Edição de Cascais 136 do Jornal da Região

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JORNAL DA REGIÃO

CASCAIS

DIRECTOR: Paulo Parracho | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Distribuído com o

13 a 19 de Julho de 2017 - Semanal - Série V Ano XXII - N.º 136

MARCO HORÁCIO

INTERDITAS A BANHOS

PORTUGAL TEM NOVO ‘CHEF’

O humorista, de 41 anos, volta à representação para interpretar Mário Valente na segunda temporada da série da RTP1 ‘Sim, Chef!’, onde revive as suas origens alemãs.

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As praias da Bafureira, na Parede, e do Abano, no Guincho, estão interditas ao uso balnear desde o passado fim-de-semana, por decisão da Agência Portuguesa do Ambiente. Em causa a falta de areia e a proliferação de pedras na praia do Abano, enquanto na Bafureira é a instabilidade das arribas que provoca preocupação. A Câmara de Cascais exige respostas por parte do Ministério do Ambiente.

CASCAIS INVESTE SEIS MILHÕES EM NOVOS CENTROS DE SAÚDE

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13 a 19 de Julho de 2017

consultório jurídico

Nova Lei do Arrendamento

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Acesso 24h por dia

Mobília Arquivo Bicicletas Mercadorias

por João Lacerda Tavares

Particulares e empresas

Um novo regime do arrendamento urbano foi recentemente aprovado pela Lei n.º 43/2017 de 14 de Junho procedendo à quarta alteração da Lei n.º 6/2006, de 27 de Fevereiro e à quinta alteração ao Decreto-Lei n.º 157/2006, de 8 de Agosto.

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Parque Industrial Meramar IV Estoril ( Junto ao CascaiShopping ) Telf.: 21 469 17 06 • Fax: 21 469 16 98 e-mail: estoril@espacoparatudo.pt Parque Industrial Meramar II Albarraque ( Junto à Tabaqueira ) Telf.: 21 925 52 57 • Fax: 21 925 52 59 e-mail: riodemouro@espacoparatudo.pt

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Em vigor desde 2012, o NRAU estabeleceu que as rendas anteriores a 1990 seriam actualizadas, permitindo aumentar as rendas mais antigas através de um processo de negociação entre senhorio e inquilino ou com base em 1/15 do valor patrimonial fiscal do imóvel. O novo diploma veio alterar este processo e trazer outras alterações: 1. Os inquilinos com rendas antigas e com idade superior a 65 anos ou deficiência igual ou superior a 60% e carência financeira, vão ter um período transitório de dez anos, contra os cinco que estabelecia a legislação. E os inquilinos com menos de 65 anos e que comprovem ter carências financeiras passam a ter um alargamento do período transitório que

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passa de cinco para oito anos em que se mantém o contrato de arrendamento. 2. Durante esse tempo a renda fica limitada de acordo com escalões de rendimento Alteram-se, no entanto, os escalões de rendimento que agora determina diferentes taxas de esforço: para rendimentos até €500,00 o tecto são 10% (€50,00), para rendimento entre €500,00 e €1.500 são 17% (€255,00) e para rendimento acima dos €1.500,00 são 25% (€812,00). A estes vão somar-se mais dois escalões: um de 15%, para rendimentos entre €1.000,00 e €750,00 (€150,00), e outro de 13%, para quem ganhe entre €500,00 e €570,00 mensais (€74,00). 3. O contrato de arrendamento urbano para habitação pode celebrar-se com prazo certo ou por duração indeterminada. No contrato com prazo certo pode convencionar-se que, após a primeira renovação, o arrendamento tenha duração indeterminada. No silêncio das partes, o contrato considera-se celebrado por prazo certo, pelo período de cinco anos, mais três que os anteriormente previstos. 4. Relativamente ao valor da indemnização no caso de denúncia do contrato, esta passa de um para dois anos de renda. 5. Em relação a obras de remodelação ou restauro, para definir o que são obras profundas para efeitos de denúncia do contrato, as empreitadas terão de ter um orçamento correspondente a pelo menos 25% do Valor Patrimonial Tributário (VPT) do imóvel. 6. E ainda, o aumento de dois para três meses do período de tolerância por falta de pagamento da renda, estipulando-se ser inexigível ao senhorio a manutenção do arrendamento em caso de mora igual ou superior a três meses no pagamento da renda, encargos ou despesas que corram por conta do arrendatário, mais um mês do que o regime que estava em vigor. João Lacerda Tavares Advogado da TLR&A Sociedade de Advogados

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13 a 19 de Julho de 2017

BREVES PROVA DE TRIATLO FECHA MARGINAL NO DOMINGO A Avenida Marginal vai estar encerrada ao trânsito no dia 16 de Julho, entre as 08h30 e as 13h00, devido à 30.ª edição do Triatlo de Oeiras. Segundo um comunicado da Câmara de Oeiras, não será possível a circulação automóvel entre Algés e a Praia da Torre, nos dois sentidos, e também as zonas de estacionamento circundantes estarão encerradas. O Triatlo de Oeiras partirá da Praia da Torre, onde decorrerá o segmento de natação, e na Marginal são os segmentos de ciclismo e corrida que ganham destaque. São esperados cerca de 700 atletas para duas provas: Hotel Real Oeiras Sprint|Taça de Portugal de Triatlo; e Sport Life Trichallege|Prova Aberta.

actualidade

Cascais vai ter novos C centros de saúde

âmara de Cascais vai investir mais de seis milhões de euros na construção de dois novos centros de saúde e na ampliação de um já existente, com o objectivo de ter toda a população do concelho com médico de família até 2019. As freguesias de Cascais-Estoril e Carcavelos-Parede recebem os novos equipamentos, enquanto em S. Domingos de Rana será melhorada a unidade existente.

