Jornal da Região de Sintra de 28 de Setembro a 4 de Outubro de 2017

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28 Setembro a 4 Outubro de 2017 - Semanal - Série V Ano XXII - N.º 145

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ESTÁTUAS VIVAS ANIMAM SINTRA JOSÉ FIDALGO

“FIQUEI FASCINADO E A VONTADE DE VIAJAR CRESCEU”

O Festival de Estátuas Vivas de Sintra, que decorreu no fim-de-semana, foi mais um momento de animação para os milhares de turistas que visitaram a Capital do Romantismo. Cerca de 30 artistas deram vida, entre o MU.SA e o terreiro fronteiro ao Palácio da Vila, a personagens que recordaram tradições ou figuras históricas, mas em que também não faltou a música.

Na apresentação da sua plataforma, o actor contou-nos como surgiu esta ideia, falou do seu percurso e dos projectos ao nível da representação.

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CANDIDATOS AUTÁRQUICOS APRESENTAM PROPOSTAS AO ELEITORADO SINTRENSE

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autárquicas

Anabela Henriques (Sintra Sim)

Carlos Carujo (Bloco de Esquerda)

Cristina Rodrigues (PAN)

Marco Almeida (Juntos pelos Sintrenses)

Maria José Fonseca (PTP)

Paulo Martins (PNR)

Pedro Ladeira (Nós, Cidadãos!)

Pedro Ventura (CDU)

AESintra promove P debate com candidatos

ropostas e projectos, nomeadamente na área do desenvolvimento económico, foi o mote para o debate promovido pela Associação Empresarial de Sintra, no passado dia 22 de Setembro, moderado por Filomena Barros, jornalista da Rádio Renascença. A iniciativa contou com a presença de oito dos dez candidatos à Câmara de Sintra, com a ausência de Basílio Horta (PS) e Carlos Correia (PCTP-MRPP).

A apresentação de propostas, ideias e projectos, nomeadamente no domínio do desenvolvimento económico, foi o ponto de partida para o repto lançado aos candidatos à Câmara de Sintra, nas eleições autárquicas do próximo dia 1 de Outubro. O debate abarcou outra temáticas, como as áreas do turismo e da saúde, para além de questões ligadas com o comércio e a relação do município com a AESintra. Como conciliar a preservação do património com a massificação do turismo, com os problemas decorrentes da circulação automóvel no topo da lista, foi um dos temas que esteve em cima da mesa. Pedro Ventura (CDU) frisou que o sector em Sintra “peca por um problema de regulação”, com efeitos negativos na área da mobilidade e até do saneamento básico. Para o candidato da CDU, o turismo deve ser abordado numa “lógica metropolitana” e avançou com a proposta de criação de uma Agência de Turismo Metropolitana, “que possa gerir os fluxos de turistas”, que no caso de Sintra passaria por potenciar zonas como Colares e o eixo Queluz-Belas. Em relação ao turismo, Carlos Carujo (BE) defendeu que “é necessário repensá-lo de cima a baixo”. “O turismo dos tuk-tuk e das selfies não

Redução da carga fiscal A diminuição da taxa de IMI para valores mínimos, já em 2018, e redução da participação do IRS para 2%, foi enunciada por Marco Almeida no debate, ao mesmo tempo que lamentou que, no actual mandato, Sintra ocupe o 17.º lugar, em 18 municípios da AML, em matéria de investimento. “A opção foi concentrar dinheiro nas contas bancárias, com um saldo de 104 milhões de euros a caminho dos 109 milhões”, criticou o candidato da coligação ‘Juntos pelos Sintrenses’.

está ligado à economia local, não gera mais-valias”, sublinhou o candidato do BE, que enunciou, ainda, a necessidade da elaboração de um plano de mobilidade para Sintra. Nesta área, Marco Almeida (Juntos pelos Sintrenses-PSD/CDS-PP/ MPT/PPM) frisa que, além da “regulação” do sector no centro histórico, “a Portela de Sintra deve ser o grande terminal de acolhimento do turismo e de redistribuição dos turistas”. “Estamos a matar o turismo no concelho de Sintra, porque quem espera e desespera, para entrar na vila, põe em causa este sector”, frisou o candidato da coligação ‘Juntos pelos Sintrenses’. Também Anabela Henriques (Sintra Sim-PDR/JPP) defendeu a constituição de um Senado do Património Mundial, para valorizar Sintra como destino turístico, e retomou uma temática antiga: o aeroporto na Base Aérea n.ª1, “dado que nenhum estudo é peremptório em afirmar a impossibilidade dessa solução” Segundo Cristina Rodrigues (PAN), a palavra da ordem é sustentabilidade, “com eficiência na gestão dos recursos naturais”, propondo, nesse sentido, algumas medidas como um projecto-piloto que consiste em que “as cantinas escolares

Marco Almeida lamentou ainda que, entre 2013 e 2016, o concelho tenha registado uma diminuição de 131 empresas. “No quadro das cinco maiores câmaras do país, Lisboa, Sintra, Gaia, Porto e Cascais, só o concelho de Sintra tem menos empresas em 2016 do que tinha em 2009”, frisou. No decurso do debate, também Pedro Ventura defendeu a “eliminação de muitas das taxas do município”, nomeadamente aquelas que “penalizam o pequeno comércio”, mas considera que o município não deve abdicar da sua participação ao nível do IRS.

sejam fornecidas, preferencialmente, com produtos de origem local e, se possível, biológica”. Outras propostas passam pela reabilitação dos mercados e a promoção do agroturismo, que, para além da criação de novas oportunidades de negócio nas zonas rurais, também permitiria atrair os turistas e desviá-los do centro histórico de Sintra. Nesta área, a candidata do PAN preconiza a realização de um “estudo sobre a carga de turismo que é possível a vila receber”, no sentido de “potenciar os benefícios económicos do sector e sem colocar em causa a qualidade de vida dos sintrenses”.

