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Abraço solidário

Coordenador: André Geraldo da Costa Coelho Bolsistas: Izabel Cristina Aparecida dos Santos e Madson Loyola Saldanha Voluntários: Natália Araújo Rocha, Josille da Rocha Mendes, Angélia Fonseca Gomes, Dagmar Aparecido Alves de Sousa e Josiane Oliveira Barreto

Colaboradores: José Fernando Vieira de Faria, Jean Henrique de Sousa Câmera, Adriene Matos dos Santos e Hércules Otacílio Santos Texto: André Geraldo da Costa Coelho Campus: Araçuaí

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Abraço solidário: Projeto Ação conjunta entre a Ação Social e o IFNMG visando a reestruturação das práticas de produção e gestão financeira de doces artesanais

Por meio de uma pesquisa de mercado, foi possível conhecer os produtos desenvolvidos pela instituição Ação Social Santo Antônio, localizada em Araçuaí (MG), bem como o perfil dos consumidores, satisfação, entre outros fatores que colaboram para a compreensão da marca e para a tomada de decisão. Além da pesquisa, o projeto proporcionou ações como desenvolvimento de oficinas de marketing e gestão de vendas, ges

O propósito do projeto consistiu em conhecer a instituição Ação Social Santo Antônio, em Araçuaí (MG), a fim de oportunizar cursos de capacitação aos colaboradores para que os produtos feitos e comercializados pudessem ter boa aceitação junto ao público-alvo. Para isso, buscou-se, ainda, identificar, entre outros fatores, o perfil dos consumidores dos produtos; avaliar o conhecimento sobre os doces artesanais produzidos na Ação Social; conhecer a frequência de consumo dos doces, o propósito de consumi-los e o valor agregado que o produto possui; e conhecer a satisfação dos questionados quanto aos produtos ofertados pela Ação Social Santo Antônio e a disposição dos mesmos para a comercialização na mesorregião de Araçuaí. tão de pessoas, gestão de estoque e compras e gestão da qualidade.

Entre os resultados obtidos, percebe-se que a maior parte dos respondentes estão na faixa etária de 42 anos acima (32,7%) e 25,5% estão entre 34 e 41 anos, o que implica afirmar que o restante dos respondentes (41,8%) possuem entre 18 e 33 anos de idade. Sobre o gênero dos respondentes, 65% dos consumidores são do sexo feminino (65%) e 35% são do sexo masculino.

Com a intenção de mensurar a localização dos respondentes, para obter um direcionamento para futuras campanhas de marketing e divulgação, perguntou-se também em que bairro estes residiam. Pôde-se constatar um maior número, cerca de 11%, residindo no bairro São Francisco; nos bairros Villa Magnólia, Santa Tereza e Planalto, estão 10,1% dos possíveis consumidores; 8,1% residem nos bairros Bela Vista e Nova Terra; o restante dos respon

dentes ficou disperso entre vários outros bairros da cidade de Araçuaí. Isso implica que campanhas de marketing bem planejadas e executadas conseguirão abranger consumidores em vários pontos da cidade, aumentando, assim, a cartela de clientes da instituição e, consequentemente, a venda de seus produtos e a lucratividade.

Quando perguntados sobre o grau de instrução, 35,4% dos questionados alegaram possuir ensino médio completo, 31,3% relataram ter ensino superior completo e uma pequena parcela (10,1%) confirmou possuir ensino fundamental incompleto.

Para finalizar a seção sobre o perfil dos consumidores, foi questionado sobre a renda mensal dos respondentes. Cerca de 32,4% responderam possuir renda de dois salários-mínimos; 24,3% disseram ter renda superior a três salários-mínimos e 43% afirmaram possuir renda de até um salário-mínimo mensal. Diante desse quadro, percebe-se que o poder aquisitivo da grande parte dos respondentes possibilita a aquisição dos produtos ofertados pela Ação Social, mas há 43% que alegam possuir somente uma renda mensal de um salário-mínimo. Conhecimento sobre os doces artesanais produzidos na Ação Social M ais da metade dos respondentes disseram não conhecê-los (68%), enquanto 32,3% alegam conhecer. Fica evidente que a publicidade dos doces precisa ser fortalecida, sugerindo-se, para tal, campanhas de marketing, a fim de levar a todos os públicos o conhecimento sobre a existência do mesmo.

Em relação ao doce mais consumido, 54,8% alegaram consumir os doces de laranja da terra e figo; outros 45% afirmaram consumir o de abacaxi e 22,6% confirmaram que consumiam os doces de mamão e abóbora. Os demais responderam outros sabores de doces.

