Jornal da Região de Cascais 147

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12 a 18 de Outubro de 2017 - Semanal - Série V Ano XXII - N.º 147

JUSTA NOBRE “NÃO HÁ LIMITE PARA A CRIATIVIDADE”

“A cozinha é um laboratório”. É assim que a ‘chef’ Justa Nobre define o seu espaço de excelência, num momento em que está a comemorar os 40 anos de carreira.

ARTE URBANA GANHA MUSEU Cascais vai enriquecer o seu núcleo museológico, a partir da Primavera de 2018, com o Museu de Arte Urbana e Contemporânea. Uma parceria do município com o artista Alexandre Farto, mais connhecido por Vhils, que vai doar cerca de 300 obras da sua colecção pessoal e reunir acervo de outros nomes de prestígio na arte urbana. PÁGINA 6

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região

Viagem ao Pilar 7 da Ponte 25 de Abril

Visitante da Experiência Pilar 7 fica ao nível do tabuleiro da ponte, com uma vista privilegiada para o Tejo

Com pouco mais de 50 anos, a Ponte 25 de Abril pode agora ser conhecida através de outro ângulo, ao nível do Pilar 7, devido a uma experiência única proporcionada pela Associação de Turismo de Lisboa (ATL) e pela Infraestruturas de Portugal. Com acesso pela Avenida da Índia, em Alcântara, o Centro Interpretativo da Ponte 25 de Abril oferece, além de uma visita real, uma experiência de realidade virtual. Neste caso, é possível ‘visitar’ espaços inacessíveis da ponte, como o ponto mais alto dos pilares da estrutura e registar o momento num dispositivo de PhotoBooth, que per-

mite o envio para o e-mail ou redes sociais. Esta experiência virtual, que demora cerca de três minutos, tem um custo adicional de 1,5 euros em relação aos bilhetes normais de acesso: seis euros (quatro para estudantes e idosos). Após a entrada pelo espaço da loja, a visita real tem início no exterior do maciço central do Pilar 7 da Ponte 25 de Abril, onde é possível conhecer um pouco das particularidades inerentes à sua construção, mediante informações disponíveis em discos de metal de significativa dimensão, colocados no chão ao longo do percurso.

Já no maciço central do pilar, o visitante é confrontado com a maqueta original da ponte sobre o Tejo, destinada à divulgação da obra em vários pontos do país e no estrangeiro, que chegou a ser exposta no Pavilhão de Portugal da Exposição Comemorativa do IV Centenário da cidade do Rio de Janeiro, no Brasil, em 1965, e mais tarde no Pavilhão de Portugal da EXPO de Osaka, em 1970. Ao seu redor, são apresentados aspectos relevantes da relação desta estrutura, que foi inaugurada a 6 de Agosto de 1966, com a História da cidade de Lisboa e de Portugal.

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onhecer por dentro um pilar da ponte que une as duas margens do rio Tejo e, ainda por cima, ter acesso a uma vista privilegiada sobre a cidade de Lisboa, são os principais atributos da Experiência Pilar 7-Centro Interpretativo da Ponte 25 de Abril que já está à disposição de visitantes nacionais e estrangeiros. Uma subida de 80 metros até ao nível do tabuleiro da ponte.

A viagem prossegue com uma homenagem aos que foram fundamentais para a construção da infra-estrutura, na denominada Sala dos Trabalhadores, com projecções 360.º com quatro pequenos filmes que revelam a intervenção e a grandiosidade da obra, uma das maiores pontes suspensas do mundo, utilizada diariamente por cerca de 300 mil utentes, por rodovia e ferrovia. Numa sala contígua, o visitante vê-se envolvido no azul das águas do Tejo, subindo numa plataforma que lhe permite contemplar um modelo da Ponte 25 de Abril. Ao chegar ao topo da plataforma, é possível ouvir e ver a aproximação do comboio que efectua a travessia entre as duas margens, através de um filme. Neste local, acede a duas salas onde visualiza as principais amarrações dos cabos de sustentação da ponte, os pontos fulcrais desta grande obra, cuja construção obrigou à escavação de 6,6 milhões de metros cúbicos de solos e rocha, consumiu 300 mil metros cúbicos de betão e 82 mil toneladas de peças de aço. Após um jogo de espelhos com ilusão de profundidade, o visitante descobre um primeiro patamar que o conduz ao elevador que o levará à altura do tabuleiro rodoviário da ponte, 80 metros acima do solo, num miradouro com capacidade máxima de segurança para 40 a 50 pes-

soas e a poucos metros de distância do tráfego viário, que se vê e sente através do som. O miradouro não é apropriado a quem tem vertigens, por ser parcialmente em vidro na base e também nas laterais, mas, esquecido esse pormenor, oferece novas perspectivas sobre Lisboa e Almada, unidas pelas margens do Tejo. Uma experiência que, como referem os promotores do projecto, proporciona uma oportunidade semelhante a outras estruturas como a Golden Gate Bridge, em São Francisco (EUA), a Harbour Bridge, em Sydney (Austrália) ou a Tower Bridge, em Londres (Reino Unido). Aberto ao público no Dia Mundial do Turismo, no passado dia 27 de Setembro, o novo equipamento de atracção turística, gerido pela ATL, deverá receber anualmente 150 mil visitantes. Para Vítor Costa, responsável da associação, este equipamento tem por objectivo

“a valorização da Ponte 25 de Abril, que é uma obra de arquitectura fantástica, considerada uma das pontes mais bonitas do mundo”. O objectivo foi, também, assinalar os 50 anos da ponte sobre o Tejo, que já se chamou ‘Salazar’, e que, para o membro da direcção da ATL, “tem uma ligação emocional muito grande com os portugueses em geral, une as duas margens do Tejo, constituindo um ícone da cidade de Lisboa e da região”. Com um projecto de arquitectura de António Borges e coordenação geral de José Costa Nunes, o equipamento representou um investimento público de 5,3 milhões de euros, metade dos quais a cargo da associação e a outra metade com recurso à taxa turística, tendo resultado de uma parceria que envolve ainda a Câmara Municipal de Lisboa e a Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa. João Carlos Sebastião


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Museu de Arte Urbana abre na Primavera de 2018

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Museu de Arte Urbana e Contemporânea de Cascais (MARCC) abre ao público na Primavera do próximo ano, disse à Lusa o artista Alexandre Farto, que assina como Vhils, um dos responsáveis pelo projecto.