Sector do turismo foi um dos temas privilegiados no debate Maria José Fonseca (PTP) defendeu a adopção de medidas que possam levar os turistas a outros pontos do concelho, sem se limitar à vila. Esta candidata centrou as suas intervenções na necessidade de melhoria do sistema

Carlos Correia (PCTP-MRPP)

“Abolição ou diminuição de impostos”

de formação do Instituto de Emprego e Formação Profissional, mais de acordo com as aptidões das pessoas e as necessidades das empresas, e não apenas para reduzir as estatísticas de desemprego. Para além da prioridade ao domínio da saúde, com a defesa da construção do Centro Hospitalar (ver página 5), Pedro Ladeira (‘Nós, Cidadãos!’) advoga uma “visão estratégica para Sintra”, assente em quatro áreas: “saúde e emprego, educação e desporto, economia e coesão social e ambiente e turismo”. Para Paulo Martins (PNR), o concelho deve apostar no turismo, recordando que o Parque do Campismo da Praia Grande está inactivo, e fomentar a agricultura, por existirem muitos terrenos livres, e advoga a realização de feiras e mercados no sentido do escoamento dos produtos. A necessidade de melhoria dos transportes públicos foi unânime entre os candidatos, com Cristina Rodrigues a defender “transportes eficientes, seguros e sustentáveis, tanto quanto possível eléctricos”. Carlos Carujo (BE) foi mais longe ao preconizar a criação de uma empresa pública intermunicipal de transportes públicos, numa altura em que os municípios assumem maiores competências no sector. Outra priori-

Em jeito de antecipação do debate, a AESintra desafiou os dez candidatos a divulgarem as suas prioridades, no jornal Economia Local. Neste órgão informativo da AESintra, Carlos Correia defende “a abolição ou forte diminuição dos impostos e taxas municipais que apenas servem para compensar a diminuição das transferências” do Estado para as autarquias locais e, por outro lado, “alimentar estruturas burocráticas e ineficazes”. Com uma significativa aposta nos serviços públi-

Debate com oito dos dez candidatos à Câm

dade assenta na reabilitação urbana, perante a degradação de edifícios, e um maior investimento no arrendamento urbano. “O trabalho do actual executivo resultou em maravilhosas 12 casas para arrendar”, ironizou o candidato do BE. A revitalização do comércio local, a articulação entre o município e a associação empresarial, foram outros temas em debate entre os candidatos às Eleições Autárquicas de 1 de Outubro, que voltam a encontrar-se esta quinta-feira, dia 28, às 10h00, para um derradeiro debate na Antena 1. João Carlos Sebastião

cos, o PCTP-MRPP preconiza “a municipalização dos solos urbanos, como meio de combate à especulação imobiliária”, assim como a elaboração de planos municipais “transparentes e que sirvam as populações, destinados a apoiar a construção, preservação, reabilitação e disponibilização de habitações condignas a preços acessíveis”. A criação de associações intermunicipais, para a resolução de problemas comuns a várias autarquias, foi também proposto por Carlos Correia.


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Foto JCS

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“Sintra está no bom caminho”

Basílio Horta (PS)

mara de Sintra decorreu nas instalações da Associação Empresarial de Sintra

Hospital na agenda Pedro Ladeira assenta a sua candidatura na defesa da construção do Centro Hospitalar de Sintra, “um tema de campanha nos últimos 20 anos”, que agora voltou à baila com a assinatura da parceria do município com o Governo, para a construção do Hospital de Proximidade de Sintra. Para o ‘Nós, Cidadãos!’, o equipamento a construir deve ter capacidade de atendimento de 600 mil pessoas, porque deveria abranger o concelho de Mafra, e o investimento necessário ascende a cerca de 100 milhões de euros. Uma unidade hospitalar associada a uma estrutura de investigação e a um centro de congressos. “Temos de entrar na

rota internacional dos congressos médicos”, salientou o candidato do ‘Nós, Cidadãos!”, que recordou que fundou o Movimento de Apoio à Construção do Hospital de Sintra. Pedro Ventura advogou que a luta da CDU em defesa de um hospital público, com 350 camas, é uma reivindicação antiga e que consta, aliás, do Plano de Desenvolvimento para os Cuidados de Saúde, desde 2005. O Hospital de Proximidade de Sintra não passa, segundo o candidato de “um mini-hospital”. Carlos Carujo considera que, no próximo mandato, o município terá de renegociar com o Governo a dimensão da unidade hospitalar. “Soa-nos

a curto e é necessário renegociar este projecto”, acentuou. Também Paulo Martins centra as suas prioridades na construção de “um hospital totalmente público”, atendendo à deficiente prestação da unidade hospitalar que serve o concelho de Sintra e Amadora. Marco Almeida acentuou que “os problemas da saúde não se resolvem só com o hospital, temos também a questão dos cuidados continuados, dos profissionais de saúde e da prevenção na escolas”. “O hospital é necessário e este debate, em torno do hospital, foi importante”, concluiu. JCS

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No jornal Economia Local, Basílio Horta (PS) enuncia a intenção de “reduzir a carga fiscal”, após uma diminuição de quatro pontos no IMI, durante este mandato, e o compromisso de “alcançar a taxa de IMI mínima permitida por lei nos próximos dois anos”. O candidato do PS recorda que, durante os 12 anos de gestão PSD/CDS-PP, o IMI “desceu um ponto” Basílio Horta considera que Sintra está, “finalmente”, no bom caminho. Um percurso que compreende a redução de desempregados, de 24 mil para 13 mil, entre 2013 e 2017, assim como o aumento das exportações,que aumentaram 20,1% entre 2013 e 2015, “tendo passado de 1,2 mil milhões para cerca de 1,5 mil milhões”. Para Basílio Horta, o caminho positivo trilhado resulta da estratégia que permitiu, em quatro anos, poupar 50 milhões de euros em despesas

correntes. Outras medidas implementadas, nos últimos quatro anos, passaram pelo encerramento de três empresas municipais, “que anualmente eram dependentes de 20 milhões de euros de subsídios correntes”, e, principalmente, a amortização de dívida bancária superior a 60 milhões de euros: “No anterior mandato pagámos 10,4 milhões de euros de juros bancários, no nosso mandato vamos pagar 2,5 milhões de euros”.

