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CÂMARA E GOVERNO PROMETEM NOVOS CENTROS DE SAÚDE
VANESSA FERNANDES “QUERO DAR MAIS ALEGRIAS AOS PORTUGUESES” Vanessa Fernandes está de regresso às luzes da ribalta, após alguns anos em que suspendeu a competição. Passo a passo, vai fazendo o seu percurso e, em estreia, conquistou este domingo a vitória no Iroman 70.3 Portugal, que se disputou em Cascais. A triatleta não esconde que o principal objectivo é participar nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020.
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7 a 13 de Setembro de 2017 - Semanal - Série V Ano XXII - N.º 142
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QUALIDADE GARANTIDA
As fortes chuvadas do passado dia 30 levaram à praia de Carcavelos detritos de origem desconhecida arrastados pela ribeira que ali desagua. A Delegação Regional de Saúde decretou a interdição da zona balnear, mas as análises efectuadas comprovaram a “qualidade excelente” das águas. O assunto continua a motivar polémica e a servir como tema de campanha eleitoral. PÁGINA 4
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Praia de Carcavelos tem água excelente Interdição a banhos gera grande polémica
As chuvadas da passada quarta-feira (dia 30) em toda a região de Lisboa motivaram o transvaze da ribeira que ali desagua, arrastando detritos de origem desconhecida, “mas com uma cor escura e um odor semelhante à água de um esgoto”, contou ao JR uma testemunha do incidente. “A água da praia ficou negra.
Um nojo”, revelou a mesma fonte. Daí à interdição da praia a banhos por parte da Delegação Regional de Saúde foi apenas um passo. A interdição durou pouco mais de 24 horas, sendo cancelada ao início da tarde de sexta-feira (dia 1), após a realização das respectivas análises à qualidade da água por parte da Agência Portuguesa de Ambiente e da Câmara de Cascais. “Tal como esperávamos, a qualidade da água em Carcavelos é excelente e, portanto, já foi hasteada a bandeira verde na praia e as pessoas podem ir a banhos à vontade. Sempre soubemos que estava tudo bem”, disse na ocasião o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras.
O autarca lamentou, porém, a decisão “despropositada e inconsequente” do delegado regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, Mário Durval, quem acusa de ser um “’boy’ do Bloco de Esquerda”, partido pelo qual o médico é candidato à Câmara do Barreiro nas próximas eleições autárquicas. “Prova uma forma negativa de fazer política. Querem atacar a câmara, mas só atacam os interesses dos munícipes. O que vale é que as pessoas têm confiança em nós e não nestes pseudopolíticos”, afirmou Carreiras. Confrontado com as acusações do autarca de Cascais, Mário Durval lembra que é autoridade de saúde há mais de 40 anos e “nunca ninguém
ousou fazer declarações dessas”, além de que “as discussões partidárias não são para se ter neste âmbito”. “Compreendo que nesta altura de eleições ele se terá excedido. Ele devia ter respeitado um pouco mais a Autoridade Regional de Saúde. Tomamos decisões com base na defesa da saúde das populações e, neste caso, foi com base no princípio da precaução”, sustentou. Na quinta-feira, em declarações à Lusa, o delegado regional de Saúde, Mário Durval, responsável pela decisão de interditar os banhos naquela praia, explicou que a medida “foi absolutamente necessária para garantir a segurança dos banhistas”, uma vez que “não havia garantias que a água não estivesse contaminada”.
Por sua vez, a candidata do Bloco de Esquerda à Câmara de Cascais, Cecília Honório, reagiu às acusações, considerando que o presidente da câmara teve um comportamento “patético nesta situação”. “Esperava-se que tivesse sido a primeira voz a manifestar preocupação face às descargas, que duraram dias, ou que tivesse sido o primeiro a tranquilizar as populações, garantindo-lhes que não havia qualquer risco, dado que a Agência Portuguesa de Ambiente realizou análises à água no dia 30 de Agosto”, comentou a candidata do BE sobre Carlos Carreiras. Cecília Honório acusa o autarca do PSD de, inicialmente ter ficado calado, e, depois, ter “vestido a roupa de candidato para culpar o
BE pela interdição”, lançando um comunicado no qual concluía: “No fim do dia, percebemos todos que foi um militante do Bloco de Esquerda a interditar a praia de Carcavelos”. “Com tantos problemas em Cascais, por exemplo na habitação ou nos transportes, não passa pela cabeça de ninguém que a interdição de uma praia seja um tema de campanha. Carlos Carreiras segue a lógica que tomou conta do PSD: fazer barulho sobre tudo para não ter de falar sobre nada”, considera a candidata bloquista. No comunicado divulgado, Cecília Honório instou ainda o presidente da Câmara, Carlos Carreiras, “a explicar melhor as razões pelas quais não candidatou as praias de Cascais à bandeira azul”.
Qualidade de Ouro em onze praias
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Afinal a água da Praia de Carcavelos está boa e recomenda-se. As análises efectuadas classificam a qualidade da água como excelente, razão pela qual a interdição a banhos decretada durante um dia não tinha razão de ser. O assunto motivou grande polémica e está a servir como tema de campanha eleitoral.
A cerimónia oficial do hastear da bandeira Qualidade de Ouro atribuída pela associação ambientalista QUERCUS a onze praias do concelho, inicialmente marcada para 31 de Agosto, foi adiada para terça-feira (dia 5), tendo decorrido já após o fecho desta edição. A Câmara de Cascais justificou o adiamento com “motivos de agenda”, mas a coincidência da hora da cerimónia com a interdição a banhos da praia de Carcavelos não deverá ter sido alheia a esta alteração. As onze praias premiadas com a bandeira Qualidade de Ouro são: Abano, Avencas, Azarujinha, Bafureira, Carcavelos, Cresmina, Guincho, Moitas,
São Pedro do Estoril, Tamariz e Parede. Para receber esta classificação, a água tem de ter apresentado qualidade excelente nas cinco últimas épocas balneares.
Todas as análises realizadas, sem excepção, na última época balnear deverão ter apresentado resultados mais exigentes que os legalmente estabelecidos.
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BREVES MARCA PROMOVE DESIGN NACIONAL EM CASCAIS O Portuguese Makers Craft Week, evento que reúne artesãos, arquitectos e designers nacionais e internacionais, decorre até 9 de Setembro na Casa de Santa Maria, em Cascais. Durante uma semana, vão ser explorados seis materiais - têxtil, cerâmica, cortiça, madeira, pele e técnicas de impressão - por prestigiados arquitectos e designers de todo o mundo. O evento tem como objectivo o lançamento da Portuguese Makers, uma marca que irá ter peças utilitárias de mobiliário desenhadas por designers e arquitectos nacionais e internacionais de topo fabricadas em Portugal, satisfazendo o enorme interesse europeu pela produção portuguesa.
actualidade
Cascais vai ter novos centros de saúde
CARLOS MOEDAS VISITA CAMPUS DA NOVA SBE O comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas, visita as obras do novo Campus da Nova School of Business and Economics (Nova SBE), em Carcavelos, nesta sexta-feira, dia 8, para assinalar o apoio financeiro dado àquele projecto por parte do Plano de Investimento para a Europa. A construção do novo campus, com uma área de 84.000 m², arrancou em 2016 e deverá estar plenamente operacional no início do ano académico 20182019.
