesa – SR Relvense Jogador Revelação - Jimmy Ribeiro (CRD Torre) Jogador Mais Novo - Alex Ribeiro (CCRQSP)) Jogador Vintage - José Carlos Carreira (CBB) 1º. Grupo A - AR Amarense 1º. Grupo B - RF Penedo 1º. Grupo C - SR Relvense Melhor Jogador Fase Grupos - Xavier Cabral (SRR) Melhor Defesa Grupo A - (AR Amarense) Melhor Defesa Grupo B - (RF Penedo) Melhor Defesa Grupo C - (SR Relvense) Melhor Marcador G. A - Micael Santos (ARA) Melhor Marcador G. B - Filipe Rodrigues (CRR) Melhor Marcador G. C - Xavier Cabral (SRR) Torneio feminino 1 – CCR Quinta do Sobrado e Palmeiros 2 – SR Relvense Taça Disciplina - Quinta do Sobrado e Palmeiros Melhor Jogadora - Joana Sousa (SRR) Melhor Marcadora - Zelinda (CCRQSP) Melhor Defesa – CCR Q. Sobrado e Palmeiros
desporto • 23
Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2018
XVI Torneio de Futsal Inter-Núcleos “José Pratas”
Realizou-se nos dias 30 de Junho e 1 de Julho, na Golpilheira, a 16.ª edição do Torneio de Futsal InterNúcleos, organizado pela APAF – Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol, que pretendeu homenagear o seu ex-director José João Mendes Pratas, figura icónica e homem ímpar da arbitragem nacional. Contando com a colaboração do Núcleo de Árbitros de Futebol de Porto de Mós, o evento contou com a presença de muitos núcleos de árbitros, do Norte ao Sul do País, envolvendo cerca de duzentas pessoas. Os jogos realizaram-se nos pavilhões municipais da Golpilheira e da Batalha, sendo marcado pelas lealdade, disciplina e “fair-play”, não fossem estes homens os que mais lutam pela pacificação e harmonia no desporto. Foi também uma oportunidade para os árbitros se colocarem na pele de atletas, o que até lhes será mais fácil do que a habitual missão em campo. No último dia, no pavilhão da Golpilheira, foi efectuada uma simples e singela homenagem a José Pratas, com a enriquecedora presença da sua esposa e filhas. Luciano
MCR
Árbitros em jogo e convívio
capacidade, de altiva inteligência e de grande espírito de dedicação”. O actual presidente recordou ainda que José Pratas “desempenhou o cargo de director da APAF, em diferentes momentos ao longo da sua carreira, onde de uma forma desinteressada lutou por uma arbitragem mais justa e mais digna”. Na mesma linha, “contribuiu, desde sempre, para o crescimento e valorização nacional
da Associação de Futebol de Évora, a que pertencia”. Quanto ao futuro, Luciano Gonçalves, natural das Alcanadas, aconselhou os árbitros: “Aproveitem bem o vosso tempo, apoiem e acarinhem as vossas famílias, pois são o mais forte pilar para o vosso sucesso em todos os campos”. No final, foram distribuídos troféus às equipas participantes e distinções aos vencedores: 1.º Núcleo Francisco Guerra – Porto; 2.º - Núcleo Brandoa Amadora; 3.º Núcleo Linha de Sintra; 4.º Núcleo Porto de Mós. O Prémio Fair Play foi para o Núcleo Henrique Silva, de Vila Real. Foram dois dias de salutar convívio e alegria, que todos recordarão com saudade, contribuindo também o acolhimento e as refeições servidas pelo Restaurante Etnográfico do CRG. São sempre de louvar estas iniciativas, que proporcionam novos conhecimentos, novas amizades e novas ferramentas para a arbitragem, a que se dedicam de alma e coração, mas infelizmente, muitas vezes incompreendidos. MCR
todos no sentido de continuarmos com esta modalidade desportiva e com estes saudáveis convívios. Vítor Cruz, director dos Veteranos da
Golpilheira, agradeceu a presença de todas estas equipas, desejando ainda uma boa viagem de regresso. MCR
Equipa vencedora com esposa e filhas de José Pratas e vereador André Loureiro
Gonçalves, presidente da APAF, considerou que era “uma homenagem mais do que merecida a alguém que tanto deu à arbitragem nacional ao longo de 40 anos, de forma ininterrupta e com grande envolvimento, quer como árbitro, onde atingiu a categoria de internacional, emblema que ostentou nas épocas de 1993/94 a 2002/03, quer como técnico de arbitragem e observador de reconhecida
Veteranos de futebol do CRG
MCR
Decorreu no dia 16 de Junho, no campo municipal da Batalha, a 9.ª edição do Torneio da Amizade, promovido pela equipa de Veteranos do Centro Recreativo da Golpilheira. Para este ano, foram convidadas as equipas dos Barreiros e os amigos Tomané, de Braga. Foi um convívio digno desse nome, começando com os jogos, na Batalha. Os resultados foram os seguintes: Braga - 3/Barreiros - 0; Golpilheira - 1/Braga - 2; Golpilheira - 4/Barreiros - 2. A arbitragem, composta por elementos muito jovens, esteve à altura. Após cada jogo e o banho refrescante, o único caminho a seguir era a “tasca”. Nesta, estavam três excelentes cozinheiros (Barroca, Horácio e Lelo) a confeccionar excelentes bifanas. A máquina de imperial não parava, tal era a sede dos atletas. Foi uma manhã excelente, onde se cimentou a amizade entre todos. Por fim, rumámos em direcção à sede do CRG, onde nos esperava um farto almoço. Entre colheradas e garfadas, houve tempo para nos conhecermos mais um pouco. Antes da despedida, foram distribuídos os
Equipa de Veteranos do CRG
MCR
IX Torneio da Amizade
Grupo das duas equipas convidadas
troféus, todos iguais, apanágio destes nossos torneios. Os responsáveis de cada equipa de Veteranos proferiram algumas palavras de circunstância,
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Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2018
temas
.combatentes.
.política.
Coluna da responsabilidade do Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes
André Sousa Presidente da JSD Batalha
As falsas notícias Todos os dias somos confrontados com imagens chocantes, compartilhadas por todas as redes sociais. A grande maioria dessas fotos e publicações espalham-se como vírus por toda a Internet, seja por utilizadores inconscientes ou, propositadamente, por manipuladores e mesmo, pasmem-se, a mando de grandes companhias e governos, por intermédio de agências de análise pagas para o efeito. Todas estas notícias forjadas ou alteradas acabam por ser utilizadas como propaganda negra para mudar psicologicamente as opiniões e mentes das pessoas, fazendo-as mudar o seu sentido de opinião, inconscientemente, e levando-as a tomar parte por um determinado lado de um conflito, ou mesmo a gostar de um produto. Quem não se recorda do recente escândalo da maior rede social do mundo, atravessando ela mesma uma fase complicada, depois do alvoroço relativo aos dados dos utilizadores que foram partilhados com a empresa “Cambridge Analytica”? Ao todo, foram compartilhados com a empresa dados de 87 milhões de utilizadores, que poderão ter alterado, diz-se, o sentido de voto nos Estados Unidos, compreendendo-se assim a eleição do actual presidente. Aconselha-se, então, que se desconfie de imagens fortes, que são, com certeza, manipuladas com alguma segunda conotação pretendida e a que verifiquem primeiro a sua confiabilidade antes de as compartilhar como sendo verdade e, assim, se tornarem parte, vocês mesmos, do esquema de partilha de falsa informação que, se for efectuada como opção de partilha para todo o público, tornase crime em alguns países. A grande maioria dos internautas acredita em tudo, só porque alguém partilhou e compartilha, o que, tornando-se viral nas redes sociais, acaba por mudar e influenciar também a opinião pública dos seus amigos, com algo falso, que quem produziu quer apenas ver espalhado. Se tiverem algumas dúvidas, basta seguirem os exemplos e explicações de algumas ferramentas que disponibilizaremos mais à frente.Vários exemplos recentes são, por exemplo, o caso da foto, dita tirada no conflito da Síria, durante 2018, de uma “criança Síria a dormir entre a campa de seus pais”! Ora, a criança, nem é órfã, nem é síria, nem eram sequer duas campas, tratou-se de um trabalho de Janeiro de 2014, elaborado por um fotógrafo para provar como as mentes são facilmente manipuláveis. A criança era o seu sobrinho! E os casos mais mediáticos, que geraram uma onda de contestação ao conflito sírio, foram a da menina com os braços
ao alto, supostamente por lhe estarem a apontar uma arma, e a da menina que tapa os olhos da sua boneca para que a mesma não veja as atrocidades da guerra! Ora, a foto do primeiro caso foi tirada por um fotógrafo turco, que se tornou viral, depois de um ‘post’ no Twitter, por mão de uma fotojornalista palestina, Nadia Abu Shaban. A jornalista decidiu publicar a foto da menina turca triste, na sua conta no Twitter, em 22 Janeiro 2015, e nada tinha a ver com uma arma apontada. O segundo caso retratava uma menina turca e remonta a 2009, há quase nove anos, sendo a protagonista uma garota de Bursa, uma cidade localizada ao sul do Mar de Mármara, na Turquia, que tapava a cara da boneca para o repórter não lhe fotografar a sua boneca bebé. Nenhuma das fotografias era de 2018, ainda menos do conflito da Síria, e nada tinham a ver com situações de guerra. Deixamos então algumas ferramentas para identificar notícias, imagens e os sítios da internet falsos, que as publicam: - Verifiquem a página: muitas vezes esses sítios afirmam claramente que são de fantasia ou paródia. - Verifiquem o URL (Uniform Resource Locator) - Localizador Uniforme de Recursos - é uma marca reconhecível, mas com um endereço estranho como ligadoscombatentes.pt.com.co? Então é certamente forjado para parecer credível. - Verifiquem o domínio - usem o sítio “https://who.is” para verificar a data em que um “site” foi criado e por quem. Muitas vezes, os sítios falsos duram apenas alguns dias ou semanas, o que dá um forte indício sobre a sua credibilidade. - Pesquisem na internet o título da notícia: se for um sítio respeitável, ou se a notícia for verdadeira, centenas de outras menções deverão surgir no Google. Se não, perguntem-se por que nenhum outro sítio de notícias credível fala do assunto. - Efectuem uma busca oposta de imagens - informações falsas, por vezes, são compartilhadas on-line na forma de uma imagem antiga, apresentada fora do contexto. Procurem quaisquer imagens questionáveis através de uma ferramenta de pesquisa inversa, como o “https://www. tineye.com”, ele apresenta o dia em que a imagem foi tirada e em que sítios da internet já foi notícia, quando e porquê. Finalmente, tenham muito cuidado com o que podem espalhar no espaço cibernético, pois pode voltar-se contra vocês de algum modo no futuro e, mais grave, poderá mesmo tornar-se crime.
