Jornal IFNMG /Maio/ 2015/ Edição 1ª

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ESPECIAL

ENTREVISTA

Proposta aumenta horário de atendimento e amplia flexibilização da jornada Pág. 5

Educação a Distância a serviço da inclusão Pág. 3

Rua Coronel Luís Pires, 202 - Centro - Montes Claros/MG - CEP:39400-106 - Fone: (038) 3201-3050 - www.ifnmg.edu.br

Arquivo

Associação de artesãos está entre os empreendimentos incubados

Incubadora apoia empreendimentos de economia solidária na região de Januária Conheça o trabalho dos profissionais e estagiários que compõem a Incubadora Tecnológica de Empreendimentos da Economia Solidária (Incubatec), do IFNMG-Câmpus Januária. Eles assessoram

grupos de trabalhadores, reunidos em associações e cooperativas, que mantêm empreendimentos com diferentes focos, desde a coleta de material para reciclagem até a produção agrícola.

ENSINO

EXTENSÃO

PESQUISA

Ingresso: Vamos em frente, Diagnóstico do mercado de que lá vem mais gente trabalho no Norte de Minas Pág. 7 Pág. 9

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ESPECIAL

O Vale em música e dança

Professores e alunos levam o IFNMG para o exterior Pág. 11

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Editorial Expediente Marcos Aurélio Maia

José Ricardo Martins da Silva Reitor do IFNMG

Profuncionário reflete o alcance do Instituto

É uma honra para nós, do Institu- cendo, no âmbito do Profuncionário, to Federal do Norte de Minas Ge- os cursos técnicos em Secretaria Esrais, levarmos até você esta primei- colar, Multimeios Didáticos, Alimenra edição do Jornal do IFNMG, que tação Escolar e Infraestrutura Escolar, demonstra algumas das inúmeras ofertados na modalidade de educação ações, trabalhos e projetos que vêm a distância em parceria com os munisendo desenvolvidos nos nossos 11 cípios. Os significativos investimencâmpus, no âmbito do ensino, da pes- tos na infraestrutura tecnológica, no quisa e da extensão, assim como na espaço físico e no quadro de servidoárea administrativa. res do IFNMG contribuíram de forma A ampliação do número de alunos, decisiva para a ampliação e interioriservidores, projetos, câmpus, cursos, zação da oferta do Profuncionário na bolsas e obras, nos últimos anos, de- área de abrangência do IFNMG. monstra o esforço A robusta oferta do IFNMG em de cursos iniciada Com 293 turmas e cumprir com sua em 2013 em 87 mumissão de contri- 5.700 alunos formandos, nicípios do Norte e o IFNMG é a instituição Nordeste de Minas, buir com o progresso socioeconômico que mais forma alunos Vale do Jequitida população de nhonha e Vale do pelo Profuncionário nossa grande área Mucuri, está sendo no Brasil de abrangência. concluída em maio Um dos grandes de 2015 com um toexemplos desse fortalecimento do tal de 293 turmas e, aproximadamenIFNMG, e que inclusive é destaque te, 5.700 alunos formandos, o que faz nacional pelos expressivos números, com que o IFNMG seja a instituição é o Programa Nacional de Valoriza- que mais esteja formando alunos pelo ção dos Trabalhadores em Educação, Profuncionário no Brasil. Assim, o conhecido como Profuncionário, que Instituto proporciona possibilidades promove cursos gratuitos com o obje- de melhoria na organização das escotivo de qualificar os trabalhadores que las públicas em seus vários aspectos atuam na educação pública. e colabora na melhoria da educação Desde 2012, o IFNMG vem ofere- oferecida nestas instituições.

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Além do Profuncionário, a oferta de cursos através de outros projetos a distância e a transformação da Diretoria de Educação a Distância em Centro de Referência em Educação a Distância e Projetos Especiais demonstram o reconhecimento do IFNMG pela importância e alcance dos cursos oferecidos nesta modalidade. Nos cursos presenciais ofertados nos câmpus, os números também são expressivos, e os bons resultados vêm sendo manifestados em forma de inúmeras ações e projetos de muita qualidade, que ficaram demonstrados, por exemplo, no IV Seminário de Iniciação Científica, realizado em abril no Câmpus Arinos, e no II Jogos Intercâmpus do IFNMG (JIFENMG), realizado em maio no Câmpus Salinas. Os resultados recentes são de grande orgulho para toda a comunidade do Instituto, mas são também um estímulo para que continuemos trabalhando com afinco para reforçar e consolidar, cada vez mais, a nossa árdua missão de levar educação pública e de qualidade a esta grande área norte-mineira que, enfim, vem tendo muitas oportunidades e resultados em produção de conhecimento, desenvolvimento de tecnologia e profissionalização.

Reitor: José Ricardo Martins da Silva Pró-Reitor de Administração: Edmilson Tadeu Cassani Pró-Reitor de Desenvolvimento Institucional: Alisson Magalhães Castro Pró-Reitora de Ensino: Ana Alves Neta Pró-Reitor de Extensão: Paulo César Pinheiro de Azevedo Pró-Reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação: Rogério Mendes Murta Diretor da Diretoria de Gestão de Pessoas: Rafael Farias Gonçalves Diretor do Centro de Referência de Educação a Distância e Projetos Especiais: Antônio Carlos Soares Martins Diretores-gerais de Câmpus Câmpus Almenara: Joan Brálio Mendes Pereira Lima Câmpus Araçuaí: Aécio Oliveira de Miranda Câmpus Arinos: Elias Rodrigues de Oliveira Filho Câmpus Diamantina: Junio Jáber Câmpus Avançado Janaúba: Fernando Barreto Rodrigues Câmpus Januária: Cláudo Roberto Ferreira Mont´Alvão Câmpus Montes Claros: Nelson Licínio Campos de Oliveira Câmpus Pirapora: Júlio César Pereira Braga Câmpus Avançado Porteirinha: Tarso Guilherme Macedo Pires Câmpus Salinas: Maria Araci Magalhães Câmpus Teófilo Otoni: Renildo Ismael Félix da Costa

Chefe de Gabinete Pedro Borges Pimenta Júnior Coordenador de Comunicação e Eventos Marcos Aurélio de Almeida e Maia Jornalistas Responsáveis Fabrizio Giuvannucci Franco Juliana Silveira Paiva Relações Públicas Braulio Quirino Siffert Publicitário Gustavo Henrich E. Vieira Projeto Gráfico e Diagramação Marcos Aurélio Maia Revisão Luciana Lacerda de Carvalho

Tiragem: 4.000 Circulação: Nacional Periodicidade: Semestral Impressão: Perfil Gráfica Rua Coronel Luís Pires, 202 - Centro Montes Claros/MG - CEP:39400-106 Fone: (038) 3201-3050 www.ifnmg.edu.br facebook.com/IFNMGoficial twitter.com/IFNMG_Oficial Sugestões de pautas, favor enviar texto e imagem para a Comunicação do IFNMG. E-mail: comunicacao@ifnmg.edu.br Telefone: (38)3201-3075/3073


Entrevista interação do ambiente virtual e também pode ser acessado por contato direto, via e-mail ou telefone. Temos o professor formador, responsável pelo planejamento da disciplina, organização e direcionamento do trabalho dos tutores, e que também pode ser acessado pelo aluno por meio do ambiente virtual.

