Jornal da Região de Amadora de 5 a 11 de Outubro de 2017

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JORNAL DA REGIÃO

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NUNO MARKL

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5 a 18 de Outubro de 2017 - Semanal - Série V Ano XXII - N.º 35

“Sou muito criativo e, se for preciso, dou pontapés na lógica”

RESULTADO HISTÓRICO O tom rosa saiu reforçado das eleições do passado domingo, no mapa político da Amadora. Com maioria absoluta em cinco das seis freguesias e a conquista, inédita, da Junta de Alfragide, o PS obteve um “resultado histórico”, a rondar os 48%. Perante este cenário, “não há motivo para que não se cumpra o compromisso com o qual nos apresentámos aos amadorenses”, destacou a presidente reeleita, Carla Tavares.

No momento em que comemora os 20 anos da rubrica ‘O Homem Que Mordeu O Cão’, o humorista, locutor de rádio e argumentista Nuno Markl fala-nos sobre este projecto e sobre a sua mais recente obra - a série ‘1986’, que irá estrear em breve na RTP1.

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5 a 18 de Outubro de 2017

autárquicas

‘Manto rosa’ cobre todo o concelho da Amadora

C

om maioria absoluta em cinco das seis freguesias do concelho e a conquista, inédita, da Junta de Alfragide, o PS obteve na Amadora um “resultado histórico”, como o classificou a presidente reeleita da autarquia, Carla Tavares.

Carla Tavares (PS)

SETE ELEITOS

Carlos Silva (Amadora Mais)

DOIS ELEITOS

Amável Alves (CDU)

UM ELEITO

Deolinda Martin (BE)

UM ELEITO

Patrícia Caeiro (PAN)

47,97% 18,09% 12,22% 6,94%

3,23%

29.845 votos

11.253 votos

7.601 votos

4.321 votos

2.009 votos

João Pica (MIPA)

2,65%

1.646 votos

Carlos Costa (PCTP-MRPP)

1,75%

1.090 votos

Mário de Carvalho (Nós, Cidadãos)

1,06%

661 votos

Tânia Marques (PTP)

0,26%

163 votos

Abstenção

57.34%

83.617 Não votantes

Os amadorenses voltaram a dar a confiança, por maioria absoluta (47,97% dos votos), ao Partido Socialista, nas eleições autárquicas realizadas no passado domingo. Os socialistas não só mantiveram os sete vereadores como acrescentaram as freguesias da Venteira e Águas Livres ao rol de maiorias absolutas dentro do concelho. A esta lógica só escapou a Junta de Alfragide que, no entanto, também deu a vitória, neste caso pela primeira vez, ao partido liderado por António Costa.

Os resultados eleitorais ditaram que a coligação PSD/CDS-PP (Amadora Mais) se tornasse na segunda força mais votada (18,09%), por troca com a CDU, que perdeu um dos dois vereadores eleitos em 2013 (os comunistas baixaram a sua votação de 19,15% para 12,22%, menos cerca de 4000 votos).

Já o BE, com mais mil boletins a seu favor, apro-

ximadamente, do que há quatro anos, logrou eleger um vereador.

Feitas as contas, percebe-se que o PS, com mais votos – de aproximadamente 27 200 passou para cerca de 29 800 – e a conquista de todas as freguesias em jogo, não saiu prejudicado pela maior dispersão na votação verificada nestas eleições, às quais se apresentaram nove candidaturas, quando em 2013 haviam sido apenas cinco as formações concorrentes à Camara Municipal. “Um sinal de confiança e um peso acrescido”, resumiu a presidente reeleita, Carla Tavares, no rescaldo da noite eleitoral.

De entre as candidaturas que ficaram de fora da vereação, o PAN obteve 3,23%, o Movimento Independente pela Amadora (MIPA) teve 2,65% dos votos, o PCTP/MRPP 1,75%, o NC 1,06% e o PTP 0,26%.

