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27 de Julho a 9 de Agosto 2017 - Semanal - Série V Ano XXII - N.º 32
COVA DA MOURA REGRESSA À NORMALIDADE
MARISA CRUZ “VOU EXPLORAR O MEU LADO MAQUIAVÉLICO” Reconhecida pelo seu papel de apresentadora, Marisa Cruz decidiu voltar à representação, com um papel de má da fita na nova novela da TVI, ‘A Herdeira’, que estreia em Setembro e cujas gravações já decorrem em Viana do Castelo.
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Quase sempre noticiada por questões negativas, a Cova da Moura tem vida própria e uma comunidade que faz questão de se demarcar da má imagem que lhe é atribuída constantemente. O JR constatou isso mesmo durante uma visita à Associação Cultural Moinho da Juventude, que presta apoio social a mais de 400 pessoas, e acompanhou a visita de 64 crianças e jovens daquele bairro ao Pavilhão do Conhecimento. PÁGINAS 2 E 4
CÂMARA DA AMADORA DISTINGUIDA POR POLÍTICAS CONTRA A DISCRIMINAÇÃO
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27 de Julho a 9 de Agosto de 2017
actualidade
Cova da Moura celebra Mandela
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o Dia Internacional de Nelson Mandela, 18 de Julho, 64 crianças da Associação Cultural Moinho da Juventude, da Cova da Moura, visitaram o Pavilhão do Conhecimento, numa iniciativa da Embaixada da África do Sul. Um momento de partilha, alegria e de educação, para evocar o legado social e ideológico deixado por Madiba.
Jovens com idades entre os 4 e os 16 anos da Associação Moinho da Juventude visitaram Pavilhão do Conhecimento
Quando a Cova da Moura está na ordem do dia nem sempre é pelas melhores razões. No entanto, a comunidade e as associações locais esforçam-se por elevar o nome do bairro, provando que ali também há acontecimentos positivos que merecem ser notícia. É o caso da visita de 64 jovens da Associação Moinho da Juventude ao Pavilhão do Conhecimento. Dia 18 de Julho. “Este era o dia em que Nelson Mandela, a figura mais importante
do país, faria o seu 99.º aniversário. Por esse motivo, a Embaixada da África do Sul organizou, como todos os anos desde 2009 (quando a ONU reconheceu este como Dia Internacional de Nelson Mandela), um programa que fizesse diferença na sociedade”, explicou Hugo Lambrechts, conselheiro político da embaixada. “O Madiba [pai, em português] deixou-nos um legado muito forte. Foram 67 anos dedicados ao serviço social.
Nós [cidadãos] devemos dedicar, pelo menos, 67 minutos a ajudar outras pessoas, independentemente das nossas circunstâncias. E devemos fazê-lo sem esperar algo em troca”, disse ainda o representante da Embaixada, explicando a razão pela qual todos os anos realizam actividades com comunidades africanas com carências, sejam elas de que carácter forem. Foi nesse sentido que contactaram a Associação Cultural Moinho da Juventude, do bairro da Cova da Moura, na Amadora, para proporcionar às suas crianças uma manhã totalmente diferente. De acordo com Hugo Lambrechts, a escolha prendeu-se com o facto de aquela associação prestar auxílio a uma comunidade fragilizada e “maioritariamente africana”. A Associação Cultural Moinho da Juventude nasceu em 1987 da luta dos moradores por melhores condições nas suas habitações e de higiene e limpeza no bairro. Mas, só em 2010 foi reconhecida como Organização Não Go-
vernamental para o Desenvolvimento (ONGD). Actualmente, e segundo um dos membros da direção, Flávio Almada, esta organização “assume-se como um projecto comunitário” que actua em diversas áreas que vão desde o nível social, cultural ao económico, onde a comunidade encontra apoios como “o centro de actividade de tempos livres, a creche, o jardim de infân-
cia, a biblioteca e o gabinete de acção social”. Depois do aval positivo da ONGD, a Embaixada da África do Sul entrou em contacto com o Pavilhão do Conhecimento, porque, como nos explicou Hugo Lambrechts, “Mandela dizia que ‘a educação é a arma mais poderosa que uma pessoa pode ter’”. E o Pavilhão cumpriu a sua parte, oferecendo a entrada aos meninos, monitores e professores. Assim que chegaram ao pavilhão, os 64 jovens e crianças foram divididos em três grupos. Os mais pequenos, entre os 4 e os 6 anos, passaram a manhã no ‘Cantinho da Ciência’, onde lhes foi explicado, recorrendo a elementos visuais e tácteis, a função dos alimentos e como é feita a sua digestão no nosso corpo. O segundo grupo, com crianças entre os 6 e os 10 anos, esteve no espaço exterior numa actividade intitulada ‘Meias com Ciência’. Nesta, os pequenos exploradores andavam pelo jardim só com as meias calçadas, observando a biodiversidade que ali existe e recolhendo amostras de plantas e outros elementos para depois as observarem num microscópio, contando sempre com a explicação de uma bióloga. O grupo de jovens mais velhos, com idades entre os onze e os 16 anos, tiveram actividades no espaço Dóing, onde construíram esculturas de cartão com materiais sustentáveis e recicláveis, apelan-
do à criatividade de cada um. No final da manhã, ao falar com estes jovens, conseguimos perceber que alguns não sabiam quem tinha sido Nelson Mandela e qual o seu contributo para o mundo. Edineusa Indi, de 14 anos, é um desses casos. “Não sabia quem ele era, mas fiquei a saber que ele gostava muito do mundo e não fazia diferenças entre as pessoas”, disse-nos. Mas, segundo Edineusa, hoje em dia ainda existe diferenciação no tratamento. Cabisbaixa, confessou que “às vezes, ainda se vê muito racismo e xenofobia”. Quando questionada se isso a deixava triste, disse que sim, em silêncio, apenas acenando com a cabeça. Ao contrário da amiga, Laura Simão, de 15 anos, já tinha ouvido parte deste nome reconhecido pela luta dos direitos humanos. “Acho que ele foi um grande homem, porque queria paz no mundo. Ele foi um herói.”, disse, com um grande sorriso. “O meu avô conheceu-o e disse-me que ele gostava muito de crianças e que achava que a educação podia mudar a vida de uma pessoa. E eu concordo com ele”, contou-nos Laura, menina que chegou de Angola há apenas dois meses. Sobre a visita, tanto Laura, como Edineusa, mostraram o seu entusiasmo por esta “manhã de ciência”. Este foi, com toda a certeza, um dia memorável para este grupo de crianças e jovens, mas não só. Como disse o conselheiro político da Embaixada da África do Sul, Hugo Lambrechts, e o membro directivo da instituição, Flávio Almada, “foi um dia inesquecível para todos os que puderam participar nesta iniciativa”. Foi, acima de tudo, uma manhã de alegria, aventura e educação.