Marcos Aurélio Maia

Quais habilidades que o aluno de EAD precisa desenvolver?

Educação a O nosso grande Distância a serviço “desafio era interiorizar, atender da inclusão as pessoas nos

De sete para 117 polos de apoio presencial. De 600 para cerca de 20 mil alunos. Os números revelam bastante sobre a evolução da EAD no IFNMG desde as primeiras turmas, em 2012, até o balanço final de 2014, mas não dizem tudo sobre essa modalidade que, no Instituto, oferta principalmente cursos técnicos, mas também pós-graduação.

Para o diretor do Centro de Referência de Educação a Distância e Projetos Especiais, Antônio Carlos Soares Martins, EAD é sinônimo de oportunidade, de interiorização e, em última instância, de inclusão. Nesta entrevista, ele explica como funcionam os cursos, as habilidades que os alunos devem desenvolver e as oportunidades que surgem com a oferta.

lugares mais distantes, onde sabíamos que dificilmente o Instituto chegaria presencialmente.”

Como funciona um curso EAD?

no polo, mas a periodicidade pode variar. Nos cursos do Profuncionário [programa voltado a servidores da educação básica pública], por exemplo, organizamos encontros quinzenais nos finais de semana, para melhor adequação à dinâmica de trabalho desses alunos nas escolas onde trabalham.

Há controle de frequência?

A modalidade permite flexibilização de tempo e espaço. O aluno não precisa estar presente no local de oferta o tempo todo, o que não significa que não haja atividades presenciais. Há uma variedade de modelos, com número maior ou menor de atividades presenciais, mas a exigência legal é de, no mínimo, 20% da carga horária. Esse percentual varia dependendo do tipo de curso, mas sempre obedecendo a exigência mínima. As avaliações são sempre presenciais, assim como seminários, atividades laboratoriais, algumas aulas - às vezes, para apresentação das disciplinas – e, até mesmo, visitas técnicas. A maioria dos cursos é organizada com um encontro semanal

E o que é ambiente virtual?

No Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), disponibilizamos videoaulas, gravadas em nossos próprios estúdios ou, quando necessário, aulas produzidas por outras instituições da Rede e-Tec Brasil; material didático, que também é entregue ao aluno na versão impressa; fóruns de discussão; atividades e outros materiais audiovisuais.

Nas atividades presenciais, a frequência é controlada pelo tutor presencial; no ambiente virtual, não se controla ou avalia o tempo que o aluno fica logado, mas o cumprimento das tarefas previstas.

Você citou o tutor presencial. Quais são as outras figuras que atuam no suporte ao aluno?

O tutor presencial é aquele que apoia o aluno presencialmente. Ele tem um horário a cumprir no polo e o aluno pode procurá-lo quando necessário. O tutor a distância é aquele que faz a mediação nos espaços de

De forma geral, as pessoas estão acostumadas com o modelo mais tradicional da educação presencial. Na EAD, o aluno precisa aprender a lidar com a própria ferramenta, com a tecnologia – o chamado letramento tecnológico –, mas de forma processual, ao longo do curso. Nós promovemos capacitações para o aluno, mas ele aprende muito mais com os tutores, ao longo do curso. Tem que desenvolver, também, a interação no ambiente virtual e o gerenciamento do tempo e do espaço. Numa sala de aula convencional, você tem aquele espaço e tempo definidos e o professor sempre presencialmente para dar o direcionamento das atividades, organizar, gerenciar e controlar.

Isso sugere autonomia...

Principalmente autonomia. Procuramos desenvolver atividades que favoreçam o desenvolvimento dos alunos nesse sentido.

Quais as possibilidades que surgem com a EAD?

O nosso grande desafio era interiorizar, atender as pessoas nos lugares mais distantes, onde sabíamos que dificilmente o Instituto chegaria presencialmente. E, também, dificilmente esse público teria condições de sair de seus municípios e ir para onde há um câmpus, por questões de distância, custo... muitas vezes são pessoas carentes ou que precisam trabalhar, alguns são de idade mais avançada. É totalmente diferente do público dos nossos cursos técnicos presenciais. Temos relatos de alunos que falam da dificuldade de acesso a seus municípios e de como seria difícil sair de lá para estudar. Eles sabem que a educação a distância é a alternativa. Temos sempre que pensar no papel social da oferta de cursos, no aspecto de formação e capacitação para o mercado, mas também de empoderamento das pessoas, de resgate de cidadania, de levar oportunidades. Esse é o nosso foco.

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Especial Professores e alunos levam o IFNMG para o exterior

Pelo mundo

Arquivo pessoal

Relações internacionais proporcionam mobilidade estudantil a 17 estudantes e regulamentam missões de servidores no exterior

Em visita promovida por universidades finlandesas, Hilton Galvão esteve em Estolcomo, capital da Suécia, com turma do programa Professores para o Futuro O diálogo entre culturas é a chave para a compreensão das diferenças e formação do conhecimento. Assim a internacionalização do IFNMG é construída, em consonância com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), o de mobilidade estudantil, de capacitação de servidores e o estabelecimento de parcerias. Essa coerência entre planejamento e desempenho da Assessoria de Relações Internacionais (Arinter) foi aferida pelo MEC com conceito quatro, em uma escala de um a cinco, no processo de recredenciamento do Instituto

Regulamentos Além do Ciência sem Fronteiras, o IFNMG desenvolve com recursos próprios o Programa Mobilidade Estudantil Internacional para a concessão de auxílios financeiros aos estudantes, para custearem suas despesas durante o intercâmbio internacional com instituições conveniadas. Recentemente, dois estudantes foram selecionados para intercâmbio no Instituto Politécnico de Bragança, em Portugal, onde, além de cursarem disciplinas de cursos superiores afins a Agronomia e Engenharia Florestal, realizaram estágio em projeto de pesquisa. Com relação à mobilidade internacional de servidores técnico-administrativos e docentes para estudo ou missão no exterior, a Arinter

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como ofertante de cursos superiores, realizado no início deste ano. Apesar do Instituto ser figura nova no diálogo internacional da educação, o reconhecimento do MEC é muito significativo. Para o assessor de relações internacionais, professor Hilton Galvão, esse conceito representa avanço na estruturação da Arinter. “Estamos caminhando coerentes com o PDI e a sustentabilidade financeira. Prova disso é a recente captação de recurso externo, via Fapemig, no valor de R$ 71 mil, para o fortalecimento da nossa assessoria”, explica.

Ainda sem a aplicação do recurso externo, o IFNMG emplacou a participação de 17 estudantes no Programa Ciência sem Fronteiras (CsF). Os destinos dos alunos são os mais variados, da América do Norte até a Oceania. Alguns dos países: Austrália, Alemanha, Reino Unido, Canadá, Estados Unidos e Chile. Parte do fruto desse trabalho é colhido no retorno dos estudantes para casa. Eles ganham a missão de compartilhar e gerar mais conhecimento. (Confira, no quadro ao lado, os relatos de alguns intercambistas do Instituto.)

presidiu comissão que elaborou proposta da regulamentação. A ideia, segundo Hilton Galvão, não é apenas criar normas, mas também estabelecer critério e transparência no auxílio financeiro para envio de servidores a outros países. A proposta de regulamentação está em análise na Comissão Permanente de Pessoal Docente (CPPD Institucional) e Comissão Interna de Supervisão do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (CIS PCCTAE).

lio à mobilidade estudantil, conforme a política internacionalização do MEC. Segundo a assessoria, destaca-se, ainda, a regulamentação da criação dos Centros de Línguas nos câmpus, que têm como principal intenção a oferta de cursos de idiomas que possibilitem às comunidades, interna e externa, aprender outros idiomas para o progresso da globalização do conhecimento.