“Poupámos cerca de 50 milhões de euros em despesas correntes” Uma estratégia que vai permitir “continuar o forte investimento para melhorar o espaço público”, para além da concretização de cinco centros de saúde e o avanço do Hospital de Proximidade de Sintra. “Depois de anos de abandono, são mais de 40 milhões de euros” de investimento na área da saúde, “uma verdadeira revolução na qualidade dos serviços”, conclui.

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BREVES

actualidade

PARQUES DE SINTRA VOLTA A SER NOMEADA

A Instituições que já fazem parte da história

A Parques de Sintra-Monte da Lua foi nomeada, pelo quinto ano consecutivo, para os ‘Word Travel Awards’ (WTA), considerados os ‘Óscares do Turismo’, na categoria de ‘Melhor Empresa do Mundo em Conservação’ (World’s Leading Conservation Company). Vencedora nos últimos quatro anos (2013, 2014, 2015 e 2016), a Parques de Sintra volta, em 2017, a ser a única nomeada europeia nesta categoria. As votações para a 24.ª edição dos WTA decorrem até 30 de Outubro e estão abertas ao público em geral. Os WTA foram criados em 1993 para reconhecer, premiar e celebrar a excelência em todos os sectores do turismo.

Comissão de Festas da Vila Velha de Sintra promoveu a edição da monografia ‘Instituições de Sintra-Abordagem sobre Instituições extintas’, da autoria de Francisco Hermínio Santos, numa obra editada com o apoio da União de Freguesias de Sintra (UFS). A publicação, cujo lançamento decorreu no passado sábado, no quartel dos Bombeiros de Sintra, é uma viagem ao passado da sede do concelho.

Foto JCS

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PROVA DE VINHOS NA CASA DO ELÉCTRICO A Casa do Eléctrico de Sintra vai acolher, no próximo sábado, dia 30 de Setembro, pelas 16h00, uma prova de vinhos comentada e inteiramente dedicada aos vinhos de Colares e Rota dos Vinhos de Bucelas, Carcavelos e Colares. A iniciativa denomina-se ‘Um Copo com História’ e será acompanhada por enólogos e produtores da região. A entrada é livre, sujeita a inscrição prévia até à quarta feira anterior à data da sessão. A iniciativa repete-se a 28 de Outubro.

LIVRO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA ‘Saúde & Segurança no Trabalho no Serviço Público’ é o título do mais recente livro de Maria Christina Rodrigues Menezes, que será apresentado esta quinta-feira, 28 de Setembro, pelas 15h30, na Biblioteca Municipal de Sintra – Casa Mantero. A autora, nascida no Brasil, é médica do programa de atenção à saúde integral do trabalhador, na prefeitura de Macaé. Entre outras actividades, faz consultoria técnica em saúde ocupacional e inclusão de pessoas com deficiência.

Hermínio Santos efectuou um exaustivo trabalho sobre as instituições extintas na sede do concelho

Um testemunho da história de Sintra é como se pode definir a monografia, da autoria de Francisco Hermínio Santos, um homem que dedicou a sua vida à causa do associativismo. Em cerca de 360 páginas, são inventariadas as instituições que, na área da UFS, já pertencem ao passado.

A monografia deu os primeiros passos há, precisamente, uma década (2007), quando o autor apresentou uma abordagem sobre o tema no ‘III Encontro da História de Sintra’, organizado pela Alagamares-Associação Cultural. Estava lançada a semente para uma pesquisa profunda, no

Arquivo Histórico de Sintra, em jornais concelhios e outras publicações, mas sem grandes avanços em períodos de maior ocupação, como a organização das Festas de Nossa Senhora do Cabo, das exposições caninas e até em funções autárquicas na Assembleia Municipal de Sintra.

Nos últimos tempos, após o lançamento de uma publicação sobre Massamá (em 2013), Hermínio Santos decidiu compilar a informação recolhida sobre as instituições da sede do concelho e dar à estampa a monografia. Com prólogo de Maria Teresa Caetano, investigadora do Instituto de História da Arte (Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa), a publicação está dividida em diversos capítulos, de acordo com o tipo de instituições, desde religiosas, culturais e recreativas, de ensino, cívicas e autárquicas, de solidariedade social e desportivas até juvenis, corporativas e cooperativas e militarizadas. A obra contempla ainda, a pensar no futuro, um anexo que inclui uma lista das instituições que existem no território da UFS, que abrange as antigas freguesias de Santa Maria e São Miguel, São Martinho e São Pedro de Penaferrim.

Na introdução da monografia, Hermínio Santos salienta que este “é um tema que não se esgota nas presentes páginas e pode ser trabalhado por historiadores que têm possibilidades de dar à história local outra perspectiva”. A publicação também demonstra, apesar de abordar a temática da extinção, a riqueza da vida associativa na vila sintrense. “As irmandades, por exemplo, tinham uma função religiosa, mas também uma vertente social, como acontece actualmente com a Misericórdia de Sintra”, explica o autor da monografia. Um livro que, segundo Maria Teresa Caetano, “é um trabalho pioneiro, de um verdadeiro ‘compêndio’ de indispensável consulta”, realçando o contributo para a história local da obra de Hermínio Santos, natural de Sintra (onde nasceu em 1940). João Carlos Sebastião

Associações de ‘fio a pavio’ A monografia começa por identificar instituições religiosas, como irmandades, confrarias e congregações, a mais antiga datada de 1346, mas também algumas estabelecidas no século XVIII, que acabaram por ser extintas, seja por decisão do regime liberal, seja aquando do regime republicano. Nas instituições culturais e recreativas, cerca de quatro dezenas, há de tudo um pouco, das mais informais até às estatutariamente criadas, que assumiram objectivos mais ou menos lúdicos, algumas para a realização de afamados bailes.

Sintra é uma terra de ensino e, nesta área, Hermínio Santos destaca a existência de diversos estabelecimentos escolares de prestígio. Há um apontamento relativo a instituições de melhoramento e propaganda locais, mas também à área política, no caso de partidos que tinham uma delegação em Sintra, desde o tempo da Monarquia até à Unidade Democrática (um partido extinto pelo Estado Novo). No capítulo das instituições cívicas, as referências dizem respeito a duas lojas maçónicas, “mas que não funcionaram muito tempo”.