Segundo a ARS de Lisboa e Vale do Tejo (ARS-LVT), o investimento, a realizar entre 2017 e 2020 no concelho de Cascais será de “cerca de seis milhões de euros”. O objectivo é “reforçar os cuidados de saúde primários na área geográfica do município de Cascais e adequar as infra-estruturas existentes às necessidades da população”, indicou a ARS-LVT num comunicado. Além da beneficiação e ampliação de instalações existentes, o acor-
do prevê a construção de duas novas unidades de saúde em Carcavelos e Cascais. De acordo com a minuta do protocolo subscrito entre a presidente da ARS-LVT, Rosa Valente de Matos, e o presidente da autarquia, Carlos Carreiras, as duas entidades procederam “ao diagnóstico, ao cálculo das necessidades e das carências em equipamentos de cuidados primários de saúde”. No documento, estão previstas, até à construção do novo pólo de saúde de Carcavelos,
instalações provisórias para a Equipa de Tratamento (ET) da Parede, e a ampliação da Unidade de Saúde Familiar (USF) de Carcavelos, com até dois contentores. Uma nova USF no Centro de Saúde de S. Domingos de Rana, no último piso da unidade existente, está também contemplada no acordo. O futuro pólo de saúde de Carcavelos, com uma área bruta de construção até 1800 metros quadrados, incluirá a USF, a ET da Parede, do eixo Oeiras/Cascais do Centro de
O
concelho de Cascais vai ter duas novas
unidades de cuidados de saúde primários e melhorias nas restantes, no âmbito de um protocolo assinado entre a autarquia e a Administração Regional de Saúde (ARS). Carcavelos-Parede e Cascais-Estoril são as freguesias beneficiárias de um investimento estimado em seis milhões de euros.
Respostas Integradas (CRI) de Lisboa Ocidental e serviço de pedopsiquiatria. No documento está ainda prevista a construção da nova unidade de saúde de Cascais, que poderá ser de raiz ou mediante adaptação de edifícios existentes. Uma fonte oficial da ARS adiantou à Lusa que o investimento no âmbito do protocolo está estimado “em cerca de seis milhões de euros”, principalmente para os dois novos centros de saúde. A ARS assume o compromisso de “elaborar os programas funcionais” para as unidades de saúde, instalar equipamentos e mobiliário e “proceder à alocação de recursos humanos”, para “garantir a cobertura tendencialmente completa dos utentes do município de Cascais com médico de família até ao final de 2020”, estipula a minuta do acordo. O município compromete-se a “diligenciar pela localização dos terrenos para construção de infra-estruturas e equipamentos de saúde”, na elaboração dos projectos, lançamento de concursos e construção ou reabilitação das instalações. “Este investimento conjunto permitirá requalificar as condições de funcionamento das unidades de saúde do concelho e aumentar a
capacidade de atracção de novos profissionais para o ACES [Agrupamento de Centros de Saúde] de Cascais”, salienta a nota da ARS-LVT. O presidente da autarquia, após a assinatura do protocolo, considerou que “é mais uma colaboração virtuosa entre a câmara e o Governo” depois de uma iniciativa semelhante com o Ministério da Administração Interna, para a construção das instalações da Divisão da PSP. “Estamos agora a fazer com o Ministério da Saúde, [e] iremos propor ao Ministério da Educação resolver também as questões que falta ao nível de equipamentos no concelho, agora que concluímos a Carta Educativa e a Carta Estratégica de Educação para Cascais”, acrescentou Carlos Carreiras. Para o autarca, não faz sentido manter “uma escola como a polivalente de Cascais, há 40 anos provisória”, e o município vai apresentar “aos responsáveis do Ministério da Educação a mesma disponibilidade que apresentou ao Ministério da Saúde” para fazer a obra e o Governo assegurar o equipamento das instalações e os recursos humanos para o seu funcionamento.
CASCAISHOPPING MOSTRA CROSSFIT O centro comercial CascaiShopping vai receber, nos dias 9 e 10 de Setembro, um workshop de CrossFit para crianças organizado em parceria com o CrossFit Black Edition. Com esta iniciativa pretende-se demonstrar como esta modalidade, que é uma tendência em todo o mundo, pode também ser praticada por crianças e incutir a prática de exercício físico nos mais novos. Na Praça Central, Piso 0, os mais pequenos vão poder realizar exercícios adaptados para crianças.
Investigadores apresentam projectos capazes de prever risco de desemprego Vários investigadores de todo o mundo apresentaram em Cascais os seus projectos na área das ciências sociais, entre os quais está um modelo para fazer previsões sobre risco de desemprego. Os projectos são o resultado de um programa de Verão da Universidade de Chicago que se realizou este ano pela primeira vez na Europa, na Nova School of Business and Economics, onde durante três meses, 18 estudantes, aspirantes a cientistas de dados, analisaram bases de dados e desenvolveram soluções para problemas com grande impacto social. Fonte da organização da iniciativa revelou que os sistemas de recomendação para enfrentar o desemprego
de longo prazo foram desenvolvidos em parceria com Câmara Municipal de Cascais e tiveram como objectivo criar um modelo que ajudasse a identificar quem corre o risco de se tornar desempregado, com base em dados demográficos e histórico de desemprego, nomeadamente os indicadores do Instituto de Emprego e Formação Profissional. Através destes dados é possível, antecipadamente, alocar mais recursos a pessoas identificadas como de alto risco e tentar evitar que as mesmas permaneçam desempregadas por mais de 12 meses. “É um modelo que precisa de ser testado, mas que poderá ajudar várias instituições a identificar o ris-
co de desemprego e a evitar o desemprego de longa duração”, disse. No total foram apresentados seis projectos na área das Ciências Sociais, entre os quais, além do modelo de previsões sobre o risco de desemprego em Portugal, a atribuição de médicos a pacientes, numa grande rede de saúde em Portugal, a melhoria no tempo de resposta a acidentes nos Países Baixos, o turismo sustentável na Toscânia, o desenvolvimento de um quadro de risco de pesca a partir de satélites e dados oceânicos e a identificação do uso de telhados em Roterdão.
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Maçã em transformação
Projecto em votação no Orçamento Participativo Portugal Valorizar três variedades de maçãs tradicionais, a reineta de Sintra, a riscadinha de Palmela e a camoesa de Sesimbra, é o objectivo do projecto de Manuel Costa e Oliveira, em nome da Quinta da Reineta, uma empresa de Fontanelas que começou por se dedicar à transformação de um produto único no concelho de Sintra e agora vai alargar a actividade a outras regiões. Para incrementar este projecto, de transformação de maçãs tradicionais, Manuel Costa e Oliveira apresentou uma candidatura ao Orçamento Participativo Portugal (OPP), que visa, essencialmente, desenvolver uma campanha de comunicação e marketing.