Demanda A Arinter desenvolve desde relações do IFNMG com instituições do exterior até aplicação de testes de proficiência em inglês (Toefl/ITP) e propostas de regulamentos de auxí-

Professores para o Futuro O IFNMG participa dos dois primeiros editais do programa Professores para o Futuro, de capacitação em universidades de ciências aplicadas na Finlândia, com a seleção de dois docentes. O primeiro a receber

Oi! Sou a Flávia, estou no 9º período de Agronomia, no Câmpus Januária, cheguei no Canadá em maio do ano passado, fiz algumas matérias nos cursos de Agricultura e Horticultura. Estudo no Olds College, na cidade de Olds, na Província de Alberta, no Canadá. Terminei o curso de inglês mês passado, agora estou indo para o estágio no município de Ponoka, perto de Edmonton, capital de Alberta, em uma fazenda de Saskatoon Berry - fruta parecida com um açaí. Eu sou Jaudir, estudante do 4º período de Ciência da Computação, do Câmpus Montes Claros. Estou morando em Phoenix, capital do Arizona, EUA, desde agosto. Já terminei a etapa de inglês e estou cursando matérias da área de redes para certificação Cisco Systems e buscando um estágio. Meu nome é Izabella. Sou acadêmica do 9° período de Engenharia Florestal no Câmpus Salinas. Cursei o semestre passado no Instituto Politécnico de Bragança, em Portugal. Além das disciplinas cursadas, fiz também estágio na área de SIG e de Inventário durante cinco meses. Os dados gerados a partir desse estágio serão utilizados na minha monografia. Retornei ao Brasil há dois meses e ainda não me adaptei ao calor! Eu sou o Nondas Silva e estou cursando Engenharia Florestal, 7º período, no Câmpus Salinas. Fiz o intercambio pelo Ciência sem Fronteiras, no ano passado, durante um ano e dois meses, no Canadá, na Lakehead University. Fiz dois meses de inglês. Concluí oito matérias (dois semestres letivos) e um estágio de quatro meses na área de tecnologia da madeira.

a capacitação pedagógica e de pesquisa aplicada foi o professor Hilton Galvão. Ele realizou a imersão de cinco meses na Tampere University of Applied Sciences (TAMK), onde apreendeu técnicas pedagógicas do modelo finlandês. Para encerrar as atividades do primeiro edital do programa, Hilton e os demais professores da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica participantes apresentarão a aplicação dos conhecimentos adquiridos no intercâmbio durante o III Fórum de Educação Profissional e Tecnológica (FMEPT), em maio deste ano. O outro selecionado na segunda chamada do programa é o professor Vico Mendes Pereira Lima, do IFNMG - Câmpus Almenara, que também foi para a Finlândia estudar a pedagogia aplicada.


Especial Diálogo permanente Fabrizio Giuvannucci Franco

Desde outubro de 2012, o assistente em administração Warley Souza Dias trabalha no Protocolo da Reitoria, seis horas por dia

Proposta amplia horário de atendimento e flexibiliza a jornada dos TAEs

Os representantes do Sinasefe optaram por acompanhar os trabalhos da nova comissão sobre a nova organização do trabalho. Segundo o sindicalista e professor Fabiano Rosa de Magalhães, a decisão do Coletivo Sindical Norte de Minas de não compor a comissão foi baseada em diversas instâncias de discussão da categoria e o tema já é debatido pelo Sindicato junto aos TAEs e à CIS CPPTAE, desde as greves de 2011, 2012 e 2014. “Com certeza, o diálogo entre Reitoria e o Coletivo Sindical (que agrega as seções sindicais de Pirapora, Januária e Salinas) é muito importante. Essa pauta também é dinâmica, ou seja, está sempre se renovando. Daí a importância desse diálogo permanente. O Sinasefe não abre mão de acompanhar e avaliar o funcionamento da jornada de 30 horas”, ressalta Fabiano, após reunião fruto de cronograma de encontros entre Coletivo Sindical e Reitoria.

Sete setores já atendem durante 12 horas ininterruptas. Reitoria Sete setores e Coletivo Sindical discutem juntos a proposta Na Portaria nº 265 de 2012, o au-

O reitor do IFNMG, José Ricardo Martins da Silva, assinou em abril deste ano a Portaria nº 340 que constituiu comissão responsável pela análise da possibilidade de expansão do horário de atendimento à comunidade interna e externa, de 12 horas ininterruptas, para demais setores do IFNMG, além dos sete setores vigentes. Com isso, os técnico-administrativos em Educação (TAE) desses setores podem ter a jornada de trabalho flexibilizada para seis horas diárias. A portaria foi confeccionada após apreciação positiva, por unanimidade, do relatório do Grupo de Traba-

lho (GT) 30 horas, no dia 26 de mar- que a definição de público usuário ço, no Colégio de Dirigentes (CD), dos serviços dos técnico-administrae reunião do reitor com o Coletivo tivos deve ser extraída da própria lei Sindical do Sindicato que criou a carreira. Nacional dos ServiA nova comissão que Com certeza, o vai estudar a expandores da Educação Federal (Sinasefe). A diálogo entre Reitoria são da flexibilização ideia é a continuidade e o Coletivo Sindical é da jornada a mais sedos estudos com uma tores é composta por comissão mais plural muito importante.” dois representantes do Reitor para encaminhar os CD, dois da Diretoria detalhes finais. de Gestão de Pessoas Segundo apontou o GT 30 horas, a (DGP) e dois da Comissão Interna Instituição deve estipular horário de de Supervisão da Carreira dos TAE atendimento em até três turnos e es- (CISPCCTAE). O resultado da atuatar disponível à comunidade das 7 às ção da comissão será apreciado pelo 23 horas. O Grupo concluiu também Colégio de Dirigentes.

mento da qualidade dos serviços oferecidos pela Instituição é importante na ampliação do atendimento em 12 horas. Quem opta pela adesão a este maior tempo de atendimento e jornada de trabalho flexibilizada nos câmpus são os diretores-gerais. Nas Pró-reitorias, a decisão fica por conta dos pró-reitores. Atualmente, sete setores no IFNMG podem aderir à nova jornada: biblioteca, atendimento pedagógico, assistência ao educando, registro escolar, registro acadêmico, protocolo, tecnologia da informação. Reprografia e telefonia também podem, mas estão terceirizadas no IFNMG.

Novos serviços de tecnologia da informação são implementados

Comunidade Acadêmica Federada (CaFe) e eduroam são aplicações alcançadas via RNP O IFNMG tem ampliado a gama de serviços de tecnologia da informação em parceria com a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). Um deles é a Comunidade Acadêmica Federada (CAFe) e o outro é a rede eduroam (education roaming) já implementada na Reitoria.