Alexandre Farto revelou à Lusa, à margem da apresentação do projecto, em Cascais no espaço que irá acolher o museu, que o MARCC irá abrir portas “na Primavera de 2018, em Abril ou Maio”. O Museu de Arte Urbana e Contemporânea de Cascais, que resulta de uma parceria entre a Câmara de Cascais e Vhils, irá ocupar um espaço com cerca de 1.700 quadrados localizado por baixo da praça D.Diogo de Menezes, perto da marina da vila. O museu irá acolher uma exposição permanente, para a qual Vhils doou cerca de 300 obras da sua colecção pessoal, algumas de sua autoria e outras de artistas como os portugueses Abel Manta e Nomen, um dos pioneiros do ‘graffiti’ em Portugal, o britânico Banksy, o francês JR ou

o norte-americano Shepard Fairey (Obey), e quatro exposições temporárias por ano. O artista português coleccionou “sempre muitos artistas [das décadas] de 1970, 80 e 90, mas tudo sempre ligado à prática na rua e no espaço público”. “São peças que vão desde peças históricas, posters de propaganda do pós-25 de Abril, até às primeiras obras de ‘graffiti’ a ‘stencils’ que foram influentes no movimento, até aos últimos artistas do movimento de Arte Urbana e arte contemporânea também, que trabalhavam na rua”, disse. Vhils irá “dar uma ajuda” na escolha das restantes peças da colecção permanente do museu, “mas vai haver um conselho directivo, constituído por quatro ou cinco pessoas, que vai tomar decisões em conjunto, para manter a in-

dependência do projecto e manter alguma coerência e distância do mercado da arte”. A Câmara de Cascais, de acordo com informação disponibilizada pelo município, irá adquirir “350 mil euros em obras de arte urbana e contemporânea, nacional e internacional, colecção que será o núcleo fundador do museu”. Relativamente às exposições temporárias, para 2018 estão previstas no MARCC uma exposição individual de Vhils, uma outra do argentino Felipe Pantone e uma mostra colectiva de carácter histórico. Além do espaço dentro de portas, está prevista a utilização do espaço à superfície. “Uma das nossas ambições é usar o espaço envolvente do museu” e “tentar trazer esculturas e artistas que trabalharam a parte da escultura no espaço público”.

A criação de um museu “que tentasse criar um espaço ao lado efémero de todo o movimento e todas as coisas que acontecem de expressão na rua” era uma ideia que Alexandre Farto “já tinha há muito tempo”. Além de um espaço de “mostra de artistas”, Vhils queria também que “fosse feita uma investigação e levantamento de artistas e do movimento, que vai de 1974 até hoje, e com isso tentar abarcar todas estas expressões artísticas legais e ilegais do espaço público e dar-lhes um espaço para ter exposições e dias abertos com eventos”, disse à Lusa, à margem da apresentação do MARCC. No fundo, “ter um espaço de união e discussão e reflexão sobre o movimento e sobre as práticas no espaço público”. Vhils considerou que um museu deste género “é importante, porque há falta de algum diálogo de instituições para com este movimento”. Vhils lembrou que “este movimento está num momento muito especial” e, por isso, “precisa de criar esse espaço, discussão e reflexões também sobre ele próprio, porque há uma série de questões que se têm levantado ultimamente em relação ao movimento, que é importante serem faladas”. Para o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, “quanto maior e melhor for esta comunidade criativa [presente no concelho], mais força tem o município em termos de desenvolvimento”. “Sabemos que pela Arte, nomeadamente pela Arte Urbana, conseguimos ter comunidades mais criativas, mais tolerantes, talentosas e isso promove algo fundamental que é promover cada vez mais coesão social e através dela conseguirmos potenciar para aquilo que torna Cascais mais atractivo para viver, trabalhar e investir”, disse, em declarações à Lusa. O MARCC, que integra o Bairro dos Museus de Cascais, será gerido pela Fundação D. Luís I. Ainda não foi escolhido o director do museu.

Festival da Arte Mural fica pelo caminho A edição deste ano do Muraliza - Festival da Arte Mural, em Cascais, chegou a ser anunciada para o mês de Setembro, mas acabou por não acontecer, tomando a forma de visitas guiadas às obras realizadas nas edições anteriores. Em Janeiro deste ano, a Câmara de Cascais anunciou que a 4.ª edição do Muraliza aconteceria de 25 de Setembro a 1 de Outubro. A iniciativa, entretanto inserida na programação do Festival Internacional de Cultura (FIC), acabou por tomar a forma de visitas guiadas às intervenções realizadas nas primeiras três edições. As visitas estavam agendadas para os dias 23 e 24 de Setembro e 30 de Setembro e 1 de Outubro. De acordo com o director do Futuro (entidade que gere a rede dos museus de Cascais), Marco Espinheira, em declarações à agência Lusa, “não fazia

sentido lançar em Setembro o Muraliza e, na Primavera, haver nova acção de arte urbana no concelho”, referindo-se ao Museu de Arte Urbana e Contemporânea de Cascais (MARCC), que deverá abrir em Abril ou Maio do próximo ano. Marco Espinheira garantiu que “haverá integração do Muraliza na estratégia do MARCC”, tendo o orçamento previsto para o festival deste ano sido transposto para 2018. No âmbito do Muraliza, festival produzido por Lara Seixo Rodrigues (do Wool – Festival de Arte Urbana da Covilhã e da associação Mistaker Maker) e que se realizou a primeira vez em 2014, as paredes de Cascais ganharam obras de artistas como o italiano Millo, o argentino Bosoletti e os portugueses Draw, Third, Samina, addfuel, Nomen, Mário Belém e Kruella D’Enfer.

