Edição de Oeiras 85 do Jornal da Região

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JORNAL DA REGIÃO Director: Paulo Parracho • 22 a 28 de Junho de 2016 Série IV • Edição N.º 85 • Ano XXI • DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

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QUINTA REAL DE CAXIAS COM OLHOS POSTOS NO FUTURO

Tel.: 215957170 |912591191 oeiras@forumvisao.pt

A recuperação da Quinta Real de Caxias tem-se pautado por avanços e recuos: se, por um lado, o historiador Carlos Beloto está a terminar a recuperação da última das 24 estátuas de Machado de Castro, por outro, os jardins estão em mau estado e o acesso à cascata vedado. Entretanto, por iniciativa daquele responsável, está em curso a criação de uma associação para promover a dinamização da Quinta, a qual deverá lançar, já em Setembro, uma série de ‘workshops’ abertos à população. Para meados do próximo ano está aprazada a inauguração da cascata, já com as estátuas nos seus sítios e os jardins em melhor estado.

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Presidente da República homenageia Algés e Dafundo

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OEIRAS ACOLHE CONSÓRCIO DE INOVAÇÃO E INVESTIGAÇÃO

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JORNAL DA REGIÃO

“É altura de dar vida a tudo isto” Quinta Real de Caxias motiva proposta de criação de associação de dinamização A Quinta Real de Caxias deverá ter, em breve, uma associação para promover a sua recuperação e dinamização. A proposta foi feita à Câmara pelo historiador Carlos Beloto e obteve, para já informalmente, luz verde. Para o início de Julho está aprazada uma primeira reunião de sócios-fundadores, entre os quais figuram arquitectos e especialistas em património. Em Setembro deverão começar vários ‘workshops’ abertos à população. Se tudo correr bem, em meados de 2017, ou pouco depois, acontecerá uma grande festa de inauguração do conjunto patrimonial da Quinta Real de Caxias, coincidindo com os 300 anos passados sobre o nascimento de D. Pedro III, que viria a ser o impulsionador deste espaço. A ocasião será marcada por um grandioso espectáculo, ao qual poderão assistir cerca de 700 pessoas, dispostas ao longo das galerias da monumental cascata e áreas adjacentes.

Um cenário que, todavia, não deixa de parecer muito distante para quem visita a Quinta, hoje em dia. Na verdade, a zona da cascata, incluindo o acesso à sua parte posterior (que permite ter uma vista panorâmica dos jardins e é um dos maiores atractivos para as visitas), está vedada com cordas num largo perímetro, isto desde há vários meses. No local, placas da Câmara explicam que “de forma a preservar as palmeiras centenárias foi necessário criar uma área de segurança”. A medida refere-se a duas palmeiras de grande altura que se situam à entrada da área da cascata. O professor Carlos Beloto, que tem estado a trabalhar na recuperação das estátuas de Machado de Castro, não esconde que esta situação é muito pouco conveniente numa altura em que o objectivo é, precisamente, trazer mais pessoas e dar maior dinamismo à Quinta Real de Caxias. Por outro lado, esta preocupação dos serviços dos Espaços Verdes da autarquia com duas

palmeiras – uma delas, segundo diz o historiador, está doente e sem hipótese de recuperação – contrasta com o estado em que se encontra o buxo dos jardins, visivelmente seco em várias zonas. “Há urtigas, heras, uma imensa praga de míldio…”, lamenta Carlos Beloto, olhando à sua volta, não evitando alguns desabafos quanto ao estado a que chegou a área verde do jardim, construído à imagem do esplendor do estilo original de Versailles, em França. Até porque o trabalho de recuperação das 24 estátuas de Machado de Castro está pronto. Além das imagens originais, está feita, também, a duplicação das mesmas. Mas todo este trabalho – que o especialista vem desenvolvendo desde 2007, a par de outros serviços em favor da Quinta que entretanto abraçou, incluindo levantamentos documentais e de património – está em contra-ciclo com a evolução negativa que os jardins vêm sofrendo. “E estas coisas levam o seu tempo a corrigir…”, preocupa-se Carlos Beloto, adiantando que tudo o resto está a correr dentro dos prazos, incluindo a reparação do sistema hidráulico que põe água a jorrar na monumental cascata.

Espectáculos na Cascata Real Entretanto, segundo apurou o JR, após reunião recente daquele responsável com o presidente da Câmara, Paulo Vistas, o problema dos jardins estará em vias de resolução, tendo havido

abertura, também, para a criação da referida Associação para a Recuperação e Desenvolvimento da Quinta Real de Caxias (designação provisória) e de um conjunto de iniciativas que esta novel entidade deverá lançar já em Setembro. Entre essas acções de dinamização destaca-se a realização de ‘workshops’ relacionados com o património da quinta, mas também ligados a actividades no mar, além da execução de uma maqueta de grande dimensão abarcando a Quinta Real de Caxias, o Bugio, o Forte de São Bruno e a Igreja da Cartuxa, que são os eixos de um percurso que se pretende valorizar, no futuro, em termos culturais e turísticos. No âmbito deste eixo, prevê-se, aliás, a instalação de um centro de interpretação no Forte de São Bruno, de onde partirão barcos para visitas ao Bugio, enquanto na Quinta Real recuperada haverá múltiplos espaços de usufruto pela população, desde um centro multimédia para realizar viagens virtuais a outras épocas até uma biblioteca, além da área junto à cascata que se

Alertas avisam para degradação de edifícios e jardins A degradação dos edifícios da Quinta Real de Caxias, nomeadamente do Paço Real, tem sido alvo de vários pedidos de informação e recomendações nos últimos meses, seja na Assembleia de Freguesia, na Assembleia Municipal de Oeiras ou no próprio Parlamento (onde, em Janeiro, “Os Verdes” questionaram o Ministério da Defesa, proprietário da quinta e terrenos adjacentes). Em Maio, a Comissão Municipal Permanente de Ambiente e Ordenamento do Território, após visita ao local, deu conta de um “avançado estado de degradação dos edifícios do século XVIII”, tendo

merecido “particular preocupação a vandalização do património, designadamente os painéis de azulejos das fachadas que se encontram arrancados ou partidos, bem como o interior dos edifícios, bastante destruído e com lixo acumulado”. Além disso, portas e janelas permanecem abertas, “o que poderá agravar a sua vandalização”. Foi constatado, igualmente, que os jardins, recuperados pela Câmara de Oeiras com base num protocolo celebrado com o Ministério da Defesa em 1986 (entretanto terminado), “presentemente revelam um aspecto pouco cuidado”.

Perante estas ameaças sobre “uma das quintas de recreio de referência em Portugal”, a comissão recomendou à Câmara: “envidar esforços junto do Ministério da Defesa e da Justiça de forma a não permitir a continuada exposição ao vandalismo e à degradação”, procedendo-se à “implementação de um sistema de segurança”; “envidar esforços para que a Quinta Real de Caxias passe para a posse do Município de Oeiras, a fim de ser recuperada para usufruto da população”; e “melhorar a manutenção do Jardim do Paço Real de Caxias, particularmente a limpeza e corte de buxos”.

pretende possa vir ser usada regularmente como cenário de espectáculos (equestres, bailado, teatro…). Seria uma nova página na história de uma área que, entre usos militares, abandonos e recuperações, raramente esteve acessível ao público em geral. Um mundo de hipóteses que, por ora, ainda contrasta com o que se vê e com o que, infelizmente, já não se pode ver e que tem motivado sucessivos alertas para a necessidade de impedir a vandalização do conjunto, nomeadamente no edifício do Paço Real.