A eduroam possibilita a pesquisadores e equipes das instituições participantes a conectividade à internet, por meio da conexão sem fio (wi-fi), dentro dos câmpus e em qualquer localidade que ofereça essa facilidade, atualmente disponibilizada por várias instituições no mundo. Segundo o analista em tecnologia da informação, Alisson da Silveira Garcez, “se um visitante pertencer a uma instituição que aderiu à eduroam, é possível que os dispositivos dele se

conectem automaticamente à internet quando visitar a Reitoria do IFNMG”.

Outro avanço é a ampliação do acesso ao Portal de Periódicos da Capes com a Comunidade Acadêmica Federada (CAFe). O Portal de Periódico da Capes é uma biblioteca virtual que reúne e disponibiliza para as instituições de ensino e pesquisa no

Brasil o melhor da produção científica. O CAFe é uma ampliação do acesso ao Portal de Periódicos, que antes era realizado apenas nos computadores instalados no IFNMG, por meio do número do Protocolo de Internet (IP) institucional. Agora, a CAFe permite o uso dessa biblioteca virtual pelos servidores de qualquer local, com o mesmo “login” e “senha” usados para todas as aplicações disponibilizadas pelo IFNMG, a exemplo do e-mail institucional.

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Ensino Reconhecimento de Saberes e Competências dos professores alcança 225 retribuições

Como pedir o benefício? Os docentes devem acessar o site do IFNMG, baixar e ler a documentação do RSC, regulamento da avaliação e fluxo de procedimentos. Em seguida, tirar cópias dos certificados de produção acadêmica, autenticá-los junto ao setor de gestão de pessoas ou em cartórios de notas e ofícios, organizar os documentos necessários, montar o processo e protocolar no câmpus de lotação.

Além de requerer o benefício, docentes podem ser avaliadores de processos e receber por isso. Coordenador da CPPD já percebe maior interesse na melhoria da produção acadêmica Seja avaliador

O IFNMG já aprovou até abril deste ano cerca de 225 Retribuições por Titulação (RT), por meio do Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC), aos servidores docentes da Instituição. O RSC é concedido deste setembro de 2014, quando as solicitações foram iniciadas. A previsão de benefícios a serem concedidos para este ano é de 200 RSCs, segundo a Comissão Permanente de Pessoal Docente (CPPD) Institucional. Para o coordenador da CPPD Institucional, professor Manoel Xavier de Oliveira Júnior, o mérito estimulado tem impacto positivo para a sociedade. “Por ter sido reconhecida toda sua dedicação ao longo da carreira, o docente trabalha com maior motivação e isso se reflete na melhora da qualidade do serviço. Os professores

já trabalham no sentido de melhorar sua produção acadêmica”, pontua. Manoel Xavier alerta que, para maior agilidade das solicitações, os professores que pleiteiam o benefício ou os que querem ser avaliadores do RSC devem se atentar para algumas dicas. “Os docentes têm que se cadastrar no site do Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle do Ministério da Educação (Simec), no módulo RSC; na Plataforma Lattes e manter e-mail e telefones sempre atualizados”, frisa o coordenador. De acordo com o Regulamento do RSC, o processo de avaliação da concessão é realizado por Comissão Especial composta por três professores do Plano de Carreira de Magistério do Ensino Básico, Técnico e

Tecnológico (EBTT), sendo um do IFNMG e dois de outras instituições da Rede Federal. O sorteio para escolha desses professores é realizado pela CPPD Institucional por meio do módulo RSC do Simec. O sistema já seleciona avaliador e seu suplente.

O que é? O RSC possibilita que o docente graduado receba RT de Especialista (RSC-I), que o docente com título de Especialista receba a RT de Mestre (RSC-II) e que o docente com título de Mestre receba a RT de Doutor (RSC-III), desde que sejam cumpridos os requisitos necessários. O RSC dos professores não gera alteração no vencimento básico, na progressão ou na promoção funcional na carreira.

Um obstáculo enfrentado pelo IFNMG é a baixa quantidade de avaliadores dos processos de RSC. Para estimular a participação, é bom lembrar que a análise é remunerada. Segundo a Portaria da Reitoria nº 860/2014, a cada avaliação de processo do RSC é pago o valor de R$ 219,78, recebido junto com o vencimento mensal do docente. Mas para ser avaliador do RSC é preciso ser docente.

Dicas aos Avaliadores - Atualize o cadastro no Simec: telefones e e-mails; - Atualize o currículo na Plataforma Lattes; - Confira se no cadastro no Simec, no módulo RSC, o IFNMG está selecionado.

Regulamentações do ensino ajudam reestruturação do Sistema Acadêmico

Unificação dos procedimentos de avaliação escolar facilitará a inserção de dados dos alunos participaram de curso de três dias na Sistematizar para avançar. É com escolar adotado, foi possível unificar Contratação Reitoria. A intenção do treinamenessa proposta que a Pró-Reitoria de o tempo avaliativo para trimestre, Ensino (Proen) e a Diretoria de Ges- também adotou-se a média global e tão de Tecnologia da Informação a recuperação final. Estamos em pro(DGTI) formularam plano de traba- cesso de discussão das recuperações lho para atender às constantes deman- paralela e parcial”, pontua. As discussões para das do ensino no implementação efeaprimoramento do tiva do sistema acaSistema Acadêmico É fundamental a dêmico se tornou do IFNMG. Segundo o diretor de Ges- contribuição de todos na pauta permanente tão de Tecnologia da alimentação do sistema do Colégio de Dirigentes do Instituto. Informação, Danilo acadêmico para validar O reitor do IFNMG, Teixeira Silva, a renossos esforços.” José Ricardo Marestruturação da fertins da Silva, reforramenta é realizada Reitor çou o processo de conforme as aproimplantação do programa web com vações dos regulamentos de ensino. De acordo com a Diretora do Depar- seis servidores de TI focados na sua tamento do Ensino Técnico, Ana Ce- melhoria. “É fundamental a contricília Mendes Gonçalves, as mudanças buição de todos na alimentação do referem-se à unificação de alguns sistema acadêmico para validar nosprocedimentos de avaliação escolar sos esforços”, enfatiza. Outro impordos cursos técnicos integrados. “Por tante ponto em desenvolvimento do meio de reuniões com os representan- módulo acadêmico é o espaço destites do Ensino dos câmpus em que se nado ao aluno, que será disponibilidiscutiu sobre o sistema de avaliação zado até o final de 2015.

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Para acelerar o aprimoramento e desenvolvimento do código do Sistema Acadêmico, a Reitoria busca soluções externas. Em 2014, duas portarias foram instituídas para garantir funcionalidade no sistema. A Portaria nº 668 constituiu o Comitê Gestor do Sistema Acadêmico, com representações dos câmpus do Instituto, da DGTI e da Proen. E a Portaria nº 705 designou comissão para identificar e sugerir a contratação de soluções de programação externas. Esta última comissão decidiu contratar, por meio de dispensa de licitação, consultoria da Cooperativa Solis.