Até ao próximo domingo, dia 10 de Setembro, o projecto está em votação online, em opp.gov.pt/projetos/ todos, assumindo o número 689 (Transformação de variedades de maçãs tradicionais), no âmbito geográfico da Área Metropolitana de Lisboa. Em alternativa, a votação também poderá ser efectuada via SMS grátis, para o 3838. Manuel Costa e Oliveira apela a “uma grande mobilização para que este seja um projecto ganhador”, por se tratar de uma iniciativa com impacto na região da Grande Lisboa, “acrescentando valor à actividade agrícola, permitindo uma maior fixação da população rural e dinamizando também outras actividades”,
nomeadamente a área do turismo. Em causa está a transformação de três variedades de maçãs tradicionais, a reineta de Sintra, a riscadinha de Palmela e a camoesa de Sesimbra, com características similares: “em vias de desaparecimento e a necessitar de grande alavancagem para aumento da produção”. A alavancagem passa, precisamente, pela sua transformação em produtos como os que já fazem parte do portefólio da Quinta da Reineta: reinetada (equivalente à marmelada, mas de reineta e não de marmelo), geleia, rodelas crocantes,
lingotes e condimento de vinagre. Criada em Agosto de 2016, a empresa Quinta da Reineta, com sede em Fontanelas (São João das Lampas),
conferiu um novo ânimo a um produto de excelência da região de Sintra. “A ideia foi agarrar numa maçã reineta que tinha menos valor comercial, pelo seu baixo calibre, e avançar com a sua transformação”, explica Manuel Costa e Oliveira, proprietário da empresa e presidente da AGROCOL (Associação de Produtores de Fruta do Litoral Sintrense), que tem desenvolvido uma luta intensa no sentido de potencializar e valorizar a maçã reineta da região. “Esta fruta de baixo calibre era um desperdício e agora acrescentamos valor à agricultura, remunerando esta produção, mas também acrescentamos valor ao turismo, concebendo produtos que estão ao serviço do turismo local, regional, nacional e, numa fase seguinte, até internacional”, com a exportação em agenda, salienta o também pequeno produtor de Fontanelas. Ao fim de um ano, Manuel Costa e Oliveira faz um balanço positivo do negócio que, com passos seguros, tem aumentado de visibilidade, com os produtos a poderem ser adquiridos em estabelecimentos da região, mas, essencialmente, em locais emblemáticos ligados ao turismo, como as lojas dos monumentos geridos pela Parques de Sintra, Posto de Turismo do Cabo da Roca e Casa do Eléctrico de Sintra. Vendidos, individualmente, a um preço de seis euros/cada, os produtos da Quinta da Reineta podem ser adquiridos, ainda, em cabazes, apenas com os transformados da maçã reineta ou acompanhados por vinhos da Adega Regional de Colares (também nas lojas da Cooperativa Agrícola de Sintra).
Aos produtos já em carteira, transformados em unidades industriais de referência, como a Frutaformas (Bombarral) e Mendes Gonçalves (Golegã), vão juntar-se, a curto prazo, “os molhos, o puré, a maçã bêbada, uma analogia com a pêra bêbada (um produto com grande sucesso), e, por último, a maçã reineta picante”. Em relação à riscadinha de Palmela, colhida em finais de Julho, os primeiros produtos a chegarem ao mercado vão ser as rodelas crocantes, a geleia e o equivalente à marmelada, seguindo-se ainda os lingotes de maçã prensada, “que constituem umas barras energéticas”, e o condimento de vinagre. A camoesa de Sesimbra, à semelhança da reineta, será colhida no final de Setembro/início de Outubro e só então haverá condições para avançar com a transformação. “O apoio do OPP seria muito bem-vindo para aprofundar este projecto”, salienta Manuel Costa e Oliveira, apostado em investir os 70 mil euros quantificados no processo, por parte dos responsáveis do próprio OPP, no desenvolvimento de um plano de comunicação e marketing, com criação de site, melhoria da presença nas redes sociais (facebook), publicação de publicidade em imprensa e a realização de ‘road show’. “Não vou investir em cozinhas, em infra-estruturas, porque, felizmente, já existe essa resposta: eu compro serviços a unidades habilitadas, devidamente certificadas”, esclarece. Para além da vertente económica associada a este projecto, Manuel Costa e Oliveira espera que a sua empresa familiar seja “mais um contributo para aumentar a produção”, em particular da maçã reineta do litoral sintrense, e já nota os maiores produtores a plantarem mais árvores e destaca o grande contributo dado pela Escola Profissional Alda Brandão de Vasconcelos (Quinta da Sarrazola). João Carlos Sebastião
V Festival da Maçã Reineta do Litoral Sintrense agendado para 28 e 29 de Outubro Expoente máximo ao nível da respectiva promoção, já está agendado, para 28 e 29 de Outubro, o V Festival da Maçã Reineta do Litoral Sintrense, uma organização da União Recreativa e Desportiva de Fontanelas e Gouveia e da AGROCOL e que conta com o apoio da União de Freguesias de São João das Lampas e Terrugem, da Câmara de Sintra e da Direcção Regional de Agricultura e Pescas.
Com uma produção na ordem das 400/500 toneladas, “já significativo para os produtores locais”, embora sem comparação com a pêra rocha da Região do Oeste, a maçã reineta do litoral sintrense vai conquistando o seu espaço, fruto da qualidade que exibe e da aposta crescente na doçaria e na transformação, como é o caso dos produtos comercializados pela Quinta da Reineta.
Na qualidade de presidente da AGROCOL, Manuel Costa e Oliveira faz votos que a produção possa aumentar: “o que não falta nesta região é terra abandonada que pode ser aproveitada no sentido do desenvolvimento da produção da maçã reineta”. Para o efeito, realça o ‘Banco de Terras’ da Câmara de Sintra, “que já tem identificadas algumas parcelas que podem ser interessantes”.
Nos próximos dias 28 e 29 de Outubro, nas instalações da colectividade de Fontanelas e Gouveia, os produtores vão vender ao público em geral, “na ordem do 1,30 euros por kilo”, ao mesmo tempo que os seus familiares vão apresentar os doces típicos, com o toque especial da maçã reineta. Após a sessão de abertura do evento, terá lugar um almoço em que este fruto será o prato forte.
“Um pouco estrangulada pela urbanidade”, a maçã reineta do litoral sintrense vai lutando pela sua afirmação, assente nas características do sabor e nas qualidades terapêuticas que ostenta. “É um produto riquíssimo, energético, que faz muito bem à saúde, muito rica em potássio, ferro, hidratos de carbono e vitamina C”, salienta ainda Manuel Costa e Oliveira.
“É um fruto de excelência”, conclui este responsável, que está apostado em dinamizar a sua produção, através do envolvimento de todo o sector, incluindo agricultores, associações, cooperativas, autarquias e serviços do Estado, no sentido de “acrescentar valor à agricultura, mas também ao turismo da própria região”. JCS
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“Recomeço de uma nova carreira”
“Quero muito estar em Tóquio” Vanessa Fernandes estabelece desafio para 2020 Não esconde que a participação nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020, é a sua meta. Não que pense no final da carreira, mas como um marco que quer juntar no seu brilhante percurso desportivo, coroado com uma medalha de prata em 2008 nas Olimpíadas de Pequim. Em vésperas de fazer 32 anos (a 14 de Setembro), Vanessa Fernandes palmilha o caminho do regresso às vitórias, a partir da Quinta da Marinha, onde reside, mas com passos seguros. Com inúmeras vitórias em provas da Taça do Mundo de Triatlo (que conquistou em 2007), uma modalidade que junta natação, ciclismo e corrida, Vanessa Fernandes tem os genes de um vencedor, o pai Venceslau que, aos 39 anos, conquistou uma Volta a Portugal em Bicicleta. Em declarações ao JR, fala com orgulho do pai: “Ele é um exemplo de maneira de estar na vida”.
Agora que regressou ao Triatlo, após alguns anos em que suspendeu mesmo a prática desportiva a nível oficial, Vanessa esteve presente, este domingo, no Ironman 70.3 Portugal, uma das provas mais duras do mundo, que decorreu em Cascais com um percurso de 1,9 km de natação, 90 km de ciclismo e 21,1 km de corrida, e não fez por menos: venceu em dia de estreia. Uma competição que contou com mais de dois mil atletas, provenientes de 66 nacionalidades, e que era encarada com naturalidade. “Vejo a prova como um trabalho contínuo para prosseguir o meu caminho e melhorar a minha performance. É com trabalho que consolidamos o que queremos”, argumenta. “Estou a conhecer várias vertentes, já conheci, este ano, duas marcas de triatlo, já fiz várias distâncias, por isso está a ser um ano de novas experiências”, salienta a triatleta.