27 de Julho a 9 de Agosto de 2017
Santa Casa promove Programa Reparar
A entrar na sua 5.ª edição, o Programa Reparar, que promove a execução de pequenas obras nas habitações de utentes de serviços da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) em situação de fragilidade económica e habitacional, apresenta como maior novidade a extensão do projecto ao Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão. Segundo o JR apurou junto de responsáveis pela iniciativa, do total de 24 casas onde este programa pretende intervir até ao final deste ano, seis serão de utentes daquele equipamento de reabilitação (que pertence à SCML). Apesar de até agora o referido programa ter abrangido, essencialmente, casas de utentes a residir em Lisboa, referenciados nos centros de dia ou no serviço de apoio domiciliário da Misericórdia de Lisboa, há a intenção de levar a iniciativa para fora da capital, podendo abranger, também, os concelhos de Oeiras, Amadora, Odivelas, Loures, Cascais e Sintra. É o que acontecerá com o alargamento do programa a utentes do Centro de Reabilitação de Alcoitão, independentemente do concelho em que residam. Um passo que Helena Lucas, directora do Departamento de Gestão Imobiliária e Património, destaca pelo seu impacto junto destas famílias. “Estes utentes, pessoas mais novas ou mais velhas, têm de se adaptar a uma nova vida, com sérios problemas de mobilidade, e as casas onde viviam com os pais ou sozinhos necessitam de alterações, seja a abertura de uma porta, mudanças na casa de banho, obter espaço para a cadeira de rodas... São intervenções de maior complexidade, mas de uma enorme importância para quem delas beneficia”. Na verdade, muitos destes doentes não têm condições financeiras para adaptarem as suas casas, o que lhes retira qualidade de vida e, muitas ve-
zes, os torna prisioneiros dentro da própria casa... Esta iniciativa surge no seguimento de um outro projecto desenvolvido pela Santa Casa de Lisboa no ano passado e que consiste na construção de casas de transição, no recinto do próprio Centro de Alcoitão, permitindo aos utentes treinarem competências em gestos do quotidiano (como sentar num sofá, por exemplo) antes de regressarem ao lar. “Temos estado e vamos continuar a estar muito próximos do Centro de Alcoitão”, confirma Helena Lucas.
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Projecto vai ser alargado a concelhos da região
ficam marcados pela experiência… “Com pouco, sentimos que fazemos muito. E sentimos isso num olhar, num sorriso, às vezes até numa lágrima que cai do canto do olho de alguém, especialmente nas pessoas mais velhas”, frisa Helena Lucas, ela própria voluntária em edições anteriores, à semelhança de outros trabalhadores da SCML. Jorge A. Ferreira
Mais de cem casas já intervencionadas As primeiras habitações abrangidas pelo Programa Reparar, ambas em Lisboa, sendo uma de maior vulto (quase 5 000 euros) e outra de dimensão mais reduzida, foram alvo de obras de beneficiação que terminaram na passada sexta-feira. O custo das obras, garantindo tintas e materiais de construção, foi assumido por uma empresa apadrinhadora do projecto, que também forneceu a mão-de-obra voluntária, disponibilizada entre os seus trabalhadores. Por seu turno, a Santa Casa investe em cada edição do Reparar uma verba aproximada de 20 mil euros, incluindo uma equipa de funcionários da instituição que se encarregam de fazer a preparação prévia das casas a serem intervencionadas, de modo a facilitar o trabalho dos voluntários, a quem também asseguram a orientação técnica durante as obras. Com base neste tipo de parcerias, o programa em questão, desde o seu início em 2012, já conseguiu concretizar a reparação de 101 casas de idosos, graças à participação de 56 empresas apadrinhadoras e de 1020 voluntários. No total, foram dedicadas 8184 horas de voluntariado e investidos 364 000 euros. Inserido na filosofia da “pequena obra, grande impacto”, o projecto reflecte-se, sobretudo, na melhoria das condições psicológicas e sociais dos beneficiários, marcados pela idade e pelas carências económicas. Mas também os voluntários
Morada: Rua Frederico Arouca (Antiga Rua Direita) 390/390A
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Alguns utentes do Centro de Reabilitação de Alcoitão vão ter pequenas obras realizadas nas suas habitações, no âmbito do Programa Reparar, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. A iniciativa desafia empresas e voluntários a aderirem a uma acção solidária cujo impacto é muito maior do que os montantes envolvidos.
Foto SCML
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BREVES PROJECTO DE APOIO A GRÁVIDAS RECEBE DONATIVO O projecto desenvolvido pela Unidade de Saúde da Damaia e pelo ACES Amadora, dedicado à preparação para o nascimento e parentalidade, foi distinguido pela Missão Continente, com um donativo de 5.177€. O Curso Preparação Para Nascimento e Parentalidade (CPPNP) – “SOMOS+1” é desenvolvido na unidade desde Março de 2010, embora tenha “nascido” no concelho de Amadora no ano 2005, no centro de saúde da Venda Nova. O ACES Amadora tem, em média, 1200 novas grávidas/ ano, sendo o CPPNP muito procurado. Desenvolvido por uma equipa multidisciplinar contribui para a promoção do desenvolvimento de competências parentais durante a gravidez, parto e puerpério.
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Moinho da Juventude A apoia Cova da Moura
ssociação reafirma inocência dos jovens agredidos pela polícia, mas mantém disponibilidade para colaborar com as autoridades na manutenção da segurança no bairro e diz que “após os acontecimentos de 2005 o relacionamento com a PSP melhorou”. Moinho da Juventude presta apoio a mais de 400 crianças e promove formação parental junto de seis dezenas de famílias.