Extensão de Saúde da Golpilheira
Faz parte da fase de crescimento de uma criança acreditar em certo tipo de histórias, lendas e mitos urbanos característicos da sua tenra idade, tais como o pai-natal, a fada dos dentes, entre muitos outros. Qual a relação com a Extensão de Saúde da Golpilheira? Ora vejamos: a última campanha do Partido Socialista para a Junta de Freguesia da Golpilheira foi baseada na seguinte mensagem política: “Se ganharmos as eleições, reabriremos a extensão de saúde”, isto sob a promessa afincada de alguns deputados da Assembleia da República do mesmo partido, tal como demonstra o artigo de opinião do Sr. Joaquim Monteiro (escrito no Jornal da Batalha). Até agora, a sua reabertura não passa de uma miragem longínqua. O sentimento é de frustração e traição; tal promessa não passou de um número político. A serem verdade tais factos, trata-se realmente de uma situação preocupante. No entanto, estas afirmações poderão dar a entender que a Extensão de Saúde não reabrirá, não por culpa do actual executivo, mas inteiramente
explicado pela quebra de promessa dos deputados. Ora bem, o actual executivo de Junta deveria saber que a abertura ou reabertura de centro(s) de saúde ainda está sob alçada do ministério e não da Assembleia da República. Além disso, a Junta não tem competências próprias para o efeito, não podendo tomar essa decisão unilateralmente sem o aval da tutela, apesar do apoio financeiro do Município descrito no último orçamento. É, na minha opinião, imprudente prometer tal coisa junto da população sem a certeza de o conseguir fazer, apenas com (falsas) promessas de alguns deputados do PS, de forma a ganhar as eleições. Assim sendo e apesar da aparente experiência em cargos políticos do actual executivo, sobretudo do seu presidente, este deixou-se acreditar numa história de “crianças”. Independentemente dos próximos capítulos desta história, a JSD Batalha defende um serviço de saúde de qualidade, com horários e serviços alargados e cada vez mais próximo dos habitantes.
.impressões. Por Luísa M. Monteiro O flagelo do ar condicionado Não é quase nunca o calor do Verão que me incomoda: é o frio; o ar condicionado dos sítios - que me obriga a, mesmo nos dias quentes, ter de sair de casa com casaco. Entro no restaurante, no pequeno café, e penso: onde sentar-me para evitar ’aquilo’? Peço um café e espirro. PUB
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Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2018
.saúde.
.viva a vida.
Dermopigmentação Carina Pereira Terapeuta
- Complemento à Cirurgia Estética e Correctiva
A Dermopigmentação é um procedimento cirúrgico-estético, que tem por base a introdução de implantes dérmicos não-alergénicos na pele, especializado com técnicas completamente seguras e assépticas. Dermopigmentação, Micropigmentação, Dermografia, Tatuagem Médica ou Maquilhagem Permanente são alguns dos nomes atribuídos a esta técnica. É um procedimento que tem como principal objectivo, corrigir e realçar a beleza de forma natural. A Dermopigmentação marca a diferença entre as opções de tratamentos estéticos existentes no mercado, e com esta técnica devolvemos a homens e mulheres a auto-estima que lhes foi tirada por algum motivo causando uma cicatriz, seja por uma Mastectomia, reconstituição de lábios ou por qualquer outro procedimento cirúrgico. É um procedimento benéfico e útil que traz benefícios emocionais e físicos, realizado sob anestesia local, sendo indolor e inócuo. Os tratamentos de Dermopigmentação não só se limitam a estabelecer as feições do rosto, como sobrancelhas, olhos ou lábios, mas também é usada em pessoas com problemas como alopecia, vitiligo, queimaduras, cicatrizes, bem como para a reconstrução das aréolas pós-mastectomia, etc. A Dermopigmentação Paramédica é indicada para a reconstituição da aréola mamária parcial ou total, tanto para pacientes que colocaram próteses de silicone por incisão pelas aréolas ou para quem passa por Mastectomia (reconstrução
Ana Maria Henriques Médica Interna
As famílias vão evoluindo e existem momentos-chave, que denominamos estádios do ciclo de vida familiar. Cada etapa tem problemas específicos e tarefas importantes a realizar para o bem-estar da família e para o crescimento dos seus membros. A quinta e sexta etapas do ciclo de vida de uma família contempla as famílias com filhos adolescentes / jovens adultos e famílias com adultos jovens a sair de casa. A fase da consolidação corresponde a famílias em que o filho mais velho tem entre 13 a 20 anos. É durante a adolescência que o subsistema familiar estende as suas relações com meios extrafamiliares que vão desde a escola até ao bairro, passando logicamente pelos amigos. Por outro lado, o jovem adolescente cria novas tensões no seio da família, estando estas frequentemente minadas por sensações de ansiedade, perda de controlo e perda de respeito. A passagem por esta fase familiar é muito influenciada pela personalidade do filho e para este poder dar o passo para a autonomia tem que saber lidar com a ansiedade e a frustração de uma forma equilibrada. Apesar de pouca necessidade do uso dos serviços de saúde por motivo de doença, estes têm de estar disponíveis e preparados para o atendimento ao jovem, de forma a colaborar no seu desenvolvimento e nesta fase de desenvolvimento familiar. Nesta fase, a flexibilidade é necessária para mudar algumas das regras familiares, tornando as suas fronteiras mais permeáveis ao exterior. O adolescente deve conquistar a sua autonomia e identidade sexual, sendo essenciais as experiências individuais e de grupo. O conflito com a tarefa protectora
mamária por cancro), Mastopexia (redução de mama) ou Mamoplastia (aumento de mama). O recurso à Dermopigmentação é hoje um grande aliado das cirurgias plásticas ou procedimentos médicos que visam o rejuvenescimento e finalizam qualquer cirúrgica, fazendo com que o paciente perca o estigma da doença e se sinta com mais confiança. Com os últimos avanços em medicina estética, já ninguém se conforma com as pequenas assimetrias ou imperfeições e na Clínica Viva recomendamos uma avaliação personalizada para que, de acordo com as necessidades, sejam ajustados os métodos mais adequados de tratamento.
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Famílias com adolescentes / jovens adultos e com adultos jovens a sair de casa dos pais é um exercício diário, mas gratificante no desabrochar da identidade adulta. Problemas como a toxicodependência, o insucesso escolar, a delinquência juvenil e a tendência para acidentes são sinais de alarme de um deficiente funcionamento da família, logo, a sua presença requer ajuda e orientação inicial do médico de família. Por outro lado, com a maior autonomia dos filhos adolescentes, os pais devem procurar novas áreas de interesse ou mesmo fazer um investimento acrescido nas suas carreiras profissionais. Na fase da abertura, entre a saída do primeiro filho ate à saída do último, a família deve dar assistência adequada e fomentar rituais apropriados à saída dos filhos (a procura de trabalho, para o serviço militar, para casarem, etc.). Existe uma necessidade de estabelecer relações adulto-adulto entre os filhos e pais e de reajustar as relações de modo a incluir genros, noras e netos. O casal situa-se na idade adulta e tem consciência da passagem do tempo. Há assim um confronto com sonhos e projectos que se alcançaram ou não. Os problemas de comunicação são exacerbados quando o filho ausente exercia um papel de ligação da família. As famílias funcionais conseguem adaptar-se às pressões externas, respondem às necessidades dos seus membros, relacionam-se de forma madura e adulta, cumprem as suas funções e resistem às crises. Nestas duas etapas, é fundamental obter um equilíbrio entre o casal e a vida independente de cada filho de forma a estabelecer uma parceria no desenvolvimento de novas famílias e no envelhecimento saudável do casal.
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história
. curiosidades
. caderno mensal .