Mina de Água

N.º votos

Encosta do Sol

N.º votos

PS

48,99%

7.406

PS

50,42%

4.877

AM

16,30%

2.464

AM

15,49%

1.498

CDU

11,32%

1.712

CDU 12,80%

1.238

BE

6,83%

1.032

BE

645

1 Venteira

N.º votos

PS

47,36%

4.585

AM

19,17%

1.856

CDU 12,72%

1.231

BE

595

6,15%

3

4 2 5

1 – Mina de Água 2 – Venteira 3 – Encosta do Sol 4 - Falagueira - Venda Nova 5 - Águas Livres 6 - Alfragide

6

6,67%

Falagueira Venda Nova

N.º votos

PS

50,92%

4.084

AM

14,79%

1.186

CDU 14,28%

1.145

BE

544

6,78%

Águas Livres

N.º votos

PS

47,76%

6.298

AM

17,82%

2.350

CDU 12,90%

1.701

BE

1.009

7,65%

Alfragide

N.º votos

PS

39,67%

2.595

AM

29,03%

1.899

CDU 8,78%

574

BE

496

7,58%

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“Vitória histórica”

A

legria, mas também o peso da responsabilidade. Assim se dividiram os sentimentos que Carla Tavares expressou, na noite eleitoral do passado domingo, após uma vitória retumbante do PS na Amadora.

Falando perante militantes, simpatizantes e membros de executivos de freguesias que foram chegando à secção do PS naquela cidade ao longo da noite – motivando de cada vez uma ruidosa manifestação de júbilo, especialmente aquando da comitiva de eleitos por Alfragide, finalmente ‘anexada’ ao mapa rosa – a reeleita presidente da Câmara da Amadora deixou bem vincado que os resultados significam “responsabilidades acrescidas”. “São, sem dúvida, melhores resultados do que há quatro anos: em seis freguesias temos maioria absoluta em cinco e ganhámos Alfragide, o que nos permite manter os sete vereadores em 11. Com um resultado destes e com esta estabilidade política municipal não há motivo para que não se cumpra o compromisso com o qual nos apresentámos aos amadorenses”, destacou Carla Tavares.

Os méritos e as responsabilidades são para dividir “por todos nós e pelo PS”. A edil admite que “o facto de o PS estar a exercer extraordinariamente bem as suas funções governativas” também teve a sua importância no desfecho eleitoral. “Esta campanha foi muito diferente de há quatro

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anos: as pessoas estão mais confiantes e isso sente-se no contacto com os munícipes”.

Ainda assim, lembra que foi presidente de câmara na governação PSD “e não foi por isso que deixámos de lutar por aquilo que achávamos que era importante para a cidade”.

Carla Tavares antevê que “os próximos quatro anos vão ser difíceis”, tendo em conta o “conjunto vasto de compromissos” colocados no caderno de encargos a cumprir com o eleitorado.

Entre estes estão vários “processos já em curso”, alguns dos quais, vincou, aguardam visto do Tribunal de Contas para poderem começar a ser concretizados, nomeadamente a construção dos centros de saúde. “Tudo o que tem a ver com a reabilitação e requalificação do espaço público, bem como dos modos de mobilidade suave, nomeadamente em toda a zona da Falagueira/Venda Nova, são processos que estão a decorrer, resultam de financiamentos comunitários”, lembra, ainda, a edil, resumindo: “Há obras estruturantes que estão para se iniciar e isso com certeza será importante para a cidade”.

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Além da “contínua aproximação ao tecido empresarial” e das questões da Educação e da Acção Social – “que continuarão a ser uma prioridade para o futuro executivo municipal” – também a erradicação dos bairros degradados que ainda estão recenseados no PER estará na agenda.

Menos próxima no calendário, mas a implicar, desde já, uma atenção especial, está a questão da Mobilidade no contexto da Área Metropolitana de Lisboa, à luz da concessão de transportes públicos rodoviários com os operadores privados, a qual termina em 2018. “É uma oportunidade muito interessante para a cidade da Amadora, pois ao nível ferroviário, do metropolitano, já estamos muito bem, ao nível da rede de estradas estamos muitíssimo bem (porque somos abraçados por todas as grandes vias), mas precisamos de melhorar a mobilidade interna e esta será a nossa grande prova de fogo e o momento de demonstrarmos que estamos, nós Amadora e nós AML, à altura deste desafio”, concluiu.

Jorge A. Ferreira

Desde 1978 a pensar o futuro

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PRESIDENTES DE JUNTAS DE FREGUESIA Alfragide

“Alento para continuar a defender os anseios da população”

António Paulo (PS) Águas LIvres

Jaime Garcia (PS) Encosta do Sol

Na sequência de uma “disputa eleitoral em condições muito difíceis”, os resultados da coligação Amadora Mais (PSD/CDS-PP), permitem uma leitura positiva. É o que faz Carlos Silva, que foi o cabeça de lista daquela candidatura à Câmara Municipal.