VISITAS GUIADAS NA CASA ROQUE GAMEIRO A Casa Roque Gameiro promove até dia 25 de Agosto oficinas temáticas e visitas guiadas, gratuitas, para grupos organizados de todas as idades. Ali poderão ver, pelo olhar de Roque Gameiro, uma das maiores transformações que as cidades sofreram e que até hoje nos inspiram. Os participantes podem ainda ver ilustrações, aguarelas, jornais, fotografias e aprender muitas coisas novas: oficinas de fundição, edições gráficas e perceber, afinal, o que é a imprensa.
AVÓS E NETOS NO BADOCA PARK A Câmara da Amadora promoveu mais uma vez o “Passeio Avós e Netos”, no Dia dos Avós, que se comemorou a 26 de Julho. Esta iniciativa da autarquia pretende fomentar o elo de ligação entre avós e netos, incrementar o respeito pelos mais velhos, e gerar uma boa troca de experiências entre estas duas gerações. Este ano, o passeio entre avós e netos teve lugar no Badoca Safari Park, onde observaram, em conjunto, zebras, girafas, orixás, gnus e muitas outras espécies.
Associação Cultural Moinho da Juventude promove actividades de apoio social no bairro da Cova da Moura
A coordenadora da associação Moinho da Juventude considera que a acusação do Ministério Público contra 18 agentes da PSP por agressões a jovens da Cova da Moura é sinal de um “país democrático e que há justiça”. “É uma boa notícia, é sinal de que Portugal é um país democrático e que há justiça”, comentou coordenadora da
Associação Cultural Moinho da Juventude, Isabel Monteiro. O Ministério Público requereu o julgamento de 18 agentes da PSP pela prática, entre outros, dos crimes de “injúria agravada, ofensa à integridade física qualificada, falsidade de testemunho, tortura e outros tratamentos cruéis, degradantes ou desumanos e sequestro agravado”. O caso remonta a Fevereiro de 2015 quando, se-
Bloco exige explicações sobre acção do INEM
gundo a versão da PSP, vários jovens “tentaram invadir” a esquadra de Alfragide, no concelho da Amadora, na sequência da detenção de um jovem que atirou uma pedra contra uma carrinha policial. “Os meus colegas estavam na rua e viram o jovem ser levado e foram lá saber o que é que se passava”, recordou Isabel Monteiro, acrescentando que dois dos cinco jovens que “fo-
ram agredidos” eram colaboradores da associação. A coordenadora do Moinho da Juventude admitiu que após os acontecimentos de 2015 a situação “melhorou um bocadinho”, porque em algumas intervenções as autoridades “tiveram mais cuidado, mais tacto”. “Além desse caso de Fevereiro de 2015 já tivemos vários casos em que fazíamos queixas de actuação da polícia e os processos foram arquivados”, notou Isabel Monteiro, apontando o caso de um homem “com um braço partido, que foi espancado” em 2016. A dirigente associativa reconheceu que o Moinho da Juventude mantém contacto mais assíduo com a esquadra da Damaia, que tem agentes que fizeram serviço de proximidade, frisando que a instituição “não está contra a polícia”. “Eles que venham, mas que actuem como deve ser. Se a pessoa fez alguma coisa eles identificam a pessoa e levam a pessoa, [mas] eles antes de identificarem, antes
O Bloco de Esquerda (BE) enviou uma pergunta ao Ministério da Saúde a pedir uma investigação para saber se o INEM omitiu ou falseou informações no caso das agressões na esquadra da PSP de Alfragide. O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) terá registado os ferimentos das agressões da PSP como “quedas acidentais”, num caso, em Fevereiro de 2015, que levou à acusação de 18 agentes da PSP. “Perante os factos tornados públicos e perante as dúvidas e questões que forçosamente se levantam, vai ser aberta uma investigação para avaliar a actuação do INEM e apurar se omitiram ou falsearam a causa dos ferimentos?”, questiona o BE no documento assinado pelo deputado Moisés Ferreira. Para os bloquistas, deve-se “investigar a intervenção do INEM neste caso concreto”, nomeadamente “o socorro que
de perguntarem à pessoa o que se passa, começam a bater. Isso não é uma maneira correta [de actuar]”, vincou. A Associação Cultural Moinho da Juventude, constituída em 1987, desenvolve actividade ao nível social, cultural e económico no bairro do Alto da Cova da Moura. De acordo com Isabel Monteiro, a creche acolhe 60 crianças, além das 80 que estão aos cuidados de 20 amas no bairro, o Jardim de Infância cuida de mais 80 e o CATL (Centro de Actividades de Tempos Livres) é frequentado por mais 205 crianças. No domínio da formação parental, a associação presta apoio a seis dezenas de famílias, recebendo financiamento, entre outras entidades, da Segurança Social e do Ministério da Educação. “Vamos tendo projetos conforme as necessidades da população”, salientou a coordenadora do Moinho da Juventude, que conta com a colaboração permanente de mais de 90 pessoas, sem contar com os voluntários.
foi prestado aos jovens, os profissionais que se deslocaram ao local e o porquê de apontarem como causa dos ferimentos ‘queda acidental’, quando, pelo menos um destes jovens, apresentava ferimentos infligidos por balas de borracha”. O deputado bloquista afirma, no texto enviado ao Ministério da Saúde, que não se pode “deixar de questionar a veracidade e a fiabilidade destes registos, e por isso é necessário que se investigue o que passou nesse dia 5 de Fevereiro”. De acordo com a PSP, uma carrinha de uma equipa que patrulhava o bairro da Cova da Moura foi atingida por uma pedra atirada por um jovem de um grupo de cerca de dez pessoas. Na sequência da detenção, os restantes jovens, com idades entre os 23 e 25 anos, “tentaram invadir” a esquadra, tendo sido disparado um tiro para o ar, segundo a PSP.
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27 de Julho a 9 de Agosto de 2017
Orquestra Geração recebe 37 instrumentos Doação de entidades alemãs Não tem espaço na sua casa ou empresa?
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Particulares e empresas
A Orquestra Geração (OG) recebeu uma doação, de diferentes entidades germânicas, de 37 instrumentos, no valor de 12.000 euros.
