Edição de Oeiras 95 do Jornal da Região

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JORNAL DA REGIÃO Director: Paulo Parracho • 21 a 27 de Setembro de 2016 Série IV • Edição N.º 95 • Ano XXI • DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Assembleia Municipal aprova Julgado de Paz Os deputados municipais aprovaram, por unanimidade, a criação do Julgado de Paz que servirá Oeiras, no âmbito da estrutura que já funciona no concelho de Cascais.

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CÂMARA QUER REDUZIR CUSTOS DA RECOLHA DE LIXO Páginas 2 e 3

Página 14

José Pedro Gomes está de regresso aos palcos Depois de ter ultrapassado uma pneumonia que o deixou em coma, José Pedro Gomes está de volta aos palcos com António Machado e a peça, ‘Filho da Treta’, em cena no Auditório dos Oceanos, no Casino de Lisboa.

Página 9

A instalação de contentores enterrados com mais do dobro da capacidade dos convencionais e capazes de permitir, assim, reduzir a frequência dos circuitos de recolha, é um ponto fulcral na estratégia

da Câmara de Oeiras em matéria de resíduos sólidos urbanos. Com esta medida, aliada à meta de aumentar a recolha de lixo selectivo para reciclagem, o vereador do pelouro, Ricardo Barros, espera conse-

guir uma redução de custos capaz de atenuar o aumento do tarifário que deverá ser necessário para nivelar receitas e despesas no sistema, como impõe a entidade reguladora do sector.

REABILITAÇÃO DE ESCOLAS EXIGE 18 MILHÕES DE EUROS

Página 4

Estudo do município já foi entregue ao Ministério da Educação

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JORNAL DA REGIÃO

Câmara aposta na redução de custos

Estratégia de gestão de resíduos urbanos

A instalação em curso de 500 ilhas ecológicas (contentores enterrados), a grande maioria das quais para resíduos indiferenciados e 111 para recicláveis, vai permitir retirar das ruas, até ao final do próximo ano, cerca de 1500 recipientes convencionais (verdes, para lixo não reciclável). Mas, mais do que o impacto visual

e ambiental gerado, trata-se de uma aposta fulcral no plano estratégico da autarquia de reduzir custos nesta área para que a factura dos munícipes “aumente o mínimo possível” quando terminar o prazo dado pela entidade reguladora do sector (2018) para que o sistema de recolha e tratamento seja sustentável em termos de custos e proveitos gerados.

“Porque a ERSAR [Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos] definiu, com força de lei, que aquilo que os cidadãos pagam pela recolha e tratamento de RSU tem de equivaler ao que custa o serviço, ou seja, o sistema tem de ser autosuficiente, o que não acontece hoje nem de longe nem de perto”, explica o vereador ao JR. Assim, em vez de aumentar drasticamente o tarifário, o plano do Município de Oeiras é aproximar os dois factores por via da redução dos custos.

Daí o investimento de 3,5 milhões de euros feito na aquisição do já referido meio milhar de ilhas ecológicas de nova geração, que começam a ser implantadas em várias áreas do território - actualmente em Linda-a-Velha, mas que até ao final do ano deverão chegar, igualmente, a Carnaxide.

A aposta passa, também, por monitorizar o nível de produção de resíduos em cada zona. “Para percebermos se a prática corresponde, efectivamente, às estimativas feitas para determinada zona quanto à relação entre produção de resíduos e capacidade dos equipamentos de deposição”, explica Ricardo Barros.

No entanto, apenas os 111 novos contentores enterrados para resíduos recicláveis terão uma sonda que permite medir o enchimento de lixo. “É um sistema caro”, justifica o vereador que tutela a Higiene Pública e Ambiente.

Programa da autarquia compreende a instalação de 500 ilhas ecológicas entre as quais 111 contentores enterrados para re

Quanto aos ecopontos de superfície, que não terão direito a sondas, a alternativa encontrada foi colocar os funcionários que fazem os circuitos da recolha a registar e comunicar o que vêem. “Por exemplo, se tenho um circuito que im-

plica ir a determinado local para recolher papel não há nada que impeça o funcionário de olhar, também, para os recipientes de embalagem e vidro e ver se estão mais ou menos preenchidos”, explica o autarca, satisfeito por estas

medidas já terem “permitido fazer ajustes significativos naquilo que é a capacidade de deposição instalada em cada ponto”. O resultado final será, garante Ricardo Barros, “uma redução de custos operacionais muito relevante”.

Criação de ‘ecocentros de proximidade’ fica para mais tarde A criação de ecocentros em vários pontos do concelho, aptos a receberem resíduos levados pelos próprios munícipes, também faz parte do leque de soluções neste domínio, mas está ainda em estudo. “Não há condições para avançar já, mas fica inscrito no Regulamento”, diz Ricardo Barros, adepto deste sistema. “Prevê-se a possibilidade de o município passar a ter um conjunto devidamente licenciado de ecocentros,

os quais não precisam de ser grandes, serão o que eu chamo ecocentros de proximidade, ou seja, pequenas unidades que recepcionem resíduos volumosos, ou verdes, ou outro tipo de resíduos”, explica.

Tendo a vantagem de poupar à autarquia dois custos (a deslocação em si e o custo ambiental de os resíduos ficarem na via pública enquanto não são recolhidos), os ecocentros obrigarão, em

princípio, a encontrar formas de compensar os munícipes pela sua iniciativa em prol do colectivo. Entre as várias hipóteses já pensadas estão o acesso a descontos em aquisições de produtos da Câmara (vinhos, por exemplo), promoções resultantes de parcerias com a Oeiras Viva (nomeadamente nas piscinas) ou a Parques Tejo, para além de uma eventual redução na tarifa dos SIMAS…

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Com uma capacidade aumentada para mais do dobro, os novos equipamentos de deposição subterrânea vão permitir substituir a recolha diária de resíduos por um ritmo de, pelo menos, dois em dois dias. “Uma importante redução de custos operacionais”, frisa o vereador Ricardo Barros, a propósito desta medida fulcral, incorporada no projecto de Regulamento da Gestão de Resíduos Urbanos e de Limpeza e Higiene Urbana, que está em consulta pública até 7 de Outubro.

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de deposição, nos seus diferentes formatos, razão pela qual os ecopontos de superfície serão relocalizados noutras zonas se já não fizerem sentido numa área que passou a ter ilhas selectivas de grande dimensão.

“Até agora não era viável aumentar os equipamentos de deposição de selectivo porque não tínhamos depois como fazer circuitos, mas quando reduzo frequências e optimizo circuitos começo a ter uma margem de manobra para

efectuar mais circuitos de recolha de selectivo”, faz notar o responsável pela pasta dos RSU. O vereador reconhece que este tipo de recolha, “em termos brutos, está abaixo do que sucedia no passado, mas também estamos abaixo no indiferenciado”, o que terá a ver, na sua óptica, com o decréscimo da actividade económica em geral. “Mas, percentualmente, entre o que é indiferenciado e selectivo, estamos iguais, mais um ou menos um por cento…”.

Outro sinal de que melhores dias virão nesta matéria, diz o responsável pelos resíduos, é o conjunto de investimentos previstos pela Tratolixo, a começar pela nova central de triagem de embalagens, a construir em Trajouce (concelho de Cascais).

