Edição de Sintra 93 do Jornal da Região

JORNAL DA REGIÃO Director: Paulo Parracho • 7 a 13 de Setembro de 2016 Série IV • Edição N.º 93 • Ano XXI • DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Pedro Carvalho conquista sucesso internacional

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Foto João Silveira Ramos

O actor, natural do Fundão, saltou para as luzes da ribalta em “Morangos com Açúcar”, mas o seu talento já o levou a conquistar o mercado brasileiro, sendo o actual protagonista da telenovela de horário nobre do canal TV Record.

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GRANDE INCÊNDIO NA SERRA DE SINTRA FOI HÁ 50 ANOS

Entre 6 e 12 de Setembro de 1966, ocorreu o maior incêndio registado na Serra de Sintra. Meio século depois, persistem na memória as consequências do fogo florestal que, mais do que as manchas negras na paisagem, tirou a vida a 25 jovens militares. Um dos combatentes das chamas, na linha da frente, foi o então comandante dos Bombeiros de Almoçageme, José Alberto Caetano.

CÂMARA COMPRA QUINTA POR 2,8 MILHÕES DE EUROS

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Propriedade pertencia à família Mello e pode acolher museu S75-12-0563

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SINTRA

7 a 13 de Setembro de 2016

Memórias e homenagem aos bravos do pelotão

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Foto JCS

JORNAL DA REGIÃO

Morte de 25 militares no combate ao grande incêndio na Serra de Sintra foi há 50 anos

O ‘Grande Incêndio’ deflagrou a 6 de Setembro, cerca do meio-dia, na zona da Tapada do Saldanha, mas rapidamente alastrou e ameaçou diversas localidades do concelho de Sintra. Apesar dos esforços de centenas de bombeiros, oriundos de corporações do distrito de Lisboa, mas também das Caldas da Rainha e até de Elvas, as labaredas assumiram proporções incontroláveis, a que não foi alheio a escassez de material e a deficiência das comunicações. “Cada vez que se interrompia o combate para o abastecimento de água e de combustível, o incêndio progredira de tal forma que os bombeiros se viam obrigados a reiniciar o combate noutro local”, evoca o livro comemorativo do centenário dos Bombeiros de Almoçageme, da autoria de Maria Teresa Caetano.

No capítulo dedicado ao devastador incêndio na Serra de Sintra, surge o testemunho do comandante José Alberto Caetano, que sucedeu, aliás, ao seu pai, João Pedro Caetano, em 1960, na liderança da corporação. Durante os 42 anos de comando, o fogo de 1966 foi um dos mais marcantes na sua folha de serviços que, em 2001, foi reconhecida pelo então Presidente Jorge Sampaio, com a distinção do grau de Comendador da Ordem de Mérito.

Combatido inicialmente pelas corporações de Sintra e Cascais, as chamas alastraram, sem dó nem piedade, pelo verde da serra. O material das corporações, sem auto-tanques e muitos veículos com capacidade limitada de transportarem água, revelavam-se insuficientes para dominar o inimigo. Os reforços chegaram de diversas corporações, mas também de militares e até da Colónia Penal.

No segundo dia, a frente do incêndio galgou na direcção dos Capuchos e do Monge.

“Estávamos a actuar na estrada Capuchos-Portela, juntamente com uma viatura do Batalhão de Sapadores Bombeiros, e o fogo subia a Serra com velocidade, produzindo um som assustador”, recordou José Alberto Caetano. “O fumo e o fogo envolviam-nos completamente, obrigando-nos a retirar (...). Entretanto, ouvimos gritos”, prossegue o testemunho.

Após ter sido retomada a circulação na estrada, foram encontradas viaturas militares abandonadas. “Só mais tarde, se descobriram – a meia encosta – os corpos dos cerca de 25 soldados do RAAF de Queluz, os quais, viemos mais tarde a saber, eram as guarnições das viaturas abandonadas. Vinham a caminho e ficaram encurralados pelo fogo”, relata José Alberto Caetano.

”Que todos juntos, tornemos impossível a repetição do desastre de 1966” Para o combate ao fogo, foram destacados 135 militares do RAAF, actualmente designado de Regimento de Artilharia Antiaérea n.º1 (RAAA1), entre os quais os 25 soldados traídos pelas chamas, que ainda procuraram abrigo em minas de água.

Todos os anos, a instituição recorda e “presta homenagem a estes bravos militares que perderam a vida no mais dramático episódio da história deste regimento”. Em 2016, meio século volvido, o tributo é realizado com uma cerimónia em que “importa relembrar o significado acrescido” da homenagem.

Comandante José Alberto Caetano foi um dos combatentes, na primeira linha, do grande incêndio na serrra

A cerimónia está agendada para esta quarta-feira, dia 7, sendo presidida pelo Chefe do Estado-Maior do Exército, general Frederico José Rovisco Duarte, e para a qual foram convidados os presidente das câmaras de Sintra, Basílio Horta, e de Cascais, Carlos Carreiras, e representantes de diversas entidades e também familiares e amigos dos militares falecidos.

Após uma missa na capela do RAAA1, em Queluz, o ponto alto será no próprio Pico do Monge, cerca das 11h30, com uma alocução do comandante do regimento, coronel José Augusto Oliveira Costa dos Reis, seguindo-se uma romagem ao local onde foram encontrados os corpos dos soldados falecidos, onde estão plantados 25 ciprestes em seu reconhecimento.

A cerimónia servirá também para salientar que, no Monte da Lua, para além dos meios das corporações de bombeiros de Sintra e Cascais, o perímetro florestal é permanentemente vigiado por efectivos militares do RAAA1 e dos Comandos. “Passados 50 anos, e passe o tempo que passar, o Exército continua a

servir o país, na prevenção, combate indirecto a incêndios, defesa de aglomerados populacionais e apoio ao rescaldo de fogos florestais, através dos Planos LIRA e Faunos”, salienta uma nota do regimento, que cita ainda o tributo da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) sobre a morte dos 25 militares: “Ao evocar-se esta efeméride, curvamo-nos em profundo respeito pela memória dos homens generosos que, envergando a

Foto JCS

“Bombeiros não estavam apetrechados para esta calamidade” “Os bombeiros portugueses não estavam preparados, nem apetrechados para enfrentar uma calamidade com aquela dimensão”, recordou o então comandante da corporação de Almoçageme, José Alberto Caetano, em recentes declarações ao “Bombeiros de Portugal”, jornal da LBP, que evocou os 50 anos do grande incêndio na Serra de Sintra.