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Biblioteca móvel promove leitura

Cascais tem a partir de agora uma Biblioteca Móvel, destinada a facilitar o acesso aos livros e à leitura em zonas públicas como praias e jardins. Apresentada ao público no passado sábado, na Praia da

Poça, a Biblioteca Móvel de Cascais presta homenagem ao escritor Branquinho da Fonseca, o pai da primeira biblioteca itinerante criada em Cascais, em 1953. “Manusear um livro é um acto salutar, faz bem à saú-

de, apesar de hoje dispormos de várias formas de ler um livro”, referiu Salvato Telles de Menezes, presidente da Fundação D. Luís I, responsável pelo renascimento deste serviço em colaboração com a Câmara Municipal de Cascais.

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ascais teve a sua primeira biblioteca itinerante em 1953, mercê de uma iniciativa inovadora do escritor Branquinho da Fonseca. Na altura, o sucesso foi de tal ordem que a Fundação Calouste Gulbenkian decidiu replicar o projecto como forma de promover a leitura nas zonas mais desfavorecidas. Passadas mais de seis décadas, a ideia volta a ganhar vida, desta vez por iniciativa da Fundação D. Luís I e da autarquia. Há aqui um elemento de tradição, o papel desempenhado por Branquinho da Fonseca, quando organizou a primeira biblioteca móvel em Cascais: “procuramos homenagear este escritor, e ao mesmo tempo voltar a conquistar as pessoas para a leitura. Para tal, procurámos encontrar nas bibliotecas de Cascais o apoio necessário para poder desencadear esta homenagem e pôr à disposição dos residentes do concelho um acervo de livros e outros recursos de informação nos mais diversos suportes”, acrescentou Salvato Telles de Menezes. A Biblioteca Móvel de Cascais é um projecto inovador, mas que tem um gosto daquilo que é a tradição.

“Estamos a homenagear o grande escritor Branquinho da Fonseca e pai da primeira biblioteca móvel de Cascais em 1953, ideia esta replicada pela Fundação Calouste Gulbenkian, em 1960”, disse João Miguel Henriques, responsável pelo Arquivo Municipal de Cascais. Mas para além disso é também um “instrumento de futuro, há neste momento uma rede de bibliotecas municipais que procuram todos os dias promover o gosto pelo livro e pela leitura. Por isso esta iniciativa nos parece tão relevante, numa altura em que, mais do que nunca, as bibliotecas têm registado um crescimento substancial do seu número de utilizadores e continuam a

ambicionar chegar a mais pessoas por todo o concelho de Cascais”, enfatizou João Henriques. A Biblioteca Móvel vai permitir o acesso ao livro e à leitura nas praias e outras zonas do concelho, em articulação com associações de cultura e recreio, centros de dia, lares de idosos e Estabelecimento Prisional de Tires. Estará a circular a partir de 14 de Outubro, com o seguinte horário: sábado-Parque da Quinta da Alagoa (10h00 às 13h00) e Parque do Outeiro de Polima (14h30 às 17h30); domingo, dia 15 nos Jardins do Casino do Estoril (11h00 às 14h00) e a partir de domingo 22 de Outubro no CascaisShopping (11h00 às 14h00).

Realizador Jim Sheridan em Cascais O realizador, produtor e encenador irlandês Jim Sheridan, ligado a filmes como ‘Em nome do pai’ e ‘O meu pé esquerdo’, participará num encontro em Cascais sobre guionismo, que começa esta quinta-feira, dia 12. A Quatro Mãos – Encontro de Escrita para Cinema e Televisão em Português decorrerá entre os dias 12 e 15, em vários espaços de Cascais, e propõe uma série de debates, oficinas e sessões de cinema em torno da escrita para os pequenos e grandes ecrãs. O mais recente nome a juntar-se ao programa é Jim Sheridan, autor irlandês que se destacou nos anos 1990 quando rodou ‘O meu pé

esquerdo’ (1989) e ‘Em nome do pai’ (1993), ambos protagonizados por Daniel Day-Lewis e nomeados para os Óscares. O primeiro valeu a Day-Lewis e a Branda Fricker o prémio de melhor interpretação. Mais recentemente Sheridan fez ‘Entre irmãos’ (2009) e ‘A casa dos sonhos’ (2011). A primeira edição do A Quatro Mãos – Encontro de Escrita para Cinema e Televisão em Português juntará argumentistas, realizadores e autores para debater guionismo, como adaptar um romance para televisão, transformar uma ideia numa curta-metragem ou escrever comédia. O encontro é uma iniciativa da Academia Portuguesa de Cinema e do guionista Rui Vi-

lhena e contará com vários convidados, entre os quais os realizadores Leonor Teles, Simão Cayatte, Sérgio Graciano e André Marques, o argumentista Pedro Marta Santos e o advogado João Laborinho Lúcio. Entre os convidados do Brasil estarão também o publicitário Edson Athayde, o argumentista João Emanuel Carneiro, autor da telenovela ‘Avenida Brasil’, o autor Jô Bilac e o produtor Paulo Morelli. A eles junta-se ainda o autor norte-americano James Bonnet, consultor de guionismo, que fará uma ‘masterclass’ sobre processo criativo na criação de guiões para ficção e não-ficção.