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Três entidades alemãs - Associação S. Bartolomeu dos Alemães, a Embaixada da Alemanha e o Goethe-Institut - juntaram-se “em prol de uma causa social, o ensino da música a jovens desfavorecidos como recurso motivacional para a aprendizagem e para a integração social e comunitária destes mesmos jovens”, segundo um comunicado divulgado pelo Goethe-Institut. Os 37 instrumentos oferecidos à OG são 15 violinos, nove violas de arco, dez violoncelos e três contrabaixos. Segundo o comunicado, “a ideia de realizar este gesto nasceu no contexto do Festival Cantabile”, que volta a realizar-se este ano em Setembro. “Inspirados pelo sucesso que o festival conheceu em 2016, estas três instituições concluíram que a música erudita tem uma força ímpar, capaz de mover o mundo para uma verdadeira transformação social, o que a Orquestra Geração faz melhor do que qualquer outro projecto no país”. A Orquestra Geração, criada em 2007, visa a integração social de jovens através da música, promove a integração familiar, na co-
munidade, e reflecte-se positivamente nos resultados escolares, conclui um estudo publicado em Fevereiro passado. Perspectivando o futuro, o estudo afirma que a “OG ganharia outra dimensão se criasse um autêntico ‘efeito território’”, devia “superar a excessiva centralização de decisões e procedimentos, bem como a restrição do envolvimento a professores, alunos e famílias”, e sugere um “trabalho descentralizado e não hierarquizado em redes e parcerias multi-institucionais”. O estudo, de autoria de Graça Mota e João Teixeira Lopes, intitula-se “Crescer a tocar na Orquestra Geração”, e foi elaborado no âmbito do Centro de Investigação em Psicologia da Música e Educação Musical, que actualmente faz parte do Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos em Música e Dança, um pólo do Instituto Politécnico do Porto. A orquestra é um “agente de socialização, mecanismo de inclusão e mobilidade social [e uma] comunidade de prática territorialmente enraizada”, segundo o estudo publicado em Fevereiro último, realçando que as notas do currículo musical “têm um efeito positivo na média final” escolar dos jovens músicos. Apesar de haver “indícios fortes” da influência positi-
va da OG, pelas mudanças “significativas” de atitude e comportamento, nos resultados escolares, advertiram os investigadores que extrapolações para uma ligação directa com o sucesso académico, não lhes parece lícito. A OG é um projecto inspirado no Sistema de Orquestras Infantis e Juvenis da Venezuela, internacionalmente referido como ‘El Sistema’, do qual o maestro Gustavo Dudamel é o nome mais conhecido. Esta referência a ‘El Sistema’ está aliás, como realçam os investigadores, frequentemente presente nos discursos dos fundadores da OG. No âmbito das conclusões, o estudo, publicado pela editora Verso da História, verifica “uma melhoria da integração familiar dos participantes, como consequência do envolvimento das famílias”, e notou também uma maior disposição do contexto doméstico na “rotina de adesão ao esforço da escola”. Actualmente, o projecto Geração existe nas localidades de Vialonga, Camarate, Sacavém, Damaia, Oeiras, Sintra, Sesimbra, e Loures, nos arredores de Lisboa, e em Coimbra, assim como nas zonas urbanas de Apelação, em Loures, Zambujal, na Amadora, Alfazina, em Almada, e Boavista, em Lisboa.
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“Chegou a altura de tirar os sonhos da gaveta”
Marisa Cruz vai assumir o papel de má da fita em ‘A Herdeira’ (TVI), como governanta de casa de alterne
Aos 43 anos, Marisa Cruz considera que é altura de concretizar alguns sonhos que, por circunstâncias várias, foi deixando de lado. Em televisão, tem privilegiado a apresentação, tendo assumido o protagonismo em ‘Não há Bela sem João’, mas o seu desejo era voltar à arte de representar. A TVI fez-lhe a vontade e atribuiu-lhe um papel de relevo na nova novela, “A Herdeira”, cujas gravações já arrancaram em Viana do Castelo e deve estrear em Setembro. A sua carreira é mais conhecida como apresentadora e modelo, após ter saído do anonimato em 1992, quando venceu o concurso Miss Portugal, com a fama a aparecer pela mão da estilista Fátima Lopes e como imagem do lançamento e capa da revista Maxmen. Interpretou algumas personagens, a última das quais em ‘Olhos nos Olhos’ (TVI) em 2008, mas foi o filme ‘Kiss Me’, quatro anos antes, que a marcou como actriz, numa longa-metragem de António da Cunha Telles e em que contracenou com Nicolau Breyner e Rui Unas.
A partir de Setembro, ao mesmo tempo que mantém a co-apresentação de ‘Somos Portugal’, Marisa vai ‘vestir a pele’ de Goreti, a governanta de um bar de alterne, o ‘La Reyna’, e braço-direito do dono Tiburón González (Pedro Hossi), um dos operacionais de um cartel de droga. Goreti é uma das más da fita do enredo e vai fazer a vida negra à personagem de Kelly Bailey, a cigana Luz, e Marisa está preparada para ser apontada na rua: “espero que sim, que me odeiem, que me chamem nomes, será bom sinal”. A actriz assume que está perante “um grande desafio”, até porque “fazer um papel normal, de boazinha, é mais fácil”, e, neste caso, será vilã: “ela é má como as cobras, uma peste, uma mulher sem escrúpulos, que está envolvida em narcotráfico e tráfico humano”. Na apresentação da novela, os jornalistas questionaram se havia alguma semelhança entre Marisa e Goreti. “Acham que há? Eu acho que não... Todos nós temos um lado bom e um lado mau... Eu agora vou explorar o meu lado maquiavélico”. A actriz e apresentadora até manifesta o desejo de que os seus filhos, com 12 e 8 anos, não a vejam a fazer este papel. “Não quero mesmo, vou fazer de tudo para que eles não vejam”, brinca, entre sorrisos, acrescentando que, face ao convite da TVI, os petizes ficaram contentes, mas também “espantados porque não sabiam sequer que eu já tinha representado”.