MODOS DE OLHAR NO CENTRO CULTURAL A exposição ‘Modos de olhar’, com obras do artista Noronha da Costa, vai ser inaugurada no Centro Cultural de Cascais, onde ficará patente até 10 de Setembro. De acordo com a Fundação D. Luís I, que tutela o espaço, a exposição é inaugurada às 21h30 de sexta-feira, e abre ao público no sábado. Nascido em Lisboa, em 1942, Luís Noronha da Costa fez o curso de arquitectura na Escola Superior de Belas-Artes e expôs individualmente, pela primeira vez, em 1962, em Lisboa, Paris e Munique.

CASCAIS RECEBE UNIVERSITÁRIOS Cascais recebe pela primeira vez a European Innovation Academy, a maior aceleradora em inovação digital da Europa, que promete transformar boas ideias em startups em apenas três semanas. No domingo, dia 16, começam a chegar ao Centro de Congressos do Estoril os melhores estudantes universitários das mais conceituadas universidades americanas, asiáticas e europeias no âmbito da Academia. O programa conta com 400 participantes, de 63 nacionalidades, oriundos de 40 universidades.

Carlos Carreiras e Adalberto Campos Fernandes parecem sintonizados quanto às necessidades do concelho

A decisão, aprovada na segunda-feira em reunião de câmara, surge na sequência de um acordo de colaboração entre a Câmara de Cascais e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS-LVT).

Segundo o acordo, a ARS fica obrigada a equipar as unidades de saúde (material médico e mobiliário) e alocar os recursos (pessoal especializado). Já à Câmara de Cascais caberá a decisão da localização

dos terrenos para construção das infra-estruturas de saúde, a elaboração ou obtenção de projectos de arquitectura, a construção ou requalificação dos equipamentos de saúde já existentes e do edificado a

adaptar às funções de saúde. Segundo a autarquia, os novos centros de saúde vão localizar-se nas freguesias de Cascais e Carcavelos-Parede. Em São Domingos de Rana será feita a ampliação do equipamento existente. O presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, refere que “este processo prova que, quando há boa vontade e iniciativa política, independentemente dos partidos ou das responsabilidades, os diferentes níveis da administração podem resolver os problemas dos cidadãos”. O investimento autárquico deverá rondar os cinco milhões de euros, sem contar com os terrenos para futuras construções, e a contribuição do Estado será de cerca de um milhão de euros. Segundo Carlos Carreiras, um milhão de euros

foi o valor que a câmara pagou para completar a aquisição do antigo edifício do Hospital de Cascais ao Estado. “O senhor ministro da Saúde deu-nos a garantia de que esta verba será reinvestida no concelho de Cascais, facto que nos deixa profundamente satisfeitos porque são investimentos de que estamos precisados para continuar a ter uma saúde pública universal de qualidade”, acrescenta. O autarca sublinha ainda que tem sido feita uma aposta “muito significativa” na saúde, passando-se de zero camas de cuidados continuados em 2013 para 400 camas em 2019. “Passamos também de uma escassez de médicos de família em 2013 para uma situação em que prevemos, em 2019, ter toda a população coberta”, conclui Carlos Carreiras.

Praias da Bafureira e do Abano interditadas O vereador do Ambiente da Câmara de Cascais, Nuno Piteira Lopes, mostra-se “preocupado” com o constante desinvestimento da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) nas praias do concelho, na sequência da interdição balnear a duas delas. A APA decidiu, na passada sexta-feira, fechar a praia da Bafureira, na Parede, devido à instabilidade das arribas, e a praia do Abano, no Guincho, devido ao elevado número de pedras. “Há vários anos que a câmara tem alertado para estas situações, da área útil da praia da Bafureira ser dentro da área de risco por causa da arriba, e da falta de areia na praia do Abano que tem muitas pedras”, acusa o vereador do PSD.

Nuno Piteira Lopes lamenta que, apesar dos constantes alertas da autarquia, a APA ainda nada tenha feito. “Há uma intervenção prevista pela APA para a consolidação da arriba da Bafureira, num investimento de 750 mil euros, para este ano, mas a verdade é que ainda nada foi feito e temo que não venha a acontecer”, sustenta. Além disso, acrescenta, “há mais de 10 anos que a APA não faz recargas de areia” nas praias de Cascais. A suspensão das duas praias pela falta de segurança foi decidida por tempo indeterminado, mas para o vereador da Câmara de Cascais existe agora um “duplo risco”. “Além dos motivos que levaram ao encerramento das praias, a arriba e as rochas, perdeu-se também a obrigatoriedade de

ali haver nadadores-salvadores. Ora, todos sabemos que as pessoas vão continuar a ir àquelas praias”, alerta o autarca. A APA explica a decisão de interditar a Bafureira com o facto de ser esta uma praia “estreita cuja

área útil se restringe à área abrangida pela faixa de risco adjacente ao sopé da arriba”, factor que somado à instabilidade das arribas naquela zona motiva a suspensão. No caso da Praia do Abano, adianta a Agência Por-

tuguesa do Ambiente, “o défice de sedimentos que conduziu à inexistência de areal na praia” e a “presença de pedra solta sujeita à agitação marítima e à dinâmica das marés”, poderá constituir risco para a segurança dos utentes.