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Iniciativas

‘Maria no país do Facebook’

Maria Vieira explica que a ideia de publicar este livro, com “uma selecção dos textos” da página do facebook, surgiu da sugestão de amigos “pessoais e virtuais”. A actriz, que já conta com quatro livros de viagens, cuja autoria partilha com o marido, reflectiu sobre o assunto, mas garante que a ideia surgiu de forma natural quando uma amiga a contactou a propósito da publicação de uma outra obra literária: “Zita Seabra contactou-me no sentido de publicar um livro sobre um outro tema e eu fiz-lhe esta contra-proposta. Ela aceitou e avançámos com a ideia”. De acordo com Maria Vieira, o livro, de seis capítulos, “tem de tudo um pouco”, abordando várias temáticas, entre os quais os trabalhos que realizou, os colegas com quem se cruzou no seu percurso profissional e até parte da sua vida pessoal. Afirma sentir “orgulho de ter trabalhado sempre com os grandes”, lamentando, contudo, que os textos em que menciona, de forma elogiosa, os colegas de profissão não sejam noticiados. “Alguns meios

Actriz lança o seu quinto livro, onde pretende “desvendar toda a verdade”

de comunicação social deturpam as notícias, descontextualizando-as e acrescentando-lhes títulos polémicos como ‘Maria Vieira arrasa’ ou ‘Maria Vieira ataca’ e não é nada disso”. Segundo a autora, “a maior parte dessas notícias adulteradas” nem sequer estão na sua página do Facebook: “São comentários, e não publicações, feitos em páginas de amigos virtuais que vieram no seguimento de outras conversas”. Quando questionada sobre a razão de não exercer o direito de resposta, por sentir-se lesada nas notícias publicadas sobre si, a artista diz ter “a consciência tranquila”, não se preocupando com isso. Afirma ainda que os responsáveis por “lançarem essas calúnias são pessoas mentirosas, maldizentes, hipócritas e invejosas”. Maria Vieira acentua que, há “muito tempo”, se tenta afastar das pessoas que lhe são “tóxicas” e, de alguma maneira, prejudicam o seu bem-estar e forma de encarar a vida. Foi por esse motivo, esclarece, que se foi afastando “silenciosa, tranquila e educadamente”, até porque, se-

gundo a própria, ao “contrário do que possam pensar”, afirma-se como uma mulher não-conflituosa. Enaltece que se quer “aproximar das pessoas com carácter, bem formadas, amigas do seu amigo e honestas” e diz, com um sorriso, que ficou “com os bons amigos”, tendo até ganho “muitos outros”. “Nós vivemos numa democracia, ainda temos liberdade de expressão e eu tenho todo o direito de expressar as minhas opiniões, exercer o meu direito de cidadã. Lá por não concordarem com as minhas opiniões não há necessidade de quebrar laços”, acrescenta. “Este livro vem repor a verdade”, explica. “Agora as pessoas têm a oportunidade de verem exactamente aquilo que escrevo na minha página do Facebook”. A actriz declara estar muito feliz com o lançamento do livro e com esta nova fase e que, apesar de ter “a noção de que alguns textos possam ser polémicos”, não os escreveu com esse intuito. A apresentação do livro ‘Maria no País do Facebook’ teve lugar, recentemente, no bar ‘O Bom, O Mau e o Vilão’, em Lisboa.

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“A cozinha é um laboratório” ‘Chef’ Justa Nobre assinala 40 anos de carreira

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anos, não perdeu as suas raízes. A cozinha tradicional portuguesa é, obviamente, a eleita no seu menu, desde os tempos em que abriu o primeiro restaurante próprio na Rua de São Bento, com a Assembleia da República bem perto. O ‘Constituinte’ foi apreciado por parlamentares, mas acabou, por contratempos na aquisição do espaço, ser obrigado a fechar portas e Justa e José Nobre mudaram-se para a Ajuda, onde abriram, em 1990, o primeiro ‘Nobre’. Um sucesso que se expandiu por ocasião da EXPO 98. Quase 20 anos depois, em Setembro, regressaram àquele bairro lisboeta, ao n.º 107 da Calçada da Ajuda, com o restaurante ‘À Justa’.

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Em declarações ao JR, durante uma iniciativa promovida pela marca Vatel, Justa Nobre faz um balanço positivo deste “regresso ao bairro”. “É um restaurante pequeno, com 36 lugares, mas está a correr muito bem. Os meus clientes antigos, que tinham saudades da Ajuda, estão a regressar, assim como também estamos a ganhar muitos clientes novos”, realça a ‘chef ’, que encara a cozinha como “um laboratório”: “É na cozinha que fazemos os nossos testes. Vamos à horta ou ao supermercado, levamos produtos e confeccionamos pratos com esses produtos. No fundo, acaba por ser um laboratório, onde há a alquimia de juntar produtos com aromáticos”.

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Justa Nobre acentua que continua a haver lugar para novos pratos, “o céu é o limite”, sendo a base, no seu caso, a cozinha portuguesa. “Não há limite para a criatividade”, garante esta empresária da restauração, que também define a cozinha como “tempero e dedicação”. “Se não trabalhamos com amor, uns dias sai bem, outros dias sai mais ou menos. Mas, quando nos dedicamos e fazemos as coisas com amor, as coisas correm bem”, revela Justa Nobre, em jeito de segredo que imprime nos menus. Confecciona os seus pratos como se o fizesse para as pessoas que mais ama, que, além do marido, inclui o filho Filipe e os netos Mariana, Gabriel e Mónica.

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Uma das mais conceituadas ‘chefs’ nacionais está quase a assinalar 40 anos de carreira. Justa Nobre lançou mãos aos ingredientes em 1978, quando tinha 21 anos e foi convidada para liderar a cozinha do ‘Restaurante 33’, na Rua Alexandre Herculano, em Lisboa, tendo ao seu lado o marido, José. Foram oito anos que cimentaram a relação pessoal e profissional que os levou a novos desafios, durante estas quatro décadas, em que a ‘chef ’ ganhou prestígio e fama com a sua Sopa de Santola, a Perninha de Cabrito Assado ou a Perdiz à Transmontana. Justa Nobre nasceu em 1957 na aldeia de Vale de Prados, em Macedo de Cavaleiros, e, apesar de ter vindo muito nova para Lisboa, aos 14