A participação na prova que teve Cascais como pólo central, mas que também passou pelos concelhos de Sintra, Oeiras e Lisboa, assumiu-se quase como obrigatória, até porque conta com o patrocínio da Quinta da Marinha. “Vou estar a correr em casa, a usufruir de uma forma diferente”, confessava, poucos dias antes da prova, durante a conferência de imprensa que revelou os últimos pormenores da competição. Vanessa Fernandes salienta que este ano está “a decorrer com bastante trabalho, dedicação, superação, com muita coragem também e apoio que tem sido fantástico”. Mas, reconhece que “não está a ser um processo super fácil, porque nada é fácil quando vens de dez anos de paragem e retomas novamente ao nível”. “Mas, estou a construir este processo ao meu tempo e estou a conseguir as coisas a que me tenho proposto”, acrescenta.
Vanessa não esconde que o grande desafio é mesmo a participação nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, “mas até lá vão ter lugar muitas provas”. “É óbvio que adorava estar em Tóquio. Quero muito estar em Tóquio”, confessa a triatleta, que não promete medalhas mas quer participar novamente na maior competição desportiva. “Sinto que tenho ainda qualquer coisa para fazer”, sublinha. Mas, não se pense que Tóquio será encarado como a etapa final da carreira, à beira de completar 35 anos: “Não tenho sequer em mente a altura em que vou terminar a minha carreira”. Sobre o reconhecimento do seu valor, Vanessa Fernandes sublinha que o mais importante “é dar alegrias aos portugueses, motivá-los, inspirá-los, tocar no coração das pessoas”.
Vanessa Fernandes admitiu que o triunfo na primeira edição do Ironman Portugal sabe a início de uma nova carreira e revelou que a experiência no atletismo foi decisiva para cortar a meta em primeiro. “Acho que isto é o reinício de alguma coisa. Sinto isto como um início de uma nova temporada, um novo recomeço de uma nova carreira. Estou a guardar no coração”, começou por confessar, visivelmente emocionada, a atleta do Benfica, instantes depois de percorrer os 113 quilómetros em 4:33.12 horas. Vanessa lembrou que esta foi “uma distância completamente diferente”, em que precisou de “outra mentalidade e maturidade” para superar uma das outras favoritas, a espanhola Sarah Loehr, que ficou no segundo lugar. Contudo, e apesar da vitória, a triatleta benfiquista reconheceu que os cerca de 90 quilómetros na vertente de ciclismo causaram problemas, mas a confiança que veio de dentro foi decisiva. “À medida que as fui passando, não havia ninguém que corresse mais do que eu, mesmo não as conhecendo. Sei aquilo que sou e aquilo que corro. Felizmente, os anos que tive no atletismo e a experiência da maratona deram-me bastante confiança para fazer provas deste tipo”, explicou. Depois de uma manhã “fantástica” no circuito em torno de Cascais, a campeã do Ironman pretende deixar o seu testemunho e inspirar as pessoas com a sua capacidade de superação. “A partir daqui, é começar tudo e explorar uma nova carreira. Tentar inspirar e transmitir o meu testemunho como pessoa e como atleta, a minha história. Quero deixar o meu legado e inspirar as pessoas com a minha superação”, concluiu.
João Carlos Sebastião
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7 a 13 de Setembro de 2017
opinião
Sem “rodriguinhos”
por ... Maria João Ribeiro Não se sabe ao certo a origem da palavra “rodriguinhos”. Alguns dicionários avançam sem suporte para o significado de “objecto de pouco valor”, “sentimentalismo barato utilizado como recurso pelo actor para fazer emocionar o público”, “tremelique, trejeito, frescura”. Nesta senda, entendem uns que a expressão “fazer rodriguinhos” quererá dizer “fazer intriguinhas”. Ora, “deixar-se de rodriguinhos”, será, portanto, o mesmo que “deixar-se de intrigas ou conversas triviais”. Há “Rodriguinhos”, porém, que escapam a todos estes trejeitos menos positivos. Há pelo menos um “Rodriguinho” de 13 anos que tem tudo menos “pouco valor”. Há pelo menos um “Rodriguinho” brasileiro que faz tudo menos intrigas. Há pelo menos um “Rodriguinho” que não tem tremeliques nem frescuras, mas sim um espírito de sacrifício. Há um “Rodriguinho” que tem os pais desempregados e uma irmã que sofre de paralisia cerebral…. Há um “Rodriguinho” que não se conformou em ficar a olhar para a família pobre e sem recursos e que tomou sozinho a decisão de ir vender “balas” para a rua e pedir emprego para o pai. Não as “balas” das consolas que consolam outras crianças com mais sorte, mas rebuçados que vai oferecendo aos carros que param nas ruas de Niterói, em troca de algum dinheiro para comprar fraldas para a menina que é apenas filha da sua madrasta, mas que Rodrigo trata como irmã de sangue. Como qualquer criança da sua idade, a vida de Rodriguinho move-se em volta de um sonho - ser jogador de futebol. A necessidade de ajudar a irmã adiou esta aspiração: Rodriguinho abdicou de jogar com os amigos, decidido a dar algum conforto à irmã especial que lhe retribui o gesto à sua
maneira - pronunciando o nome do irmão, a única palavra que consegue dizer. Rodriguinho depressa substituiu o seu sonho por outro e manteve a humildade dos seus anseios, para apenas desejar que Cristiano Ronaldo, o único ídolo que tem no futebol, “soubesse quem ele era”. Fazendo parte de uma família onde falta tudo, Rodriguinho não pediu nada. Sou das que acreditam que a vida é pródiga para quem pede menos e mais faz. Assim foi com este pequeno grande Rodrigo. No âmbito de um programa de televisão de uma estação brasileira, que recuperou a história de Rodrigo e que acabou por ajudar financeiramente a família da criança e ofereceu ao menino uma bolsa de formação de quatro anos na escola de futebol do Flamengo, o menino batalhador recebeu a mensagem de outro “menino guerreiro”. Cristiano Ronaldo, mais do que dinheiro ou outros bens materiais, deixou ao Rodrigo aquilo que ele mais desejava, uma mensagem motivadora em que o melhor jogador do mundo expressa bem que “sabe quem o Rodrigo é”: “Olá, Rodrigo. É só para te mandar um abraço de muita força e para te dizer para acreditares no teu potencial. A minha irmã Katia esteve a dizer-me que tens muito talento e aquilo que te posso dizer é que sigas os teus sonhos e que trabalhes muito. As oportunidades vão surgir e espero que possas ter muita sorte no teu futuro. Um grande abraço, amigo”, Que possamos todos, “sem rodriguinhos”, ser humildes nos nossos pedidos, exigentes no nosso trabalho, grandes nas nossas atitudes e seguir estes dois excelentes exemplos de vida.
Noite de Fado no Casino Estoril
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‘Meu Tempo’
A artista, cujo disco de estreia foi premiado pela Akademia Music Awards na categoria de melhor álbum ‘world beat’, apresenta agora o seu novo trabalho discográfico. ‘Meu Tempo’ é o título do segundo disco de Liliana Martins. Neste
trabalho ainda se nota muito a influência do Fado no seu canto, contudo ouve-se também a simbiose da música tradicional, com a popular e a contemporânea.
Joana Amendoeira é a fadista que protagoniza novo espectáculo de fado no Casino Estoril, naquela que será uma noite cujo propósito é homenagear a literatura portuguesa. A fadista começou o seu percurso nos palcos muito cedo e soma nove discos editados, várias participações em compilações de Fado e diversos prémios, entre eles,
o de melhor Disco de Fado 2008, atribuído pela Fundação Amália Rodrigues. Casino Estoril, dia 11 de Setembro, às 22h30. Entrada livre.