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actualidade Um ano depois da instalação do primeiro dos 30 radares do Sistema Nacional de Controlo de Velocidade (SINCRO), apenas estão a funcionar 21, revelou a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).

Ainda há radares SINCRO que não funcionam Número de infracções registadas continua por revelar. CRIL na lista dos pontos negros de sinistralidade

O primeiro dos 30 radares do SINCRO entrou em funcionamento a 06 de Julho de 2016 e foi instalado na autoestrada A5, que liga Lisboa e Cascais. Na altura, o Governo previa que este sistema estivesse a funcionar em pleno em Janeiro deste ano. O SINCRO é o sistema para detecção automática da infracção de excesso de velocidade, sendo composto por 30 radares móveis instalados em 50 locais considerados críticos. Numa resposta enviada à Lusa, a ANSR refere que actualmente todas as cabines (50) estão instaladas nos respectivos locais de controlo de velocidade, o mesmo acontecendo com os 30 radares. No entanto, adianta a ANSR, alguns destes locais de controlo de velocidade “estão ainda em fase de ligação à rede eléctrica de baixa tensão”.

Segundo a Segurança Rodoviária, estão em estado operacional 21 locais de controlo de velocidade, sendo estes que estão equipados e em funcionamento. A ANSR não avançou o número de infracções registadas pelo sistema durante o primeiro ano de actividade. Na passada semana, o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, afirmou aos jornalistas que o sistema deve estar a funcionar em pleno no final deste mês. No final da cerimónia que assinalou o 8.º aniversário da Unidade Nacional de Trânsito da GNR, Jorge Gomes adiantou que as 50 caixas estão instaladas, faltando “a instalação eléctrica” em algumas delas. Os 30 radares de controlo de velocidade não são fixos, funcionando num sistema rotativo previamente definido, nas 50 cabines, sendo a sua instalação aleatória e os condutores são informados da sua presença através de um sinal de trânsito. O primeiro radar foi instalado, em 2015, sete anos depois de ter sido anunciado o projecto.

Entretanto, o Relatório Anual de Sinistralidade Rodoviária de 2016 deu a conhecer a lista dos pontos negros, revelando que o IC17/CRIL (que liga Sacavém a Amadora e a Algés) é a via mais perigosa ao apresentar cinco pontos negros, seguido da A2 (Autoestrada do Sul), que tem quatro. A A20 (Circular Regional Interior do Porto) e EN6 (Avenida Marginal, entre Lisboa e Cascais, apresentam três pontos negros. A ANSR apresenta uma lista de 36 pontos negros nas estradas portuguesas em 2016, mais oito do que em 2015. Segundo o Relatório Anual de Sinistralidade Rodoviária, no ano passado registaram-se 32.299 acidentes com vítimas (mais 1,1% do que em 2015), 445 mortos (menos 5,9%), 2.102 feridos graves (menos 6,6%) e 39.121 feridos ligeiros (mais 0,8%). O documento mostra que, desde 2013, o número de acidentes nas estradas portuguesas tem vindo a aumentar ligeiramente, passando de 30.339, em 2013, para 32.299, em 2016, embora as vítimas mortais tenham registado uma ligeira descida em três anos.

Zambujal festeja Cabo Verde

Marcelo de visita a Marrocos

O Bairro do Zambujal, na freguesia de São Domingos de Rana, está agora dotado de novas infra-estruturas de lazer. Um novo parque infantil, uma zona de merendas e um renovado campo de jogos foram inaugurados no Dia Nacional de Cabo Verde, assinalado a 8 de Julho, com uma festa popular

Se Marcelo Rebelo de Sousa não vai a Marrocos, aquele reino do norte de África vem a Cascais para receber a visita do Presidente da República. Foi o que aconteceu durante o passado fim-de-semana, a propósito das comemorações do 60.º aniversário das relações diplomáticas entre Portu-

que contou com a presença do ministro dos Negócios Estrangeiros daquele país lusófono, Luís Filipe Tavares, e do presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras. No mesmo dia e na mesma freguesia foi também inaugurada a horta comunitária do Bairro dos 7 Castelos,

Há vários anos utilizado como zona de cultivo espontânea, o terreno, dotado de vedação, abrigos de ferramentas e pontos de água, está agora dividido em 25 parcelas de 30 metros quadrados cada e ainda duas parcelas acessíveis para pessoas com mobilidade condicionada.

gal e Marrocos, com várias iniciativas promovidas pela Embaixada de Marrocos. O Mercado da Vila transformou-se num autêntico souk, com os sons, os cheiros, os sabores e as cores marroquinas. Marcelo Rebelo de Sousa não quis faltar à abertura e foi a ‘estrela da tarde’, posando para dezenas de fo-

tos e selfies com vendedores e visitantes. Até dia 23 de Julho, no Museu Condes de Castro Guimarães está patente uma exposição de tapetes marroquinos e o Museu do Palácio da Presidência, na Cidadela, acolhe uma exposição de pintura de Moulay Youssef Elkahfai.