Com dois restaurantes ‘Nobre’ no activo, no Casino Estoril e nas imediações da Praça de Touros do Campo Pequeno, o ‘À Justa’ acaba por ser um projecto ansiado há alguns anos, mas precisamente naquele local específico. “Não estava muito nos meus planos abrir um outro restaurante, a não ser um espaço na Ajuda”, realça a ‘chef ’, embora não atribua a este novo desafio o significado de ser um projecto a pensar na comemoração dos 40 anos de carreira. Confrontada com estas quatro décadas, considera que o sucesso tem sido “fruto de trabalho e sacrifício, não só meu, mas também da minha equipa, principalmente do meu marido, que anda comigo durante estes anos todos”. Questionada sobre os pratos que mais fazem crescer água na boca aos seus clientes, enuncia a Sopa de Santola – “nem que estejam 40 graus, ela sai sempre”, – ou a Perninha de Cabrito Assado e “muitos outros que fazem parte da minha cozinha e destes 40 anos”, como o Lombo de Robalo Selvagem, o Arroz de Marisco na Caçarola ou o Lombo de Bacalhau à Portuguesa. “Eu gosto de fazer cozinha portuguesa e, em particular, cozinha transmontana, para não perder as minhas raízes, porque isso faz parte de mim, da minha maneira de ser”, salienta. Peixe ou carne? “Peixe e carne branca”, responde, sem hesitações, ao mesmo tempo que considera que os portugueses estão mais sensibilizados para uma alimentação saudável. “A cozinha portuguesa, antigamente, tinha um pouco de sal e gordura a mais, mas, quando há equilíbrio entre gordura e sal, é fantástica”, acentua. Aos 60 anos, Justa Nobre não fecha a porta a presenças pontuais na televisão, embora seja difícil uma presença mais assídua, como aconteceu quando foi jurada de MasterChef Portugal (em 2011), e já escreveu dois livros, onde partilha a totalidade das suas receitas, para além de colaborar em publicações de culinária de instituições.

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‘Filho da Treta’

Diários gráficos de Rui Paiva

Rui Paiva vai revelar os diários realizados nas suas mais diversas viagens. Desta vez, será a vez de expor os diários das viagens feitas em 2015 ao Oriente, Macau e Hong Kong e à Tailândia, nos anos 80. Com diferentes traços,

cores e tons, os diários gráficos permitem ao visitante percorrer os locais visitados pelo pintor. Casa de Santa Maria (Cascais), de 15 de Setembro até 15 de Novembro. Bilhetes a três euros.

União dos contrastes em Oeiras É esta semana que Sintra recebe a peça que dá seguimento à famosa ‘Conversa da Treta’, protagonizada pelo saudoso António Feio e por José Pedro Gomes. Desta feita, com o passar do tempo e o evoluir da tecnologia “tudo se transforma”, fazendo renascer um novo “código genético da Treta”. Numa constante luta entre duas gerações, vão ser discutidos temas como: as tascas gourmet, os refugiados, os paus de

selfie, entre “outras pragas que assolam o mundo moderno deste saudoso bairro em vias de extinção”. Zezé (José Pedro Gomes) prossegue a sua luta contra o bom-senso, a solidariedade, o trabalho e outros conceitos, agora na companhia de Júnior (António Machado). Centro Cultural Olga Cadaval (Sintra), dia 13 de Outubro, às 22h00. Bilhetes a partir de 12 euros.

As aguarelas são as personagens principais desta exposição de Neves e Sousa. O pintor mostra, através dos seus quadros, a terra e as gentes de África, ilustrando através de cores

fortes a magia do continente africano. Galeria Municipal Verney (Oeiras), a partir de 14 de Outubro. Entrada gratuita.

Encontro de Fado na Amadora Maria Emília (dia 12), Joana Amendoeira (13) e Fábia Rebordão (14) são as fadistas que dão voz ao 6.º Encontro de Fado da Amadora, que reúne vozes de jovens promessas e intérpretes de carreira consolidada, num evento que quer promover o gosto por este género musical. Recreios da Amadora, de 12 a 14 de Outubro, às 21h30. Bilhetes a 5 euros.

Regaleira recebe Feiticeiro de Oz O grupo bYfurcação teatro leva a cena a história de ‘O Feiticeiro de Oz’, numa adaptação de Paulo Cintrão da obra do autor norte-americano L. Frank Baum. Quando o Kansas é atingido por um ciclone, Dorothy e o seu cão são levados pelos ares, até um mundo novo. Figuras como o homem de lata, o espantalho e até o cão medroso juntam-

-se numa viagem em busca do feiticeiro de Oz. Oficina de Artes da Quinta da Regaleira (Sintra), sábados às 16h00 e domingos às 11h00, até 17 de Dezembro.

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marcas e empresas

McNamara e Nelson Évora na nova loja da Mercedes

Depois da 1.ª Concept Store, no Centro Comercial Oeiras Parque, em Abril de 2013, a Mercedes-Benz decidiu, um ano mais tarde, inaugurar um novo espaço no CascaiShopping. Agora, passados três anos, a marca remodelou totalmente a original loja, localizada no piso 0 do CascaiShopping. Nesta espaço é possível conhecer os últimos modelos ou mesmo efectuar um teste drive na hora. Todos os visitantes poderão configurar digitalmente um novo Mercedes-Benz e iniciar o processo de encomenda de

imediato. Ecrãs interactivos, conteúdos inovadores e um infindável grupo de actividades lúdicas fazem parte desta estratégia de aproximação ao cliente. No novo espaço, gerido em parceria com o concessionário C. Santos V.P., todos os meses haverá um tema diferente para ser abordado por vários convidados. O surf e as ondas gigantes na Nazaré, onde a Mercedes-Benz é a única marca presente o ano inteiro com uma estrutura de apoio aos atletas internacionais e locais, serviu de mote para

“Há um ambiente fantástico e entusiasmante no ELC... obrigada pelo grande profissionalismo e amizade. As aulas são sempre tão estimulantes!”