Com estes avanços, “a perspectiva é que será possível reduzir, já para o próximo ano, a tarifa que a Câmara de Oeiras paga à Tratolixo”.

Jorge A. Ferreira

ecolha selectiva

Recolha selectiva também reduz custos Ricardo Barros revela que a Câmara está a efectuar um investimento na ordem dos 3,5 milhões de euros

Negligência a sujar também dá direito a multa Acabaram-se as desculpas: O cão deixou ‘presentes’ onde é proibido e o dono está ao telemóvel e diz que não viu? A papelada que foi colocada ao lado e não dentro do ecoponto apropriado acabou por voar com o vento sujando a via pública? Pois com o novo Regulamento da Gestão de Resíduos Urbanos e de Limpeza e Higiene Urbana, em consulta pública, a negligência passa a valer um acréscimo de cerca de metade do valor da contraordenação em si mesma.

“Se alguém conspurcasse a via pública de propósito tinha uma coima, mas se fosse por negligência nada acontecia”, justifica Ricardo Barros, sobre a nova sanção. “Até pode acontecer que o funcionário da limpeza só lá volte dali a alguns dias e entretanto fica tudo sujo

porque alguém teve um descuido, não pode ser, tem de haver uma maior responsabilização”.

Castigo passa a ter, também, quem despeje resíduos selectivos nos equipamentos de deposição de indiferenciados ou, ainda, “o abandono de resíduos impedindo a sua adequada gestão” - contra-ordenações puníveis com coima de 250 a 2.500 euros, no caso de pessoas singulares.

Depositar e/ou não apanhar os dejectos de animais de estimação na via pública, bem como circular com os mesmos em zonas onde tal é proibido dá coima a partir de 50 euros; a mesma sanção atinge quem espalhe “qualquer tipo de alimento nas vias e noutros espaços públicos, susceptível de atrair animais errantes, nomeadamente cães, gatos e pombos”.

Câmara vai colocar cinzeiros para beatas nas papeleiras e esplanadas terão de reforçar limpeza da via pública Antes do final do ano, pelo menos metade das papeleiras existentes no concelho de Oeiras vão ser alteradas de modo a incorporarem uma espécie de cinzeiro onde quem passa poderá depositar as beatas dos cigarros, segundo revelou ao JR o vereador Ricardo Barros, adiantando que a disponibilização de cinzeiros, mas igualmente o reforço de limpeza da via pública, passa, também, a fazer parte da lista de procedimentos obrigatórios dos proprietários de esplanadas.

Sistemas de Segurança

De facto, o novo regulamento prevê que “os estabelecimentos comerciais, nomeadamente de restauração e bebidas, devem proceder à limpeza diária das suas áreas confinantes e respectiva zona de influência”, incluindo esplanadas, sendo que “estabelece-se como zona de influência uma faixa de dois metros de zona pedonal a contar do perímetro da respectiva área de ocupação”. Estas e outras regras são extensíveis a quiosques, bancas ou roulottes, mas também a

feirantes e promotores de espectáculos itinerantes, estando previstas contra-ordenações.

Apesar do reforço das exigências e sanções, Ricardo Barros assume que é difícil ter um polícia atrás de cada uma destas situações. E reitera a importância da sensibilização. Afinal, “uma cidade limpa não é uma cidade que tem muita gente a limpar, é uma cidade que tem pouca gente a sujar”, diz. Ou, como afirma o slogan do município, “Oeiras limpa depende de todos”.

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Mas a meta da redução dos custos do sistema de recolha e tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) também se pode atingir pelo aumento da recolha de lixo reciclável, uma vez que quanto mais resíduos deste género as autarquias entregarem na entidade que procede à sua valorização – a Tratolixo – maiores abatimentos têm naquilo que pagam àquela empresa intermunicipal pelo serviço que a mesma presta.

Para fazer crescer os níveis de recolha selectiva, além do aumento da capacidade instalada dos equipamentos, Oeiras continuará a apostar no “reforço da sensibilização ambiental”, aponta Ricardo Barros.

Outra forma será, naturalmente, incrementar a presença na via pública dos equipamentos

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JORNAL DA REGIÃO

BREVES SEJA CIENTISTA POR UMA NOITE

DEMOCRACIA PARTICIPATIVA

Esta sexta-feira, entre as 19h00 e a meia-noite, vai haver “Cientistas ao Luar” no Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (Avenida da República/Quinta do Marquês). Nesta iniciativa, o INIAV desafia o público a executar experiências científicas com equipamentos e amostras reais utilizadas pelos investigadores no seu dia-a-dia. O evento, com entrada gratuita e espaço de comidas e bebidas, pretende ser uma boa oportunidade para toda a família se divertir e aprender. Perceber que “as plantas também têm lombrigas”, conhecer os efeitos devastadores da vespa asiática em Portugal e as preocupações a ter com as superbactérias são apenas algumas das opções.

“Democracia Participativa – desafios e resultados a nível local” será o tema do próximo “Pequeno-Almoço com a Sustentabilidade”, evento organizado pela Câmara de Oeiras para debater temas importantes para a edilidade. Assim, durante a manhã do dia 28, no Auditório do Templo da Poesia do Parque dos Poetas, vários especialistas vão trazer o seu testemunho sobre iniciativas nesta área. Será o caso do presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, como presidente da Rede de Autarquias Participativas, ou de autarcas de municípios como Valongo, Oliveira do Hospital ou Águeda. O presidente da Câmara de Oeiras, Paulo Vistas, também estará presente.

“É natural a necessidade de ajustamentos” Delegação de competências do Ministério da Educação

Ainda é cedo para fazer uma avaliação definitiva do primeiro ano de vigência do Contrato Administrativo com o Poder Central na área da Educação, mas “serão equacionados os ajustamentos considerados necessários”, salienta o presidente da Câmara de Oeiras. Quanto ao novo ano lectivo, arrancou “com o pessoal não docente necessário e os professores colocados”.

Foto de Arquivo

ACTUALIDADE

ASSEMBLEIA DEBATE EDUCAÇÃO A próxima reunião da Assembleia Municipal de Oeiras, segunda-feira (dia 26 de Setembro), vai ter uma agenda dedicada exclusivamente, a debater e reflectir sobre a “Situação da Educação no Município de Oeiras”. O ponto de encontro também será diferente do habitual: a iniciativa realizar-se-á na Escola Secundária Luís de Freitas Branco, em Paço de Arcos (situada na Rua Carlos Vieira Ramos). O tema será apresentado e discutido pelos deputados municipais, mas o público presente terá tempo reservado para fazer perguntas ou deixar as suas observações sobre a matéria. De resto, o horário da sessão é mais favorável à participação popular, estando o início marcado para as 20h30.

Balanços sobre o impacto da transferência de competências do Ministério da Educação para o município e para os Agrupamentos de Escolas ainda não há nem pode haver até porque, diz Paulo Vistas em resposta a questões sobre esta matéria colocadas pelo JR, “algumas das competências foram assumidas pelo município apenas a partir de 1 de Janeiro de 2016”.