“Desde logo, o PS tem maioria absoluta e não era fácil…

Mas sinto-me satisfeito pelo facto de termos aumentado a votação, o que nos dá alento

para continuar em defesa dos anseios dos amadorenses”, destacou ao JR. Embora assumindo, com a sua equipa, a responsabilidade pelo saldo eleitoral – que se traduziu num aumento de cerca de 500 votos e na manutenção dos dois vereadores na câmara – o também deputado do PSD no Parlamento admite que possa ter havido repercussões da situação política nacional nas eleições

locais. “É natural que tenhamos sido um pouco penalizados, o PS foi muito hábil na gestão das questões políticas no último mês antes das eleições…”. Sem esquecer a abstenção, “que foi das mais elevadas na Amadora”.

Certo, porém, contrapõe Carlos Silva, é que “ouvi muitas reclamações nesta campanha por parte das populações”.

Por isso, o vereador renova o seu empenho em busca de so-

Carlos SIlva ficou satisfeito por ter aumentado a votação da coligação

luções: “Vamos continuar a defender as nossas propostas, nomeadamente na mobilidade, na saúde e na segurança, questões que hoje em dia na Amadora não são bem trata-

das. Seja da parte da câmara, seja da parte do Governo, é preciso uma atenção especial ao nosso território”.

JAF

Reflectir sobre “o alto índice” de abstenção A representação da CDU nos órgãos autárquicos caiu pela metade em termos de mandatos atribuídos pelos eleitores: na câmara municipal a coligação PCP/PEV passou de dois vereadores para um, enquanto o número de deputados na Assembleia Municipal baixou de oito para quatro.

Conformado com a nova realidade, Amável Alves, que encabeçou a can-

Armando Paulino (PS) Falagueira-Venda Nova

Ana Venâncio (PS) Mina de Água

Joaquim Rocha (PS) Venteira

Carla Neves (PS)

PS lidera na região de Lisboa No distrito de Lisboa, o PS conseguiu 37,67% dos votos, elegendo 10 presidentes da Câmara, oito maiorias absolutas, num total de 70 mandatos (dos 152); seguindo-se a CDU, com 13,15% dos votos, tendo elegido dois presidentes de câmara e uma maioria absoluta (21 mandatos). O PSD, coligado com o CDS-PP, obteve 8,10% dos votos, uma câmara municipal (com maioria absoluta) e 17 mandatos, e, concorrendo sozinho, obteve 6,07% dos votos, duas câmaras (ambas com maioria absoluta) e 18 mandatos.

Apuradas todas as freguesias dos 16 municípios do distrito de Lisboa, e de acordo com os resultados oficiais divulgados pelo Ministério da Administração Interna, 10 câmaras continuam a ser presididas por candidaturas do PS, três pelo PSD, duas

didatura CDU à Câmara Municipal da Amadora, não deixou de, porém, de apresentar uma postura combativa para ilustrar a sua função como vereador no ciclo autárquico que agora começa: “Cá estaremos, como sempre estivemos, para defender e apoiar as populações da Amadora”, enfatizou aquele dirigente, em declarações à TV Amadora, no rescaldo das eleições do

passado domingo. Na mesma ocasião, Amável Alves chamou, ainda, a atenção para uma questão da falta de comparência nas urnas de grande parte dos amadorenses. Um “alto índice de abstenção” que merece, segundo frisou aquele responsável comunista, que se faça “uma reflexão em torno do afastamento das pessoas da política”.

As autárquicas não trouxeram grandes alterações ao distrito de Lisboa, com o PS a continuar a liderar o maior número de câmaras, incluindo a capital, seguindo-se o PSD (3) e a CDU (2), enquanto Isaltino Morais recuperou Oeiras

pela CDU e uma por um movimento independente. À frente da Câmara Municipal de Oeiras continua a estar um movimento independente, embora Isaltino Morais, com o movimento Inovar - Oeiras de Volta (INOV) tenha vencido no passado domingo o seu ‘delfim’, o anterior presidente da Câmara, Paulo Vistas, que se candidatava pelo movimento IOMAF (Independentes, Oeiras Mais à Frente).

Isaltino Morais venceu em Oeiras com maioria absoluta, ao conseguir 41,65% dos votos (seis vereadores), seguindo-se o IOMAF com 14,18% dos votos (dois mandatos), o PS com 13,42% votos (um mandato), o PSD/ CDS-PP/PPM com 8,77% dos votos (um mandato) e a CDU com 7,84% dos votos (e um mandato).