“As instituições mutualistas eram a Segurança Social da época, em que grupos de pessoas se reuniam, constituíam uma mutualidade, pagavam uma quota e, quando alguém tivesse doente, recebia uma comparticipação desse ‘bolo’ por causa da sua inactividade”, explica Hermínio Santos, que revela, a título de curiosidade, “um indivíduo que queria ‘enfiar o barrete’ à direcção da mutualidade e foi expulso”. Também houve situações, embora em número diminuto, de instituições de solidariedade social que desapareceram.

À semelhança das culturais e recreativas, também as instituições desportivas proliferam pelo concelho, “das mais formais ou menos formais ou outros grupos que se integraram no Sintrense e em outros clubes desportivos”. Nas associações juvenis, a monografia alude à Mocidade Portuguesa e ao Grupo 106 dos Escuteiros, que existiu na Vila Velha.

P a r a além de cooperativas e de trabalhadores e de empresários, um derradeiro capítulo é dedicado às instituições militarizadas, em q u e há referência à Legião Portuguesa, no Estado Novo, “e houve também uma milícia em 1910, o Batalhão de Voluntários de Sintra, tal como já havia sucedido no tempo de D. Miguel”.

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Estátuas humanas dão vida a Sintra Trinta artistas surpreenderam residentes e turistas entre o MU.SA e o centro histórico A vila de Sintra voltou a receber o Festival de Estátuas Vivas, no passado fim-de-semana, num evento em que cerca de 30 artistas deram outro colorido ao percurso entre o MU.SA e o centro histórico. Num evento promovido pela Câmara de Sintra, o Festival de Estátuas Vivas, em quinta edição, voltou à Capital do Romantismo, nas tardes de sábado e domingo, proporcionando animação a residentes e turistas.

Num centro histórico repleto de visitantes, não faltou a recriação de um casal de turistas, nem tão pouco o ardina que anunciava o evento ou até a boa-nova: “Chegou o Outono”. O terreiro do Palácio da Vila, este ano, acolheu uma série de personagens, até para evitar a aglomeração de pessoas nos passeios da Volta do Duche. Em frente a um dos símbolos monumentais da vila de Sintra, foi possível apreciar um trovador medieval, D. João VI, D. João II e até a Rainha Santa Isabel.

Na Volta do Duche, destaque para os ‘Living Statues Dj’s’, que deram música aos transeuntes, mas também à figura em torno da Lenda de Santa Eufémia e à homenagem aos bombeiros, com a presença de um ‘Soldado da Paz’. No Chalet Saudade, nas imediações dos Paços do Concelho, uma tecedeira desenrolava o novelo da sua vida, enquanto na Estefânia, na zona pedonal da Avenida Heliodoro Salgado, um casal de motards se entregava à sua ‘paixão sem limites’ em duas rodas.

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Iniciativas

Festival volta a iluminar Cascais Lumina atrai milhares de pessoas

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Milhares de pessoas foram atraídas pela luz, ao longo de três noites, em mais uma edição do Lumina-Festival da Luz. A Natureza foi celebrada em forma de arte e luz, através de 20 obras artísticas que iluminaram a vila de Cascais, entre sexta-feira e domingo. Tal como aconteceu nos últimos anos, a maior dificuldade foi mesmo enfrentar as filas que se formavam para apreciar os espectáculos de luz e cor, projecções multimédia e instalações interactivas que se espalhavam por um percurso de três quilómetros. Criado e produzido pelo ateliê OCUBO, em parceria com o município, o Lumina deu outra cor a diferentes espaços emblemáticos do Bairro dos Museus, como a Casa das Histórias Paula Rego, o Museu do Mar ou a Casa Sommer. A Cidadela recebeu, mais uma vez, a principal criação do ateliê organizador, um video mapping imersivo 360º: o ‘Flower Power’.

O poder das flores, expresso nesse espectáculo, ficou patente ainda nas ninfas que passearam por Cascais, nomeadamente com o túnel do amor no horizonte: uma criação do artista belga Georges Cuvillier, em bambu, que encheu o fosso da muralha da fortaleza da Cidadela. O Parque Marechal Carmona assistiu a um outro momento muito apreciado: uma simulação de aurora boreal, utilizando máquinas de laser colorido, da autoria do português Telmo Ribeiro, complementado por um som ambiente que envolvia o público.

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Considerado um dos dez melhores festivais de luz do mundo, pelo The Guardian, o Lumina contou com obras de 40 artistas oriundos de Portugal, Alemanha, Bélgica, Eslovénia, França, Hungria, Israel, Nova Zelândia, Polónia e Reino Unido. Entre as obras em destaque, referência para a projecção na fachada do Centro Cultural de Cascais, que abordou os 17 objectivos subjacentes ao Programa OSD-Objectivos do Desenvolvimento Sustentável 2030 da ONU, com uma mensagem muito clara: “Ninguém Fica Para Trás”.


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na berra

“Hoje em dia, todos somos guerreiros!” José Fidalgo apresenta plataforma ‘Crónicas do Fidalgo’ e fala sobre o novo desafio da sua vida: a mudança para o outro lado do Atlântico Na apresentação da sua plataforma, o actor explicou como surgiu esta ideia, falou do seu percurso e dos projectos futuros. Tudo começou “há cerca de oito anos quando tive a minha primeira moto. Assim que a tive na mão, senti logo necessidade de fazer uma viagem. Fui e conheci várias pessoas, a sua filosofia de vida, o que pensavam do mundo em que vivemos… Fiquei fascinado e a vontade de viajar cresceu. Passados poucos anos, achei que poderia partilhar essas histórias das pessoas e lugares que vou conhecendo”. Foi assim que nasceram as ‘Crónicas do Fidalgo’. Começou por ser uma página de Facebook e, alguns anos depois, “o Grupo Impresa achou interessante associar-se à página e transformá-la numa

plataforma”. As viagens que tem feito e que deram origem a esta plataforma não eram, até agora, programadas. Contudo, o actor admite essa possibilidade daqui em diante, ainda que continue a existir espaço para aventuras rumo ao desconhecido. José Fidalgo explica que “são dois estilos de viagens diferentes: a que não é programada permite uma abertura à experiência que o acaso pode proporcionar” e, por outro lado, “na viagem planeada isso pode acontecer, mas existe já um objectivo - falar com determinada pessoa num sítio específico e fazer certas actividades”. Ainda que haja a necessidade, com esta nova vertente na sua vida, de haver uma maior organização e planeamento, o actor revela que gosta bastante mais de “ir à descoberta” de novos mundos.