Capacitação No final de 2014, a DGTI e a Proen promoveram a capacitação dos servidores de TI dos câmpus que oferecem o suporte ao Sistema Acadêmico do IFNMG. Ao todo, 13 servidores de tecnologia da informação

to foi compartilhar conhecimento e descentralizar os serviços de suporte básico oferecidos pela DGTI. De acordo com o coordenador de Gestão de Tecnologia da Informação, Christopher Mota, esta foi a primeira capacitação sobre o Sistema Acadêmico focada no suporte técnico. “Nosso objetivo é dar condições diante das atualizações do sistema para que os técnicos de TI do Instituto nos câmpus possam solucionar melhor as demandas de professores, técnico-administrativos e alunos”, pontua. Para o analista de tecnologia da informação Francisco Barros, foi uma oportunidade para aprender e trabalhar melhor com o sistema acadêmico. “Simulamos a instalação e uso de todos os processos referentes a cada tipo de usuário do sistema do início até o final. Pudemos compartilhar falhas e analisar o fluxograma da informação”, explicou o técnico do Câmpus Januária.


Ensino Vamos em frente, que lá vem mais gente Mesmo antes de concluir os processos de seleção de alunos para entrada no segundo semestre deste ano, o pessoal responsável pelo Ingresso no IFNMG já trabalha na preparação das seleções para o primeiro semestre de 2016. É sempre assim, um trabalho constante para garantir as duas entradas anuais de estudantes nos cursos técnicos e superiores presenciais nos 11 câmpus do Instituto. As inscrições para o 1º Processo Seletivo, para cursos técnico, e 1º Vestibular, para cursos superiores, de 2016 ainda não têm datas definidas, mas o IFNMG continua com a perspectiva, adotada nas últimas edições, de ampliar os prazos de cada etapa dos processos de seleção. Segundo a coordenadora de Ingresso, Ailse de Cássia Quadros, a ideia é

que os candidatos tenham mais tempo para se informar sobre os cursos e fazer a melhor escolha, além de mais prazo para solicitar a isenção da taxa de inscrição, no caso de quem é de família de baixa renda e vem de escolas públicas ou bolsistas integrais em escolas particulares. Da parte do IFNMG, ganha-se mais tempo para divulgar as oportunidades de cursos técnicos e superiores gratuitos para o maior número possível de pessoas – principalmente na grande área de abrangência do Instituto, formada por cerca de 170 municípios – e para realizar os trâmites dos processos, como análise de documentos dos pedidos de isenção de taxa, pedidos de alteração de informações fornecidas na inscrição e correção de provas.

Arquivo

Para garantir entradas semestrais, processos de seleção exigem esforço continuado

A mostra fotográfica iniciada em 2014 teve o intuito de mostrar as mulheres que constroem o IFNMG a cada dia e fez parte da comemoração do Dia da Mulher, 8 de março

Inclusão digital: mulheres em foco Navegar pela internet e utilizar computador não é tarefa fácil para quem não nasceu na era digital ou não teve acesso facilitado a essas ferramentas. É com a missão de transpor essas barreiras que servidores e alunos do IFNMG - Câmpus Montes Claros oferecem, desde 2013, o projeto de extensão curso de Informática Básica para Mulheres. Elas, mulheres que procuram o Câmpus ou mães de alunos, agarram a oportunidade de se incluir no mundo digital e, de quebra, saem bem na foto.

Sisu

EAD

Multidisciplinar

Apesar de serem os mais tradicionais, o Processo Seletivo e o Vestibular não são os únicos meios de ingresso no IFNMG. O Sistema de Seleção Unificada (Sisu), realizado pelo Ministério da Educação (MEC) com base nos resultados obtidos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), também é adotado para seleção de parte dos alunos dos cursos superiores do IFNMG – para 100% das vagas ofertadas pelo Câmpus Januária e 50% das vagas dos demais câmpus. Além dessa divisão, o Instituto convencionou não ofertar vagas para as primeiras turmas de cursos novos via Sisu; nestes casos, os alunos são selecionados apenas por meio do Vestibular. O Sisu também é realizado semestralmente, com base em calendário definido pelo MEC. Nas últimas edições, as inscrições aconteceram nos meses de janeiro e junho.

Já para os cursos técnicos na modalidade a distância, o IFNMG realiza o Processo Seletivo e-Tec. Segundo o diretor do Centro de Referência de Educação a Distância e Projetos Especiais, Antônio Carlos Soares Martins, é prevista ao menos uma entrada anual, mas ela depende da pactuação feita com o governo federal para financiamento de novas turmas, o que acontece a cada ano, diferentemente do que ocorre com os cursos presenciais, que têm oferta regular. Antônio Carlos explica que, neste ano, a demora para aprovar o Orçamento da União atrasou o cronograma de ingresso de novas turmas, devendo o Processo Seletivo e-Tec acontecer no final do primeiro semestre ou no segundo semestre.

Além de aulas no laboratório de informática, a metodologia do projeto de extensão do curso de Informática Básica para Mulheres se dá por meio de oficinas, que abordam temas relacionados a gênero e emancipação, como saúde e direito da mulher, autoestima e empoderamento – na perspectiva das alunas se qualificarem para o mercado de trabalho. Neste ano, como proposta para ampliar as ações do projeto, uma das abordagens multidisciplinares com relação às questões de gênero é a pesquisa formulada para conhecer o perfil da comunidade escolar interna e apresentá-lo e discuti-lo com a comunidade. Outra ação transversal que ocorre é a Mostra de Fotografia Mulheres em Foco, que na primeira edição em 2014, homenageou as trabalhadoras, alunas e mulheres da comunidade do IFNMG - Câmpus Montes Claros.

Segundo a coordenadora do projeto, a assistente social Alana Mendes, a proposta da inclusão digital acontece desde 2011, mas o público-alvo era mais amplo, homens e mulheres. “A equipe optou por oferecer o curso só para mulheres, após observar dados dos anos anteriores e perceber que havia maior procura, desenvolvimento e conclusão por parte desse grupo”, explica. Alana informa, ainda, que a proposta também foi recepcionada pelo Núcleo de Ações Inclusivas (NAI) do Instituto.

Frutos A proposta foi fortemente abraçada pela comunidade acadêmica do IFNMG, tanto que rende frutos científicos. No Congresso da Sociedade Brasileira de Computação em 2014, o perfil das mulheres participantes de 2013 e 2014 foi publicado no artigo “Inclusão Digital de Mulheres no IFNMG Câmpus Montes Claros: um Relato de Experiência”, da aluna Keline Morais Balieiro, do curso de Ciência da Computação. Keline conta que participar do projeto de inclusão social foi uma oportunidade de aprendizado, empoderamento e autoconhecimento. “Isso me incentivou a continuar a minha graduação, onde as mulheres são minoria e tidas como incapazes por alguns. Também aprendi a dar aulas, o que me ajudou a me expressar e falar melhor em público”, elenca a acadêmica.

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Pesquisa Professor e estudante de Agronomia ajudam comunidade com coleta da água Observar para ajudar. De iniciativa do estudante de Agronomia do IFNMG-Câmpus Januária, Luís Antônio Gonçalves da Silva, o projeto de extensão de Construção de Barraginhas – miniaçudes de coleta de água da chuva – beneficia 400 habitantes da comunidade rural Nova Odessa, a 24 quilômetros da cidade de Januária. Para a execução, o projeto do futuro bacharel uniu Prefeitura Municipal, Associação de Produtores Irmãos Coragem e Embrapa Milho e Sorgo de Sete Lagoas, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida da população da sua comunidade e a permanência do homem no campo. Ao todo, foram construídas 70 barraginhas que contribuem para o abastecimento de água do lençol freático da região e represa, beneficiando plantações de milho, feijão, vagem andu, hortaliças e a criação de gado de leite e de corte da comunidade rural.