Carlos Beloto, porém, considera que o essencial está acautelado e que, limadas algumas arestas, o projecto global para a valorização da Quinta Real de Caxias está no bom caminho para ser concretizado, dispensando mesmo grandes obras ou despesas. “O património não é só para ser recuperado, é para ser vivido. É altura de dar vida a tudo isto”, diz o historiador, que tem estado estreitamente ligado àquele espaço desde 2007. Jorge A. Ferreira


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Fábrica da Pólvora concentra Festas de Barcarena

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Festejos vão decorrer entre 24 e 26 de Junho

Este fim-de-semana, a Fábrica da Pólvora é um destino de animação incontornável, com entrada gratuita e uma grande variedade de entretenimento ao longo de três dias. Mercado seiscentista, tasquinhas, feira de artesanato e do livro usado, jogos infantis e insufláveis, actividades culturais e desportivas, espectáculos musicais, sem esquecer, a possibilidade de desfrutar de uma sardinhada no arraial da freguesia e, ainda, um espectáculo piromusical para encerrar em beleza as festividades… Muita e boa animação espera barcarenses e forasteiros, na Fábrica da Pólvora, desde sexta-feira a domingo, no âmbito das festas da freguesia. A abertura do evento, apoiado pela Câmara de Oeiras,

está marcada para as 18h00, iniciando-se o mercado histórico, no Pátio das Oliveiras, onde se poderão apreciar artes e ofícios da época seiscentista. Simultaneamente, abrem, também, a feira de artesanato (no Pátio das Oliveiras) e as tasquinhas, localizadas no Pátio do Lago.

Embora a Fábrica da Pólvora seja o epicentro dos festejos, há iniciativas que decorrem noutros espaços. Um deles é a Piscina Municipal de Barcarena que, nos três dias de festa, será palco de várias sessões de natação (incluindo para bebés) e hidroginástica (incluindo uma proposta di-

ferente, designada hidro rock session, que mistura ginástica e a prestação de dj’s). Ainda no primeiro dia das celebrações, mas à noite, o maior destaque vai para diversas propostas musicais, entre as quais um concerto de música cubana, fados e uma festa “pop-rock”. Já no sábado, o dia começa com rastreios de saúde, aulas de fitness e de zumba, jogos tradicionais para crianças, mas o programa inclui, ainda, visitas-guiadas ao Museu e Fábrica da Pólvora, demonstrações de diversas modalidades praticadas em

diferentes clubes e colectividades da freguesia, a final de um torneio de futsal para os mais jovens (no campo do clube “Os Fixes”) ou a actuação da fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Barcarena. À noite, as propostas passam pela música de Hugo Claro, ‘stand up comedy’ por Vítor Antunes, o diálogo musical entre fado e flamenco (com Alejandra Gutkin) ou, ainda, uma ‘performance’ dos artistas do Custom Circus (Nirvana Studios). Para o último dia, além da continuação de diversos even-

tos culturais e desportivos, destaca-se a realização de um arraial, no Pátio das Oliveiras, organizado pela Junta de Freguesia, a partir das 18h30, em que haverá sardinhas gratuitas oferecidas pela Câmara Municipal (oferta limitada ao stock existente). Actuações de cante alentejano ou da Banda da Fábrica da Pólvora de Barcarena completam o cardápio das festas da mais antiga freguesia do concelho, que encerram com um espectáculo piromusical a ter lugar no Pátio do Enxugo, a partir das 22h30.

Arraiais chamam à rua em Carnaxide e Queijas A Rota dos Arraiais, em Carnaxide e Queijas, passa por três locais diferentes, no próximo sábado (dia 25), procurando responder à dimensão geográfica da união de freguesias e à necessidade de dinamizar a participação das diferentes associações existentes. Assim, no centro de Carnaxide, mais concretamente no Bairro Luta pela Casa (junto à Escola Vieira da

Silva), a partir das 19h00, realiza-se um arraial, em parceria com a associação de moradores local, onde não faltarão as habituais barraquinhas ou sequer um baile graças à actuação da Banda Jamor. Ainda em Carnaxide e à mesma hora, mas no bairro da Outurela, começa o arraial em colaboração com a Associação de Moradores do Bairro 18 de Maio, em cuja sede (Rua

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Quando as nossas mães o ajudam em casa, a sua casa ajuda as nossas mães

Cravos de Abril) decorrerá a animação popular, neste caso com recurso a música ambiente e aos habituais comes e bebes. Por seu turno, Queijas terá a sua festa, também a partir das 19h00, no jardim do mercado local, em parceria com o agrupamento de Escuteiros de Queijas 774. No entanto, ainda antes, logo a partir das 15h00, desenrolar-se-á uma feira saloia com

passeios a cavalo, animais de quinta, artesanato e jogos tradicionais. À noite, pelas 20h00, a animação ficará a cargo do grupo Bucelband. Refira-se que os arraiais em causa, organizados pela União de Freguesias em parceria com as associações locais, beneficiam de uma sardinhada gratuita, oferecida pela Câmara de Oeiras (mas limitada ao stock existente).

CARTÓRIO NOTARIAL DE ODIVELAS DE CATARINA SILVA PUBLICAÇÃO Catarina Sofia Martins da Costa Silva, Notária com Cartório sito na Rua Alfredo Roque Gameiro, 20 A, em Odivelas, faz saber que no dia nove de junho de dois mil e dezasseis, no referido Cartório Notarial, foi celebrada escritura pública de Justificação, lavrada a folhas 33 e seguintes do Livro 285-A: JUSTIFICANTE: sociedade comercial por quotas com a firma “JOSÉ PINTO ALVES, LDA.”, NIPC 503423386, com sede na referida morada, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Odivelas sob o referido número, com o capital social de quarenta e nove mil oitocentos e setenta e nove euros e setenta e oito cêntimos, é dona e legítima possuidora, do seguinte bem imóvel: PRÉDIO: Prédio rústico, com a área de quarenta e um mil metros quadrados, composto por cultura arvense de sequeiro e mato, sito em Pai das Manhas e Fonte da Telha, freguesia de Porto Salvo, concelho de Oeiras, confrontado a norte e poente com caminho público, a sul com Manuel Simões Martins e herdeiros de Augusto Moreira Rato e a nascente com Casal da Choca, omisso na Conservatória do Registo Predial de Oeiras, inscrito na matriz da freguesia de Porto Salvo sob o artigo 22, secção 32, com o valor patrimonial de 36,58 euros. MODO DE AQUISIÇÃO: compra e venda meramente verbal há mais de vinte anos, feita a José António Morgado e mulher Maria Joaquina Malta, casados que foram no regime da comunhão geral, que foram em Polima, São Domingos de Rana, Cascais. 13 de junho de 2016 A notária, Catarina Sofia Martins da Costa Silva

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JORNAL DA REGIÃO

BREVES FADO E ARTESANATO EM ALGÉS

BIG ROLLING WHEEL EM OEIRAS

O Parque dos Poetas acolhe, este sábado, a actuação de 26 bandas, formadas por 150 jovens “músicos”, alunos do St. Julian School (Carcavelos). Trata-se do ‘Teen Alive Aid’, um evento organizado pela Academia dos Champs. O programa, que se estende das 11h00 às 19h00, inclui, além dos numerosos concertos realizados num palco profissional, muitas outras actividades para toda a família, tais como insufláveis, pinturas faciais, mini-ténis ou… porco no espeto. Com entrada livre, o evento destina as suas receitas para a Academia dos Champs (presente no Bairro da Outurela, em Carnaxide) e para o Centro Social Nossa senhora das Dores de Ortiga (situado em Mação, Santarém).