Joaquim Santos Jornalista e investigador
José Travaços Santos Etnógrafo e investigador
do passado.#12
Trasladação dos príncipes para a Batalha
Eutanásia
O jornal “O Disctricto de Leiria”, na edição de 12 de Outubro de 1901, mostrava estranheza e preocupação para o aparente desleixo e indiferença das autoridades locais pela organização da cerimónia da trasladação dos restos mortais de D. Afonso V, D. Isabel, D. João II e D. Afonso e da inauguração dos novos túmulos pela família real, que viria a acontecer a 28 de Novembro desse mesmo ano. “Noticiario – Batalha – Está próximo o dia em que se devem trasladar para jazigo proprio as ossadas dos príncipes que há muitos annos aguardavam em velhos catafalcos de madeira, melhor jazida no convento da Batalha. Este facto que em outra qualquer terra seria um pretexto para uma solemnidade ruidosa e brilhante que atrahisse forasteiros, e désse dos habitantes da cidade uma idéa de nobre civismo e alta civilização, passa desaparecido tanto em Leiria como na Batalha; pelo menos, até agora, não se fala em preparativo algum. Não há de tardar muitos annos que ouçamos gritar indignados muitos dos que pelo seu egoísmo e indolência serão a causa da cidade chegar ao estado de abatimento e abandono para que vae caminhando, mas então já será talvez tarde.” Autor desconhecido (1901, 12 de Outubro, nº1020), Noticiario, Batalha, O Districto de Leiria, p. 2
Tenho grande admiração pela classe médica e, além de admiração, gratidão e, porque o sentimento também é esse, afecto. Médicos e médicas já me valeram por diversas vezes e não sei em quantas me salvaram a vida. Recordo com saudade o Dr. José Maria Pereira Gens e o Dr. Armindo Arede de Carvalho, que durante tantos anos acudiram, a qualquer hora do dia ou da noite, às populações da Batalha e do seu aro, o Dr. António Pires de Andrade, meu médico em Lisboa e que na sua juventude viveu e estudou em Leiria, e os Dr. Serafim Lopes Pereira e Dr. José Ferreira Júnior, que deixaram fama merecida, e inúmeras vezes confirmada, na nossa cidade de Leiria. Não estou a ver que qualquer deles pudesse ter desempenhado a lúgrebe tarefa de despachar para o outro mundo um doente considerado em irreversível fase terminal, algumas vezes erro humano a que nem os médicos podem escapar. A propósito deste melindroso assunto da eutanásia, que não pode ser tratado de ânimo leve ou regido por batutas partidárias, transcrevo do jornal semanal “Sol”, de 2 de Junho, o que disse o médico psiquiatra Dr. Ricardo Gusmão: “Como psiquiatra abjuro a morte assistida, a ideia de dar ao doente meios para ele se matar: é mimética de um acto suicida e uma cobardia médica, um paradoxo clínico. Ou é um acto médico ou não faz sentido”. (Recorte, que o “Sol” fez, de entrevista concedida ou jornal I).
Os preparativos para a cerimónia No início de Novembro, o mesmo jornal falava sobre a cerimónia que se avizinhava e da vinda de representante de El-Rei à Batalha. Parece que já existia outra dinâmica na organização desta cerimónia marcante do Mosteiro da Batalha. “A solemnidade da Batalha – A’ na próxima semana que sua exa o dignissimo governador civil d’este districto irá ao Paço a fim de receber El-Rei a indicação de quem virá representar Suas Magestades na solemnidade de trasladação, bem como outros que por observação Sua Magestade sobre este assumpto se digne dar-lhe. Por occasião da solemnidade espera-se que a Companhia Real estabeleça comboios especiaes e a preços reduzidos entre Lisboa e esta cidade e Coimbra. A solemnidade religiosa constará de missa de requiem com a absolvição solmene acompanhada de vozes e musica a grande instrumental sob a intelligente direcção do sr. Gloria Reis. O ilustre orador honra da tribuna sagrada sr. cónego Mendes acceitou o convite de pregar na egreja da Batalha por occasião da solemnidade.” Autor desconhecido (1901, 2 de Novembro, nº1023), A solemnidade da Batalha, O Districto de Leiria, p. 1
Afinal El-Rei veio à Batalha A vinda de El-Rei D. Carlos I à vila da Batalha foi motivo de alegria e uma boa nova algo inesperada. A cerimónia, que se previa inicialmente pobre, iria ter outro valor e mais simbolismo, com a figura máxima do Reino. Veio a revelar-se de grande riqueza organizativa e histórica. “El-Rei em Leiria – Como era de prever, attentos os sentimentos patrioticos que animam a população d’este districto, a noticia de que Sua Magestade El-Rei se dignava honrar com a sua augusta presença a ceremonia da Batalha, causou a mais viva, a mais enthusiastica alegria.” Autor desconhecido (1901, 16 de Novembro, nº1025), El-Rei em Leiria, O Districto de Leiria, p. 1
Museu dos Descobrimentos A função que me parece um Museu dos Descobrimentos deveria desempenhar, sobre todas as outras, era a de explorar e dar fé das razões das nossas capacidades, já que continuamos a ser o mesmo povo, de criatividade, de empreendimento, de pioneirismo e de realização, tudo
com pouca gente e com pouco dinheiro, naquela época que, grosso modo, abrange os finais do século XIV, todo o século XV e parte do século XVI, e as razões do seu desaparecimento ou acentuada diminuição nos séculos seguintes, com realce no nosso tempo. Que motivos educativos, psicológicos, políticos, morais, que influências houve? Porque de povo empreendedor e dinâmico, com genica para descobrir o meio mundo que era desconhecido dos outros povos europeus, nos transformámos em gente amorfa, sem um rumo entusiasmante, sem um projecto mais elevado e sem um ideário que nos congregue e nos proporcione um novo papel a desempenhar? A discussão, até agora tornada pública, em torno do nome do Museu, embora aparentemente mesquinha, esconde propósitos políticos e partidários que apenas pretendem inutilizar tudo o que a instituição possa representar no papel de elevar o ânimo do Povo Português e de o incentivar à empresa, do nosso tempo, de estruturar o seu futuro e de empreender, por si e por fim, a sua emancipação política, económica e social.
Um livro que vai encantar os mais novos e os mais velhos Foi apresentado recentemente o livro do Dr. Rui Borges Cunha “Mosteiro da Batalha – 40 Curiosidades sobre o Monumento”, cada curiosidade aliciantemente relevada e tudo formosamente ilustrado pelo génio artístico de Luís Taklim, que já antes ilustrara “Vitória, a Romana que Viveu na Batalha”, escrito pelo Dr. Rui Cunha e pela Dr.ª Ana Moderno. As curiosidades que o autor nos traz acabam por ser outras tantas lições sobre o nosso Mosteiro, dadas de forma que atrai os mais novos, a quem são particularmente dirigidas, mas que encantará igualmente os adultos. Embora pareça impossível, há ainda muitos mistérios por desvendar no Monumento e muitas notícias históricas, ou aparentemente históricas, que precisam de emenda, como é o caso da construção da prodigiosa abóbada da Casa do Capítulo. Mas há muitos outros que o leitor irá encontrar e de que, possivelmente, teria uma outra visão ou que desconhecia. Um bom presente para os quais novos se entreterem, com utilidade, nas férias em que se encontram.
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Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2018 Na última edição, o erro na palavra “monumental”, no subtítulo, foi da responsabilidade do jornal. Pedimos ao autor e aos leitores as nossas desculpas.
. história .
Miguel Portela Investigador
FELIPE DE TORRES: OURIVES DE PRATA DOS CASAIS DE SANTA MARTA NA VESTIARIA Breves notas de investigação
Pretendemos dar a conhecer alguns elementos sobre a vida e obra do ourives de prata Felipe de Torres, natural do Juncal e que desenvolver a sua atividade na Vestiaria (c. Alcobaça) até ao fim da sua vida. Trabalhou com seu irmão José de Torres, também ele ourives de prata, tendo executado algumas peças de ourivesaria para o Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, em particular para a Capela de Nossa Senhora do Desterro. Felipe de Torres: alguns dados genealógicos da sua família Felipe de Torres filho de Faustino Pereira e de Maria Coelha, moradores no Juncal, foi baptizado na igreja de S. Miguel dessa freguesia tendo contraído matrimónio em 17 de julho de 1727 na igreja de Nossa Senhora da Ajuda da Vestiaria com Maria da Rosa de Nazaré filha de Manuel Rodrigues e de Inês Ribeira, moradora nos Casais de Santa Marta (doc. 2). Do casamento de Felipe de Torres com Maria da Rosa de Nazaré nasceram: João, em 26 de outubro de 1728, o qual foi batizado em 8 de novembro desse ano (doc. 3); e Bernardino, em 17 de junho de 1733, o qual foi batizado em 1 de julho desse ano (doc. 5). Sabemos que Felipe de Torres foi ourives de prata tendo assim ficado assinalado em alguns atos paroquiais da Vestiaria. Veja-se como exemplo, o batismo de José filho de Manuel Lopes Coelho e de Antónia de Figueiredo celebrado em 1 de junho de 1733 em que foi padrinho de batismo o referido Felipe de Torres, ourives de prata dos Casais de Santa Marta (doc. 4). Felipe de Torres veio a falecer em 20 de maio de 1744 tendo sido sepultado no dia seguinte na igreja de Nossa Senhora da Ajuda da Vestiaria (doc. 9). Significativo referir o registo de casamento de António João com Antónia Rodrigues, celebrado na igreja de Nossa Senhora da Ajuda da Vestiaria, em 27 de maio de 1735, surgindo como testemunhas os irmãos Felipe de Torres e José de Torres, ambos ourives e a residir nos Casais de Santa Marta (doc. 6). José de Torres, filho de Faustino Pereira e de Maria Coelha contraiu matrimónio em 28 de novembro de 1709 na igreja de Nossa Senhora da Ajuda da Vestiaria com Luísa Maria Ribeira filha de Manuel Rodrigues e de Inês Ribeira (doc. 1). Deste casamento nasceram os seguintes filhos: António que foi batizado em 1 de fevereiro de 1711 tendo assistido como padrinho Manuel Vicente de Valbom (Arquivo Distrital de Leiria [A.D.L.], Livro de Batismos da Paróquia da Vestiaria [1705-1758], Dep. IV26-B-48, assento n.º 4, fl. 16); Rosa que foi batizada em 8 de agosto de 1712 tendo assistido como padrinho o padre Inácio Vieira do Juncal e madrinha Rosa Maria filha de Manuel Rodrigues (Ibidem, assento n.º 1, fl. 20); Teresa que foi batizada em 4 de abril de 1714 tendo assistido como padrinho Manuel Bravo da Silva de Alcobaça (Ibidem, assento n.º 2, fl. 23v); Caetana que foi batizada em 8 de março de 1716 tendo assistido como padrinho fr. António de S. Bernardo religioso converso de S. Bernardo e madrinha Luísa Maria esposa de José Botelho de Alcobaça (Ibidem, assento n.º 2, fl. 29); e Teresa que foi batizada em 26 de abril de 1717 tendo sido padrinho José de Oliveira assistente no Colégio de Nossa Senhora da Conceição de Alcobaça (Ibidem, assento n.º 2, fl. 31v). Em 22 de julho de 1737, José de Torres e sua esposa Luísa Maria Ribeira casaram sua filha Caetana Maria de