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13 a 19 de Julho de 2017

na berra

“Nada acontece por acaso” Marco Horácio regressa, aos 41 anos, à representação, após o seu último papel na novela ‘Rosa Fogo’, há cinco anos, desta vez para fazer de ‘chef ’ na 2.ª temporada da série ‘Sim, Chef!’, na RTP 1. A personagem que protagoniza é o ‘chef ’ Mário Valente, que se distingue das restantes por ser uma figura autoritária, obcecada com a pontualidade.

Classificados JR

“Existem certas características [da personagem] que têm muito a ver comigo, como o lado da pontualidade e do profissionalismo”, confessa. Apesar disso, também há coisas que o distanciam de Mário Valente: “Não sou autoritário e não gosto de gritar. Não sou muito obcecado com o trabalho, mas gosto de fazer o melhor possível”. Quando questionado sobre as diferenças entre este

Marco Horácio é ‘chef’ em horário nobre da RTP 1, às quartas-feiras

e os restantes papéis, Marco Horácio explica que esta é uma personagem que se caracteriza pela seriedade, forma introvertida de ser e dificuldade de comunicar. “Ele é muito ‘bicho do mato’. Não gosta de encarar as pessoas, mas é muito directo e honesto. O que tem a dizer diz, doa a quem doer, porque, para ele, a justiça está acima de tudo”, explica. Marco Horácio conta que já era espectador da série e que,

ao ver um dos episódios, deu por si a pensar que “esta era uma coisa que gostava de fazer”, sendo que, quando recebeu o convite da RTP, não hesitou em dar uma resposta positiva, até porque, como acentua, “não existem coincidências”. A par de brincadeiras e um brilhozinho no olhar, afirma que, entre o humor, a música, a representação e a apresentação, o que mais gosta é o papel de pai.

Ao Jornal da Região, o artista multifacetado afirma gostar de desafios, mas que, acima de tudo, o que lhe dá mais prazer é integrar “projectos que fazem a diferença na vida das pessoas”. Revela que, desde que fez um programa da SIC (‘Salve-se Quem Puder!’), o qual apresentava com Diana Chaves, gosta especialmente “de fazer programas que juntem a família à frente do televisor”, porque considera im-

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portante a união familiar. “São momentos cada vez mais raros. E nós, os apresentadores, actores, temos o dever de proporcionar esses momentos às pessoas lá em casa”, salienta. O humorista considera que as novas tecnologias estão a levar ao afastamento dos mais novos em relação ao resto da família. “Uns estão no tablet, outros no computador e cada um vê o que quer”, perdendo-se o convívio no seio familiar que, na sua opinião, é muito importante. Marco Horácio conta já com um vasto currículo: cerca de 20 papéis em novelas e séries nacionais; sete programas de televisão em que vestiu o papel de apresentador; três participações no cinema e algumas dobragens em filmes de animação. De todas as personagens que protagonizou, o Rouxinol Faduncho é a mais conhecida. “O Rouxinol continua a ter sempre casa cheia e levá-lo às pessoas é o meu serviço público. É um projecto divertido e musical. É um lavar de alma perceber que aquilo que faço chega ao público e fá-los descontrair e relaxar, que é algo que as pessoas precisam neste momento”, adianta. Sobre o facto de privilegiar uma das áreas, Marco revela que é como dizem os jogadores de futebol: “jogo a jogo”. Ou, no seu caso, “projecto a projecto”. Enquanto se sentir útil, se divertir e se sentir confortável, o artista diz que vai continuar a responder aos desafios para os quais for convidado. Contudo, adianta que não o faz “por mediatismo ou por dinheiro” e acredita que “ser actor é ter uma missão. Se for para fazer, então que seja para transmitir algo às pessoas”. Mais uma vez, revela que não acredita no acaso: “o que tiver de ser, será. Se tiver trabalho, trabalho, mas se tiver que estar parado, também estou”. A segunda temporada de ‘Sim, Chef!’ tem lugar marcado todas as quartas-feiras, pelas 21h30, na RTP1, e apresenta novos actores como São José Correia e Duarte Gomes.

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ver&ouvir

SUGESTÕES

‘Porta com Porta’ em estreia

CINEMA

‘Planeta dos Macacos: Guerra’

Em Guerra, no terceiro capítulo do aclamado ‘blockbuster’, César e seus companheiros são forçados a um conflito mortal com um exército de seres humanos liderados por um coronel implacável.

LIVRO

‘O Método de Mafalda’, de Mafalda Bandeira

Professora de ballet e dança há mais de 20 anos, pelo estúdio de Mafalda passaram centenas de mulheres. O método criado por Mafalda Sá da Bandeira é baseado em sete Princípios – Concentração, Respiração, Consciência, Força, Postura, Flexibilidade e Energia.