Marisa Cruz não ficou surpreendida com o desafio dos responsáveis do canal de Queluz de Baixo, até porque, confessa, “já andava a pedir há algum tempo” para voltar a representar. “Chegou a altura de tirar os sonhos da gaveta e pô-los em prática”, salienta, considerando que, agora que os filhos estão mais crescidos, “é tempo de pensar um bocadinho em mim em primeiro lugar”. A representação sempre foi algo que a entusiasmou: “Eu tive uma experiência mais a sério com o filme ‘Kiss Me’, que já foi há muitos anos, há uns 12, mas ficou cá o ‘bichinho’:gostei, descobri que tinha muita facilidade em decorar textos, que era, inicialmente, o meu medo,e acho que é um mundo mágico, de muito glamour, que sempre me fascinou”. A residir no Porto, a modelo e apresentadora não fecha a porta, um destes dias, a voltar a morar na capital e afirma que, neste momento, está numa fase feliz da vida. “O meu amor são os meus filhos e o meu trabalho. Estou muito entusiasmada, de corpo e alma, neste projecto”, confessa, negando que esteja com ‘novo amor’ após a separação em Julho de 2016 do hoquista Pedro Moreira. Para trás ficou o casamento com o antigo futebolista João Vieira Pinto, com quem viveu durante cinco anos e mantém uma relação de amizade, tendo como preocupação o bem-estar dos filhos João e Diogo. João Carlos Sebastião
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27 de Julho a 9 de Agosto de 2017
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Banda Filarmónica de Monte Abraão presta homenagem ao rock português
‘Os Irmãos Karamazov’ no Teatro Experimental de Cascais
A Banda Filarmónica Nossa Senhora da Fé de Monte Abraão vai fazer, na sede do concelho, um tributo ao rock português, tendo convidado para o efeito António Cassapo, músico e compositor. António Cassapo é vocalista e guitarrista, tocando também bateria, baixo e harmónica. O concerto tem o objectivo de angariar dinheiro para ajudar a banda a adquirir novos equipamentos. Centro Cultural Olga Cadaval, dia 30 de Julho, às 17h00. Bilhetes a 5 euros.
Encerramento do Cool Jazz 2017 O ciclo de concertos do festival, que decorre em Oeiras desde 18 de Julho, termina com a subida ao palco do britânico Jamie Cullum. O músico detentor de um Grammy, dois Globos de Ouro, dois BRIT Awards, entre outros prémios, vai ‘apadrinhar’, este ano, Beatriz Pessoa, uma jovem cantora que, tal como Jamie, também faz uma fusão de jazz com outros géneros musicais. No repertório da estreante, esperam-se temas que já fazem furor nas rádios nacionais, como ‘You Know’ e ‘Disguise’. Parque dos Poetas, dia 29 de Julho, às 21h30. Bilhetes entre os 23 e os 65 euros.
encontra condenado ao ‘livre arbítrio’ e sem a ajuda de alguém que lhe permita distinguir o bem do mal?”. É uma estória de crime, paixão, amor e ódio que retrata o destino de uma família. A peça é interpretada por Henrique Carvalho, José Condessa, Luiz Rizo, Mi-
guel Amorim, Renato Pino, Sérgio Silva, Teresa Côrte-Real e a participação especial de Ruy de Carvalho, em conjunto com os finalistas da Escola Profissional de Teatro de Cascais. Teatro Experimental de Cascais, até dia 3 de Agosto. Bilhetes entre 5 e 10 euros.
Tributo a Pink Floyd na Amadora No próximo domingo, a banda portuguesa ‘The Floyd Portugal’ vai tocar alguns dos maiores êxitos da banda britânica ‘Pink Floyd’. ‘Shine on you crazy diamond’, ‘Wish you were here’, ‘Another brick in the wall’ e ‘Time’ são
alguns dos temas que serão ouvidos durante esta noite, numa homenagem à banda de rock que se estreou nos anos 60 em Inglaterra. Cineteatro D. João V, dia 29 de Julho, às 21h30. Bilhetes a 6 euros.
SUGESTÕES CINEMA
‘Carros 3’
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‘Os Irmãos Karamazov’ é uma peça de teatro inspirada na obra de Fiódor Dostoiévski, a partir da adaptação de Jacques Copeau e Jean Croué. Esta peça pretende levar o espectador a questionar-se sobre “qual pode ser a conduta ética do ser humano, uma vez que se
Surpreendido por uma nova geração de pilotos, o lendário Faísca McQueen é afastado do desporto que ama. Para voltar ao jogo, vai precisar da ajuda de uma jovem treinadora de corridas, Cruz Ramirez, que tem o seu próprio plano para vencer, e da inspiração do Fabuloso Hudson Hornet com voltas inesperadas.
LIVRO
‘O Livro da Bicicleta’, de Miguel Barroso Já se imaginou a ir para o emprego de bicicleta, evitando o tráfego? O cenário é bonito mas também difícil de concretizar. Miguel Barroso, especialista na área da Mobilidade Sustentável, prova-nos ao longo deste livro que todas estas questões podem ser facilmente resolvidas.
MÙSICA
‘Alexander Search’ Alexander Search é um dos muitos heterónimos ingleses de Fernando Pessoa e dá agora nome a uma nova banda de rock electrónico com influências indie-pop, que integra o pianista Júlio Resende, líder da banda e compositor das canções sobre os poemas de Search, e também Salvador Sobral.
Murches, Cascais MORADIA / REF 301170081
Bicesse, Cascais
Abuxada, Cascais
379.000 €
MORADIA / REF 301170082
APARTAMENTO / REF 301170072
416.000 €
Amoreira, Cascais MORADIA / REF 301170057
Alcabideche, Cascais MORADIA / REF 301170077
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JORNAL DA REGIÃO
27 de Julho a 9 de Agosto de 2017
motores
O Swift está de volta Suzuki renova utilitário de sucesso com tecnologia, motores eficientes, espaço e equipamento de topo O Suzuki Swift regressou em grande. Na sua terceira geração, apresenta um inovador sistema semi-híbrido que aumenta o desempenho e reduz consumos.