Das câmaras lideradas pelo PS, destaque para Lisboa, onde Fernando Medina perdeu a maioria absoluta conquistada há quatro anos pelo agora primeiro-ministro, António Costa.

O PS conseguiu 42,02%, seguindo-se o CDS-PP/MPT/PPM, com 20,57% dos votos (quatro vereadores), o PSD, com 11,23% dos votos (dois mandatos), a CDU, com 9,56% dos votos (dois mandatos) e o Bloco de Esquerda conseguiu regressar à vereação da capital.

Em Sintra, Basílio Horta (PS) foi reeleito, mas consegue com maioria absoluta: este ano obteve 43,05% dos votos (elegendo seis mandatos), seguindo da coligação PSD/ CDS-PP/MPT/PPM com 29,01% dos votos com quatro mandatos e da CDU com 9,43% dos votos (um

mandato). Em 2013, o candidato socialista tinha conseguido eleger os mesmos mandatos que o independente Marco Almeida (quatro).

Em Odivelas, o socialista Hugo Martins é reeleito com maioria absoluta: tem 45,08% dos votos e seis mandatos, o PSD/CDS-PP, liderado por Fernando Seara, tem 21,70% votos (três mandatos), a CDU 14,82% dos votos (dois mandatos).

Dos municípios liderados pelo PSD/ CDS-PP, Carlos Carreiras renovou a maioria absoluta em Cascais, com 45,94% dos votos (seis vereadores), contra 29,09% do PS (quatro mandatos) e 7,45% da CDU (um mandato).

Em comparação com 2013, o PS conseguiu mais um mandato e a coligação PSD/CDS-PP mantém a maioria absoluta na Assembleia Municipal.

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na berra

“Este é capaz de ser o maior trabalho de amor da minha carreira”

Nuno Markl está a comemorar os 20 anos de ‘O Homem que Mordeu o Cão’, que irá assinalar com um espectáculo, esta sexta-feira, em Lisboa, e prepara-se para a estreia da série ‘1986’, que será exibida no canal público de televisão a partir de Novembro.

Nesta sexta-feira, dia 6 de Outubro, celebram-se os 20 anos da rubrica ‘O Homem Que Mordeu O Cão’, de Nuno Markl, uma espécie de noticiário com acontecimentos bizarros que acontecem um pouco por todo o mundo. Com a Internet, a rubrica tornou-se vi-

Nuno Markl assinala 20 anos da rubrica ‘O Homem que Mordeu o Cão’ e fala da série ‘1986’, que estreia na RTP em Novembro

ral e alcançou outros públicos, sendo mote para uma digressão nacional, vários livros, um programa de televisão e continua a fazer parte da programação da Rádio Comercial.

Para celebrar a efeméride, terá lugar um espectáculo no Coliseu de Lisboa, onde Nuno

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Markl vai receber convidados com quem irá partilhar o palco. Uma noite que será, para o humorista, “um momento único e especial”.

Sobre a série ‘1986’, que integra a nova temporada da programação da RTP, Nuno Markl assegura: “Este é capaz de ser o maior trabalho de amor da minha carreira”.

“Isto começou há muitos anos quando esbocei uma ideia para aquilo que achei que ia ser uma curta-metragem, chamada ‘O Videoclube’, passada num videoclube nos anos 80. E, depois, foi daquelas ideias que tenho a apodrecer em pastas no computador e que, de vez em quando, vou ver o que é que ainda me inspira.

Reencontrei esta e achei que podia expandir essa ideia para algo mais consistente”, conta.

Foi assim que nasceu ‘1986’, uma série que retrata as eleições presidenciais de 1986, sufrágio que, segundo Nuno Markl, “foram as mais concorridas da história da democracia”, altura em que “o país estava dividido entre esquerda e direita”. De acordo com o humorista e locutor de rádio, esta foi “uma época super interessante e com um marketing super delirante e agressivo” que, segundo o próprio, pareciam “eleições à americana” e exemplifica: “De repente, o Mário Soares tinha uma canção rock e o Freitas do Amaral tinha chapéus de palha. Foi a loucura”. Nuno garante que não se trata de “uma série política”, mas que retrata a forma como a política “afecta as vidas de um grupo de pessoas num bair-

ro - pais, filhos, professores, estórias de amor”. Ao mesmo tempo, reflecte também “os dramas da juventude e a angústia ‘teenager’”, com problemas vividos também pelo próprio. Algumas cenas foram, mesmo, “decalcadas” da sua vida. Contudo, afirma não se tratar de uma série auto-biográfica. Diz ser “também sobre memórias de outras pessoas que escreveram isto”, como a irmã Ana Markl, Filipe Homem Fonseca e Joana Vilela.

