JG_264 Novembro / Dezembro de 2020

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Preço: 2€ | Director: Luís Miguel Ferraz | Bimestral | Ano XXV | Edição 264 | Novembro / Dezembro de 2020

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História, simbolismo e tradição • 4-5

Quadra festiva • 3-7

Natal daqui à Noruega...

Presépio

Comunidade Cristã da Golpilheira • 8-11

Catequese do Natal de Jesus

Festas do Crisma e da Primeira Comunhão Município • 17

Batalha sem Delegado de Saúde e com utentes insatisfeitos Município • 19

Oferta nesta edição

calendário de 2021

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Orçamento para 2021 ronda os 20 milhões

LMFerraz

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Feliz Natal e Óptimo Ano Novo


Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2020

abertura

Luís Miguel Ferraz Director

José Travaços Santos Etnógrafo e investigador

Votos

1.º de Dezembro

No ano passado, por esta altura, começávamos a ouvir falar num certo vírus que grassava lá pela China e começava a causar mortos em cadeia. Era tudo tão longe, ainda... o Natal no mundo ocidental viveu-se na alegria de quem se habituou a dar como garantido um estilo de vida certo, livre e seguro. Certeza, liberdade e segurança são agora três conceitos vagos. De facto, mal sabíamos o que aí viria, quando, passados três meses do novo ano, o surto irrompeu com toda a violência pela Europa adentro e pelo mundo em geral. Ainda pensámos que era coisa para nos preocuparmos umas semanas, depois uns meses... até nos apercebermos de que o prazo vinha sem data marcada. Prestes a fechar este ano de má memória e sem saudades, nem as sombras de esperança de uma possível vacina nos dão grande optimismo e confiança... Assim, entraremos em 2021 com o chavão do “novo normal”, que mais não é do que uma anormalidade estranha. Andarmos mascarados, afastados uns dos outros e agarrados aos desinfectantes nunca poderá ser algo a que possamos chamar “normal”, seja “novo” ou “velho”. Portanto, não podemos deixar de desejar e trabalhar para que regresse a verdadeira normalidade. São os nossos votos para 2021! Costumamos dizer, como frase feita, que a saúde é o bem mais precioso. No entanto, passamos a vida a correr atrás de outros bens, até estragando a saúde. Agora, sim, estamos convencidos. Quem de nós não trocaria todas as prendas deste Natal por um bilhete mágico de imunidade? Ou por uma garantia de que, no fim de tudo, estará por cá a respirar saúde? São os nossos votos para um Santo Natal!

(À Memória do Historiador Professor Veríssimo Serrão) Clara e pura a manhã que quebra grilhetas, liberta e forja a esperança. Cumprida? Que manhãs se cumprem depois da primeira hora? Alvoreçam de sol, aqueçam, floresçam de promessas e alegria e deixem-nos sonhar entontecidos por um dia.

O Mosteiro da Batalha vai evocar Almada Negreiros e os Painéis de São Vicente José de Almada Negreiros é uma figura ímpar da Cultura Portuguesa. Pintor, vitralista, poeta, romancista, ensaísta, entre muitas outras coisas nas Letras e nas Artes. Nasceu em São Tomé e Príncipe em 1893 e faleceu em Lisboa em 1970. Depois de complicados estudos, em que se serviu da geometria como guia e instrumento de decifração, concluiu que os Painéis atribuídos ao pintor quatrocentista Nuno Gonçalves, hoje conhecidos como os Painéis de São Vicente por terem sido reencontrados no Convento de São Vicente de Fora, onde há muito estavam esquecidos, tinham tido como destino de origem a Capela do Fundador (ou Panteão de D. João I), no Mosteiro de Santa Maria da Vitória. Sobre esta suposição publicou o “Diário de Notícias”, de Maio a Agosto

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de 1960, um interessante trabalho do jornalista António Valdemar (natural da Ribeira Grande, Ilha de São Miguel, Açores, onde nasceu em 1933), que incluía uma entrevista a Almada Negreiros. O título genérico foi: “A Obra-Prima da Pintura Primitiva Portuguesa e o seu Destino de Origem na Capela do Fundador do Mosteiro de Santa Maria da Vitória”. Ora, lembrando a curiosa hipótese do pintor e poeta Almada Negreiros, na altura em que passam cinquenta anos da sua morte, o nosso Mosteiro, por iniciativa do seu director, Dr. Joaquim Pereira Ruivo, responsável já por inúmeras e originais iniciativas, vai organizar uma exposição com réplicas dos painéis colocadas na parede, à direita de quem entra na Capela, sítio indicado por Almada Negreiros e com a disposição que ele propunha. Suponho que na altura em que os leitores receberem o jornal a exposição já lá esteja, embora temendo que a actual e assustadora pandemia possa provocar algumas alterações. Deus queira que não. É uma boa altura para ali levar os nossos jovens a conhecer aquilo que muitas vezes lhes é negado ou que lhes fazem chegar por caminhos sinuosos: a nossa História e a nossa Cultura. A imagem (acima) da disposição dos Painéis (e de outras obras de Arte) transcrevi-a daqueles números do “Diário de Notícias” de 1960. Publiquei-a já no n.º 6 dos “Cadernos da Vila Heróica (“Magno”, 2001).

Quadro de Honra Tem sido verdadeiramente sobre-humano o trabalho dos médicos, dos enfermeiros e do pessoal auxiliar na luta contra a epidemia, mais uma, mas esta tanto mais inesperada quanto o avanço

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. cadernomensal .

.editorial.

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da ciência no nosso tempo, que assola e amedronta o mundo. Todos aqueles cuidadores da nossa saúde merecem quadro de honra e a nossa gratidão e o nosso respeito. Pela mesma razão e por outras, torno extensivo este quadro aos bombeiros e às forças policiais, em que não posso deixar de incluir os guardas prisionais. Trabalhando também em condições extremamente difíceis e extremamente perigosas, cumprem, com verdadeiro heroísmo e com exemplar profissionalismo, as tarefas que lhes são cometidas. Bem hajam!

O Novo Banco Não chegam até nós, homens do povo, explicações que nos esclareçam e nos convençam sobre as benesses do Estado ao Novo Banco. Precisamos que nos elucidem, explicando, “tim-tim” por “tim-tim”, o que se passa. Em Democracia, é um dever do regime prestar contas claras e tempestivas sobres as suas decisões, muito particularmente quando elas, como neste caso, vão aos bolsos, já afectados por outras idênticas, dos contribuintes.

Bombeiros Voluntários Misericórdia da Batalha

Assembleia

A Assembleia Geral da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Batalha reúnue-se no dia 19 de Dezembro, pelas 20h30 (21h00), no Quartel, com esta Ordem de Trabalhos: - Ponto Primeiro: Apresentação e votação do Orçamento para 2021; - Ponto Segundo: Apresentação e votação do Plano de Actividades para 2021; Os documentos poderão ser consultados na página de Internet www.bv-batalha.pt.

Duas Assembleias

Duas Assembleias Gerais da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Batalha, irão decorrer no salão da Irmandade, no dia 22 de Dezembro. A primeira, às 19h30 (20h00): 1. Aprovação do Orçamento e Plano de Atividades para 2021; 2. Aprovação de empréstimo; 3. Tomada de conhecimento da candidatura ao programa PARES 3.0; 4. Aprovação do Regulamento Eleitoral; 5. Aprovação de estatuto remuneratório de membro(s) de gestão; A segunda, às 20h30 (21h00), para: - Eleição dos Órgãos para 2021–2024.


Natal • 3

Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2020

Iluminações de Natal na Batalha Num passeio nocturno pela vila da Batalha, o Jornal da Golpilheira partilha com os de perto e os de longe algumas das imagens da iluminação natalícia deste ano. Será um

Natal mais triste, fruto da pandemia que atravessamos. Menos gente andará pelas nossas ruas. Menos cor e movimento veremos numa quadra em que o típico seriam as famílias es-

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tarem mais juntas, o comércio registar mais movimento, a festa marcar ritmos em cada esquina. Apesar de tudo, ainda que mais distanciados, não deixemos de oferecer o encontro,

ainda que sob a máscara, não deixemos de partilhar sorrisos, ainda que com maiores cuidados, não deixemos de viver. Que estas imagens sirvam, pelo menos, para nos recor-

dar que haverá Natal e não morrerá a esperança em dias melhores… Texto e fotos: Luís Miguel Ferraz

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Votos de Santo Natal e um novo ano com sucesso para todos! Elisabete Cruz TOC Escritório de Contabilidade • CELULA B • BATALHA Tel. 244 766 718 • info.ec.consulting@gmail.com

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Festas Felizes!


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Natal

História, simbolismo e tradição

Nas catacumbas

Há hoje provas de que as representações pictóricas (sobretudo pinturas) de cenas da vida de Cristo começaram logo nas origens do Cristianismo. Algumas delas, as mais antigas que se conhecem, encontraram-se nas catacumbas de Priscila, em Roma, espaços subterrâneos

Catacumbas de Priscila

onde os primeiros cristãos se reuniam e celebravam a sua fé, escondidos dos perseguidores romanos. É aí precisamente que se vêem, desde logo, representações de Maria, Mãe de Jesus, uma delas ostentando uma auréola e com o menino nos braços, tendo junto a si um profeta (talvez Isaías). Uma das interpretações dada a esta pintura é, por isso, a profecia de Isaías sobre o futuro Messias (cerca de sete séculos antes): “O Senhor nos dará um sinal: a virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e o chamará Emanuel” (Is 7, 13-14). É em espaços desse género que começam a encontrar-se pinturas dessa cena do nascimento do menino Jesus, como é o caso das catacumbas da Basílica de São Sebastião de Roma, do século IV, numa cena em que até já figuram o boi e o burro. Há até testemunhos de que os cristãos primitivos fariam celebrações com a representação do nascimento de Jesus. Na própria gruta em que se deu o acontecimento, em Belém (Palestina), fez-se uma réplica do presépio em barro, mais tarde substituída por outra em prata, segundo relata São Jerónimo, que viveu na região também no século IV. Nesse sítio foi construída, depois, a actual Basílica da Natividade, onde se acredita terem sido feitas representações do Natal, desde o século V. Certo é que, nas primeiras igrejas do Cristianismo já “legalizado” pelo imperador Constantino, depois do ano 313, aparecem imagens desse momento em frescos, grafitos e relevos.

No entanto, seria outra a origem da massificação do presépio que hoje conhecemos…

Greccio: o primeiro presépio

Viajamos cerca de um milénio na história, até à noite de 24 de Dezembro de 1223, em Greccio, na Itália. O frade Francisco, natural de Assis – esse mesmo, São Francisco de Assis, que fundou a Ordem Franciscana e que motivou a escolha do nome ao nosso Papa actual – lembrou-se de representar a cena do nascimento de Cristo, de modo a explicar mais claramente e de modo visual aos fiéis o mistério do nascimento do Salvador. Assim, montou a cena numa gruta próxima da capela da aldeia, embora sem imagens e com uma manjedoura sem o menino, mas já com a presença real de um burro e um boi. Depois da Missa, leu o Evangelho e fez um sermão sobre o nascimento de Jesus em circunstâncias tão humildes como aquelas: uma fria noite de Inverno, no interior de uma gruta que servia de curral para

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Chega Dezembro e começa a azáfama dos enfeites, iluminações, decorações mais ou menos relacionadas com a grande festa do mês (para alguns, a grande festa do ano), o Natal. De entre todas, a decoração mais apropriada é o presépio: a representação do nascimento de Jesus. O termo vem do latim “praesaepe”, que significa estrebaria ou curral. De facto, é a humildade do local em que nasce a primeira lição daquele Menino: a importância da simplicidade, do despojamento, da libertação face às riquezas do mundo. A presença do Menino Jesus no estábulo demonstra a grandeza de Deus representada na total fragilidade de uma criança humana. Embora a cena possa ser retratada em desenho, pintura, estátua e tudo o mais que a imaginação ditar, quando falamos de presépio, pensamos, mais concretamente, na instalação cénica deste quadro, com as imagens mais ou menos animadas das respectivas personagens e outros adereços, por vezes até com figuras humanas e animais a representar os diversos papéis nesse cenário. É isso que vemos por todo o mundo, em muitos lares cristãos, nas igrejas, e até em locais de comércio, empresas ou praças públicas, por altura do Natal (às vezes, mais de um mês antes, mas por motivos menos religiosos e mais comerciais). Mas, afinal, quem teve a ideia de o fazer pela primeira vez? Como se tornou num costume a nível mundial? Há regras a cumprir, ou características obrigatórias? O que significam as figuras que nele se colocam? Vamos à história (e à teologia).

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Presépio: catequese do Nascimento de Jesus os animais, os únicos que lhe davam algum conforto com o seu calor. Baseou-se, ainda, na leitura de Isaías: “O boi reconhece o seu dono, e o jumento conhece a manjedoura do seu proprietário, mas Israel nada sabe, o meu povo nada compreende” (Is 1, 3). Embora esta tenha sido mais uma representação litúrgica do que a construção de um presépio tal como o entendemos hoje, a verdade é que, depois desta primeira experiência, começou a popularizar-se a partir desta região a instalação de presépios durante o Natal, já com figuras de terracota, cera ou madeira.

Difusão pela Europa e pelo mundo

A partir do século XIV, já era tradição por toda a Itália a montagem de presépios pelo Natal e, aos poucos, foi passando para o resto da Europa, primeiro levada pelos padres que passavam frequentemente por Roma e, depois, difundida pela população. Um grande contributo foi dado pelos franciscanos, que difundiram a prática por Espanha e, já no século XV, com forte incremento na cidade italiana de Nápoles, onde se faz o primeiro presépio de barro. Os antigos presépios napolitanos e espanhóis dessa época caracterizavam-se pelas várias cenas bíblicas e personagens acrescentadas, com diversa simbologia, fazendo deles autênticas lições de catequese. O objectivo era o de transmitir

Fresco representando São Francisco e cenas do presépio

a mensagem da redenção a partir da representação do nascimento de Jesus. Pelos séculos XVI a XVIII, muito graças à partilha da coroa pelos reinos de Espanha e Nápoles, foi largamente difundida esta tradição por toda a Península Ibérica, bem como pelas colónias que as nações pioneiras dos Descobrimentos detinham na América, África e Ásia. Foi, precisamente, um missionário espanhol, o padre José de Anchieta, que apresentou a cena do presépio pela primeira vez aos índios e colonos portugueses no Brasil, logo em 1552. Em Portugal, os primeiros documentos que testemunham a montagem de presépios, sobretudo por instituições religiosas, remonta também ao século XVI. A sua generalização dá-se no século seguinte, com forte desenvolvimento no período Barroco, em que grandes barristas, como Machado de Castro e António Ferreira, executam alguns dos mais ricos e belos exemplares hoje preservados. No século XIX, o presépio começou a ser objecto da arte popular, caindo em desuso a criação destes presépios monumentais.

Manter a tradição

No fundo, o presépio português, tradicionalmente feito em barro, adquiriu características próprias, com traços fortes da nacionalidade, sobretudo pela inclusão de cenas do quotidiano rural, com o retrato fiel das personagens e dos costumes populares.


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As figuras do presépio

Todo o universo, de certo modo, está representada no presépio. As figuras imprescindíveis, como é óbvio, são Jesus, Maria e José. Sem eles, não é um presépio. Mas também o burro e o boi (e as ovelhas), o anjo e a estrela que anunciam o nascimento e os pastores e os Reis Magos que adoram o Menino (e Lhe oferecem ouro, incenso e mirra). Vejamos, mais em pormenor, algumas leituras que podem fazer-se destas diversas figuras.

Menino Jesus

É o protagonista e o centro da História e, em particular, do Natal. É o Filho de Deus que Se faz homem, para dar sua vida pela humanidade: “Sendo Ele de condição divina, não Se prevaleceu da sua igualdade com Deus, mas aniquilou-Se a Si mesmo, assumindo a condição de servo e tornando-Se semelhante aos homens” (Filipenses 2, 6-7).

Maria

É a Mãe de Jesus, a escolhida para ser a mãe do Salvador. É aquela que disse “sim” à vontade de Deus, e por ela a humanidade recebeu o Salvador.

São José

É o pai adoptivo de Jesus, o homem que o assumiu como filho, que lhe deu um nome, um lar, que ensinou a Jesus uma profissão: a de carpinteiro. São José deu ao Menino Jesus a experiência de ser filho de um pai terreno.

O anjo

Representa o céu que celebra o nascimento de Jesus. É o mensageiro de Deus, comunicador da Boa Notícia. O anjo do presépio, normalmente, segura uma faixa com a frase: “Gloria in excelsis Deo”, que significa: Glória a Deus nas alturas.

Pastores

Depois de Maria e José, os pastores foram os primeiros a saberem do nascimento do Salvador. Simbolizam todos os homens que O querem conhecer, O aceitam e O adoram. Os pastores também simbolizam os simples, a humildade, pois naquele tempo a profissão de pastor era uma das menos reconhecidas.

Os animais

Representam toda a criação e, em especial, a natureza ao serviço do homem e de Deus. No nascimento de Jesus, forneceram calor ao estábulo e simbolizam a simplicidade do local onde Jesus quis nascer.

Estrela

A estrela simboliza a luz de Deus que guia ao encontro do Salvador e orienta os Reis Magos onde estava Jesus. É a indicação do caminho que se deve percorrer para encontrar o Messias.

Reis Magos

Os Reis Magos têm tido várias interpretações ao longo da história. Começando pelo número, três, podem representar a Trindade que em Jesus

Ouro, incenso e mirra

São os presentes que os Magos oferecem ao Menino. O ouro significa a realeza de Jesus, pois era um presente dado aos reis. O incenso significa a divindade de Jesus, pois era um presente dado aos sacerdotes, que o queimavam no templo, cujo fumo simboliza as orações que sobem ao céu. A mirra é uma resina da árvore com o mesmo nome, usada para fins medicinais e curativos, bem como para aplicar como preservante no corpo dos defuntos embalsamados; então, é um presente profético (Jesus é o último dos profetas), significando o sofrimento, a morte e a eternidade de Jesus: Ele vai sofrer, mas ressuscitará e o seu reinado será eterno.

se torna presente no mundo. Podem também significar a universalidade, o mundo inteiro chamado pela estrela ao encontro de Jesus (daí que um seja branco, outro moreno e outro de pele escura), ou as três idades do homem (juventude, maturidade e velhice). Segundo São Mateus (2, 1-12), Belchior, Gaspar e Baltazar eram homens da ciência; conheciam astronomia, medicina e matemática. Eles representam, então, ainda, a ciência que vai até o Salvador e o reconhece como Deus. Segundo São João Paulo II, “a verdadeira ciência nos leva à fé”, pois nos revela a grandeza da criação.

Mais de 5600 figuras

O maior presépio de Portugal É em Vila Real de Santo António, no Algarve, que se encontra aquele que se considera o maior presépio de Portugal (e, com certeza, um dos maiores do mundo, que, nisto dos recordes, os portugueses são especialistas). Há 18 anos que se faz, sempre a crescer um bocadinho, e nem a pandemia travou a vontade e o empenho dos promotores. Foram meses de preparação e os últimos 40 dias de trabalho intenso, sobretudo das quatro pessoas que dão corpo à ideia. O resultado são 230 metros quadrados de área expositiva, onde se colocaram 20 toneladas de areia, 4 de pó de pedra e 3 de cortiça, quatro lagos e muita água corrente, bem como centenas de adereços, iluminações e… 5600 figuras, entre as quais mais de 80 peças animadas e motorizadas. Claro que não é só o acontecimento do Natal que se representa, mas vários episódios bíblicos, bem como paisagens das terras distantes da Palestina e das terras próximas algarvias. A visitar, caso o vírus venha a permitir viagens, até dia 6 de Janeiro.

(Quase) tudo o resto

Tudo o mais que se queira acrescentar é bem-vindo, desde que enriqueça a “catequese” e a representatividade dos que querem estar próximos daquele Menino. Talvez faça muito sentido, por exemplo, uma imagem da própria família lá de casa, ou um então um espelho onde cada um possa “ver-se” inserido no cenário. Uma profissão, uma cena da vida do dia-a-dia, um rancho ou filarmónica são tudo representações da nossa vida, que queremos colocar em ligação com aquela mensagem de paz e amor. Ovelhas, patos, camelos, cães e gatos… sim. Até a árvore de Natal, que muitas vezes lhe serve de companhia. Tudo isso representa a natureza, a vida, a expressão da harmonia do universo criado por Deus. Se quisermos uma regra: não deve entrar o que esteja em contradição com a cena central, algo que represente impureza ou maldade. Todos sabemos que Herodes nunca conseguiu chegar perto do presépio… portanto, não queiramos lá o ladrão ou o assassino (a não ser que esteja de joelhos, arrependido). Por outro lado, não fazem sentido fadas e duendes, unicórnios ou figuras lendárias (tipo: o pai-natal). Só mesmo as criaturas que possamos encontrar pelo caminho e gente de verdade, com vida. Porque aquele é o Menino que, mais tarde, dirá: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida!” (Jo 14, 6). LMF

Pela Golpilheira... Também as casas e outros espaços da nossa freguesia vão mantendo a tradição do presépio, por norma, no seu interior. Hoje em dia, as redes sociais permitem a partilha da intimidade e, se isso nem sempre é positivo, neste caso gera uma salutar “competição” de presépios, reveladores do engenho e do carinho que cada família coloca na empreitada. Por motivos óbvios, não divulgamos o interior do lar de ninguém, mas usamos uma das imagens de exterior partilhada por um golpilheirense. Quanto a outras fotos, incluindo as dos presépios das nossas igrejas, poderá espreitar no menu de fotografias do Jornal da Golpilheira, em www.jornaldagolpilheira.pt.