O Palácio Ribamar, em Algés, recebe no sábado (dia 25), pelas 21h00, uma noite de fados, organizada pela União das Freguesias de Algés, Linda-a-Velha e Cruz Quebrada-Dafundo. A iniciativa apresenta o espectáculo de música e teatro “Uma Noite com Amália Rodrigues”, produzido pela companhia Rituals Dell Arte, que presta uma homenagem à cantora Amália Rodrigues. Para além desta vertente cultural, o Palácio Ribamar acolhe, ainda, durante sexta-feira, sábado e domingo, um espaço de ‘street food’, bem como uma dupla edição do Urban Market - Feira de Artesanato, Design e Gourmet, que se realiza no sábado (no Jardim Municipal de Algés) e no domingo (ao lado, no Palácio).

Os Big Rolling Wheel, banda nascida em Oeiras, em 2013, em resultado da união musical de três amigos de longa data, vão actuar, esta sexta-feira, dia 24 de Junho, pelas 21h00, no Largo 5 de Outubro, junto à igreja matriz, no Centro Histórico de Oeiras. Depois de vários concertos em centros comerciais da região (em palcos FNAC), a actuação da próxima sexta-feira volta a expor as cumplicidades musicais e afectivas que ligam José Cordeiro (voz e guitarra), Henrique Leite (baixo) e Daniel Matias (bateria), músicos da geração de 60 e 70 que apresentam um trabalho renovado e personalizado a partir da mistura de influências de “blues”, ‘rock’ e ‘funk’.

ACTUALIDADE

‘TEEN ALIVE AID’ SOLIDÁRIO

Agro Tech de Oeiras quer reforçar exportações

Quinta do Marquês foi considerado o ‘local ideal’ para a criação do consórcio

Foi para “ganhar escala e pensar em grande” que surgiu o consórcio Agro Tech Campus de Oeiras, garantiu o presidente do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), Nuno Canada, na apresentação do “primeiro ecossistema de investigação e inovação dedicado inteiramente” àqueles sectores, do qual fazem parte o Instituto de Tecnologia Química e Biológica (ITQB) da Universidade Nova de Lisboa e o Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica (IBET).

Fotos Luís Morgado

O maior consórcio em Portugal no domínio dos sectores agroalimentar, veterinário e florestal, com mais de 1000 investigadores, nasceu na Quinta do Marquês, em Oeiras. Ali funcionam três das mais conceituadas instituições de investigação naquelas áreas, que se unem agora para formar o Agro-Tech Campus de Oeiras. O objectivo é apostar no aumento da capacidade exportadora das empresas portuguesas, mas também da segurança alimentar. Cerimónia contou com a presença de dois responsáveis do Governo

A cerimónia, realizada no passado dia 17, nas instalações do INIAV, contou com a presença e as intervenções dos ministros da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, e da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Capoulas Santos, que juntaram sinergias para construir uma estrutura que possa dar respostas completas a um sector que se tem destacado em termos de crescimento. “O sector agroalimentar e florestal vai ser o foco das

actividades deste consórcio porque está com uma dinâmica impressionante, está a crescer acima da média nacional em exportações e na criação de emprego”, justificou Nuno Canada. Aquele responsável adiantou que este crescimento “não é uma moda”, mas sim “uma tendência para se manter nas próximas décadas”, mencionando estudos nacionais e internacionais nesse sentido. “Estas indústrias vão ter de se adaptar a esta realidade de

Investigação de interesse público O Agro Tech Campus de Oeiras vem responder à “necessidade de reforçar a investigação de interesse público”, sublinhou o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, na cerimónia de lançamento daquele consórcio de institutos. Manuel Heitor especificou o papel dos laboratórios do Estado no contexto de novos desafios, como o das alterações cli-

máticas, que se reflecte na evolução da agricultura e das florestas, mas também quanto às garantias de sanidade animal e vegetal. Um segundo factor crítico que o ministro da Ciência apontou diz respeito à cada vez maior necessidade de ligação à produção de novo conhecimento, o que requer centros de investigação e de conhecimento e, ainda, a capacidade de

atrair mais recursos humanos para a investigação. Finalmente, Manuel Heitor destacou a importância da ligação da investigação ao sector económico, particularmente à bioeconomia, um desafio, disse, “porque nem sempre as actividades de desenvolvimento económico preservam o interesse público”. Em termos mais concretos, o Agro Tech Cam-

uma forte pressão do consumo”, realçou o presidente do INIAV, convicto de que “um país que não tem escala e que consegue impor-se pela diferenciação e pela elevada qualidade só vai conseguir desenvolver-se se houver uma forte incorporação de conhecimento e de tecnologia nas empresas”. “A criação do Agro Tech Campus Oeiras é um passo nesse sentido”, concluiu Nuno Canada na sua intervenção, certo de que o consórcio agora formalizado em Oeiras será capaz “de corresponder às expectativas das empresas nacionais dos sectores agroalimentar e florestal e de lhes fornecer o conhecimento e a tecnologia de que precisam”. No entanto, porque as empresas precisam de mais do que inovação e investigação, o Agro Tech Campus Oeiras também se propõe desenvolver e prestar serviços de apoio e ao nível da formação avançada de recursos humanos – até porque “na área agrícola o aumento de doutorados não tem acontecido, ao contrário de mui-

tas outras áreas”. No fundo, trata-se de maximizar a capacidade instalada e as habilitações de cada instituto reunido em consórcio, os quais “têm uma forte complementaridade e sinergia”. Assim, se o INIAV “concentrou a capacidade de investigação e divulgação do Ministério da Agricultura e tem uma forma de investigação muito aplicada aos sectores de produção florestal, produção animal e de agro-indústria, estando fortemente enraizado nestas fileiras”, já o IBET “tem uma intervenção muito próxima das empresas industriais, farmacêuticas e

pus de Oeiras – que tem um ano para apresentar as suas principais linhas estratégicas e um programa de actividades – pretende “estimular a investigação e inovação alicerçadas em estruturas tecnológicas no domínio agro-florestal; avaliar a utilização farmacológica e nutricêutica de moléculas de origem vegetal; incentivar a investigação de doenças emergentes nos animais e de risco para a saúde humana e de consequências económicas

devastadoras; promover o estudo sobre a produção de recursos renováveis e a sua conversão em alimentação humana e animal; desenvolver vacinas e kits de diagnóstico para as áreas da saúde animal e da segurança alimentar e sanidade vegetal; apoiar a formação especializada de técnicos e investigadores, nomeadamente nas áreas da biotecnologia, agro-indústria e floresta”. Por seu turno, o ministro da Agricultura salientou que a

não só”. Por seu turno, já o ITQB/Universidade Nova “é muito forte na investigação fundamental nestas áreas e na formação avançada de recursos humanos”. “Não é a primeira vez que se pensou nesta ideia. Mas foi agora que conseguimos pô-la em prática, de forma a maximizar este potencial que existe”, sublinhou ainda Nuno Canada, que enalteceu “o espírito de colaboração franca e muito positiva entre as direcções” dos três institutos com sede na Quinta do Marquês. Jorge A. Ferreira

Consórcio vai juntar três entidades revelantes na área da investigação

formação do consórcio em questão configura um “dia histórico” para as entidades envolvidas e para os que vão beneficiar da sua actividade. “É preciso continuarmos a ser competitivos na capacidade exportadora e isso não se faz sem conhecimento, sem inovação ou sem tecnologia”, fez notar, ainda, aquele governante, lembrando que “a agricultura tem crescido num ritmo que é o dobro da restante economia”.