Numa produção do Dramax-Centro de Artes Dramáticas, Oeiras vai ter uma estreia esta semana: ‘Porta com Porta’. Esta é uma peça que retrata a história de uma mulher independente de 40 anos que, ao comprar um apartamento, se depara com... um vizinho incomodativo. ​É no meio desta relação conturbada que se desenvolve a acção da história. Trata-se de uma​comédia, que reúne a actriz Sofia Alves e João de Carvalho​num

guião e​ scrito por Lázaro Matheus​, e que estará em cena até ao dia 20 de Agosto. Auditório Municipal Eunice Muñoz (Oeiras), a partir de 12 de Julho. Bilhetes a partir de 7,50 €.

Sintra comemora 40 anos do movimento punk

MÙSICA

‘GRATEFUL’, DJ Khaled

Depois de meses de êxitos inegáveis, o artista multi-platinado e nomeado para os Grammy, produtor, empresário, autor e guru musical DJ Khaled lança finalmente o 10.º álbum de estúdio, ‘GRATEFUL’, que entrou directamente para o primeiro lugar do iTunes Portugal na semana de lançamento digital.

A partir desta quarta-feira, e durante três dias, comemora-se o 40.º aniversário do movimento punk em Portugal. Aquele que foi mais do que um simples movimento musical, assumindo, acima de tudo, um carácter estético e ideológico, servirá de mote para diversas actividades culturais no concelho de Sintra. Às 21h30 de quarta-feira, vai ser projectado o documentário ‘A um Passo da Loucura – Punk em Portugal 78-88 – A Primeira Vaga’. No dia

seguinte, à mesma hora, será apresentado um outro documentário que faz o seguimento do anterior: “Enterrado na Loucura – Punk em Portugal 78-88 – A Segunda Vaga”. No último dia de comemorações, serão recordados vários temas do punk rock português através das actuações dos Queers of Rock and Roll e Patrulha do Purgatório​. Casa de Teatro de Sintra, 12 a 14 de Julho.

Os Azeitonas em concerto no Casino O palco do Casino Estoril recebe Os Azeitonas, naquele que é o quarto espectáculo do ciclo de ‘Grandes Concertos do Casino’. Durante o espectáculo, a banda, que conta já com dez anos de existência, vai relembrar o público alguns dos seus sucessos discográficos​. ​‘​ Quem És Tu, Miúda?‘, ​Ray-Dee-Oh​‘​, Cinegirasol​‘​ e ​‘​Fundo da Garrafa​‘​. Casino Estoril, até 10 de Agosto,a partir das 23h00.

Sete Sóis e Sete Luas brilham em Oeiras O festival ​vai decorrer em 33 cidades de 13 países​(Brasil, Cabo Verde, Croácia, Eslovénia, Espanha, França, Grécia, Israel, Itália, Marrocos, Portugal, Tunísia e Roménia). O festival inspirou-se nas personagens do ‘Memorial do Convento’, de José Saramago, Baltazar Sete Sóis e Blimunda Sete Luas, que sonham com um mundo melhor e diálogo e igualdade entre todos. Em Julho, são sete os artistas a actuar no concelho de Oeiras, cujas origens vão desde o Mediterrâneo, Itália, passando por Espanha, Cabo Verde e Marrocos. Esta sexta-feira,

actua a banda Agricantus, que nasceu em Palermo na década de ‘90, com o nome proveniente do latim e a significar ‘a canção do campo de trigo’: o seu género musical é ‘world music étnicoelectronica’. Fábrica da Pólvora de Barcarena. Até 18 de Agosto. Bilhetes a 2 euros.

Oriente visto através de vários sentidos ‘​Orientalism​‘​ é o nome do espectáculo que pretende mostrar o Oriente demográfico através dos sons e movimentos. O espectáculo, inspirado na obra do autor Edward Said, promete ao espectadores levá-los aos sítios mais exóticos, escondidos por detrás do sol​oriental que se põe, onde tudo é mistério. O obje​​ctivo do espectáculo é divulgar o enriquecimento cultural dos países orientais e proporcionar aos espectadores uma viagem improvável através das ondas sonoras e danças tradicionais. Recreios da Amadora, dia 15 de Julho, às 21h30. Bilhetes a partir de 4 euros.

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Cascais já tem o seu doce típico

Nasceu pela mão do ‘chef’ Telmo Moutinho e chama-se ‘Baía de Cascais’ Cascais é o mais recente concelho português a ter um bolo típico regional. O ‘chef’ Telmo Moutinho é o responsável pela idealização e concepção do produto. A ideia surgiu da necessidade de afirmar a cultura e identidade gastronómica da vila, especialmente numa altura em que o turismo continua a aumentar exponencialmente, disse, em declarações ao JR, o ‘chef ’ pasteleiro. Contudo, passar da ideia para a realidade, não foi assim tão fácil e rápido quanto possa parecer. Segundo Telmo Moutinho, várias foram as etapas até que se chegasse ao produto final. Em primeiro lugar, foi feito um levantamento dos produtos

mais consumidos na região, através de alguns documentos fornecidos pela Câmara Municipal de Cascais. Numa segunda instância, realizaram-se testes para conjugar os ingredientes e só após cinco meses de pesquisa, testes e provas, é que chegaram