A falta de meios de combate, associado ao ‘combustível’ acumulado nas manchas florestais, foram, aliás, o rastilho que contribuíram para a evolução das chamas em 1966. “Este incêndio da Serra de Sintra foi uma escola para o país, nunca tinha havido um incêndio assim. Os bombeiros, a partir daquele momento, tiveram consciência da necessidade de melhorar os meios de

farda militar e irmanados na mesma luta dos soldados da paz, pagaram com a vida o atrevimento de medir forças com o fogo.

Que cada um dos cidadãos da nossa terra saiba respeitar a memória dos que tombaram para sempre e considere a floresta como um bem social que a todos pertence. Que todos juntos, tornemos impossível a repetição do desastre de 1966”.

João Carlos Sebastião

Foto RAAA1

Há 50 anos, a Serra de Sintra registou um dos seus piores momentos, com um incêndio que, para além dos hectares de floresta que destruiu, ceifou a vida a 25 militares do então Regimento de Artilharia Antiaérea Fixa. Meio século depois, é tempo de recuar nas memórias de um dos bravos do pelotão, o comandante José Alberto Caetano, dos Bombeiros de Almoçageme, que, em vésperas de comemorar 85 anos, é um dos testemunhos de quem viveu o pesadelo de 1966.

combate aos fogos florestais”, salientava, há cinco anos, ao JR, na cerimónia de homenagem aos 25 militares falecidos, o chefe (do Quadro de Honra) dos Bombeiros Voluntários de Sintra (BVS), António Marina, um dos combatentes do fogo. Na mesma ocasião, Carlos José Marques, também chefe dos BVS, lembrava que “as viaturas tinham muitas dificuldades em aceder às zonas mais altas e não havia caminhos como existem actualmente: a serra era muito densa”. “As comunicações também não eram nenhumas”, testemunhava Mário Graça, também da corporação da sede do concelho.

Ainda longe das lides dos ‘soldados da paz’, então com dez anos em 1966, o actual responsável pela Protecção Civil Municipal, Pedro Ernesto Nunes, recor-

dava-se da “azáfama no Largo da Feira, das pessoas levarem comida para os bombeiros”, numa corrente de solidariedade que juntou as populações locais.

O também comandante dos Bombeiros Voluntários de São Pedro de Sintra está convicto que “um incêndio como o de 1966 não voltará a acontecer na Serra de Sintra, porque a organização, os meios, as comunicações, os acessos que existem, permitem-nos combater as chamas de forma mais eficaz”, destacando o investimento dos municípios de Sintra e de Cascais na redução da carga combustível nos espaços florestais. “Um incêndio como o de 1966 nunca mais irá ocorrer”, assegura este responsável.

Há 50 anos, os dias 10,11 e 12 de Setembro foram de rescaldo e, para trás, ficou um cenário reduzido a cinzas, que deve continuar a perdurar na memória das gentes sintrenses para que nunca mais se repita numa área classificada, em grande parte, como Património da Humanidade.

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JORNAL DA REGIÃO

BREVES REABILITAÇÃO DA ANTA DO CARRASCAL

OBRAS DA EN117 EM CONCURSO

Um milhão e 120 mil euros (mais IVA) é o montante da empreitada de construção do novo Centro de Saúde de Queluz, que foi adjudicada, no passado dia 30 de Agosto, em reunião camarária. A obra deverá arrancar dentro de dois meses, após o visto do Tribunal de Contas. O novo Centro de Saúde de Queluz vai resultar da reconversão de um antigo equipamento educativo, situado na Rua D. Fernando, em Queluz. No total do investimento de 5,6 milhões de euros nas unidades de Queluz, Agualva e Algueirão-Mem Martins, a autarquia investe 1,8 milhões de euros, cede os terrenos e os edifícios e assumirá, ainda, a construção do novo Centro de Saúde de Sintra.

A Câmara de Sintra vai investir cerca de 55 mil euros na recuperação e musealização da Anta do Carrascal, em Agualva, um monumento megalítico da pré-história, classificado como monumento nacional pelo IPPAR, desde 1910. Para o presidente da Câmara, Basílio Horta, esta intervenção “é uma obra que tem um valor muito superior ao montante investido, pois corresponde à preservação da memória e da história do concelho”. O projecto prevê a recuperação e musealização desta sepultura pré-histórica, de forma a reverter o estado de abandono em que se encontra, contemplando, ainda, uma valorização paisagística para enquadramento do monumento, assim como arranjo da área envolvente.

Foi publicado recentemente, em Diário da República, o lançamento do concurso público para a obra de requalificação do troço da Estrada Nacional 117, entre Queluz e Belas, na sequência de um protocolo, celebrado em Abril, entre o Governo e o município de Sintra. As obras vão custar 2,4 milhões de euros, a cargo das Infraestruturas de Portugal, mas o município vai investir cerca de um milhão e cem mil euros em “obras de construção de passeios e de ciclovia”, para além de trabalhos de “substituição da conduta de abastecimento de água e respectivos ramais”. Segundo estima a autarquia sintrense, as obras devem avançar dentro de sete meses.

Câmara vai adquirir quinta no centro histórico Propriedade pertencia à família Jorge de Mello e pode acolher museu

A Câmara de Sintra vai adquirir a Quinta Mont Fleuri, situada entre o centro histórico e a Quinta da Regaleira, pelo montante de 2,8 milhões de euros. O direito de preferência foi exercido pelo município, através de um despacho do presidente da Câmara que foi ratificado em reunião do executivo, com a decisão a carecer de aprovação da Assembleia Municipal e de viabilização do Tribunal de Contas.

A Quinta Mont Fleuri, propriedade da família de Jorge de Mello, tem uma área total de 7.491 metros quadrados (m2), possuindo um palacete de finais do século XIX, sendo visível a meio do percurso entre o centro histórico e a Quinta da Regaleira, no Largo Dr. Carlos França.

Segundo a proposta submetida ao executivo municipal, que registou a abstenção dos vereadores do Movimento ‘Sintrenses com Marco Almeida’, a aquisição desta

Foto JCS

ACTUALIDADE

CENTRO DE SAÚDE DE QUELUZ AVANÇA

Propriedade fica situada no percurso entre o Largo do Palácio da Vila e a Quinta da Regaleira

propriedade, com entrada pela Rua Maria Eugénia Reis Ferreira Navarro n.º2, “trata-se pois de uma oportunidade única de adquirir um imóvel, com interesse municipal, importantíssimo para a consolidação e valorização do edificado e da malha urbana

integrada na classificação de Património Mundial”.