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Palácio de Queluz vai ficar todo azul

Fotos PSML

ACTUALIDADE

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Nova fase de trabalhos de restauro das fachadas O Palácio Nacional de Queluz vai ficar totalmente azul, após a conclusão da intervenção iniciada no final de Maio, que se prevê que termine em Outubro. As actuais obras abrangem o restauro das fachadas viradas para o exterior, entre o Pavilhão D. Maria e o antigo Jardim dos Embrenhados, para além de muros e pátios interiores, e vão custar 660 mil euros, com o investimento global a ascender a cerca de 1,2 milhões de euros.

Após o restauro das fachadas sobre os jardins interiores, que devolveram o tom azul ao monumento, a Parques de Sintra-Monte da Lua já arrancou com os trabalhos que prometem uniformizar o exterior do edifício. Concluídas em Agosto do ano passado, a primeira fase das obras contemplou, para além dos tons de azul, a reabilitação das cantarias, caixilharias e rebocos das fachadas, assim como a recuperação das coberturas da Sala de Jantar e do Pavilhão Robillion.

Os trabalhos agora iniciados, que se integram num plano global de recuperação dos jardins e do Palácio de Queluz, vão conferir a cor azul à totalidade das fachadas do monumento nacional. Segundo a empresa, que assumiu a gestão do palácio em finais de 2012, o debate sobre a cor original foi despoletado pela descoberta de dois vestígios de azul atrás de bustos, em fachadas distintas, durante uma acção de manutenção nos anos 80/90.

As análises realizadas então pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil e, mais recentemente, pelo Laboratório HERCULES da Universidade de Évora, confirmaram tratar-se de reboco tradicional de cal e areia e pigmento azul claro acinzentado. A cor azul nas fachadas é corroborada, frisa a PSML, por um desenho aguarelado, de autor desconhecido, existente no Arquivo Nacional da Torre do Tombo e datado de 1836, que mostra ainda molduras relevadas com painéis de cor amarela em alguns paramentos entre vãos. Ainda segundo a empresa de capitais públicos, também António Caldeira Pires refere no seu livro, sobre a história do palácio, que a cor dos vãos era verde-escura e que os gradeamentos eram pintados “a

verde”. Ao longo das obras, foram encontrados mais vestígios de azul. A pesquisa e o estudo aprofundados de diversos registos históricos, gráficos e fotográficos, comprovaram a existência de molduras e permitiram a definição das dimensões e formas, bem como das cores dos paramentos. Atendendo à acentuada deterioração dos revestimentos, optou-se por substituir os rebocos e os barramentos degradados, uniformizando o acabamento das fachadas com uma solução mais próxima da original: a caiação tradicional, em cores obtidas a partir de pigmentos de origem mineral, efectuada sobre rebocos de cal e areia. A segunda fase desta intervenção, que conta com o apoio do Laboratório HERCULES e do Instituto Superior Técni-

co na definição das soluções a implementar, vai incidir na execução de novos rebocos de cal e areia, na aplicação de caiação tradicional com base em pigmentos inorgânicos, na reposição das molduras em argamassa a imitar pedra, na limpeza da cantaria, no refechamento de juntas e preenchimento de lacunas das pedras. Os elementos de fixação da cantaria e serralharias também serão revistos e recuperados os elementos de madeira e as caixilharias dos vãos. Com a conclusão desta intervenção, prevista para o mês de Outubro do corrente ano, o Palácio Nacional de Queluz ficará com a totalidade das fachadas restauradas e totalmente em tons de azul, ao mesmo tempo que vão prosseguir os trabalhos de reabilitação nos seus jardins.

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LIVRO

‘101 Grandes Vinhos Portugueses por Menos de 10€’, de João Afonso

De autoria de um dos maiores especialistas da área em Portugal, o livro tem como principal objectivo ajudar os portugueses a comprarem vinhos bons e baratos, orientando com critério e rigor, ao mesmo tempo que informa sobre a complexa riqueza e diversidade de um mundo apaixonante como é o dos vinhos. MÙSICA

‘E tudo gira’, Filipe Pinto

Este é o novo disco de originais de Filipe Pinto, o artista originário da ‘Cidade Invicta’ que deu a conhecer o seu talento ao grande público através da edição de 2009 do Ídolos, de onde saiu vencedor. ‘(In)fortúnios’, uma música carregada de emotividade, representativa de maturidade e energia, é o segundo ‘single’ retirado deste álbum.

A Orquestra Metropolitana de Lisboa volta a apresentar-se em palco com o violinista russo Alexêi Tolpygo e o maestro Reinaldo Guerreiro, num concerto que junta obras separadas por um século de distância de História, entre as quais

constam a peça orquestral “Abertura de Sonho de Uma Noite de Verão”, de Mendelssohn, e Kammermusik N.º4, de Hindemith. Cineteatro D. João V (Damaia), dia 24 de Junho, às 21h00.

Grandes ‘hits’ da dança em Sintra Na sua 10.ª edição, o Lagoas Summer Break volta a proporcionar aos residentes e visitantes do Lagoas Park espectáculos diários de artistas de nomeada, conjugado com um espaço único para relaxar ao ar livre. The Gift, Cuca

Numa homenagem aos gloriosos anos 80, através de uma visita à criatividade da dança daquela época, “Grandes Hits da Dança” é o espectáculo de final de época das academias Ai!aDança, que reúne mais de 800 bailarinos e apresentações de diferentes técnicas, desde o

Roseta, Deolinda, HMB e Rita Redshoes são algumas das bandas e músicos que sobem ao palco do Lago Central, sempre à hora de almoço. Lagoas Park, de 20 de Junho a 1 de Julho, das 13h00 às 14h00.

XI Rio Harpfestival Através de uma parceria com o Sintra Estúdio de Ópera, o XI Rio Harpfestival – o maior festival de música clássica da América do Sul e o maior festival do Mundo dedicado à harpa –, chega ao Centro Cultural Olga Cadaval com um programa inteiramente dedicado à música portuguesa estreado no Rio de Janeiro, com a intérprete Salomé Pais Matos.

Classificados JR

Centro Cultural Olga Cadaval, dia 26 de Junho, às 22h00.