Sobre a participação de Ana na elaboração do guião, o humorista explica que foi fundamental: “eu sou muito criativo e, se for preciso, dou pontapés na lógica, e ela dizia-me: ‘mas atenção se fores fazer isso tens que rever o que acontece no episódio x porque assim deixa de fazer sentido’”.

Para Nuno Markl, o facto de Ana “ser tão boa tanto em termos criativos, quanto estruturalmente, foi óptimo” e fez com que tudo corresse “tão bem”, resultando num produto final “incrível”.

Contudo, para escrever o guião não são precisas apenas ideias. É necessário também muito trabalho de pesquisa.

“Essa foi a parte da Joana Vilela. Havia muita coisa que estava nas nossas memórias, mas, quando criei o conceito da série, pensei logo que precisávamos de alguém que tivesse uma tremenda experiência e tempo para ir desenterrar coisas sobre esta época, de forma a dar consistência à narrativa. Enquanto pensava nisto, olhei para o livro que tinha apresentado dias antes,‘Lx 80’, da Joana, e houve uma

luz divina que iluminou o livro com coros de anjos e, nesse momento, percebi que tinha que ser a Joana a fazer esse trabalho. Convidei-a e aceitou de imediato, ainda antes de saber quanto ia ganhar”, revela.

Não poupando elogios ao trabalho da colega, Nuno Markl conta que “ela [Joana Vilela] entregou-se de tal maneira que até conseguiu saber o estado do tempo em cada um dos dias em que a acção se passava, e a programação da RTP naqueles dias”. Em jeito de brincadeira, diz que Joana Vilela foi “uma espécie de polícia-bom”, porque “às tantas, nos nossos devaneios”, chamava-os à razão e trazia-os de volta à terra.

Declarando estar “super feliz com o elenco”, o radialista confessa que acredita terem sido escolhidas “as pessoas ideais”. “Para nós foi um projecto especial. Não me lembro de um projecto que tenha corrido tão bem em toda a minha vida, afirma. Entre o elenco encontram-se nomes como Adriano Carvalho, Teresa Tavares, Gustavo Vargas, Anabela Teixeira, Ana Bola, Miguel Moura e Silva, Henrique Gil, Laura Dutra e Tiago Garrinhas.

Nuno Markl frisa que já existem “ideias para uma segunda temporada”. Contudo, Markl faz questão de dizer que esta temporada “acaba bem, fecha de uma maneira bonita”.

A série ainda não tem data marcada para estreia, mas deverá ser exibida nos ecrãs a partir de Novembro, na RTP1.

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Os vossos Seniores em boas mãos!

Tempo”. Partimos do nascimento de cada Morador, à sua fase atual com uma breve biografia feita em verso. Recriamos ainda, um pequeno excerto da peça de teatro do Romeu & Julieta, em que os atores foram os Moradores da A-80.

Foi uma tarde encantadora, em que de uma forma simples conseguimos homenagear os nossos Moradores. São momentos como estes, que proporcionam sorrisos e que nos ajudam diariamente na Residência, a compreender que estamos na companhia de pessoas especiais e que muito nos têm para ensinar. «Na qualidade de Administração da A.80 Residência Sénior expresso a minha gratidão por momentos como estes, e faço votos sinceros de uma sonhadora, que sonha um dia, que este País seja um exemplo de valores de igualdade, coragem e respeito pelos nossos anciãos.»

“Os vossos Seniores em boas mãos!”

A A-80 tem como visão proporcionar uma “Vida Plena seja qual for a idade.” Queremos que todos se sintam bem, residentes, familiares, visitas, colaboradores, fornecedores e parceiros. Que exista harmonia e acolhimento, capazes de nos ouvirmos uns aos outros.

Mónica Pereira A Administração da A-80 Residência Sénior

A A-80 centra-se nas pessoas, por forma as ajudar a ter mais qualidade de vida, para as ajudar a criar coisas que fazem a diferença, e não apenas para cumprir o tempo de Vida.

A A-80 Residência Sénior, tem ao dispor dos seus Moradores um conjunto de serviços, desde Assistência Médica Enfermagem, Nutricionista, Fisioterapia, Programas de Reabilitação Física e de Reabilitação Cognitiva e de Estimulação Sensorial, destinados a Moradores com Demências.