àquele que é já o bolo típico da zona: a ‘Baía de Cascais’. O nome remete o cliente para a ligação de Cascais com o mar. É essa mesma ligação que é explorada no design da caixa, através do desenho da calçada da baía e das ondas do mar que banha a costa

desta famosa vila portuguesa. O ‘chef’ afirmou que o processo de criação não foi apenas um processo gastronómico, mas também de design, ‘lettering’ e tudo o que envolva a parte física da comunicação do produto: “houve não só um trabalho de pesquisa para a criação do bolo, como também para a forma de o apresentar, onde se definiram o design da embalagem, do tipo de letra e o texto a ser apresentado”. Quando questionado sobre a diferença deste doce para outros bolos típicos regionais, Telmo Moutinho disse que “as pessoas podem esperar um jogo de texturas diferente do que estão habituadas. Com este bolo conseguimos transmitir frescura e algo quente ao mesmo tempo”, onde os ingredientes-chave são o pão, a amêndoa, o limão e a canela. O responsável por esta nova criação da pastelaria portuguesa, nas pastelarias Panisol, começou o seu percurso na Escola de Hotelaria de Mirandela, seguindo os estudos superiores na Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste, em Óbidos. Passou por dois dos mais famosos restaurantes de Paris: Atelier do Robouchon e Ducasse. Mas, o jovem pasteleiro,

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apesar ter andado por várias cidades e nas mais conhecidas cozinhas internacionais, não esquece as suas origens e não poupa elogios à pastelaria nacional. Afirma que viu muitos estilos e técnicas de pastelaria, “mas em Portugal faz-se coisas incríveis só com gemas e açúcar, praticamente”.

Em 2016, foi jurado do programa ‘Best Bakery - A Melhor Pastelaria de Portugal’, tendo integrado a equipa da pastelaria Panisol em Fevereiro deste ano. A Baía de Cascais é vendida nas pastelarias Panisol e tem o preço de 1,50€ por unidade ou 4,50€ se optar por comprar um conjunto de três bolos.


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Cavaleira israelita vence em Cascais

Duarte Nobre Guedes, presidente Turismo de Cascais, revelou que a realização da prova está garantida para os próximos quatro anos. “Pretendemos quadruplicar a lotação deste recinto até 2020. Ainda não posso adiantar como e de que forma”, afirmou deixando claro que a actual capacidade de 1400 espectadores poderá cifrar-se nas seis mil. A visibilidade dada por esta prova a Cascais e, por inerência, ao país permite que empresários mundialmente conhecidos como é o caso de Bill Gates e Amancio Ortega (dono da Zara) também olhem para Portugal com outros olhos e apostem no investimento não só na habitação, como também empresarial. “Por exemplo Bill Gates ao saber que a filha está a montar em Cascais [Jennifer Gates esteve presente nesta competição]

sabe que existe Cascais, sabe que existe Portugal. Ela vai estar no concurso mais bonito que jamais esteve. Os nossos cavaleiros passam a ser os nossos embaixadores. Um evento não é só ter os melhores atletas. É bem mais que isso”, afiançou.

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“Há todo um retorno indirecto que não é quantificável. Há várias pessoas que já vieram viver para Cascais, montaram negócio, mas também permite a empresários portugueses estarem sentados com os magnatas ligados a esta prova”, realçou.

Golfe solidário angariou verba recorde

Hipódromo vai ser ampliado para aumentar retorno da prova A 9.ª etapa do maior circuito mundial de hipismo teve a israelita Danielle Goldstein, montando ‘Lizziemary’, como grande vencedora. A 4.ª prova da 9.ª etapa do circuito mundial Longines Global Champions Tour (LGCT) teve 300 mil euros

como ‘prize money’, juntando em Cascais os melhores cavaleiros de todo o mundo. Jan Tops, presidente do Longines Global Champions Tour realçou, no final do Grande Prémio, as condições excepcionais do Hipódromo Manuel Possolo. De

acordo com Tops, “tudo parece fácil com este piso. Os cavalos voam”. O presidente do circuito não deixou de salientar o entusiasmo e conhecimento do público que todos os anos assiste à etapa que se realiza em Cascais.

A 5.ªedição do Torneio de Golfe Solidário promovido pela Associação de Moradores da Quinta da Carreira (S. João do Estoril) resultou num enorme sucesso e angariou uma verba recorde de 3083 euros entregues à Congregação Vicentina Nossa Senhora das Graças.