Com inauguração agendada para dia 23, a exposição Quantum – Universos Paralelos, do artista Victor Lages, pintor e desenhador, vai ter como palco a Fundação Marquês de Pombal onde

pintura de murais de grande e média dimensão no Bairro da Torre tem como temáticas as características únicas, lendas, património e personalidades locais, neste evento que conta com o trabalho de artistas de todo o mundo, como Moneyless, Daniel Eime, Kruella D’Enfer e Paula Bonet. Entre as actividades previstas, os visitantes podem contar com ‘workshops’ e visitas guiadas.

Palácio dos Aciprestes.

Festival Groove 2016

A representar um conceito inédito, o festival alia um ambiente intimista, a boa música e gastronomia, e experiências lúdicas, artísticas e interactivas, tanto para adultos como para os mais novos. Jamie Cullum e The Black Mamba, Sérgio Godinho, Jorge Palma, Mayra Andrade e Miguel Araújo, são alguns nomes que preenchem o cartaz como boas referências da música portuguesa e internacional. Parque Palmela, de 24 a 26 de Junho, a partir das 19h30.

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Centro Cultural Olga Cadaval (Sintra), dia 25 de Junho, às 15h30, 18h30 e 21h30.

Exposição de Victor Lages em Linda-a-Velha

Festival de Arte Mural de Cascais

Esta é a 3.ª edição do Festival Muraliza, que deixará Cascais mais colorida através de ‘graffitis’ ou ‘street art’. A

ballet clássico à kizomba. O Centro Cultural Olga Cadaval acolhe assim o evento que celebra a partilha e cumplicidade do ano lectivo 2015/16.

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Na continuação da saga de Mestres da Ilusão, os quatro cavaleiros regressam aos palcos com as suas performances de ilusionismo. Com o principal objectivo de beneficiar os mais fracos, reúnem-se para preparar um número de magia que promete ser o mais espectacular de sempre. Com um elenco de luxo, entre os quais constam Daniel Radcliffe e Morgan Freeman.

Orquestra Metropolitana regressa à Damaia

Semana 84

CINEMA

Mestres da ilusão 2

Lagoas Summer Break em Oeiras

JORNAL DA REGIÃO

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Sugestões JR

VER & OUVIR

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22 a 28 de Junho de 2016

“Cantar sempre foi o meu sonho”

Foi há dez anos que Mia Rose se tornou um fenómeno na Internet, mas neste momento já ultrapassou as fronteiras cibernáuticas. Actualmente, dedicada ao novo álbum e ao seu blogue, Maria Antónia Teixeira Rosa, ou Mia Rose – nome artístico pelo qual é mundialmente conhecida –, confessa que o sucesso que atingiu no Youtube “começou com uma brincadeira que, entretanto, acabou por correr muito bem”. Filha de pai inglês e mãe portuguesa, foi em Dezembro de 2006, quando se encontrava de férias da Universidade, que a actual cantora, compositora e actriz luso-britânica, que aprendeu a tocar guitarra através da Internet, criou a conta no Youtube que viria a mudar a sua vida, já que em apenas duas semanas se tornou num dos músicos mais visionados dessa plataforma, tendo despertado o interesse de várias editoras multinacionais, entre as quais a Atlantic Warner e a Universal Music. “Publiquei um vídeo todos os dias para ver o que as pessoas achavam da minha voz e foi um privilégio que tenham gostado tanto de me ouvir”, confessa. Apesar de ter começado a sua carreira artística através da música – que admite continuar a ser a paixão que mais se destaca –, Mia Rose tornou-se uma artista

completa, tendo o seu currículo preenchido ainda com participações em séries, entre as quais constam a portuguesa ‘I Love It’ e a norte-americana, gravada em Los Angeles, ‘Exit Vine’, um livro de autoria própria (‘Mia Rose: 15 passos para ser uma estrela na música’) e o blogue – outro sucesso que conquistou na Internet – de viagens, moda, beleza e lifestyle, ‘La Sonatina’, onde a artista partilha com os fãs o seu quotidiano: “Sempre cantei e desde pequena que ser cantora era o meu sonho e já estou nesta área há 10 anos, sou muito sortuda. A música é o que me preenche a 100%, mas também gosto de experimentar outras artes. Já fiz um musical, já escrevi um livro, já participei em telenovelas à volta do Mundo. Acima de tudo, gosto de fazer projectos com os quais me identifico”. Recentemente, a cantora participou ainda nos programas de talentos ‘Pequenos Gigantes’, da TVI, e no ‘The Voice Portugal’, da RTP, como jurada. “Estas intervenções foram muito gratificantes, pois é muito bom podermos apoiar e fazer alguma diferença no talento nacional que está a nascer”, explica a cantora. Prestes a lançar o seu primeiro disco de originais, o ‘single’ lançado este ano, ‘Tudo para Dar’, é o seu mais recente sucesso (ver caixa).

“Gostava muito de fazer um filme”

Este é um dueto com Salvador Seixas, concorrente que fez parte da equipa de Mia Rose no ‘The Voice Portugal’. Apesar de confessar que tem muitos projectos em agenda que não pode, para já, desvendar, Mia Rose revela um dos próximos grandes passos que gostava de dar na sua carreira: “O que está, neste momento, no topo da lista era fazer um filme, fosse nacional ou internacional”. Para além da carreira de sucesso que mantém aos 28 anos, a cantora vive ainda dias felizes ao lado do namora-

Olha quem fala

“É estranho ver a idade a avançar. Não me vejo nem me sinto com esta idade, mas a verdade é que vou fazer 38 anos. E a idade trouxe-me coisas boas. Hoje, sinto-me melhor comigo mesma. Sinto-me mais mulher, mais bonita e confiante. Dou os passos com outra certeza. Entregava muito a minha vida nas mãos dos outros e hoje tomo mais a rédea das minhas decisões e opções. Se não aceitarmos a idade que temos, nunca vamos conseguir viver bem. Mas a verdade é que tenho dificuldades em aceitar esta idade”. CLÁUDIA VIEIRA, sobre o 38.º aniversário, na Caras.

Mia Rose: Um fenómeno mundial

“Eu adorava ser uma Carolina Patrocínio no que diz respeito à gravidez, mas, como sei que isso não vai acontecer, porque a minha mãe engordou 30 quilos com cada uma das filhas e geralmente nós somos iguais às nossas mães, vou ser uma pequena bola com uma bolinha lá dentro”. RITA PEREIRA, sobre uma futura gravidez, na Caras.

Com cerca de 324 mil subscritores no Canal Youtube, onde soma cerca de 136 milhões de visualizações, Mia Rose conta ainda com 328 mil seguidores na rede social Facebook e 123 mil no Instagram. O seu mais recente single, ‘Tudo Para Dar’, atingiu em menos de dois meses, um milhão de visualizações no Youtube. Já o seu

“Foi um parto tranquilo, correu tudo muito bem. Já tenho mais uma menina nos braços, que vai sofrer tanto como as outras (risos)”. ANTÓNIO RAMINHOS, sobre o nascimento da sua terceira filha, na Lux.

primeiro single intitulado ‘Let Go’, lançado no iTunes de Portugal, em Maio de 2009, foi o ‘download’ mais vendido daquele ano e alcançou o 2.º lugar do top português. Na imprensa e media internacionais, Mia Rose já esteve em destaque, entre outros, na Rolling Stone, The Sun, Sidney Morning Herald e na BBC Radio 5 Live,

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do, também músico, Miguel Cristovinho, da banda do momento, D.A.M.A, com quem mora actualmente na capital portuguesa.

tendo sido ainda convidada pela Rainha da Jordânia para uma actuação para pôr fim ao estereótipo da mulher no Médio Oriente. Entre as várias distinções, a artista conquistou em 2009 o prémio de Personalidade Feminina Lux (Música), e ainda este ano, o de Melhor Voz Feminina, pela Trend Music Awards Portugal.