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A principal novidade neste regresso que se saúda reside na tecnolgia semi-híbrida SHVS (Smart Hybrid Vehicle by Suzuki). Diferente dos que conhecemos nos puros híbridos, este sistema é composto por um pequeno motor eléctrico de 3 cavalos, alimentado por uma bateria de iões de lítio, que por si só não chega para mover o Swift mas ajuda o motor térmico nos arranques e acelerações. Escusado será dizer que os consumos saem altamente beneficiados, sendo esse, quanto a nós, o principal atributo a ter em conta quando comparamos este utilitário com os principais concorrentes. No ensaio proporcionado pela marca nipónica utilizámos a motorização 1.2 Dualjet de 90 cv e o resultado foi francamente positivo. Para além de ágil em cidade e competente em estrada, o novo Swift é verdadeiramente económico, registando médias na casa dos 5,1 l/100 km, o que é francamente bom. Disponível também com o motor de três cilindros 1.0 Boosterjet, de 111 cv, o Swift apresenta-se com dois níveis de equipamento (GLE e GLX) muito completos. A versão testada pelo JR incluía, entre outros atributos, dispositivos como o alerta de mudança de faixa de rodagem, travagem de emergência autónoma, alerta de fa-
diga, câmara de estacionamento, cruise control adaptativo e luzes máximas automáticas. Os interiores revelam modernidade e estilo jovem, com destaque para o generoso espaço interior, em especial nos bancos traseiros, para a capacidade da bagageira (265 litros) e para o painel de instrumentos com LCD de 4,2’’ ao centro, a que se junta um ecrã táctil de 7 polegadas na consola central, onde temos acesso a várias funções do computador de bordo e aos sistemas de navegação e multimédia, este compatível com smartphones Aple ou Android. Jantes de liga leve, AC automático, bancos aquecidos e arranque sem chave são outros atributos da versão GLX. Os preços constituem outro factor preferencial, situando-se a partir dos 14.038 euros, mas com descontos que podem chegar aos 3000 euros. Paulo Parracho
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Suzuki Swift 1.2 SHVS Motor....................................Gasolina, 1242 cc + Eléctrico Potência........................................................ 90 cv /6000 rpm Binário máximo ................................... 120 Nm/4400 rpm Velocidade máxima .............................................. 180 km/h Consumo/emissões ...................... 4,0/100 km, 90 g/km Preço ...............................................................................16.272 €
27 de Julho a 9 de Agosto de 2017
JORNAL DA REGIÃO
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deporto
NBA soma vitórias Na sua primeira época, Núcleo de Basquetebol da Amadora supera todas as expectativas Criado há pouco mais de um ano, o NBA – Núcleo de Basquetebol da Amadora mostra já um crescimento notável, quer em termos de resultados como na formação de jovens atletas, principal objectivo dos seus responsáveis.
As três equipas do Núcleo de Basquetebol da Amadora (NBA), o mais jovem clube da cidade, completaram a sua primeira época desportiva (2016-17), durante a qual o objectivo proposto de consolidar a escola de basquetebol foi uma constante.
Isto, mantendo que é possível educar pela via do desporto, como é viável por essa via servir a comunidade e sabendo também que os resultados desportivos são um incentivo bem como alegria acrescida para estes muitos jovens atletas. “É este o difícil equilíbrio que temos a obrigação de manter. Os valores da ética desportiva conciliados com o necessário compromisso dos atletas, treinadores, pais e dirigentes”, salienta Filipe Álvarez Abrantes, que acumula as funções de presidente da direcção do clube com a de treinador. “Acreditamos ter alcançado esse equilíbrio, e com crianças motivadas que estão obviamente mais
disponíveis para receber estímulos positivos, fomos referência nos jogos em que estivemos presentes e nos torneios para os quais tivemos o prazer de ser convidados”, destaca o dirigente, reforçando a ideia de que o NBA tem sido um embaixador do desporto concelhio: “Fomos dignos representantes da Amadora e em particular freguesia da Venteira, que nos apoia na
nossa actividade”, salienta. Sobre o balanço da temporada de estreia do NBA, Filipe Álvarez Abrantes mostra natural satisfação: “Num resumo, sempre comparativo com os nossos parceiros de modalidade, quanto a resultados desportivos, teremos que as nossas equipas mistas de sub-8 em 13 jogos disputados venceram nove. Os sub-10, em 22 jogos venceram 21. Finalmente, os
sub-12 em 24 jogos venceram vinte partidas, encerrando estes a época com o primeiro lugar no Torneio do Atlético Clube de Portugal/Romaria 2017”. “Com toda esta acrescida exposição e divulgação é mais uma vez tempo de retomar ‘folego’ e motivar mais jovens para a prática desta modalidade desportiva”, conclui o presidente e treinador do NBA.
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JORNAL DA REGIÃO
27 de Julho a 9 de Agosto de 2017
‘Obama da Amadora’ é candidato à Câmara Municipal
‘Nós Cidadãos’ aposta em Mário de Carvalho
A candidatura foi oficialmente apresentada no passado dia 21. O ‘Nós, Cidadãos’ antecipa um retrato do candidato Mário de Carvalho: cabo-verdiano da Ilha de Santiago, jurista licenciado em Ciência Política e Relações Internacionais pela Universida-
Classificados JR
de Lusófona, ‘Obama da Amadora’. Porém, o candidato independente que corre como cabeça-de-lista do ‘Nós, Cidadãos’ pede contenção nas comparações. “Isso é entusiasmo [do partido]. O Obama está nos EUA. O Mário de Carvalho está na Amadora. Quando falam no [ex-Presidente dos EUA, Barack] Obama estão a dizer que se está a dar um grande passo, mas sem grandes semelhanças, porque são realidades completamente distintas”, disse Mário de Carvalho à Lusa. Ainda que admita ter em Obama “uma referência”,
Mário de Carvalho diz que a comparação só pode ter por base o facto de serem ambos “cidadãos do mundo” e de terem um projecto de cidadania. A cidadania activa é, aliás, um dos pontos fortes da candidatura do cabeça-de-lista, começando logo pelas eleições agendadas para 1 de Outubro, tendo como objectivos a diminuição da abstenção e o aumento da participação política. Mário de Carvalho recusa megalomanias no seu projecto: “Não prometemos ir à lua”. “Quero fazer coisas simples, fazíveis, vulgares, concretizáveis”, disse Má-
rio de Carvalho, o cidadão do mundo que é também, segundo o próprio, um cidadão vulgar, que anda pelas ruas e conhece as pessoas da cidade e do concelho onde vive. Quanto às ideias concretas do seu programa, salienta que esta é “uma candidatura de amor à Amadora”, pretende dar atenção a temas como o empreendedorismo e a captação de investimento para as empresas, acesso à educação e segurança. Sobre este último ponto, o candidato diz que tem de ser tratado em ligação com a questão da integração das comunidades imigrantes,
Trânsito condicionado em Lisboa A Avenida Padre Cruz e a Calçada de Carriche, em Lisboa, vão ter o trânsito condicionado por um período de três semanas, devido a “trabalhos de substituição da iluminação pública”. Estas artérias das freguesias do Lumiar e Santa Clara vão estar condicionadas entre as 10h00 e as 16h30, uma via em cada sentido, “sem interrupção total da circulação”, informa a Câmara de Lisboa. O condicionamento tem início junto ao Estádio de Alvalade, prosseguindo por toda a Av. Padre Cruz e Calçada de Carriche. Já as obras da ligação da 2.ª Circular à Av. Padre Cruz vão condicionar o trânsito durante uma semana, entre as 22h00 e as 6h30. “Os trabalhos implicam a interrupção total da circulação” da avenida, junto ao Estádio de Alvalade, no sentido Campo Grande (Norte-Sul) e na rampa de acesso da 2.ª Circular para aquela artéria. A Câmara refere como alternativas o acesso pela 2.ª Circular no sentido IC19/Sintra/Benfica/ Eixo Norte-Sul e no sentido do Aeroporto. As alterações à circulação e os respectivos desvios de trânsito serão devidamente coordenados no local por entidade policial.