No entanto, embora entenda ser “prematuro, nesta fase, considerar uma revisão significativa dos termos previstos no Contrato Administrativo de Delegação de Competências”, o edil

não deixa de reconhecer que, “como em todos os processos de alguma complexidade, é natural a necessidade de ajustamentos. O clausulado do contrato assim o prevê e a sua aplicação é gradual”, sendo que eventuais medidas serão propostas pela comissão de acompanhamento do referido documento.

Talvez por esse mesmo prin-

cípio de aplicação gradual, a mudança não prejudicou a “absoluta normalidade” com que se desenvolveu o ano lectivo passado, “sem qualquer sobressalto na vida das escolas”.

Também em relação ao ano escolar agora iniciado, o edil considera que ainda é cedo para avaliações, mas sempre vai sublinhando que

“todas as escolas abriram com o pessoal não docente necessário e os professores colocados”. E acrescenta, a propósito, que “a gestão do Pessoal Não Docente constituiu uma das mudanças mais significativas” do processo de descentralização de competências.

“Uma das melhorias unanimemente reconhecidas foi

a do reforço da estabilidade dos recursos humanos ao serviço das escolas, e o de ter sido possível pôr cobro à histórica insuficiência em termos de Pessoal Não Docente que em algumas situações chegou a colocar em causa a normal abertura de anos lectivos anteriores”, concretiza o presidente da Câmara de Oeiras.

Segundo dados fornecidos pela autarquia, a gestão do Pessoal Não Docente passou a ser assumida pelo Município a partir de Novembro de 2015, envolvendo um universo de cerca de 695 trabalhadores distribuídos pelas escolas da rede pública do concelho. Destes, 160 trabalhadores foram recrutados pelo município, já no âmbito do contrato interadministrativo, e “colmataram um deficit crónico de pessoal que as escolas da rede pública tinham há muitos e muitos anos”. Para responder a lacunas circunstanciais, relacionadas com doenças, aposentação e outros factores, está prevista a entrada de 24 trabalhadores já em Outubro.

Faltam ofertas curriculares de base local

O objectivo do projecto-piloto ‘Aproximar’ – com base no qual o anterior Governo delegou competências na área da Educação em 15 municípios – passava por gerar melhorias em cinco grandes áreas: a gestão curricular, a gestão pedagógica, a gestão do pessoal não docente, a gestão financeira e a gestão de equipamentos e infra-estruturas.

Um vasto campo de actuação para o município que requer tempo para produzir todos os resultados expectáveis. “Ainda não decorreu um ano completo de vigência do contrato e nestes primeiros meses o foco foi centrado nas questões organizativas, administrativas e financeiras pelo que não foram ainda equacionadas ofertas curriculares específicas de base local”, reconhece Paulo Vistas, não considerando, aliás, que esta vertente constitua, de momento, uma prioridade. Ainda assim, o edil recorda o programa municipal de empreendedorismo que, no ano lectivo passado, “envolveu a formação de mais 50 professores, 50 turmas e 1.150 alunos do 1.º Ciclo de ensino básico ao ensino secundário que terá continuidade em 2016/2017”, para além de vários outros projectos abrangendo, em parcerias, largas centenas de crianças do pré-escolar e alunos do 1.º Ciclo.

Jorge A. Ferreira

Reabilitação de 13 escolas custa 18 milhões de euros O município de Oeiras entregou ao Ministério da Educação um estudo, efectuado por “uma empresa especializada”, sobre o estado das instalações e dos equipamentos abrangidos pelo contrato interadministrativo. Segundo esclarece Paulo Vistas, “a estimativa do valor global do investimento necessário para a reabilitação das 13 escolas é de aproximadamente 18

milhões de euros, sendo necessário que o Ministério da Educação se pronuncie sobre a afectação de recursos e próximos passos a efectuar para a elaboração de Planos de Reabilitação das infra-estruturas escolares, conforme previsto no Contrato”.

No entanto, não se esperam milagres. “Temos consciência das dificuldades financeiras que o país atra-

vessa e que não se poderá resolver tudo num curto espaço de tempo”, admite o edil.

Entretanto, aproveitando a interrupção lectiva do Verão, e com recurso a verbas transferidas no âmbito do Contrato Administrativo para conservação/manutenção e obras, no valor aproximado de 260 mil euros, foram realizadas uma série de beneficiações nas

infra-estruturas das escolas de 2.º e 3.º Ciclos e Secundárias, com destaque para a substituição de coberturas na EB 2,3 S. Julião da Barra, Oeiras (do Agrupamento de Escolas S. Julião da Barra) e na EBI São Bruno, Caxias (do Agrupamento de Escolas São Bruno).

O presidente da Câmara revela, também, que em reunião realizada, a 6 de Setembro, entre o secretário

de Estado da Administração Local e os 14 municípios aderentes ao projecto-piloto – eram 15, incluindo Amadora e Cascais, mas Maia desvinculou-se, entretanto, do mesmo – “foi-nos comunicado que estes contratos são para manter”.

Uma disposição muito bem recebida porque, “tendo consciência que não existem recursos financeiros para fazer face a todas as necessida-

des, a aproximação do centro de decisão para a esfera local imprime mais e maior eficácia, mais e maior sensibilidade para a resolução dos problemas”, reitera Paulo Vistas, acrescentando que as transferências de verbas do Ministério da Educação para o município – para o funcionamento das escolas, assim como no âmbito da Acção Social Escolar –“têm vindo a ser cumpridas”.

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JORNAL DA REGIÃO

Caixa Alfama leva o Fado pelas ruas de Lisboa

CULTURA

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Quarta edição divide-se por dez palcos É já nos próximos dias 23 e 24 de Setembro, sexta-feira e sábado, que vai ecoar na capital portuguesa uma das maiores tradições culturais e um dos mais sólidos símbolos lusos: o Fado.

Se a tradição já não é o que era, em muitas ocasiões, o Fado desmente o ditado po-

pular e mantém-se fiel a si próprio, apesar de se adaptar conforme as várias gerações de fadistas.

Há quatro anos que o Festival Caixa Alfama leva esta sonoridade por alguns dos mais típicos bairros alfacinhas. Este ano, continuam a ser dez os palcos que irão receber 40 artistas, mas com

duas novas localizações: o Largo da Igreja de Santo Estêvão e do Clube Lusitano, na Rua São João da Praça.

Além destes, contam-se os já habituais Palco Caixa, junto ao Rio Tejo, no Clube Sportivo Adicense, na Igreja de São Miguel, na Sociedade Boa União, no Centro Cultural Dr. Magalhães Lima,

no Largo das Alcaçarias e dois palcos no Museu do Fado – no restaurante e no auditório. Também o Fado à Janela se mantém e marca presença nos Largos do Chafariz de Dentro e no de São Miguel.

Carminho, Gisela João, Ricardo Ribeiro, António Pinto Basto, FF e Marina Mota são alguns dos nomes de maior destaque a actuar no primeiro dia do evento.

No dia 24, o festival celebra uma noite de tributo à fadista Beatriz da Conceição (falecida em Novembro de 2015). Nesse dia, Raquel Tavares, Maria Ana Bobone e Maura Airez, jovem fadista

que, com apenas 16 anos, é a aposta deste ano para novo talento, enchem as medidas de uma noite que será, certamente, memorável.