Festival de Folclore na Amadora
Centro Cultural Olga Cadaval, dia 9 de Setembro, às 21h30. Bilhetes a 10 euros.
Cascais acolhe Festival Internacional de Cultura No âmbito da comemoração dos 38 anos do município da Amadora, a cidade decidiu prestar homenagem a esta dança tão tradicional a nível nacional ao acolher a 15.ª edição do Festival de Folclore.
O evento acontece já no domingo e contará com a presença de vários ranchos nacionais. Parque Delfim Guimarães, dia 10 de Setembro, às 15. Entrada livre.
‘Percursos Paralelos’ em Oeiras
Esta iniciativa tem lugar em diversos locais de Cascais e do Estoril e conta com várias actividades, tais como concertos, exibições de cinema ao ar livre, exposições, animação infantil e feira do livro. Entre os nomes a actuar estarão presen-
tes a banda Moka, dia 7, e Salvador Sobral, no dia 8. No sábado, vai haver uma exposição de histórias e segredos da obra de Paula Rego, entre outros eventos. Cascais e Estoril, até dia 30 de Setembro.
Na exposição ‘Percursos Paralelos’, Eduardo Santos Neves e Eduardo Teixeira apresentam as diferentes formas de se expressarem, através da pintura, que, apesar de distintas, acabam por se complementar. Na obra de Eduardo Santos Neves as manchas de cores, as sombras e a sobreposição de planos abordam a inquietação da vida. Eduardo Teixeira con-
templa o espaço/realidade, no qual se reinventa, descobre e redescobre. Galeria Palácio Ribamar (Algés), a partir de 8 de Setembro.
SUGESTÕES
CINEMA
‘Índice Médio de Felicidade”
Já está nas salas de cinema há uma semana, mas vale a pena ver um retrato do país em 2012, em que a crise económica fez inúmeras vítimas com o flagelo do desemprego. Um filme de Joaquim Leitão, com Marco D’Almeida como protagonista.
LIVRO
‘Maria no país do facebook”
A actriz Maria Vieira, conhecida dos portugueses pela sua carreira cinematográfica e teatral, publica um livro desassombrado e corajoso com as suas opiniões provocatórias sobre Portugal e sobre o mundo, já disponível nas livrarias.
MÙSICA
‘American Dream’, LCD Soundsystem
Depois da fulgurante passagem em 2016 pelo Festival Vodafone Paredes de Coura, os LCD Soundsystem estão de volta com o novo álbum ‘American Dream’. A banda de James Murphy regressa também para uma digressão mundial, para já sem o nosso país.
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Base Aérea de Sintra aberta à comunidade Entrada livre extensível ao Museu do Ar neste domingo, dia 10
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À semelhança do que acontece ao longo dos anos, a Base Aérea N.º1 de Sintra e o Museu do Ar vão estar de portas abertas, no próximo domingo, 10 de Setembro, com diversas actividades direccionadas para os apreciadores da aviação civil e militar. Berço da Aviação Militar, a Base Aérea N.º1, situada na Granja do Marquês, vai dedicar um dia inteiro para os entusiastas da aviação, proporcionando o contacto com aeronaves, civis e militares, além da possibilidade de assistir a demonstrações operacionais, a circulação por alguns serviços da unidade e, claro, viajar pela história da aviação. Neste caso, o palco principal será o Museu do Ar, com entrada gratuita no período do ‘Dia de Base Aérea’, uma iniciativa que se insere nas comemorações do 65.º aniversário da Força Aérea Portuguesa. Para além dos exemplares que integram o espólio do Museu do Ar, parte deles estacionados nas placas envolventes dos hangares, quem se dirigir à BA1 vai poder contactar com as aeronaves Epsilon TB30 e Chipmunk Mk20, ligadas à formação de pilotos.
Ao longo do dia, os visitantes vão ter oportunidade, ainda, de assistir a actividade aérea com aeronaves civis e militares, entre os quais o Epsilon, o F-16 e um A330 da Tap Air Portugal, com pintura retro, e participar em voos virtuais, através de simuladores (F16, Alpha Jet e Alouette). Os mais sortudos vão ter oportunidade, ainda, de efectuar baptismos de voo, a bordo de um C-295M, mas, para participarem no sorteio, precisam de entregar um bem não perecível que vai reverter para o Banco Alimentar de Sintra. Outro atractivo será a possibilidade de visualizar uma exposição da Secção de Assistência e Socorro da unidade, com os meios logísticos para fazer face a qualquer acidente.
Demonstrações cinocténicas e de falcoaria são outros motivos de interesse do evento do próximo domingo que, para além da aviação, também vai proporcionar o contacto com viaturas militares e automóveis clássicos, autênticas relíquias do mundo motorizado. Aliás, será recriado, para os mais novos, o Circuito da Granja do Marquês, uma prova do Campeonato Nacional de Velocidade, realizada pela primeira vez a 17 e 18 de Junho de 1967, então sob organização do Sport União Sintrense e num traçado delineado na pista de aviação através da inspiração do tenente-coronel Hipólito da Fonseca, uma figura do panorama do automobilismo nacional na década de 60.
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JORNAL DA REGIÃO
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iniciativas
Parque temático vai nascer na Lourinhã
Uma centena de modelos de dinossauros, à escala real, estão a ser montados no local após terem chegado da Alemanha Mais de uma centena de modelos de dinossauros, em tamanho real, estão a ser montados ao longo da corrente semana, para darem forma ao Dino Parque, um projecto que vai abrir portas em 2018. O Dino Parque será o maior museu ao ar livre do país e um dos maiores parques temáticos da Europa, com 120 modelos de dinossauros à escala real e num investimento de 3,5 milhões de euros, que inclui a construção de um edifício, com espaço de exposição de achados paleontológicos, loja e laboratório de preparação de fósseis.
O parque temático vai ocupar, numa primeira fase, dez dos 36 hectares onde funcionou a antiga lixeira municipal, a maior parte destinada aos jardins que irão acolher os modelos em tamanho real. Segundo a empresa Parque dos Dinossauros da Lourinhã (PDL), o espaço contará com percursos distintos, correspondentes a quatro diferentes períodos, Devoniano, Triássico, Jurássico e Cretáceo, proporcionando aos visitantes uma viagem de milhões de anos. O parque deverá receber 200 mil pessoas por ano e vai contar, numa fase inicial, com 20 trabalhadores.
Através deste projecto, a PDL quer potenciar a Lourinhã como ‘Capital dos Dinossauros’, em parceria com o município e o GEAL- Grupo de Etnologia e Arqueologia da Lourinhã (Museu da Lourinhã), no sentido de atrair um número muito superior de visitantes ao do actual espaço museológico (25 a 30 mil pessoas), limitado para a quantidade e qualidade do seu espólio. Para promover a ‘Capital dos Dinossauros’ e anunciar o avanço do Dino Parque, os promotores e o município colocaram 18 modelos de dinossauros espalhados pelas artérias da Lourinhã.
Inserido num cenário natural, o Dino Parque vai permitir a observação de dinossauros como o Triceratops, Iguanodon e o Tyrannosaurus Rex, o mais perigoso de todos os predadores, para além do Diplodocus (uma espécie herbívora e quadrúpede que viveu durante o período Jurássico, há aproximadamente 154 a 152 milhões de anos, com mais de 20 metros). Os dinossauros estão a ser montados ao longo da corrente semana, após terem viajado da Alemanha (Munchehagen)
em 13 camiões, num percurso que se iniciou no passado dia 29 de Agosto. “A partir desta semana, o espaço começa a ser povoado e a ganhar vida. Temos uma equipa de seis pessoas a trabalharem na montagem dos modelos”, afirmou Luís Rocha, director geral da PDL. Tendo como base ‘A Ciência é Divertida’, o Dino Parque destina-se a todas as faixas etárias e propõe formas inovadoras de aprendizagem, através de experiências interactivas de des-
Classificados JR
coberta e pesquisa, adequadas a cada idade. Os programas educativos e actividades convidam as crianças e jovens a adquirirem conhecimentos sobre a evolução do planeta e a extinção dos dinossauros. Recuperação e pesquisa de fósseis, caça ao tesouro, modelagem dino, parede táctil, escavações de dinossauros, pesquisa em Geodes de Cristal e pintura de dinossauros são algumas das actividades que estarão à disposição dos visitantes no Dino Parque.