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Todo o cenário acompanhou o tema, desde os convites realizados como se de um bilhete de avião se tratasse, à simulação de um aeroporto e devido chek-in.

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5 a 18 de Outubro de 2017

motores

Chegou o novo Polo Ícone da Volkswagen está maior, mais eficiente, desportivo e tecnológico

Com mais de 14 milhões de unidades vendidas, o VW Polo é um verdadeiro gigante entre os citadinos de pequenas dimensões. Chega agora ao mercado a sexta geração, completamente nova e recheada de tecnologia e equipamentos.

Conta de série em todas as versões com o sistema Front Assist, que inclui função de travagem de emergência em cidade (City Emergency Braking), sistema de deteção de peões (Pedestrian Monitoring), assim como sistema de travagem multicolisão.

Para o lançamento no mercado nacional, a oferta é repartida

entre três motores a gasolina de 3 cilindros com os três níveis de potência mais populares nesta categoria: 1.0 MPI com 75 cv e dois blocos TSI sobrealimentados de 1.0 litros com 95 cv e 115 cv.

Todos os modelos são equipados com o sistema Start-Stop e modo de travagem regenerativa. A partir da potência de 95 cv é possível a combinação com a transmissão automática DSG de dupla embraiagem. Até final do ano, a gama de motores será alargada com a introdução dos tradicionais blocos Diesel 1.6 TDI com potências de 80 cv e de 95 cv.

A sexta geração do Polo foi desenvolvida com base na platafor-

ma modular transversal (MQB).

Isso tornou possível oferecer proporções bastante mais generosas, com uma longa distância entre eixos, Como resultado, o Polo oferece mais espaço para cinco ocupantes e bagageira com volumetria que aumentou significativamente de 280 para 351 litros.

O design adquiriu um carácter masculino, carismático e expressivo. Tal resultou num veículo completamente novo.

Os designers também deram ao interior um sabor vanguardista com um habitáculo inovador, desenvolvido para a era digital.

O Polo é o primeiro carro da sua classe a oferecer um painel de ins-

trumentos totalmente digital – a nova geração do Active Info Display, como opção. Os instrumentos são dispostos no mesmo eixo de visualização do sistema multimédia, este com ecrãs até 8’’.

As interfaces digitais para smartphones permitem acesso mais fácil às suas aplicações e a vários serviços on-line a bordo. Os smartphones podem ser carregados sem fios – por indução - em opção.

O popular VW oferece ainda possibilidades várias de combinação entre cores exteriores e revestimentos interiores, bem como um tecto panorâmico de grandes dimensões (como opção).

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JORNAL DA REGIÃO

5 a 18 de Outubro de 2017

repórter JR

Reportagem é tema do AmadoraBD

Certame vai decorrer de 27 de Outubro a 12 de Novembro ”A reportagem” é este ano o tema oficial do Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora, cuja próxima edição começa a 27 de Outubro.

O AmadoraBD, organizado pela Câmara da Amadora, cumprirá a 28.ª edição de 27 de Outubro a 12 de Novembro com exposições, lançamentos editoriais e a presença de autores portugueses e estrangeiros de banda desenhada. Nos últimos anos o festival tem decorrido no Fórum Luís de Camões (Brandoa) Este ano, o tema será a reportagem, um dos géneros do Jornalismo e que, no caso da banda desenhada, pode ser concebido e realizado por artistas, com “uma liberdade criativa maior, ainda que tenham que relatar factos, sempre sob o dever de manter a ética e o compromisso com a sociedade”, refere a organização em comunicado.

Como venceu em 2016 o prémio de melhor álbum do AmadoraBD com “Tudo isto é fado!”, Nuno Saraiva será o autor em destaque desta edição, com direito a uma exposição e desenhou o cartaz oficial do festival. A par da exposição central, o festival apresenta outras mostras expositivas sobre a maioria dos álbuns e autores premiados na edição imediatamente anterior.

No ano passado, foram distinguidos, por exemplo, os álbuns ‘Tormenta’, de João Sequeira e André Oliveira, ‘Fósseis das almas belas’, de Mário Freitas e Sérgio Marques, ‘Presas fáceis’, de Miguelanxo Prado, e ‘V de Vingança’, de Alan Moore e David Lloyd.

No campo da ilustração para a infância, Joana Estrela venceu o prémio de melhor desenho de livro português, com ‘Mana’, e a espanhola Ana Pez venceu na categoria estrangeira, com ‘O meu irmão invisível’.