A proximidade em relação à Quinta da Regaleira e ao Parque das Merendas (na Estrada da Pena) também “permitirá um incremento da intervenção cultural do município, e a fruição colectiva de espa-

ços que se desejam públicos e de acesso universal”, segundo os termos da proposta do presidente da Câmara de Sintra, Basílio Horta.

A propriedade possui um imóvel principal, com três pisos, uma casa secundária, “com uma vista magnífica para a

Serra e Mar”, e um denominado Sintra Lounge, “um estúdio construído em pinho finlandês, com uma varanda panorâmica”, segundo a descrição de uma imobiliária.

“A Quinta Mont Fleuri é a fusão perfeita entre a Serra de Sintra e o seu centro histórico”, integrando espaços verdes e fontes que inspiram à tranquilidade, “um espaço único em perfeita harmonia com a natureza”, que, segundo a proposta da autarquia, chegou a estar à venda por cinco e, posteriormente, por quatro milhões e foi avaliada pelo montante de 3,1 milhões de euros. “É uma quinta histórica, no coração de Sintra, para a população usufruir”, justificou o presidente da Câmara, em declarações ao JR, sobre a aquisição do imóvel.

O usufruto dos jardins, numa propriedade com cerca de 7500 metros quadrados, poderá ser feita em ligação com o Parque das Merendas, “através de uma ponte”.

A intenção camarária passa por instalar um museu no rés-do-chão, “da maior colecção de Companhia das Índias do mundo”, que pertence a um cidadão brasileiro, mas carece ainda de confirmação da vontade do próprio coleccionador. Mas, se tal não se confirmar, “também é um espaço magnífico para reuniões, para receber pessoas”, frisou o edil.

“No primeiro andar, poderá ser para acolher altos dignitários do mundo”, enquanto a casa secundária será destinada a receber outros convidados na área cultural, como “chefes de orquestras, músicos, actores ou escritores”, acrescentou.

Para Basílio Horta, a aquisição deste imóvel de interesse municipal é “um negócio natural”, que não perturba a gestão de uma autarquia que “tem capacidade financeira. Não tira um tostão a nada, para quem tem 70 milhões”, concluiu.

João Carlos Sebastião

Os primeiros três quilómetros da rede de ciclovias do concelho já estão a ser utilizados pelos munícipes, tanto de bicicleta como a pé, executada que está a ligação entre Ouressa (Algueirão-Mem Martins) e a Portela de Sintra.

Num investimento na ordem dos 200 mil euros, aquela que é designada como a primeira ciclovia urbana do concelho, concluída durante o mês de Agosto, motivou recentemente (no passado dia 27) a realização de um passeio de bicicleta que reuniu

cerca de 50 pessoas, entre os quais o presidente da Câmara de Sintra, Basílio Horta, o vereador da Mobilidade, Luís Patrício, e o presidente da Junta de Freguesia de Algueirão-Mem Martins, Valter Januário, para além de técnicos camarários e munícipes.

A iniciativa serviu para assinalar a conclusão dos trabalhos e como apelo à sua utilização, mas o edil realçou que, logo após o término das obras, a ciclovia começou a ser “muito utilizada. Mesmo à noite, há uma média de 50 pessoas que anda aqui”.

Para Basílio Horta, a adesão da população é sinal de que “mais importante do que o valor dos investimentos, é a sua natureza e qualidade: estamos a falar de 200 mil euros”.

Nos planos da autarquia, estão já 39 quilómetros de ciclovia em todo o concelho, “o que significa um investimento de cinco milhões de euros”, como o autarca revelara em Dezembro de 2015, aquando do arranque da construção da infra-estrutura entre a Portela de Sintra e Mem Martins.

Para além do prolongamento desta ciclovia até à bacia de retenção e à Igreja do Algueirão, está já em curso a elaboração do projecto de ligação entre a estação de Agualva-Cacém e o Parque Salgueiro Maia (Massamá), com passagem pela estação de Massamá-Barcarena, numa extensão de cinco quilómetros.

“Vamos avançar com essas obras. Podem não estar concluídas neste mandato, mas, quem cá estiver para o próximo, inaugura”, salientou o presidente da Câmara de Sintra.

Foto JCS

Ciclovia Ouressa-Portela de Sintra já está no activo

Basílio Horta, Luís Patrício e Valter Januário pedalaram até Sintra

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PASSEAR

Foto de arquivo

JORNAL DA REGIÃO

Bairro dos Museus por dez euros Bilhete integrado abrange transporte e visitas Visitar 17 equipamentos do Bairro dos Museus, por dez euros, que inclui a viagem na Linha de Cascais, é a proposta do município e da CP que estabeleceram uma parceria e criaram o Bilhete Integrado Bairro dos Museus + CP Linha de Cascais.

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O bilhete integrado pode ser adquirido nas bilheteiras da CP, por apenas 10 euros, e permite, ao longo de todo o dia, viajar na Linha de Cascais, que oferece uma vista privilegiada da orla marítima desde Lisboa, e, ao mesmo tempo, ter acesso aos 17 equipamentos que integram o Bairro dos Museus.

“Cascais é o único concelho do país a oferecer um bairro inteiramente dedicado às artes”, realça Salvato Teles de Menezes, presidente da Fundação D. Luís I, entidade que gere este perímetro cultural: “Criámos em Fevereiro de 2015 este conceito inovador que agrega 15 museus e dois parques lindíssimos. Agora, com a parceria da CP, queremos promover a sua fruição ainda mais, em especial junto dos visitantes que estão em Lisboa. Basta apanhar o comboio no Cais do Sodré e deixar-se levar”.

Os responsáveis da Fundação D. Luís I aconselham alguma disciplina, em termos de tempo, para conseguir visitar a totalidade do perímetro cultural. Se o grosso da oferta do Bairro dos Museus se situa na sede do concelho, vale a pena, na Parede, conhecer a Casa Reynaldo dos Santos e Irene Virote Quilhó dos Santos, um espaço que disponibiliza ao público um centro de documentação especializado em Medicina e História da Arte.

No Monte Estoril, é a música quem mais ordena, com o Museu da Música Portuguesa/Casa Verdades de Faria e o Conservatório de Música de Cascais. No Estoril, o piso superior da estação dos CTT acolhe o Espaço Memória dos Exílios.