Além da música, são também dez os restaurantes, escolhidos pela fadista e residente em Alfama, Raquel Tavares, que se associam ao festival e prepararam menus especiais.

Os preços dos bilhetes mantêm-se iguais às edições anteriores: 38 euros para os dois dias (se comprados até dia 22) ou 45 euros, com desconto de 10% para clientes da Caixa Geral de Depósitos (compra na bilheteira do Museu do Fado).

‘Vozes do Fado’ em Oeiras Até ao próximo dia 30 de Setembro, Oeiras volta a receber mais um ciclo de ‘Vozes do Fado’, uma iniciativa promovida pela Câmara Municipal.

Nesta série de espectáculos iniciada no passado dia 16 de Setembro, com a fadista Carla Pires, o Auditório Municipal Eunice Muñoz, em Oeiras, recebe, ainda durante este mês, Pedro Moutinho e Joana Amendoeira, nos dias 23 e 30, respectivamente, pelas 22h00.

Durante o mês de Outubro, o Auditório Municipal Ruy de Carvalho, em Carnaxide, é o anfitrião destes espectáculos musicais.

Neste caso, sempre pelas 22h00, Cuca Roseta actuará no dia 14, Sara Correia a 21, e Jorge Fernando no dia 28.

Travesseirinho

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Arte e música juntam-se num só festival

Edição de estreia vai ter lugar no Jardim de Oeiras Descrito como um evento “novo, experimental, inédito. Iminente. Próximo, a acontecer no momento, urbano, explosivo, enérgico, excitante, efémero, imprevisível”, o Festival Iminente traz até Oeiras um conceito algo original em Portugal, ao juntar a música à arte.

Durante três dias, entre 23 a 25 de Setembro, o Jardim Municipal de Oeiras é o cenário que acolhe a primeira edição do evento, cuja iniciativa partiu de VHILS – nome artístico de Alexandre Farto, pintor e graffiter português –, um dos artistas participantes e curador do projecto, juntamente com a Galeria Underdogs: “O VHILS tinha a

vontade de criar um festival que juntasse arte e música, e a maior parte dos artistas que contactou para participarem recebeu bem esta ideia. A Câmara de Oeiras também deu um importante contributo, ao abraçar, desde logo, o projecto e dar as condições necessárias para o realizar. À Galeria Underdogs, coube, nomeadamente, o contacto com vários artistas plásticos”, revela Adilson Lima, outro dos mentores do projecto.

Linda Martini, Halloween, Dead Combo, Sam the Kid e DJ Big & DJ Set, Orelha Negra, Ana Moura, Chullage e DJ Ride são alguns dos artistas em destaque, que vão actuar em Oeiras.

Na vertente da arte plástica, estão previstas as presenças de nomes que fazem parte da produção nacional contemporânea, como Bordalo II, Okuda, ADD Fuel, André da Loba e VHILS, e que expõem a sua arte em todo o espaço do Jardim Municipal de Oeiras, sem grandes limites entre esta e o público, estando, por vezes, integrada no ambiente e ainda em execução durante o decorrer do festival: “Vamos ter esculturas isoladas e outras que convivem com a natureza”, explica Adilson Lima.

A divisão do espaço, que ainda não foi totalmente re-

velada, também se pretende diferente do que é habitual.

Este será composto por três palcos, zona de comes e bebes, de bares e de jogos tradicionais, tal como adianta a organização: “Os palcos para as bandas e os músicos são três e estão embebidos na vegetação, tipo camuflado e vai dar para ‘estar em cima dos músicos’ e sentir tudo na pele. Um é numa estufa, outro é entre as árvores e a pista para os DJ Sets é... surpresa. Contem também com carrinhos de choque, carrosséis e outras cenas populares. E comida e bebida, claro”.

Este espectáculo combina a receita de uma fórmula que ambiciona continuidade e que, mesmo antes de ser inaugurado, permite antecipar que será um sucesso, já que, apesar de nenhum dia se encontrar esgotado, foram vendidos mais de metade dos bilhetes disponíveis.

“Esperamos receber todo o tipo de público, das mais variadas faixas etárias, desde que aprecie música e arte.

Um dos objectivos é mesmo aproximar o público das novas tendências artísticas do país. Cremos que vai ser um festival com muita procura e pode mesmo vir a ser repli-

cado noutras zonas de Portugal”, conclui o mentor do evento.

O Festival Iminente tem ainda produção da empresa de entretenimento UAU. O preço do bilhete diário é de apenas dois euros, sendo que metade do valor reverte a favor de iniciativas de apoio social.

Para mais informações, consultar página oficial do festival na Internet: www.festivaliminente.com.

Jardim Municipal de Oeiras, dias 23 e 24, das 16h00 às 02h00, dias 25, das 14h00 às 20h00.

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Os Sete Magníficos

Do realizador Antoine Fuqua, o filme traz uma visão moderna de uma história clássica, ao ser um remake do icónico western dos anos 60.

Com a cidade de Rose Creek sob o domínio de um poderoso industrial, a população contrata a protecção de sete marginais pistoleiros. Com Denzel Washington e Chris Pratt entre o elenco de actores.

LIVRO

‘As Fabulosas Histórias da Tapada de Mafra’, de Cristina Carvalho

Com ilustrações de Teodora Boneva e fotografias de Nanã Sousa Dias, o livro é a companhia ideal para levar o leitor mais jovem a visitar uma das florestas mais protegidas do país, homenageando assim a riqueza da sua natureza, e ensinando a apreciar ainda mais os animais, plantas e planeta em que habitamos.

MÙSICA

‘Amália canta Portugal’, de Amália Rodrigues

Depois do sucesso que foi o festival Poeiras, no início de Setembro, o Parque dos Poetas continua

Luís Franco-Bastos traz novo espectáculo a Sintra O amor de Romeu e Julieta ‘A Voz da Razão’ é o novo espectáculo a solo que Luís Franco-Bastos traz até ao Olga Cadaval. O espectáculo de ‘stand up comedy’ leva o comediante de regresso à estrada com uma actuação que dá a conhecer uma nova

fase da sua vida, quando atingiu a maturidade pessoal e artística e chegou a novas conclusões e perspectivas sobre o mundo.

Auditório Jorge Sampaio, dia 24 de Setembro, pelas 21h30.

Fernando Rocha no Mercado de Algés

Dia 22 de Setembro, a partir das 21h30.

Fado, orquestra e cantares Alentejanos, na Amadora

No fim-de-semana de 23 a 25 de Setembro, o Cineteatro Municipal D. João V, na Damaia, recebe concertos de três estilos de música muito distintos entre si. No dia 23, pelas 21h00, a Orquestra Metropolitana de Lisboa apresenta as Sinfonias 6 & 5 do compositor Ludwig van Beethoven. No sábado, dia 23, pelas 16h00, o grupo coral “Os Alentejanos da Damaia”, que somam já 40 anos de actividade, invadem os palcos do cineteatro com histórias, lendas e muitos temas tradicionais do Alentejo. Às 17h00 de domingo (dia 25), é a vez de José da Câmara, um emblemático nome do Fado, apresentar alguns dos principais temas da sua carreira.