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Espírito SUV O Stelvio coloca-se ao nível da concorrência mais directa, rivalizando com propostas como o Porsche Macan ou o Jaguar F-Pace, com quem aparenta algumas semelhanças físicas. Isto a olho nu, porque num vislumbre mais certeiro percebemos que este é uma espécie de Giulia de pernas altas e que está ali vertido todo o ADN e espírito alfista. Para este primeiro contacto, a marca disponibilizou-nos a versão topo de gama, equipada com motor a gasolina 2.0 de 280 cv, caixa automática de oito relações e tracção integral AWD Q4. Um portento de carro capaz de atrair o olhar até dos mais distraídos. “Mas isso é mesmo um Alfa?” Claro que é: basta olhar para a frente

Alfa Romeo aposta forte num segmento em que nunca esteve presente

imponente para perceber a origem italiana do novo SUV, que alia a nota máxima na disciplina de design aos atributos, igualmente positivos, técnicos e de performance. Os 280 cavalos do motor de 4 cilindros são garante de diversão ‘q.b.’ ao volante, em estrada, mas a tracção integral promete segurança máxima em condições adversas, como chuva, neve, gelo ou lama. Não tivemos ocasião de testar o Stelvio em qualquer destas situa-

ções, mas a sua prestação e comportamento em estradões de terra batida comprovou as expectativas. Lá por dentro, o estilo italiano é bem patente, com acabamentos e materiais de qualidade, espaço mais do que suficiente para cinco pessoas, conforto a condizer e um nível de equipamento superior. A bagageira não é das maiores, mas os 525 litros de um espaço plano e dotado de portão eléctrico são suficientes para toda a bagagem. Como já é habitual na marca, o selector ADN permite escolher o

modo de condução pretendido, entre as opções Advanced Efficiency, Neutral e Dinâmico. Altera parâmetros como o binário, resposta do travão, relações de mudança de caixa e sistemas de segurança de controlo de estabilidade e tracção. Com tecnologias já conhecidas e cada vez mais indispensáveis, como a travagem automática de emergência, o aviso de perigo de colisão ou de saída de faixa de rodagem, o ecrã de 8,8’’ aliado a sistema multimédia, GPS e câmara de estacionamento fazem as delícias dos apreciadores de gadgets. Pior, só mesmo os consumos, nunca inferiores a 8,9 l/100 km. Mas, quem investe 65.000€ num carro como este não ficará preocupado por isso... Paulo Parracho

Alfa Romeo Stelvio Q4 Motor...............................Gasolina, 4 cilindros, 1995 cm3 Potência......................................................280 cv/5250 rpm Binário máximo ................................... 400 Nm/2250 rpm Velocidade máxima .............................................. 230 km/h Consumo/emissões .................. 7,0l/100 km, 161 g/km Preço ...............................................................................65.000 €

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Saiba mais sobre este modelo em www.jornaldaregião.pt

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repórter JR

Promover autonomia depois do acolhimento

Fundação ‘O Século’ inaugura mais uma Casa da Ponte “Eu acho que vou entrar!”. Carlos está confiante. Espera ser um dos jovens escolhidos para morar no novo apartamento de autonomização da Fundação ‘O Século’, que foi inaugurado, esta sexta-feira, na Parede. Por isso, não quis faltar à inauguração do novo T3 do projecto Casas da Ponte, fazendo questão de mostrar a sua confiança a quem quis ouvir durante a cerimónia. Para já, Carlos, que vive ainda numa das Casas de Acolhimento da Fundação ‘O Século’. É um entre vários candidatos que estão em processo de selecção pelas técnicas do projecto. Só mais à frente, depois de avaliados todos os candidatos, se saberá se Carlos será ou não um de três rapazes escolhidos para passar a

viver neste terceiro apartamento de autonomização da Fundação, destinado somente a jovens do sexo masculino. “É um caminho novo”, enfatizou Emanuel Martins, durante a inauguração do novo apartamento, antes de explicar a necessidade de ser feita uma avaliação dos vários jovens que querem sair para os apartamentos de autonomia. “Nós ainda não escolhemos quais são os jovens que vêm para aqui viver, porque, neste caso, não se pode dizer ‘já têm 18 anos, vamos pô-los daqui para fora e vão para os apartamentos de autonomia’. Não é assim, nem queremos que seja assim, porque eles têm de mostrar aptidão para começar a sua nova vida sozinhos e nós não queremos deixar estes jovens sem a

nossa retaguarda”, concretizou o responsável da Fundação. Quem não quis faltar à inauguração deste novo apartamento foi Leonor Lucena, a responsável pelo arranque das Casas da Ponte, na Fundação ‘O Século’, que ajudou a explicar a importância que os apartamentos da autonomização têm para os jovens institucionalizados. “Passar do ambiente protegido do acolhimento para uma autonomia plena é muito difícil e muito duro, porque existe um grande fosso entre uma coisa e outra. Nós sentíamos que os jovens que saiam do acolhimento se sentiam muito perdidos. Por isso, sentimos essa necessidade e daí surgiu o projecto”, referiu. O apartamento agora inaugurado é o primeiro de dois cedidos pela Câmara Muni-