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O ‘Nós, Cidadãos’ vai candidatar nas próximas eleições autárquicas o “Obama da Amadora” à Câmara Municipal deste concelho, mas o candidato distancia-se da comparação, que diz ser fruto do “entusiasmo” do partido, sem “grandes semelhanças com a realidade”.
num concelho com cerca de 200 mil habitantes e com uma forte presença de comunidades estrangeiras, sobretudo lusófonas. “Temos 55 nacionalidades na Amadora. É uma realidade ‘sui generis’”, disse. Mário de Carvalho recusa abordar a questão de um ponto de vista racial, mesmo no caso concreto da recente acusação do Ministério Público aos polícias da esquadra de Alfragide por discriminação racial em relação a moradores do bairro da Cova da Moura. Afirma que acredita na justiça e que “há uma reflexão” que se pode fazer sobre o assunto, mas entende também ser necessária outra abordagem à criminalidade, desde logo pela comunicação social, que considera parcialmente responsável pela má imagem que as comunidades imigrantes têm na sociedade. “Quando se abrem noticiários com notícias de um arrastão sem se ouvir sequer o outro lado está-se a contribuir para que as comunidades sejam vistas de uma determinada forma”, disse. Consciente de que na Amadora “não há ouro, não há petróleo, nem outros recursos naturais”, Mário de Carvalho diz que a riqueza da cidade “são as pessoas” e a multiculturalidade que 55 nacionalidades implicam. Daí que a aposta na cultura e na afirmação da Amadora como um pólo de cultura multicultural esteja entre as prioridades. E já há uma ideia em cima da mesa para discussão. “Queremos uma Lusovisão da Canção. É um projecto que queremos discutir”, disse.
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27 de Julho a 9 de Agosto de 2017
JORNAL DA REGIÃO
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Marcar consultas através da televisão Linha Saúde 24 alarga serviços aos utentes Os portugueses vão passar, a partir do fim do Verão, a poder marcar consultas nos centros de saúde através da Linha Saúde 24, integrada no centro de contacto do Serviço Nacional de Saúde. O novo centro de contacto do SNS “é uma solução que cresce a partir da Linha Saúde 24 e que queremos que seja cada vez mais utilizada, mas que passa a ter outras formas de comunicar, nomeadamente explorando mais o digital, a presença nos ‘sites’ e em aplicações de telemóvel”, explicou o presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS). Este novo centro de contacto vai manter os serviços de orientação de doentes que já
era feito pela Linha Saúde 24, que também mantém o mesmo número de telefone (808 24 24 24). Contudo, vão surgir novos serviços e a partir do fim do verão será possível telefonar para marcar uma consulta com o médico de família. Segundo o presidente dos SPMS, Henrique Martins, outros serviços estão a ser desenvolvidos como a telemonitorização no domicílio de algumas doenças crónicas. A telemonitorização consiste num modo de seguimento de doentes à distância, com transmissão de dados clínicos e disponibilizando apoio. “Há uma integração maior entre os serviços administrativos e este canal que acaba por ter várias formas
de ser acedido. Por telefone, numa página ‘web’ e integrado com a área [‘online’] do cidadão do SNS, onde hoje os cidadãos já podem fazer muitas coisas”, como pedir uma declaração de presença num serviço de saúde ou marcar uma consulta, refere o responsável. O novo centro de contacto do SNS incluirá ainda uma nova faceta dirigida à população mais idosa, que pode passar por realizar chamadas regulares a pessoas que vivam em isolamento. “Queremos ter contacto telefónico com o idoso, mas sem substituir a função de um centro de saúde, queremos antes ajudá-los e sabemos que há dificuldades das unidades no terreno para
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fazer telefonemas regulares”, afirmou Henrique Martins. Os SPMS estão ainda a trabalhar para que seja possível os utentes do SNS passarem a poder marcar uma consulta através da televisão de casa, o que está integrado num novo concurso que vai ser lançado para a rede informática do Ministério da Saúde. Servirá sobretudo para cidadãos que não têm ou não sa-
bem usar computador, podendo aceder na televisão, usando de forma simples o controlo remoto, a serviços da área do cidadão do SNS que por enquanto só estão disponíveis em computador. “Vamos passar a ter um canal que é muito conhecido dos mais idosos, que é a televisão. Acreditamos que isso pode ser muito transformador. Além de telefonarem
podem contactar o centro de contacto através da televisão”, indicou o presidente dos SPMS, que tem a partir de agora a responsabilidade deste novo “SNS 24”. No novo centro de contacto do SNS vão ser investidos cerca de 30 milhões de euros nos próximos três anos, um investimento que quase duplica face à realidade da até agora Linha Saúde 24.