No que se refere à forma como os respondentes tiveram conhecimento sobre os doces da instituição, mais da metade disse que foi por indicação de amigos (53,1%); 46,9% relataram que conheceram na própria instituição e somente uma pessoa disse que foi em campanhas sociais. Fica evidente, portanto, que existe uma carência muito grande na divulgação do produto.

Frequência de consumo dos doces Q uanto à frequência de consumo dos doces da instituição, é perceptível que a maior parcela dos consumidores dos doces não costuma adquiri-los com frequência, sendo que mais de 90% dos respondentes disseram consumi-los somente uma vez ao mês, ou até menos; 9,7% disseram consumir duas vezes ao mês ou uma vez por semana e ainda afirmaram que é algo não muito comum de acontecer.

A resposta quanto ao intuito em se adquirir os doces fabricados na instituição foi quase unânime: 93,3% disseram é para o consumo próprio, enquanto 23,3% relataram adquiri-los para presentear uma pessoa querida. Uma proposta de aumento da demanda dos doces seria a instituição investir no produto como forma de presente, utilizando-se de embalagens e decorações sustentáveis, a fim de atrair o consumidor. Vale ressaltar que o produto não pode perder sua essência, por isso a ideia de sustentabilidade e, consequentemente, um custo benefício melhor.

Com a intenção de descobrir os motivos que levam os respondentes a adquirirem os produtos da Ação Social, estes relataram a qualidade do produto (74,2%) e solidariedade com a instituição (54,8%).

Quando questionados sobre o valor que estavam dispostos a pagar pelos doces artesanais, 43,3% responderam até R$12,00, o que, coincidentemente, “bate” com os 43% que alegaram possuir uma renda de até um salário-mínimo mensal. Para 40%, a possibilidade de pagar de R$12,00 à R$ 20,00 é viável, uma vez que consideram estes valores razoáveis. Já 16,7% pagariam de R$20,00 à R$30,00, visto que enxergam, nestes valores, a valorização do produto artesanal.

O projeto possibilitou conhecer a instituição Ação Social Santo Antônio, em Araçuaí, que existe há 50 anos

Satisfação N este quesito, a opinião dos respondentes sobre a distribuição e acesso é bem diversificada. Para 51,8% dos questionados, a distribuição dos produtos é considerada ruim ou muito ruim, enquanto para 48,2, é ótima a disseminação e o acesso aos mesmos.

Quanto à satisfação dos clientes quanto aos produtos confeccionados pela instituição, 71% avaliaram como muito bom, 25,8% como bom e, para apenas uma pessoa, muito ruim.

Equipe do projeto

Aceitação e conhecimento S omente três respondentes não demonstraram interesse em degustar os doces (3,2%), enquanto 96,8% demonstraram interesse em degustar e/ou conhecer os doces artesanais. Diante desse resultado, seria interessante a instituição promover, em seus eventos sociais, degustações de seus produtos, a fim de divulgá-los para possíveis novos clientes.

Quando indagados sobre os produtos da Ação Social, grande parte dos respondentes (61%) afirmou não conhecer nenhum produto da instituição; em contrapartida, 23% possuem conhecimento das polpas de frutas, 18% citaram as geleias, 12% falaram das conservas, 9% as verduras e 7% lembraram-se dos artesanatos.

Mediante o desfecho da questão anterior, a maioria dos respondentes disse ter interesse em consumir os produtos divulgados (92,9%) e uma parcela de 7,1% não se interessou pelos produtos. P or fim, os que demonstraram interesse em adquirir os produtos da Ação Social, quando questionados sobre qual ou quais produtos comprariam, responderam de forma diversificada: 55,3% e 59,6% comprariam geleias e polpas de frutas, respectivamente; 27,7% comprariam as conservas; 29,8% se interessaram por verduras e 20,2% se identificaram com os artesanatos. É evidente que existe mercado para todos os produtos da instituição; o que falta é um bom planejamento e divulgação desses para que a Ação Social garanta o lucro a que almeja e do qual tanto necessita.

Quanto à parte do projeto elaborada pelos alunos do curso de Agroecologia, esta consistiu em visitas técnicas, levantamento de dados, mapeamento da área de cultivo, controle e manutenção das árvores frutíferas. A equipe de Informática desenvolveu um sistema de gerenciamento de controle de entrada e saída de produtos.

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