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Montar um presépio em casa continua a ser uma tradição mantida na maioria das famílias católicas. É um gesto que ajuda a preparar a celebração do nascimento de Jesus, lembrado em cada Natal. Deve ser montado no 1.º domingo do Advento e desmontado no dia 6 de Janeiro, data em que a Igreja celebra a Epifania do Senhor: a sua revelação/manifestação ao mundo como Messias, Salvador, especialmente representada no episódio da visita/adoração dos Magos. E, afinal, há mais regras? Que figuras incluir ou deixar de fora?...

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Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2020

Natal

A magia do Natal na Noruega Quando Novembro bate à porta, começa a contagem decrescente para o Natal. A magia do Natal paira em cada esquina! Assim, começa o frio a bater-nos à porta, os dias começam a escurecer mais rapidamente e começa a sentir-se o cheiro a Natal.

O cheiro da magia do Natal

Stavenger ilumina-se

Fotos da autora

Mas afinal qual é o cheiro a Natal? Por aqui, dizemos que o cheiro a Natal é o cheiro de uma mandarina acabada de descascar, é o cheiro que sai da lenha queimada, é o vento gelado e “cortante” que se sente no rosto. É a época de tirar o pó aos skis, é sem sombra de dúvida a felicidade que as pessoas transmitem através de um sorriso… Ao longo do mês de Novembro, começamos a sentir os preparativos para aquele que se avizinha ser o mês mágico. O mês de Dezembro. Nas últimas semanas de Novembro, a Noruega começa a sofrer esta transformação, chamada de magia do Natal.

O porquê da magia do Natal

De norte ao sul do país, começa a sentir-se uma corrente de felicidade, de alegria, de partilha, de boa disposição, de comunidade, entre outras coisas. Podemos dizer que esta época não passa indiferente até ao mais carrancudo norueguês. A magia do Natal chega a todos de diferentes formas. Imaginem que já vi pais exaustos depois de um dia de trabalho a rirem à frente de uma vitrine de leites com os filhos. E sabem porquê? Porque, aqui, tudo é tocado por este feitiço que é o Natal. Os pacotes de leite adaptam-se nesta altura do ano com imagens alusivas às renas, a pais-natais mimosos e

Prateleiras de supermercado “cheiram” a Natal

As ruas, as casas, os edifícios, todos eles são decorados ao pormenor, com imensas luzes que tornam os dias escuros e tristes em dias claros e mágicos. Começa-se a intensificar o cheiro a Natal. Hum… Mas como é possível intensificar um cheiro já anteriormente conhecido? Começamos a sentir no ar o cheiro a “pepperkaker” a sair pelas chaminés da cozinha, começamos a ouvir na estacão de rádio mais conhecida, “P7 Klem”, apenas músicas de Natal. Se tivermos sorte, caem os primeiros flocos de neve, pelo menos nesta zona de Stavanger. A comunidade junta-se toda no primeiro fim-de-semana de Dezembro na praça central para acender o pinheiro de Natal. Neste momento, sente-se um espírito de comunidade fortíssimo, cantamos para aqueles que já partiram e dançamos e festejamos por aqueles que ainda cá estão. Aqui começa a magia do Natal. Até aqui, tudo foi uma mera preparação; agora, está

aventureiros, uns aparecem sentados em foguetões, outros aparecem com um tablet na mão a monitorizar os elfos na fábrica dos brinquedos. Os pinheiros de Natal também aparecem animados, carregados de neve a fazerem desenhos engraçados. São pacotes de leite que nos “agarram” e fazem despertar em nós um “feeling” positivo que nos transporta para memórias de outra hora, onde éramos crianças e acreditávamos que o pai-natal nos vinha bater à porta. Nesta altura do ano, a maior parte das empresas adapta as suas embalagens com ilustrações criativas; temos desde pacotes de farinha, manteigas, queijos, embalagens de patês… imaginem-se a entrar num supermercado e em cada prateleira são capazes de encontrar os produtos habituais agora decorados para a época. A magia do Natal acontece ali, no supermercado, onde assistimos a uma pessoa a trautear músicas de Natal só por ter agarrado um pacote de farinha. Chegamos a Dezembro e os dias já são mais escuros, mas nem por isso se sente Comércio de rua essa escuridão.

oficialmente aberta a época de Natal, os mercadinhos tradicionais abrem, e mais uma vez volta-se a intensificar o cheiro do Natal com o glogg (bebida feita à base de vinho quente, gengibre, cascas de laranja, canela e muitos mais ingredientes secretos), com as amêndoas torradas em açúcar e a venda dos enchidos de alce, baleia e veado. E assim vamos contanto os dias até ao Natal, envoltos nesta magia diária, onde o acordar é uma excitação para saber o que está no calendário e ver qual foi a partida que o “Rampenisse” aprontou durante a noite.

O “Rampenisse”

O “Rampenisse” é um boneco que apronta partidas todas as noites até à noite de Natal. Ele é nesta altura motivo de muitas gargalhadas e de conversa nas horas de pausa. Ouve-se, constantemente: «Olha lá, o que é que o teu “Rampenisse” aprontou esta noite?». Poderia ficar aqui a escreve sobre a magia do Natal durante horas a fio, no entanto, aconselho a quem nunca viveu um Natal mágico que viaje até cá e que experiencie esta aventura. Aqui, o mundo à nossa volta transforma-se e somos atingidos por esta magia que nos leva a sermos crianças e a acreditar que o mundo é feito de princesas e príncipes. Sara Henriques (emigrante na Noruega com raízes na Golpilheira)

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Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2020

Pensamento&Vivência

É Natal

O Natal aproxima-se a passos largos e está quase a chegar. Mas só é Natal, porque nasceu um Menino, há dois mil anos. E esse menino era diferente de todos os outros meninos. Nasceu numas palhinhas, por não haver lugar para Ele na hospedaria, mas Ele era o Filho de Deus. Deus quis que Ele fosse homem como nós, para nos colocar em igualdade, para permitir a nossa salvação através Dele. Só e por isso é que há Natal. Tenho a certeza de que esse Menino não quer o Natal tão cheio de luzes, luzinhas e tantas decorações, como nós o festejamos, e com um consumismo desenfreado, que por vezes é em demasia

e até acabamos por estragar, com tanta abundância. Quer, antes, um Natal em que haja mais paz, mais compreensão, mais amor e mais dignidade entre nós e pela pessoa humana. Quer um Natal de simplicidade, em que caminhemos como os pastores caminharam em direcção à “Sua” gruta, com mais sentido de partilha e mais amor ao nosso próximo. Peçamos a Deus que, através desta pandemia que grassa em Portugal e no mundo inteiro, Ele abra os nossos corações ao amor ao nosso próximo. Bendigamos ao Senhor nosso Deus e louvemo-Lo com hinos de glória. Feliz Natal para todos! Dr. Eusébio

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Catequese da Golpilheira promove campanha de Natal O grupo do 8.º ano do Centro de Catequese da Golpilheira, paróquia da Batalha, está a propor à Comunidade uma campanha de Natal muito concreta, com nomes e rostos (e tamanhos) definidos: são as crianças, adolescentes e jovens acolhidas na Casa S. Miguel, Centro de Acção Social do Santuário de Fátima. Além de roupas, calçado e produtos de higiene pessoal, a campanha lança a proposta de “apadrinhamento” destas meninas, adquirindo para elas uma prenda neste Natal. Além das crianças e adolescentes da catequese, todos os interessados poderão juntar-se, contactando alguma das catequistas ou catequizandos, podendo também fazer a entrega na igreja ou na Junta de Freguesia da Golpilheira, até ao dia 20 de Dezembro.


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eclesial

Comunidade Cristã da Golpilheira em festa

Isabel Costa

Adolescentes do 10.º ano celebraram o Crisma

Devido às contingências geradas pela pandemia, o número de pessoas que puderam estar presentes na celebração foi reduzido. Apesar disso, no final, o sentimento geral entre os adolescentes era de alegria pelo momento vivido.

O grupo de 24 adolescentes do centro de catequese da Comunidade Cristã da Golpilheira fez o Crisma, na tarde do passado dia 8 de Novembro, no Mosteiro da Batalha. A presidir à celebração esteve o bispo emérito de Beja, D. António Vitalino Dantas, em substituição do bispo diocesano, cardeal D. António Marto, que não pôde assumir a presidência por estar hospitalizado. Com o grupo da Golpilheira celebraram também o Crisma 15 adolescentes da paróquia do Reguengo do Fetal. Devido às contingências provocadas pelas medidas de controlo da pandemia, a acompanhar os adolescentes neste culminar da caminhada catequética apenas puderam estar os pais e os respectivos padrinhos, mas nem por isso a celebração deixou de ser cheia de significado, também devido ao empenho e contributo de todos os adolescentes, que participaram activamente na celebração.

Apesar das circunstâncias, no final, o sentimento geral entre os adolescentes era de alegria por confirmarem a sua fé [ver página seguinte]. “Senti-me feliz e concretizada por ter as pessoas que

“Hoje, começou uma nova fase na minha vida com a Confirmação da minha fé cristã. Durante a celebração, estive ansiosa, emocionada, mas sobretudo feliz por ter assumido este compromisso”, assumiu

acompanharam o grupo ao longo dos dois últimos anos da sua caminhada, a celebração, já por si importante, teve um simbolismo mais especial. “Esta afirmação de fé ganhou um significado mais

Parte do grupo, numa das sessões de catequese, antes das limitações provocadas pela pandemia

mais amo ao meu lado, neste dia tão especial e ao longo de todo o caminho que fiz para encontrar a minha fé”, expressou Inês Frazão, do grupo de catequese da Golpilheira ao JG.

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Aurora Gomes, que encara este momento como um marco para um “novo capítulo da vida”. Para os catequistas Andreia Lagoa e Diogo Alves, que

intenso, neste tempo em que nos vemos privados da comunhão que desejamos e de ser Igreja em plenitude”, consideraram os dois catequistas da Golpilheira, no final da PUB

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celebração, cheios de orgulho pelo entusiasmo e energia do grupo que acompanharam. “O compromisso que hoje eles firmaram só foi possível devido aos muitos contributos que receberam: em primeiro lugar da família, que é a primeira escola de fé, e, depois, de todos os catequistas que os acompanharam ao longo dos 10 anos de catequese. Todos eles, embora ausentes, estiveram presentes nesta celebração”, lembraram. O bispo diocesano, cardeal D. António Marto, que não pôde estar presente por, na altura, estar hospitalizado, foi lembrado pelos crismados, num agradecimento emocionado, que foi lido por uma adolescente da Golpilheira, no final da celebração, mensagem à qual o bispo de Leiria-Fátima já respondeu com igual emoção [ver página seguinte]. Com a mensagem, foi também um cabaz com produtos alimentares da região, contributo dos pais dos crismados. O grupo de 24 catequizandos do centro de catequese da Comunidade Cristã da Golpilheira incluía adolescentes provenientes não só da Golpilheira, mas também de vários lugares da paróquia, que foram integrando o grupo ao longo do percurso catequético. “Foi muito enriquecedor poder acompanhar estes adolescentes nestes dois anos, sobretudo pela coesão, alegria e amizade a que assistimos, que foram cultivando em cada sessão”, disseram os catequistas Andreia e Diogo. O grupo de 24 adolescentes concluiu o 10.º ano durante o ano pastoral anterior, mas, devido às restrições geradas pela pandemia, apenas pôde fazer a Confirmação no passado mês.

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Felicidade e gratidão, no culminar da caminhada de catequese

“Foi um dia de muita emoção e que nunca esquecerei! Com esta situação que todos vivemos, obviamente que a mistura de sentimentos ainda foi maior, principalmente por não poderem estar presentes todos aqueles que eu gostava. Apesar disso, a felicidade e também o nervosismo foram imensos, não só por estar a entrar numa nova fase da minha vida cristã, mas também por estar a dar a minha confirmação para algo que me acompanhará ao longo de toda a vida. Poder fazê-lo deixou-me muito feliz.”

“Desde o início da catequese que esperava por este dia do Crisma, um sacramento que nos dá maior responsabilidade. Naquele momento, estava muito nervosa e feliz, pois sabia que, a partir daquele momento, era eu que decidia como iria continuar o meu caminho com Deus. O dia de hoje fez-nos perceber que, neste percurso, Deus esteve sempre lá connosco, em cada catequese, em cada trabalho, em cada oração, esteve lá sempre connosco, numa evolução de que nem sempre nos demos conta.”

Carina Almeida

Mariana Nazário

“Este dia do Crisma foi o culminar de uma das grandes etapas da minha vida, que me fez crescer como pessoa e para as pessoas. Inseri-me por completo na vida em Deus e sinto que Deus está na minha vida. Foi um grande passo de fé! Encontrei em Deus as forças que todos precisamos para seguir uma vida alegre, fazendo iluminar o meu percurso cada vez mais e a vida dos que me rodeiam!”

“Na celebração, senti um misto de emoções… Estava feliz por ter concluído esta etapa tão importante na minha vida e que me fez sentir ainda mais próxima de Deus, mas triste por estes 10 anos de catequese terem passado a correr e não poder voltar a ter mais sessões de catequese, onde aprendi e evolui como pessoa. O tempo passa rápido! Estou bastante grata.”

Joana Nogueira

André Tavares

“Após dez anos de catequese, este último foi o ano em que me surgiram mais dúvidas. Com o tempo, fui percebendo e os meus catequistas também me mostraram o lado bom de ser cristã. No final da celebração de hoje, senti-me realizada por ter cumprido uma etapa da minha vida cristã e de também finalmente poder ser madrinha, que era algo que eu já queria ser há algum tempo.” Beatriz Pinto

Adolescentes enviam mensagem emocionada ao Bispo diocesano, que não pôde estar presente Querido D. António Marto, Quando o senhor veio para a nossa Diocese não tinham passado mais de dois anos do nosso nascimento. Somos, por isso, das primeiras gerações de “amiguitos e amiguitas” a quem o senhor tão carinhosamente envia uma mensagem particular, em cada homilia, em cada celebração, em cada encontro. Este seu gesto simples, de ir ao encontro dos mais pequenos, fez-nos crescer com a certeza de que somos importantes e que também fazemos parte desta Igreja que, com o exemplo de Jesus, quer fazer do mundo um lugar cada vez mais fraterno. É esta missão de amor que hoje confirmamos, com a ajuda do Espírito Santo. Disse Jesus, segundo o Evangelho de São Mateus: “Quem se tornar humilde como este menino será o maior no reino dos céus”. Meninos que fomos, agradecemos hoje ao nosso amigo Bispo a humildade do seu exemplo, a coragem do seu governo e a alegria das suas palavras, que foram alimento para o nosso caminho de fé. Num gesto de gratidão, queremos oferecer-lhe este cesto com o que de bom se faz nas nossas comunidades. Contudo, a melhor oferta vai em cada um de nós, “amiguitos e amiguitas” do D. António Marto, que crescemos à luz de um pastor que, nos gestos simples, nos ensinou a simplicidade do amor de Deus. Obrigados, amigo Bispo. Aos jovens crismados na Batalha no passado dia 8 agradeço do coração a mensagem tão amiga e comovente que me enviaram. Não vos esqueço na oração. Um abraço para todos vocês do vosso amigo bispo.

Com a mensagem, adolescentes enviaram ao Bispo diocesano um cabaz com produtos alimentares regionais, numa oferta que contou com os pais dos crismados PUB

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O grupo à saída da Missa

LMF

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10.º ano rumo às JMJ

Catequese da Golpilheira

“Sim Cristo” O grupo do 10.º ano da Comunidade Cristã da Golpilheira que está a preparar-se para participar nas Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), em 2023, apresentou mais um passo desse percurso na Missa da festa da Imaculada Conceição, dia 8 de Dezembro. Este grupo integrou já no ano passado a proposta nacional de formação “Say Yes” (diz sim) e adoptou um nome a condizer: “Sim Cristo”. Nesta celebração, mostraram a todos o logótipo das JMJ e a cruz personalizada que prepararam, receberam o ícone mariano que

Uma foto que marcará este ano

A alegria da Primeira Comunhão

os acompanhará e rezaram uma oração de louvor e compromisso para com Nossa Senhora a serem portadores da mensagem do seu Filho Jesus pelo mundo. Assim seja! LMF

Os meninos da Comunidade Cristã da Golpilheira que frequentaram, no ano passado, o 3.º ano da catequese fizeram a sua Primeira Comunhão no passado dia 25 de Outubro. As condições não são, actualmente, as melhores, graças a esta pandemia que nos limita os movimentos e a expressão da vida em sociedade, mas foi bem evidente que se viveu com igual alegria esta celebração tão marcante da vida cristã de qualquer criança. Talvez até mais intensamente, pois todos desejamos aproveitar o melhor possível as raras ocasiões de festa e, com tantos cuidados necessários, tudo é preparado

e vivido com especial atenção e olhos postos no que é verdadeiramente importante. Eram 17 crianças, duas delas baptizadas nesse dia, pelo que a igreja estava cheia, tendo em conta as actuais limitações, ocupando cada família um banco disponível, com outro de intervalo entre eles. Por detrás das máscaras, deu para perceber que eles cantaram, participaram com entusiasmo nos vários momentos da celebração e, no momento da Comunhão, receberam Jesus com emoção e alegria. As fotos não vão ficar tão bonitas como eles desejariam, mas o importante é o que PUB

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não se vê, o coração de cada um, onde Jesus agora habita ainda mais plenamente, pois já podem alimentar-se d’Ele na Eucaristia. Aproveitando esta celebração, fizeram também a Festa da Palavra, pelo que, para além do Corpo de Cristo, levaram também para a vida o Livro onde Ele continua a falar-nos e a orientar-nos no caminho. Parabéns a eles, bem como aos pais, catequistas e párocos que os têm acompanhado. Esperamos que continuem a caminhada rumo à felicidade que só Cristo pode dar plenamente... LMF

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local

Ainda há quem vá mantendo

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DR

Soubemos, por casualidade, que o Manuel Rito tinha aceitado o compromisso para uma pequena reportagem sobre o tema das vindimas, a convite do nosso conterrâneo Joaquim Monteiro. Um convite também para o almoço de confraternização, o que, nesta fase que atravessamos, também sabe bem, muito embora cumprindo com as regras que a situação impõe. Cumprimos esse compromisso. Segundo Joaquim Monteiro, esta será a sua última

colheita, pois a idade vai avançando e condiciona a actividade a nível físico (a mobilidade já não é o que era) para poder tratar da vinha como sempre, com amor e carinho. Ainda há pela Golpilheira quem vá mantendo esta tradição das pequenas produções familiares, mas a tendência é que vão sendo cada vez menos, pois os mais velhos deixam de ter capacidade e os mais novos não continuam esses trabalhos do campo. Adelino Rito

Encontro de gerações

Joaquim Monteiro diz que é a última...

LMF

Vindimas na nossa terra

Momento de homenagem

Manuel Rito “presente”

Centro Recreativo aprova contas A Assembleia Geral do Centro Recreativo da Golpilheira reuniu-se, no passado dia 24 de Outubro, para aprovação das contas de 2019, em sessão que deveria ter ocorrido em Março, mas ficou adiada desde o início da pandemia. Com 12 sócios presentes, as contas e o relatório da direcção foram aprovados por unanimidade. Como não poderia deixar de ser, o principal assunto acabou por ser o sócio Manuel Carreira Rito, recentemente falecido. Desempenhava actualmente as funções de secretário da Mesa, mas era considerado por todos como um dos pilares desta associação, praticamente desde a sua fundação. A sessão iniciou com um minuto de silêncio e a leitura de um poema em sua memória (ver ao lado).

No período final da reunião, foram partilhadas algumas ideias quando a uma homenagem que a colectividade deseja promover, com grande participação da população local, pelo que só depois de haver condições para tal se poderá definir uma data e programa. Outras iniciativas foram debatidas em relação às distinções que se consideram merecidas pela sua vida de dedicação à causa pública, em áreas tão diversas como a cultura, o desporto, a política e a sociedade em geral. O CRG não fez ainda qualquer contacto nesse sentido, dadas as actuais limitações causadas pela pandemia, mas tem intenção de promover essa acção durante o próximo ano, nomeadamente, junto das autarquias locais. LMF

Há vida na morte Uma rosa, uma oração. A paz no meu silêncio. Minha profunda gratidão. Um adeus, uma ida sem volta. A permanência da ausência. O estar longe dos olhos, mas tão dentro de mim. Uma vida, na morte. Uma partida, um choque. Lágrimas que se vão… solidão. Imagens que se dão, memórias… amplidão. Saudades que fica. Relembra vidas, libera emoção. Silêncio! Há vida na morte. Vagueia, toca e chega, beija e se vai. Agradeço por tua existência, mesmo que da morte te espreita, tu em mim, tens grande certeza, não morrerás jamais. Gil Buena

Lembrando a acção de Manuel Rito

Comissão recorda pedido de homenagem a professoras Uma comissão de ex-alunos da Escola do Primeiro Ciclo da Golpilheira – Escola do Paço – vem recordar um pedido feito em Agosto de 2018 à Junta de Freguesia da Golpilheira para homenagear, através da toponímica local, duas antigas professoras desta escola nas décadas de 50 a 70 do século passado: Maria Luísa Guiomar, de Ponte de Sor, e Maria Cândida dos Santos Martinho, de Viseu. Na altura, redigiu-se uma longa exposição, de que um dos signatários era o saudoso

Manuel Carreira Rito, que recentemente nos deixou. Recordar este assunto é, também, uma forma de o homenagear a ele e à dedicação que tinha pelas causas da nossa terra. Lembramos alguns excertos desse texto: «Uma sociedade que se revê nos seus melhores e sente o exemplo que todos deveríamos seguir, tem também o dever de mostrar através de certas iniciativas esse reconhecimento. Diríamos até que são poucas as iniciativas

deste género, passando um atestado de indiferença ou de desvalorização dos exemplos de vida importantes. A construção de uma consciência colectiva passa também por registar para os vindouros quem somos, o que fizemos e quais os que se destacaram». «Foram Professoras que vieram de outra zonas do país, mas que se integraram e passaram a ser reconhecidas como “nossas” e também por isso, o sentido desta proposta. O facto porém de não serem naturais desta povoação, não

deve inibir de reconhecemos o valor que a ela acrescentaram, bem pelo contrário, devemos reconhece-lo. Estas Professoras foram muito para alem daquilo que era o seu contrato e obrigações profissionais. Destacaram-se positivamente do grupo, empenharam-se, deram de si em nosso favor». «As razões são do caracter do mérito, do peso que tiveram na nossa vida comunitária, da excelência, do exemplo e isso desejaríamos que fosse registado em pedra, em me-

mória, em tributo, um tributo. Pelo exposto, os concidadãos abaixo assinados, tendo como base o sentimento de uma significativa parte da população, vêm propor os nomes das respectivas professoras para que lhes sejam atribuídos os nomes de duas ruas da povoação da Golpilheira». Assinavam José Jordão da Cruz, José António Frazão de Matos, Manuel Carreira de Almeida Rito e Luís Fernando Lopes da Cruz.