Recolha solidária de bens e alimentos

Médico de Família Consultas anti-tabaco

Dinamizada pela Câmara Municipal e pelas juntas de freguesia da Amadora desde 2015, a Campanha Seja Solidário terá lugar entre os dias 9 e 14 de Outubro. A iniciativa é destinada à recolha concertada de bens de primeira necessidade, que serão posteriormente geridos pelas Comissões Sociais de Freguesia e distribuídos por famílias em situação de vulnerabilidade, em acompanhamento social pelas instituições do concelho da Amadora.

A campanha realizada em Março deste ano resultou num imenso sucesso, tendo sido angariadas 4,5 tonela-

das de alimentos e 900 artigos de higiene.

São necessários os seguintes produtos: Bens alimentares: massa, arroz, grão, feijão, atum, salsichas, outros enlatados, óleo, azeite, leite, bolachas, cereais de pequeno-almoço, farinha e açúcar.

Produtos de higiene pessoal e do lar: sabonete ou gel de duche, shampoo, pasta de dentes, escova de dentes, detergentes, entre outros. Artigos de bebé: fraldas, papas, leite em lata, produtos de higiene, entre outros.

Pode entregar os donativos, entre os próximos dias 9 e 14 de Outubro, nas juntas de freguesia.

Juiz mantém medidas de coação para polícias O juiz de Instrução Criminal do Tribunal de Sintra recusou, no passado dia 28 de Setembro, o agravamento das medidas de coacção pedidas pelo Ministério Público para 18 polícias da esquadra de Alfragide, na Amadora, disse à Lusa fonte ligada ao processo.

No início de Setembro, o Ministério Público pediu ao tribunal de Sintra que decretasse a suspensão imediata de funções destes polícias

acusados de denúncia caluniosa, injúria, ofensa à integridade física e falsidade de testemunho, num caso que remonta a 5 de Fevereiro de 2015 e que envolveu agressões a jovens da Cova da Moura na esquadra de Alfragide, concelho da Amadora.

O juiz indeferiu o pedido de alteração às medidas de coacção, mantendo-se os 18 agentes da PSP com Termo de Identidade e Residência.

O número de pessoas que recorrem aos cuidados de saúde primários para deixar de fumar tem estado a aumentar. Só nos primeiros seis meses do ano, os centros de saúde da região de Lisboa proporcionaram 2624 consultas de apoio intensivo à cessação tabágica. Destas consultas, cerca de 35% corresponderam a primeiras consultas (942).

Neste momento todos os Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) da ARSLVT têm consultas de apoio intensivo à cessação tabágica, com esta cobertura a 100% a ter sido atingida em 2016. Além das consultas de cessação tabágica, os ACES desenvolveram também outras iniciativas de prevenção do tabagismo e de exposição ao fumo do tabaco, num total de 127 acções, que chegaram a 47.106 pessoas, na sua maioria jovens em idade escolar.

Em Portugal, morrem todos os anos mais de 11.000 pessoas por doenças provocadas ou agravadas pelo tabaco, das quais mais de 800 por doenças decorrentes da exposição ao fumo ambiental. As pessoas fumadoras têm um risco de adoecer e morrer por doenças graves e incapacitantes 2 a 3 vezes superior ao das pessoas que nunca fumaram, perdendo em média 10 anos de expectativa potencial de vida.

Das mais de 7000 substâncias presentes no fumo do tabaco, 70 podem provocar cancro.

Uma das substâncias é particularmente responsável por desencadear dependência: a nicotina, que atinge o cérebro em poucos segundos após a sua entrada na corrente sanguínea, depois de inalada ou absorvida através das mucosas ou da pele.

Os jovens são o grupo mais vulnerável aos efeitos cerebrais da nicotina, e à possibilidade de ficarem dependentes.

Mais de 90% dos consumidores adultos começaram a fumar neste período. Por esse motivo, evitar que os jovens comecem a fumar é a principal estratégia de prevenção primária do tabagismo.