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JORNAL DA REGIÃO
Casino Estoril presta homenagem a Carlos Zel
Ana Moura, Cuca Roseta, Fábia Rebordão, Pedro Moutinho, Ricardo Ribeiro e Rodrigo actuam, na próxima terça-feira, dia 12 de Setembro, na 16.ª Grande Gala do Fado-Carlos Zel, que se realiza no Casino Estoril. Fábia Rebordão actua pela primeira vez nesta gala, mas a intérprete já pisou o palco, designadamente, a 23 de Novembro do ano passado, quando actuou ao lado de Mariza, no concerto comemorativo dos 85 anos do Casino Estoril. A fadista, que arrecadou em 2012 o Prémio Amália Revelação, editou em Setembro do ano passado o álbum ‘Eu’, produzido pelo músico Jorge Fernando, e no qual assinou a letra e música dos temas ‘Duração’ e ‘Retorno’. “Ao palco do Salão Preto e Prata do Casino Estoril sobe um excepcional elenco, representantes de diferentes gerações de fadistas, são seis das melhores vozes nacionais”, disse à Lusa fonte da organização. Rodrigo canta há mais de 50 anos, já dirigiu uma casa de fados na região de Cascais, e recebeu um Prémio Amália Carreira,
enquanto Ricardo Ribeiro canta desde menino, tendo-se iniciado nas sociedades recreativas de Lisboa, e aponta como seu mestre o fadista Fernando Maurício (1933-2003), e Pedro Moutinho editou no ano passado o CD ‘O fado em nós’, no qual canta um poema de Maria Rosário Pedreira, ‘Ao Deus Dará’, que interpreta na melodia do Fado da Saudade, de Daniel Martins. Por seu lado, Ana Moura tem apresentado em digressão internacional o álbum ‘Moura’, editado em Dezembro de 2015, e viu, em 2016, o seu tema ‘Ninharia’ na lista das 100 canções favoritas da NPR, a rádio pública dos Estados Unidos, que emite para a totalidade do território norte-americano. “A Grande Gala Carlos Zel tornou-se ao longo dos anos, um espaço de referência fadista, como foram as Quartas de Fado, dirigidas pelo fadista Carlos Zel, falecido há 15 anos”, disse à Lusa a mesma fonte, referindo que pelo palco da gala têm passado as mais distintas vozes, de Argentina Santos a Carlos do Carmo, passando por Beatriz da Concei-
ção, Maria da Fé, Mariza, Carminho, Camané, Gonçalo Salgueiro e João Ferreira-Rosa, entre outros. Os seis fadistas da 16.ª Grande Gala-Carlos Zel serão acompanhados pelos músicos Ângelo Freire, na guitarra portuguesa, Pedro Soares, na viola, e André Moreira, na viola baixo. O fadista Carlos Zel (1950-2002) foi este ano também homenageado numa noite de fados em Cascais, por ocasião das celebrações do 65.º aniversário do Mercado da Vila, que se realizou no dia 11 de Agosto, e que contou com a participação dos fadistas Celeste Rodrigues, João Braga, Mafalda Arnauth, Pedro Moutinho, Joana Amendoeira, José da Câmara, Carlos Leitão, e o músico e compositor Mário Pacheco, na guitarra portuguesa. Natural da Parede, em Cascais, Carlos Zel iniciou a sua carreira profissional em 1967, e popularizou temas como o ‘Meu Amor Morre no Mar’, ‘Sonho Louco’, ‘Palavra à Solta’, ‘Fado Pechincha’, ‘Tenho Saudades da Baixa’, ‘Amar Outra Vez’, ‘Quero Tanto aos Teus Olhos’ ou ‘Travessa do Poço dos Negros’, entre outros.
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Gala junta Ana Moura, Rodrigo, Cuca Roseta, Fábia Rebordão, Pedro Moutinho e Ricardo Ribeiro
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Direitos dos consumidores
Regresso às aulas
Acabaram as férias. As aulas vão recomeçar! Inicia-se um novo ciclo, repleto de emoções para alunos, pais e professores. Para muitos, esta época é sinal de expectativa, ansiedade, alegria, stress, nostalgia, etc. Um verdadeiro
carrossel de emoções para todos os envolvidos! Se o final das férias, suscita nostalgia e tristeza, pois que deixamos de dispor livremente do nosso tempo para todas aquelas actividades de que tanto gostamos, e sempre adiamos
(pôr a leitura e o cinema em dia, viajar, visitar familiares e amigos…), também significa um regresso à normalidade e isso é positivo. Para melhor preparar o regresso dos filhos à escola, é importante restabelecer re-
gras, redefinir objectivos e implementar rotinas. Para melhor adaptação de todos, devem-se gradualmente ir introduzindo pequenas alterações. Uma a duas semanas antes do início das aulas, cada dia deitar e levantar sempre uns minutos mais cedo; será importante ir adequando os horários das refeições (mais flexíveis em período de férias) às horas a que serão tomadas durante o tempo de aulas. Importa retomar alguns hábitos de trabalho escolar: definir planos de actividades para os filhos, como leitura de textos, resumos e fichas de leitura, composições, fichas de trabalho. Reencontrar colegas e amigos, eventualmente uma nova turma, escola ou ciclo de escolaridade, o (re) encontro com professores mais temidos podem suscitar emoções diversas e até contraditórias. O stress dos pais, frequentemente tem a ver com os elevados custos do regresso à escola: manuais escolares, mochilas, cadernos, canetas, lápis e outros materiais, não esquecendo a roupa e calça-
do que provavelmente deixaram de servir. Alguns conselhos: na escolha dos materiais escolares, envolva sempre as crianças, seja na elaboração da lista do material necessário, seja quanto aos preços a suportar; é importante fixar um limite monetário, de modo a que as crianças possam fazer as suas opções, respeitando esse limite; a partir deste ano lectivo, apenas os manuais do 1.º ciclo (apenas no ensino público) são gratuitos, continuando sujeito a custos tudo o resto; verifique se existe material que possa ser reutilizado, seja do ano lectivo anterior, seja recorrendo a bancos de recolha e partilha gratuita (se necessário comprar, a Internet pode ser uma opção mais económica); não compre tudo de início, opte por ir comprando à medida das necessidades (não sobrecarrega tanto o orçamento e aproveitará as promoções que vão surgindo); a escolha da mochila deve sempre ser feita na presença da criança, para que a experimente e verifique se se sente confortável (mochila adequada à es-
tatura da criança e vazia não deve pesar mais de ½ kg); preparar o local de estudo, garantindo boas condições de iluminação, materiais adequados e correctamente posicionados (a mesa deve ser colocada paralelamente à janela); transmita à criança regras de segurança pessoal (não mostrar dinheiro ou outros objectos de valor, deslocar-se em grupo, não andar por zonas desertas); definir horários para trabalhos de casa, banhos, TV, computador, brincadeiras); planear tudo de véspera, incluindo preparar a mochila e roupa a usar; ajude o seu filho a encontrar estratégias de optimização do estudo (jogos de pergunta/resposta, resumos, fichas de trabalho); na compra de todo o material, incluindo roupa, privilegie a durabilidade e qualidade dos produtos e que têm a marcação CE. Manuel José Sargaço Técnico Superior de Sociologia Serviço Municipal de Informação ao Consumidor smic@cm-sintra.pt Tel. 21 923 68 63 Fax 21 923 68 68
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JORNAL DA REGIÃO
negócios
Dez milhões de visitantes por ano Forum Sintra regista “evolução muito positiva” “O Forum Sintra é um projecto sustentável”. A garantia é dada pelo director do centro comercial, Ricardo Esteves, em função da evolução do centro, após seis anos de actividade. Este responsável realça “a evolução muito positiva” de diversos indicadores, como a taxa de ocupação de lojas (99%), o volume de negócios e o número de visitantes. “Temos 10 milhões de visitantes por ano”, revela. Segundo este responsável, para estes números, muito tem contribuído a abertura de novas lojas, nomeadamente na área do vestuário, com destaque
para a Kiabi, multinacional que abriu em Sintra a sua primeira loja a nível nacional, e a OVS, marca italiana que abriu a segunda unidade no nosso país, que se juntaram, assim, a lojas âncoras como a Primark, a H&M, C&A, Zara, Lefties, New Yorker e MO. Com um portefólio de 180 lojas, em diferentes sectores, o Forum Sintra, um dos oito centros da Multi Portugal (Armazéns do Chiado, Algarve, Almada, Montijo, Madeira, Viseu, Coimbra), apresenta “uma oferta muito diversificada em termos de moda”, salienta Ricardo Esteves.