Em Cascais, para além dos parques Marechal Carmona e Palmela (gratuitos e que poderá deixar para outra ocasião), o bilhete integrado permite o acesso ao Centro Cultural de Cascais, Casa das Histórias Paula Rego, Museu do Mar, Farol Museu de Santa Marta, Casa de Santa Maria, Museu Condes de Catro Guimarães, Casa Duarte Pinto Coelho e Forte de São Jorge de Oitavos (já a caminho do Guincho).

Como o tempo não dá para tudo, poderá deixar para outra ocasião, até por terem acesso livre, a visita ao Museu da Vila (no edifício dos Paços do Concelho), a Fortaleza de Nossa Senhora da Luz (Passeio D. Maria Pia) e o Museu do Cartoon (Cidadela de Cascais).

Marégrafo de Cascais Também integrado no Bairro dos Museus, mas com visita gratuita, embora sujeito a marcação prévia (21 4815907|museumar@ cm-cascais.pt) e apenas às terças e quintas-feiras, está o Marégrafo de Cascais, datado de finais do século XIX e que terá sido um dos primeiros observatórios europeus dedicado ao estudo das correntes e marés.

O sistema foi construído em 1877 por A. Borrel, em Paris, e encontra-se ainda em pleno funcionamento. Os valores do nível médio do mar, que o Instituto Geográfico Português (IGP) recolhe no Marégrafo de Cascais, interessam também à comunidade

científica internacional, devido à amplitude temporal das séries de valores e a situação geográfica de Cascais.

Segundo a autarquia, a longevidade e qualidade de dados do Marégrafo de Cascais permitem avaliar o movimento vertical relativo das massas oceânicas e continentais nesta zona costeira que, em Cascais, se traduzem numa subida do nível médio do mar de cerca de 15 cm desde o início do seu funcionento.

Na sequência de um protocolo estabelecido entre a Câmara de Cascais e o IPG, em, 2005, o Marégrafo pode ser visitado mediante marcação prévia.

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INICIATIVAS

JORNAL DA REGIÃO

Queluz recua no tempo

Feira Setecentista decorre de 8 a 11 de Setembro

O Largo do Palácio Nacional de Queluz vai voltar ao século XVIII, entre quinta-feira e domingo, para mais uma edição da Feira Setecentista. Com entrada livre, o evento constitui uma recriação histórica de um mercado do tempo da família real.

Organizado pela Câmara de Sintra, com produção da

empresa Câmara dos Ofícios, é tempo de regressar à segunda metade do século XVIII, com um programa de animação para todos os gostos e com a presença de mercadores de norte a sul do país. Para além de trabalhos de artesãos nacionais e estrangeiros, também será possível degustar inúmeras iguarias, da doçaria aos enchidos, que prometem deli-

ciar o apreciador da melhor gastronomia.

A equipa da Câmara dos Ofícios, em todo o recinto da feira, vai recriar diferentes situações, em permanente interacção com o público, dando forma a quadros típicos de época.

Aguadeiros, criadas do paço, carvoeiro, lavadeiras, barbeiro sangrador, saltimbancos e gaiteiros vão passear pelo terreiro envolvente do monumento nacional, onde, naturalmente, não faltará a nobreza.

Os nobres serão identificados pelo esplendor característico de então: “marqueses, duques e duquesas participam na festa com os seus trejeitos, leques e cabeleiras empoadas”. Na noi-

te de sábado, dia 10, a nobreza tomará, aliás, conta do recinto e apresentará um espectáculo de canto, música e poesia barroca. Nas tardes de sábado e domingo, haverá teatro de marionetas com a apresentação do Entremez – “Guerras de Manjericão e Vergamota ou o Oiteiro Nocturno”.

A Feira Setecentista conta com o apoio da União das Freguesias de Queluz e Belas, União das Freguesias de Sintra, Regimento de Artilharia Antiaérea N.º 1 (RAAA1) e Pousada Rainha D. Maria I, com a Parques de Sintra-Monte da Lua a associar-se ao evento com a abertura nocturna dos jardins superiores do Palácio de Queluz, entre as 19h00h e as 24h00 mediante aquisição de bilhete.

A feira terá o seguinte horário: dias 8 e 9, das 17h00 às 24h00; dias 10 e 11, das 13h00 às 24h00.

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NA BERRA

Olha quem fala

“Quero continuar a apostar numa carreira internacional”

JORNAL DA REGIÃO

Aos 31 anos, Pedro Carvalho vive momento único no seu percurso profissional e quer continuar a trabalhar entre Portugal e o Brasil

Apesar de provir de uma família muito unida, que designa como o seu “principal pilar”, Pedro Carvalho, com apenas 17 anos, decidiu partir para a capital portuguesa para estudar arquitectura e re-

“E hoje, dia 6 de setembro, foi o fim de um sofrimento, mas o início de uma dor sem fim, uma dor que minimiza com os anos que vão passando, mas que nunca passa, nunca passa (...)Passe o tempo que passar a tua ausência é sempre sentida. Tu eras carismático, deixaste marcas,deixaste recados”.

KÁTIA AVEIRO, sobre o 11.º aniversário da morte do pai, no Instagram.

Foto João Silveira Ramos

“Os problemas da minha família são iguais aos problemas de todas as famílias.

Quem tem a felicidade de ter uma família, e no meu caso, uma família grande, sabe que a dinâmica das famílias é feita de altos e baixos, tristezas e alegrias, mas acima de tudo, acima de qualquer problema, as famílias têm a capacidade de se unir nos momentos mais importantes da vida”.

RICARDO QUARESMA, sobre as alegadas desavenças com a família, em comunicado.

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presentação, e dar início à caminhada que o levou até onde hoje chegou...como actor. “Fazia um curso de dia e outro à noite porque são duas grandes paixões.

Com o tempo, acabaram por se delinear quanto ao espaço que ocupam na minha vida: a representação é a minha profissão, a arquitectura um ‘hobby’, que ainda exerço”, confessa. “Foi um ano muito positivo. Conheci pessoas que ainda hoje são importantes na minha vida e comecei a delinear o meu percurso rumo ao que me faz realmente feliz”, salientou.