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NA BERRA

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NEGÓCIOS

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A Indústria 4.0 também se aplica às PME

A designação Indústria 4.0 refere-se à quarta revolução industrial. Depois da introdução do carvão, da electricidade e da electrónica, a indústria beneficia agora da chegada das tecnologias de informação e da chamada Internet das Coisas que está a permitir digitalizar toda a economia. A adopção na indústria, e nomeadamente nas pequenas empresas industriais, destas tecnologias já utilizadas há alguns anos no campo dos serviços e em apenas algumas grandes indústrias, torna-se fundamental para fazer face a um mundo cada vez mais complexo, globalizado e competitivo. As empresas que não forem capazes de se qualificar, tirando partido destas novas tecnologias, serão inevitavelmente ultrapassadas pela concorrência.

Concorrência que, num mundo em que o digital impede a criação de barreiras, surgirá de onde menos esperam. A Indústria 4.0 permite abordagens disruptivas, quer no desenvolvimento de produto, na sua produção e mesmo em toda a cadeia logística associada. A energia, como factor produtivo que é, não pode fi-

car de fora deste processo de digitalização em curso. O sector da energia está, ele próprio, a viver também uma revolução, podendo fazer-se uma analogia com a revolução a que assistimos nos últimos 15 anos no sector das comunicações. Teremos a capacidade de produzir e armazenar a nossa própria energia,

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tornando-nos independentes da rede, como aconteceu com o telemóvel; seremos mais inteligentes no consumo da energia, utilizando-a de forma mais flexível e para mais finalidades, como aconteceu com o smartphone; finalmente, poderemos partilhar com a comunidade a energia verde que produzirmos, bem como as boas práticas que adoptarmos, como aconteceu com as redes sociais. A crescente sensibilização da sociedade para estes problemas ambientais críticos será um driver importante para a crescente aceitação e confiança destas soluções, permitindo o crescimento do mercado e garantindo negócio para as empresas mais inovadoras que aí se posicionem. A digitalização da energia permite às PME reduzir custos, gerir melhor, aumentar produtividade e efectuar manutenção preventiva. A tecnologia permite-nos hoje obter “Poupanças energéticas como um serviço” (ESaaS Energy Savings as a Service) da mesma forma como há 10

Entrevista a José Basílio Simões, fundador da VPS Em que consiste o programa Galp Energy Manager? José Basílio Simões: Trata-se de um programa de eficiência energética com alcance nacional, promovido pela Galp Energia em parceria com a VPS (Virtual Power Solutions), que tem como objectivo dotar as PME do sector industrial de ferramentas de monitorização, gestão e controlo que lhes permitam optimizar os consumos de electricidade e reduzir os custos. Desenvolvido ao abrigo do PPEC (Plano de Promoção de Eficiência no Consumo de Energia Eléctrica), uma iniciativa promovida pela ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, este programa permite às indústrias participantes obter um desconto de 80% na aquisição e instalação de um

Sistema de Monitorização e gestão de Energia Elétrica (Kisense). Quais os benefícios para as empresas do programa Galp Energy Manager? As empresas aderentes beneficiarão de uma ferramenta e de um serviço especializado de acompanhamento que lhes permitirá conhecer o perfil de consumo das suas instalações, definir indicadores que correlacionem estes consumos com a produção, detectar e ser alertado em tempo real para variações anormais desses indicadores, fazer análise tarifária, actuar remotamente sobre alguns dos equipamentos e determinar o potencial de produção da sua própria energia recorrendo a painéis foto-voltaicos cujo real benefício económico será

calculado de forma exacta e automática. Fale-nos um pouco da VPS... A VPS surgiu como spin-off da ISA – Intelligent Sensing Anywhere, empresa pioneira em IoT (Internet das Coisas) para o mercado do oil&gas, que tem mais de 100.000 dispositivos vendidos em todo o mundo e que foi a primeira PME portuguesa a listar no NYSE Alternext Lisbon. A VPS fez a evolução dessa tecnologia para o mercado da energia eléctrica sempre com a perspectiva de proporcionar aos clientes finais o que eles realmente pretendem obter: maior controlo sobre os seus equipamentos consumidores de energia, redução de custos e um comportamento alinhado com as políticas de baixo carbono, contribuindo para a sustentabilidade ambiental do

mundo em que todos vivemos. A VPS nasce da identificação de oportunidades relevantes no mercado na área da energia, com a junção de operações entre a ISA Energy e a empresa inglesa Stor Generation. Em que mercados actua a VPS? A VPS tem actividade com parceiros por toda a Europa, e uma operação comercial mais intensa em Portugal e no Reino Unido com a VPS UK. A sua oferta tem vindo a dar resultados relevantes em Portugal, onde tem conseguido ao longo dos últimos anos atingir poupanças de mais de 22% junto dos seus clientes, chegando mesmo a valores próximos dos 40% em alguns casos específicos. No Reino Unido a proposta de valor da empresa foi também já

anos se vulgarizou o SaaS – Software as a Service. Portugal tem um mercado de energia avançado com diversos operadores e tarifários, preços dependentes da hora e do dia, e com a possibilidade de as empresas e os particulares produzirem a sua própria energia, nomeadamente recorrendo aos sistemas fotovoltaicos para auto-consumo.

É neste contexto que um programa como o Galp Energy Manager, que vai ser apresentado na StartUp Sintra, se torna mais relevante ao disponibilizar no mercado ferramentas avançadas de monitorização e gestão de energia que permitem às PME industriais tirar partido da Indústria 4.0 e da revolução energética em curso.

Apresentação do programa Galp Energy Manager A sessão de apresentação do programa é dinamizada pela StartUp Sintra, Câmara Municipal de Sintra, AE Sintra (Associação Empresarial de Sintra) e Growvision, e terá lugar no próximo dia 27 de Junho, pelas 14h30, no auditório da StartUp, em Sintra. Nesta sessão serão ainda abordados outros temas de relevo relacionados com a optimização energética para o sector, nomeadareconhecida por entidades de referência, como a Anesco, a maior ESCO (Energy Service Company) do Reino Unido, tendo estabelecido já vários acordos de parceria para a comercialização das suas soluções. O plano de internacionalização inclui ainda esforço comercial em Espanha e Brasil. O que faz a VPS de diferente e quais as vantagens para os consumidores finais? Sendo uma empresa tecnológica, especializada no fornecimento de soluções de gestão activa do consumo de energia em tempo real, a VPS tem a particularidade de conseguir combinar tecnologia inovadora com um serviço de gestão de energia e apoio ao cliente de excelente qualidade, garantindo aos seus clientes redução imediata de custos bem como os meios para fazerem face aos futuros tarifários energéticos, em número e complexidade

mente “Medidas de eficiência energética, Produção Descentralizada de Energia (auto-consumo) e Sistemas de gestão de iluminação” e ainda instrumentos de financiamento disponíveis como o Portugal 2020, Horizonte 2020 e SME Instrument. A participação neste evento é gratuita mas sujeita a inscrição prévia através do endereço http://galp-energymanager.com/evento_ startupsintra/. crescentes, encontrando a melhor solução para as particularidades de cada cliente. A tecnologia VPS envolve sistemas avançados desenvolvidos com base no seu forte conhecimento e experiência na Internet das Coisas (IoT), soluções de hardware e software, plataformas de comunicação M2M baseadas na Cloud e serviços móveis. A VPS aposta em estratégias de inovação pelo valor, oferecendo fundamentalmente soluções de valor superior para os seus clientes no mercado da eficiência energética. Um desses exemplos é a recente introdução da primeira plataforma de Virtual Power Plants no mercado, a qual procura dar um salto quântico em termos de valor para os seus clientes, acrescentando um potencial de optimização e redução de custos energéticos adicional que pode atingir os 38% com a gestão e flexibilização de cargas.