Fac-símile da assinatura de Felipe de Torres. Torres com António da Fonseca, viúvo de Teresa Maria, filho de Francisco da Fonseca e de Maria Fragosa (doc. 8). José de Torres encontrava-se a residir nos Casais da Fonte, em Cela, quando se arrolou o óbito de de sua esposa, Luísa Maria Ribeira ocorrido em 25 de fevereiro de 1754 (doc. 10). Felipe de Torres e José de Torres tinham ainda uma irmã chamada Úrsula de Torres que em 3 de outubro de 1719 surge como assistente em casa de José de Souto Pinheiro (A.D.L., Livro de Batismos da Paróquia da Vestiaria [1705-1758], Dep. IV-26-B-48, assento n.º 2, fl. 41v). Reconhecemos outros ourives com afinidades familiares que apesar de não residirem na Vestiaria aqui se deslocavam com frequência. Veja-se como exemplo, o caso de António de Almeida, ourives de ouro, da cidade de Lisboa, o qual tinha uma escrava de nome Marta dos Anjos, a qual faleceu em casa de António de Almeida, pai do dito ourives de ouro (doc. 7). A capela do Desterro em Alcobaça: algumas peças de ourivesaria executadas por Felipe de Torres O livro de receita e despesa da Capela de Nossa Senhora do Desterro que hoje se encontra à guarda da Torre do Tombo permitiu recolher alguns elementos que nos consentem atestar documentalmente a intervenção de Felipe de Torres, ourives de prata, em alguns trabalhos que foram levados a efeitos pelos administradores dessa capela na primeira metade do século XVIII (A.N.T.T., Livro de Receita e Despesa do Rendimento dos Bens anexos à Capela de Nossa Senhora do Desterro do Real Mosteiro de Alcobaça, Ordem de Cister, Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, liv. 87). Assim, de acordo com o citado livro de receita e despesa dessa capela, e na “Despesa que se faz dos rendimentos dos Bens da Capella da Virgem Senhora Nossa do Desterro a qual teve o seu prinçipio em 18 de março de 1719 – em diante tempo a prinçipio a fazer o irmão Fr. Manoel das Chagas”, sabemos que foram desembolsados 12 000 réis com o trabalho do ourives Filipe de Torres, tendo ficado arrolado que “Pagouçe ao ourives da prata dos Cazaes de Santa Marta pelo concerto que fes na baçia dâlampeda de Nossa Senhora do Desterro, por vir muito piquena, e estreita e se mandou enmendar pelo dito ourives; e levou de prata nesta enmenda hũ marco, e duas onças de prata, e com o feitio que se lhe pagou de 4 marcos e sinco onças que tanto tinha a baçia que se lavrou importou tudo doze mil rs - 12φ000” (Ibidem, fl. 203//226). Esta despesa encontra-se compreendida entre o dito ano de 1719 e 25 de abril de 1729, data em que tomou “contas o Nosso Reverendíssimo Padre Geral o Dom Fr. Bento de Mello ao irmão Fr. Manoel das Chagas de tudo o que recebeu e despendeu dos Bens e Rendas da Capella da Virgem Nossa Senhora do Desterro desde 17 do mês de mayo de 1717, mes e anno em que o Nosso Reverendíssimo Fr. António do Quental lhe mandou entregar esta administração athe hoje 25 de abril de 1729” (Ibidem, fl. 204v//227v). Sabemos também, entre 1741 e 1744, ficou arrolado no dito livro de despesas e receitas que “custarão dous ramalhetes piquenos de prata lavrados que se mandarão fazer para estar na peanha de Nossa Senhora do Desterro e se deu por elles a’ourives de Santa Marta Feliph de Torres sete mil e quinhentos 7φ500” (Ibidem, fl. 211v//334v). Capela de Nossa Senhora do Desterro. Postal ilustrado.
Apêndice documental
Documento 1 1709, novembro, 28, Vestiaria - Registo de casamento de José de Torres Pereira com Luísa Maria Ribeira. A.D.L., Livro de Casamentos da Paróquia da Vestiaria [1707-1856], Dep. IV-26-B-70, assento n.º 1, fl. 5v. < Jozeph de Torres Pereira e Luiza Maria Ribeira > Aos vinte e oito dias do mez de novembro de mil e settecentos e nove annos de tarde nesta Parrochial Igreja de Nossa Senhora da Ajuda em prezença do Padre Vicente Fragozo Capellão de Pedro da Silva Fonseca da villa de Alcobaça de licença minha se reçeberão por marido e molher Jozeph de Torres Pereira filho de Faustino Pereira e de sua molher Maria Coelha já defuntos moradores no lugar do Juncal freguezia de S. Miguel, Bispado de Leiria; e Luiza Maria Ribeira filha de Manoel Rodriguez e de sua molher Ignez Ribeira dos Cazais de Sancta Martha desta freguezia onde a contrahente foi baptizada guardando em tudo a forma do Sagrado Concilio Tridentino e Constituição deste Arçebispado. Forão prezentes por testemunhas João Rodrigues Freos e Manoel Fernandez Durão desta freguezia que aqui assinarão, e para que conste fiz este assento que assinei no mesmo dia mes e era ut supra. (a) O Vigário António Alvarez (a) Manoel Fernandez (a) João Rodriguez Froes Documento 2 1727, julho, 17, Vestiaria - Registo de casamento de Felipe de Torres com Maria da Rosa de Nazaré. A.D.L., Livro de Casamentos da Paróquia da Vestiaria [1707-1856], Dep. IV-26-B-70, assento n.º 1, fl. 34. < Phelipe de Torres e Maria da Roza de Nazareth > Aos dezassete dias do mez de julho de mil e settesentos e vinte e sette, de tarde nesta Parrochial Igreja de Nossa Senhora da Ajuda do lugar da Vestearia a porta della, se receberão com palavras de prezente por marido e molher perante mim e das testemunhas ao diante nomiadas, e assignadas Phelipe de Torres filho de Faustino Pereira e de sua molher Maria Coelha já defunta moradores no lugar do Juncal, Bispado de Leiria, freguezia de S. Miguel onde elle contrahente foi baptizado e Maria da Roza de Nazareth filha de Manoel Rodriguez e de sua molher Ignez Ribeira já defuntos moradores que forão nos Cazais de Sancta Martha desta freguezia de Nossa Senhora da Ajuda onde a contranhente foi baptizada tudo na forma do Sagrado Conçílio Tridentino e Constituissõins deste Patriarchado. Forão prezentes por testemunhas António da Silva, Ajudante e João Duarte Loureiro das Abitoreiras termo de Santarém que aqui assignarão e pera que conste fis este assento que assignei dia, e era ut supra. (a) O Vigário António Alvrez (a) João Duarte Loureiro (a) António da Silva Furcheiro Documento 3 1728, novembro, 8, Vestiaria - Registo de batismo de João filho de Felipe de Torres e de Maria da Rosa de Nazaré. A.D.L., Livro de Batismos da Paróquia da Vestiaria [1705-1758], Dep. IV-26-B-48, assento n.º 1, fl. 73. < Joam > Aos oito dias do mez de novembro de mil e settesentos e vinte e oito baptizou o Padre Joam Ferreira Capelão de Sancta Martha desta freguezia a Joam filho de Phelipe de Torres e de sua molher Maria da Roza de Nazareth dos Cazais de Sancta Marta desta freguezia o qual baptizou solemnemente, e pos os Sanctos Oleos e perguntando quando nascera diçe seu pai que a vinte e seis de outubro da dita era. Foram padrinhos o dito Padre João Ferreira e huma filha de Joam Rodriguez Frôes e de sua molher Barbora Marquez dos Cazais dos Canissos desta freguezia e pera que conste fiz este assento que assignei, dia e era ut supra. (a) O Vigário António Alvrez Documento 4 1733, junho, 1, Vestiaria - Registo de batismo de José filho de Manuel Lopes Coelho e de Antónia de Figueiredo tendo assistido como padrinho Felipe de Torres, ourives de prata. A.D.L., Livro de Batismos da Paróquia da Vestiaria [1705-1758], Dep. IV-26-B-48, assento n.º 1, fl. 87v. < Jozeph > Em o primeiro dia do mez de junho de mil e settesentos e trinta e doiz baptizei solemnemente e puz os Sanctos Oleos a Jozeph filho de Manoel Lopez Coelho e de sua molher Antónia de Figueiredo do lugar da Vestearia desta freguezia de Nossa Senhora da Ajuda e perguntando quando nasçera diçe o pai que a vinte de maio da dita Era. Foram padrinhos Phelipe de Torres, Ourives de Prata dos Cazais de Santa < Martha > desta freguezia < Diz a entrelinha Martha (a) Alvrez > e Domingaz Jozepha veuva que ficou de Manoel Baptista da villa da Mayorga e pera que conste fiz este assento que assignei, dia e era ut supra. (a) O Vigário António Alvrez Documento 5 1733, julho, 1, Vestiaria - Registo de batismo de Bernardino filho de Felipe de Torres e de Maria da Rosa de Nazaré. A.D.L., Livro de Batismos da Paróquia da Vestiaria [1705-1758], Dep. IV-26-B-48, assento n.º 3, fl. 93v. < Bernardino > Em o primeiro do mez de julho de mil e settesentos e trinta e trez baptizei solemnemente e puz os Sanctos Oleos a Bernardino filho de Phelipe de Torres e de sua molher maria da Roza dos Cazais de Sancta Martha desta freguezia e perguntando quando nasçera diçe o pai que a dezassete do mez de junho da dita Era. Foram padrinhos Joam Paullo do Cazal do Pereiro freguezia de Santhiago da villa de Evora e pera que conste fiz este assento que assignei, dia e era ut supra. (a) O Vigário António Alvrez