Apesar de participações anteriores em séries e filmes - ‘O diário de Sofia’, ‘Tu e eu’ e ‘A escritora italiana’, onde contracenou com actores como Nicolau Breyner, Simone de Oliveira e Diogo Morgado – , é a entrada para a 4.ª temporada da popular série juvenil ‘Morangos com Açúcar’ que marca a sua estreia com um grande papel, somando, desde então, 12 trabalhos em novelas na TVI. “Estava ainda a estudar na ACT – Escola de Actores quando o director artístico me sugeriu que fosse realizar o casting. Foi muito gratificante fazer parte da família ‘morangos’, e o impacto que teve cá fora foi óptimo.

A carreira fora de Portugal foi algo que sempre lhe pareceu um sonho longínquo e quase inalcançável: “Somos muitos e existem excelentes actores.

Nunca achei que me calharia a mim o reconhecimento internacional”, justifica. Certo é que o trabalho e dedicação de Pedro Carvalho deu frutos e despertou

Raio de sol e luz, Quero desta forma homenagear-te publicamente, pela maravilhosa importância da tua passagem, na minha Vida.

Afirmar que fui muito feliz ao teu lado e que por minha vontade, seria tua companheira, para todo o sempre.

Peço-te de todo o coração, perdão, de tudo o que possa ter dito ou feito, que te tenha magoado.

Serás o amor da minha vida para todo o sempre.

A Borboletinha

atenções, tendo sido seleccionado para dar vida a Miguel Sales, protagonista da telenovela de horário nobre da TV Record, – e da produtora Casablanca, com a participação dos estúdios de Hollywood–, ‘Escrava Mãe’, depois de uma selecção minuciosa. Este foi um trabalho que o actor descreve como “incrível, intenso, prazeroso, muito detalhado e histórico”, para o qual Pedro Carvalho teve aulas de esgrima, equitação, capoeira, história, postura, para trabalhar o sotaque brasileiro – embora o personagem seja português –, e seminários de ética da época que é retratada: “A telenovela está absurdamente linda e já foi vendida para uma série de países a nível mundial”, refere, com visível orgulho.

Pedro Carvalho foi ainda distinguido em Nova Iorque nos Portuguese Brazilian Awards 2016, no passado dia 12 de Julho, consumando o sucesso internacional que está a colher. “É bom saber que o nosso trabalho chega a outros públicos, dá-nos a responsabilidade de fazer sempre mais e melhor. Quem me conhece diz que, nas minhas veias, não corre sangue, mas paixão. Vivo muito intensamente e sou muito apaixonado por aquilo que gosto de fazer”.

O actor, que trabalhou ainda na série ‘Massa Fresca’, no filme ‘Portugal não está à Venda’ e na peça de teatro ‘Dama das Camélias’, espera que não deixem de reparar no seu trabalho e a darem-lhe oportunidades, desejando continuar a representar no Brasil e em Portugal.

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Foi em ‘Morangos com Açúcar’ que o sonho começou a tomar forma para o actor Pedro Carvalho, natural do Fundão.

“Uma manhã emocionante, num dos dias mais importantes da vida desta pequenina. É aqui que a minha piolhita vai passar grande parte do tempo nos próximos quatro anos.

Agora é fazer figas para que corra tudo bem”.

PEDRO TEIXEIRA, ao levar a filha ao primeiro dia de aulas, no Facebook.

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JORNAL DA REGIÃO

Catarina Furtado promove objectivos de desenvolvimento sustentável Exposição patente na Biblioteca de São Domingos de Rana

A exposição apresenta declarações de personalidades que preconizam medidas em prol de um planeta mais sustentável. Catarina Furtado revelou que um dos objectivos que lhe diz mais é o da “igualdade

de géneros” e falou da importância da mostra: “Olho para a agenda da ONU com esperança que podem ser atingidos mais objectivos”.

“Esta agenda é inovadora e um desafio”, salientou.

O presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, também esteve presente na inauguração da exposição e frisou que o município “apostou na glocalização. A partir do local, dar um contributo para o global”.

O município de Cascais comprometeu-se publicamente com os princípios das Nações Unidas, tendo assumido o compromisso de trabalhar

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para a concretização destes 17 objectivos. Para desenvolver esse compromisso, com o apoio do Instituto Marquês de Valle Flôr e da Rede Intermunicipal de Cooperação para o Desenvolvimento, promove esta exposição que dá a conhecer os 17 ODS através dos 5P (Pessoas, Planeta, Prosperidade, Paz e Parcerias) que englobam as temáticas dos objectivos.

Tendo sido Cascais eleita como Capital Europeia da Juventude para 2018, é intuito da autarquia promover a sensibilização dos jovens e demais munícipes para as questões da Cooperação e da Educação para o Desenvolvimento Sustentável.

FL

Enquanto embaixadora chamou a atenção “para as decisões sustentáveis e de boa governação” e defendeu ainda que “precisamos de uma mudança local e nacional para um mundo mais solidário”.

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Naquele que foi o seu último acto oficial como Embaixadora das Nações Unidas (ONU) antes de partir, uma vez mais, para África onde irá realizar um novo conjunto de reportagens para o programa ‘Príncipes do Nada’, a emitir no canal 1 da RTP, a popular apresentadora contribuiu para a divulgação, junto da população em geral, dos 17 “Objectivos de Desenvolvimento Sustentável” (ODS) aprovados pela Assembleia-Geral das Nações Unidas em Setembro de 2015.

Fotos Francisco Lourenço

A Embaixadora da Boa Vontade do Fundo das Nações Unidas para a População, Catarina Furtado, inaugurou, esta segunda-feira, a exposição “Objectivos de Desenvolvimento Sustentável”, uma mostra que está patente na Biblioteca Municipal de São Domingos de Rana (Cascais).

7 a 13 de Setembro de 2016

7 a 13 de Setembro de 2016

Sugestões JR CINEMA

Milagre no Rio Hudson

No dia 15 de Janeiro de 2009, o piloto “Sully” Sullenberger fazia o mundo testemunhar um ‘milagre’, ao deslizar o avião que comandava pelas águas do Rio Hudson e evitar uma tragédia humana. Porém, é iniciada uma investigação que ameaça a sua carreira e reputação.

Com Tom Hanks no principal papel.

LIVRO

‘Vai correr tudo bem!’, de Susana Torres

O livro retrata a difícil história de vida de Eder, o mais recente ‘herói’ do povo português, que marcou o golo monumental na final do Euro 2016 e sentenciou a vitória de Portugal, escrevendo a página mais bonita de sempre do futebol português. De autoria de Susana Torres, motivadora do jogador, tem prefácio de Fernando Santos, seleccionador nacional.