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MOTORES

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Com novo estatuto

VW Golf Variant ganha nas frotas

Volkswagen melhorou o Tiguan, criando um novo produto capaz de se impor entre os SUV premium

O novo Volkswagen Tiguan posiciona-se agora como um SUV mais premium, muito embora com preços acessíveis (sobretudo nas versões menos potentes). Assume vocação aventureira e, de acordo com as motorizações e os pacotes de equipamento, pode evidenciar o seu carácter ‘off-road’, com um robusto sistema de tracção integral com quatro modos de condução. Em Portugal, a carga fiscal não favorece as versões mais potentes, dotadas de tracção integral, mas a chegada da motorização 1.6 TDI de 115 cv, 4x2, por um preço a rondar os 33.500 euros pode catapultar o Tiguan

para lugares cimeiros no que toca a vendas. Para já, a versão 2.0 TDI Confortline, de 150 cv, parece a mais equilibrada, entre um leque de oito motorizações distintas (4 a gasolina e outras tantas a gasóleo), com potências entre os 115 cv (1.6 TDI) e os 240 cv (2.0 BiTDi). Os 200 mm de altura ao solo são suficientes para brincar em estradões, desde que não se arrisque por caminhos mais trialeiros. Com desenho frontal muito inspirado no Passat, o

Volkswagen Tiguan 2.0 TDI Motor: Diesel, 4 cilin., 1968 cm3 Potência: 150 cv/3000 rpm Binário máximo: 340 Nm/1750 rpm Velocidade máxima: 150 km/h/3000 rpm Consumo/emissões: 4,7 l/100 km, 125 g/km Preço : 38.729 €

novo SUV da marca alemã é mais espaçoso face às versões anteriores, com ganhos no conforto dos passageiros nos lugares traseiros, sendo estes ajustáveis longitudinalmente, em 180 mm, permitindo jogar com as necessidades de maior ou menor espaço na bagageira. Bem equipado, o novo Tiguan distingue-se por in-

cluir de série itens como o assistente de travagem de emergência automática em cidade, com detector de obstáculos, alerta de mudança de faixa de rodagem ‘Lane Assist’, ajuda ao estacionamento com câmara traseira, monitor táctil de 8’’ com sistema multimédia, sensores de chuva e luz, ‘cruise control’, entre outros, sendo o ‘Active info display’, um quadrante digital personalizável, um opcional (622€).

Jornal da Região

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O Volkswagen Golf Variant Confortline 1.6 TDI foi eleito, pelo terceiro ano consecutivo, “Carro Frota” pela empresa LeasePlan, destacando-se dos restantes veículos em concurso, nomeadamente, pelos critérios de segurança e pela representatividade na frota LeasePlan e do mercado. Na 14.ª edição deste concurso promovido por esta empresa de renting, o Golf Variant foi também mais votado na categoria “Pequeno Familiar”, um dos modelos procurados pelos clientes de médias e grandes empresas. Também o

Volkswagen Passat Variant superou todos os concorrentes na categoria “Médio Familiar Generalista”. Os nove veículos pré-selecionados foram testados e avaliados com base numa avaliação qualitativa (50%), realizada pelo júri, e numa avaliação quantitativa (50%) que analisava, entre outros factores, o custo total de utilização de cada automóvel. Nesta edição do Carro Frota LeasePlan a participação do júri foi determinante, sendo este composto por 14 clientes daquela empresa e dois membros da imprensa especializada.

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Atalho que serve o Bairro da Politeira está muito degradado e perigoso

É um caminho com aspecto ecológico, feito de troncos e tábuas de madeira e, pelo menos no Verão, será convidativo até a um passeio. No entanto, a sua função é, essencialmente, prática e aí é que está o problema: o trilho encontra-se degradado e constitui um perigo. A estrutura permite aos moradores do Bairro da Politeira acederem a uma área mais baixa e central daquela zona, onde estão, nomeadamente, paragens de autocarros (além da Piscina Municipal de Barcarena, onde o trilho desemboca), evitando dar uma volta bastante maior por estrada. Envolvido por vegetação, o atalho até seria agradável não se desse o caso de o estado de degradação a que chegaram (deixaram chegar) muitas das

tábuas vir acrescentar outras emoções ao passeio, com destaque para o perigo de enfiar o pé num buraco ou o sério risco de pisar um pedaço de madeira só aparentemente ainda apto para a sua função. O presidente da Junta de Freguesia de Barcarena reconhece o problema: “Este caminho é usado, especialmente, por alunos que moram lá em cima no bairro e têm de apanhar autocarros aqui em baixo”, diz Fernando Afonso, admitindo que a situação só não é mais perigosa porque são cada vez menos as pessoas que se atrevem a enfrentar este caminho decrépito, que mais parece cenário de um filme de acção tipo ‘Indiana Jones’. O local foi alvo de uma das visitas de trabalho promovidas pela autarquia no âmbito da iniciativa ‘Oeiras Tem Voz”.

Na altura, já lá vão cerca de quatro meses, ficou decidido que o trilho seria requalificado, apostando-se na colocação de outro tipo de material, mais durável. Requalificação é, também, algo há muito aguardado para a praceta localizada em frente à Piscina Municipal, que serve de estacionamento aos utentes e que tem as placas centrais de calçada portuguesa muito desfiguradas pelas raízes das árvores ali existentes, acabando por ser um indesejável ‘íman’ para a carroçaria dianteira dos carros ao estacionarem. A futura solução nesta praceta deverá acautelar, ainda, um raio de curvatura mais amplo para permitir que as manobras de autocarros para entrar e sair do local, se processem de forma menos complicada.

Projecto para o Jamor em debate Promovida pelo movimento cívico ‘Vamos Salvar o Jamor’ realizou-se no dia 15 de Junho, no salão dos Bombeiros Voluntários do Dafundo, uma apresentação pelo arquitecto italiano Matteo di Angelis de um projecto alternativo ao aprovado pela Câmara liderada por Paulo Vistas para a zona contigua à estação de comboios da Cruz Quebrada.