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De sexta-feira a domingo, Albarraque, na freguesia de Rio de Mouro, acolhe mais uma edição das festividades em honra de Santa Margarida. Para além da vertente religiosa, os principais destaques recaem nas noites de fados, marcadas para

Até 15 de Outubro, às quintas, sextas e sábados, às 21h30.

dias 24 e 25, pelas 22h00, que contarão com as vozes de José Cid, Maria João Quadros e João Ferreira Rosa (dia 24) e de António Pinto Basto, Rita Gordo e Liliana Martins (dia 25).

De 23 a 25 de Setembro.

Jornadas Europeias do Património em Cascais

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Dias 24 e 25 de Setembro, sábado, das 16h00 às 20h00, e domingo, das 11h00 às 15h00.

de Fernando Villas-Boas e encenação de Paulo Cintrão.

Uma co-produção da companhia de teatro ‘Byfurcação’ e da Câmara de Sintra.

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No âmbito das comemorações das Jornadas Europeias do Património, iniciativa anual que alerta para a importância de salvaguardar o património, a Câmara Municipal de Cascais junta-se à iniciativa com visitas e apresentações.

No dia 24, é feita uma apresentação pública dos estudos arqueológicos e tese de doutoramento de Guilherme

Cardoso, seguida de uma visita ao sítio da villa romana de Freiria, mediante inscrição prévia.

Para dia 25, são abertas ao público as Grutas do Poço Velho, localizadas no centro da vila de Cascais, através de uma visita guiada.

Das 15h00 às 19h00.

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PEQUENAS MUDANÇAS

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O eterno amor de ‘Romeu e Julieta’, do texto original de William Shakespeare, é recriado com um espectáculo de teatro de rua no Parque da Liberdade, em Sintra, considerada a Capital do Romantismo.

Com tradução e dramaturgia

dicionais, a biblioteca, a oficina de pipas e papagaios, a oficina de olaria e uma exposição de Lego, com lugar no Templo da Poesia.

Festas em Honra de Santa Margarida

O reconhecido humorista nortenho volta ao Mercado de Algés, no concelho de Oeiras, para mais um espectáculo de ‘stand up comedy’.

Prepare-se para uma noite única e inesquecível de comédia, marcada pelo sotaque, vincado, e talento natural do inconfundível Fernando Rocha.

Este disco reúne o trabalho de Amália feito no estilo folclore, um género interpretado pela artista em músicas como “Malhão”, e onde são ainda incluídos temas de Zeca Afonso e versões de outras canções popularizadas, nomeadamente em ‘Verde Limão’ e ‘Tia Anica de Loulé’.

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a receber os frutos do evento, com os Ecos de Poeiras. Este evento continua a homenagear a Lín-

gua Portuguesa, ao mostrar a enorme riqueza da cultura dos países lusófonos. Para além da gastronomia tradicional, artesanato e música – com os portugueses Raquel Marques e Carlos Sério, no dia 24 –, continuam ainda a decorrer os jogos tra-

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Ecos de Poeiras... a festa continua em Oeiras

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Sugestões JR

JORNAL DA REGIÃO

VER & OUVIR

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21 a 27 de Setembro de 2016

Regresso aos palcos com ‘Filho da Treta’

Nem o enorme susto de saúde pelo qual José Pedro Gomes passou, recentemente, o fez afastar dos palcos. Aos 64 anos, o actor está de volta com ‘Filho da Treta’, a recuperação da famosa ‘Conversa da Treta’, estreada em 1997, protagonizada a par com António Feio.

A 27 de Janeiro de 2016, José Pedro Gomes dava entrada no Hospital de Cascais com uma pneumonia que, recentemente, o próprio confirmou como resultado da designada ‘Gripe das Aves’, do vírus H1N1.

Depois de ter estado 42 dias em coma e dos órgãos terem chegado a entrar em falência, o coração foi mais forte e resistiu, e hoje o actor revela estar bem de saúde, afirmando mesmo, em tom de brincadeira, estar “pronto para outra” e desejoso de voltar a fazer o que melhor sabe: representar. “Estava ansioso por regressar. A minha vida não é ser doente, é ser actor e trabalhar em cima de um palco ou onde for preciso”.

José Pedro Gomes nunca negou a sua apetência e gosto pela comédia e mesmo numa simples conversa justifica este rótulo engraçado, respondendo sempre, mesmo aos assuntos mais delicados, com humor: “Acho que sou eficaz como actor de comédia, até pela prática que fui conquistando. Por outro lado, acho que, cada vez mais, o público precisa de se rir e animar, pelo menos durante o tempo que está a assistir ao espectáculo”, defende.

A peça ‘Filho da Treta’ (ver caixa), em que José Pedro Gomes contracena com António Machado, continua a ter como base uma ‘conversa da treta’, que, desta vez, contrapõe duas gerações diferentes, tal como explica o próprio:“Eu sou o Zezé e o António é o Júnior, o filho de Toni – papel desempenhado anteriormente por António Feio – que Zezé nunca quis ter. Somos dois tipos a con-

versar nuns termos muito próprios de dois ‘cromos’.

Dialogamos e discutimos, pois o Júnior traz assuntos e termos que para o Zezé são completamente desconhecidos” José Pedro Gomes revela ainda que já sentia falta deste seu personagem, ‘Zezé’, e de voltar a uma peça que marcou os portugueses e o próprio actor, pessoal e profissionalmente. “É muito bom poder fazer este género de espectáculo onde é possível improvisar, desde que cada um de nós se adapte dentro das características do seu personagem. Já em ‘Conversa da Treta’ esta situação aconteceu por várias vezes”.

Para além da notável vontade de continuar a representar, José Pedro Gomes demonstra ainda um

de férias no hospital”, brinca o actor. Com os personagens Zezé (José Pedro Gomes) e Júnior (António Machado) como coprotagonistas, a história coloca em confronto duas gerações ao fazer renascer o “código genético da Treta”, em 2016, e evidenciar conceitos e objectos muito conhecidos das novas gerações,

Olha quem fala

prazer enorme de viver e de continuar a aprender, revelando-se “indignado” por lhe ter terem roubado “um mês e tal de vida que ainda não foi restituído”, e que agora pretende recuperar da melhor forma.

‘Filho da Treta’ em cena no Casino de Lisboa Produzido pela companhia ‘Força de Produção’, a ideia de reinventar a peça ‘Conversa da Treta’ já tinha sido tomada e vinha a ganhar forma mesmo antes de José Pedro Gomes ter sido internado. “A decisão de regressar com um ‘sucessor’ da ‘Conversa da Treta’ foi tomada antes de me encontrar

Poucos meses após recuperar de uma pneumonia, que o deixou em coma, José Pedro Gomes mostra uma enorme alegria por voltar ao trabalho

como os ‘paus de selfie’, as bicicletas desmontáveis, as tascas gourmet e as ‘startup’.

‘Filho da Treta’ estreou no passado dia 14 de Setembro e vai estar em cena todas as quintas-feiras e sábados, pelas 21h30, e aos domingos, às 17h00, no Auditório dos Oceanos, no Casino de Lisboa.