cipal de Cascais e destina-se a jovens do sexo masculino. Trata-se do terceiro do projeto Casas da Ponte, que conta já com dois apartamentos (T3 e T4), cedidos pela Câmara de Oeiras, que se situam no Bairro da Outurela, em Carnaxide. Tanto o T3 como o T4, acolhem apenas jovens do sexo feminino, tendo sido inaugurados em 2012 e 2013, respectivamente. Estes apartamentos de autonomização foram pensados e desenvolvidos para acolher jovens provenientes das Casas de Acolhimento da Fundação ‘O Século’ e de outras instituições, onde se pretende que desenvolvam competências sociais e pessoais, que lhes permitam fazer a transição adequada para uma vida autónoma de forma plena, segura e integrante, fora da instituição que os acolhe. Um projecto que em quase cinco anos de vida conta já com “vários casos de sucesso” entre os vários jovens que passaram a viver nos apartamentos de autonomização, referiu o presidente da Fundação ‘O Século’. Emanuel Martins não deixou passar a oportunidade de agradecer a “ajuda meritória” dos municípios de Oeiras e Cascais, que cederam as habitações onde estão a funcionar as Casas da Ponte. “Isto não seria possível de concretizar, porque por muito boa vontade que tivéssemos, nada seria feito. Isto só é possível porque os municípios se envolvem, sem este apoio seria completamente impossível, porque nós não teríamos condições de comprar um, dois ou três apartamentos”. “Nós é que agradecemos à Fundação”, retorquiu Frederico Pinho de Almeida, vereador da Acção Social da Câmara Municipal de Cascais, que esteve presente na inauguração. Na cerimónia deste apartamento estiveram ainda presentes a presidente da União de Freguesias de Carcavelos e Parede, Zilda Silva, e o presidente da Empresa Municipal Cascais Envolvente, Fernando Teixeira Lopes.

Tires já tem Loja Cascais com Espaço do Cidadão Tires, na freguesia de São Domingos de Rana, já dispõe de um novo serviço de atendimento municipal. A Loja Cascais abriu na quarta-feira, dia 12, para funcionar de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 18h00. O novo espaço integra a Academia de Saúde, para promover a literacia na saúde junto dos munícipes.

Localizada na zona mais central de Tires, junto à Praça Fernando Lopes Graça, a Loja Cascais-Tires fica mais perto do interior do concelho, e permite tratar dos mais diversos assuntos relacionados com o município, como licenciamentos, taxas, inspecções e fiscalizações, certidões, entre outros.

Para além disso, também passa a estar disponível um Espaço do Cidadão, onde é possível renovar e actualizar a carta de condução, alterar morada no cartão de cidadão, obter registos criminais, entre outros. A Loja Cascais tem versão online em loja. cascais.pt através da qual é possível aceder à grande maioria dos serviços.

Médico de Família

Hiperatividade

A hiperatividade, corretamente designada de perturbação de hiperatividade e défice de atenção (PHDA), é uma perturbação do comportamento com base neurológica que afeta cerca de 5% da população em idade escolar e 2,5% de adolescentes e adultos. É um dos problemas de saúde mais investigados, pela sua frequência e impacto ao longo da vida. Carateriza-se por uma dificuldade em regular a atenção, controlar os impulsos e gerir conflitos bem como, em alguns casos, uma atividade motora excessiva em relação ao esperado para a idade. Na origem deste problema está uma incapacidade de ativar corretamente as funções cerebrais que permitem o planeamento e organização de tarefas, a gestão do tempo e a memória de trabalho. Ao contrário do mediatizado, não é a hiperatividade que mais limita a pessoa. É a desatenção, que ao manifestar-se nos diferentes contextos da vida (casa, escola, trabalho), prejudica de forma significativa o funcionamento académico, familiar, laboral e social. A irrequietude não é habitualmente problemática para o próprio, embora seja o lado mais visível e perturbador para quem convive com estas pessoas. O diagnóstico da PHDA é clínico, baseado na identificação dos sintomas presentes de forma mantida em diferentes situações e ambientes, e na dimensão do seu impacto na qualidade de vida. Não existe nenhum teste sanguíneo ou exame de imagem que seja útil no diagnóstico. É por isso crítico conhecer bem a história

de cada criança ou adolescente e do seu contexto envolvente. Neste processo, pode ser necessária uma avaliação psicológica ou psicopedagógica, com testes que avaliam, além da atenção, outras dificuldades que possam contribuir para as queixas. Podem ser utilizados questionários que registam comportamentos típicos (usualmente preenchidos pelos pais e professores). O tratamento da PHDA inclui sempre estratégias não farmacológicas definidas caso a caso (intervenção pedagógica, psicológica, apoio e treino parental). A medicação é essencial nas situações mais graves, com grande repercussão no desempenho e auto-estima, sobretudo a partir da idade escolar. O psicoestimulante metilfenidato é o fármaco de 1ª escolha no tratamento da PHDA, com ação positiva nas capacidades de atenção e cognitivas, e consequente redução dos sintomas de hiperatividade e impulsividade. É utilizado de forma regular há mais de meio século a nível internacional, é eficaz e seguro e não é, ao contrário do difundido, um calmante. A decisão de se iniciar medicação é tomada caso a caso e os pais são sempre envolvidos nessa decisão. As crianças e adolescentes medicados devem ser avaliados regularmente em consultas especializadas (Pedopsiquiatria, Neuropediatria, Pediatria do Desenvolvimento) porque a continuidade do tratamento depende dos ganhos obtidos e eventuais efeitos secundários. Drª Catarina Figueiredo Pediatra do Desenvolvimento, Departamento da Criança Hospital de Cascais


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