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JORNAL DA REGIÃO
27 de Julho a 9 de Agosto de 2017
repórter JR
Amadora distinguida pelas boas práticas
Prémio europeu para luta contra atitudes discriminatórias sobre imigrantes A cidade da Amadora foi reconhecida como uma “Boa Prática Europeia” pelo trabalho desenvolvido no âmbito da Campanha “Não Alimente o Rumor”. O selo “Boas Práticas URBACT” foi recebido na sequência de um convite à apresentação candidaturas e de um processo de selecção intenso. “Não Alimente o Rumor” centra-se na luta contra estereótipos, preconceitos, atitudes discriminatórias e rumores sobre imigrantes e a cidade da Amadora. Um mapeamento dos principais rumores, uma estratégia de comunicação viral e a mobilização e o envolvimento de organizações (públicas e privadas) e da sociedade civil que, numa base bem fundamentada, se constituíram como uma “rede anti-rumores”, foram determinantes para desenvolver e manter esta campanha, implementada desde 2014. “Se mesmo quem está de fora não conseguir olhar
para a Amadora de forma diferente, pelo menos quem está cá que tenha orgulho na sua cidade e que perceba que esta diferença é também aquilo que nos distingue e que se traduz de forma positiva”, refere Carla Tavares, presidente da Câmara da Amadora. No ano passado, o URBACT lançou um convite para contributos de cidades em toda a Europa. Porquê? Para recolher soluções sustentáveis e integradas relativamente aos actuais desafios enfrentados pelas cidades europeias. O objectivo: partilhar e divulgar estas soluções na Europa. Participaram 219 cidades europeias, de 29 países, que apresentaram 270 propostas sobre diferentes temas de desenvolvimento urbano integrado: da inclusão à governança e da economia às transições digitais e às dinâmicas ambientais. O URBACT definiu “Boa Prática” como uma prática que demonstrou funcionar
bem assegurando os resultados pretendidos, podendo ser recomendada como modelo. A prática também precisa de ser desenvolvida de forma participativa, envolvendo todos os actores relevantes no terreno. É uma experiência bem-sucedida que foi testada e validada e que merece ser partilhada para que mais cidades possam adoptá-la. Todas as cidades Boas Práticas vão ser apresentadas no Festival de Cidades URBACT, em Tallinn (Estónia), de 3 a 5 de Outubro. “É uma oportunidade para a nossa cidade promover o nosso trabalho e aumentar a visibilidade na arena europeia. Esperam-se mais de 450 profissionais de toda a Europa”, salienta a presidente Carla Tavares. Além disso, a cidade da Amadora pode ser um motor de mudança, participando em eventos e publicações do URBACT e dando um contributo real para Agenda Urbana da União Europeia.
Fabiana Bonito estreia-se no Mundial
Direitos dos consumidores
Feliz Dia dos Avós
No seu primeiro Mundial Absoluto, Fabiana Bonito, do Circulo de Esgrima da ESA (Escola Secundária da Amadora) obteve duas vitórias na poule da prova disputada em Leipzig, na Polónia. A esgrimista da Amadora passou ao quadro preliminar de 128 esgrimistas, onde bateu a atleta checa Gabriela Vacinova por 15-9, alcançando assim o quadro preliminar de 64. Neste
quadro, “FABI” esteve também em bom nível e após uma igualdade a sete, teve de disputar o derradeiro minuto suplementar, perdendo por 13-9, com a conceituada atleta húngara Vivien Varnai, que obteve a 15.ª posição. Com este resultado, a esgrimista da Amadora terminou em 87.º lugar, entre 139 atletas. Fabiana Bonito subiu ao 180.º lugar do Ranking Mundial, com 5,5 pontos.
Fundação AFID mostra trabalhos de utentes
A Fundação AFID Diferença apresenta na Casa-Museu Medeiros e Almeida, em Lisboa, a Exposição “Vislumbre Deslumbre”, com trabalhos de pintura, tecelagem e ilustração realizados pelos artistas da instituição e que estará patente até 29 de Julho. Para Domingos Rosa, presidente da Fundação AFID Diferença, “esta é uma exposição importante para a AFID porque está num espaço muito rico sob o ponto de vista cultural, com um espólio de artes decorativas extraordinário no coração de Lisboa, num sítio privile-
giado. São raras as entidades e os artistas que fazem aqui exposições o que nos enaltece e coloca a nossa casa num patamar muito elevado. Por outro lado, é também uma exposição que me faz recordar Maria Lutegarda”, sublinhou. Por sua vez, a directora da Casa-Museu Medeiros e Almeida, Teresa Vilaça, salientou a importância de partilhar obras tão ricas e diversificadas. “É uma exposição muito importante para a AFID e para os artistas, que têm muito talento. São jovens artistas talentosíssimos”, assegurou.
A celebração do dia 26 de Julho pretende homenagear os avós, de forma a agradecer e a demonstrar com carinho e apreço a importância que eles têm para a família. Os avós dos dias de hoje, na sua grande maioria, são da época em que ainda se escreviam cartas. Na sociedade actual, consumista e adepta do efémero e onde a comunicação se faz através das redes sociais, seria bastante apreciado pelo avós receber antes uma carta, um postal. Algo que pudesse ser guardado e lido e relido quando a saudade aperta. Deste modo, agradeceríamos aos avós pelo contributo inestimável que têm na vida dos seus netos. A ligação que existe entre avós e netos é em tudo diferente da relação entre pais e filhos. Avós e netos partilham momentos de ternura, histórias e experiências de vidas diferentes. Os avós não têm pressa, param no rio para ver os patos e fazem por não pisar o carreiro de formigas. Aos avós permitem-se pequenas infracções, que os netos tão bem aproveitam: só mais uma bolacha, só mais um bocadinho acordados, só mais uma história, só mais um beijinho. Aos avós cabe a fama e o proveito de ‘apaparicar’ os netos, ao mesmo tempo que lhes passam vivências, experiências e partilhas de um tempo que não volta. Para os avós, manter uma relação próxima com os seus netos, não é só uma experiência altamente positiva e gratificante, é também uma forma de se manterem activos e saudáveis. Praticamente rejuvenescidos. É preciso dar valor a este ciclo, aos filhos dos nossos filhos, aos pais dos nossos pais. Ciclo este que nem todos têm o privilégio de vivenciar. Helga Minas (Técnica Superior Relações Internacionais) Serviço Municipal de Informação ao Consumidor de Sintra: smic@cm-sintra.pt Tel: 21 923 68 63 Fax: 21 923 68 68
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