Arquivo Câmpus Januária

Cerca de 400 pessoas são beneficiadas com as 70 barraginhas construídas com o projeto

Olhar atento A ideia de ajudar a comunidade em que viveu durante anos, antes de ingressar no IFNMG, partiu da observação. “Eu vi que toda a água das chuvas escorria para o riacho e já começávamos a sentir falta no

lençol freático. Daí, vi as erosões e quis buscar uma solução”, contou o acadêmico que visitou a Semana de Integração Tecnológica da Embrapa, onde visualizou a ideia. Segundo o estudante, o apoio do seu orientador e professor, Ivan Almeida, foi fundamental na articula-

Comunidade rural de Nova Odessa abraça o projeto de extensão do IFNMG ção da proposta. “Ao visitar o projeto Barraginhas da Embrapa, por meio do Instituto, meu professor e eu conseguimos diesel e conhecimento técnico. Criamos nosso projeto no IFNMG e, da prefeitura, recebemos pá carregadeira e operador. A comunidade abraçou a ideia”, revela. O professor Ivan Almeida explica que as barraginhas se aplicam bem na recuperação de solos degradados (compactados, erodidos). “Com as barraginhas esperamos evitar a erosão, a perda de solos e auxiliar na conservação das estradas. Com elas, mantemos a perenidade dos corpos hídricos, nas secas e enchentes. Além de ajudar no aumento de produtividade e valorização das terras ”, diz.

As mais de mil pessoas que compareceram ao Câmpus Arinos na última semana de abril para prestigiar os trabalhos, projetos e apresentações do IV Seminário de Iniciação Científica (SIC) do IFNMG, puderam conhecer de perto o que os alunos e professores dos câmpus do Instituto estão produzindo no âmbito da pesquisa científica. Mais de 120 trabalhos de pesquisa dos câmpus Almenara, Araçuaí, Arinos, Januária, Montes Claros, Pirapora e Salinas foram apresentados, em pôsteres e oralmente, por um ou mais alunos participantes dos projetos. Houve também apresentações culturais, mostras de produtos de parceiros do setor produtivo e palestras e minicursos de várias áreas do conhecimento. Aconteceu, ainda, o “Dia de Campo”, em que alunos dos cursos de Tecnologia em Produção de Grãos e de Agronomia do Câmpus Arinos demonstraram aos visitantes 20 culturas que foram plantadas e cultivadas exclusivamente para o SIC, como adubação verde, culturas exóticas e testes de irrigação.

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Arquivo Câmpus Januária

Evento no Câmpus Arinos confirma o fortalecimento da pesquisa no IFNMG

Um dos seis trabalhos premiados foi sobre um experimento feito por alunos e servidores da área de agrárias do Câmpus Almenara, que identificaram que a adoção de um processo de conservação, denominado silagem, com farelo de milho em um capim muito comum na região possibilita a sua manutenção para que possa ser consumido pelos bovinos no período seco.

A aluna do curso técnico em Zootecnia, Ana Luiza Fonseca, após uma viagem de quase 20 horas com os demais colegas, apresentou o projeto aos participantes do Seminário. “Os resultados superaram as expectativas e têm que ser compartilhados com os produtores da região, que são muito carentes de informações sobre novas técnicas”, afirmou Ana Luiza.

Evolução

O pró-reitor de Pesquisa e Inovação do IFNMG, professor Rogério Mendes Murta, ressaltou que vem aumentando significativamente o número de bolsas, projetos, coordenadores e atividades de pesquisa no IFNMG. “A prova de que estamos no caminho certo foi que recebemos nota máxima na avaliação da pesquisa de recredenciamento no nosso Instituto”, disse o pró-reitor. O reitor do IFNMG, professor José Ricardo Martins da Silva, destacou que os trabalhos desenvolvidos refletem a preocupação dos alunos e dos servidores com os desafios das comunidades em que o IFNMG está inserido. “Esses trabalhos buscam, de algum modo, contribuir para o progresso socioeconômico regional, na perspectiva do desenvolvimento sustentável e da integração com as demandas da sociedade e do setor produtivo”, concluiu o reitor.


Pesquisa Câmpus Pirapora se alia à Unimontes para traçar diagnóstico do mercado de trabalho no Norte de Minas Simone e Sany: parceria para incrementar análises na região de Pirapora

Marcos Aurélio Maia

Informação é um bem valioso se chega para as pessoas certas e tratada da maneira adequada para produzir efeitos práticos. Essa é a aposta do Observatório do Trabalho no Norte de Minas Gerais: Estudos sobre o Mercado de Trabalho e Ações de Emprego no Norte de Minas, projeto de pesquisa e extensão desenvolvido há dois anos pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) e financiado pela Fapemig que, desde meados de 2014, recebeu o reforço do IFNMG-Câmpus Pirapora. O trabalho inicial consiste na organização e no cruzamento de dados que permitam um diagnóstico sobre o mercado de trabalho, com o objetivo de subsidiar políticas públicas e iniciativas privadas que favoreçam o emprego e a renda na região, a partir da capacitação e discussão com lideranças regionais da mesorregião Norte do Estado. A principal fonte de dados utilizados pela pesquisa,

coordenada pelo professor Roney Versiani Sindeaux da Unimontes, é a Secretaria de Políticas de Emprego e Salário do Ministério do Trabalho e Emprego, que disponibiliza regis-

tro administrativos de empregados e empregadores denominados Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).

Exemplos concretos

Alunos de Administração e de Sistemas de Informação colaboram com o projeto no IFNMG Alunos Pirapora

Desde que passou a integrar o projeto, como integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas em Administração da Unimontes, a professora Nesmária Sany Costa Alves conseguiu, com outros pesquisadores do IFNMG - Câmpus Pirapora - professores de Administração e Sistemas de Informação e alunos bolsistas e voluntários, identificar algumas especificidades e carências do mercado local. Como exemplo, ela cita a carência de capacitação para profissionais que atuam nos setores de serviços e comércio, os maiores responsáveis pela geração de empregos em Pirapora e municípios vizinhos, segundo ela. “O atendimento ao cliente nesses setores é deficitário”, comenta. Há carência de capacitação, principalmente na área de gestão de negócios, também para os microempresários que, segundo Sany, são a principal categoria de empreendedores nos setores de serviços e comércio na região. “Esse é, inclusive, um bom mercado para nossa empresa júnior [do bacharelado em Administração do Câmpus Pirapora], a EJIF”, aponta a professora, numa clara demonstração da aplicabilidade das informações disponibilizadas

Segundo a professora Simone Viana Duarte, da Unimontes, o cruzamento desses e de outros dados brutos sobre a realidade do mercado permite várias análises, tanto estatísticas quanto qualitativas, apontando evolução do mercado e tendências. Ela afirma que a parceria com o IFNMG, a primeira do projeto, vem agregar um valor especial ao trabalho na microrregião de Pirapora, porque os pesquisadores envolvidos trazem para as análises a experiência de quem vive aquela realidade. Também integram a microrregião os municípios de Buritizeiro, Ibiaí, Jequitaí, Lagoa dos Patos, Lassance, Riachinho, Santa Fé de Minas, São Romão e Várzea da Palma.