Documento 6 1735, maio, 27, Vestiaria - Registo de casamento de António João com Antónia Rodrigues tendo assistido como testemunhas Felipe de Torres e José de Torres, ambos dos Casais de Santa Marta. A.D.L., Livro de Casamentos da Paróquia da Vestiaria [1707-1856], Dep. IV-26-B-70, assento n.º 1, fl. 44v. < António João e Antónia Rodriguez > Aos vinte e sette dias do mez de maio de mil e settesentos e trinta e sinco annos, de manham nesta Parrochial Igreja de Nossa Senhor da Ajuda do lugar da Vestearia se reçeberam com palavras de prezente por marido e molher perante mim e das testemunhas ao diante nomeadas e assignadas António Joam filho de Françisco Joam e de Maria Rodriguez já defuntos natural e morador nos Cazais de Sancta Martha desta freguezia de Nossa Senhora da Ajuda onde o contrahente foi baptizado e se dezobrigou a Quaresma proxima passada, viuva que ficou de Monica Quaresma filha de Francisco Vâz e de Maria Dias, natural da freguezia de Sam Gregório termo de Arraiolos, Arçebispado de Evora donde faleceu e donde o contranhente foi morador com Alvará do Muito Reverendo Doutor Jozeph Dantas Barboza Vigário Geral em a Nobre Villa de Obidos e seu Arçebispado com Antónia Rodriguez filha de Joam Rodriguez e de Maria Rodriguez já defunctos dos Cazais de Sancta Martha desta freguezia de Nossa Senhora da Ajuda onde a contrahente foi baptizada e he natural e moradora tudo na forma do Sagrado Concilio Tridentino e Constituissão deste Patriarchado. Foram prezentes por testemunhas Jozeph de Torres e Phelipe de Torres ambos dos ditos Cazais de Sancta Martha desta freguezia e aqui assignarão e pera que conste fiz este assento que assignei dia, e era ut supra. (a) O Vigário António Alvres (a) Feliphe de Torres (a) Jozeph de Torres Documento 7 1735, junho, 16, Vestiaria - Registo de óbito de Marta dos Anjos, escrava de António de Almeida, ourives de ouro de Lisboa. A.D.L., Livro de Óbitos da Paróquia da Vestiaria [1706-1797], Dep. IV-26-C-12, assento n.º 3, fl. 58. < Martha dos Anjos - Escrava > Aos dezasseis dias do mes de junho de mil e settesentos e trinta e sinco annos faleçeo com todos os Sacramentos Martha dos Anjos, Escrava de António de Almeyda, Ourives do Oiro da cidade de Lisboa em caza de Manoel de Siqueira pai do dito António de Almeyda e morador no lugar da Vestearia desta freguezia. Está sepultada dentro na Igreja defronte da escada do púlpito ao quatro carreiras de lagens e pera constar fiz este assento que assignei dia, era ut supra. (a) O Vigário António Alvrez Documento 8 1737, julho, 22, Vestiaria - Registo de casamento de António da Fonseca com Caetana Maria de Torres, filha de José de Torres, surgindo como testemunha Felipe de Torres. A.D.L., Livro de Casamentos da Paróquia da Vestiaria [1707-1856], Dep. IV-26-B-70, assento n.º 1, fl. 49. < António da Fonseca e Caetana Maria de Torres > Aos vinte e dois dias do mez de julho de mil e settesentos e trinta e sette annos, de menham, nesta Parrochial Igreja de Nossa Senhora da Ajuda do lugar da Vestearia se reçeberão com palabras de prezente por marido e molher perante mim e das testemunhas ao diante nomeadas e assignadas, António da Fonçequa filho legitimo de Françisco da Fonçequa e de sua molher Maria Fragoza já defuntos morador [sic] que foram em a villa de Alcobaça freguezia do Ssantissimo Sacramento onde o contrahente foi baptizado e se dezobrigou a Quaresma proxima passada viúvo que ficou de Thereza Maria filha de Jozé Pereira e de Umbelina Rodrigues da dita villa de Alcobaça onde o contrahente he morador, com Caetana Maria de Torres filha legitima de Jozé de Torres e de Luiza Maria Ribeira moradores nos Cazais de Sancta Martha desta freguezia de Nossa Senhora da Ajuda onde a contrahente foi baptizada e se dezobrigou a Quaresma proxima passada tudo na forma do Sagrado Concilio Tridentino e Constituição deste Patriarchado. Foram prezentes por testemunhas Phelipe de Torres e Manoel Fernandez Ribeiro ambos desta freguezia que aqui assignaram e para que conste fis este assento que assignei dia, era ut supra. (a) O Vigário António Alvrez (a) Manoel Fernandez Ribeiro (a) Filiphe de Torres Documento 9 1744, maio, 20, Vestiaria - Registo de óbito de Felipe de Torres. A.D.L., Livro de Óbitos da Paróquia da Vestiaria [1706-1797], Dep. IV-26-C-12, assento n.º 2, fl. 73. < Felipe de Torres – Fis hum officio de tres liçois > Aos vinte dias do mez de mayo de mil e setecentos e quarenta e quatro annos falleceo Felipe de Torres marido de Maria da Roza da Nazareth dos Cazais de Santa Martha desta freguezia de Nossa Senhora da Ajuda do lugar da Vestuaria, recebo os Santos Sacramentos, foy seu corpo sepultado no dia vinte e hum do dito mes dentro desta Parrochial Igreja junto do Confissionário da parte do occidente, e para que conste, fis este assento, que asigney em o mesmo dia, mes, e era ut supra. (a) O Vigário Encomendado António Alvrez Documento 10 1754, fevereiro, 25, Vestiaria - Registo de óbito de Luísa Maria Ribeira esposa de José de Torres, mestre ourives, morador nos Casais da Fonte, em Cela. A.D.L., Livro de Óbitos da Paróquia da Vestiaria [1706-1797], Dep. IV-26-C-12, assento n.º 1, fl. 95. < Luiza Maria Ribeira – E paga de covas 500 reis > Aos vinte e sinco dias do mes de fevereiro de mil e cetecentos e sincoenta e quatro annos faleçeo Luiza Maria Ribeira, mulher de Jozé de Torres, Mestre Ourives morador nos Cazais da Fonte, freguezia de Santo André da Cella, e está sepultada dentro da Igreja de Nossa Senhora da Ajuda ao pé do primeiro degráo deste luguar da Vestearia, e para que conste fis este acento que asigney no mesmo dia, mes e anno era ut supra. (a) O Vigário Jozé dos Anjos
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leituras
Paulus Editora . Espiritualidade .
Desejo e Encontro - Entrar e avançar na aventura da fé Duarte da Cunha
D. António Marto - O Cardeal de Fátima Ricardo Perna (org.)
Esta obra pretende dar uma perspectiva de quem é e o que pensa o agora cardeal D. António Marto. Apresenta uma breve biografia e o seu pensamento sobre vários assuntos: jovens, recasados, eutanásia, crise. Partes da sua vida e do seu pensamento são dadas na primeira pessoa, através de uma grande entrevista que concedeu ao jornalista do Observador João Francisco Gomes pela altura do Centenário das Aparições de Fátima. No livro explica-se também a importância da figura do cardeal e o impacto concreto da nomeação de D. António Marto. São dadas a conhecer algumas das suas melhores homilias. O livro tem também uma memória fotográfica do bispo de Leiria-Fátima.
O Santo Rei - A história do Beato Carlos da Áustria Pe. João Vergamota
“O autor conta-nos a história do imperador da Áustria e rei da Hungria, Carlos. Subiu ao trono após a morte do seu tio, o que despoletou o início da Primeira Grande Guerra. Nesse período teve uma forte presença em favor da paz. Com o fim da guerra e o advento do republicanismo foi exilado, tendo terminado os seus dias na ilha da Madeira (Portugal), com fama de santidade. Com um estilo romanceado, sem faltar ao rigor histórico, o Pe. João Vergamota dá a conhecer a figura do Santo Rei aos mais pequenos. O livro relata também uma graça realizada, por intermédio de Carlos da Áustria, a um nobre português.” - Prefácio de D. Duarte de Bragança.
Iniciação à Fé Cristã - Para crentes, descrentes e duvidosos Pe. António Vaz Pinto, S.J.
Livro resultante dos Cursos de Iniciação à Fé, é uma espécie de resumo ou súmula dos cursos. É uma porta de entrada para o mistério da fé; responde a algumas questões e dúvidas comuns a muitas pessoas, crentes e não-crentes, e também ajuda e deixa margem para a própria pessoa se interrogar. Por ser resultante dos cursos, muitas vezes acaba por ter uma leitura “esquemática”, ao invés de muito densa. Aborda questões de “porquês”: do pecado, do livre arbítrio, do sofrimento, da vida e da paixão de Jesus Cristo.
Cárcere Invisível Francisco Costa
A obra, um romance, conta a história de Eduardo Bandeira Bastos, um pequeno burguês cujo desejo de uma vida economicamente confortável o leva ao curso de Medicina e à profissão de médico. Embora tenha preocupações materiais, ao longo do livro descobre-se alguém com valores cristãos, que faz um caminho de fé, embora nunca se chegue a converter totalmente. Comum ao tipo de obra, assiste-se a uma história de amor impossível. O livro acompanha também o sofrimento e a angústia existencial da personagem principal.
Eucaristia
Dário Pedroso, sj
Ao longo de 25 pequenas reflexões, o autor irá abordar o tema da Eucaristia nos seus diversos ângulos, desde a sua centralidade na vida do cristão, e por isso cume e fonte da vida cristã, até à sua vivência no seio familiar. A estrutura de cada meditação está construída numa cadência muito própria, dois aspectos essenciais a ter em conta e concluí com uma oração.
Os meus irmãos refugiados Thereza Ameal
Os relatos do filho, da nora e de um sobrinho – voluntários em campos de refugiados na Grécia – levaram Thereza Ameal a escrever este livro. Falar aos mais novos sobre esta realidade, de forma simples e cheia de esperança, é também uma forma de colaborar na construção de uma cultura de acolhimento e de promoção da paz. Porque a guerra e o drama dos refugiados não nos são alheios, e todos podemos ajudar. Livro com introdução de António Guterres e prefácio de Marcelo Rebelo de Sousa.