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O gosto pelas motorizadas surgiu cedo, mas como “os pais não deixavam”, acabou por pôr a ideia de lado. Apesar disso, “ficou sempre o bichinho” e influenciado por dois amigos, chegaria o dia em que deu o passo decisivo: “Comprei a primeira moto por volta dos 30 anos. Deixei-a na oficina de um amigo e disse ‘vamos transformar isto tudo’. Era uma moto de pau, porque quase não tinha amortecedor nenhum”. Quando questionado se o facto de ter agora um filho, e naturalmente outro sentido de responsabilidade, alteraram a forma como vê ‘a menina dos seus olhos’, José Fidalgo afirma: “não podemos deixar de fazer aquilo que queremos e que nós dá vida em prol de um filho ou de alguém que protegemos. Temos que ter essa noção. Temos que ter cuidado, mas tudo o que fazemos na vida vai passar a experiência à criança e isso é muito difícil de gerir”. Na verdade, admite que a possibilidade de o filho se entusiasmar com as motos o “assusta”, mas acredita que, se acontecer, deve ser “encarado da forma o mais natural possível”. Ainda a propósito do tema da segurança, o actor relatou a viagem mais perigosa e excitante que fez - Roma: “Sofremos intempéries que não lembram a ninguém. Fomos numa altura de monções, entre Junho e Julho. A dada altura, na auto-estrada, tínhamos água pelo joelho. Os carros, camionetas e camiões tinham os quatro piscas ligados, porque não se via nada. Passámos por várias áreas de serviço, onde estavam paradas milhares de motos e nós nunca parámos. Íamos a 20, 30 km/h. Sentimos aquela adrenalina e dizíamos ‘não, não vamos parar. Vamos devagarinho, mas não vamos parar’. Quando a viagem terminou sentimos uma enorme sensação de alívio. No final do dia, além do esforço físico, o esforço psicológico e a concentração foram tão grandes que caímos ‘mortos’ na cama”. Se pudesse viver destas suas aventuras, José Fidalgo afirma que não o faria, porque aprecia bastante a sua profissão. “Viajar é um complemento que me fascina imenso e que acaba por estar ligado à representação”. Sobre os novos projectos, o actor desvendou que foi con-

vidado por uma produtora brasileira para integrar o elenco de uma novela em horário nobre, motivo pelo qual parte, dentro de poucos dias, rumo ao país-irmão. Ser convidado para fazer parte do elenco de uma novela da Rede Globo é para o actor “um desafio enorme”, pelo qual tem trabalhado “há alguns anos”, visto sempre ter ambicionado uma carreira internacional. Para que tal se proporcionasse, José Fidalgo conta que foi a muitos ‘castings’, mostrou o seu trabalho, falou com muitas pessoas da área e explica que, “neste caso, a SIC acabou por contribuir um pouco”, devido à sua participação em ‘Dancin’ Days’, onde conheceu o realizador da novela que vai fazer. Se, por um lado, o português é a língua que aproxima os dois países, por outro “é um universo e uma maneira de trabalhar totalmente diferente da nossa”. Confessa que, nesta fase inicial, tudo o “assusta”. Contudo, diz tratar-se de um “susto bom” porque acarreta um nervoso miudinho, que “é sempre bom porque é o que dá vida”. Sobre a personagem que vai interpretar, José Fidalgo afirma pouco saber. Diz apenas que é um projecto de época e que é necessário deixar crescer o cabelo e a barba. O actor disse ainda que a instabilidade política e de segurança que se vive no Brasil “assusta qualquer pessoa, mas é algo que temos que encarar. Hoje em dia, nós, enquanto seres humanos e cidadãos do mundo, já estamos habituados a este tipo de conflitos. O terrorismo assim o obrigou, o que não quer dizer que, por ter havido um atentado, deixamos de visitar esse sítio, muito pelo contrário. Hoje em dia, todos nós somos guerreiros! Fomos forçados a isso, a ir contra uma guerra”. José Fidalgo invocou as cidades de Nova Iorque, Barcelona e Paris como exemplos do terrorismo que está cada vez mais presente nas nossas vidas. “As pessoas que lá vivem, que sofreram com esses ataques e que nesses locais continuam a viver, são muito mais guerreiras que nós. Portanto, a realidade brasileira é o que é e eu vou ter que, de alguma maneira, viver com ela e adaptar-me”.


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opinião

por ... Maria João Ribeiro Acho que descobri a “plataforma digital inovadora de armazenamento, protecção, distribuição e divulgação de todo o tipo de conteúdo media” que justificou o aumento do capital social da mediática startup tecnológica – que arrisca (ou não) em breve ser uma “endup”- para a singela quantia de 29 mil milhões de euros.