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Solidariedade em tempos de pandemia

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Pois é… neste ano tão atípico com esta pandemia que o tem caracterizado, é tanta a diferença nos habituais procedimentos e actividades, em ensinamentos e atitudes também, e até nas motivações. Existem outras ou mais necessidades, infelizmente, mas estamos cá, na melhor forma possível, a nossa Comunidade da Golpilheira continua a marcar presença. Assim, no dia 5 de Dezembro, com a colaboração dos Escuteiros da Batalha, recolhemos os produtos por todos doados na nossa paróquia da Batalha. Juntamente com a do Reguengo do Fetal, deu um total de cerca de 700 quilos de bens alimentares. Na foto, o momento da recolha na igreja e salas de catequese da Golpilheira, que de seguida se foram levar ao armazém do PUB

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Banco alimentar tão diferente... tão especial

(Artigos sobre a Golpilheira em jornais do passado)

A Golpilheira em foco

Carregamento na Golpilheira

BA de Leiria-Fátima. Embora num momento tão mais difícil, senti as pessoas igualmente envolvidas e preocupadas com o sucesso desta causa. A todos agradecemos o gesto de caridade e doação para com os mais necessitados, acreditando que continuaremos a caminhar nestes valores de partilha

que Deus e seu Filho Jesus nos convidam a praticar, seja no que for: dar de comer a quem tem fome, amar o próximo e deixar o mundo um pouco melhor. Que não deixemos de acreditar! Bem-hajam e, dentro do possível, Feliz Natal para todos! Isabel Costa

Em prosseguimento da sua actividade em prol da expansão do associativismo, como base do progresso comunitário, a equipa de Desenvolvimento Comunitário de Leiria tem estado a trabalhar na Golpilheira, populosa aldeia da freguesia da Batalha, aí promovendo a remodelação da Associação Recreativa que se enriqueceu com novas secções. A equipa deve merecer o melhor acolhimento e a mais leal e desinteressada colaboração por parte das populações, porque são elas as únicas beneficiadas com a sua acção. Não se espere, porém, que dela advirão bens imediatos e de ordem meramente pessoal, pois os resultados, na maior parte dos caos, surgirão a longo prazo e respeitarão, principalmente, à comunidade. A ermida do Senhor dos Aflitos A Ermida do Senhor dos Aflitos, da Golpilheira, foi construída há 5 séculos. Possuidora duma bela arquitectura interior, de que sobressai o arco renascentista da sua capela-mor, tem estado

injustamente abandonada ao ponto de, há anos, se ter pensado na sua demolição. Opôs-se, na altura, a esse autêntico crime de lesa património artístico e histórico nacional, que se viria juntar à série de atentados idênticos, impunemente perpetrados e a que urge pôr enérgico termo, o antigo Prior da Batalha, rev. P.e Manuel Gonçalves. Mas salva, então, das mãos dos vândalos, não mais se pensou num restauro cuidadoso que lhe substituísse as inadequadas telhas «marselhas» que a cobrem, retirasse o esqueleto do candeeiro que lhe suja a frontaria e a libertasse da terra e casas que a tolhem a sul e leste. Preservar os monumentos do Passado, além duma prova de respeito pelo trabalho dos nossos antepassados, constitui inteligente protecção de documentos de valor histórico ou artístico e, o que não é hoje para desprezar, de atracções turísticas de indiscutível utilidade para a economia do País. J. T. S. [José Travassos Santos] Em O Mensageiro de 14-11-1968

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ambiente

Valorlis integra campanha

Tal como noticiámos na última edição, está em curso uma das maiores campanhas de sempre sobre a reciclagem e a protecção ambiental, financiada por fundos europeus, que inclui meios audiovisuais diversos e uma forte presença na comunicação social e na internet. O objectivo é “levar o cidadão à acção e a fazer parte de um movimento colectivo, através da adopção de comportamentos ambientais adequados na sua gestão diária e ao assumir o seu papel de gestor de recursos, numa cadeia de valor da qual fazem parte a EGF e as suas concessionárias”. Uma dessas concessionárias é a Valorlis, entidade que trata os resíduos sólidos urbanos e os recicláveis de grande parte dos municípios da região de Leiria. Entre outras, irá promover as seguintes acções: - Programa Ecovalor – Concurso “Separa e Ganha no Amarelo e Azul” desafia as escolas e instituições de solidariedade social a promoverem a recolha de resíduos domésticos recicláveis, nomeadamente embalagens de plástico e metal e/ou papel/cartão que serão posteriormente enviadas para reciclagem. Pretende-se promover uma alteração de comportamentos de separação de resíduos junto das famílias, escolas e instituições, procurando ser um serviço mais dedicado a estes locais, onde são produzidos muitos recicláveis. Às instituições serão oferecidos materiais informativos e acções de sensibilização online sobre o tema. - Recycle Bingo – De modo a incentivar a ida ao ecoponto, este é uma aplicação móvel que promete deixar cada vez mais famílias portuguesas empenhadas em reciclar. A APP funciona como um jogo que torna a experiência da reciclagem muito mais divertida e compensadora, pois permite obter “moedas” que podem ser trocadas por prémios, como bilhetes de cinema, vales de desconto, etc. - Ecoporta – Em parceira com a Sociedade Ponto Verde, uma equipa de monitores irá percorrer as habitações de algumas localidades seleccionadas, para um serviço gratuito de recolha de resíduos recicláveis porta a porta, com distribuição de sacos para separação e realização de um questionário sobre os hábitos de reciclagem.

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“O Futuro do Planeta não é Reciclável”

Aves da Batalha e 30por1linha em acção

Protecção do carvalho-cerquinho O grupo Aves da Batalha e a 30por1linha - Associação Sociocultural e Ambiental (Médio Tejo) estão a dar a conhecer quase duas dezenas de carvalhos-cerquinhos de grande porte identificados nos concelhos da Batalha e de Tomar. Este trabalho de inventariação decorreu entre 2019 e 2020 e os seus principais resultados podem encontrados no artigo “Carvalhos-cerquinhos de grande porte dos concelhos da Batalha e de Tomar como embaixadores dos bosques de Quercus faginea Lam. (cercais) na zona centro de Portugal”, publicado no volume IV da revista Lucanus – Revista de Ambiente e Sociedade. Esta revista já se encontra disponível em formato digital (lucanus. cm-lousada.pt/volume-iv) e

Semana Europeia da Prevenção de Resíduos

Valorlis apela ao consumo sustentável A Valorlis associou-se, mais uma vez, à Semana Europeia da Prevenção da Produção de Resíduos, que decorreu de 21 a 29 de Novembro em toda a Europa. Esta iniciativa pretende sensibilizar para as questões que se prendem com a produção de resíduos, o seu correcto encaminhamento e os comportamentos que devem ser tidos em conta de forma a reduzir e até mesmo evitar a sua produção. Em 2020, esta iniciativa pretendeu chamar a atenção

para resíduos que causam grande impacto no nosso planeta, relacionados com hábitos de consumo insustentáveis. Nesse contexto, entre diversas iniciativas em parceria com os municípios, a Valorlis dinamizou oficinas on line com a Refood Leiria sobre desperdício alimentar, consumo consciente, compostagem doméstica e prevenção na produção de resíduos. O objectivo foi alertar para a elevada quantidade de resíduos produzidos enquanto con-

sumidores e fornecer dicas práticas para combater o desperdício. Não só nesta semana, mas sempre, é importante cada um dos cidadãos tomar consciência de que o lixo e outras agressões ao ambiente são um dos maiores problemas para o presente e o futuro da vida no planeta. Procurar informação e agir em conformidade é uma obrigação de todos nós e há muitos sítios onde essa informação está disponível, como é o caso de: valorlis.pt.

em breve será difundida por todos os municípios do país. Este trabalho reúne informação de dezoito árvores de grande porte, 12 localizadas na Batalha (alguns deles nas fotos acima) e 6 em Tomar. Todas elas têm em comum o facto de possuírem um perímetro de tronco à altura do peito superior a 2,5 metros, critério que pode ser usado para o pedido de classificação de arvore de interesse público. De todos, destaque-se o carvalho do “Padre Zé”, não só por apresentar o maior perímetro de tronco, que o pode tornar no maior carvalho-cerquinho existente em Portugal, mas também pela história de sobrevivência associada a um padre ambientalista que viveu no período da 2.ª Guerra Mundial. A identificação e protecção destes carvalhos-cerquinhos singulares é um passo fundamental para a preservação destes habitats e de toda fauna e flora a eles associada. Daí que outro objectivo deste trabalho tenha sido o de se iniciarem processos de protecção legal e conservação efectiva de alguns dos exemplares identificados. Até ao momento foram efectuados três pedidos de classificação como arvoredo de interesse público, tendo sido já obtida a classificação de um dos carvalhos deste inventário. Outrora mais abundantes, os cercais que ainda restam nestes dois concelhos são o que resta do expoente máximo da floresta autóctone desta região. E para protegê-los é,

igualmente importante, dar a conhecer e envolver as comunidades locais que convivem e sempre conviveram com eles. Pois, para além da sua importância ecológica têm também um valor social e cultural associado, que os torna testemunhos transgeracionais e verdadeiros “contadores” de histórias e de alterações da paisagem. Este trabalho contou também com o apoio fundamental de dois investigadores, um do projecto “Gigantes Verde” de Lousada e outro do CIBIO – Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto. Por fim, o Aves da Batalha e a 30por1linha pretendem no futuro continuar com o trabalho aqui apresentado, de forma a aumentar a lista de carvalhos de grande porte da Batalha e de Tomar. Este inventário, puramente baseado em ciência cidadã, tenciona também servir de inspiração para outros cidadãos e entidades, de maneira a replicar este trabalho noutras regiões do país. É também vontade destas duas organizações continuar a trabalhar na sensibilização da comunidade, das autarquias e do Estado central para a protecção destes embaixadores do carvalho-cerquinho em Portugal. Contudo, há que salientar que este é um trabalho paciente e duradouro, e que deve ser encarado como transversal ao longo das gerações. Aves da Batalha e 30por1linha


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Batalha apoia famílias carenciadas

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A autarquia estima um investimento de cerca de 29 mil euros nestas medidas, justificadas pela “protecção da população, de modo especial dos grupos populacionais mais vulneráveis, crianças, idosos e pessoas portadoras de patologias crónicas, mais susceptíveis no contexto da actual situação pandémica”. Num Natal que será diferente para todos, “vamos celebrar a solidariedade que nos une neste momento tão exigente e levar algum conformo àqueles que mais precisam”, comenta o presidente. A distribuição destas ajudas começa a partir de 11 de Dezembro e prolonga-se até à primeira semana de Janeiro. Ângela Susano/LMF

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Por ocasião das celebrações de Natal, o Município da Batalha está a distribuir 30 toneladas de lenha e botijas de gás, de forma a melhorar as condições de aquecimento das habitações a mais de seis dezenas de famílias carenciadas, sinalizadas pelas juntas de freguesia, instituições particulares de solidariedade social e serviços sociais da Câmara. Estão ainda previstas acções de informação à população sobre os riscos das vagas de frio, em colaboração com a Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil e as Unidades de Saúde, nomeadamente junto dos idosos, crianças e pessoas com dificuldades. Em parceria com a Loja Social da Batalha, vai ser também entregue um cabaz solidário da Natal às cerca de 250 famílias inscritas e no âmbito do Fundo de Emergência Social. Tendo em conta a previsível vaga de frio e condições climatéricas adversas, a Câmara vai ainda realizar a pintura em troços de estradas com nevoeiros frequentes e a proceder à limpeza das estradas, minimizando os riscos de falta de visibilidade.

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Lenha, gás e cabaz

Plano municipal de segurança rodoviária

Acção em “pontos negros” A Câmara Municipal da Batalha elaborou o plano “Batalha – Concelho de Segurança Rodoviária”, cujo objectivo é o de identificar e intervir nos pontos do Concelho onde são registados mais acidentes (os chamados “pontos negros”) e solicitar a condutores e peões uma mudança de comportamentos. O autarca Paulo Batista dos Santos refere que,

desde 2016, tem havido “acções concretas sobre os locais onde há mais acidentes”, planeando-se para os próximos tempos concretizar medidas “de acalmia da velocidade e melhoramento da sinalização rodoviária nos pontos identificados”. A sinalização é das que mais destaque recebe por quem utiliza as estradas, devido a toda a sua utilidade no que toca

à regulação do trânsito e também porque ajuda os utentes a compreender melhor a via, o que faz que com se circule com maior segurança. Este plano irá actuar, mais concretamente, na sinalização e semaforização, sendo dividido em fases, prevendo-se que na primeira seja feito um investimento de 50 mil euros. Miguel Santos


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sociedade

Inauguração em tempos de pandemia

Distribuição Gratuita de Máscaras

Foi criado um Centro de Apoio e de Distribuição Gratuita de Máscaras na Batalha. Encontra-se instalada uma tenda para o efeito no novo Parque de Santa Maria da Vitória, recentemente inaugurado. A iniciativa surge no âmbito da evolução da situação epidemiológica da Covid-19 e face à aprovação pela Assembleia da República de obrigatoriedade do uso de máscara. O projecto de lei determina a utilização obrigatória de máscaras “para o acesso ou permanência nos espaços e vias públicas”. A lei é aplicada em todo o território nacional, sendo que apenas tem de ser cumprida por maiores de 10 anos de idade. O não cumprimento desta norma constitui uma contra-ordenação que pode ser sancionada com coima entre os 100 e os 500 euros. De acordo com o Município, este novo espaço poderá igualmente acolher a realização de testes de pesquisa à Covid-19 e a vacinação, quando disponível, e servir de retaguarda a acções de rastreio e de solidariedade social para as pessoas que precisem de apoio alimentar. Recorde-se que o concelho da Batalha foi abrangido, até ao dia 12 de Novembro, pelas medidas restritivas do novo estado de emergência, pelo que saiu deste grupo de maior risco ainda antes do primeiro fim-de-semana em que tais medidas se aplicaram. Ângela Susano

Está inaugurado o novo espaço público para eventos na vila da Batalha, baptizado como “Parque de Santa Maria da Vitória”. A edição de 2020 dos designados “Concertos da Justiça”, iniciativa conjunta do Município, do Tribunal Judicial da Comarca de Leiria e da Orquestra Clássica do Centro, foi o evento escolhido para assinalar o facto, no dia 25 de Outubro. Sem muita gente, dados os tempos de pandemia. O novo parque resulta da regeneração urbana do antigo campo de futebol desactivado, investimento a rondar os 1,2 milhões de euros, estando preparado para receber eventos culturais com muito público, bem como para usufruto da população como zona de passeio ou prática desportiva livre, tendo sido instaladas tabelas móveis para

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Tenda de serviços na vila “Parque de Santa Maria da Vitória”

Eventos, lazer e desporto...

o basquete. Como notas de embelezamento, existem alguns pontos de projecção de água e luz, bancos e outras estruturas de apoio, além de árvores e pinos de protecção ao acesso automóvel. Uma instalação

com a leitura (em inglês) “eu amo a Batalha”, a exemplo do que se vê em muitos locais pelo mundo, tem feito as delícias de que gosta de fotografar (e ser fotografado).

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Município minimiza deficiências do serviço

Assembleia Municipal aprova moção

Uma das consequências desta pandemia foi a degradação dos serviços de saúde “regulares”, talvez um pouco por todo o País, e com expressão evidente no Concelho da Batalha. Com a extinção há anos da Extensão de Saúde da Golpilheira e o encerramento sem reabertura prevista da Extensão do Reguengo do Fetal, há alguns meses, o Centro de Saúde da Batalha já apresentava grandes dificuldades para um atendimento eficaz. Com a nova situação, sem capacidade para receber as pessoas no seu interior, limitação de consultas, menos clínicos no local e grande parte dos utentes apenas com serviço telefónico, as queixas têm sido uma constante. Para tentar minimizar o problema, sobretudo a quem tem de esperar a rua a sua consulta, a Câmara Municipal instalou em frente à porta duas

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Tenda para “espera” dos utentes junto ao Centro de Saúde

Batalha continua sem Delegado de Saúde

Solução temporária

tendas equipadas com sistema de gestão de filas, no final de Outubro. Segundo a Autarquia, “está igualmente a avaliar-se o reforço de linhas telefónica e condições de atendimento à distância, reforçando a capacidade de resposta no atendimento telefónico e digital aos utentes”. Sem ser ainda uma solução para o problema, será

uma ajuda para quem precisa de cuidados médicos. Outras medidas, nomeadamente, algumas melhorias nos edifícios, têm sido anunciadas no âmbito da recente aceitação por parte do Município de novas competências na área da saúde, no pacote da descentralização. A construção de um edifício de raiz para Centro de Saúde é, aliás, uma das promessas.

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A Assembleia Municipal da Batalha aprovou por unanimidade, na sessão de 26 de Novembro, uma moção “pela resolução imediata da situação gravíssima da falta de Delegado de Saúde”, solicitando ao ministério da Saúde a rápida reposição deste serviço, por baixa médica há mais de dois meses do actual titular do cargo. No seguimento de idêntica posição tomada pelo executivo desde há algumas semanas, esta moção aponta a actual situação da Saúde Pública no Município da Batalha como “dramática”, enfatizando que “a ausência da Autoridade de Saúde Local torna mais difícil uma resposta eficaz no combate à pandemia, diminui o acompanhamento da população e dificulta a implementação de medidas de mitigação do risco de contágio da doença”. O documento foi enviado à Administração Regional de Saúde do Centro, aos Grupos Parlamentares da Assembleia da República, à Ministra da Saúde e ao Presidente da República. Acusando o Estado de “inadmissível negação no cumprimento da sua obrigação constitucional, de garantir a todos os portugueses iguais condições no acesso aos cuidados de saúde públicos, nomeadamente ao nível da coordenação e apoio nesta crise pandémica”, os deputados municipais manifestam “toda a solidariedade” com as “legítimas preocupações e graves problemas da população”, deixando à Câmara Municipal a missão de conduzir o “processo de exigência junto da Administração Regional de Saúde do Centro de uma rápida substituição do Delegado de Saúde da Batalha”.

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Economia e ambiente recebem maior fatia

A Câmara e a Assembleia Municipal da Batalha aprovaram o orçamento e as grandes opções do plano para 2021, num total de 19,7 milhões de euros, montante que configura um aumento de 10% em relação ao ano anterior e projecta investimentos de 60 milhões de euros para os próximos 5 anos. O foco serão “políticas públicas que vão ao encontro da necessidade de alavancar a economia local em resposta aos reflexos negativos provocados pela pandemia ao longo dos últimos sete meses, mantendo, de igual modo, o apoio aos mais desfavorecidos”, aponta Paulo Batista Santos, presidente da Câmara Municipal. Embora considerando ter uma “visão realista” e reconhecendo as condições adversas actuais, o executivo promete “lançar novas medidas de apoio ao sector empresarial, onde se destaca o regulamento municipal de relançamento da economia e do investimento, com uma dotação inicial 500 mil euros”, que visa ser “uma resposta de emergência para as actividades de comércio a retalho e hotelaria, através da concessão de apoios, de carácter extraordinário e não reembolsáveis, podendo atingir uma comparticipação até ao valor de 85% das despesas elegíveis, tendo em vista a manutenção dos

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Orçamento municipal ronda os 20 milhões de euros

postos de trabalho e o apoio à normalização da actividade das empresas sediadas no concelho da Batalha”. Uma das grandes apostas da edilidade será na “componente ambiental”, com a aplicação de cerca de seis milhões de euros em áreas como a promoção da mobilidade a pé e de bicicleta, a ampliação e melhoria das redes de águas e saneamento ou a reabilitação das margens do rio Lena, “projectos essenciais para o futuro e que não podem ser adiados, mesmo que não tenham grande visibilidade e possam gerar alguns transtornos à população. Também as áreas do desporto e da educação têm verbas avultadas, sobretudo pela construção do pavilhão desportivo de São Mamede (1,5 milhões de euros) e de uma nova creche municipal, mantendo-se os programas de apoio à natalidade e à educação, como é o financiamento

dos cadernos escolares. Segundo o presidente, “as funções sociais representam 69,9% e as funções económicas 21,9% do plano e orçamento”. A Câmara anuncia, ainda, um plano estratégico “Batalha 2030”, documento que “definirá as grandes linhas de orientação para uma visão de futuro para o concelho, tendo em conta, sobretudo, o novo quadro comunitário de apoio 2021-2027”, acrescentou o autarca. No campo da despesa, a corrente representa cerca de 60,5% do total, sendo que a maior fatia diz respeito a aquisição de bens e serviços (48,5%), enquanto a despesa com o pessoal representa 41,6%. “Essa situação deve-se, sobretudo, às prestações de serviço na área da recolha e tratamento de resíduos, sistema de tratamento em alta das águas residuais (saneamento) e programas de apoio social (fundo de emergência social,

cartão familiar e programas de apoio à aquisição de medicamentos), e ainda ao reforço das medidas de apoio às famílias e medidas de auxílio escolar”. A nota da autarquia realça, ainda, que “a totalidade da despesa corrente é coberta pelas receitas correntes, o que se traduz num rácio de poupança corrente de 500 mil euros, valor orientado para a despesa de investimento”. Já o envidamento municipal “mantém-se em níveis mínimos, abaixo do valor de 2,5 milhões de euros, o que se traduz num indicador muito positivo de solvabilidade do Município”, ficando bastante abaixo do limite legal de 16,1 milhões permitido ao Concelho. Segundo Paulo Batista Santos, “este documento mantém os princípios de gestão que vimos seguindo nos últimos anos, de transparência, rigor e cumprimento dos compromissos assumidos com os cidadãos, consolidando a estabilidade financeira e a capacitação organizacional da Câmara e crescendo ao nível do investimento em projectos, obras, eventos e acções nas mais diversas áreas de actuação municipal”.