Temáticas económicas e financeiras Congregação para a Doutrina da Fé Com este documento, a Congregação para a Doutrina da Fé, em colaboração com o Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, pretende oferecer algumas considerações de fundo sobre a elaboração de novas formas de economia e de finanças, cujas práticas e regras estejam voltadas para o progresso do bem comum e sejam respeitosas da dignidade humana.
Porque me orgulho de ser português Albino Forjaz de Sampaio
Guerra e Paz Editores Como se celebrava Portugal há quase um século? Que ideia se tinha de Pátria? A mesma de hoje? A Guerra & Paz foi desencantar esta obra em louvor de uma certa ideia de Pátria, da autoria de Albino Forjaz de Sampaio. Nela se cantam «belezas e primores» nacionais. Forjaz de Sampaio enumera os motivos pelos quais se orgulha de ser lusitano: a história do país, as glórias e os feitos portugueses, a terra, a língua, as mulheres, uma nação valente. O seu maior desejo é o de «criar esse orgulho pátrio que faz os povos fortes». Será este um livro nado e criado em pleno Estado Novo? Deixemos falar os factos. O livro antecede-o, a primeira edição é de 1926. O Secretariado de Propaganda Nacional promoveu a obra pelo seu conteúdo, é um facto, mas o que moveu o autor, confessa ele, «foi sim o coração e o espírito do autor que nunca deixou de sonhar cada vez mais alto com a ideia da sua Pátria». Numa perspectiva bem actual, este texto bem poderia servir às agências de turismo que tanto têm feito para dar a conhecer as maravilhas e os ícones de Portugal, que, cada vez mais, é visitado por milhões de estrangeiros vindos de todo o mundo. Esta é a prosa de alguém que acredita que «O patriotismo é um sentimento construtivo». O autor sonhou e, movido pelo amor, a obra nasceu.
Lucerna Neste livro, o padre Duarte da Cunha corresponde à necessidade de uma transmissão da fé católica e dos seus fundamentos que responda aos anseios mais profundos do coração humano e conduza ao mais significativo dos encontros: o encontro com Deus. Somos seres finitos em busca de um infinito. Vivemos no tempo e desejamos a eternidade. Para nos satisfazer, não nos basta uma qualquer coisa finita, por muito intensa que a experiência de a encontrar possa ser. Esta procura de Deus é como um grito que está dentro de nós. Como algo que nos inquieta e nos obriga a perguntar, a investigar e a seguir aqueles que de algum modo dão sinais de conhecerem o caminho. Jesus Cristo é a verdadeira resposta às exigências do coração do Homem. O nosso desejo não repousa no vazio. E Jesus não é só uma ideia ou um mito – é uma Pessoa divina que a certa altura da história Se fez carne. A fé cristã enraízase num acontecimento da história. Um acontecimento que introduz na história o eterno, que vence a morte e se torna presente em toda a história. Jesus permanece vivo e encontrável, depois de ter morrido na cruz e de ter ressuscitado, precisamente através do povo que é o seu corpo, ou seja, da Igreja.
Contos Tradicionais Portugueses AA. VV.
Guerra e Paz Editores Este livro reúne mais de 50 contos, escolhidos das obras de Adolfo Coelho, Ana de Castro Osório, Consiglieri Pedroso, José Leite de Vasconcelos e Teófilo Braga. Trata-se da resposta ao desafio de voltar à literatura popular e a contar de viva voz os mais belos contos pertencentes à tradição oral. São histórias conservadas e contadas pelo povo: a acção é simples predominando o elemento mágico sobrenatural, o sentimento, a jocosidade, o maravilhoso. Ah, sejamos claros, neles até os animais ganham vida e falam. Estas histórias revelam muito do país que somos, da cultura popular, dos nossos costumes e tradições. Leia-as agora e volte a contá-las, ao calor da lareira ou aos seus amigos nas redes sociais, e como se diz correntemente «crescente um ponto». Por entretenimento ou consolo, como refere Eça, adentremos neste maravilhoso bosque do imaginário da cultura tradicional portuguesa e retiremos daí uma ou outra lição. Ou… talvez possamos apenas ler, sorrir e retirar alguma beleza do tesouro que aqui se compila.
Piadas à Portuguesa: Secas, Molhadas, Inocentes e Indecentes Guerra e Paz Editores Não há ninguém a contar anedotas como os portugueses. É uma sina: rir-nos das nossas desgraças. Secas ou molhadas, inocentes ou indecentes, são o melhor remédio! Este livro é um convite a rir-se como se não houvesse amanhã, com anedotas, algumas calinadas e até umas dicas para o bom humor. Os temas, esses, vão das típicas anedotas do Joãozinho e companhia até às picantes e sobre relacionamentos, às do zé-povinho, de loiras, alentejanos, ingleses, franceses e espanhóis, às que mordem o governo, o desporto ou a justiça, às que metem freiras e padres e sem esquecer as “piadas secas” nem o lado mais negro do humor… Uma coisa é certa: “é nacional e é muito bom!”, como se diz na capa.
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Conselhos as Malcasadas Fernando Pessoa Antologia de Manuel S. Fonseca
A Trança
As Vantagens de Ser Invisível
Bertrand Editora Romance de estreia da francesa Laetitia Colombani, vencedor do Prix Relay des Voyageurs Lecteurs 2017, narra a história de três mulheres inspiradoras, com vidas tão diferentes e a viver em países distantes, mas unidas por um mesmo elo de coragem e esperança: a força de carácter e a vontade de lutar pela sua condição. Três histórias profundamente comoventes cujos destinos se cruzam de forma subtil, através da escrita elegante e, simultaneamente, incisiva da autora. Smita, uma indiana que vive uma existência miserável; Giulia, uma jovem italiana que se vê com o negócio de família em mãos após a morte do pai; e Sarah, uma advogada de sucesso canadiana que enfrenta um terrível cancro são as três protagonistas desde romance de leitura cativante. Um livro que é um hino à coragem das mulheres e uma ode à vontade de superação.
ASA | Leya Charlie tem 15 anos e ainda sonha com o primeiro beijo. Tímido, introvertido, não tem qualquer amigo. Acaba de entrar no décimo ano e já conta os dias que lhe faltam para acabar o secundário. Olha à sua volta e sabe que não pertence a nenhum grupo. É apenas um miúdo sensível, com uma inteligência superior à média, dividido entre viver a vida ou fugir dela. Na dúvida, prefere ser invisível, como uma flor no papel de parede, que está lá, mas em quem ninguém repara. Não se vai manter invisível durante muito tempo. Sente a pressão do primeiro encontro, da primeira namorada. Em seu redor há festas, sexo, drogas e um suicídio que o marca para sempre. Mas há também Sam, uma finalista por quem se apaixona perdidamente, e o meio-irmão dela, homossexual, que o vão guiar ao longo dos misteriosos anos da adolescência. Esta é uma obra de enorme ternura, por vezes cruel, e sempre de uma sinceridade desarmante. Foi premiada, mas também censurada e, por fim, adaptada ao cinema.
Laetitia Colombani
Guerra e Paz Editores Da sexualidade de Fernando Pessoa nada sabemos. Terá morrido virgem? Foi um perverso polimorfo? Impossível saber. Conhecemos, isso sim, os seus escritos, onde muitas vezes surge o sexo, o erotismo, o desejo. Esta é a antologia desses textos, de Fernando Pessoa e dos heterónimos Álvaro de Campos, Bernardo Soares, Barão de Teive, António Mora e Maria José. Pessoa jura que toda a volúpia vem do cérebro. Aconselha as mulheres a trair os maridos, mas só em pensamento, a carne seria coisa banal e plebeia. Mas este é também o mesmo Pessoa que se atira a Ophélia, beijando-a sôfrega e tropegamente, escrevendo-lhe cartas ridículas, como ele dizia que eram todas as cartas de amor. Pessoa é Maria José, a corcunda, que olha à janela o amado, a quem nunca falará. Neste livro, propõe-se uma visita “bela orgia literária” com o poeta e os seus heterónimos.
Caderno de Memórias de Difícil Acesso [CMDA]
Raquel Palermo e João Lacerda Matos Guerra e Paz Editores O Santiago tem 11 anos, gosta de jogar consola e não gosta assim tanto de ir às aulas. Mas é na escola que encontra os amigos – companheiros de muitas aventuras – e… a Alice, a miúda mais gira do universo! Este é o seu terceiro caderno, onde conta tudo aquilo que não quer que ninguém saiba, especialmente a irmã, a perfeitinha Mafalda! E o Manel, o irmão mais novo, também já está a aprender a ler. Ele que nem se atreva! As férias de Carnaval estão mesmo a chegar, e a avó prometeu levar toda a família a Paris. Será que o Santiago vai ver finalmente a Torre Eiffel, o Louvre, o Arco do Triunfo e… o Stade de France? Afinal, não é todos os dias que se tem a oportunidade de pisar a relva onde Portugal foi campeão europeu de futebol! Entretanto, a Mafalda anda mesmo estranha. Será que ela está doente ou, pior, apaixonada?!
Stephen Chbosky
Breve História da Europa – Da Grande Guerra aos Nossos Dias Raquel Varela
Bertrand Editora A guerra das guerras, as revoluções dos anos 30, o nazismo, a segunda guerra mundial, a revolução dos cravos, a imigração, o internacionalismo, a solidariedade, e muito mais. Estes são alguns dos temas abordados por Raquel Varela neste seu mais recente livro, um ensaio histórico sobre os principais acontecimentos que marcaram o continente entre 1917 e 2017, num olhar aguçado sobre as dinâmicas sociais de um século, levanta questões provocadoras e dá respostas sérias e rigorosas: terá sido o apocalipse da Segunda Guerra Mundial – o episódio mais brutal da história da Humanidade, com a perda de 80 milhões de pessoas – a resposta de uma classe suicidária à crise de 1929? E o século XX, que começou (ainda que não oficialmente) em 1917, terá terminado em 1989 com a queda do Muro de Berlim, ou em 2008, com o fim do pacto social europeu? A reconhecida historiadora Raquel Varela acredita que a história não se repete, mas que ensina… mesmo com os erros do passado.