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Só quero saber quem paga Ao contrário do revisor oficial de contas que assumiu a “responsabilidade e a razoabilidade de avaliação do direito intangível em causa” não fiquei “maravilhada” com a descoberta. Enquanto Alves da Silva teve uma visão de uma “televisão revolucionária”, evocando boquiaberto a façanha de Steve Jobs, eu estava capaz de destruir os “algoritmos que a constituem” só para lhe pôr fim. Questiono, até, se irei a tempo de processar os meus pais por ter nascido – ou se o meu direito de acção terá já prescrito – e por estar a ser obrigada a testemunhar os episódios deprimentes que a novela desta sociedade civil me oferece diariamente? Já tentei desligar o aparelho para deixar de seguir este enredo, mas insistem em atirar-me com as cenas dos próximos capítulos sem que eu nada possa fazer. Tenho saudades da tecnologia antiga, já muito ultrapassada, em que uns “felinos fedorentos” me faziam rir com sketches que todos sabíamos ser de pura ficção. A realidade,

porém, andou mais depressa e aumentou-se sem que déssemos disso conta. Misturada com o virtual, a várias dimensões e com uma resolução de um sem número de K’s, atingiu níveis de ridículo de tal forma elevados, que devia ser antecedida por avisos a alertar para o perigo do excesso do seu consumo. Sinais como, “atenção: o que vai ver em seguida contém elevadas doses de estupidez que podem perturbar as pessoas mais sensatas”, deviam ser obrigatórios antes do anúncio de algumas iniciativas mediáticas, sociais e partidárias. Seria assim quando fosse divulgada a notícia de que o Papa está a ser acusado por outros teólogos de heresia por manifestar abertura aos católicos divorciados que voltaram a casar ou no momento em que o governo apregoasse a proibição de jogos de futebol em dias de eleições. Para episódios como o do Ministro da Defesa a falar do assalto (ou não assalto) de Tancos e para o lançamento do smartphone cuja grande inovação consiste

na possibilidade de enviarmos mensagens faladas com a nossa cara transformada em focinho de cabra, deviam ser colocados avisos com o seguinte teor “cuidado: as imagens que se seguem podem ser demasiado burlescas e ferir as expectativas dos espectadores”. O letreiro “Imagens chocantes. Perigo!” terá de ser colocado em adiantamento aos momentos em que se alvitre a possibilidade de os autocarros passarem a ter uma zona rosa, perfumada, com flores e pompons, delimitada e exclusiva para mulheres. Os avisos com cores fortes, luzes intermitentes e apitos sonoros, com a menção de “argumentos chocantes”, ficariam reservados para os casos em que pessoas com responsabilidades politicas avançassem com propostas para que crianças menores de 16 anos pudessem decidir sozinhas sobre a mudança de sexo com direito a processar os pais caso estes se opusessem a esta sua vontade. De notar que os alertas deveriam ser mais fortes à medida que

fossem avançados argumentos como “a patologização é promotora de estigmatização cruel e desnecessária” e que “é preciso deixar de considerar esta questão como problema médico”. Deixemos os pais e os médicos à margem desta que é “apenas” uma questão de “direito à autodeterminação de género como direito humano fundamental”, para vermos como o adolescente transsexual se “desenrasca” sozinho de toda esta situação. Onde irá a criança “emancipada” convalescer? Colocará o Estado um “cura-dor” à disposição da adolescente que apenas pode estar a sentir-se influenciada pela coleção da Zara Boy, ou vice-versa? Que acontecerá quando sair a nova colecção e a criança mudar de ideias? Continuará a valer a sua “autodeterminação”? Quem se determinará que pagará tanta determinação? Valerão os impostos dos que estão determinados a não determinarem esta determinação? A medida aponta também para que “não se toque nas crianças intersexo” antes

destas se decidirem por um ou por outro caderno da Porta Editora. Implicitamente, o que se pede aos pais é que façam ouvidos moucos ao bullying na escola e às questões colocadas entre lágrimas pelos menores, devendo responder-lhes com assertividade: não podemos fazer nada para te ajudar, é uma questão que tens de resolver sozinho pois para ela tens “direito à autodeterminação” e podes, inclusive, colocar-me na prisão se eu nela me intrometer! Atendendo aos subscritores desta proposta, preocupa-me que o meu gato decida transformar-se em cão e me exija uma mudança da ração que tenho investida na despensa…sem que eu, ou o veterinário, tenhamos uma palavra a dizer! Entendo a necessidade do respeito pelos direitos humanos, mas questiono-me sobre o que fazer quando este esbarra contra a sensatez humana.

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ver&ouvir

Dona Elvira: ‘Confissões de um Moleiro’ Depois da tourneé do ano passado, os ‘Dona Elvira’ regressam aos palcos para apresentar ‘Confissões de um Moleiro’. Vários serão os temas apresentados ainda antes mesmo de serem editados. Pode esperar um concerto com uma onda mais rock e muita emoção. A banda pretende, com este espectáculo, prestar homenagem à lín-

gua portuguesa e às tradições musicais nacionais. Centro Cultural Olga Cadaval, dia 30 de Setembro, às 21h30. Bilhetes a partir de 10 euros.

‘Uma Casa, Muitos Mundos’

Pode conhecer a história do Palácio através de um percurso pelas suas principais salas e alguns dos equipamentos relacionados com a produção da quinta, desenvolvida para a produção agrícola e para recreio.

Festival Internacional de Cultura No próximo fim-de-semana, chega ao fim a terceira edição do FIC. Contudo, como diz o ditado popular ‘há que queimar os últimos cartuchos’. Para os derradeiros dois dias destacamos a exposição de diários gráficos de Rui Paiva, exposição de pintura de Sérgio Pombo, exposições de fotografia, a peça de teatro ‘Auto D’El Rei Seleuco’ e o ro-

A visita inclui também uma ida à adega, com direito a uma prova do vinho ‘Villa Oeiras’.

teiro de arte urbana, através de uma visita guiada pela baía. Cascais, até dia 30 de Setembro.

You Can’t Win, Charlie Brown

Palácio Marquês de Pombal, dia 30 de Setembro, às 16h30. Bilhetes a 8 euros.

‘Paisagens’ em Algés António de Oliveira Salazar. Trata-se de uma exposição onde se concentram obras elaboradas entre 1931 e 2016, uma viagem que contempla artistas contemporâneos do séc. XX e XXI.

A banda criada em 2009 regressa aos palcos portugueses com o seu terceiro trabalho discográfico, ‘Marrow’. Os temas do novo álbum ganham uma nova roupagem, mais eléctrica e dan-

Centro de Arte Manuel de Brito, a partir de 29 de Setembro.