Meio milhão em obras para as freguesias

Com vista à celebração de protocolos de colaboração com as 4 juntas de freguesia do

Executivo assinala três anos de mandato

Apoios a instituições e associações locais dos Combatentes; entrega de antigas escolas reabilitadas para fins culturais ao grupo de teatro Alguidar – Associação de Desenvolvimento Cultural e ao grupo “Espírito Claro” – Associação Cultural de Música Folk e Divulgação da Música Popular Portuguesa, ambos em São Mamede. “O desafio da governação local é cada vez mais exigente, mas seguramente é hoje uma missão de um colectivo que lidero com enorme honra e dedicação em defesa de valores

e objectivos que preconizámos para o concelho da Batalha”, refere em nota à imprensa o presidente da Câmara, Paulo Batista Santos, sublinhando que “cumprir com as gentes da minha terra, contribuindo para a sua qualidade de vida e lutando ao seu lado nesta fase mais exigente da pandemia da Covid-19 é uma tarefa que nos motiva e enche de orgulho quando juntos conseguimos tantos resultados positivos para a Batalha”. DR

A maioria governativa na Câmara Municipal da Batalha assinalou o terceiro ano de mandato, a 16 de Outubro, com a visita a vários projectos em curso no concelho e o estabelecimento de protocolos de apoio a instituições locais associações locais: apoio à Academia de Líderes Ubuntu, formação de lideranças no Agrupamento de Escolas; apoio ao desenvolvimento desportivo nas colectividades; disponibilização de novas instalações municipais à Liga

Concelho da Batalha, a Câmara aprovou, a 2 de Dezembro, o montante global de 500 mil euros para realização de diversas obras nos respectivos territórios, visando “reforçar a capacidade de iniciativa das freguesias” e dando resposta às “prioridades identificadas pelos próprios executivos”. Segundo o presidente do Município, “os montantes atribuídos a cada freguesia têm uma relação com a dimensão de cada uma, mas também com o mérito dos projectos e as suas necessidades concretas”. Em nota à imprensa, o autarca sublinha que esta é “uma iniciativa inédita, que antecipa o modelo de transferências de competências para as Juntas de Freguesia, com resultados positivos na melhoria dos serviços prestados à população”. Destacam-se: • Golpilheira – Conservação de vários arruamentos nos lugares de Bico Sachos e execução de calçadas na Cividade e Golpilheira. • Reguengo do Fetal – Realização do “Jardim Professora Benedita”, localizado na Rua Joaquim Coelho Ribeiro. • São Mamede – Requalificação e ampliação do cemitério do Casal Vieira. • Batalha – Construção de armazém, valorização do centro cívico da Jardoeira e arruamentos nas Alcanadas.


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Programa Operacional Regional do Centro 2020

Órgãos do PSD até 2022

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A concelhia da Batalha do PSD elegeu os dirigentes para os próximos dois anos, no sábado 28 de Novembro. Foi reeleito como presidente o actual vice-presidente da Câmara da Batalha, André Loureiro, que encabeçou a única lista submetida a sufrágio. A nova estrutura concelhia é composta, ainda, por Alfredo Matos como vice-presidente, Germano Pragosa como secretário, e os vogais Horário Sousa, Júlio Rodrigues, Carlos Henriques, David Faria, André Oliveira e Carlos Laranjeira. A Mesa da Assembleia fica composta por Paulo Batista Santos, Cíntia Silva e Frederico Alfaro. Como prioridades para este novo mandato, André Loureiro aponta o ambiente, a educação, a defesa da economia local e a promoção da coesão social no concelho. Em concreto, promete “manter uma exigência muito determinada junto do actual Governo do PS na defesa de melhores cuidados de saúde à população e reclamar uma intervenção urgente nos apoios de recuperação que tardam a chegar às empresas locais”. Em termos eleitorais, o presidente da Concelhia defende o apoio à recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa para a Presidência da República (eleições a 24 de janeiro de 2021), bem como “preparar uma candidatura vencedora às eleições autárquicas previstas para Outubro do próximo ano”. Nesse sentido, considera que “a Câmara Municipal da Batalha tem sido uma referência de rigor, proximidade e inovação permanente, num projecto liderado pelo actual presidente da Câmara e que pretendemos renovar a confiança junto dos Batalhenses”. Na mesma linha, o PSD da Batalha pretende “merecer a confiança da maioria dos eleitores para todas as juntas de freguesia e para os órgãos municipais”.

Presidente da Batalha integra Comité de Acompanhamento O presidente da Câmara da Batalha, Paulo Batista Santos, foi um dos escolhidos para integrar o Comité de Acompanhamento do Programa Operacional Regional do Centro 2020, órgão da CCDRC responsável por analisar e aprovar a metodologia e os critérios de selecção das operações, os relatórios de execução anuais e finais, as propostas da autoridade de gestão para alteração do programa e analisar as questões que afectem o desempenho do programa, a execução de grandes

Reunião em Coimbra

projectos, as acções destinadas a promover o desenvolvimento sustentável e a execução dos ins-

trumentos financeiros. Integram este comité, ainda, a Comissão Europeia, a Autoridade de Auditoria, o Banco Europeu de Investimento, a Associação Nacional de Municípios Portugueses, os parceiros económicos e sociais, as organizações mais relevantes da economia social, as instituições de ensino superior, as entidades públicas mais relevantes para o programa operacional e as autoridades de gestão dos programas operacionais temáticos e regionais do Continente do Portugal 2020.

Vinhos disponíveis no Mosteiro do Leitão

“Mainova” traz um Alentejo diferente Bárbara Monteiro, a mais nova de 3 irmãs, ouviu durante toda a sua vida que era a “mai’nova”. Única a mostrar interesse em dar seguimento ao investimento dos pais, é o rosto de um projecto que começou em 2010, quando o seu pai adquiriu a Herdade da Fonte Santa, no Alto Alentejo. Oficialmente lançada em meados de Junho, a “Mainova” é uma marca de vinhos e azeites que tem conquistado espaço, ao apresentar aromas diferentes daqueles que normalmente associamos ao Alentejo. “Este é um Alentejo muito equilibrado, é um local bastante especial com vinha em formações de granito e xisto, o que resulta num vinho reflectivo com uma abordagem muito pouco interventiva e respeito pela fruta. É um produtor novo PUB

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e isso reflecte-se numa grande liberdade de pensar, como podemos perceber pela escolha de algumas castas atípicas, que garantem ao vinho boa acidez, estrutura e equilíbrio”, explica o responsável pela elaboração dos vinhos, o enólogo

António Maçanita. Bárbara nasceu e cresceu em Fátima com a família, até se mudar para Lisboa para estudar Marketing. “Sou apaixonada por esta região e pelos seus produtos locais e por isso mudei a minha vida e saí da grande Lisboa sem pensar duas vezes”, afirma Bárbara Monteiro, ressalvando o privilégio de poder transmitir os valores da sua família em todos os vinhos e azeites, desde a linha de vinhos baptizada de “Moinante”, em homenagem ao cão da avó, até à ilustração dos rótulos de azeite, que remetem à primeira oliveira no terreno dos pais. Por cá, já é possível provar os vinhos “Mainova” no Mosteiro do Leitão, na Batalha. Ângela Susano


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Associação de doentes assinala 3 anos em Leiria

A Associação de Doentes “Da Dor para a Dor”, de Leiria, assinalou três anos de actividade no dia 21 de Outubro de 2020, data em que foi apresentada publicamente no Teatro Miguel Franco, no âmbito das V Jornadas da Dor; III Encontro de Anestesiologia e Comemoração do Dia Mundial da Anestesiologia. A Associação foi criada oficialmente por escritura pública realizada no dia 28 de Setembro de 2017, após proposta que fiz, a 13 de Junho de 2016, à Unidor – Unidade de Dor do Centro Hospitalar de Leiria. A ideia surgiu por fazer parte de um grupo de doentes da Dor daquele Hospital – onde existiam à data cerca de 2500 pacientes a sofrer com esta patologia, onde ouvia desabafos feitos por pacientes, familiares na sala de espera e nas consultas da especialidade – e com o objectivo de melhorar a qualidade de vida dos doentes, aconselhar, apoiar e escutar os doentes com dor, melhorando o seu acesso aos tratamentos. Encontrar em conjunto algumas soluções, ainda que mínimas, que permitissem contribuir para melhorar a qualidade de vida dos doentes com dor e seus familiares foi o grande desafio lançado. A dor provoca sofrimento geral, é causadora da alteração de vidas pessoais e familiares, causa desemprego, reformas antecipadas, gera incapacidade, depressão e angústia. Muitas vezes, quem sofre de dor crónica “torna-se um fardo para a família e para a sociedade”, é também vítima de estigma, onde a situação destrói vidas pessoais, familiares, profissionais e sociais. A dor só é sentida por quem a tem, “a dor não se vê, a dor sente-se”! E foi assim que, em Leiria, foi fundada a terceira associação nacional de doentes com dor crónica – Associação de Doentes “Da Dor para a Dor (DPD). A primeira destas associações foi fundada em Ponta Delgada, nos Açores, em 29 de Outubro de 2005, e denomina-se Associação de Doentes de

Dor Crónica dos Açores (ADDCA), que nos honrou em se fazer representar na apresentação pública, em Leiria, pela Dr.ª Maria Teresa Flor de Lima, médica anestesista e com um vasto curriculum no tratamento e apoio aos doentes com dor e às diversas associações de doentes, deslocando-se directamente dos Açores para apoiar o nascimento da DPD. A segunda tem a sua sede no Porto, denominada “Força 3 P – apelo à Paciência, à Persistência e à Positividade – Associação de Pessoas com Dor, criada por um conjunto de utentes da Unidade de Dor Crónica do Centro Hospitalar e Universitário do Porto (CHUP) e fez a sua apresentação pública no dia 13 de Março de 2017, na Fundação Manuel António da Mota, no Porto. Além de várias personalidades, familiares e amigos dos doentes que nos deram o prazer se se associarem ao “nascimento de mais uma Associação de Doentes com Dor”, deu-nos a honra da sua presença a presidente da Associação para o Estudo da Dor (APED), Dr.ª Ana Maria Pedro, que teve a gentileza de nos acompanhar no dia em que mostrámos a nossa existência, aproveitando a sua participação no painel “A Anestesiologia mudou o mundo”, inserido no programa das V Jornadas da Dor. A todos quantos se associaram a nós nesta data e tornaram possível a concretização de um sonho, o nosso muito obrigada! Nesta data queremos cumprimentar todos quantos nos apoiaram ao longo destes três anos de existência, ao mesmo tempo que solicitamos a toda a sociedade em geral para que reconheça que o doente com dor merece ser apoiado por todos e precisa urgentemente de cuidados médicos, numa altura em que o Covid afectou a vida de todos nós. Compreendemos a gravidade da situação em que todos nos encontramos, mas não pode ser a causa para todas as lacunas que acontecem nas demais patologias, em particular o doente da dor, que se sente completamente afastado de

cuidados clínicos, sem que seja possível contabilizar actualmente o número de pacientes afectados por esta patologia, também ela silenciosa. Este longo período de tempo não tem sido fácil, mas o caminho faz-se caminhando! A DPD associou-se a um projecto internacional denominado “Societal Impact of Pain” (Impacto Social da Dor) – SIP EUROPA e actualmente faz parte da SIP Portugal, formada pela APED e mais onze associações de doentes com dor, apresentada publicamente na Fundação Calouste Gulbenkian, em 18 de Outubro de 2018. Este projecto contou com a colaboração da Grunenthal e da APED, enquanto entidade científica, e faz parte de um vasto grupo internacional de várias plataformas SIP espalhadas pela Europa. Para assinalar o Dia Nacional da Luta Contra a Dor, a SIP Portugal realizou o seu primeiro evento, com a realização de um webinar, no passado dia 15 de Outubro, em conjunto com a APED e as onze associações que compõem a SIP Portugal, de que faz parte a DPD de Leiria. É sempre gratificante podermos afirmar que Portugal foi pioneiro na Comemoração do Dia Nacional da Luta Contra a Dor, realizado em 1999, data importante para todos quantos sofrem dor crónica. Era suposto sensibilizar toda a sociedade civil, pública e privada, para um problema com cada vez maior número de doentes. Contudo, as datas foram sendo assinaladas, mas a sensibilização tarda, como tardio é o apoio ao doente com dor. Sentimos que estamos esquecidos, abandonados no nosso silêncio e, fruto da Covid que afectou significativamente o mundo com números cada vez mais elevados, a maioria dos doentes e particularmente o doente com dor. A dor não faz parte da preocupação dos ministros da Saúde e muito menos da comunidade médica na sua maioria. Contudo, nada é per-

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“Da Dor para a Dor”

Sessão de apresentação, em Leiria

feito e, volvidos 21 anos, foram milhares as pessoas que aumentaram significativamente o número de doentes com dor crónica e pouco se tem feito para reverter a situação. Nesta altura, o nome “Luta Contra a Dor” não podia ser mais significativo, porque é pela luta contra a dor que aqui estamos, que lutamos, num período em que fomos totalmente esquecidos pelo Governo, Ministério da Saúde, hospitais, médicos, centros de saúde, ou seja, pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS)! Passaram 41 anos de SNS, assinalados no passado dia 15 de Setembro. Se o seu Patrono, a quem o País tanto deve, pudesse assistir ao que de mau se tem passado, acreditamos que se sentiria muito injustiçado. Os estudos estimam que três em cada dez portugueses, adultos, sofre de dor crónica, representando uma percentagem de 36,7%. Com a falta de consultas, afastamento dos centros de saúde, onde uma dor menos grave podia ser tratada e não passar a dor crónica, essa lacuna do SNS deixou sem apoio milhares de pacientes. Não podem ser responsabilizados os doentes por não recorrerem aos hospitais, aos centros de saúde, a muitos deles nem uma chamada telefónica atendem e nos que estão abertos os doentes fazem filas para conseguirem uma consulta. É desta forma que o número de óbitos aumenta significativamente fora da covid-19, quando muitas vidas podiam ser salvas se existissem diagnósticos atempados e tratamentos adequados, infelizmente tiveram o seu fim por falhas, interrupção de ser-

viços, enfim, o caos que todos conhecemos. No doente com dor, muitos doentes passaram de uma simples dor a uma dor crónica. A dor causa sofrimento, provoca custos monetários elevados, não só aos particulares, onde é difícil a sua contabilização, e também ao próprio Estado, que em tempos anteriores tinha custos com o tratamento da dor na ordem de 610 milhões de euros em consultas, 730 milhões de euros em medicamentos e 275 milhões em exames complementares de diagnóstico. Estes custos não incluem os custos pessoais, o absentismo ao trabalho, as baixas médicas, o custo dos medicamentos suportados pessoalmente e, pior que tudo isto, a vida pessoal alterada, o sofrimento, a impossibilidade em que cada pessoa em exercer as suas actividades profissionais em condições mínimas e viver a sua vida com dignidade. “A Dor é o parente pobre do SNS; a dor é um problema de Saúde Pública”, refere a Dr.ª Beatriz Craveiro Lopes. Apoie o doente com dor, tornando-se sócio da Associação de Doentes DPD! Não podemos ser afastados dos cuidados médicos, de acordo com as normas que consagram os direitos dos doentes! A Carta Europeia dos Direitos dos Doentes publicada em 2002 pela Associação Cívica Italiana, Active Citizenship Network (ACN), determina que aliviar a dor e o sofrimento é um direito humano, assim como a Declaração de Montreal de 2010. Maria Tereza Fernandes, Presidente da Direcção da DPD


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cultura

. museu de todos . Museu da Comunidade Concelhia da Batalha

Máquina de escrever Underwood Destacamos, nesta edição, um modelo das requintadas máquinas de escrever Underwood. Esta peça, em exibição no Laboratório da Memória Futura do MCCB, faz ponte com a evolução tecnológica da informática e dos computadores, que ainda mantêm a utilização de teclas, preservando o mesmo formato QWERTY das antigas máquinas de escrever. Não se sabe, com exactidão, quando foi criada a primeira máquina de escrever. Aponta-se que a primeira patente foi concedida em Inglaterra para o engenheiro Henry Mills, em 1713. Já o historiador Michael Adler refere que a primeira máquina de escrever documentada foi fabricada em 1808 por Pellegrino Turri, um nobre italiano, para que uma amiga cega pudesse corresponder-se com ele. Durante alguns anos, houve várias patentes que contribuíram para a comercialização dos primeiros equipamentos. Apesar dos muitos modelos existentes, crê-se que o primeiro aparelho de escrita mecânica, patenteado em 1829, se deve ao telegrafista William Austin Burt. Durante a I Guerra Mundial, a máquina de escrever já demonstrava ser um equipamento de grande eficiência e utilidade em contextos laboral e doméstico, servindo também com grande utilidade a correspondentes de guerra. A utilização da máquina de escrever foi ainda fundamental na emancipação feminina, possibilitando que as mulheres ingressassem no mercado de trabalho dos escritórios. A Underwood, a primeira empresa americana deste sector, com grandes êxitos de vendas, construiu a maior máquina de escrever do mundo. A família Underwood produzia, desde a década de 1870, acessórios, como fitas e papel carbono, concorrendo com a grande Remington Typewriter Company. Franz Xaver Wagner, um inventor alemão residente nos Estados Unidos, dono da Wagner Typewriter Co., idealizou um projecto para uma máquina. Todavia, não tendo recursos financeiros para a produção em série, ofereceu-o a John Thomas Underwood, que por ele se interessou de imediato, comprando a empresa de

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Wagner e fundando, assim, em 1895, a Underwood Typewriter Company. Com o lançamento da Underwood n.° 5, em 1900, a empresa conheceu o seu primeiro grande sucesso de vendas. O modelo vendeu, até 1920, mais de dois milhões de unidades e, até 1939, comercializou mais de 5 milhões de máquinas, somando todos os seus modelos. A Underwood era, em 1919, o principal fabricante de máquinas de escritório, sendo a companhia com mais vendas no sector. A partir daí, começou a enfrentar concorrência da Corona e produziu a sua própria máquina portátil com o objectivo de se tornar o fornecedor dominante no mercado. A lendária Underwood era a favorita de profissionais em todos os cantos do mundo na primeira metade do século XX. Os seus modelos foram eleitos para as produções artísticas de grandes ícones da cultura, como Orson Welles, Clarice Lispector ou Alfred Hitchcock. Em 1959, a Olivetti comprou uma participação maioritária à Underwood Co. e, em 1963, deu-se a fusão com a Ing. C. Olivetti & Co. A Underwood como marca internacional apareceu pela última vez em máquinas de escrever portáteis Olivetti produzidas na Espanha nos anos 80. O modelo que exibimos nesta edição foi fabricado entre os anos 20 e 30 do século XX, especialmente para Portugal, através dos agentes Dunkel & Antunes, Lda., com sede na Rua Augusta, em Lisboa. Conheça-o, no MCCB... Esperamos por si!

Vila Viçosa acolhe congresso sobre a Padroeira de Portugal

“Mulher, Mãe e Rainha” Assinalando os 375 anos da Coroação de Nossa Senhora da Conceição como Padroeira de Portugal, em Vila Viçosa, vai realizar-se entre os dias 25 e 27 de Março de 2021, naquela vila de Évora, um congresso internacional sob o tema “Mulher, Mãe e Rainha”. Contando com a presença de reputados investigadores de diferentes áreas de estudo e academias portuguesas e internacionais, o congresso estrutura-se segundo cinco eixos temáticos: historiografia; fundamentos bíblicos e discurso parenético; representações institucionais, plásticas e artísticas; marcas marianas na cultura dos povos; religiosidade popular, discursos teológicos e vivências cultuais. A partir destas abordagens, pretende-se perceber a relevância religiosa, cultural, mas também social, económica e política da acção humana em torno da temática do padroado da Virgem Maria. Desde a Teologia, à História, à Política ou ao Turismo, a figura da Virgem Maria será tomada como bandeira de diferentes tipos de pensamento, com

espaço para análises e posicionamentos intelectuais muito diversos, mostrando a premência do tema no contexto de uma sociedade tão complexa como é a sociedade actual. A organização é do Instituto da Padroeira de Portugal para o Estudo da Mariologia (IPPEM), contando com a colaboração da Arquidiocese de Évora, da Régia Confraria de Nossa Senhora da Conceição, do Santuário de Vila Viçosa, do Santuário do Sameiro e do Santuário de Fátima, além de vários institutos e centros de investigação científicos. Serão garantidas todas as condições de segurança para a saúde aos congressistas, podendo optar, apesar disso, pela participação on line. Mais informações em www.padroeiracongresso.wixsite.com/padroeira.