Rimas
Francesco Petrarca Quetzal Editores Francesco Petrarca (13041374), humanista e filósofo, uma das referências fundamentais da literatura ocidental, considerado o Poeta dos Poetas e pai do soneto, dedica a maior parte dos poemas reunidos em “Rimas” ao amor e a Laura, uma «musa impossível». Uma obra notável, aqui editada com uma tradução fantástica de Vasco Graça Moura. É como poeta que Francesco Petrarca se distingue, sobretudo pelo seu Cancioneiro e pelos Triunfos, obras também traduzidas por Vasco Graça Moura – e especialmente pela arte do soneto, cuja estrutura aperfeiçoou de forma inovadora e definitiva, há mais de 700 anos, e que não deixou de inspirar outros poetas até hoje. Esta tradução venceu o Prémio Internacional Diego Valeri (2004) que, desde 1971, distingue traduções de obras de Petrarca. Vasco Graça Moura ressalvou a dificuldade em fazer Petrarca rimar em português, que apenas se sentiu preparado para o fazer depois de ter lido Camões e outros petrarquistas europeus.
Rui Cunha apresentou livro com “40 curiosidades” ilustradas por Luís Taklim É costume ouvir-se dizer que o Mosteiro da Batalha tem sempre algo novo a mostrar a quem o visita. O livro “O Mosteiro da Batalha explicado aos mais jovens – 40 curiosidades sobre o monumento” é a prova disso, caso alguém ainda duvidasse. Apresentado no passado dia 10 de Junho, no auditório do Mosteiro, trata-se de uma obra da autoria de Rui Cunha, um dos rostos da secção de cultura do Município da Batalha, com textos explicativos da história e da riqueza patrimonial deste momento, em linguagem de fácil apreensão para os mais novos, mas que agradará, com certeza, ao leitor de todas as idades. Numa excelente apresentação gráfica, é também de sublinhar a magnífica ilustração de Luís Taklim. Todas estas qualidades e, sobretudo, a oportunidade, correcção
LMFerraz
“O Mosteiro da Batalha explicado aos mais jovens”
científica e beleza do livro foram sublinhadas pelo director do Mosteiro, Joaquim Ruivo, considerando que “já fazia falta uma obra deste género, que poderá servir de exemplo para abordagem a outros temas culturais”. Também Paulo Santos, presidente da Câmara Municipal, frisou a “genero-
sidade” e a “coragem” de Rui Cunha com esta “oferta de conhecimento e celebração da memória que partilha com todos, um verdadeiro favor que faz ao Município”. Na apresentação da obra, o etnógrafo José Travaços Santos não poupou elogios ao trabalho de Rui
Cunha e aos que com ele colaboraram para “desmistificar lendas e documentar cientificamente a forma como surgiu e evoluiu o Mosteiro, bem como outras curiosidades que são saborosamente abordadas”. Perante o auditório apinhado, o autor explicou (na foto) que há muito sentia a falta de uma obra destinada ao público infantil e juvenil sobre este monumento, “um dos mais visitados do País, mas ainda nem tanto pelos portugueses”. Satisfeito pelo resultado, com nota especial para o ilustrador que abraçou o projecto, Rui Cunha agradeceu as colaborações e os apoios que recebeu, nomeadamente por parte da Caixa Agrícola da Batalha, que “permitiu a oferta de livros aos alunos do Concelho, o público-alvo preferencial deste trabalho”.
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do leitor
. Poesia .
A visão sobre a natureza
Poema à mãe
No abismo se podem encontrar As mais naturais belezas Por vezes distantes do olhar Ficam escondidas riquezas. Um lindo sorriso na visão, Ao encontrar maravilhas solitárias Escondidas sem razão De uma natureza diária. Procuro junto ao mar, No meio do segredo Algo que gosto de apreciar. E olhando analiso seu valor, Encontrando-me com o rochedo Puros exemplos da natureza com amor. José António Carreira Santos, 11-07-2017
No dia da mãe Estava a pensar, O que nesse dia Eu queria dar. Minha querida mãe, Chega ao pé de mim, Para te dar o amor Que tu me deste a mim. Minha querida mãe, Hoje é o teu dia, Quero ver-te feliz Com muita alegria. Nestas flores, Um orgulho meu E no amor Este filho teu. Minha mãe está no céu, Está no céu muito bem, Ela está a pedir a Deus Que me guarde a mim também. Minha mãe está no céu, Ao pé da Virgem Maria, Por tanto que sofreu, Um lugar no céu merecia. “Melita”
Ciumeira ou estrumeira... Doido que te arranco Esses olhos És meu e só meu A outra não te leva Ah, barranco Que ela não morra Masmorra / Padeça mil tormentos Micoses e pruridos És meu e nunca dela Ah, cabra vai-te embora Mil pragas te rogo Agora / Piolhos aos molhos Sarna para te coçares Eu sou a sua Eva Vai-te embora desgraçada Tens a vida traçada Muitos lamentos Hás-de ter / Morrer Mas ele, nunca será teu Somente meu Augusto Sesimbra
. obituário .
Festejos no ar... solidão a matar Há foguetes Nesta aldeia Com te vejo Revejo Neste rebate Quem me bate A solidão Neste perpétuo Dialogo sozinho Deus é meu vizinho As lágrimas secaram Como este rio Vazio Até quando Pelourinho Até quando Batalha Sentes que sou Poeta O poeta que não esquece Minha alma arrefece De esperar De quem vos ama De quem vos quer Mostrar Valor Qualidade de dor Excelência de poesia Prosa Escrita Erudita Popular Deste louco Que se desdobra Na dobra Na rejeição Deste povo Que me mata Na perdição De nunca ser aceite Como todo o poeta ...profeta Vaz Pessoa
Agradecimento
Agradecimento
Nair Carreira de Sousa Maria de Lurdes de Sousa Pereira
N. 13-10-1939 • F. 11-06-2018 Seus filhos, noras, genros, netos e restante família, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer de forma muito especial a todas as pessoas de suas relações e amizade que neste momento de dor e tristeza manifestaram o seu pesar. A todos, o nosso muito obrigado.
N. 03-11-1946 • F. 13-07-2018 Seu marido Pedro Sousa, filhos Cristina, Luís Pedro e Susana Sousa e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm desta forma agradecer todas as manifestações de carinho, nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que lhe ofereceram flores e a acompanharam até à última morada, esperando agora que descanse em paz.
.Opinião. Joaquim Monteiro
A pressa de viver
Tão rápidos para chegar onde? Com que objectivos? Viver o momento sem reflectir o bem ou o errado, as consequências podem ser devastadoras e irreversíveis. Hoje em dia, pensar antes de reflectir está fora de moda, é perda de tempo. O tempo passa rápido, é comum dizer-se! Será a nossa mente a avançar mais rápido do que o nosso subconsciente? É comum, quando se pára um bocadinho ou em conversa com alguém, valorizar mais o passado do que o próprio presente. Há momentos na vida que realmente nos levam a pensar se vale a pena esta correria toda. A morte de alguém, a doença de alguém, mas é só um ‘flash’, porque a nossa vida, o nosso ritmo infernal, tudo continua… é a nossa rotina. As sociedades de hoje querem o prazer rápido, a adrenalina no máximo, quem não acompanha fica para trás e é excluído. A taxa elevada de suicídios é um preço elevado que estamos a pagar? As doenças do nosso dia a dia, como cancro, a depressão, não serão consequências da nossa pressa de viver? O responder sem reflectir, porque será? Os pais falam muito do passado aos filhos, a intenção é levá-los a pensar, que se hoje o mundo (o presente) é um ‘Fórmula 1’, o passado teve de ser movido com carroças, com comboios a vapor, houve uma evolução, havia tempo para pensar. Os jovens não gostam de ouvir os pais a falar desta forma, pensam que sabem tudo, são donos da razão, um dia surge uma dificuldade… e agora? As palavras “história” e “antigamente” não fazem parte do vocabulário de hoje. Papá, mamã… ajudem! O que fazemos? Damos, compramos, mas mais tarde fazem o mesmo o erro e nós voltamos a dar e a comprar. Porque não ensinamos primeiro a pescar, em vez de dar o peixe sem esforço? Não temos coragem, não queremos que os nossos filhos passem as dificuldades que nós passámos. Mas isto resulta de não termos tempo para eles. Os horários de trabalho são longos, para eles terem tudo, o dinheiro tem de aparecer, os filhos não entendem, mais tarde dizem aos pais que pensámos em só em trabalhar e nos esquecemos deles. Que respostas? Reparemos nas palavras sábias do Papa Francisco: “Filhos, obedecei em tudo aos vossos pais, pois isso agrada ao Senhor. Pais, não irriteis vossos filhos, para que eles não percam o ânimo”. Os pais são chamados a educar seus filhos numa época em que se observa uma grande parcela de famílias que abrem mão desse processo educativo para as escolas ou igrejas. Nossos avós já diziam, com sabedoria, que educação começa em casa, ou ainda que se herda de berço. De acordo com o Papa Francisco, a família tem a característica essencial, portanto, “vocação natural de educar os filhos para que cresçam na responsabilidade de si e dos outros”. Continua o Papa: “O filho que é educado a escutar os pais e a obedecer aos pais, os quais não devem operar de maneira bruta, para não desanimar os filhos. Os filhos, de facto, devem crescer sem se desanimar, passo a passo. Se vocês pais dizem aos seus filhos: ‘Vamos subir nessa escada’ e pegam a mão deles e passo após passo os fazem subir, as coisas irão bem. Mas se vocês dizem: ‘Vá em frente!’ – ‘Mas não posso’ – ‘Vá!’, isso se chama irritar os filhos, pedir aos filhos as coisas que não são capazes de fazer. Por isso, a relação entre pais e filhos deve ser de uma sabedoria, de um equilíbrio tão grande. Filhos, obedeçam aos pais, isso agrada a Deus. E vocês pais, não irritem os filhos, pedindo-lhes coisas que não podem fazer. E isso é necessário ser feito para que os filhos cresçam na responsabilidade de si e dos outros”. Entre as dificuldades enfrentadas por muitos pais, Francisco recorda a falta de tempo. “É difícil educar para os pais que vêem os filhos somente à noite, quando voltam para casa cansados do trabalho”, reconhece. Por outro lado, em épocas de crise, o Santo Padre reconhece que são bem-aventurados aqueles que têm um emprego para sustentar seu lar. Agora a comparação: nós pais não tivemos curso nenhum para educar. Como pais, queremos sempre o melhor para os
nossos, mas nem sempre resulta.