MÙSICA

‘Fado de cada um’, Joana Rios

Composto por temas que discorrem sobre a condição de ser fadista, do destino, do amor, e de Lisboa como cenário de encantamento entre a fadista e o fado, o disco de estreia de Joana Rios marca uma fase de mudança da artista que viu no Fado o seu caminho de maturidade.

JORNAL DA REGIÃO

VER & OUVIR

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Xutos & Pontapés na Amadora

No âmbito dos festejos da ‘Amadora em Festa’, que comemora este ano o 37.º aniversário do município, Tim, Zé Pedro, Kalú, João Cabeleira e Gui trazem até à cidade da Amadora um concerto imperdível de rock & roll em português, com a habitual energia em palco a que já acostumaram os portugue-

ses. Músicas como ‘Minha Casinha’, ‘Circo de Feras’ ou ‘Ai se ele Cai’ são alguns dos sucessos desta que é uma das bandas com maior longevidade do panorama musical português.

LUMINA enche Cascais de luz Esta é já a 5.ª edição do LUMINA-Festival da Luz, que, ao longo de quatro noites, recria o centro da vila de Cascais com espectáculos de luz, cor, som, movimento, projecções multimédia e instalações interactivas. Dedicado este ano ao tema ‘Mundos Fantásticos da Luz’, o evento presenteia os seus visitantes com uma verdadeira exaltação sensorial e uma vivência cultural arrojada e diferente, realçando ainda o património histórico e garantindo

De 8 a 11 de Setembro, das 20h00 às 24h00.

António Zambujo encerra grandes concertos do Casino Estoril

Estacionamento Metro da Amadora (Falagueira), dia 10 de Setembro, pelas 22h30.

‘O cócó do cão’ A peça de teatro “O cócó do cão”, produzida pelo grupo Animateatro, pretende alertar para os perigos dos dejectos animais deixados em espaços públicos. Enquanto uma menina brinca num jardim, surge uma mosca indignada com a falta de cuidados dos humanos com os seus animais de estimação. Os dois fazem-se aliados contra este mal público e formam o esquadrão pró-animal.

momentos únicos de revelação e descoberta.

Este é um concerto que vai contar com a interpretação dos melhores temas do álbum “Rua da Emenda”, bem como de outras composições conhecidas do grande público, do músico que é não só uma

referência na música nacional, mas também muito elogiado internacionalmente. Um concerto de entrada livre.

Casino Estoril (Lounge D), dia 8 de Setembro, a partir das 23h00.

Oeiras reúne poeiras da Língua Portuguesa

Casa da Marioneta de Sintra, dia 10 de Setembro, às 16h00.

Festival homenageia sabores portugueses Esta é a 2.ª edição do festival gastronómico “Adoramos a nossa gastronomia” – promovido pela Coca-Cola – um evento recheado de bons sabores, ritmos portugueses e showcookings, que reúne os 12 melhores pratos regionais nacionais, dos 12 melhores restaurantes eleitos pelo público (entre 1200).

Sala Tejo, Meo Arena Lisboa, dia 9 de Setembro, das 19h00 às 23h00, dia 10, das 12h00 às 23h00, e dia 11, das 12h00 às 16h00.

O Parque dos Poetas é o anfitrião da primeira edição do Poeiras, um festival pensado para toda a família que visa celebrar as diferentes e múltiplas tradições, expressões e manifestações culturais da Língua Portuguesa.

Venha testemunhar

uma programação ecléctica, repleta de ritmos, sons, sabores, palavras e arte, e fique ainda a conhecer mais sobre a riqueza do mundo lusófono.

Sara Tavares, cantora portuguesa de ascendência cabo-verdiana, é um dos principais De 9 a 11 de Setembro, a partir das 16h00. nomes do cartaz.

Qual o futuro da Europa?

Produzido pela ÉTER-Produção Cultural, em parceria com a Câmara de Sintra, “Europa, Europa!” é uma peça de teatro que reflecte algumas problemáticas sentidas pelo ‘Velho Continente’. ‘Qual a identidade actual da civilização europeia’ e ‘Qual o seu futuro?’ são algumas das questões

exploradas. Com texto de Miguel Real e Filomena Oliveira, inspirado nos 12 trabalhos de Hércules, a peça inclui ainda – opcionalmente –, às sextas e sábados, um jantar solidário (sob reserva).

Quinta da Ribafria, dias 9, 10 e 11 de Setembro, às 21h30.

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MOTORES

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7 a 13 de Setembro de 2016

JORNAL DA REGIÃO

Requinte e tecnologia Se a berlina já tinha conquistado admiração, a versão Sport Tourer do Renault Talisman é ainda mais imponente

As dimensões são semelhantes, o espaço para passageiros também e até a bagageira tem praticamente a mesma capacidade (572 litros, 1700 com os bancos rebatidos).

Todavia, a carrinha parece maior e ganha no capítulo da imponência, face à versão de quatro portas, apesar de tudo, mais clássica.

Com algum pendor desportivo, em especial nas versões mais potentes, a nova Talisman Sport Tourer assume a sua vocação familiar e posiciona-se muito bem entre as propostas ‘premium’ do segmento, com a vantagem de apresentar uma relação entre preço, equipamento e qualidade, praticamente inatingível pela concorrência.

Isto graças à utilização de uma gama de motores diesel de

baixa cilindrada, com diversos níveis de potência, mais amigos do ambiente e menos onerados em termos fiscais. Neste caso, experimentámos a motorização Energy dCi 1.6 de 160 cv, bi-turbo e caixa EDC de 6 velocidades. Entusiasmante, divertida e económica, esta versão tira todo o partido tecnologia Multi-Sense da Renault, que permite adequar o comportamento

do carro ao estilo da nossa condução, ao nível da resposta do motor, da suspensão e da direcção.

Para além disso, o Talisman incorpora o sistema 4Control que se tornou célebre no antigo Laguna, com quatro rodas direccionais, que fazem maravilhas nas manobras e garantem eficácia total a curvar.

Para além de toda a panóplia de tecnologia e de sistemas de ajuda

ao condutor, accionáveis através de uma espécie de tablet instalado ao centro do tablier, o Talisman surpreende também pela versatilidade, nomeadamente através do rebatimento facilitado dos bancos traseiros, mas sobretudo pelo conforto e até pelo ambiente luxuoso a bordo.

Aqui, destacam-se os bancos dianteiros com função de massagem, aquecimento e ventilação.