FICHA TÉCNICA

Director: Paulo Parracho | Chefe de Redacção: João Carlos Sebastião | Colaboradores: Jorge A. Ferreira | Design Gráfico: Rita Rodrigues | Directora Comercial: Vanessa Bandeira Departamento Comercial: Rosa Valente e Gonçalo Santos | Secretariado: Paula Santos | Distribuição e Logística: António Oliveira | Informática: Joade Jinkings ERC: Registo n.º 119748 | Propriedade: Monde Visionnaire, Comunicação Social, S.A. | Sede: Rua do Alto do Forte, n.º 5 2635-036 Rio de Mouro – Sintra | Capital Social: 50.000 Euros NRPC: 513 212 809 | Tiragem: 60.000 exemplares | Impressão: Grafedisport Impressão e Artes Gráficas, S.A. – Queluz de Baixo | Depósito Legal n.º 100139/96 Redacção e Departamento Comercial: Rua do Alto do Forte, n.º 5 2635-036 Rio de Mouro – Sintra | Tel.: 21 807 98 34 | E-mail Redacção: jr-editor@jornaldaregiao.pt | Comercial: comercial@jornaldaregiao.pt | Classificados: classificados@jornaldaregiao.pt | Estatuto Editorial disponível em: www.jornaldaregiao.pt

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JORNAL DA REGIÃO

negócios

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O grupo BNI Inovação, que reúne 24 empresários da

região, quer atingir os dois milhões de euros gerados para a economia local ao comemorar o seu 3.º aniversário. Para isso, conta com a eficácia do método de “networking” criado nos Estados Unidos em 1985.

BNI Inovação continua a facturar Começaram com 13 membros e o número não deu azar: em dois anos e meio de existência, o BNI Inovação, sedeado em Queluz, mas que junta empresários de Sintra e de vários concelhos vizinhos, está no ‘top ten’ do “ranking” português da rede mundial BNI - Business Networking International,

organização de referências de negócios fundada em 1985 nos Estados Unidos. Esta cadeia de grupos, que operam com base na entreajuda directa entre os seus membros para a angariação de novos clientes, inclui já mais de 80 colectivos espalhados por todo o território nacional. Na área regional

específica em que está inserido (abrangendo Sintra, Cascais, Amadora e Setúbal), o BNI Inovação alcançou o lugar de liderança entre as cerca de dez organizações homólogas na mesma região, como destaca o seu presidente e fundador, Jorge Antunes. “Somos um grupo muito empenhado e que tem

pessoas que já estão juntas há muito tempo e funcionam de forma muito interligada.

Além disso, somos reconhecidos por sermos um grupo que acolhe muito bem os novos membros”, justifica.

Os 24 empresários e empresárias do grupo – com índices positivos de igualdade de género,

pois tem até mais mulheres do que homens no seu seio – juntaram-se, no dia 27, perto do Palácio de Queluz para reforçar o foco num novo objectivo: atingir, daqui a seis meses, por ocasião do 3.º aniversário, a fasquia dos dois milhões de euros gerados pelo grupo na economia local. Para lá chegarem, confiam no método de angariação de novos clientes do conceito BNI (partilhado por 7800 grupos no mundo e 210 mil membros).

Segundo Jorge Antunes, o sucesso BNI é proporcional ao tempo despendido por cada membro e ao rigor com que se cumprem as regras. Entre elas está a assiduidade à reunião semanal – a qual, no caso do BNI Inovação, acontece todas as quartas-feiras, às 06h30, num hotel em Queluz. Um desafio que é também um teste à força de vontade de cada um. “Não é fácil acordar às cinco da manhã, mas vale bem a pena o esforço”, garante o presidente da organização.

Na verdade, esta e outras reuniões são essenciais na rede. Afinal, “quanto mais pessoas eu conhecer e melhor as conhecer mais referências de negócios consi-

go passar e, consequentemente, mais esses colegas a quem eu consegui ajudar vão procurar encontrar negócios para mim”, explica o nosso interlocutor.

Porque “aqui não há comissões”.

Mas se não se paga monetariamente, paga-se na mesma moeda, o que, neste caso, equivale a dizer com referências de negócio (um novo cliente, um contacto…). O sucesso passa, pois, por trazer mais pessoas para o grupo – apenas por convite e na condição de não duplicar actividades já existentes – e por dar a conhecer as suas potencialidades ao público, através do boca-a-boca e com a confiança de quem conhece bem a pessoa e o serviço que está a recomendar. “É como termos dezenas de comerciais a divulgar os nossos serviços sem ter que lhes pagar em dinheiro”, resume Jorge Antunes, aludindo à trave-mestra do sistema criado por Ivan Misner em 1985: o Ganhar Contribuindo (‘Givers Gain’), ou seja, algo como “se eu te ajudar, tu vais querer ajudar-me”. Podendo parecer catecismo religioso, é tudo sobre dinheiro e negócios…

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