“Às vezes tenho dias loucos, melhor, costumo ter semanas loucas. Ou tenho tido anos loucos. Não sei.

Mas já não sei viver de outra forma”.

CRISTINA FERREIRA, sobre o ritmo da sua vida, no blog Daily Cristina.

Foto Paulo Sabino

NA BERRA

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“No início não se desfruta tanto, não percebia bem aquilo que as mulheres diziam sobre a maternidade ser maravilhosa. Achava que era só cansativa, um trabalho de 24 horas, porque eles não interagem e é um bocadinho ingrato... Agora está numa fase super engraçada. É muito bem disposto, ri-se de manhã à noite, já interage de mil formas e agora estou mesmo a ficar apaixonada pelo meu filho”.

JOANA FREITAS, sobre o nascimento do filho, na Caras.

“Pela primeira vez, o programa The Voice ganhou àquela coisa chamada Casa dos Segredos, apresentada pela Teresa Guilherme. É discutível o conceito do The Voice? Talvez. É discutível o conceito da Casa dos Segredos? Não. É mesmo uma mer**”.

ANA BOLA, sobre o reality show da TVI, no Facebook.

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INICIATIVAS

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21 a 27 de Setembro de 2016

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‘Selva’, um lugar para os animais

Figuras públicas aderem a plataforma Ana Galvão e João Manzarra são os mentores do novo projecto, ‘Selva.pt’, uma plataforma informativa que visa abordar várias áreas do mundo animal.

Foi no passado dia 12 de Setembro que a ‘Selva’ ganhou vida e conquistou o seu lugar como “o primeiro site em Portugal com todo o tipo de informações sobre animais e que demonstra como todos ficamos mais ricos quando respeitamos aqueles que, connosco, partilham o planeta”, explicou Ana Galvão, a radialista e apresentadora do programa ‘Animais Anónimos’, emitido na RTP. Criado com o propósito não só de informar, mas também de ajudar a mudar mentalidades em relação às relações entre os seres vivos que partilham o Planeta – humanos, animais e natureza –, a

iniciativa resultou do amor comum que Ana Galvão e João Manzarra nutrem pela espécie animal. Essa mesma mensagem foi reforçada por Rita Silva, presidente da Associação Animal e coordenadora desta nova plataforma online:“Esperamos poder contribuir para que, cada vez mais pessoas, percebam que o planeta é de todos, e não só dos seres humanos”.

Para dar a conhecer um pouco mais o mundo dos animais, em ‘Selva.pt’ podem ser encontradas crónicas, entrevistas, artigos de opinião, vídeos, secção de vegetarianismo e veganismo e mesmo histórias de amizades improváveis.

Durante a apresentação, que decorreu no Páteo Alfacinha, em Lisboa, foram revelados alguns dos nomes que vão contribuir com as

suas histórias, pessoais e não só, e conhecimentos sobre o mundo dos animais, entre os quais constam Rodrigo Guedes de Carvalho, jornalista e pivôt da SIC; Gabriela Oliveira, autora de livros de comida vegetariana, e os especialistas Cláudia Estanislau, da Escola de Treino e Comportamento Canino ‘All About Dogs’, Rita von Bonhorst, médica veterinária no Hospital Veterinário Arco do Cego e Maria Oliveira Dias, do ‘The Love Food’.

“Contamos, ao longo do tempo, vir a ter vários artigos de todas as pessoas que amam os animais. O objectivo aqui é sensibilizar, partilhar informação e ajudar. Nós acreditamos que a informação pode mudar mentalidades e melhorar o planeta, e isso é essencial nesta área pois, todos os

Rita Silva (presidente da Associação Animal), Ana Galvão e João Manzarra na apresentação da plataforma

dias, ouvimos histórias de mais um animal em vias de extinção”, acentuou Ana Galvão.

Futuramente, a iniciativa tem ainda como objectivo apoiar pessoas que se dediquem aos animais ou causas relacionadas com esta temática.

Para além da página na Internet – acessível através de www.selva.pt –, o projecto

marca ainda presença nas redes sociais, no Facebook e Instagram, e vai procurar disponibilizar publicações diariamente.

“Espero que a iniciativa tenha o impacto que merece.

Nós vamos fazer por isso e vamos ser uns ‘chatinhos’ a favor dos animais”, rematou o apresentador João Manzarra.

Na apresentação, esteve ainda o humorista e apresentador, Nuno Markl, ex-marido de Ana Galvão, constituindo outra das caras conhecidas que também vai participar no projecto como cronista.

“Ajudem-nos a divulgar a ‘Selva’ e partilhem a nossa página com todos os vossos contactos”, apelou ainda Ana Galvão.

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MOTORES

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21 a 27 de Setembro de 2016

Energia renovada O pequeno up! da Volkswagen está mais potente e divertido. O novo motor 1.0 TSI de 90 cv garante adrenalina e prazer de condução em estrada ou na cidade

Saiba mais sobre este modelo em www.jornaldaregião.pt

JORNAL DA REGIÃO

Lançado há cinco anos, a par dos seus irmãos Seat Mii e Skoda Citigo, o Volkswagen up! ainda estava pleno de actualidade. Porém, a marca alemã decidiu melhorá-lo com retoques estéticos, mais tecnologia e um novo motor 1.0 TSI cheio de adrenalina.

A principal novidade do VW up! que acaba de chegar a Portugal reside na introdução de uma nova motorização 1.0 TSI, com 90 cv, que se junta às já conhecidas versões tricilindricas 1.0 de 60 e 75 cv.

O novo motor turbo quase transforma o up! num pequeno desportivo, capaz de vencer todos os duelos nos semáforos ou nas ruas apertadas das cidades.

Isto porque, com apenas 3,5 metros de comprimento e um motor com binário disponível desde muito cedo (1750 rpm), tem toda a agilidade para vencer o tráfego urbano, revelando a competência necessária para brilhar na estrada e até em auto-estrada.

Basta dizer que o up! 1.0 TSI promete velocidade máxima de 185 km/h e uma aceleração dos zero ao 100 km/h em 9,9 segundos. Isto, sem grande penalização em termos de consumos, com a marca a apontar

para uma média de 4,4 l/100 km.

Para além do motor (sendo que as versões de 60 e 75 cv mantêm o rótulo de ‘q.b.’ para a utilização urbana), o ligeiro ‘restyling’ introduzido pela marca de Wolfsburg no mais pequeno dos seus modelos centrou-se ao nível dos pára-choques dianteiro e traseiro, do desenhos das jantes e dos espelhos, que agora incluem piscas, dos faróis com luzes de condução diurna em LED, e no interior.

Aqui, o ambiente é mais moderno e tecnológico, com possibilidade de personalização de cores (13 combinações diferentes) e inclusão de sistema inteligente de utilização de smartphones.

E se é daqueles condutores que gosta de um bom som a bordo, pode optar por um sistema de 300 watts com sete altifalantes da última geração da Beats (só na versão específica).

O up! tem ainda volante multifunções, câmara traseira de ajuda ao estacionamento e tecto de abrir panorâmico.

Resta dizer que, para um carro de tão reduzidas dimensões, o conforto merece nota francamente positiva, tal como o espaço interior para quatro passageiros.