Cátia Tuna vence Prémio Fundação Mário Soares

“Não sei se canto se rezo” «“Não sei se canto se rezo”: ambivalências culturais e religiosas do fado (1926-1945)» é o título da tese que Cátia Sofia Ferreira Tuna desenvolveu para o seu doutoramento, na Universidade Católica Portuguesa, e que acaba de ser distinguido com o Prémio Fundação Mário Soares - Fundação EDP 2020. Na sua investigação, a premiada propôs-se estudar a nomeação do fado como oração ou reza, “analisando os elementos religiosos que lhe são reconhecíveis, nos discursos em que o

fado se diz a si próprio, considerando-se oração e religião, e nas divergentes representações e opiniões que dele circulam no espaço público”. Este prémio foi instituído em 1998 pela Fundação Mário Soares (agora também com o nome de Maria Barroso), com o objectivo de galardoar autores de trabalhos académicos ou de investigação realizados no âmbito da História de Portugal do século XX. Desde 2011, o prémio é promovido com o apoio e colaboração da Fundação EDP.

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Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2020

infantil • 23

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Estamos quase a chegar ao Inverno e, portanto, nada melhor do que uma boa despedida ao Outono... Feliz Natal a todos! PUB

Aos nossos clientes e amigos desejamos Santo Natal e Próspero Ano 2021

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Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2020

desporto

Campeonato Portugal Montanha: Rampa da Arrábida

DR

Joaquim Rino fez uma boa classificação, dentro do possível, no fim-de-semana de 7 e 8 de Novembro, na Rampa da Arrábida, 3.ª jornada do Campeonato Portugal Montanha JC Group. No sábado, ainda nas subidas oficiais de treinos, o piloto batalhense conseguiu obter um excelente tempo, tendo feito toda a extensão da Rampa da Arrábida em 1.50.064, à média de 101,3 km/h. Pronto para a primeira subida oficial, o piloto da Articimentos acaba por obter um tempo de 1.51.264, à média de 100,3 km/h. TenPUB

do em conta as várias falhas no motor e problemas na caixa de velocidades, era impossível melhor resultado. No domingo pela manhã, com muita chuva, na subida da “warm-up 2”, Joaquim Rino não consegue melhor do que 2.05.501, à média de 91,7 km/h, acabando por fazer 1.57.589, à média de 97, 9 km/h na última subida de prova. Depois de ter colocado o seu “BRC CM 05 Evo” no parque fechado, Joaquim Rino confessou que “não foi uma jornada fácil no sábado, pois tive bastantes problemas com o carro e, no domingo, aquela chuva foi infernal, com um piso muito escorregadio, era constantemente a colocar o carro na melhor trajectória e, se arriscasse mais, com certeza que não chegava a cumprir toda a subida. Por isso, houve que levantar o pé e tentar fazer o melhor resultado possível”, conclui. Conseguiu a 7.ª posição da geral final e o 2.º lugar na categoria CN/Protótipo B.

DR

Joaquim Rino foi 2.º na sua categoria

Na zona desportiva da vila

Batalha vai ter dois campos de padel O complexo desporti-vo batalhense irá passar a contar com dois novos campos de padel, num investimento que se espera rondar os 155 mil euros, contemplando os dois recintos e um sistema de iluminação que permitirá os praticantes jogar à noite. O padel é um despor-

to praticado em pares, tendo um sistema de jogo semelhante ao do ténis. Hoje em dia, é um desporto que reúne mais de 8 milhões de jogadores por todo o mundo, 100 mil deles em Portugal. A construção dos campos encontra se na fase final e visa também “ser acessível a todos

os praticantes, estando igualmente prevista a implementação de aulas e aprendizagem da modalidade, tal como representar mais uma opção para o desporto escolar”, refere o presidente da Câmara Municipal da Batalha, Paulo Batista dos Santos. Miguel Santos


desporto • 25

Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2020

Teresa Jordão fala do início da época

Equipa com “muita juventude” Para sabermos um pouco o que pensa a treinadora desta equipa, Teresa Jordão, fizemos-lhe algumas breves perguntas. Fala-nos da juventude da equipa, das dificuldades na curta preparação e nas dificuldades acrescidas trazidas pelas regras ditadas pela prevenção da pandemia. Falamos apenas na equipa de seniores, pois só este nível competitivo é permitido pelas autoridade de saúde e desportivas. As atletas juniores não têm ainda treinos, nem se perspectiva uma data para início das suas competições.

Que equipa temos este ano?

O CRG, esta época, tem uma equipa com uma média de idades de 22 anos. Significa muita juventude e, consequentemente, alguma falta

de experiência, mas com muita vontade e ambição.

Como está a correr a época até agora?

Está a correr “mais ou menos”. Vencemos 2 em 5 jogos. Naqueles em que não vencemos, tivemos atitude, falhando essencialmente na finalização e demonstrando alguma falta de maturidade, devido à juventude do plantel. Importa referir que o período de preparação da equipa (pré-época) foi muito curto, cerca de 1 mês, depois de uma paragem de 5 meses, devido a factores externos ao clube, que infelizmente não conseguimos controlar.

Refere-se às regras impostas pela DGS e demais autoridade nacionais e locais por causa da pandemia...

Em grande parte. Na minha opinião, a maior parte

das regras fazem sentido. Normalmente afirmo que podemos não concordar com todas, mas devemos cumprir e respeitar. Mas algumas regras são interpretadas de formas diferentes em cada concelho e isso é que não está correcto…

Uma delas é a ausência de público. Faz falta?

Claro que sim. A equipa acabava por ter o apoio vindo da bancada e a, nível financeiro, também era uma ajuda.

Apesar destes constrangimentos, que objectivos se assumem, em termos competitivos?

O principal objetivo é assegurar a manutenção e, consequentemente, a presença no próximo Campeonato Nacional. LMF

Campeonato de futsal feminino

Arranque intermitente O campeonato nacional de futsal feminino arrancou no passado dia 24 de Outubro. Na 1.ª jornada, a Golpilheira defrontou a Quinta dos Lombos, no Pavilhão Municipal da Batalha. A equipa da casa foi derrotada pela margem mínima (0-1). A 2.ª jornada foi adiada, mas, na seguinte, na Golpilheira, recuperou os 3 pontos, com uma vitória por 3 bolas a 2 sobre a equipa Leões de Porto Salvo. Perdeu de novo contra o Povoense, por 6-3, e voltou a ganhar na realização do jogo em atraso da 2.ª jornada, vencendo a Venda da Luísa em Condeixa-a-Nova por 0-2. Nova derrota aconteceu a 27 de Novembro, na Golpilheira, frente aos Arneiros, por 1-2, revelando alguma intermitência neste início da competição.

A equipa da Golpilheira recebe em casa, a 12 de Dezembro, um dos gigantes da modalidade, o Sporting Clube de Portugal. Como sabemos, por causa da pandemia, não é ainda permitida a presença de público nas bancadas. A Federação Portuguesa de Futebol espera que, dentro de dois anos, a 1.ª divisão de futsal feminino atinja um nível muito superior ao actual e, como tal, a época 2020/21 servirá de transição. Em 2021/22, a competição será composta por 14 equipas. No final dessa temporada, terá lugar um playoff entre as quatro melhores classificadas e, em 2022/23, o campeonato nacional passará a ser disputado por apenas 12 equipas. Ângela Susano/LMF

Equipa de Seniores Masculinos

O CRG tem em competição no campeonato distrital de Leiria uma equipa de seniores masculinos. Apresentaremos essa equipa na próxima edição. Teresa Jordão – Treinadora

Rui Almeida – Treinador

Cristiano Dinis – Diretor/Treinador

< Equipa técnica e directores Atletas> Susana Vilanova – Treinadora Guarda-Redes

Tásia Ferreira – Fisioterapeuta

Nuno Monteiro – Delegado

Joaquim Ferraz – Director

José Carlos Folgado – Director

2 – Beatriz Santos – Ala

3 – Diana Monteiro – Guarda-Redes

7 – Cristiana Marinho –­ Fixo/ala

8 – Maria Beatriz Soares – Fixo/ala

9 – Ana Lopes – Ala/Pivô

10 – Alexandra Nunes – Ala/Pivô

12 – Ana Carolina Ribeiro – Fixo/ala

14 – Bruna Folgado – Fixo/ala

15 – Beatriz Lindo – Ala

17 – Sara Casalinho – Ala

20 – Ema Toscano – Fixo

23 – Sarina Santos – Ala

24 – Inês Carlos – Ala

25 – Clara Luzio – Ala

1 – Joana Dinis – Guarda-Redes


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Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2020

temas

.política.

.combatentes.

André Sousa Presidente da JSD Batalha

Coluna da responsabilidade do Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes

Natal diferente, mas com o amor de sempre

O distanciamento físico

Desde o início desta imprevisível pandemia, todos nós fomos postos à prova nos mais diversos desafios, profissionais e pessoais, no pretexto de salvaguarda da nossa saúde e dos nossos familiares e amigos. E a verdade é que os batalhenses têm conseguido superar os constantes desafios que a pandemia covid-19 tem provocado, dando o exemplo pela prevenção e segurança, demonstrando uma enorme capacidade de resiliência económica e solidariedade com os mais próximos. Este forte sentido de comunidade que une todos os batalhenses é um dos principais factores que leva a vencer esta batalha e que muito me orgulha

enquanto parte integrante deste belíssimo território. A sabedoria popular diz-nos que “ainda a procissão vai no adro”, existindo um longo percurso por trilhar até ao fim da pandemia e das suas consequências económicas e sociais, mas sem dúvida que é mais fácil percorrer esse trilho quando temos do nosso lado uma comunidade fortemente mobilizada e responsável, como a nossa. Seremos novamente chamados a contribuir nesta época natalícia, altura do ano normalmente marcada pelos encontros de família e amigos nos habituais eventos sociais e recreativos. Será um natal diferente, mas com o

amor de sempre. Aproveitemos o mundo maravilhoso das tecnologias para reduzir a distância que marcará este Natal, protegendo assim a nossa saúde e dos nossos entes mais queridos, com a esperança que voltaremos a ter um Natal “normal” em 2021. Faço igualmente um apelo para que este Natal compre os seus presentes no comércio local, ajudando assim as empresas do nosso concelho, contribuindo para a manutenção de centenas de postos de trabalho. Por fim, desejo a todos um feliz Natal e um ano de 2021 cheio de esperança e motivação para levar de vencida esta “Batalha”. Com vocês, é mais fácil.

.agricultura. José Jordão Cruz Engenheiro Técnico Agrário

Videira Ramisco Esta casta autóctone é cultivada na região de Lisboa e, segundo o anuário do IVV, tem uma história quase única em relação a todas as outras. Devido à sua histórica técnica de cultivo, tem sobrevivido até hoje à filoxera, que não conseguiu atingir as raízes. Há plantações históricas com mais de 100 anos. É plantada em solos de areia, perto do mar, em pé franco, em currais com condução rastejante no chão, técnica extremamente perigosa para os viticultores. Está protegida por currais ou paredes de cana. Em 1985, encontrou-se, na região de Azenhas do Mar, uma planta com uma superfície de cerca de

100 m2, em condução rasteira. De verdadeiros “carrascões” enquanto jovens, transformaram-se em vinhos elegantíssimos, de cor rubi com reflexos acastanhados, aromáticos, de onde sobressaem notas de carne fresca, cogumelos, por vezes terra molhada, resina e madeira de cedro. Por trás da sua aparente fragilidade e da sua baixa graduação alcoólica, revela-se uma personalidade ímpar, que o tornou um dos mais originais e carismáticos vinhos portugueses (Loureiro, 2002). É tradicionalmente uma casta elementar, no entanto, poderá ser usada em lote com a Aragonez. Necessita de muitos anos de

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estágio, mas depois apresenta um valor enológico muito elevado. Sendo uma videira da região de Colares, não se cultivando ao que tudo indica em outras regiões do País, pois também não se conhecem sinonímias, é natural que os nossos concorrentes da zona do Bombarral a multipliquem. Até porque o conhecimento que temos é que ela é plantada em pé franco, isto é, poda-se a videira e as melhores varas vão ser plantadas directamente no solo. Não há, por isso, lugar a enxertia, quer em local definitivo, quer em bancada.

Quando, há anos, a comunidade científica anunciou um estudo em que demonstrava que quem mais consumia paracetamol tinha menos esperança de vida, o pânico, na população em geral, foi tanto que o consumo e venda do princípio activo diminuiu para valores jamais vistos. Se, antes da sua publicação, os cientistas sociais têm sido ouvidos, concluiriam que quem tem mais necessidade de consumir paracetamol é porque já padece de qualquer tipo de doença, que, de per si, lhe encurtará a esperança de vida, e não o medicamento, que talvez até a prolongue. Quando, erroneamente, hoje em dia, se apela ao distanciamento social, ao invés de se aconselhar o distanciamento físico, para prevenir a transmissão da Covid-19, não se tem em conta que o primeiro tipo de distanciamento é o que separa ricos de pobres. Ao apelar-se ao distanciamento social, uma vez que os mais abastados não quererão libertar-se de parte da sua riqueza, o mesmo continuará tal como anteriormente à pandemia – quem é rico é rico, quem é pobre é pobre – e o distanciamento social entre ambos é o que as ciências sociais, nomeadamente o campo da acção social, tenta a todo o custo encurtar ou fazer desaparecer. Não utilizemos então um termo que apenas distancia intelectualmente quem o utiliza, de quem usa o termo distanciamento físico. A própria Organização Mundial da Saúde já substituiu o termo distanciamento social por físico. Não era também a intenção de que as pessoas se separassem socialmente das relações com os seus familiares e amigos mas, tão somente,

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que se mantenham a 2 metros de distância para se protegerem da transmissão da doença, aos seus contactos, e vice-versa, mesmo que assintomáticos. O uso de máscara não é, por si só, um meio de segurança, mas, sim, um dos complementos, e apenas funciona em conjunto com o respectivo distanciamento físico. Ora, a distância física pode ser mantida pelo simples facto de se ficar em casa, teletrabalhar, limitar o número de visitas, utilizar as redes sociais para reunir, preferir caminhadas ou andar de bicicleta, quando possível, em detrimento dos transportes, comprar mais bens essenciais em vez de sair para ir ao supermercado todos os dias, e assim se continuar a viver sãmente a nova normalidade. Não é de todo pretendido que as pessoas cortem as relações sociais com os entes queridos. Temos o privilégio de coabitar na era digital, mais fácil, sim, para as novas gerações, mas ao alcance de todos, e a necessidade aguça o engenho; há que aprender. Podemos e devemos manter a distância física conservando a proximidade social, seja a das nossas relações, seja em prol das camadas sociais mais necessitadas e por isso mais distantes. Apelar ao distanciamento social é apelar ao fosso civil de diferença entre classes, à desigualdade, à sempre maior e crescente pobreza. Apelemos ao distanciamento físico que, esse sim, contribuirá para a diminuição da propagação do SARS-CoV-2. O que é das ciências sociais às ciências sociais. Continuemos, inteligentemente, a manter-nos seguros.

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Deseja a todos um Santo Natal e Próspero 2021! Deseja a todos os clientes e amigos boas festas de

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temas • 27

Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2020

.saúde.

A última “tarefa” do Manel Todos nós que nos relacionamos com a família do Manuel Rito, ou que, pelo menos, conhecemos o casal e a família, sabemos que são pessoas boas e que ele tinha um bom coração. Passados meses da sua morte, continuo a ouvir ainda hoje alguns comentários de inveja que algumas pessoas fazem sobre ele. São as mesmas pessoas que já antes da sua morte os proferiam. Fico triste ao ouvi-los e só lhes tenho a dizer: tenham vergonha! Essas pessoas têm inveja de ele ter sido uma boa pessoa, de ter dado muito à sua Golpilheira e ao seu CRG, que ele tanto amava. Não tiveram inveja daquilo que ele e a sua família sofreram, devido à sua doença. Isto que acabo de escrever é um desabafo que preferia não fazer, mas a minha consciência a isso me obriga, porque não pactuo com injustiças. Mas vamos ao que me levou a escrever este artigo e com este título. O Manel – assim simplesmente o tratava –, como boa pessoa que era e durante o percurso de vida que juntos

trilhámos, informou-me que visitava o “Hospital de Dia” de Leiria com alguma frequência, até por lá ter estado internado e aí fazer tratamentos. Visitava e falava com os profissionais de saúde e os doentes, com o intuito de lhes transmitir a sua experiência de vida no decorrer da sua doença e até lhes contar como “deu a volta” à mesma nos últimos tempos, tudo com o fim de os ajudar. Havia conhecido aí uma pessoa que sofria de depressão, há uns anos. O Manel achou que essa pessoa precisava de ajuda e, alguns meses antes de morrer,

tinha começado a acompanhar essa pessoa, tendo-me confessado que a queria ajudar da mesma maneira que o ajudaram a ele. Como, entretanto, a morte o surpreendeu, não conseguiu terminar a tarefa que havia iniciado uns meses antes. Logo após a sua morte, eu senti que tinha que tentar concluir o que o meu amigo Manel havia iniciado, até porque sabia que esse seria o seu desejo. Também a pedido da sua esposa e de mais alguém, fui procurar essa pessoa. Ao fim de alguns meses de acompanhamento, consegui terminar com êxito a “tarefa” que o Manel havia iniciado. Hoje. essa pessoa já está melhor, já trabalha e tem uma vida normal, coisa que não acontecia há uns anos. Tu, Manel, foste capaz e conseguiste! Eu apenas te dei a ajuda que sempre te disponibilizei. Tu dizias-me que se fosse preciso sabias que podias contar comigo e como me encontrar. Tu, Manel, querias ajudar o próximo, como ele te ajudou, e AJUDASTE. Descansa em PAZ. Dr. Eusébio

A minha avó aprendeu a ler e a escrever já adulta. Mas com imenso, imenso afinco, que era uma coisa que ela sempre desejara muito. Depois, qualquer ocasião e qualquer papel servia para ela escrever o que sentia. E escrevia principalmente o seu amor pelos filhos, pelos netos, pelos bisnetos. Nunca teve vergonha de nos dizer o quanto nos amava, o quanto nos desejava tudo de bom que houvesse no Mundo inteiro. Escrevia sempre com o coração. E em poucas palavras ela escrevia tanto. Ainda estou a aprender muito com ela. Este é um texto pequenino, mas ela iria descobri-lo no jornal, pois adorava-o e lia-o de uma

DR

À minha avó

ponta à outra. Pela memória dela, este pequeno texto vem acompanhado de uma foto, a fazer outra coisa que ela adorava, que era dançar. A minha avó adorava beijos,

abraços e festas e, portanto, não foi por acaso que partiu neste 2020 tão frio. Ana Margarida Rito

.impressões. Por Luísa M. Monteiro Escolhi os espinafres para a sopa, depois a couve-de-horto e as nabiças para guardar (– o quintal de minha mãe), acompanhando na Antena 2 o jornalista Luís Caetano numa conversa de há uns anos, poucos, com a escritora e jornalista Helena Marques. Que senhora delicada; de tão bonita palavra. Falou dos seus livros, da vida no geral e da grande ligação às ilhas – a da Madeira, a sua, as gregas e as Hébridas, por exemplo, que sobre elas escreveu também. De todo o fascínio que sente por ilhas. As ilhas. O mar. O cheiro do mar, o movimento das ondas. Diz que não estranhou Lisboa quando cá chegou, nos anos setenta, embora talvez o mar, aquele mar tão próximo, por vezes lhe faltasse, sim – então de vez em quando, conta, apanhava o cacilheiro com o marido só para poderem sentir o mar, – o Tejo ali é o mar. E falou da morte; da morte sem tragédia; da beleza da Marcha Fúnebre, por exemplo, de Beethoven (depois ouvimos na rádio um pouco da Marcha Fúnebre, de Beethoven). A morte; a morte que faz parte de nós – é algo de tão natural – sou uma mulher alegre, diz. E da recordação de em pequenina, na saleta da casa antiga, ouvir Caruso, com o avô (e ouvimos agora também nós, os ouvintes, Caruso, na radio). E da casinha de campo que comprou com marido, já tarde na vida – ela uma mulher da cidade que se redescobriu então – a casinha num vale, sem vizinhos, sem ninguém; só ela e o marido – o campo. As ilhas.

Ana Maria Henriques Médica Interna

A consulta médica A consulta médica é um procedimento fundamental na saúde dos utentes e o estabelecimento de uma relação de confiança é fulcral para dela tirar o melhor partido. De forma a serem obtidos os melhores resultados e as respostas pretendidas, as consultas médicas devem ser preparadas pelos utentes e pelos médicos. Da parte médica, o intervalo entre as consultas é utilizado para preparar o gabinete médico e rever o processo do utente que vai entrar. Assim, o médico pode relembrar-se das doenças diagnosticadas, medicação prescrita ultimamente, alergias registadas, entre muita outra informação, como por exemplo rever o plano registado da última consulta, isto é, o que foi combinado com o utente. No final de uma consulta médica, podem ser iniciados medicamentos novos, prescritos exames complementares de diagnóstico e recomendadas algumas atitudes ou tarefas. Na consulta seguinte, este plano deve ser tido em conta e relembrado. Levar os resultados dos exames prescritos, explicar o resultado da nova medicação ou levar um registo de tensões arteriais em casa são exemplos de tarefas que podem ser pedidas pelo médico. Levar estas informações por escrito facilita a transmissão de informação e evita esquecimentos. Quando questionado pelo médico, as respostas devem ser sempre verdadeiras e nunca devem ser omitidos factos. Qualquer informação

errada pode alterar o raciocínio clínico do médico e originar consequências graves para a saúde do utente. Aqui também estão incluídos os procedimentos realizados noutros médicos e idas ao serviço de urgência. Procurar uma segunda opinião é um direito de todos e não deve existir receio de partilhar esta informação. É muito importante esclarecer todas as dúvidas e garantir que se entende toda a informação que o médico transmite; desta forma, pode ser mais conveniente levar um acompanhante para obter os melhores resultados. Infelizmente, nesta altura o acompanhamento pode não ser possível, mas futuramente é algo que deve ser tido em conta. A consulta médica existe em muitos locais, mas uma grande parte delas acontece no centro de saúde. Os médicos de família são, por excelência, quem melhor conhece o utente e a sua família, podendo acompanhá-lo nas diversas fases da vida. É este médico que deve ter a informação sobre todos os problemas de saúde e quem tem maior capacidade para gerir todos estes problemas, por ter o privilégio de conhecer o utente, a família, o local onde mora, o emprego, as actividades de lazer, entre muitas outras informações. Assim, mesmo que seja acompanhado por vários médicos (no hospital ou no privado), deve ser feita uma consulta médica no centro de saúde com a frequência indicada para a sua idade e sexo.