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Obituário
Informamos que a publicação dos agradecimentos por ocasião de falecimento é gratuita para naturais e residentes na Golpilheira. Publicaremos apenas quando nos for pedido pelos familiares ou agências funerárias.
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. telefones úteis .
Número europeu de emergência Número de emergência para fogos florestais Bombeiros Voluntários da Batalha G.N.R. Batalha Junta de Freguesia Golpilheira Câmara Municipal Batalha Centro de Saúde da Batalha Centro Hospitalar N. S. C. - Brancas Hospital de Santo André Farmácia Padrão – Golpilheira Farmácia Padrão (Batalha) Farmácia Ferraz (Batalha) Escola Primária da Golpilheira Jardim-de-Infância da Golpilheira Agrupamento Escolas Batalha Segurança Social (Geral) Conservatória R. C. P. C. Batalha Finanças da Batalha Misericórdia da Batalha Correios (CTT) - Batalha Biblioteca Municipal Batalha Cinema/Auditório Municipal Museu Comunidade Concelhia Batalha Mosteiro de Santa Maria da Vitória Águas do Lena (Piquete: 939 080 820) Rodoviária – Agência Batalha Táxis da Batalha Centro Recreativo da Golpilheira Linha de Saúde Pública Linha de emergência Gás EDP - Avarias (24 horas)
112 117 244 768 500 244 769 120 244 767 018 244 769 110 244 769 920 244 769 430 244 817 000 244 767 856 244 765 449 244 765 124 244 766 744 244 767 178 244 769 290 808 266 266 244 764 120 244 765 167 244 766 366 244 769 101 244 769 871 244 769 870 244 769 878 244 765 497 244 764 080 244 765 505 244 765 410 244 768 568 808 211 311 808 200 157 800 506 506
. Tintol & Traçadinho . Eu sou contra gajos que usam casacos verdes. Vou fazer uma lei contra gajos que usem casacos verdes! Vou falar mal de todos os gajos que...
...mas tu usas casacos verdes!!!
E o que é que isso tem a ver?! Isto nem é verde, é esverdeado! Vou-me embora, estou farto da tua perseguição política!
Roblagem .fotodestaque. DR
São 110 anos de vida!
. ficha técnica Registo ICS . 120 146 / Depósito Legal . 104.295/96 Contribuinte . 501 101 829 Director . Luís Miguel Ferraz (CP 5023) Director-adjunto . Manuel Carreira Rito (TE-395) Composição . Paginação . Luís Miguel Ferraz Colaboradores . Ana Maria Henriques, António Ferraz (assinaturas), Carolina Carvalho (secretária), Cremilde Monteiro, Cristina Agostinho, Fernando Vaz Machado, Joaquim Santos, José António Santos, José Jordão Cruz, José Travaços Santos, Marco Ferraz (publicidade), Rafael Silva, Rui Gouveia. Propriedade/Editor . Centro Recreativo da Golpilheira (Instituição Utilidade Pública - D.R. 239/92 de 16/10) Presidente: Fernando Figueiredo Ferreira Sede do proprietário e da redacção . Estrada do Baçairo, 856 - 2440-234 Golpilheira . Tel. 965022333 / 910 280 820 Composição. Est. do Vale, 100 - 2440-232 Golpilheira Impressão . Empresa Diário do Minho, Lda . - Rua Santa Margarida, 4A - 4710-306 Braga - Tel. 253303170 . Tiragem desta edição . 1.000 exemplares Sítio: www.jornaldagolpilheira.pt Google+: www.google.com/+jornaldagolpilheira Facebook: www.facebook.com/jgolpilheira Twitter: www.twitter.com/jgolpilheira Email: geral@jornaldagolpilheira.pt Estatuto Editorial: jornaldagolpilheira.pt/about
O 110.º aniversário de Romana Sousa Marques decorreu no dia 22 de Julho, no Lar Emanuel, na Gândara dos Olivais, onde reside há cerca de duas décadas. Natural da Faniqueira, Batalha, será uma das pessoas mais idosas do País e não haverá muitas no mundo a atingir esta bonita idade, sobretudo com a boa saúde e imagem que ainda apresenta. Teve apenas um filho, que foi militar, já falecido. Sendo uma conhecida benemérita dos Bombeiros Voluntários da Batalha, “quer financiando a compra de viaturas, quer com a entrega de valores”, há alguns anos que a corporação se faz representar nos seus aniversários, nomeadamente com a fanfarra a animar a festa. “Temos um carinho muito especial pela D. Romana”, refere Jorge Novo, presidente da direcção dos Bombeiros da Batalha. Também o presidente da Câmara Municipal, Paulo Batista Santos, se juntou à comitiva que quis dar os parabéns a esta batalhense ilustre. |LMF
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Com alguma frequência, vou rever, para apalpar e cheirar as minhas fotografias antigas, que guardo religiosamente nos meus arquivos. Foi o que aconteceu há dias. Encontrei esta. Deverá ter há volta de 45 anos e foi tirada na Feira de Leiria. Três valorosos forcados do “Grupo Amador da Golpilheira” fizeram, em plena praça, esta brilhante pega de cernelha, imobilizando o toiro de imediato, para nunca mais se mexer. Estes valentes são todos da Golpilheira, vê lá se os reconheces. No final, depois da merecida volta à arena, foram brindados com bilhetes para o carrossel, carros de choque e uma visita ao “poço da morte”. Velhos tempos... | MCR
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divulgação
Padre João da Felícia, da Golpilheira, recebe Medalha de Ouro do Município
Batalha promete festa de arromba em Agosto De 10 a 15 de Agosto, o Município da Batalha volta a organizar as suas mais emblemáticas festas, que são referência de nível regional e até nacional. Com grandes concertos gratuitos em cartaz, também a gastronomia, o desporto, a mostra de actividades económicas, um parque de diversões e muitos outros motivos de animação terão lugar, sem esquecer as importantes comemorações do Feriado Municipal, no dia 14. Quanto à música, o programa é recheado de talentos nacionais e internacionais, começando, no dia 10, com Mia Rose, jovem cantora, compositora e actriz de nacionalidade portuguesa e inglesa. No dia seguinte, actuam os HMB, banda portuguesa de soul e funk, e, no dia 12, o palco é do também músico português Agir. Naturais de São Tomé e Príncipe e com carreira em França, mas agora radicados no nosso país, os irmãos Calema serão os convidados no dia 13. Muito portuguesa é a fadista Cuca Roseta, que mostrará a sua alma no dia 14. Por fim, vindo do Brasil, um dos nomes mais esperados é cantor e compositor de rap brasileiro “Gabriel PUB
O Pensador”, que fechará os festejos, no serão de quarta-feira, feriado nacional. Além do palco principal, haverá outros apontamentos de música popular para abrir as noites e também uma tenda electrónica que prolongará as madrugadas dos mais jovens ou resistentes.
Comemoração solene
Como habitual, o Dia do Município, 14 de Agosto, contará com comemorações oficiais, a iniciar com o hastear da bandeira, nos Paços do Concelho, às 10h00. Segue-se a inauguração do projecto “Reabilitação do Edifício do Dr. Genes para Universidade Sénior e Rede Europeia de Investigadores”. A sessão solene será às 11h00, nas Capelas Imperfeitas do Mosteiro, este ano tendo como pano de fundo a Cooperação Europeia e visando evocar a geminação com a cidade espanhola de Trujillo. Nesta sessão serão entregues alguns galardões a pessoas e instituições que se distinguiram pela sua actividade ou serviços prestados ao Concelho. Entre elas, receberá
a Medalha de Mérito Grau Ouro o padre João da Felícia, natural da Golpilheira e actualmente em missão no Brasil, pelos 50 anos de vida sacerdotal de exemplar dedicação, em especial para com os mais pobres e desfavorecidos. A manhã terminará na cerimónia evocativa da Batalha de Aljubarrota, na Capela do Fundador, com deposição de flores junto ao túmulo de D. João I e D. Filipa de Lencastre e a inauguração da exposição de objectos militares dos monarcas ali depositados. O almoço, como é tradição, será no recinto das festas, em mais um convívio com os emigrantes batalhenses espalhados pelo mundo.
Desporto
As Festas da Batalha terão também iniciativas desportivas, como torneios de futebol entre freguesias, e as habituais provas de atletismo, no dia 15 de Agosto, “Mestre de Avis” e “Batalha Jovem”, cujas receitas reverterão para os Bombeiros Voluntários da Batalha, juntando assim uma causa solidária ao evento.
Rosas do Lena promove a sua 33.ª Gala Internacional Folclore volta a encher a Batalha A 33.ª Gala Internacional de Folclore da Batalha, promovida pelo rancho Rosas do Lena, acontecerá no próximo sábado 4 de Agosto. Além do rancho anfitrião, actuarão grupos de Barcelinhos, Ourondo e Moreira da Maia, bem como os agrupamentos “San Francisco de Asis”, de Espanha, e “Hrinovcan”, da Eslováquia. Os participantes serão recebidos nos Paços do Concelho, pelo presidente da autarquia, às 18h30, seguindo depois para um jantar de convívio, na sede do Rosas do Lena. A gala terá início pelas 21h30, no Largo do Condestável, no centro da vila da Batalha.