Uma aposta a que não é alheio o ‘target’ (público alvo) na linha da frente: a família e, em especial, a mulher. Para além da vertente comercial do centro, Ricardo Esteves classifica o Forum Sintra como “um projecto fantástico, pela dimensão, arquitectura e diferenciação, com muita qualidade e que o concelho merecia e a que os sintrenses cada vez mais têm aderido”. Para além das compras do dia-a-dia, assente no hipermercado Pingo Doce, o centro
comercial conta, ainda, com um vasto conjunto de serviços, desde a farmácia ao posto de correios, cabeleireiros e unidades de saúde. Sem levantar ainda a ponta do véu, Ricardo Esteves revela que a “o Forum Sintra, a este nível, vai ter boas novidades para apresentar aos seus clientes”, assim como conta, em breve, avançar com a dinamização das duas esplanadas existentes, no sentido de “criar condições para diversificar e aumentar a oferta a nível da restauração”.
Nesta área, o centro comercial dispõe de mais três conceitos, o Talho Burguer, Hanami Sushi e as Bifanas de Vendas Novas, para além da expansão do McDonald’s, com a abertura do McCafé. Para atrair cada vez mais clientes, os responsáveis da Multi Portugal têm apostado na realização de eventos de qualidade, como foi exemplo o ‘Forum Summer Sound by MTV’ que, no caso do Forum Sintra, recebeu três concertos: HMB (27 de Julho), Átoa (3 de Agos-
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to) e Dengaz (10), com a abertura a cargo de jovens artistas. Um evento que registou uma significativa adesão por parte do público e que se estendeu a Viseu, Almada, Algarve e Coimbra, terminando, precisamente, esta quinta-feira, 7 de Setembro, na cidade dos estudantes, com um espectáculo muito especial de Aurea (a comemorar o seu 30.º aniversário). “A nossa ideia é ter sempre eventos de qualidade, diferenciadores, que possam atrair novos clientes e oferecer momentos de lazer a todos os nossos visitantes”, conclui Ricardo Esteves. Inaugurado em Abril de 2011, a partir das obras de ampliação e requalificação do hipermercado Feira Nova, o Forum Sintra representou um investimento global de 170 milhões de euros, com uma área comercial de 55 mil metros quadrados, apoiada por um parque de estacionamento coberto, com capacidade de 2520 viaturas, e 130 ao ar livre, dispondo ainda de sete salas de cinema.
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motores
Preparada para tudo...
Nova geração da popular pick-up apresenta frente totalmente redesenhada, com a grelha cromada a sobressair entre os faróis rasgados e dotados de luzes diurnas em LED. A imagem atlética e musculada, a fazer lembrar os grandes SUV americanos, leva-nos a pensar que mais do que um carro de trabalho, com versões 4x2 e 4x4, várias combinações de cabina e caixa de carga, este é mais um produto com aptidões fortes para o lazer.
A versão testada pelo JR, de cabina dupla (5 lugares), caixa automática de seis velocidades e o mais completo nível de equipamento, é capaz de concorrer em qualidade com a maioria dos SUV disponíveis no nosso mercado. Perderá em termos de conforto, é certo, mas os ganhos de eficiência e dinâmica na abordagem aos terrenos mais difíceis compensam o resto. Foi o que pudemos constatar em trilhos de maior dificuldade na zona saloia de Sintra e Mafra, que a D-Max superou sem qualquer dificuldade.
Jornal da Região
Como dissemos, em estrada, dependendo da pressão dos pneus, o conforto não será o maior atributo de um veículo com estas características, pelo que só o recomendamos a quem, realmente, faça uso das suas competências off-road, seja em lazer ou em trabalho. A pick-up da marca nipónica, terceira no ranking de vendas em Portugal, está agora dotada de competente motor 1.9 turbodiesel com 164 cv e 360 Nm de binário máximo, proporcionando, inclu-
sive, consumos bastante aceitáveis (7,8 l/100 km). No interior, tudo foi melhorado, com a versão de lazer a dispor de luxos como bancos em pele, aquecidos à frente e com regulação eléctrica para o condutor, bem como, alarme, ar condicionado automático e sistema multimédia com comandos no volante. As ajudas à condução são garantidas pelos controlos de estabilidade, de tração e assistência em declive. Paulo Parracho
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repórter JR
S. Miguel das Encostas ganha espaço de lazer
Parque canino é a principal novidade do novo equipamento O Jardim das Oliveiras em São Miguel das Encostas foi inaugurado no dia 30. É um espaço verde urbano com 8500 metros quadrados. Com a recuperação deste espaço, “criou-se um parque para fruição de todos os moradores e com uma nova valência, o dog park”, disse Zilda Costa e Silva, presidente da Junta de Freguesia de Carcavelos e Parede, na cerimónia de inauguração do jardim. Para Pedro Francisco, residente e adepto de desportos ao ar livre, “este espaço está
muito bem apetrechado de aparelhos de ginástica, e tem a mais valia de ser um espaço para toda a família, onde se pode passar um dia: fazer um piquenique, as crianças têm um parque infantil e até existe um espaço para os cães”. Carlos Carreiras, presidente da Câmara de Cascais, revelou ter “deste local muitas memórias de infância e adolescência” e salientou que “com a requalificação deste espaço cria-se uma infra-estrutura para todos os residentes desta zona, essencialmente habitacional”, disse.
O dog park é uma valência deste espaço pedida pelos moradores da zona, ao perderem o descampado que tinham ao lado para soltarem os cães e estes brincarem. O novo jardim disponibiliza actividades de lazer e recreio, zonas de estadia, relvado, ginásio ao ar livre, agricultura urbana (vinha e olival comunitário), espaço canino e parque infantil natural (com aproveitamento das árvores e reciclagem das espécies arbóreas provenientes de abates e blocos de pedras das escavações).