.JuntaInforma. Coluna da responsabilidade da Junta de Freguesia da Golpilheira

Caros amigos Golpilheirenses, Durante os meses de Outubro e Novembro, a Junta de Freguesia levou a cabo alguns trabalhos no Cemitério da Golpilheira, de forma a dignificar um espaço com tão grande significado para os golpilheirenses. Esses trabalhos contemplaram: lavagem e pintura de muros; isolamento de ossários; identificação/numeração de covatos e ossários; colocação de painéis informativos com a planta do cemitério e vitrines informativas. Nestes tempos tão conturbados que vivemos, resta-nos desejar a todos um Santo Natal! Que o ano novo que se avizinha seja repleto de saúde, harmonia, prosperidade, paz e amor! O Executivo da Junta de Freguesia


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.gastronomia. Inspirações natalícias

Cristina Agostinho

À mesa!

Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2020

temas

Pela quadra festiva que nos encontramos proponho uma ementa natalícia que conjuga alguns hábitos e gostos portugueses com alguma gastronomia francesa… nesse sentido, esta edição conta com a colaboração, que desde já agradeço, do chef de cozinha e amigo Yannick Genard. Em modo de inspiração, e porque é Natal, inicie com um brinde, tomando um flûte de champagne meio seco, e para amûse-bouche apresente uma mesa composta com frutos secos (nozes, amêndoas, pinhões…) e uma variedade de queijos: amanteigados, curados e frescos, bem como presunto e outra charcutaria finamente fatiada.

Ementa

• Creme de Camarão • Bacalhau de Sabor Natalício • Perdizes do Paraíso • Tronco de Natal • Bolachas de Gengibre

Chef Yannick Genard

Bûche de Noël ou Tronco de Natal

Ingredientes: Massa: 5 ovos; 2 gemas; 150 gr de açúcar; 125 gr de farinha; 50 gr de manteiga; rum ou vinho do Porto. Creme: 250 gr de manteiga; 150 gr de açúcar; 2 gemas; 1 clara; 1 colher de sopa de café solúvel; 125 gr de chocolate em barra. Confecção: Misture os ovos inteiros com as gemas e o açúcar e bata até obter um creme fofo e esbranquiçado e depois junte alternadamente, sem bater, a farinha peneirada e a manteiga derretida (e fria). Deite o preparado num tabuleiro forrado com papel vegetal e untado com margarina e leve a cozer em forno médio (180º C). Entretanto faça o creme: misture muito bem a manteiga com o açúcar e adicione as gemas e a clara (batendo bem). Junte o café dissolvido num pouco de água e bata energicamente até o creme se apresentar novamente homogéneo. Por fim, junte o chocolate derretido em banho-maria. Desenforme o bolo sobre o guardanapo polvilhado com açúcar, apare as pontas da massa, salpique com um pouco de rum ou vinho do Porto e enrole-o. Depois de frio, desenrole e barre o bolo com um pouco do creme de chocolate e volte a enrolar com a ajuda de um guardanapo. Corte as pontas do rolo em diagonal e, com um pouco de creme, ligue estas pontas ao rolo, de modo a imitar os nós da madeira, depois cubra todo o bolo com o restante creme. Decore o tronco com azevinho, bolas brilhantes, açúcar em pó, e com o que mais se lembrar.

Bolachas de Gengibre

Ingredientes: Massa: meia colher de sobremesa de gengibre; 1 colher de sobremesa de canela; 1 colher de sobremesa de sal; 150 gr de manteiga; 100 gr de açúcar amarelo; 250 gr de farinha de trigo sem fermento; 1 ovo. Glacé real (para decorar): 3 claras; 250 gr de açúcar em pó; sumo de um limão. Preparação: Prepare a massa batendo a manteiga com o açúcar, junte o ovo, o gengibre, a canela, e o sal. Adicione o ovo e a farinha. Amasse muito bem e deixe repousar. Estenda a massa, molde e desenhe fachadas de uma casa, bonecos, estrelas… Leve a cozer no forno. Depois de cozidas deixe arrefecer. Para colar as peças, faça um caramelo. Para decorar prepare o glacé real, batendo as claras em castelo juntando o açúcar e o sumo de limão. Pode juntar corante alimentar. Divirta-se!

Creme de camarão

Guarnecido com camarões, este creme rico e nutritivo constitui uma entrada para uma refeição especial. Comece por estufar uma cebola cortada grosseiramente com 3 dentes de alho num fio de azeite. Quando a cebola estiver transparente junte os legumes que preferir já cortados e lavados (batata, courgette, cenoura, tomate, etc.). Tempere com um pouco de sal. Regue com um copo de vinho branco e deixe estufar até os legumes ficarem bem macios. À parte coza os camarões com sal e uma folha de louro. Quando estiverem prontos coe o caldo e junte aos legumes. Descasque os camarões desfiando-os em pequenos pedaços e reserve. Prepare um molho bechamel (levando ao lume a engrossar uma colher de manteiga, uma colher de farinha e 150 ml de leite) e tempere com noz-moscada e pimenta. Triture muito bem os legumes e junte ao molho bechamel. Verifique os temperos. Se o creme estiver muito espesso pode diluir com um pouco natas ou leite. Junte os camarões e uma mão cheia de coentros picados. Pode ainda acompanhar com uns croutons quentinhos (pão cortado aos quadradinhos torrado e temperado com azeite e ervas aromáticas). Neste momento é uma boa altura para abrir uma garrafa de vinho: um branco reserva que seja discreto no aroma, preferencialmente com breves sugestões de citrinos e que equilibre com um paladar mineral.

Bacalhau de sabor natalício

Ingredientes: Lombos de bacalhau demolhado; pimento amarelo e cor de laranja; espargos brancos frescos; beringela; cebola roxa; batata vitelotte (ou roxa); batata

Uma re cozinhar nfeição não é apena s in ão Uma refe é apenas confecc gerir alimentos, io iç sempre qu ão será um mome nar uma refeição. n e cozinha r for um ato de partilha cto de am or! Este é um espaço de partilha de saberes e experiências gastronómicas, sejam receitas tradicionais, culturas diferentes ou novas combinações e práticas de comidas saudáveis. Envie as suas sugestões para: mesa@jornaldagolpilheira.pt

amarela; raiz de aipo; tomilho e louro; farinha; azeite; alho; sal e pimenta. Preparação: Limpe e amanhe o bacalhau. Descasque as batatas amarelas, limpe os espargos e o aipo e leve a cozer tudo junto em água e sal. Quando cozido, reduza a puré e tempere ligeiramente com azeite e sal. Corte em juliana os pimentos e salteie em azeite e alho, tempere com sal. Descasque, corte em chips e frite a batata vitelotte. Num sauté coloque um fio de azeite e um dente de alho esmagado, quando bem quente coloque o lombo de bacalhau passado por farinha e deixe-o alourar de todas as partes com que fique suculento no interior. Descasque a cebola roxa e com ela confeccione uma cebolada. Asse a beringela no forno em papel de alumínio, temperado de sal, pimenta e tomilho. Quando assada, retire-lhe a polpa, pique e tempere ligeiramente. Pode empratar o bacalhau, fazendo quenelles com os dois purés, em cima do branco colocar os chips de batatas, a cebolada no meio do prato, o bacalhau em cima. Por cima do bacalhau os pimentos amarelos salteados. Decore a gosto com uma erva aromática.

até que a manteiga forme uma espuma. Junte as perdizes e frite de todos os lados bem rapidamente, somente para selar. Feito isso, coloque as aves com o peito para cima numa assadeira e leve ao forno por cerca de 30 a 35 minutos, ou até ficarem cozidas. Depois, retire as perdizes do forno e vire o peito para baixo. Na mesma panela que usou para selar a carne, refogue a cebola com mais um pouco de manteiga. Retire o bacon das perdizes, corte em pedaços bem pequenos, acrescente o alho que ainda estiver dentro das aves e refogue junto com a cebola e o bacon. Depois, corte o peito e as pernas das perdizes. Pique o fígado e junte os ossos, a cebola refogada com o bacon e o alho. Junte o caldo de galinha, e deixe cozinhar em fogo branco por alguns minutos. Junte o tomilho. Deixe cozinhar por mais 5 minutos, aproximadamente. Em seguida, coe e deixe ferver até que o líquido se reduza e fique com uma consistência de molho. Bata com mais 15 gramas de manteiga e adicione sal e algumas folhas de tomilho. Pegue mais bacon e alho picado e frite na manteiga até que bacon doure um pouco o alho. Use o molho para regar as perdizes e use o alho e o bacon fritos para decorar a carne. Sirva com uma salada, maçã assada, arroz branco e harmonize com um delicioso vinho tinto de aromas frutados de sua preferência.

Sobremesa

Perdizes do paraíso

Ingredientes: Perdizes; sal e pimenta do reino a gosto; manteiga sem sal; alho e cebolas; bacon em fatias; caldo de galinha; azeite; ramos de tomilho fresco. Preparação: Para começar, pré-aqueça o forno a 220° C. Em seguida, tempere as perdizes com o sal, pimenta, alho e coloque um ramo de tomilho dentro de cada ave. Feito isso, enrole uma fatia de bacon em cada ave. Numa panela, aqueça o azeite e cerca de 15 gr de manteiga. Espere

Para refrescar um pouco os paladares sirva uma salada de fruta ou simplesmente fruta variada, limpa ou descascada e cortada em pedaços. A refeição deve ser bem demorada… Segue-se a típica variedade de doces natalícios: bolos, bolachas, sonhos, pudins… disfrute – o Natal não é todos os dias – e acompanhe com um licoroso ou uma colheita tardia bem fresca. Acompanhe de um convívio harmonioso e, bem ao gosto português, finalize com um bom café! Bon appétit, mes chers!


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Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2020

.rumos&andanças.

.templosda nossaterra.

Márcio Lopes • Docente do IPLeiria marcio.c.lopes@ipleiria.pt

José Eusébio Médico veterinário

A Real Fábrica do Juncal Igreja da Cela Esta igreja foi construída em 1984, pelo povo daquele lugar. É uma igreja de estilo moderno. A Padroeira da Cela e desta igreja é Nossa Senhora da Saúde. A Cela festeja Nossa Senhora da Saúde no 2.º domingo de Setembro. O povo da Cela é muito bairrista e tem comemorado e festejado a sua santa Padroeira. Nesta altura, em que grassa esta pandemia em Portugal e no mundo inteiro, precisamos que Nossa Senhora da Saúde a todos nos proteja e nos livre deste vírus terrível.

Casa no Juncal com azulejos da Real Fábrica na fachada

património). Com o tempo, consoante o prestígio empresarial alcançado, a Real Fábrica do Juncal passou a fornecer os azulejos à Real Casa da Nazaré, bem como as encomendas de loiça à Família Real que se deslocava regularmente ao Santuário da Nazaré. Tal como já foi referido, o período setecentista na alta-estremadura foi caracterizado por uma forte dinâmica industrial, salientado como expoente máximo a Real Fábrica de Vidro na Marinha Grande, e Leiria e Alcobaça a protagonizarem os pólos indus-

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triais de maior relevância na região. A organização industrial no espaço não é casuística e está, historicamente, associada às vantagens de localização (acesso a matérias-primas e vias de comunicação, bem como os apoios do Estado), como é o caso da Real Fábrica do Juncal e a Guilherme Stephens na Marinha Grande. O código genético da Região de Leiria é empresarial e um dos seus genes formativos foi a Real Fábrica do Juncal.

Fotos do autor

Pombal das questões de Estado. D. Maria I subiu ao trono com uma onda de entusiasmo por parte da população e também da Igreja. Em simultâneo, de acordo com Saul António Gomes (1997), “o período setecentista conheceu, na região alto estremenha, um surto das actividades oficinais e industriais”. E é neste contexto que José Rodrigues da Silva e Sousa dirigiu, em 1782, uma petição à rainha para poder usar as Armas Reais por cima da porta da fábrica e, a 28 de Setembro de 1784, passa a denominar-se como Real Fábrica do Juncal. Durante as invasões francesas, a Real Fábrica é destruída e posteriormente reconstruída em 1811 por José Rodrigues em sociedade com José Luís Fernandes da Fonseca. Após a morte do seu fundador em 1824, a fábrica passa para as mãos de José Luís Fernandes, permanecendo na família por mais duas gerações até encerrar as actividades no ano de 1876. Portugal é territorialmente pequeno, mas a sua história é longa e toda ela interligada. A construção da Fábrica do Juncal fora feita com empréstimos concedidos ao fundador, e um dos credores foi a Real Casa da Nazaré (a confraria que geria o Santuário, bem como o seu diverso

Foto do autor

A Fábrica do Juncal foi fundada em 1770 por José Rodrigues da Silva e Sousa, natural dos Milagres (Leiria) e, durante mais de um século, produziu loiça utilitária e decorativa, bem como azulejos. Do ponto de vista económico, a Fábrica do Juncal beneficiou de três factores: 1) a vincada política mercantilista e de desenvolvimento da industrial nacional preconizada pelo Marquês de Pombal; 2) a proximidade às boas condições de obtenção de matérias-primas (argila); e 3) a proximidade à Estrada Real que ligava Lisboa ao Porto (logística e escoamento dos produtos). Além dos factores político-económicos, segundo Maria Filomena Martins (2016), no ano de 1778 foram introduzidas no processo de fabrico “novas influências e técnicas de decoração”, dando origem à chamada “maneira do Juncal”, mais simples nas formas e na decoração inspirada na flora local. Portanto, do ponto de vista empresarial, a Fábrica do Juncal pôs em prática processos de inovação do produto. A 24 de Fevereiro de 1777, logo após a morte de D. José, D. Maria I torna-se rainha e uma das suas primeiras medidas foi, no dia 4 de Março, assinar um decreto que afastava o opulente Marquês de

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temas

. história .

Saul António Gomes Historiador

Cividade, aldeia antiga, num documento de 1682 Cividade é um dos lugares de maior antiguidade histórica na região de Leiria. Precede historicamente, aliás, a Golpilheira, sede da freguesia que atualmente integra. O topónimo evoca a civitas romana de Colippo, erguida, há dois mil anos, como se sabe, por aquelas paragens. Não deixa de ser significativo, aliás, que, em Braga, se registe uma freguesia urbana justamente chamada de Cividade, lembrando as raízes históricas romanas dessa cidade. Outros lugares como Cividade de Cossourado (Paredes de Coura) e Cividade de Terroso (Póvoa de Varzim) têm, no topónimo, a marca da arqueologia antiga dessas terras. Em 1211, o contrato feito entre os clérigos de Leiria e o prior-mor de Santa Cruz de Coimbra, dividindo entre ambos as rendas e dízimos eclesiásticos do priorado leiriense, enuncia a igreja-ermida de «Sancti Leonardi de Civitate» (Introd. à Hist. Castelo de Leiria, doc. 22). De S. Leonardo, em 1211, o orago da ermida mudaria pouco depois para S. Bento da Cividade, hagiónimo que possuía já no começo do século XV (vd., “O Património crúzio em Leiria nos inícios do século XV”, in Órgão Oficial da Diocese Leiria-Fátima, Ano XV, nº 44, julho/ dez. 2007, p. 325). A fábrica da capela de S. Bento da Cividade pertencia ao povo já antes de 1721. Nos séculos medievais e modernos, Cividade era aldeia de lavradores e gentes rurais. O cultivo da terra era a garantia do sustento das famílias que habitavam a aldeia e seus casais próximos. Trazemos ao leitor, hoje, a notícia histórica de uma escritura de contrato, lavrada em meados do século XVII, por um João Francisco, morador nesta aldeia, com um Filipe Rodrigues, senhorio de algumas terras, por este cedidas àquele sob a garantia do pagamento anual de um foro de 25 alqueires de trigo ou 25 tostões por eles. Trata-se de um foro elevado para os cânones daquele tempo, denunciando que as terras em causa, cedidas certamente a prazo certo ao rendeiro, eram extensas

ou numerosas e de boa fertilidade. Refira-se que, pela maior parte, tais contratos de exploração de terras, nesta região e nesses séculos, estabeleciam foros ou rendas, em média, de 3 ou 4 ou pouco mais alqueires de cereal. Uma pensão de 25 alqueires anuais era efetivamente muito considerável. O citado lavrador e rendeiro, João Francisco, faleceu por volta de 1682. A 29 de novembro desse ano, a sua viúva, Maria Carreira, herdeira desta obrigação contratual, «por ser molher», declarou-se incapaz de lavrar as fazendas emprazadas ao seu decesso marido, pelo que desistiu formalmente deste vínculo, tendo esta desistência sido aceite pelo senhorio das terras, Filipe Domingues, de seu nome. Publicamos, aqui, justamente, este documento de desistência de contrato de prazo, recolhido no livro de notas do tabelião leiriense Luís de Almeida Botelho. Este instrumento notarial de desistência de escritura de contrato, e de aceitação dessa desistência pelo senhorio das terras, não nos traz particulares informações sobre as terras em causa, quantas eram, onde se situavam e quais as suas confrontações. Atesta, todavia, o panorama de fragilidade social que atingia as mulheres, especialmente as viúvas, na sociedade desses séculos ditos de Antigo Regime. O desaparecimento, por morte ou outro motivo de ausência prolongada e/ou definitiva, do cabeça de casal de qualquer agregado familiar rural, nesses séculos, constituía um sério revés na vida dessa casa. Quando ficavam órfãos menores, havia que garantir os direitos destes ao património de herança, sendo necessário, às viúvas, encontrar fiadores que abonassem garantias suficientes e reais aos direitos de herança dos menores e descendentes. Não parece ter sido, todavia, o caso de Maria Carreira, pelo que o documento, que aqui se publica, nos permite intuir, a qual, alegando apenas a sua viuvez e impossibilidade de lavrar as terras sujeitas ao contrato agrário, desistiu do mesmo. Mas não deixa de ser uma

situação reveladora, como escrevemos, da fragilidade do estatuto social da mulher naqueles tempos históricos. Pelos apelidos, Maria Carreira, a viúva desistente do contrato, e João Francisco, o seu finado marido, estes integravam os núcleos familiares dos Carreiras e Franciscos, muito numerosos, aliás, em toda a região leiriense. Por outro lado, Maria Carreira, como se vê, integrava um estrato social de alguma relevância no mundo rural, enquanto membro de uma casa de lavradores e rendeiros de fazendas na área geográfica da Cividade-Golpilheira e suas redondezas Num gesto de solidariedade e vizinhança, assinou o instrumento notarial, pela desistente que não sabia escrever, o lavrador Manuel Lopes, residente também na Cividade e homem razoavelmente alfabetizado, a avaliar pela forma elegante como escreveu em vez e a rogo da outorgante, tento estado presentes ao ato, ainda, como testemunhas, Domingos João, da Ribeira dos Sachos, e Domingos Carreira, do Pinhal Verde, aldeias limítrofes, como se sabe, do lugar da Cividade.

DOCUMENTO

1682 NOVEMBRO, 29, Leiria - Maria Carreira, viúva de João Francisco, moradora no lugar da Cividade (Golpilheira), desiste do contrato que fora efetuado pelo seu decesso marido com Filipe Rodrigues, sobre o cultivo de uma fazenda com o foro anual, a pagar no mês de agosto, de 25 alqueires de trigo ou 25 tostões por eles. Arquivo Distrital de Leiria - Notariais de Leiria: V-59-E-3, fls. 176-176v. Dezistencia que faz Maria Carreira viuva da Cividade. Saibão quantos este publico estromento de dezestencia de fazenda e aseitação della virem que no anno do nacimento de Noso Senhor Jezus Christo de mil e seiscentos e outenta e dous annos aos vinte e nove dias do mes de novembro do dito anno nesta cidade de Leiria nas cazas de morada de mim tabeliam ao diante nomeado ahi era prezente Maria Carreira viuva de Joam Francisco moradora no lugar da Golpilheira digo no lugar da Cividade termo desta dita cidade

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Festas Felizes!