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‘Paisagens’ encerra um ciclo de exposições temáticas. Serão exibidas pinturas sobre Lisboa, Sintra, terras espanholas, painéis de temática japonesa, memórias pessoais e de outros tempos, como a de Nikias Skapinakis que remete para o regime ditatorial de

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motores

Custo justo Estávamos em 2004 quando a Renault assumiu a Dacia como sua marca ‘low-cost’. A partir daí a qualidade tem crescido ao ritmo das vendas. Mantém-se, contudo, o preço baixo que caracteriza a vasta gama de modelos lançados no mercado. A par do Duster, o Dacia Sandero Stepway interpreta na íntegra o sucesso da marca e o conceito que a distingue: apresentar carros de qualidade, fiáveis, robustos, versáteis, económicos e baratos. A nova versão do Sandero junta a estes atributos design moderno, nível de equipamento bastante completo e qualidade de construção igualmente melhorada. A zona frontal foi a que recebeu mais retoques, com nova grelha decorada com elementos cromados, pára-choques redesenhado e quatro blocos LED, que se replicam na traseira. As protecções laterais, as jantes, barras de tejadilho e a altura ao solo distinguem o Stepway da versão convencional. Embora sem luxos, a habitabilida-

Dacia Sandero Stepway reforça qualidade e equipamento mas mantém preço baixo

de continua a ser atributo a considerar neste modelo, agora dotado de bancos mais modernos e confortáveis, novo tablier e equipamentos até aqui impensáveis num modelo deste preço. Aqui, destaque para o Media Nav Evolution, sistema multimédia e de navegação (2D ou 3D) com assinatura da LG, muito intuitivo e funcional, assente num ecrã táctil de 7’’. E se a este argumento juntarmos a câmara traseira de ajuda ao estacionamento? Ainda acredita que estamos perante um carro apelidado de ‘low-cost’? Outro argumento de peso no sucesso

Saiba mais sobre este modelo em www.jornaldaregião.pt

comercial do Sandero Stepway está na gama de motores Renault, com destaque para o tricilindrínco TCe 90, a gasolina, e para o mais que comprovado 1.5 dCi, diesel, de 90 cv, bloco que graças à sua fiabilidade equipa modelos de outras marcas, como o Renault Clio, Nissan Micra ou até mesmo o Mercedes Classe A.

Esta motorização, testada pelo JR, garante comportamento adequado para todos os tipos de condução e baixos consumos (na casa dos 5,0 l/100 km). Pode procurar e comparar com a concorrência directa, mas será difícil encontrar tanto, por tão pouco.

Dacia Sandero Stepway Motor..........................................Turbo, Diesel dCi, 1461 cc Potência........................................................ 90 cv /4000 rpm Binário máximo ................................... 220 Nm/1750 rpm Velocidade máxima .............................................. 167 km/h Consumo/emissões ..................... 3,8l/100 km, 98 g/km Preço ...............................................................................16.450 €

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iniciativas

Noites de Queluz Ciclo decorre até 29 de Outubro Um pianoforte recuperado, mas sempre frágil devido à sua mui provecta idade (existe desde 1809), será uma das estrelas do cartaz. Ainda mais antiga, a serenata ‘Il Natal di Giove’, de João Cordeiro da Silva, que foi ouvida no Palácio de Queluz, pela primeira vez, em 1778, também ela restabelecida das mazelas do calendário, terá a sua estreia moderna, no mesmo local. Sob o mote ‘Tempestade e Galenterie’, a 4.ª edição das ‘Noites de Queluz’ arranca esta quarta-feira (dia 27) com um concerto da Orquestra Barroca da Casa da Música (direcção artística de Laurence Cummings), intitulado ‘De Viena, (não só) com humor’, no qual serão interpretadas

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obras (bem-dispostas…) de Mozart e Haydn. Será o primeiro de sete concertos. O último, a 29 de Outubro, reserva para si a curiosidade em relação a mais uma serenata resgatada do fundo do baú do esquecimento e devolvida à vida no âmbito do trabalho que vem sendo realizado pelo Divino Sospiro Centro de Estudos Musicais Setecentistas de Portugal, de que é responsável o maestro Massimo Mazzeo. O referido centro tem recuperado uma serenata a cada ano que passa deste ciclo de música. Já lá vão, portanto, quatro desde 2014. Todas diferentes, todas iguais na sua importância patrimonial, pois fazem parte de um acervo único, como recorda o maestro. “Para o Palácio de Queluz, na 2.ª metade

do século XVIII, foram encomendadas cerca de 80 serenatas para as mais diversas ocasiões. E esse acervo constitui um dos mais importantes patrimónios de um género musical (a serenata) de todo o mundo”. A serenata é uma ópera, mas sem a parte cénica. “Depois do terramoto, não havia teatros, pelo que não era possível encenar, não havia espaços para isso”, explica Massimo Mazzeo. “O nosso trabalho é recuperar todo este enorme espólio, o qual tem a ver com a história de Portugal, mas também com a própria identidade dos portugueses”, reforça o nosso interlocutor, a propósito do Projecto Serenatas desenvolvido no Palácio Nacional de Queluz. A missão inclui “recuperar

o objecto físico, a partitura, e fazer uma edição crítica da mesma, mas também recuperar o lado artístico, ou seja, fazer com que a própria serenata regresse ao sítio onde foi tocada, provavelmente, uma única vez”. Desta feita, o escolhido foi ‘Il Natal di Giove’ (‘O nascimento de Júpiter’), de João Cor-

deiro da Silva (1735-1808). A obra foi ouvida no Palácio de Queluz, pela primeira vez, a 21 de Agosto de 1778, por ocasião do 17.º aniversário do infante José Francisco, primogénito de Maria I e Pedro III. “Só quem estiver nesta sala a 29 de Outubro é que terá o privilégio de ouvir aquela música que esteve calada du-

rante 300 anos”, exulta Massimo Mazzeo. No entanto, até fechar, a 29, o ciclo ‘Noites de Queluz’ – que inicia a 4.ª Temporada de Música da Parques de Sintra (empresa que gere aquele palácio) – tem, ainda, muito mais para oferecer aos visitantes. Jorge A. Ferreira


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actualidade

Exercícios de busca e salvamento

Evento vai decorrer na área de Colares Colares vai ser o quartel-general dos 5.º Exercícios Operacionais de Busca e Salvamento de Sintra, uma organização da ARC, que vai decorrer de 29 de Setembro e 1 de Outubro.