Volkswagen up! 1.0 TSI Motor: Gasolina, 3 cilindros, turbo, 999 cm3 Potência: 90 cv/5500 rpm Binário máximo: 3160 Nm/1500 rpm Velocidade máxima: 185 km/h Consumo/emissões: 4,4 l/100 km, 101 g/km Preço : 14.478 €

Já agora, convém sublinhar que, face às versões menos potentes (60 e 75 cv), o 1.0 TSI custa cerca de 1000 euros a mais. Dá para pensar...

Paulo Parracho

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21 a 27 de Setembro de 2016

DESPORTO

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Aquecimento para a Corrida do Tejo

Prova fecha Marginal entre Algés e Oeiras

No próximo domingo, a Marginal volta a fechar ao trânsito para receber mais uma edição da Corrida do Tejo.

A Corrida do Tejo acontece já no próximo domingo, dia 25, mas até lá os participantes são desafiados para mais um treino de preparação para a prova, que acontece esta sexta-feira

(dia 23), às 18h30, no Jamor, junto ao Pavilhão dos Esteiros da Faculdade de Motricidade Humana. Neste local decorre também a Feira do Corredor, onde será feita entrega de dorsais nos dias 23 e 24, entre as 10h00 e as 20h00.

As inscrições continuam abertas até dia 23 e podem ser feitas online em www.corridadotejo.

com ou nas lojas Sportzone, beneficiando neste caso de um desconto de 25% do valor em cartão SZ. Os 10 km da Corrida do Tejo fazem-se pela Avenida Marginal entre Algés e a Praia da Torre, em Oeiras. Esta prova distingue-se pela aposta na componente desportiva espelhada nas suas características

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técnicas, entre as quais se destacam a t-shirt técnica New Balance; o dorsal personalizado com chip integrado; as caixas de saída por tempos sub 37’, sub 40’, sub 45’, sub 50’ e sub 55’; e dois abastecimentos no percurso e um no final, que inclui, para além de água e fruta, uma garrafa de Gatorade para cada participante.

A utilização do comboio no dia da prova é gratuita, bastando a apresentação do dorsal.

Ao longo das 36 edições da Corrida do Tejo foram mais de 250 mil os participantes que já cortaram a meta desta que é a prova de estrada mais antiga de Nas últimas semanas foram realizados vários treinos de preparação no Jamor Portugal.

Corrida das Localidades é para continuar As equipas da Associação Desportiva NucleOeiras, que venceu a classificação colectiva, foram as mais galardoadas durante a cerimónia de entrega de prémios do 34.º Troféu Troféu CMO – Corrida das Localidades, referente à época de 2015-16. A equipa oeirense conquistou o seu sétimo título consecutivo, igualando o

mesmo feito do seu principal rival, o Linda-a-Pastora Sporting Clube, que dominou entre 2002 e 2009, e que este ano voltou a ser vice-campeão.

O Linda-a-Pastora ganhou ainda a chamada categoria principal, a de seniores (masculinos e femininos), através de Luís Santos e Susana Cunha.

Na cerimónia, bastante participada, o edil Paulo Vistas, esteve acompanhado pelo seu vice-presidente Carlos Morgado, destacando a importância deste evento desportivo, que movimenta anualmente centenas de atletas em provas levadas a cabo pelos clubes do concelho: “Ao longo destes 34 anos, milhares de pessoas criaram

o hábito da prática do exercício físico, criando laços de amizade e proximidade entre atletas e clubes. Porque o que está bem, não deve acabar, apostamos na continuidade deste programa, procurando todos os anos melhorar um bocadinho, mesmo em cenários de crise” garantiu o presidente da Câmara de Oeiras.

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REPÓRTER JR

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Assembleia Municipal aprova Julgado de Paz em Cascais A proposta camarária de criação do Julgado de Paz do Agrupamento dos Concelhos de Cascais e Oeiras, foi aprovada, por unanimidade, na Assembleia Municipal. Mais um passo na prossecução deste serviço, que ocupará o antigo edifício do Tribunal do Trabalho, junto à estação de comboios de Cascais.

Apesar do voto unânime favorável, a medida mereceu, da parte dos deputados socialistas, a apresentação de uma proposta de recomendação visando “a criação de um posto de atendimento e

a disponibilização de uma sala de audiências descentralizada no território do Concelho de Oeiras”, à semelhança “do que sucede noutros Julgados em agregação”. Segundo os proponentes, a não existência destes espaços implica “prejuízo para a lógica de proximidade para a população que se pretende fazer valer”.

No entanto, a referida proposta de recomendação à Câmara acabaria por ser chumbada, na reunião desta segunda-feira, pelos votos contra do PSD e do IOMAF (a favor votaram PS, CDU,

BE e PAN, enquanto o CDS esteve ausente no momento da votação).

Em defesa do chumbo da criação de um posto de atendimento e de uma sala de audiências descentralizada em Oeiras, o vereador Ângelo Pereira, responsável pela pasta da Modernização Administrativa da Câmara (PSD) disse ao JR que tal medida “não faz sentido algum nesta fase, significando mais despesa sem fundamento”.

“A juíza [em serviço no actual Julgado de Paz de Cascais] teria de andar de um lado para o outro e haveria

um aumento nos custos sem justificação nesta altura”, considera aquele responsável, adiantando que “só a partir dos 500 processos oriundos de Oeiras” é que tal hipótese poderá ser colocada.

“O Centro de Emprego é em Cascais e serve também Oeiras, o Tribunal de Instrução Criminal é em Oeiras e serve também Cascais, o Tribunal Administrativo é em Sintra…”, aponta, ainda, o vereador, em defesa da sua posição, e salientando que as futuras instalações do Julgado de Paz agregado de Cascais e Oeiras situam-se no antigo Tribunal do Trabalho, localizado mesmo em frente à estação de comboios de Cascais. O referido edifício está com obras de adaptação muito avançadas, segundo já pôde testemunhar Ângelo Pereira em recente visita de trabalho ao local.

Cumprida a vertente burocrática da parte das autarquias, a concretização do processo está agora do lado do Ministério da Justiça. Segundo informação recolhida pelo JR, o município de Oeiras deverá disponibilizar para a futura estrutura de justiça – considerada mais informal e célere - dois funcionários, um número que deverá duplicar no segundo ano de funcionamento. Ao todo, as estimativas de custos por parte de Oeiras com este projecto apontam para os 40 mil euros anuais.

JAF

Actualização do Cartão 65+ em Carnaxide O processo de actualização e avaliação do Cartão 65+, já realizado noutras localidades do concelho, prossegue agora em Carnaxide. Para concretizar este procedimento, levado a efeito por decisão da Câmara Municipal de Oeiras, os beneficiários desta medida social que sejam residentes nesta freguesia deverão deslocar-se ao Mercado Municipal de Carnaxide (Praceta Eugénio de Castro), esta quarta-feira, quinta e sexta-feira (20, 21 e 22), entre as 09h30 e as 12h30.