Quanto ao restante equipamento, a lista é extensa, mas vale a pena citar alguns itens: Regulador de velocidade com controlo da distância; travagem activa de emergência; alertas de mudança de faixa, de distância de segurança e de excesso de velocidade com leitura dos sinais de trânsito, aviso de ângulo morto; ajuda ao estacionamento dianteiro, traseiro e lateral e em mãos livres, entre muitos outros.

Renault Talisman ST 1.6 dCi Motor: Diesel, bi-turbo, 1598 cm3 Potência: 160 cv/4000 rpm Binário máximo: 380 Nm/1750 rpm Velocidade máxima: 215 km/h Consumo/emissões: 4,5 l/100km, 120 g/km Preço : 41.750 €

Paulo Parracho

Saiba mais sobre este modelo em www.jornaldaregião.pt

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REPÓRTER JR

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7 a 13 de Setembro de 2016

JORNAL DA REGIÃO

Projecto para o Largo da Feira vai “respeitar e valorizar o local”

A Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) emitiu parecer favorável ao projecto de reabilitação da Praça D. Fernando II, em São Pedro de Sintra, mas as obras só arrancam em Outubro de 2017. Em resposta às críticas às intenções de requalificação, por alegadamente “atentarem contra o espírito do lugar”, a autarquia contrapõe que a intervenção vai “respeitar e valorizar as características históricas do local”.

Após as críticas ao projecto de requalificação do Largo da Feira de São Pedro, a autarquia divulgou, agora, o parecer favorável da DGPC, para quem o projecto “traduz-se numa melhoria do ambiente urbano e consequentemente nos valores culturais em presença”. Segundo esta instituição, o projecto em apreço vai constituir

“uma acção de manutenção e qualificação do espaço urbano com o reaproveitamento dos materiais inertes e vegetais existentes”.

“O projecto prevê a regularização do piso, mantendo a calçada original, de forma a eliminar as irregularidades que condicionam a mobilidade das pessoas; a reorganização e delimitação do estacionamento existente de forma a libertar, para as pessoas, cerca de 60% da ocupação do automóvel; a garantia das melhores condições para a realização de feiras regulares, festas sazonais e eventos vários; a preservação de todo o coberto arbóreo, nomeadamente os plátanos de grande porte que marcam fortemente o local”, acentua a autarquia.

“Esta requalificação tem assim como único objectivo respeitar e valorizar as características históricas do

local”, reforça o município, que revela que o estacionamento, “actualmente caótico”, será reorganizado, mas será mantido para “não prejudicar as actividades do comércio local”. A autarquia garante que o estacionamento não será taxado no local.

“O projecto não implica terraplanagens e será recolocado o pavimento que actualmente existe”, reitera a autarquia, que esclarece que as bases do projecto, cujas obras devem arrancar no terreno em Outubro de 2017, constam do programa estratégico da Área de Reabilitação Urbana de Sintra, aprovada em Setembro de 2015 em sede de Assembleia Municipal. A intervenção só decorrerá após o Verão de 2017, “devido às características de utilização da praça e à necessidade de não prejudicar nenhum dos interesses em presença”.

As críticas ao projecto surgiram de diversos quadrantes, nomeadamente da Canaferrim-Associação Cívica e Cultural, mas também da oposição no executivo. O movimento ‘Sintrenses com Marco Almeida’ manifestou, no início de Agosto, “o forte repúdio” pelo projecto que, dizem estes eleitos, visa favorecer a criação de lugares de estacionamento. Ao contrário dos parques periféricos prometidos – “a verdade é que nem um destes equipamentos foi concretizado” –, a intervenção agora prevista, entende o movimento, pretende criar estacionamento “à custa da destruição do espírito do lugar e do património do Largo”.

O projecto, que abrange a disponibilização de 102 lugares de estacionamento, “contraria a vivência de décadas daquele lugar. Palco de tradições e de convivências que fazem parte da Sintra histórica, ainda hoje ali podemos encontrar viva essa função que esteve na génese do desenho e da construção daquele lugar”.

Os eleitos municipais liderados por Marco Almeida consideram que está contemplada “uma profunda alteração da função da Praça: substituir o cunho da convivialidade primordial, que sempre caracterizou o lugar, pela ideia obtusa do primado do estacionamento” e defendem um amplo debate público da intervenção, em torno da União das Freguesias de Sintra, a quem o projecto só foi apresentado em Julho, em período de férias.

Base Aérea aberta ao público A Base Aérea N.º1, em Sintra, e o Museu do Ar promovem, no próximo domingo, 11 de Setembro, o ‘Dia da Base Aberta’, com diversas actividades destinadas ao público em geral.

Com entrada livre, entre as 10h00 e as 17h00, será possível observar várias aeronaves civis e militares (como o Epsilon TB30 e o Chipmunk Mk20), assistir a demonstrações operacionais, circular por alguns serviços da unidade e, claro, viajar pela história da aviação (com visita gratuita ao Museu do Ar).

Para além das exposições estáticas de vários aviões, haverá, ainda, demonstrações cinotécnicas e de falcoaria, sem esquecer as visitas à secção de assistência e socorro (com demonstrações de técnicas de Suporte Básico de Vida), à torre de controlo e os ‘voos’ no simulador do Epsilon.

Terá lugar, ainda, um cortejo de viaturas clássicas e recriações históricas. Alguns visitantes poderão ainda ter a sorte de realizar um baptismo de voo num C-295M (mediante sorteio, com entrega de senha na entrada do Museu do Ar. O ‘Dia da Base Aberta’ enquadra-se nas comemorações do 64.º aniversário da Força Aérea Portuguesa. A Base Aérea n.º1 está localizada na Granja do Marquês, em Pero Pinheiro.

Festas em Mem Martins Mem Martins vai voltar a estar em festa entre quinta-feira e domingo, nos tradicionais festejos em honra de Nossa Senhora da Natividade.

A festa começa com uma eucaristia na nova igreja, esta quinta-feira, a partir das 21h00, seguindo-se uma procissão das velas, com a imagem da padroeira, até ao Largo da Capela, o recinto dos festejos.

Na sexta-feira, dia 9, às 21h30, a principal atracção musical é Quim Barreiros, com a abertura das festas às 19h00.

No sábado à tarde, a partir das 15h00, após um desfile etnográfico até ao Largo da Capela, vai ter lugar o XXXII Festival de Folclore de Mem Martins, numa organização do Rancho Folclórico “As Vendedeiras” Saloias de Sintra. Para além do rancho de Mem Martins, está prevista a actuação do Grupo de Folclore da Casa do Povo de Válega (Ovar) e dos ranchos Etno-Popular da Ilha (Pombal), do Penedo (Batalha) e de Benfica do Ribatejo.