“There’s such a fantastic and enthusiastic atmosphere at ELC... thank you for the great professionalism and friendliness; lessons are always so stimulating!”

a inauguração, que contou com Garrett McNamara, embaixador internacional da Mercedes-Benz e detentor do recorde mundial da maior onda já surfada, e Nelson Évora, embaixador do C. Santos VP desde 2016, medalha de ouro no Triplo Salto nos Europeus de pista coberta, em Belgrado com 17,20 metros e medalha de Ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008. Os dois atletas partilharam as suas emoções como representantes da marca e dos desafios como atletas de alta competição.

CURSOS DE INGLÊS PORTUGUESE FOR FOREIGNERS

Cascais acolhe primeira escola de programação para crianças

Chegou a Cascais a primeira escola de tecnologia para crianças e jovens dos 7 aos 17 anos. As actividades desenvolvidas na Happy Code permitem a criação de jogos e o desenvolvimento de apps de uma forma lúdica, em que competências como raciocínio lógico, criatividade, resolução de problemas e planeamento são desenvolvidas, melhorando o desempenho escolar.

Este método desenvolve competências fundamentais, como o raciocínio lógico e resolução de problemas. Estimula a criatividade e o pensamento critico e melhora o desempenho escolar em disciplinas essenciais, como ciências, matemática e inglês. A Comissão Europeia prevê que até 2020 sejam mais de 900 mil as ofertas de emprego na área da tecnologia informática, em toda a Eu-

Informações: cascais@happycode.pt Avenida Wenceslau Balseiro Guerra, n.º150 C 2775-313 Parede

Cursos para Crianças, Jovens Adultos e Profissionais Aberto de segunda a sábado, no centro de Cascais

Preparação para Exames de Cambridge (First, Advanced, Proficiency), IELTS / TOEFL S143-7-2110

ropa, e em Portugal o número de profissionais necessários poderá chegar aos 15 mil. A programação e ciência computacional é essencial para entender o mundo de hoje, em que smartphones, tablets e computadores são muito utilizados. Tal como a matemática ou o inglês, a programação está a tornar-se rapidamente numa das competências fundamentais deste século. Na Happy Code estão disponíveis cursos regulares de Jogos e APPS (Período Escolar), em módulos para alunos dos 6 aos 9 anos, dos 10 aos 14 e a partir dos 15. Há também cursos de curta duração (Férias Escolares): Youtuber (8 - 17 anos) e Minecraft Modding I (6 - 17 anos)

Aulas de grupo e individuais

Contacto: Caroline Darling Rua da Palmeira 5, 1.º 2750-459 Cascais TLM: 916 060 170 Tel.: 214 830 716 elc@elc-cascais.com

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desporto

Maratona de Lisboa atrai mais de 3.500 estrangeiros a Cascais com animação ao longo da Marginal Cascais volta a receber a partida da Rock’n’Roll Maratona de Lisboa 2017, evento já na sua 5.ª edição e que integra um conjunto de provas levadas a cabo pelo Maratona Clube de Portugal ao longo de todo o fim-de-semana. Para além da Rock’n’Roll Maratona de Lisboa EDP, têm também lugar a Meia Maratona Santander Totta RTP, a Mini Maratona EDP, a CTT Wheelchair Racing, o Passeio Mimosa Avós e Netos e a prova Mini Campeões EDP. Com partida do Hipódromo Manuel Possolo, em Cascais, pelas 8h30, a Rock’n’Roll Maratona de Lisboa percorre a Baía e a Marginal e este ano mostra também o cenário da Estrada do Guin-

Rally de Portugal Histórico faz reviver as grandes noites da serra de Sintra

A zona da Malveira da Serra reviveu as grandes noites do mundial de ralis, ao receber a derradeira etapa do Rally de Portugal Históricos, disputado entre 3 e 7 de Outubro. Milhares de pessoas concentraram-se no cruzamento da Estrada da Lagoa Azul para aplaudir pilotos e máquinas de outros tempos.

“Quem não se lembra dos Ford Escort RS 2000 ou dos Porsche 911 que faziam as delícias dos adeptos da modalidade na chamada Noite de Sintra”, evocava João Castro, entusiasta de desportos motorizados residente no Estoril. “Estes vêm mais devagar, mas o que interessa é o espírito e o convívio que aqui

se gera”, explicava outro adepto da modalidade, José Domingues, vindo de Sintra. Yves Deflandre e Joseph Lambert garantiram a segunda vitória consecutiva neste Rally de Portugal Histórico, mas o que chegou a parecer um triunfo fácil, foi tudo menos isso, com a noite de Sintra a exigir trabalho extra à dupla vencedora. Os homens do Porsche 911 de 1972 começaram a prova do Automóvel Club de Portugal de forma tranquila, chegando à Figueira da Foz na terceira posição, mas a partir daí entraram ao ataque. Duas especiais após o início da 2.ª Etapa e Deflandre tornava-se no terceiro líder da prova, depois de Dirk van Rompuy (Opel Ascona de 1979) e do já Campeão Nacional de Ralis de Regularidade de 2017, Paulo Marques e João Martins (BMW 1600-2 de 1969). Apesar da forte concorrência, a dupla holandesa garantiu o triunfo na chegada aos jardins do Casino Estoril, onde terminou a prova, já na madrugada de sábado.

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cho. Com bandas rock em vários pontos estratégicos de um cenário único, a prova de 42,2 km conta com mais de 6.000 atletas inscritos, muitos dos quais (cerca de 3.500) oriundos de vários pontos do Globo. O percurso vai ligar municípios de Cascais, Oeiras e Lisboa, terminando em ambiente de festa no Terreiro do Paço. Garantidas estão já as presenças do queniano Alfred Kering e do etíope Seboka Dibaba Tola, um dos favoritos à vitória, e que no domingo terão a companhia do vencedor deste ano da maratona de Milão (Itália), o queniano Edwin Kipngetich Koech, e do vencedor da maratona de Estocolmo (Suécia), o etíope Abrha Asefa.