Fundada em 2008, a ARC-Associação Resgate Cinotécnico, com sede na Praia Grande, é uma associação constituída por voluntários que se dedicam ao treino de cães para detectarem

pessoas perdidas ou vítimas soterradas em escombros, em resultado de abalos sísmicos, desabamentos de terras, colapso de edifícios, acidentes em obras de construção ou explosões.

Após a presença de 28 binómios nos exercícios de 2016, que integraram nove equipas cinotecnicas (oficiais e civis, nacionais e espanholas), a edição deste ano, incluindo cerca de 70 participantes, vai contar com a presença de grupos operacionais cinotécnicos da Polícia de Segurança Pública (PSP), do Corpo de Fuzileiros, do Corpo da Guarda Prisional, da Força Aérea e de resgate do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa, assim como de equipas civis e de busca e salvamento. Os exercícios vão arrancar pelas 23h00 de sexta-feira, dia 29, na área da Serra de Sintra, e decorrer sem interrupções, em turnos de quatro horas, para assegurar o descanso dos binómios (homem/cão). Os exercícios vão decorrer, nos mesmos moldes (regime non-stop) no sábado, terminando no domingo, dia 1 de Outubro, com um almoço no quartel dos Bombeiros Voluntários de Colares (que colabora na organização dos exercícios), com a entrega dos certificados de participação e a presença de um dos padrinhos da ARC, o actor Jorge Mourato.

Misericórdia de Sintra comemora 472 anos

A Santa Casa da Misericórdia de Sintra (SCMS) comemorou, no passado sábado, o seu 472.º aniversário. A efeméride foi assinalada com a inauguração da exposição ‘Imagens de Culto: divino e benemerência no património da Misericórdia de Sintra’, que estará patente no MU.SA-Museu das Artes de Sintra, até ao próximo dia 29 de Outubro. Organizada por Carlos Manique, mesário da Misericórdia de Sintra, a mostra integra esculturas de Arte Sacra, bem como uma homenagem a alguns dos principais beneméritos.

As comemorações contemplaram, ainda, uma procissão em honra de Nossa Senhora das Misericórdias e missa na Igreja de São Miguel, que contou com a presença, entre outras personalidades, dos presidentes da Câmara de Sintra, Basílio Horta, e da União de Freguesias de Sintra, Eduardo Casinhas. Com o lema ‘Desde 1545 a fazer o bem por quem mais precisa’, a SCMS desenvolve uma intensa acção solidária, na área do apoio aos idosos, infância e acção social, apoiando cerca de dois mil utentes por mês.

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Passo em Frente Equipa de Apoio a Diabéticos e Utentes com Feridas Complexas O Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) de Sintra dispõe, desde o início de Julho, de uma unidade que integra uma Equipa de Apoio a Diabéticos e Utentes com Feridas Complexas para dar resposta à população inscrita em todas as unidades de saúde do concelho de Sintra. O diagnóstico e tratamento precoce das úlceras nos pés das pessoas com Diabetes ou com Doença Vascular Periférica, podem diminuir ou até evitar complicações graves, que podem levar à perda de um pé ou de uma perna por amputação.

Os problemas de saúde que surgem nos membros inferiores, nomeadamente as úlceras de perna em pessoas com varizes e problemas de circulação e as feridas no pé nas pessoas com diabetes têm um impacto significativo na sua qualidade de vida, pois causam dores, mal-estar e tratamentos frequentes e demorados. O serviço agora disponibilizado no ACES de Sintra

apresenta-se como um serviço especializado dirigido às pessoas com feridas complexas (nomeadamente úlceras de

perna ou dos pés de pessoas com doença venosa crónica ou diabetes), sustentado na utilização das melhores prá-

ticas conhecidas, com base nas orientações internacionais. É constituído por uma equipa de médicos e enfermeiros com conhecimentos especializados na área das feridas complexas, o que pode permitir uma abordagem mais dirigida aos problemas da pessoa com ferida. Nesta unidade podem ser atendidas todas as pessoas com Diabetes e que tenham uma úlcera no pé sem melhorar há mais de três meses e também todas as pessoas com úlcera de perna (mesmo sem ter Diabetes) que não tenha melhorado nos últimos três meses, apesar dos tratamentos que anda a fazer. Os utentes que estejam dentro destes critérios podem solicitar ao seu médico ou enfermeiro de família a referenciação para avaliação e acompanhamento por esta equipa. A Unidade de Apoio a Diabéticos e Utentes com Feridas Complexas fica situada na Unidade de Saúde de Massamá, Rua Teixeira de Pascoais, Massamá, funcionando nesta primeira fase dois dias por semana, à segunda e quinta-feira. Problemas dos pés em pessoas com diabetes ou úlceras nas pernas em pessoas com alterações de circulação venosa, requerem muita atenção. As feridas nos

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pés das pessoas com Diabetes não doem e, por isso, é importante fazer uma observação frequente dos pés e pernas para verificar se há alguma lesão, não esquecendo de fazer uma boa hidratação da pele destes locais após a higiene. No caso de surgir algum problema deve procurar-se ajuda médica rapidamente. Esta equipa é um apoio complementar aos utentes das unidades de saúde do ACES Sintra que têm feridas complexas relacionadas com a Diabetes ou com a Doença Vascular Periférica. No entanto, recordemos que além dos cuidados já referidos, não devem ser descurados outros cuidados básicos como: • Manter uma dieta equilibrada; • Prática de actividade física adequada; • Toma da medicação de forma correta como aconselhada pelos profissionais de saúde; • Controlo da tensão arterial e da sua glicémia; • Visita regular ao médico e enfermeiro de família. É que “mais vale prevenir uma ferida que ter que tratá-la”. Para obter mais informações contacte a sua equipa de saúde ou envie um e-mail para feridascomplexas.sintra@arslvt.min-saude.pt.

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