Grandeza

Informação socializada pelo Observatório do Trabalho. Para levar essas informações ao público de interesse, que são os gestores públicos, os empreendedores e as lideranças locais, o projeto inclui produção de boletins, ciclos de seminários nas microrregiões envolvidas e a manutenção de um blog (https://observatoriodotrabalhonortedeminas.wordpress.com/), que em breve será transformado em portal, por meio de trabalho conjunto da Unimontes com o IFNMG. Na missão de fazer a informação chegar aos gestores públicos, o projeto conquistou o apoio da Associação dos Municípios da Área Mineira

da Sudene (Amams). De acordo com Cleuber Vieira, coordenador do Departamento de Projetos e Convênios da entidade, os dados são de extrema importância para os muncípios e abrem novas possibilidades para os gestores. Segundo ele, os municípios, que passaram à condição de entes federativos com a Constituição de 1988, ainda são experiências muito recentes e estão em fase de ajustes de gestão. “Eles ainda estão se compreendendo como entes responsáveis por políticas públicas, tais como as de geração de emprego e renda. Os gestores municipais precisam de estímulos nesse sentido”, avalia Cleuber.

Cyntia Oliveira, Juan Paulino e Juliana Moura, acadêmicos do bacharelado em Administração do Câmpus Pirapora, também concordam com a contribuição que o projeto dá aos gestores no que concerne a políticas públicas voltadas para o desenvolvimento da região. Primeiros a integrar o projeto no IFNMG, entre os 16 alunos colaboradores, eles contam que só tiveram real noção da grandeza do Observatório do Trabalho quando participaram de um seminário de nivelamento na Unimontes. Para Breno de Carvalho Miranda e Luiz Henrique Ferreira Mota, alunos de Sistemas de Informação, participar do projeto é um privilégio, pois acrescentará conhecimento novo à vida acadêmica, profissional e pessoal.

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Extensão

Arquivo

Incubados não são empresas, mas grupos que formam associações e cooperativas

Incubatecs atua junto a grupos que desenvolvem empreendimentos de economia solidária O que há em comum entre um questão de frisar o criador e coordenagrupo de agricultores assentados dor do projeto, o professor de Admino município de Pedras de Maria nistração André Aristóteles da Rocha da Cruz e artesãos de Cônego Ma- Muniz, entusiasta da economia solidárinho? E entre eles e um grupo que ria desde os tempos da graduação. faz coleta seletiva para reciclagem Convicto de que a promoção do traem Januária? A resposta está no balho e da renda é um vetor não só de I F N MG- Câmpus transformação, mas Januária, mais prede emancipação na cisamente na Incu- (...) esse desenvolvimento vida das pessoas, badora Tecnológica viria pela economia solidá- o professor André de Empreendimen- ria, por valorizar o traba- Aristóteles viu no tos da Economia da Incubalho humano, a solidarie- projeto Solidária (Incubatecs uma forma de tecs), que presta dade, mas, sobretudo, por colocar a si mesmo assessoria gratuita preservar o meio ambiente e a Instituição a seraos empreendimenviço do desenvolvie o alcance social. tos formados por mento, levando em esses e outros gruconta os potenciais pos de trabalhadores dos três muni- locais e regionais. Em sua concepcípios norte-mineiros. ção, esse desenvolvimento viria pela Atualmente, são nove empreendi- economia solidária, “por valorizar mentos incubados (veja quadro), entre o trabalho humano, a solidariedade, cooperativas e associações, que atu- mas, sobretudo, por preservar o meio am na perspectiva do cooperativismo ambiente e alcance social”. Então, em popular. Não são empresas, como faz 2012, surgiu a Incubatecs.

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Assessoria O professor André conta que a metodologia de incubação é um processo consolidado e sistematizado ao longo da história das Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares (ITCPs), iniciado na Universidade Federal do Rio de Janeiro. “Basicamente, consiste em quatro etapas: diagnóstico, construção coletiva das alternativas, capacitação e assessoramento”, explica. Especificamente quanto à qualificação, ele define o trabalho como “quase artesanal”. Ou seja, “não dá para planejar um aulão ou um curso uniforme para todos ao mesmo tempo. A qualificação que promovemos é realizada através de oficinas em que teoria e prática se fundem, sempre a partir da realidade e condições de aprendizagem dos membros dos empreendimentos”. Pelas características singulares

da região, da economia local e dos empreendimentos assessorados, o trabalho exige conhecimento multidisciplinar, por isso estão envolvidos professores, técnicos e alunos (estagiários) de diferentes áreas de formação, do IFNMG e de outras instituições. Os cursos de Administração, Ciências Biológicas, Agronomia, Engenharia Agrícola e Ambiental e Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas do Câmpus Januária estão representados na equipe da Incubatecs. Para o estagiário de Administração Daniel Pereira Magalhães Filho, que estuda em uma faculdade particular, a incubadora tecnológica é a oportunidade que teve para vivenciar a realidade de um outro lado de sua profissão, que não vive apenas da gestão de grandes empresas. “A realidade nossa é mais essa daqui [dos empreendimentos cooperativos]”, comenta o estudante, que anteriormente estagiou em uma empresa.


Extensão Arquivo

Arquivo

Reuniões com associados e cooperados acontecem quinzenalmente

Banda Gênesis: Cleudiana Porto (vocal), Athos Vinicius (bateria), Jhonny Aguilar (vocal), Larissa Rodrigues (violão) e Lucas Gandra (guitarra)

Se uma empresa registra salto de 20 ou 30% nas vendas após receber uma assessoria especializada, podese dizer que o trabalho de assessoria foi bem-sucedido. Mas, no caso dos empreendimentos da economia solidária, como são mensurados os resultados da incubação? “Recusamos o conceito de sucesso concebido de fora para dentro”, alega André Aristóteles. “No nosso caso, o sucesso é medido em passos.” Passos importantes como o que foi dado por um grupo de extrativistas de frutos do cerrado de Januária quando conseguiu aperfeiçoar o processo produtivo e inserir seus produtos no mercado. Quando os artesãos de Cônego Marinho também conseguiram inserir seus produtos no mercado através da participação em feiras. Ou quando apicultores de Januária, capacitados pelo pessoal da Incubatecs, apreenderam o processo de formação do preço de venda do mel, identificando os custos de produção e a sua margem de lucro. Dirceu Lopes de Souza, presidente da Cooperativa dos Produtores de Cana-de-Açúcar e Derivados (Coopcad), que reúne 25 cooperados da comunidade de Brejo do Amparo, em Januária, comemora o apoio da Incubatecs, que acontece há cerca de dois anos. “Eles ajudam a gente na organização da nossa cooperativa. Toda quinzena tem reunião e eles realizam também cursos”, comenta Dirceu. O assessoramento será fundamental para que os cooperados realizem dois projetos: voltar a engarrafar a tradicional cachaça Princesa Januária, processo que está parado há algum tempo, e produzir rapadurinha. Economia Solidária: É um jeito diferente de produzir, vender, comprar e trocar o que é preciso para viver, sem explorar os outros, sem querer levar vantagem, sem destruir o ambiente. Cooperando, fortalecendo o grupo, cada um pensa no bem de todos e no próprio bem. Compreende uma diversidade de práticas econômicas e sociais organizadas sob a forma de cooperativas, associações, clubes de troca, empresas autogestionárias, redes de cooperação, entre outras, que realizam atividades de produção de bens, prestação de serviços, finanças solidárias, trocas, comércio justo e consumo solidário. Fonte: Portal do Ministério do Trabalho e Emprego.