No lado feminino, destaque para a portuguesa Doroteia Peixoto, que este ano já triunfou na maratona de Dusseldorf, na Alemanha, e de Koren Jelila Yal, da Etiópia, que tentará superar o recorde de 2:24.13 horas alcançado no ano passado pela queniana Sarah Chepchirchir. Em paralelo, pelas 10h30, disputa-se a 18.ª edição da Rock ‘n’ Roll Meia Maratona Santander Totta RTP, com partida no tabuleiro da Ponte Vasco da Gama e meta na Praça do Comércio, em Lisboa. Haverá em simultâneo uma partida junto à Torre da GALP, só para atletas de alta competição ‘elite’ ou tempo mínimo exigido pela organização – inferior a 1h05m (escalões masculinos) ou a 1h20m (escalões femininos).

Vitória havaiana no Guincho O havaiano Ezekiel Lau venceu a etapa de Cascais do circuito mundial de qualificação de surf, ao vencer o brasileiro Ítalo Ferreira na praia do Guincho. Depois de ter vencido o português Frederico Morais nas meias-finais, Ezekiel Lau, 25.º do circuito mundial, superiorizou-se a Ítalo Ferreira, que está dois lugares acima. Numa final em que os dois atletas surfaram muitas ondas, Lau conseguiu um

total de 12,90 pontos (6,67 e 6,23) contra 12,10 (5,83 e 6,27) de Ferreira. Frederico Morais depositava grandes esperanças numa vitória em Cascais, mas quedou-se pelas meias-finais ao perder com Ezekiel Lau. O havaiano esteve sempre à frente do português, 11.º, na segunda bateria das meias-finais, e acabou por vencer claramente, com 15,27 pontos (7,50 e 7,77) contra 12,13 (5,90 e 6,23) de ‘Kikas’.

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motores

Combinação perfeita A gama Ioniq está agora completa com o lançamento das versões Hybrid Plug-in e Electric (100%), que sucedem à versão híbrida já em comercialização desde o início do ano.

Entre o híbrido e o eléctrico, o Hyundai Ioniq Plug-in Hybrid parece ser a escolha acertada para quem pretende um carro amigo do ambiente dotado de autonomia para viagens mais longas sem a preocupação de encontrar um ponto de carga eléctrica. O conjunto formado por motor atmosférico a gasolina de 1.6 litros (105 cv), associado a unidade eléctrica de 61 cv alimentada por bateria de polímero de iões de lítio com autonomia para cerca de 50 quilómetros, garante esta como melhor solução para, num carro só, dispormos de uma opção muito

económica nas deslocações de casa para o trabalho, aliada à possibilidade de viajarmos até ao fim do mundo recorrendo ao combustível convencional. Fizemos a experiência e o balanço foi francamente positivo. Durante a semana, utilizámos o Ioniq disponibilizado pela Hyundai para as viagens rotineiras casa-escola-trabalho e vice-versa e ainda para algumas deslocações em serviço, sempre sem gastar uma gota de gasolina. Ao fim do dia, o carregamento foi feito numa ficha doméstica e após 4 horas estava reposta a capacidade máxima da bateria e a disponibilidade para mais 50 km. Num

Saiba mais sobre este modelo em www.jornaldaregião.pt

dos carregamentos, utilizámos um posto público e sem gastar um cêntimo (benesse que termina em 2018), repusemos a autonomia eléctrica do Ioniq em apenas duas horas. Precisamente o tempo de um descontraído jantar junto à Baía de Cascais. Quando esgotada a autonomia eléctrica, o Ioniq funciona como um híbrido, aproveitando travagens e desacelerações

Novo Hyundai Ioniq Plug-in junta poupança e autonomia para ganhar alguma carga capaz de tornar o motor eléctrico num auxiliar do propulsor atmosférico, contribuindo para a redução do consumo de gasolina. Daí, a média global registada em cerca de 500 km, metade dos quais feitos em modo totalmente eléctrico: 2,7 l/100 km. A juntar a tudo isto, o equipamento de sé-

rie bastante completo (com todos os sistemas de segurança e ajuda à condução), o espaço interior, o conforto e a garantia de 5 anos (8 anos/200.000 km para a bateria) são atributos a ter em conta e que justificam o preço de 39.500€. Paulo Parracho

Hyundai Ioniq Plug-in Motor..............Gasolina, 4 cilindros, 1580cc + Eléctrico Potência......................................141 cv (motor +eléctrico) Binário máximo ................................... 147 Nm/4000 rpm Velocidade máxima .............................................. 178 km/h Consumo/emissões ..................... 1,1l/100 km, 32 g/km Preço ...............................................................................39.500 €

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No dia 29 de Setembro, celebrou-se o Dia Mundial do Coração e a Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC) organizou uma conferência para a qual convidou a actriz Cláudia Vieira e o judoca Nuno Delgado e que contou ainda com a atleta Ercília Machado.

‘Partilha a Tua Energia’ é o lema do Dia Mundial do Coração deste ano e foi o mote para uma conferência onde se debateu a necessidade de adoptar novos estilos de vida com vista a diminuir a incidência de doenças cardio-vasculares, uma das principais causas de morte em Portugal.

Apesar de nos últimos anos o número de óbitos por ocorrência de Acidentes Vasculares-Cerebrais (AVC) ter diminuído significativamente, os enfartes do miocárdio têm registado um ligeiro aumento nos homens, resultando num maior número de insufi-