Novo trilho das Vinhas liga Alvide a Cascais
Depressão e suicídio
A natureza está, agora, mais perto do centro da Vila de Cascais. A primeira fase da recuperação do Trilho da Ribeira das Vinhas está concluída, ligando Alvide a Cascais, junto ao Mercado da Vila e as localidades adjacentes (Bairro Santana, Cobre, Varandas de Cascais, Fontainhas, Outeiro da Vela e Bairro de São José). O novo espaço foi inaugurado no domingo, 27 de Agosto. “O caminho é muito fácil de fazer. É óptimo para vir com os miúdos. O espaço e o caminho foram muito bem aproveitados”, salientou Mónica Pereira depois de um passeio matinal em família pelo novo Trilho da Ribeira das Vinhas. “Parecia que estávamos num Cascais diferente, mais rural”, destacou Elequicina Dores, a mãe de Mónica, destacando que “foi fantástico… a paisagem, as cabrinhas no alto da montanha, os marmelos, as nozes”. Com um investimento da Câmara de Cascais de 375.000€,
o projecto implicou a renovação do antigo trilho, com uma extensão de 3 km pedonal e ciclável, e a limpeza de 10 hectares de terrenos, o que reduz a probabilidade de cheias. “Era uma aspiração muito antiga, ao mesmo tempo foi a possibilidade de valorizamos um património que temos. É poder ter um parque natural a entrar dentro da Vila de Cascais”, salientou o presidente da Câmara de Cascais durante a inauguração do espaço. Carlos Carreiras acrescentou: “Renaturalizar a própria ribeira no sentido de mitigar os riscos de cheias. Saíram daqui 35 toneladas de lixo”. Numa segunda fase, “há todo um arranjo paisagístico que tem de ser feito junto ao mercado [Mercado da Vila]. A grande ambição é levar todo o trilho até ao Campo Base Pedra Amarela, portanto até ao cume da serra”, conclui o presidente da Câmara. CMC
Marcelo recebe presidente do Zambujeiro Hugo Sobral, presidente do Grupo Desportivo do Zambujeiro (Alcabideche), foi recebido no passado dia 30 pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém. O dirigente revelou na sua página de Facebook a “recepção calorosa” de que foi alvo, “como velhos amigos que há muito que não se vêem”. “O olhar terno e atento, as questões pertinentes e assertivas: é esta a fórmula do encontro
com o nosso Presidente da República”, destaca ainda Hugo Sobral. “Foi com enorme prazer que pude discutir a temática do associativismo em Cascais e o papel do Folclore na recuperação de costumes de outro tempo com este grande Homem”, salienta o presidente do Grupo Desportivo Zambujeiro. Sobre Marcelo Rebelo de Sousa, Hugo Sobral diz tratar-se de uma pessoa “de uma inteligência ini-
Médico de Família
gualável, um sentido de humor apurado e uma inegável simpatia”. “É com orgulho que afirmo e saliento a confiança no nosso Presidente da República para defender as nossas tradições!”, conclui. Fundada em 1968, a colectividade dedica-se à cultura e ao desporto, dispondo de rancho folclórico, teatro, academia e ginástica sénior, ginástica acrobática e aulas de movimento magnético.
A depressão é uma doença mental que afecta mais de 350 milhões de pessoas e é das principais causas de suicídio. Estima-se que em cada 100 casos de depressão, no mundo, 15 cometem suicídio. A depressão e o suicídio resultam de uma complexa interacção de factores biológicos, genéticos, psicológicos, sociais, culturais e ambientais. Apesar de a maioria das pessoas com risco de suicídio apresentar algum transtorno mental, a maior parte não procura ajuda. As pessoas com idade mais avançada negam muito frequentemente ter sintomas de depressão (como perda de apetite, falta de interesse, energia e motivação para fazer actividades sociais, ansiedade, sentimento de inutilidade, perturbações frequentes do sono, sintomas de culpa e baixa autoestima) o que dificulta o diagnóstico da doença. Por outro lado, a semelhança entre os sintomas de depressão com os de demência conduz, muitas vezes, a um diagnóstico tardio. O papel dos familiares e amigos é por isso fundamental para auxiliar numa detecção atempada dos sintomas desta doença, encaminhando a pessoa para o profissional de saúde, o que pode ajudar a evitar uma tentativa de suicídio ou mesmo um desfecho fatal. Vários estudos têm demonstrado que o afecto e proximidade entre as pessoas diminui o risco de comportamentos suicidas. Com o tratamento adequado, a pessoa deprimida pode recuperar a satisfação com a vida e o nível de independência nas actividades básicas da vida diária. Desta forma, o suicídio pode ser prevenido. Joaquim Cerejeira, psiquiatra e presidente da Associação Cérebro & Mente
FICHA TÉCNICA
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Ironman junta 2200 em Cascais
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Vanessa Fernandes e Bruno Pais brilham A triatleta portuguesa Vanessa Fernandes conquistou a primeira edição do Ironman, disputada em Cascais, ao terminar em 4:33.12 horas, enquanto Bruno Pais, do Estoril-Praia, alcançou o terceiro lugar na prova masculina. Na prova feminina, a medalhada olímpica de Pequim2008 destronou uma das favoritas à vitória, a espanhola Sarah Loher, que terminou no segundo lugar, com 4:34.02. A austríaca Sylvia Gehnboeck fechou o pódio, dois minutos e 40 segundos depois. Na parte final da prova uma espectacular reviravolta deu o triunfo à triatleta do Benfica com 4 horas, 33 minutos
e 12 segundos. “No ciclismo entrei em pânico a determinados momentos”, confessou entre risos, justificando tratar-se de “um tipo de ciclismo a que ainda não estou habituada, ainda preciso de muito treino mas com o talento que acho que tenho para a bicicleta sinto-me com confiança para este tipo de distância e neste tipo de prova”. Nesta estreia em provas Ironman 70.3, a portuguesa alcançou uma vitória emocionante que começou a desenhar-se apenas no segmento de corrida e a poucos quilómetros da chegada devido à concorrência da espanhola Sara Muñoz Löehr, que acabou por ficar com o segundo lugar, a 50 segundos.
Vanessa Fernandes guardou toda a garra para o final, uma vez que chegara em sétimo lugar na natação e em oitavo no ciclismo. “À medida que as fui passando [na corrida] sabia que mesmo a correr relaxada não havia aqui ninguém que corresse mais do que eu porque sei aquilo que sou e aquilo que corro”, revelou. Quanto a Bruno Pais, terceiro classificado na prova masculina, com um total de 4:15.36 horas, mais 11 minutos do que o campeão, o francês Denis Chevrot, acabou por lamentar o lugar conseguido, por não se encontrar nas melhores condições físicas. “Não me senti com a força suficiente que esperava, mesmo assim o terceiro é bom, mas fica sempre
no pensamento que conseguia melhor se tivesse em melhores condições”, contou. Ao invés de Vanessa Fernandes, as “sensações na natação não foram muito boas” para Bruno Pais, que deu “tudo que tinha para dar”. O segundo melhor participante português foi Mário Machado, no 7.º posto, mas já dentro das quatro horas de prova (4:20.30)
e um minuto e 13 segundos antes do terceiro luso, Carlos Cruz, que ficou na 9.ª posição. O presidente da Federação Portuguesa de Triatlo mostrou-se surpreendido com o número de inscritos no ano de estreia em Portugal do Ironman 70.3 e realçou o crescimento repentino que a modalidade conseguiu atingir no país. “A parte dos estrangeiros não me surpreende tanto,
porque temos um clima magnífico, o enquadramento da prova é espectacular e acaba por ser um país barato. É fácil vir a Portugal. Agora termos chegado aos 2200 participantes, sim (fico surpreendido)”, começou por confessar, acrescentando: “Chegar ao recorde de inscrições no primeiro ano é, obviamente, novidade. Não estava à espera de tanto”.
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