Rua de Leiria, n.º 7 Casal de Mil Homens 2440-231 GOLPILHEIRA Tel. 244 768 150 Fax 244 767 040 geral@golpifer.pt / golpifer@gmail.com

Página com as assinaturas das partes outorgante e testemunhas da desistência de contrato efetuada por Maria Carreira, da Cividade. (Imagem do autor com autorização do Arquivo Distrital de Leiria) de Leiria pessoa que eu tabeliam conheço e logo por ella foi dito perante mim tabeliam e testemunhas ao deante nomeadas que era verdade que que [sic] ella em vida de seo marido fezera hua escreptura publica de vinte e sinco alqueires de trigo e vinte e cinco tostois per elles pagos per todo no mes de agosto de cada hum anno. E pello dito seo marido falecer da vida prezente e não poder cultivar a dita fazenda que esta obrigada a dita escritura por ser molher viuva ella de sua propria e livre vontade e sem constrangimento de pessoa alguma alguma [sic] deziste como de feito logo dezistio de toda a fazenda que esta obrigada na dita e inposera ao dito [sic] Philippe Rodrigues porquanto d’oje em diante não haver mais mais [sic] couza alguma da dita fazenda e a larga e transfere todo o direito e domenio e senhorio que tem na dita fazenda em elle Phillipe Philippe Rodrigues para que elle fassa della tudo o que lhe bem paresser ficando ella dita Maria Carreira livre e desobrigada de pagar mais o dito foro a elle dito cenhorio que prometeo e se obrigou de aver por bom firme e valiozo deste dia pera todo o sempre esta dezistencia sobre obrigação de todos seus bens moveis e de raiz avidos e por aver.

E em fé e testemunho de verdade assim o outrogou e dello mandou fazer este estromento de dezistencia de fazenda e aceitação della nesta notta e della dar hum tresllado ao dito Philippe Rodrigues pera seo titollo e todos os que lhe comprirem deste theor. E pello dito Phelippe Rodrigues estar prezente disse que aceitava esta desystencia e aceitação de fazenda. Eu tabeliam como pessoa publica estepullante e aceitante aceitei e estepullei em nome da pessoa ou pessoas a que pertensa ser aceitado aqui auzentes quanto em direito devo e posso. [Fl. 176v] Testemunhas que a todo foram prezentes que com ella dezistente e aceitante aqui acinarão Manuel Lopes lavrador da Cividade que acinou pella dita dezistente Maria Carreira a seu rogo por dizer que não sabia assinar por sua mão e Domingos João da Ribeira dos Sachos e Domingos Carreira do Pinhal Verde tudo termo desta cidade. Eu Luis de Almeida Botelho tabeliam que o escrevi. (Assinaturas e sinais) A rogo da sobredita - Manoel Lopes. - Phelippe Rodriguez. - + Da testemunha Domingos João. - + Da testemunha Domingos Carreira.


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. história . Miguel Portela Investigador

Os retábulos da igreja dos Capuchos de Pombal dos entalhadores António de Azevedo e António Ribeiro - Breves notas de investigação Breve introdução Fr. Agostinho de Santa Maria na sua obra Santuario Mariano, editada em 1712, fornece-nos importantes esclarecimentos a respeito da igreja dos Capuchos de Pombal e da devoção do Conde de Castelo Melhor, Luís de Sousa e Vasconcellos à Senhora do Cardal. Historiou o citado autor que “Havia nascido este Fidalgo na mesma Villa do Pombal, & sendo menino havia escapado de huma grande enfermidade pela intercessão de N. Senhora, por cuja causa em acção de graça mandárão fazer seus pays hum fermoso alpendre à Ermida da Senhora, que era quadrado, & da largura da mesma Igreja; mas este com huma grande tempestade veyo ao chão. Nesta vinda do Conde se quis elle mostrar agradecido aos benefícios da Senhora, mandadolhe edificar hum grande, & magnifico Templo, & de perfeytissima architectura, que tem custado huma grande soma de mil cruzados; em que tambem tem sua parte não só os moradores da Villa mas os do termo; porque todos concorrérão segundo a sua possibilidade, pela affectuosa devoção, que todos tem para com aquella milagrosa Senhora. Por ser este Templo merecedor de ser assistido de huma nobre Religião, se consignou primeyramente aos Padres Bernardos, depois aos Padres da Congregração de São João Evangelista; & a elles verdadeyramente pertencia, para conservarem naquella Villa a santa memória do Veneravel Padre Antonio da Conceyção, por ser natural da mesma Vill. Ultimamente se deu esta Casa aos muytos Santos Religiosos da Provincia de Santo Antonio; porque para elles a tinha Deos reservado, & com estes Santos Capellaens será a Senhora muyto bem assistida. Tomárão estes posse daquella Casa no anno de 1708, & agora vão dispondo a sua vivenda. (…) Está collocada a Senhora do Cardal ainda ao presente (neste anno em que escrevemos de 1708) na sua antiga Ermida; mas della será tresladada brevemente ao seu novo Templo. No anno de 1709, se celebrou a esta costumada da Senhora do Cardal em 27 de Julho, & em hum Sabbado de manhãa, que era a vespora da sua festividade, se fez a tresladação da sua antiga Ermida para o seu novo Templo, em que assistio o Illustrissimo Bispo Conde Dom António de Vasconcellos, & seu irmão o Conde de Castello Melhor, & seus filhos o Conde da Calheta, & Dom Bernardo de Vasconcellos, & seus sobrinhos, & nesta occasião se fez a festa da Senhora com muyta grandeza” (SANTA MARIA, Fr. Agostinho de - Santuario Mariano, e Historia das Imagens milagrosas de Nossa Senhora, e das milagrosamente apparecidas, que se venerão em o Arcebispado Primás de Braga, & nos Bispados seus suffraganeos, em graça dos Prégadores, & dos devotos da mesma Senhora. Tomo Quarto. Lisboa: Na Officina de António Pedrozo Galram, 1712, pp. 459-472). Digna de registo é a referência à antiga ermida da Senhora do Cardal

que Pinho Leal, em 1876, alude, deixando-nos escrito que “No Rocío do Cardal, ao S.O. da villa, esteve a capella de Nossa Senhora de Jerusalem. Era de abobada, e foi mandada construir por D. Maria Fogaça, que vivia em uma torre proxim, e ao S. da capella. Ainda há vestígios d’esta torre. (…) Em frente ao mosteiro, existiu, até 1855, a ermida primitiva da Senhora do Cardal, sendo então demolida pelas obras públicas” (PINHO LEAL, Augusto d’Azevedo Barbosa de - Portugal Antigo e Moderno. Diccionario Gerographico, Estatistico, Chorographico, Heraldico, Archeologico, Historico, Biographico e Etymolagico e todas as cidades, villas e freguezias de Portugal. Lisboa: Livraria Editora de Mattos Moreira & Companhia, 1876, vol 7, pp. 128-134). De entre os muitos artistas que trabalharam nas obras deste novo templo, assim como do convento a ela anexo, destacamos os mestres de obras José de Oliveira que faleceu 3 de maio de 1692 e João Rodrigues que desepenhou essas funções até à conclusão da obra (Vd. PORTELA, Miguel – Os mestres embutidores de pedraria da Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Atouguia de Baleia. Figueiró dos Vinhos: Edição do autor, 2018, pp. 7-8) Os retábulos colaterais e algumas novas imagens Pouco depois de ser transferida a imagem da Senhora do Cardal “da sua antiga Ermida para o seu novo Templo”, foi lavrado no cartório notarial da cidade de Coimbra o contrato de obrigação da obra de dois retábulos colaterais e algumas imagens para a igreja dos Capuchos em Pombal pela quantia de 180.000 réis. Este contrato foi celebrado em 24 de setembro de 1709 entre o Reverendo Cónego Miguel de Soutomaior assistente em casa do Bispo de Coimbra e os entalhadores António de Azevedo e António Ribeiro que haviam concluído o retábulo de Nossa Senhora da Paz na Granja do Couto de Semide. Sabemos que o entalhador António de Azevedo era oriundo do Porto, cidade de onde cremos ter vindo também António Ribeiro (Arquivo da Universidade de Coimbra, Cartório

Notarial de Coimbra, Livro de Notas n.º 28 [1703-1704], do notário João Dias Gomes, Dep. V-1ªE-8-4-181, fls. 86v-87v, “António de Azevedo, Marcineiro da cidade do Porto”. Revela-nos esta importante escritura os apontamentos da obra cujo conteúdo ficou assim arrolado: “dicerão se obrigavão a fazer os ditos dous Retabollos nos dous altares collatrais da dita Igreja de madeira de castanho, limpa e boa e de receber com quatros colunas cada coletral de obra salemónica e que hoje se uza da milhor e mais moderna, com suas targas e bamquetas tudo da mesma talha em huma Capella se obrigavão a por a saber: São Francisco, Santo António, São Pedro de Alcamtara, de sinco palmos cada Santo todos muito bem obrados e, em outro altar o Beato António da Comceição posto de joelhos com as mãos levantadas para huma Senhora sentada em huma Nuvem e junto ao dito Beato António humas figuras da mesma talha e figuras no mesmo painel”. Ajustou-se a obra por “preço certo e quantia de cento e outenta mil reis limpos, pagando elles ditos Emtalhadores os carretos a sua custas, postos e acentados nos ditos dous coletrais e se obrigavão a dar a dita obra feita e acentada nos ditos dous coletrais athé o ultimo de mayo do anno foturo de mil setecentos e déz para o que lhe daria logo de emtrada cecenta mil reis, e que quando quiserem principiar a acentar a dita obra lhe daria outros cecenta mil reis, e depois de assentada e ficando a comtento do digo Reverendo Conigo na forma da planta que se mostrou lhe daria outros cecenta mil reis”. Constatamos assim, que a obra foi executada entre 24 de setembro de 1709 - data da celebração deste contrato -, e 31 de maio de 1710 - data limite para assentar os dois retábulos pelos referidos entalhadores. Nesse ato notarial, esteve presente João Francisco, mestre sombreireiro, morador na rua da Calçada da cidade de Coimbra, o qual ficou por “fiador e prinçipal pagador dos sobreditos obrigados e por elles se obrigava a satisfazer tudo quanto tiverem recebido ao dito Reverendo Conigo não ficando a dita obra na forma que assima fica declarado”.

Largo da Carca e Paços do Concelho em Pombal no início do século XX. Postal Ilustrado. Edição de Adelino Pereira – Figueira da Foz.

Fachada da igreja de Nossa Senhora do Cardal em Pombal. Postal Ilustrado. Foto-Beleza – Porto. Em síntese Com estes novos elementos revisitámos mais uma página pouco conhecida da história de Pombal, no caso concreto de dois mestres entalhadores que executaram em 1709 dois retábulos colaterais e umas imagens para a igreja dos Capuchos.

DOCUMENTO 1

1709, setembro, 24, Coimbra – Contrato de obrigação que fizeram os entalhadores António de Azevedo e António Ribeiro assistentes na Granja do Couto de Semide ao Reverendo Cónego Miguel de Soutomaior para a execução de dois retábulos colaterais e algumas imagens na igreja dos Capuchos (Convento de Nossa Senhora do Cardal) em Pombal pela quantia de 180.000 réis. Arquivo da Universidade de Coimbra, Cartório Notarial de Coimbra, Livro de Notas n.º 6 [17081709], do notário Bernardo Pinheiro, Dep. V-1ªE-9-6-54, fls. 156v-158. Obrigaçam que fazem António de Azevedo e António Ribeiro, Companheiros, Mestre de Obras de Emtalhadores asistentes no lugar da Gramja do Couto de Semide ao Reverendo Conigo Miguel do Souto Maior fiador e principal pagador João Francisco, Sombreireiro morador na Rua da Calçada desta cidade Coimbra etecetra. Saibão quantos este publico instromento de comtracto e obrigação ou como em Direito milhor dizer se possa vir em que no anno do Nascimento de Nosso Senhor Jezus Christo de mil setecentos e nove annos aos vinte e quatro dias do mez de cetembro do dito anno nesta cidade de Coimbra dentro no Passo do Illustrissimo Bispo na caza onde asistia o Reverendo Conigo Miguel do Souto Maior aonde eu Taballiam vim chamado ahi estava elle prezente pessoa que reconheço // [fl. 157] Reconheço e outrosim estavão prezentes António de Azevedo e António Ribeiro, Companheiros, Mestres de Obras de Emtalhadores asistentes no lugar da Gramja do Couto de Semide deste Bispado pessoas conhecidas das testemunhas ao diante nomiadas e asignadas que decerão conhecião muito bem os sobreditos serem os mesmos que prezentes estavão e as testemunhas conhecidas de mim Taballiam e logo pellos ditos António de Azevedo e António Ribeiro me foi dito em prezença das mesmas testemunhas que elles estavão comtractados com o Reverendo Conigo Miguel de Soutomaior asistente em caza do Illustrissimo Bispo de Coimbra para tomarem sobre si a obra dos dous Retabollos dos altares coletrais e imagens da Igreja dos Capuchos da villa do Pombal na forma e maneira seguinte a saber: dicerão se obrigavão a fazer os ditos dous Retabollos nos dous altares collatrais da dita Igreja de madeira de castanho, limpa e boa e de receber com quatros colunas cada coletral de obra salemónica e que hoje se uza da milhor e mais moderna, com suas targas e bamquetas tudo da mesma talha em huma Capella se obrigavão a por a saber: São Francisco, Santo António, São Pedro de Alcamtara, de sinco palmos cada Santo todos muito bem obrados e, em outro altar o Beato António da Comceição posto de joelhos com as mãos levantadas para huma Senhora sentada em huma Nuvem e junto ao dito Beato António humas figuras da mesma talha e figuras no mesmo painel, isto em preço certo e quantia de cento e outenta mil reis

limpos, pagando elles ditos Emtalhadores os carretos a sua custas, postos e acentados nos ditos dous coletrais e se obrigavão a dar a dita obra feita e acentada nos ditos dous coletrais athé o ultimo de mayo do anno foturo de mil setecentos e déz para o que lhe daria logo de emtrada cecenta mil reis, e que quando quiserem principiar a acentar a dita obra lhe daria outros cecenta mil reis, e depois de assentada e ficando a comtento do digo Reverendo Conigo na forma da planta que se mostrou lhe daria outros cecenta mil reis e que nesta forma se obri// [fl. 157v] forma se obrigavão a fazer a dita obra athé dito dia sem duvida alguma e não a fazendo se obrigavão a repor toda a quantia que tiverem reçebido da mão do dito Reverendo Conigo por suas pessoas e seus bens que obrigavão e se obrigavão hum por hum, outro por outro e o mais bem parados delles e que renunçiavão o Juis de seu foro; prezentes e foturos e todos os previlegios, leis, e liberdades, gerais e especiais que per si alegar possão e que se obrigavão a responder, perante onde o dito Reverendo Conigo os quizer obrigar sem poderem declinar do Juizo e que não querião ser ouvidos sem primeiro depositarem tudo o que tiverem recebido na mão dos ditos Reverendo Conigo ou de quem seu poder tiver. E logo pello dito Reverendo Conigo foi dito em prezença das mesmas testemunhas que elle como recebedor da Mitra deste Bispado se obrigava a fazer todos os ditos pagamentos aos tempos detreminados não faltando os sobreditos a tudo a comtheudo neste instromento ou alguma couza delle. E logo a minha vista e das testemunhas emtregou aos sobreditos o primeiro pagamento de cecenta mil reis em dinheiro que elles receberão e delles se derão por emtregues e satisfeitos; debaixo das clauzullas, comdiçõis, pennas e obrigaçõis asima postas. E logo por ahi estar prezente João Francisco, Mestre Sombreireiro morador na Rua da Calçada desta cidade pessoa que reconheço por elle foi dito em prezença das mesmas testemunhas que elle ficava por fiador e prinçipal pagador dos sobreditos obrigados e por elles se obrigava a satisfazer tudo quanto tiverem recebido ao dito Reverendo Conigo não ficando a dita obra na forma que assima fica declarado para o que obrigava sua pessoa e bens moveis e de rais havidos e por haver e em especial os de rais seguinte a saber: duas vinhas que tem no lugar de Falla parte huma com Manoel Francisco, Sapateiro outra com António Martins, Troupiqueiro, ambos do dito lugar com declaração que esta hipotequa especial não derogue a geral dos seus bens nem // [fl. 158] nem pello contrário e que pera tudo mais haver de comprir se sobmetia debaixo de todas as clauzullas, comdiçõis, pennas e obrigaçõis e dezaforamentos deste instromento em que estão obrigados os ditos Mestres obrigados e declaração elles obrigados que se obrigavão a dar nova fiança a contento do dito Reverendo Conego todas as vezes que lha pedir dentro de outo dias primeiros seguintes que tiverem avizo e desta maneira ouverão este instromento por valliozo e o mandarão fazer neste meu Livro de Notas em que asinarão de que comcederão os que forem necessários deste theor, que aceitarão e eu Taballiam o aceitei tanto quanto em Direito posso, e devo ao que forão testemunhas prezentes André da Silva, e António Gonsalvez, Criados do Illustrissimo Bispo, que todos aqui asinarão Bernardo Pinheiro publico Taballiam o escrevi. (a) António de Azevedo (a) António Ribeiro (a) João Francisco (a) André da Sylva (a) António Gonsalvez (a) Miguel do Soto Mayor


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sugestões de leitura

Contos Tradicionais Portugueses Antologia Guerra e Paz Editores

A literatura de tradição oral tem vital importância na redescoberta das nossas tradições, da nossa identidade e da força da cultura popular. Ciente disso, a Guerra e Paz apresenta esta antologia com 55 contos, escolhidos entre as obras de cinco grandes compiladores: Teófilo Braga, José Leite de Vasconcelos, Adolfo Coelho, Ana de Castro Osório e Consiglieri Pedroso. A obra apresenta histórias concisas e densas, nas quais a acção é simples e predominam diferentes elementos: o sobrenatural, em textos como “A bicha de sete cabeças”, o sentimento, em “Filho és, pai serás”, a jocosidade em “A enfiada de petas” e até mesmo o religioso “Sermão na aldeia”. Há até contos nos quais os animais ganham características humanas e falam, como são exemplo a “História da carochinha” ou a de “Os quatro bichos”. Tudo cabe nestes Contos Tradicionais Portugueses, uma obra de divulgação da cultura popular portuguesa, que vai querer partilhar com familiares e amigos num serão à lareira ou nas redes sociais. E não esqueça que… “quem conta um conto, acrescenta um ponto”!

Heterónimo de Pedra Henrique Castanheira Guerra e Paz Editores

Sendo um livro ficcional, esta obra reflecte a vivência e o percurso do autor, destacado pelo Estado português, mais concretamente na esfera de intervenção do Ministério da Defesa, para missões em organizações internacionais, da Bósnia ao Paquistão, na África e na Ásia. Muitos dos temas da obra tocam o âmbito dos trabalhos de comissões que lidam com direitos e garantias, com a educação, negócios estrangeiros e comunidades portuguesas, cultura e comunicação. O “Heterónimo de Pedra” é a obra vencedora, em 2020, do mais importante prémio de revelação literária, o maior, a nível de candidaturas, de todo o espaço dos países de língua portuguesa, organizado e patrocinado pela UCCLA, associação das cidades capitais dos países de língua portuguesa, que tem como um dos seus objectivos contribuir para o fortalecimento dos laços culturais dessas cidades e países. Em 2021, terá lugar a 6.ª edição do Prémio Literário UCCLA, Novos Talentos– Novas Obras em Língua Portuguesa. As candidaturas já estão abertas.

Azulejos Pretos Pedro Bidarra Guerra e Paz Editores

Este livro não é para flores de estufa. Há livros que nos agitam, enervam, excitam ou revoltam. Há livros angustiantes, há livros carregadinhos de emoção e outros epifânicos. “Azulejos Pretos” agita, enerva, excita, revolta, angustia, emociona e, se não desagua numa epifania, talvez desagúe numa antiepifania. Começa assim: «A porta é preta, a retrete é preta, o tampo é preto, o papel higiénico é preto». Neste cenário, uma casa de banho, está o narrador que vai viver, e os leitores com ele, uma noite de reencontros, de surpresas inóspitas, de acidentes sulfúricos e de memórias revisitadas. Numa Lisboa fora de horas e fora de sítio, entre a arte e a vida, o tempo e a memória, a porta abre-se e, na casa de banho preta, entram e ajoelham-se modelos de vestido preto e justo, poetas, dealers, criativos, gestores, artistas, até um padre. Figuras reais da noite de Lisboa, com doses generosas de um realismo que descarta o circunstancial e lhes dá universalidade. Um romance cínico, satírico, ácido, mas também escondidamente enternecido.

Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2020

À Roda de uma Vontade APAV/Quetzal

O ano de 2020, momento em que a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima assinala 30 anos de existência, ficará para sempre na memória de todos nós. Foi o ano que relembrou, a quem eventualmente tivesse esquecido, a importância da arte e da transcendência não só na vida individual como na vida das sociedades. A importância do trabalho dos/das artistas tornou-se mais evidente no quotidiano e na construção da sociedade que queremos. A pandemia e o isolamento tornaram mais claro o estatuto da arte enquanto necessidade e possibilidade de evasão da realidade – e, assim, da experiência artística enquanto potência para a construção de novos sentidos, de novas possibilidades para a vida concreta. Neste livro, a APAV convidou 15 personalidades de várias áreas a escrever uma história. A par dos contos, destacam-se 15 trabalhos originais de ilustradores e ilustradoras. Conta com o apoio da Quetzal Editores, que dá o seu contributo a esta causa dos valores de cidadania e igualdade e de uma sociedade mais justa e menos violenta.

O Mapeador de Ausências Mia Couto Leya / Caminho

Diogo Santiago é um prestigiado e respeitado intelectual moçambicano. Professor universitário em Maputo, poeta, desloca-se pela primeira vez em muitos anos à sua terra natal, a cidade da Beira, nas vésperas do ciclone que a arrasou em 2019, para receber uma homenagem que os seus concidadãos lhe querem prestar. Mas o regresso à Beira é também, e talvez para ele seja sobretudo, o regresso a um passado longínquo, à sua infância e juventude, quando ainda Moçambique era uma colónia portuguesa. O Mapeador de Ausências é um romance de grande fôlego cuja acção decorre no Moçambique pré e pós-independência. Dezenas de extraordinários personagens, tão ricos quanto diversos e complexos, e uma intriga que se vai desenrolando diante do leitor com tanto de rigor lógico quanto de inesperada surpresa, fazem deste romance uma das melhores obras do autor e um dos grandes livros do ano. Recordamos que Mia Couto é detentor de vários prestigiados galardões literários, nomeadamente o Prémio Camões.