Enquanto o projecto aprovado pela Câmara prevê a construção de grandes torres habitacionais que vão obrigar a alterar o traçado da Marginal, o plano de Matteo di Angelis prevê a implementação de prédios baixos e a criação de espaços verdes, para estufas comunitárias e para recreio. Um projecto à escala humana e que não requer a altera-

ção do traçado da Marginal. Com o salão praticamente cheio de numeroso publico, depois da apresentação seguiu-se uma discussão muito participada. Num ponto todos estão de acordo: é necessário proceder à limpeza da zona, retirando todo o amianto que aí prolifera, uma vez que aí se situava a antiga fábrica da Lusalite, e que constitui um

AML quer mais recursos para novas competências A transferência de competências para a Área Metropolitana de Lisboa (AML) tem de ser acompanhada dos correspondentes recursos financeiros e meios humanos, defendeu o vice-presidente do Conselho Metropolitano, Paulo Vistas. “Os recursos financeiros têm de acompanhar as competências que a Área Metropolitana tem vindo a assumir”, salientou o também autarca de Oeiras. O vice-presidente do conselho metropolitano, órgão deliberativo dos 18 municípios da AML, recusou que o aumento de recursos possa ser visto como uma forma de “engordar o Estado”. “Há competências que hoje estão no âmbito dos municípios e que faz todo o sentido passarem para o âmbito metropolitano e há competências que estão nas CCDR [Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional] e noutros organismos, nomeadamente na área da educação, que devem passar para a área metropolitana”, frisou. Paulo Vistas, independente eleito pelo movimento IOMAF (Isaltino - Oeiras Mais à Frente), reiterou que a AML quer “receber competências, com o correspondente envelope financeiro e os respectivos recursos humanos”. “Tememos bem que, com as atribuições de competências e as necessidades que temos, perigo para a saúde pública. A recusa do plano aprovado pela Câmara também congrega um largo espectro de opiniões que vão do CDS-PP, cuja vereadora, Maria Isabel Sande e Castro, esteve presente e fez uma boa intervenção, ao Bloco de Esquerda passado pela Coligação Democrática Unitária (CDU). Este é um tema muito controverso em que seria bom que a Câmara abrisse um amplo debate participado e em que fossem ouvidas

nós não consigamos ter cobertura orçamental adequada de despesas correntes, designadamente para recursos humanos”, alertou, por seu lado, o primeiro secretário da comissão executiva metropolitana, Demétrio Alves. A mesma fonte, que abordou a questão no final do conselho metropolitano, em Lisboa, acrescentou que a AML está a ser muito cautelosa “na contratação de pessoas, inclusivamente para novas atribuições que estão a ser colocadas em cima da área metropolitana”. Demétrio Alves admitiu “bastante preocupação com a situação financeira na área metropolitana, com vista a 2017”, notando que o assunto deve merecer reflexão no âmbito da elaboração do Orçamento do Estado para o próximo ano. “O dinheiro que veio como reforço este ano para a função dos transportes é muito escasso em termos de necessidades de despesa”, apontou o primeiro secretário executivo, esclarecendo que a AML possui cinco técnicos no acompanhamento da transferência de competências dos transportes. A AML é constituída pelos municípios de Alcochete, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Sintra e Vila Franca de Xira. as populações das áreas afectadas, antes de se tomarem decisões definitivas. Prioritário, porém, é que a Câmara actue com a maior urgência no sentido de retirar com segurança as grandes quantidades de amianto que ali existem a céu aberto, numa zona ventosa, e que provocam o cancro a quem as respira, nomeadamente às crianças. Jorge Fonseca de Almeida (Economista)

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Médico de Família

Alergias oculares A prevalência das alergias em Portugal está a aumentar. Existem vários tipos de conjuntivites alérgicas sendo a conjuntivite alérgica sazonal a mais frequente, afectando cerca de 20% da população. A alergia sazonal, estando muito presente passou para multi sazonal, aparecendo também durante o Inverno e Verão. A severidade desta alergia depende também da zona geográfica afectando mais a zona norte que o sul. Não será de mais frisar que muitas vezes a alergia ocular surge em associação com outras doenças alérgicas como asma, rinite alérgica, dermatite, eczema atópico. Portanto alguns sintomas das vias respiratórias superiores como a congestão nasal, a tosse, o picar do nariz e garganta, espirros. São acompanhados a nível ocular por vermelhidão (hiperemia conjuntival), lacrimejo (epífora) , inchaço das pálpebras (edema palpebral), fotofobia entre outros. Estes sintomas são causados pela irritação e inflamação da conjuntiva membrana muito fina e transparente que reveste a parte branca do olho e o interior das pálpebras. Quando a pessoa é alérgica e entra em contacto com o pólen o sistema imunitário reage de uma forma inapropriada como se fosse um invasor. Para se proteger desta ameaça o organismo produz anticorpos contra o alergeno que faz com se libertem certas substancias entre elas as histaminas que são as que desencadeiam os sintomas característicos da alergia. Todas as alergias oculares devem ser avaliadas por um profissional de saúde visual de forma a iniciar um tratamento com recomendações específicas do tipo de alergia em causa. Paulo Martins (O.D.) OPTICLINIC Depart. Cuidados Visuais

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DESPORTO

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Marcelo distigue Sport Algés e Dafundo

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Presidente encerra centenário do clube

O Presidente da República e o Governo marcaram presença na cerimónia de encerramento das comemorações do 100.º aniversário do Sport Algés e Dafundo, tendo elogiado a instituição e enaltecido os méritos do desporto amador.

O clube, no concelho de Oeiras, recebeu, no passado domingo (dia 19) Marcelo Rebelo de Sousa bem como o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, e o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, e encerrou as come-

morações do seu centésimo aniversário, numa cerimónia em que esteve também o presidente da Câmara de Oeiras, Paulo Vistas, e o seu antecessor, Isaltino Morais. O Presidente da República, que juntamente com o ministro da Educação entregou diversas medalhas de mérito a figuras do clube, lembrou a “renovação geracional” que o Sport Algés e Dafundo tem conseguido levar a cabo. “Esse é o segredo dos vossos 100 anos e dos mais 100 anos que já começaram”, disse, dirigindo-se a uma plateia com algumas centenas de pessoas. As instituições, frisa o chefe de Estado, “não sobrevivem sem formação” e “não há campeões sem muito trabalho”. “Para se ser dos melhores ou mesmo o

101.º aniversário do Algés juntou Presidente da Républica, ministro da Educação e presidente da Câmara de Oeiras

melhor é fundamental juntar à formação muito trabalho. E depois paixão”, sublinhou, num evento em que esteve presente por exemplo o judoca Nuno Delgado, um dos atletas mais emblemáticos do clube. No final do discurso o Presidente da República agraciou o “Algés” como Membro Honorário da Ordem de Instrução Pública. Esta condecoração

destina-se a galardoar altos serviços prestados à causa da educação e do ensino. Já o ministro Tiago Brandão Rodrigues sublinhou o “envolvimento” deste clube, e de outros, com “a comunidade em que se inserem”, definindo o Algés como uma equipa “totalmente inclusiva”. “Um desporto amador não é inevitavelmente um desporto

menor”, declarou também o ministro com a tutela do Desporto. O Sport Algés e Dafundo, inaugurado a 19 de junho de 1915, é um polo de desenvolvimento desportivo amador do país, com mais de 10 mil sócios e dois mil atletas federados, contando com 47 participações olímpicas desde 1952.

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