Esperança renovada Para definir o trabalho de incubação, vale a antiga máxima de “ensinar a caminhar com as próprias pernas”. “Acho que principal resultado que alcançamos com o nosso trabalho é renovar a esperança na vida das pessoas e a capacidade de acreditarem em si mesmas”, define André. E, para o estagiário Daniel, favorecer o desenvolvimento desses empreendimentos não beneficia apenas os associados ou cooperados, mas toda a comunidade. É o que ocorre, por exemplo, no caso da associação de catadores de material para coleta seletiva de Januária. “O trabalho deles é de extrema necessidade, toda a cidade ganha”, diz.

Fórum Mundial A experiência do IFNMG-Câmpus Januária com a Incubatecs será apresentada no final de maio deste ano na Feira de Economia Solidária, que acontecerá durante o III Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica, no Recife.

Empreendimentos incubados - Associação da Colônia dos Pescadores e Apicultores de Pedras de Maria da Cruz. - Associação dos Artesão da Comunidade de Olaria e Adjacências – Candeal / Cônego Marinho. - Cooperativa dos Produtores de Cana-de-Açúcar e Derivados (Coopcad) – Brejo do Amparo / Januária. - Associação Recicla Januária (Arejan). - Associação dos Usuários da Sub -bacia do Rio dos Cochos (Assusbac) – Januária. Três emprendimentos: Extrativismo, Artesanato e Apicultura. - Associação de Pequenos Agricultores Rurais do Assentamento Unidos com Deus Venceremos – Pedras de Maria da Cruz. - Associação dos Agricultores Familiares e Feirantes de Januária (Agriferjan).

O Vale em música e dança Canalizar talentos, motivar alunos para ingressar na vida artística ou, quem sabe, para se profissionalizarem na área da cultura. É com esses objetivos que, há cerca de um ano, o projeto de extensão Cantando Coisas do Vale mobiliza alunos do IFNMG - Câmpus Almenara. “Tínhamos, também, o desejo de proporcionar um repertório que reflita a origem deste povo do Vale do Jequitinhonha e que não seja o retrato da massificação cultural, realizando releituras de músicas regionais e populares”, ex-

plica a professora de Artes e Música e coordenadora do projeto, Rosimaria Sapucaia Rocha. Da iniciativa surgiu a Banda Gênese, integrada por alunos de cursos técnicos integrados ao ensino médio, escolhidos em um concurso de talentos. Atualmente, o grupo está em fase de reformulação, para substituir integrantes que se formaram no final do 2014 e deixaram o Instituto. Os músicos ensaiam todas as semanas e se apresentam em eventos realizados no Câmpus.

Grupo Step Up: Pillar Costa Sousa, Luany Pereira dos Passos, Guilherme Costa Dias, Ana Carolina Silva Oliveira, Wendell Pereira Rocha, Julia Caravelli e Jéssica de Souza Medina

Step Up Em novembro passado, a Banda Gênese marcou presença no XII Festival de Artes de Goiás, promovido pelo Instituto Federal de Goiás. No evento, o IFNMG - Câmpus Almenara também foi representado pelo grupo de dança Step Up, que surgiu em 2013 durante um sarau promovido pela professor Rosimaria

Arquivo

Passos

para apresentar a História da Música Mundial, mesclando apresentações musicais, poesias e dança. A partir desse primeiro passo, os alunos montaram o grupo de dança por iniciativa própria, sob a coordenação do colega Guilherme Costa Dias, responsável pelas coreografias de estilos variados: dance music, hip hop, forró, músicas populares e folclóricas.

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Leitor Foto

do

LEIT R

A vida no meu câmpus!

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Sobre a chuva e o tempo Eu falo da chuva com remorso. Um dia eu a odiei. Hoje, ao vir embora do trabalho, chovia quase que torrencialmente. Equipe do IFNMG disputa jogo final da competição de handball feminino entre as escolas da cidade de Pirapora Foto: Professor Jamil Domingos da Silva

Atividade prática de amostragem de solo, realizada no Câmpus Almenara, com os alunos do 1º ano Integrado de Agropecuária Foto: Professor Irã Pinheiro Neiva

O que me despertou, há mais de dez anos, para tudo isso foi uma frase, daquelas ditas displicentemente, daquelas que a gente deixa passar, daquelas que de tão “clichê de avó” a gente simplesmente ignora. Certo dia chovia e eu vociferava contra a chuva. Dizia que ela atrapalhava meu retorno do trabalho para casa, que atrapalhava a secagem das roupas no varal, que tudo aquilo era muito chato. “- Quando você nasceu, a chuva já existia.” Essas foram as palavras displicentes que ouvi. E me calei. O que fazer? Determinar ao clima que nunca mais chovesse? Teria eu tanto poder assim? Como resolver o irresolúvel? Cara, há coisas que não nos competem, sobre as quais nada podemos fazer. Então acordei.

A chuva e o tempo se parecem. É inevitável que algumas gotas caiam do céu vez ou outra. O que você pode fazer é parar e contemplar, ou abrir um guarda-chuvas e seguir seu caminho - os sapatos vão se molhar, é fato. Mas sem chuva, eles se sujariam de poeira e também se desgastariam. Uma hora, a chuva passa. Uma hora o tempo passa. E você, o que fez? Abriu um guardatempo para se proteger? Com chuva ou sem chuva, meu velho, você se desgastará. Uma hora, o tempo passa. E aí? Odeia o tempo que passa implacável pelos seus dias e escorre pelos seus dedos? Qual a solução? Praguejar contra o tempo? Só tenho uma coisa a dizer: Quando você nasceu, o tempo já existia. Um dia eu odiei a chuva. Hoje, ao vir embora do trabalho, chovia quase que torrencialmente. Cheguei em casa com o uniforme ensopado. Tudo bem, depois ele seca e a vida continua. Jorge Augusto de Freitas Vieira (Acadêmico do 8º período de Administração - Câmpus Pirapora)

Estrutura física cresce mais a cada dia R$ 45 milhões. Esse é o valor atualmente contratado para ampliação da infraestrutura física do IFNMG. Quem capitaneia esse crescimento com modernização são as Pró-Reitorias de Administração (Proad), nos canteiros de obra, e a de Desenvolvimento Institucional (Prodi), no planejamento. Conheça algumas das obras em andamento no Instituto nas fotos ao lado.

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Salinas

Teófilo Otoni A construção do Câmpus Teófilo Otoni, unidade de expansão do IFNMG, segue com 65% de conclusão do prédio administrativo e pedagógico. Somado o cercamento e a urbanização interna, também já contratados, o investimento ultrapassa os R$ 5 milhões.

Já está em pleno uso para atividades desportivas e de ensino o Ginásio Poliesportivo do Câmpus Salinas. São quase 2 mil m² de área construída. O valor do investimento foi de R$1,138.805,88. O novo ginásio vai ser palco do 2º Jifenmg – Jogos Intercâmpus do IFNMG.

Montes Claros A obra do prédio do ensino do Câmpus Montes Claros já está 45% concluída. Ao todo são 16 salas de aula e 13 laboratórios distribuídos em dois pavimentos, que juntos somam 2.909 m² de área construída. O valor do investimento é de R$ 5.467.425,66.


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