Justificando esta iniciativa, a Câmara lembra que o Cartão 65+ está em vigor desde 2009, pelo que “importa avaliar esta medida e adequá-la a novas exigências”, sem especificar, contudo, eventuais alterações a introduzir. O cartão em causa, que abrange cerca de 10 mil munícipes com idade igual ou superior a 65 anos, “tem representando um importante contributo para a qualidade de vida da população idosa beneficiária, na medida em que assegura o acesso a bens e serviços, a preços reduzidos”, acrescenta a autarquia oeirense.

Exposição passa em revista os 20 anos da Universidade Atlântica As duas décadas de desenvolvimento do projecto da Universidade Atlântica estão em foco através de uma exposição patente nas instalações daquele estabelecimento de ensino superior, situado em Barcarena.

Em 20 anos muita coisa pode mudar, com pontos altos e baixos, mas o importante é persistir na procura das melhores soluções para manter vivo um projecto importante para o concelho e para o país. Essa linha de preocupação manteve-se ao longo

destas duas décadas e foi assim que as fases mais difíceis foram sendo ultrapassadas, como sucedeu, mais recentemente, em 2014, quando a empresa espanhola Carbures adquiriu 87% do capital da Atlântica, inaugurando um novo ciclo de estreita colaboração entre universidade e mundo empresarial, dando enfoque ao desenvolvimento da área das engenharias de materiais e das engenharias aeronáuticas, o ‘core business’ da Carbures.

A mostra permite projectar o futuro e conhecer mais de

perto o passado da instituição, nascida em 1996, sendo administrada pela E.I.A.— Ensino, Investigação e Administração S.A., “entidade instituidora criada em 1993 com o objectivo de desenvolver uma instituição de ensino superior de qualidade, reconhecida pela capacidade de formar profissionais de excelência para o mercado de trabalho, teve na sua base professores universitários, investigadores, instituições financeiras, grupos institucionais, empresas de serviço e de estu-

dos, e a Câmara Municipal de Oeiras, que até 2014 se manteve como a principal accionista”.

Em 2001 a instituição viu o seu leque de oferta académica crescer com a criação da Escola Superior de Saúde Atlântica, que se inicia com dois novos cursos na área da saúde: a Licenciatura em Enfermagem e a Licenciatura em Fisioterapia.

Desde 2014, então, inicia-se uma nova etapa na vida da Atlântica, com a entrada em cena do grupo Carbures e a inerente aposta num

“novo modelo de ensino que privilegia a devida integração instituição universitária / empresa, áreas de conhecimento transversais e complementares (saúde, ciências empresariais, tecnologias de informação, engenharia), e um forte investimento em investigação que origine inovação aplicada”.

A exposição estará patente aos visitantes, alunos e ex-alunos, no átrio do Edifício Afonso Barros, em Barcarena, até ao final do mês de Dezembro.

Médico de Família

Mentir pode ser problema mental Mentir compulsivamente está longe de ser engraçado e pode mesmo representar uma patologia denominada mitomania.

Neste quadro clínico inserem-se as pessoas que mentem com muita frequência, tornando esta atitude num vício que reflecte uma forma de estar na vida. A psicóloga Júlia Machado, do Hospital Lusíadas Porto, explica quais são os principais sinais de alarme e os tratamentos para superar este problema.

Para a psicóloga, o mais importante é “identificar e reconhecer a mentira como um hábito patológico e analisar a sua frequência, uma vez que a mentira excessiva é um sintoma comum de diversas doenças mentais.

Este tipo de comportamento é causado por um transtorno psicológico, no qual existe uma eventual simulação, omissão ou distorção da verdade que normalmente é praticada por indivíduos saudáveis”.

“Sabe-se que as principais causas da mentira patológica são decorrentes de traços da personalidade, problemas nas relações familiares e experiências stressantes ou traumáticas. Por exemplo, pessoas que sofrem de transtorno da personalidade antissocial normalmente mentem para se beneficiar junto dos outros. Alguns indivíduos com esta perturbação podem mentir para chamar a atenção, alegando que eles foram mal tratados ou pressionados”, explica Júlia Machado.

O tratamento da mitomania envolve o acompanhamento psicológico e a toma de psicofármacos, nos casos em que o doente apresenta também outros quadros psíquicos como ansiedade ou depressão. O diagnóstico da patologia é feito por um médico psiquiatra e um psicoterapeuta.

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21 a 27 de Setembro de 2016

ACTUALIDADE

JORNAL DA REGIÃO

Escolas ganham formação em Suporte Básico de Vida

Todos os alunos a frequentar o 10.º ano de escolaridade terão já acesso a formação neste domínio, que pode permitir salvar vidas em situações críticas de emergência. Protocolo assinado, em Paço de Arcos, entre ministérios da Saúde e da Educação visa generalizar programa.

Assinalando o arranque do novo ano lectivo, os ministério da Saúde e da Educação assinaram, no passado dia 14, um protocolo de formação extra-curricular para o Ensino Secundário, no âmbito da promoção da saúde. O documento, que foi celebrado na Escola Secundária Luís de Freitas Branco, em Paço de Arcos, numa cerimónia que contou com a presença do presidente da Câmara de Oeiras, Paulo Vistas, prevê acordos de cooperação que permitam a realização, ao nível nacional, de acções de formação, com vista à aquisição das competências básicas necessárias ao socorro pré-hospitalar, e vai possibilitar formação em Suporte Básico de

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Protocolo, celebrado em Paço de Arcos, envolveu os ministérios da Saúde e da Educação

Vida (SBV) a todos os alunos que frequentem, este ano, o 10.º ano de escolaridade. É objectivo do protocolo alargar este programa a outros anos de escolaridade e no seio dos professores de forma a criar condições para que os

alunos se tornem “mais autónomos e responsáveis em relação à sua saúde e à saúde de quem os rodeia”.

O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, frisou que o protocolo “tira do papel” uma medida des-

damos início a um processo que visa alargar a todo o país a capacitação dos professores para transmitirem esse conhecimento”, salientou Adalberto Campos Fernandes.

Por seu turno, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, sublinhou que a escola tem de ser também um lugar de saúde e de ter espaço para a saúde. “Para que ao apelo humano, quando enfrentam uma situação de emergência, possam melhor responder”, afirmou o governante, acrescentando que a educação para a saúde é já uma prática nas escolas portuguesas. “Cerca de 55% das nossas escolas já o fazem, vamos agora fazê-lo de uma forma estruturada”, concluiu.

A cerimónia de assinatura contou, ainda, com a participação

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do director do Agrupamento de Escolas de Paço de Arcos, do director-geral da Educação e do presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). Na mesma ocasião foram entregues diplomas aos professores que já receberam a formação necessária por parte do INEM e realizaram-se, ainda, algumas demonstrações de SBV, num dos pátios da escola, com a colaboração de uma equipa do INEM. O SBV é um conjunto de procedimentos bem definidos e com metodologias padronizadas, que tem por objectivo reconhecer as situações de perigo de vida iminente, saber como e quando pedir ajuda e saber iniciar de imediato, sem recurso a qualquer equipamento, manobras que contribuam para a preservação da vida.

tinada a fazer com que os alunos não se limitem a olhar para a saúde como “uma ida ao médico ou ao hospital”, mas como algo que deve começar em cada um. Trata-se de levar a segurança dos cidadãos para a escola: “Hoje

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