Conta-me (Mais) Estórias

– Storytelling na Gestão de Pessoas na Lusofonia José Bancaleiro e Pedro Ramos Editora RH Na sequência da obra “Conta-me Estórias – Storytelling na Gestão de Pessoas”, neste segundo volume, José Bancaleiro e Pedro Ramos reúnem as experiências de vários gestores de pessoas de Portugal, Brasil, Angola, Cabo Verde, Moçambique e Timor Leste. Estes episódios constituem poderosas peças de storytelling para a gestão de pessoas e são contados por «gente que gosta de gente» – gestores que, em diferentes organizações, dimensões e culturas, compreendem a importância das pessoas no sucesso dos negócios e das organizações. Porque é muito mais o que nos une do que o que nos separa! O público-alvo preferencial são os gestores, quadros superiores de empresas, investigadores, consultores, formadores, directores e técnicos de recursos humanos, psicólogos, empreendedores, estudantes do ensino superior – licenciaturas, pós-graduações, mestrados e doutoramentos – nas áreas da psicologia, gestão, economia, comportamento organizacional e sociologia das organizações.

Caimaneros

Da Psicologia à Gestão de Pessoas: Casos de Intervenção em Organizações

Guerra e Paz Editores Na noite de 28 de Outubro de 1977, em plena Guerra Fria, 818 crianças embarcaram num navio soviético no porto de Luanda, em Angola, com destino a Cuba, numa travessia do Atlântico que durou 20 dias. Esses primeiros estudantes e os que foram chegando depois, já de avião, viveram uma verdadeira odisseia na Ilha dos Mil Nomes, hoje denominada Isla de la Juventud. Como terá sido a adaptação a um novo continente? Que choques culturais e barreiras linguísticas experienciaram? O que mudou nas suas vidas? E no seu país natal que acabara de se tornar independente? Perguntas que 43 anos depois são dadas neste livro por um dos meninos apelidados de caimaneros – pela semelhança do recorte geográfico de Cuba com um caimão. Roderick Nehone, pseudónimo literário de Frederico Cardoso, apresenta-nos, fundindo a realidade e a ficção, a experiência que mudou a sua vida e a dos seus companheiros, jovens dos 11 aos 16 anos. Momentos de superação, camaradagem e transformação num romance histórico que promete apaixonar os leitores.

Como criar um novo departamento numa organização? Como integrar a formação com a avaliação de desempenho? Como implementar um sistema de qualidade? O que fazer com os resultados de um diagnóstico de satisfação? Como calcular um novo salário? Qual a importância da criatividade e da inovação no sucesso organizacional? Estas são algumas das questões abordadas nos casos reais descritos neste livro, relatados na primeira pessoa pelos seus actores – directores de recursos humanos, consultores e psicólogos – e vividos não só em grandes organizações industriais e de serviços como em PME, municípios e organizações sem fins lucrativos em Portugal e no Brasil. O público-alvo preferencial são os gestores, quadros superiores de empresas, investigadores, consultores, formadores, directores e técnicos de recursos humanos, psicólogos, empreendedores, estudantes do ensino superior nas áreas da psicologia, gestão, economia, comportamento organizacional e sociologia das organizações.

– Momentos de Uma Odisseia na Ilha Roderick Nehone

Ana Veloso Cristina Pinto de Sá Editora RH

Contos de Grimm para todas as idades Philip Pullman Bertrand Editora

Os maravilhosos contos de Grimm recontados por Philip Pullman, numa obra que inclui histórias mais populares como “Branca de Neve”, “Hansel e Gretel” e “Capuchinho Vermelho”, ou outras menos conhecidas como “A Madrinha Morte”, “As Três Folhas da Serpente” e “A Couve Mágica”. Esta é uma obra de rainhas maléficas e reis vilões, de príncipes e princesas, de corajosos e trapaceiros. Os Irmãos Grimm marcaram a literatura com histórias repletas de magia. Quem não se assustou com a madrasta malvada capaz de matar a mais bela das donzelas? Ou quem não desejou cruzar-se com animais com poderes mágicos dispostos a salvar quem tem o coração puro? As histórias irresistíveis dos Irmãos Grimm, para leitores de todas as idades, chegam agora pelas mãos do galardoado autor Philip Pullman. Com os personagens míticos que idolatramos, com os príncipes valentes e os heróis improváveis, e cuja moral da história guardamos na memória, confiantes de que o bem há-de sempre prevalecer sobre o mal.

Deus e o Diabo (ao estalo) Fernando Vaz Pessoa O Declamador

Não é fácil escrever sobre uma obra poética onde a subjectividade do poeta é a sua própria essência. […] Assim a poesia e o poema consubstanciam-se nesta interligação com palavras que se sentem. Também o Vaz Pessoa entra subtilmente se interroga entre o sim o não, embrenha-se na busca de perguntas e respostas na incessante destrinça entre o Deus e o Diabo. […] Não assimilando só para si o seu “Ego” distribui de modo eloquente o que lhe corre na alma pelos seus amigos poetas e por pessoas de todas as condições sociais porque o que sente é abrangente para todos na sua concepção de homens/poetas e que considera iguais. Na sagacidade da palavra desdobra-se ainda no pseudónimo “Augusto Sesimbra” que se por vezes esgana no erotismo nas suas palavras descrevendo casos, pessoas no hilariante descrever das situações. […] No entanto o poeta Vaz Pessoa não descura o sabor do seu amor, também o constrói e está no centro do seu pensamento. – José Caçapo, prefácio.

- Os Cinco Voltam à Ilha - Os Cinco e os Contrabandistas

Colecção “Os cinco” em banda desenhada Béja e Nataël LeYa / Oficina do Livro Chegaram às livrarias, no final de Outubro, dois volumes (o 3.º e o 4.ª) da famosa colecção “Os Cinco”, de Enid Blyton, em versão banda desenhada. Os títulos “Os Cinco Voltam à Ilha” (volume 3) e “Os Cinco e os Contrabandistas” (volume 4) foram, tal como os anteriores, adaptados pela dupla Béja e Nataël, que não deixaram que se perdessem as emoções que a obra tem transmitido a várias gerações desde os anos 40. O volume 3 fala de um Verão em que tudo corre mal. A mãe da Zé está doente e é a antipática senhora Stick que se encarrega da casa. Ela dificulta a vida ao Júlio, à Zé, ao David, à Ana e ao Tim, que decidem fugir de barco para se refugiarem no castelo da ilha de Kirrin. Mas OS CINCO rapidamente se apercebem de que não estão sozinhos… No volume 4, são as férias da Páscoa que começam mal: uma árvore caiu sobre o Casal Kirrin. O Júlio, a Zé, o David, a Ana e o Tim têm de se instalar no Monte dos Contrabandistas, junto à sinistra ilha do Desterro, onde acontecem coisas muito estranhas... PUB


sugestões de leitura • 33

Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2020

Dentro da Luz

Joaquim Santos investiga a história local O jornalista e investigador Joaquim Santos tem feito, sobretudo nos últimos anos, um profícuo trabalho de recolha, sistematização e publicação de documentos, textos e notícias sobre diversos aspectos da história da cidade de Leiria e de toda a região, com alguns livros dedicados, em concreto a várias das suas freguesias. Colaborador do nosso Jornal, tem oferecido as suas obras à nossa biblioteca e aqui as temos divulgado, como ainda na última edição, “Contributos para a história da actividade bancária em Leiria”. Nem a pandemia tem travado o seu labor de investigação, sobretudo no Arquivo Distrital de Leiria, e, neste mês de Dezembro, apresenta mais duas: “1854-1933 – Leiria da Monarquia e Liberalismo à República e Estado Novo” e “A Aviação na Imprensa de Leiria”. Ambas as obras são editadas pela Inforletra, proprietária do jornal “Notícias de Colmeias”, que fundou e dirige, e apresentam, sobretudo, recortes da imprensa regional entre aquelas datas. Na primeira,

“Que Luz imensa brilhou, a partir de Fátima, em 1917!”. Assim começa e termina este livro sobre a Mensagem comunicada por Nossa Senhora ao mundo, naquele ano, através de três pequenos pastores. Tendo sido postuladora da Causa que culminou na canonização de Francisco e Jacinta Marto, em 2017, e agora vice-postuladora da beatificação de Lúcia de Jesus, Ângela de Fátima Coelho, médica e religiosa, conhece como poucos a vida dessas crianças e os pormenores da experiência sobrenatural que tiveram. Nesta obra, sintetiza um curso que preparou sobre a Mensagem de Fátima, no âmbito do Centenário das Aparições, por onde passaram já mais de dois milhares de participantes, em 14 edições realizadas. Desde os temas centrais da Teologia lidos a partir da narrativa das Aparições de Fátima, como a Revelação, a Trindade, a Eucaristia ou os dogmas marianos, passando por questões como o poder do Rosário, a relação com os Papas e a consagração do mundo ao Coração de Maria ou a compreensão do Segredo de Fátima, até à vida e missão dos Pastorinhos, tudo é apresentado com profundidade e fundamentação, sempre numa linguagem simples, acessível e cativante, que envolve o leitor na paixão da autora. Este é um livro indispensável para quem quer conhecer ou aprofundar o tema das Aparições de Fátima, escrito por uma verdadeira “apóstola” desta Mensagem, como a qualifica o cardeal D. António Marto no prefácio.

O Grande Livro do Natal Português UMP / Editora SELF O Natal é um momento especial. Especial porque nos ajuda a alimentar o espírito daquilo que é realmente importante. Mas o Natal é diferente em cada lugar, em cada cultura, em cada geografia. Será que já pensou no quão especial e diferente é o Natal Português? Portugal é um país com uma longa história. Não só uma história de civilizações poderosas e reconquistas, mas também uma história ainda mais antiga, de povos que aqui habitaram e que aqui deixaram o seu legado cultural. Sabia que até hoje, persistem tradições e rituais de Natal que são exclusivos a Portugal e que não existem em mais lugar nenhum no mundo? Procurando celebrar esta cultura única e fascinante, nesta obra se reúne um conjunto de elementos que nos levam a visitar o mais único e exclusivo Natal Português: dos Caretos ao Madeiro, do bacalhau ao polvo, do Magusto da Velha ao Presépio Lapinha, do Bananeiro aos Cantes ao Menino. Um livro para se deliciar em família, onde poderá encontrar provérbios, lendas, contos portugueses tradicionais de Natal, a origem das tradições natalícias, deliciosas receitas típicas do nosso país e até moldes para decorações de Natal, com vídeos de suporte no site vidaself.com, que o ajudam a “fazer você mesmo”. Numa parceria com a União das Misericórdias Portuguesas (UMP), esta obra está em venda solidária, revertendo um euro por cada livro para apoiar a compra de equipamento de protecção individual para as estruturas das Misericórdias em todo o País.

abordam-se os aspectos mais políticos, sociais e culturais da evolução sociológica das populações e protagonistas de Leiria, atravessando os diversos regimes políticos neste período. Na segunda, uma questão muito concreta, a aviação, tanto quando o tema surgia nas redacções leirienses, como quando foram surgindo pilotos e outros pioneiros desta área na própria região, com momentos altos como a fundação do Aero Clube de Leiria, em 1936.

Ourivesaria

Avaliação, compra e venda de

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Um filho morre e os pais choram. O filho é Tomás, os pais são Clara e Afonso. Ela chora como uma mãe deve chorar a morte de um filho, ele ri como se a morte de um filho tivesse graça. “Lágrima” é o primeiro romance de André Pereira, escritor natural dos Marrazes, Leiria. Este ano, durante a pandemia, decidiu reeditar o romance, em edição de autor, mas quis adicionar-lhe algo mais. “Depois de ter esgotado a primeira edição, decidi convidar a minha amiga Sara para acrescentar algo à edição seguinte’’, explica o autor. Sara Vieira, natural de Porto de Mós, aceitou de imediato ilustrar o livro. “Juntos, criámos um livro quase novo, mantendo o texto, alterando a sua forma de o ler. Uma obra diferente daquela apresentada na primeira edição, com outra roupa, com outra cara, mas com a mesma voz’’, conclui.

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Boas festas!

Ilustradora

O André já escreveu para televisão (“5 Para a Meia-Noite”, “Bem-vindos a Beirais”), para a rádio e para teatro. É autor de dois solos de stand-up comedy, trabalhou como jornalista na revista “Penthouse” e assinou crónicas na “FHM” e no “Público P3”. Na estante, tem dois livros da sua autoria (“Pequenas estórias de muitas vidas” e “Lá-

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grima”) e participou em diversas colectâneas. As obras de Sara voaram até Pequim, República Checa, Bulgária e por terras lusas de Leiria a Lisboa. Vive entre Paris e Leiria e pelas paredes vai deixando uns quadros e uns desenhos.

Ângela Susano

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Autor

Desejamos a todas as clientes e amigas festas muito felizes! deseja

Não sendo possível, nesta altura, fazer apresentações públicas, Joaquim Santos tem feito divulgação nas redes sociais. Além de estarem disponíveis nas livrarias de Leiria, o autor recebe encomendas por e-mail para joaquimmanuelalvessantos@ hotmail.com. Poderá consultar na sua página de facebook mais algumas das 30 obras que já tem publicadas…

Lágrima, um romance com raízes nos Marrazes

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OURO

Apresentação “simbólica” no Parque do Avião

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– Um itinerário para compreender a Mensagem de Fátima Ângela de Fátima Coelho Santuário de Fátima

MARGARIDA RITO Ed. Arcadas (frente) • Av. Marquês Pombal • LEIRIA

Filipa Silva Solicitadora Agente de Execução Estrada de Fátima, n.º 16-B, R/C Esq. 2440-100 Batalha Telm. 910 865 979 | Tel./Fax 244 765 466 4830@solicitador.net

Festas Felizes!


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poesia/ /obituário

Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2020

apoio/divulgação

. Poesia .

Verdadeiro Natal Natal é a cada olhar Natal é o acreditar Natal é o saber e semear Natal é o pensar e meditar

Uma Carreira na vida... interrompida Jovem foste minha flor Jovem vida de amor No teu carinho especial Partiste em época de Natal

Natal é a paz e a compreensão Natal é alegria no coração Natal é o receber e o amar Natal, as lágrimas libertar.

Uma Carreira na vida Cedo foi interrompida Neste acidente de viação Que tocaste meu coração

Natal é o Redentor a nascer! Natal é vencer para colher Natal é o carinho e o perdoar Natal é tudo para vencer.

Sara Carreira, mulher e menina Uma especiaria muito Divina Nos nossos corações estrelastes Muito bem cedo nos deixastes

Em todo o mundo faz pensar! Sofrimento difícil de aceitar, Em toda a área da saúde É cansativo para tudo superar

Agora que no céu vais estrelar Onde Deus te vai dar um lar Fica em nós tua imagem esperança Fica em nós tua eterna lembrança

Menino Jesus Dai a cura aos que sofrem Em vez de armas distribuam o pão Natal; dai-nos a verdadeira união. Cremilde Monteiro

Dedicado a Sara Carreira (1999-2020) Vaz Pessoa – 06/12/2020

As pessoas unidas pelo Natal Olhei no horizonte e encontrei uma fonte, encontrei a liberdade, respeito e amizade. Olhei o teu rosto e em união senti com gosto de todos a razão. Vamos sentir o olhar, sorrir de felicidade. Vamos juntos jantar unidos pelo amor e amizade. É tão lindo o respeito, unido pela sinceridade. É dar amor saído do peito. É esta a felicidade. É dar de nós o valor e sentir a razão do valor do amor. São estes puros gestos do coração. É um momento de desejo, estarmos à mesa em união. A gratidão seja semeada com um beijo, unidos pela mesma opinião. Que em cada lar sorria Natal, saúde, paz e ternura do amor. Que para todos pudesse ser igual, juntos à lareira com muito calor. José António Carreira Santos – Natal 2013

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. obituário . AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

José Luiz Teixeira dos Santos (“Zé do Sino”)

Manuel Filipe Vieira

N. 10-06-1930 • F. 08-08-2020 Seus filhos, genros, nora, netos e restante família agradecem o carinho e a presença na cerimónia do seu ente querido, apesar de não podermos agradecer individualmente a todas as pessoas que de alguma forma manifestaram o seu apoio neste momento difícil, nenhuma palavra e gesto de carinho foi esquecido e nós queremos expressar nestas sinceras palavras que foi muito reconfortante sentir que vocês estiveram connosco. A todos, o nosso muito obrigado…

N. 08-04-1947 • F. 13-11-2020

Sua esposa, sobrinhos e restante família agradecem o carinho e a presença na cerimónia do seu ente querido, apesar de não podermos agradecer individualmente a todas as pessoas que de alguma forma manifestaram o seu apoio neste momento difícil, nenhuma palavra e gesto de carinho foi esquecido e nós queremos expressar nestas sinceras palavras que foi muito reconfortante sentir que vocês estiveram connosco. A todos, o nosso muito obrigado…

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Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2020

. Tintol & Traçadinho .

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Número europeu de emergência Bombeiros Voluntários da Batalha G.N.R. Batalha Junta de Freguesia Golpilheira Câmara Municipal Batalha Centro de Saúde da Batalha Centro Hospitalar N. S. C. - Brancas Escola Primária da Golpilheira Jardim-de-Infância da Golpilheira Agrupamento Escolas Batalha Correios (CTT) - Batalha Mosteiro de Santa Maria da Vitória Águas do Lena (Piquete: 939 080 820) Táxis da Batalha Centro Recreativo da Golpilheira Linha de Saúde Pública Linha de emergência Gás EDP - Avarias (24 horas) SUMA - Levantamento de “monos”

a fechar • 35

244 768 500 244 769 120 244 767 018 244 769 110 244 769 920 244 769 430 244 766 744 244 767 178 244 769 290 244 769 101 244 765 497 244 764 080 244 765 410 244 768 568 808 211 311 808 200 157 800 506 506 244 766 007

Finalmente, está a chegar a vacina contra a covid!!! Já viste se pertences ao grupo de “prioritários”?...

Não. Eu pertenço ao grupo dos “vai tu primeiro, que eu vou lá ter”...

Vaitucina

.fotodestaque. LMF

. ficha técnica Registo ERC . 120 146 / Depósito Legal . 104.295/96 Estatuto Editorial: jornaldagolpilheira.pt/about Director . Composição . Luís Miguel Ferraz (CP 5023) Equipa JG (nesta edição) . Adelino Rito, Ana Margarida Rito, Ângela Susano, Cristina Agostinho, Diogo Alves, Isabel Costa, Miguel Santos. Colaboradores . Ana Maria Henriques, António Ferraz (assinaturas), Carolina Carvalho (secretária), Cremilde Monteiro, Fernando Vaz Machado, Joaquim Santos, José António Santos, José Eusébio, José Jordão Cruz, José Travaços Santos, Márcio Lopes, Miguel Portela, Saul António Gomes. Propriedade/Editor . Centro Recreativo da Golpilheira (Instituição Utilidade Pública - D.R. 239/92 de 16/10). NIF . 501101829. Presidente: Fernando Figueiredo Ferreira Sede proprietário/editor/redacção . Centro Recreativo da Golpilheira - Estrada do Baçairo, 856 - 2440-234 Golpilheira . Tel. 910 280 820 / 965 022 333. Composição. Est. do Vale, 100 - 2440-232 Golpilheira Impressão . Empresa Diário do Minho, Lda . - Rua Santa Margarida, 4A - 4710-306 Braga - Tel. 253303170 . Tiragem desta edição . 900 exemplares Sítio: www.jornaldagolpilheira.pt Facebook: www.facebook.com/jgolpilheira Twitter: www.twitter.com/jgolpilheira E-mail: geral@jornaldagolpilheira.pt

Está quase!

A empreitada continua e aproxima-se da conclusão, talvez ainda este ano. Faltam dois painéis, está quase. Há cerca de três anos que nos lançámos neste projecto de colocar vitrais na nossa igreja. Ganhámos um orçamento participativo do Município, que quase dá para pagar a totalidade. O dinheiro só vem no final de estar tudo pronto, pelo que temos custeado a obra (é uma das razões para a demora...). Mas, pelo que já se vê, dá para entender o tempo demorado... trata-se de uma verdadeira obra de arte, desde a concepção à pintura e ao trabalho dos vitralistas. Será um investimento que vale a pena. A Golpilheira ganha um património cultural e artístico que não tinha. Ganhamos todos.

. recordar é viver .

. ficha de assinatura .

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No Natal de 1997, na tradicional festa que o Centro Recreativo da Golpilheira oferece a todas as crianças por esta altura, uma peça de teatro trouxe à cena um presépio, o tema de capa desta edição. Faz uma certa saudade... dos grupos de teatro que já houve no CRG e hoje não existem. Atrás, vê-se uma bateria, porque nessa altura também havia uma Orquestra Ligeira... já extinta. Este ano, infelizmente, nem festa de Natal pode haver... mas, assim que acabe a pandemia, quem se aventura para retomar estes saudosos grupos?... fica o desafio! | LMF

Deseja a todos Feliz Natal e um bom Ano de 2021!

R. Leiria, 73 - Cividade 2440-231 GOLPILHEIRA Tel/Fax 244767839 Tlm. 919640326 lenacopia@sapo.pt WWW.LENACOPIA.PT

LMF

de Joaquim Vieira


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Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2020

E.N. 1 - N.º 67 Santo Antão 2440-053 BATALHA Tel. 244 767 923 Fax 244 765 330 E-mail: geral@itvm.com.pt

Desejamos aos nossos clientes e amigos um Santo Natal e um ano 2021 em segurança!


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