A fadista Joana Amendoeira é o nome grande de sábado à noite, a partir das 21h30, seguindo-se Quadro Flamenco, com Miguel Linares. A noite termina com baile no Mem Martins Sport Clube.

Os festejos terminam no domingo, com a tradicional procissão, com venda de fogaças, a partir das 16h00, após a realização de uma missa campal. À noite, pelas 21h30, a música contempla um tributo aos Xutos & Pontapés.

Médico de Família

Retenção de líquidos no Verão

No Verão, as mãos e os pés incham com maior frequência, como consequência da retenção de líquidos, e a nossa tendência é desvalorizar a situação, atribuindo a culpa às elevadas temperaturas. Nuno Bernardino Vieira, especialista em Medicina Interna do Hospital Lusíadas Albufeira, alerta: A retenção de líquidos consiste na formação de edemas (inchaços) devido a acumulação de líquido no espaço que envolve os tecidos e os órgãos do corpo.

Os pés e as mãos são, por regra, as zonas mais susceptíveis, devido à força gravitacional.

De acordo com o médico: “Existem múltiplas causas, sendo a retenção de líquidos um dos sintomas da insuficiência cardíaca, doença renal, insuficiência hepática e outras patologias. No entanto, a causa mais frequente é a insuficiência venosa periférica, que faz com que as veias não consigam transportar, de forma eficaz, o sangue de volta das extremidades para o coração, o que se passa principalmente nas pernas”.

“A redução do consumo de sal tem também importância em particular nas situações de doença cardíaca, renal ou hepática porque nestas situações o aumento da absorção do sódio do sal acaba por condicionar o aumento da volémia do sangue e, consequentemente, a nível periférico forma-se mais facilmente o edema”, revela.

Nuno Bernardino Vieira aconselha ainda as pessoas a “manter o peso adequado e praticar exercício físico, em particular nos casos de insuficiência venosa, pois facilitam a drenagem pela circulação venosa”.

E acrescenta: “Garantir um adequado estado de hidratação é fundamental para assegurar o correcto funcionamento renal”.

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7 a 13 de Setembro de 2016

DESPORTO

JORNAL DA REGIÃO

AC Cacém teme perda de campo

75.º aniversário em ambiente de preocupação

Promoção de Verão

Autarcas da cidade de Agualva-Cacém com os presidentes da assembleia-geral e da direcção do AC Cacém

O Atlético do Cacém está a festejar as ‘bodas de diamante’, mas o ambiente em redor do clube é de grande preocupação. A empresa AC Santos Imobiliária reclama a posse de uma parcela de terreno sobre a qual está erguido o complexo desportivo, o que pode inviabilizar a realização das actividades ali desenvolvidas.

A sessão solene destinada a comemorar o 75.º aniversário do Atlético do Cacém ficou marcada pelos alertas dos dirigentes do clube face a uma situação inesperada, despoletada pela empresa que se diz proprietária dos terrenos sobre os quais se desenvolveu o antigo Campo Joaquim Vieira e a restantes instalações desportivas.

António Rodrigues, presidente da Assembleia Geral, foi o primeiro a lançar o alerta: “Um

clube que tem feito tanto pelo desporto concelhio está na iminência de perder terrenos e campos, porque nunca foram feitas as respectivas escrituras.

A decisão é judicial, mas acreditamos que pode haver um entendimento”, alegou.

Por seu lado, José Souto Nogueira, presidente da direcção, salientou o apoio já manifestado pela Câmara de Sintra para tentar resolver o diferendo e salientou a “grandeza” do Atlético do Cacém: “Podemos não ter grandes troféus, mas neste momento somos o terceiro maior clube da Associação de Futebol de Lisboa a inscrever jogadores, cerca de 350. Não somos um clube de bairro ou de vão-de-escada. Este barco tem sido mantido graças à grande carolice de todo o elenco directivo”, lembrou.

Quem também mostrou a sua

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indignação pela situação foi o presidente da Junta de Freguesia de Cacém-São Marcos, José Estrela Duarte, para quem, “esta direcção herdou muitos e graves problemas que não são da sua responsabilidade”.

“A freguesia estará ao vosso lado para ajudar no que for possível”, garantiu, defendendo “a expropriação, por manifesto interesse público” do terreno em causa que, acrescentou o autarca, “nem sequer tem valor comercial, porque ali nada se pode construir”.

Certo é que o Cacém vai receber um apoio camarário para a implantação de um novo relvado sintético, conforme foi anunciado na cerimónia, estando a decorrer reuniões com a autarquia para a resolução do diferendo com a AC Santos.

Válida até 01/10/2016

Paulo Parracho

A primeira eliminatória da Taça de Portugal contou com a participação de quatro clubes do concelho de Sintra, mas só dois deles conseguiram o apuramento para a ronda seguinte.

O Sporting de Lourel, que disputa o Pró-Nacional da AFL, recebeu o Beneditense (AF Leiria), acabando por perder por 2-1, após oferecer excelente réplica.

Por seu lado, o Sintrense não confirmou os créditos que lhe foram atribuídos nas primeiras duas jornadas do Campeonato de Portugal e acabou batido em casa pelo Gafetense, por 1-0.

Melhor fez o Real SC, que bateu sem dificuldade a equipa açoriana do Rabo de Peixe, por 3-0, com dois golos de Nélson e um de Mota.

A jogar nos Açores, o 1.º Dezembro impôs-se ao Lusitânia, vencendo por 3-2.

Gonçalo Maria (8’) e Martim Águas (11’), marcaram cedo para os sintrenses, que chegaram ao intervalo a vencer por 2-1. O golo do camaronês Steve Akedi, aos 79’, resolveu a eliminatória, com o Lusitânia a marcar o 2-3 já perto do final.

O sorteio da próxima eliminatória tem lugar na sede da FPF no próximo dia 8.

Entretanto, no próximo domingo regressa o Campeonato de Portugal, com mais um dérbi concelhio a merecer destaque. O Sintrense, líder da série G, com 6 pontos, visita o Real SC (6.º, 3 pontos), enquanto o 1.º Dezembro, que ainda não pontuou, recebe o Sacavenense. Os jogos têm início às 17 horas.

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Sintrense e Lourel fora da Taça, Real e 1.º Dezembro seguem em frente

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