Cláudia Vieira e Nuno Delgado participaram em evento da Fundação Portuguesa de Cardiologia cientes cardíacos. Ainda assim, foi realçado, durante o evento, a necessidade de prevenção, uma vez que nem todas as doenças cardíacas têm sintomas ou apresentam historial clínico. Com vista a incentivar as pessoas a mudarem o seu estilo de vida, a FPC convidou a actriz e apresentadora Cláudia Vieira, o judoca Nuno Delgado a darem o seu testemunho, partilhando os seus hábitos diários, alimentares, desportivos e a forma como encaram a vida para promover o bem-estar entre corpo e mente. Cláudia Vieira conta que, como foi “criada numa quinta”, sempre foi habituada, desde muito cedo, a comer legumes e fruta, algo que considera essencial na base da alimentação. “Como um pouco de tudo, desde fruta a salgados. Também ponho sal na comida. Mas faço tudo de forma muito comedida. Acho que essa é uma boa base, porque há equilíbrio”, explica. Desde os cinco anos que pratica exercício físico, o que a fez adquirir o hábito de treinar regular-

mente. A actriz revela que faz desporto por ter “necessidade de ter a energia certa”, de se sentir bem consigo e de se cuidar. “Quando deixo de fazer, a minha capacidade de trabalho é inferior, a minha força e alegria são diferentes”, conta. Contudo, existem também outras formas de cuidar do coração, como “ter contacto com a natureza; fazer, de vez em quando, uma caminhada no meio do pinhal; ter animais de estimação, porque nos obrigam a ir brincar e ter contacto com o meio ambiente; ir a uma praia de manhã bem cedo ou ao final da tarde”. São estas pequenas coisas que, garante a actriz, fazem a “diferença na qualidade de vida, no cuidado que temos connosco e no coração que temos”. Nuno Delgado, antigo judoca de Alta Competição, falou da sua modalidade. “Gostaria de vos transmitir alguns dos princípios da minha modalidade que nos ensinam duas coisas: primeiro, que toda a gente vai ter que cair na vida. É normal. Faz parte do nosso crescimen-

to. Essas quedas vão-nos permitir levantar mais fortes e só perdemos mesmo quando desistimos”, diz. Ainda assim, o atleta salienta que “não podemos desistir de nós, porque estar com outras pessoas que valorizamos e estar bem com o nosso corpo” é muito importante. “O nosso corpo somos nós próprios”, afirma. “Se todos os dias quando acordar pensar que sou um campeão e que tenho valor, vou-me valorizar e dar um passo de cada vez, nem que seja começar com uma flexão, mas tenho que a fazer todos os dias”, encorajou o antigo judoca, numa mensagem partilhada pela atleta Ercília Machado. O evento teve lugar no Museu Nacional do Desporto, em Lisboa, e contou com a presença dos presidentes da Fundação Portuguesa de Cardiologia, Manuel Oliveira Carrageta, e do Instituto Português do Desporto e Juventude, Augusto Baganha, para além de Luís Negrão, assessor médico da FPC e responsável pela campanha do Dia Mundial do Coração.

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Coração, o nosso bem mais precioso

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BREVES INCENDIÁRIO DETIDO EM CARCAVELOS Um homem foi detido em Carcavelos por suspeitas da prática de um crime de incêndio florestal, tendo ficado sujeito à medida de coação de prisão preventiva. “Verificada a existência de um foco de incêndio, numa zona de pinhal existente junto da Estação da CP de Carcavelos, os polícias de imediato se deslocaram para o local e, em acto contínuo, accionaram os bombeiros, que momentos depois ali compareceram. Numa zona de difícil acesso, próxima do local onde se iniciou o incêndio, foi interceptado o suspeito, bastante tranquilo a contemplar as chamas, tirando fotografias (selfies), com o seu telemóvel”, refere a PSP. A polícia acrescenta que o suspeito, de 40 anos, “confessou a autoria do ilícito” quando foi detido, ao final da tarde de sábado (dia 30), tendo na sua posse o isqueiro, com o qual terá ateado o fogo e o seu telemóvel.

Votos ainda dão polémica Oposição suspeita de fraude eleitoral e quer repetição das eleições Os partidos da oposição à coligação PSD/CDS-PP em Cascais apresentaram um recurso conjunto no Tribunal Constitucional por terem detectado “graves indícios de fraude” no processo eleitoral do passado dia 1 de Outubro. Num comunicado conjunto, PS, CDU, PCP/ PEV, Bloco de Esquerda e o movimento independente “Também és Cascais” esclarecem que “o recurso apresentado baseia-se nas irregularidades cometidas em inúmeras mesas de voto na freguesia de Alcabideche e na freguesia de Carcavelos-Parede e nos dados

constantes dos editais afixados nos Paços do Concelho na sequência da Assembleia de Apuramento Geral”. As forças políticas afirmam que há uma divergência de 226 votantes entre a Assembleia Municipal e a Câmara Municipal. “Esta divergência no número de votantes não tem comparação com os dados de nenhum concelho do país, nestas eleições ou em eleições anteriores, mesmo em concelhos com um número de votantes muito superior, como é o caso de Lisboa”, lê-se. A mesma nota indica que os dados da CNE

mostram que “não houve praticamente divergência no número de votantes para a Assembleia Municipal e para a Câmara Municipal nas freguesias de Cascais e Estoril e de S. Domingos de Rana”. “As grandes divergências nesse número ocorreram nas freguesias de Alcabideche e de Carcavelos-Parede, onde tinham já sido assinaladas diversas irregularidades durante o escrutínio e até o aparecimento (e eventual contabilização) de uma urna que ficou esquecida numa sala de uma das escolas secundárias

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de Alcabideche onde esteve instalada uma das mesas eleitorais”, acusam. Para os partidos, a divergência no número de votantes “não deixa dúvidas sobre a ocorrência de fraude ou outro ilícito eleitoral”. Os resultados da Assembleia de Apuramento Geral levaram à perda de um deputado da coligação “Também És Cascais” e à eleição, em seu lugar, de mais um deputado municipal pelo partido PAN - Pessoas-Animais-Natureza. “Aguarda-se agora a decisão do recurso interposto para

o Tribunal Constitucional, sendo possível que o mesmo venha a determinar a repetição das eleições no concelho de Cascais atentos os graves indícios carreados para o processo e a necessidade de garantir a legalidade e a transparência do processo eleitoral, de modo a que não fiquem a pairar suspeitas ou dúvidas quanto aos votos e ao processo de votação”, conclui. A Lusa contactou a coligação PSD/CDS-PP, eleita nas últimas eleições, que disse não ter quaisquer comentários a fazer.

Desde 1978 a pensar o futuro

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